DIREITO EMPRESARIAL. Títulos de Crédito Títulos em espécie Parte 2. Profª. Estefânia Rossignoli

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1 DIREITO EMPRESARIAL Títulos de Crédito Títulos em espécie Parte 2 Profª. Estefânia Rossignoli

2 - A nota promissória é título abstrato, pelo qual uma pessoa, denominada emitente, faz a outra pessoa, denominada beneficiário, uma promessa pura e simples de pagamento em seu favor ou à sua ordem, nas condições constantes no título. Significa uma promessa de pagamento. - É um dos títulos menos formais que se tem, já que para existir basta atender aos requisitos do art. 75 da LUG,

3 sendo que pode ser confeccionada em qualquer tipo ou tamanho de papel.

4 - Segundo a jurisprudência, quando a nota promissória estiver vinculado a contrato, ou seja, tiver sido emitida para o pagamento deste e contiver esta menção na cártula, ela pode perder a sua abstração. - Súmula nº 258 do STJ. A nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito não goza de autonomia em razão da iliquidez do título que a originou.

5 - A duplicata é título formal, causal, à ordem, extraído por vendedor ou prestador de serviços, que visa documentar o saque fundado sobre o crédito decorrente de compra e venda mercantil ou prestação de serviços, que tem como pressuposto a emissão de fatura. - É regida pela Lei 5474/68 (Lei de Duplicatas LD). - Quem emite a duplicata é o credor, por isto, aqui nós também teremos a figura do aceite.

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7 - A duplicata é título formal, causal, à ordem, extraído por vendedor ou prestador de serviços, que visa documentar o saque fundado sobre o crédito decorrente de compra e venda mercantil ou prestação de serviços, que tem como pressuposto a emissão de fatura. - É regida pela Lei 5474/68 (Lei de Duplicatas LD). - Quem emite a duplicata é o credor, por isto, aqui nós também teremos a figura do aceite.

8 - O aceite só pode ser recusado pelos motivos previstos nos art. 8º e 21 da LD, quais sejam: Art. 8º O comprador só poderá deixar de aceitar a duplicata por motivo de: I avaria ou não recebimento das mercadorias, quando não expedidas ou não entregues por sua conta e risco; II vícios, defeitos e diferenças na qualidade mercadorias, devidamente comprovados; III divergência nos prazos ou nos preços ajustados. ou na quantidade das

9 Art. 21. O sacado poderá deixar de aceitar a duplicata de prestação de serviços por motivo de: I- não correspondência com os serviços efetivamente contratados; II- vícios ou defeitos na qualidade dos serviços prestados, devidamente comprovados; III- divergência nos prazos ou nos preços ajustados.

10 - Desta forma, na duplicata, se a recua do aceite não estiver entre os motivos acima, o credor poderá ainda sim entrar com a execução realizando antes o protesto por falta de aceite. - Se o protesto por falta de aceite não foi contestado (através da já analisada ação de sustação de protesto) é porque não havia motivos válidos para o devedor de recusar a aceitar a duplicata, presumindo-se, portanto, que ele é devedor da mesma. - A duplicata sem aceite, mas devidamente protestada, pode inclusive embasar o pedido de falência.

11 - Súmula nº 248 do STJ Comprovada a prestação dos serviços, a duplicata não aceita, mas protestada, é título hábil para instruir pedido de falência. - Cabe lembrar que como a duplicata é emitida pelo credor, acontece de esse, na necessidade de fazer troca de crédito junto a instituições financeiras, emitir uma duplicata sem que tenha havido o negócio de compra e venda ou prestação de serviço para embasá-la. Tal título

12 fica conhecido como duplicata fria. - O art. 172 do Código Penal configura como crime tal prática dizendo tipificando como: emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não corresponda a mercadoria vendida, em quantidade ou qualidade, ou a serviço prestado.