Tecnologia da informação entre crianças e adolescentes

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1 679 Tecnologia da informação entre crianças e adolescentes Dionatas Ferreira de Oliveira Hyago Azzolim Aguirre Subtema: Como ambientes educativos formais e informais formam cidadãos capazes de compreender e cumprir seus deveres pessoais e sociais. Resumo Ao decorrer dos anos a tecnologia da informação cresceu muito, fazendo assim qualquer pessoa usufruir desta ferramenta para o que bem quiser. Sabemos que a internet é um campo muito amplo com diversos assuntos variados, basta saber o que procurar, mesmo assim nos deparamos com coisas que não queremos ver, como é feito o controle dos pais perante essa tecnologia? E como tudo isso afeta a juventude, hoje, é necessário oferecer a todos os cidadãos, principalmente aos jovens, as competências para saber compreender a informação, ter o distanciamento necessário oque é bom ou ruim. Esta convicção inspirou este artigo, cujo objetivo é apresentar alguns dados e cuidados com a tecnologia envolvendo as crianças e os adolescentes, é importante porque vivemos num mundo onde as mídias estão onipresentes, sendo preciso considerar sua importância na vida social, particularmente no que diz respeito aos jovens. Promover a mídia-educação é importante também porque as defasagens, que separam muitas vezes os sistemas educacionais do mundo que nos rodeia, prejudicam a formação das novas gerações para a vida. Palavras-chave: Mídia-educação; tecnologia da informação; crianças, jovens e internet. 1. Introdução Eles não saem do computador? Não largam o telefone celular? A era digital está mudando os estilos de vida, os comportamentos, os relacionamentos familiares e sociais. Atualmente as crianças e os adolescentes vivem em dois mundos: conhecemos o mundo real, e o mundo virtual, que parece muito mais legal para eles, oferecendo sempre novidades e diversão, oportunidades, a busca pela autonomia, mas também, perigo e riscos. O espaço cibernético, o mundo da internet e a velocidade da comunicação se tornaram o lugar vivo de verdade onde todos se encontram, aprendem, jogam, brincam, brigam, trocam fotos, ganham dinheiro, começam e terminam amizades e namoros. Nesta realidade virtual, não só os adolescentes e as crianças estão ficando mais dependentes da tecnologia, os adultos também, mas como isso pode ser maléfico ou benéfico? A internet oferece rapidez e agilidade se for procurar algo, estudar na internet é mais fácil, com milhares de artigos e vídeos ela oferece muito conhecimento basta saber o que deseja encontrar, afinal existe ferramentas de buscas. A tecnologia facilita sim o cotidiano de todos os cidadãos, pois ela contribui para o avanço da educação, já que alguns alunos podem assistir aulas á distância e aprender novas coisas sobre diversos assuntos. Por outro lado as crianças não tem a capacidade de julgar o suficiente para determinar o que é bom ou ruim para elas e são facilmente enganadas por informações ou pessoas falsas. O vicio pela internet interfere

2 Anais do II Congresso Internacional Uma Nova Pedagogia para a Sociedade Futura: Protagonismo Responsável 680 diretamente naquilo que os avós e pais certamente tiveram na infância, a liberdade de brincar nas ruas e fazer amizades através de relações pessoais, e não a distância. Elas acabam encontrando o que não deviam mais facilmente na internet, os pais devem sempre procurar uma proteção a mais quando se trata de internet para seus pequenos, podem ficar facilmente viciadas por jogos online como por exemplo, não que seja algo ruim jogar, mas eles acabam perdendo a noção de quando parar para comer ou estudar, além de todo conteúdo exposto como violência e pornografia os pais sempre devem procurar colocar um filtro na internet. Além de tudo isso dito no parágrafo acima, existem pessoas que utilizam a internet para praticar crimes, os chamados crimes cibernéticos, no caso roubo de senhas bancarias, planejamento de sequestros e assaltos com uma variedade ampla em redes sociais existe mais facilidade para saber onde você mora, quem faz parte da sua família, onde seus filhos estudam, onde você trabalha, até mesmo objetos que possui em sua casa. Então de certo modo devemos ter cuidados quando se trata de dados pessoais na internet pois nunca se sabe quem está do outro lado. 2. Desenvolvimento Estamos em 2016, a tecnologia e a internet nas décadas de eram diferentes, Não tinha tanto de conteúdo extenso com diversos assuntos como temos agora, as gerações de agora e futuras principalmente deve se ter um cuidado com o assunto tecnologia, crianças de 3, 4 anos já sabem mexer em tablets e celulares, a quem acredita que elas são mais inteligentes ou geniais, não que seja isso mas elas estão acostumadas a ver seus pais com o telefone mexendo diariamente, claramente elas irão fazer igual, quando ela acaba tendo a capacidade de perceber o que o dedo faz quando se meche pra cima e para baixo ou quando se clica em um aplicativo ela vai descobrindo aos poucos para o que serve, isso é ruim? por um lado não, ela acaba desenvolvendo muito a coordenação motora, raciocínio logico entre outros fatores. Mas isso se torna negativo quando ela passa a deixar a infância de lado para ficar mais ao lado da tecnologia. Embora pareça muito difícil estabelecer um ponto de equilíbrio de tecnologia perante as crianças, os pais devem mais do que nunca estabelecer regras e trabalhar para que os pequenos não acabem exagerando na hora de usar o smartphone. Para isso eles devem ter consciência que não estão passando um mau exemplo e utilizando essas tecnologias demais, outro ponto é deixar que as crianças mostrem interesse e só depois disso mostrar a elas como funciona o aparelho de forma correta, não estimular a criança a manipular o equipamento antes do tempo. Sempre manter o diálogo e atividades familiares é outra forma de ajudar os pequenos a não se tornarem dependentes das tecnologias, mas o mais importante é manter-se disposto a tirar dúvidas e explicar motivos pelo qual se deve usar com cautela novas tecnologias. O mundo virtual vai, confundindo os limites com o mundo real no cotidiano de crianças e adolescentes. A internet, o telefone celular entre outras tecnologias vão transformando os comportamentos e as formas de se relacionar com a família, com os amigos e com as novas

3 Anais do II Congresso Internacional Uma Nova Pedagogia para a Sociedade Futura: Protagonismo Responsável 681 possibilidades de viajar pelo mundo sem sair de casa. Mas, também, surgem novos riscos à saúde para a geração da era digital, devido ao excesso de horas no uso do computador, deficiência de sono e hábitos sedentários, queda do rendimento escolar. Serão descritos os principais sinais de alerta para os problemas comportamentais e de riscos para o desenvolvimento educacional saudável, além de um resumo dos transtornos mais frequentes no mundo cibernético. 3. Resultados O mundo de muitos jovens de hoje é tecnológico. Eles não imaginam um mundo sem seus aparelhos eletrônicos que os mantêm rodeados de informação. Mas este mundo bem desenvolvido pode prejudicar a vida real como nas habilidades no desenvolvimento e até nos relacionamentos. Muitos vivem virtualmente aquilo que a realidade não os oferece e talvez seja por isso que muitos jovens tem o fascínio por jogos onde estes podem ser ou fazer o que quiserem (LOPES, 2015). Pesquisas apontam que a superexposição da criança a celulares, internet, e televisão está relacionada ao déficit de atenção, atrasos cognitivos, dificuldade de aprendizagem, impulsividade e problemas em lidar com sentimentos como a raiva. Outros problemas comuns seriam a obesidade, por passarem a praticar menos atividades físicas, também privação de sono e o risco de dependência por tecnologia. Um estudo feito no brasil em 2015 com 507 crianças e adolescentes de idade entre 8 e 16 anos, mostrou que 66% já presenciou casos de cyberbullying nas redes sociais, e cerca de 21% relata que já sofreu cyberbullying e grande parte vítimas tem entre 13 e 16 anos. Entre as atividades realizadas em redes sociais por 24% dos entrevistados da pesquisa, que são consideradas cyberbullying, 14% das crianças admitiram falar mal de uma pessoa para outra, 13% afirmaram tirar sarro da aparência de alguém, 7% marcaram pessoas em fotos vexatórias, 3% ameaçaram alguém, 3% assumiram zombar da sexualidade de outra pessoa, 2% disseram já terem postado intencionalmente sobre eventos em que um colega foi excluído, entre outros casos. Todo cuidado com a tecnologia é pouco com pesquisas entre outros artigos podemos afirmar que não se trata de um brinquedo, a tecnologia pode influenciar negativamente principalmente os jovens. Por serem ingênuos e imaturos acabam não pensando nas consequências de algumas atitudes, no entanto crianças deve se ter um controle sobre eles perante a tecnologia, algumas sociedades pediátricas e academias de pediatria recomendam que a partir dos 13 anos tenham acesso a dispositivos moveis e devem ser orientadas a usar de forma adequada. Os pais precisam avaliar se a necessidade da criança ter um smartphone, para crianças que já saem de casa sozinhas, o smartphone se torna uma importante ferramenta de comunicação, inclusive para os pais, por outro lado não parece que crianças de 5 anos de idade já tenham um aparelho. Abaixo um quadro que mostra a relação entre crianças e adolescentes na era digital.

4 Anais do II Congresso Internacional Uma Nova Pedagogia para a Sociedade Futura: Protagonismo Responsável Considerações finais É de suma importância criar, como sociedade, mecanismos capazes de direcionar cada avanço tecnológico e das indústrias nacional e internacional de tecnologia da informação e dos computadores, provedores e servidores de internet numa fonte segura e ética, de forma que sempre sejam usados em seus aspectos positivos, não permitindo que se transformem em entraves do crescimento e do desenvolvimento digno e saudável das crianças e adolescentes brasileiros.

5 Anais do II Congresso Internacional Uma Nova Pedagogia para a Sociedade Futura: Protagonismo Responsável Referências EISENSTEIN, Evelyn. ESTEFENON, Susana B. Geração digital: riscos das novas tecnologias para crianças e adolescentes. Disponível em: < Acesso em: 10/08/2016. LIMA, Nádia Laguárdia de; SOUZA, Eduardo Pio de; REZENDE Alice Oliveira; MESQUITA, Ana Carolina Roritz. Os adolescentes na rede: uma reflexão sobre as comunidades virtuais. Disponível em: < Acesso em: 10/08/2016. ESTEFENON, SGB, Eisenstein E org. Geração Digital: Riscos e Benefícios das Novas Tecnologias para Crianças e Adolescentes, Rio de Janeiro: Ed Vieira & Lent, Safernet Brasil: