Economia Complexa: Interação e Iteração
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- Isaac de Almeida Castanho
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1 Economia Complexa: Interação e Iteração Iterações das decisões fundamentais, devido às interações, ocorrem em novos contextos Clique nos hyperlinks (círculos do slide 2 e casinhas para retornar)
2 Decisões governamentais Decisões dos trabalhadores crédito inves;mento Economia Complexa preço consumo estoque produção 2
3 financiamento do governo = f(títulos da dívida pública, emissão monetária) => distribuição mercantil do gastos => estrutura de preços relativos. canal da política monetária = f(maneira pela qual é conduzida) variações na oferta de moeda = politicamente induzidas / criadas pelo sistema bancário => composição do gasto > estímulo ao gasto 3
4 mecanismo de transmissão = f(modo de entrada da nova moeda na economia) preços, produto, emprego, e decisões de investimento = f(tipos de política monetária-fiscal) tipos de política monetária-fiscal => diferentes trajetórias: aquisições de open market => efeito sobre o custo de emissão de novos títulos, ações e/ou debêntures déficit governamental financiado por emissão monetária => efeito direto sobre as vendas 4
5 déficit fiscal = f(rendas assalariadas) => demanda da indústria de bens de consumo reação = f(expectativas das firmas) => variações ou nas quantidades ou nos preços operações de open market => custo do funding => investimento 5
6 inversão do ciclo = f[ ou por problema de estoque de dívida e saldos (fundos de terceiros / fundos próprios) ou por problema de fluxos de caixa (serviço da dívida / receitas obtidas)] aversão ao risco tanto do emprestador quanto do tomador = f(variação da relação fundos externos / fundos internos) = f(princípio do risco crescente) decisão de empréstimo = f[ risco do credor quanto à insuficiência da margem de garantia (variável ao longo do ciclo econômico) / risco do devedor quanto à rentabilidade esperada] 6
7 inversão de expectativa = f(dúvida quanto à capacidade de honrar-se o débito) = f(fragilidade financeira: grau de prudência no endividamento) alavancagem financeira positiva = f(uso de capitais de terceiros) => benefícios > custos grau de alavancagem financeira = f(endividamento eleva escala das operações ativas das empresas) => > taxa de retorno sobre o capital próprio 7
8 dispersão dos preços relativos = f(decisões microeconômicas descoordenadas) = causa X crescimento da oferta de moeda = efeito aumentos relativos de preços por oligopólios efetivados nominalmente ex-post = f( validação monetária ) mark-up desejado ex-ante efetivado = f( vendedor encontrar comprador com dinheiro disposto a adquirir o bem ao preço oferecido ) 8
9 fundamento do processo dos preços: duas classes de ação vendas previstas X vendas efetivadas = f(excesso / carência da demanda prevista pelos vendedores ao fixar preços anteriores) => variações de preços posteriores bens são oferecidos a dados preços pelos vendedores aos compradores ofertas aceitas pela contraparte = frequência > ou < esperada pelos ofertantes 9
10 quantidade de bens vendidos = f(preços) = f( variações no volume de estoques ) = método do fix price. fixação dos preços => não variam necessariamente = f(desequilíbrio entre demanda e oferta de bens e serviços) possibilidade de manter preços fixos = f(estoques): quando demanda > produção: com estoques => sem aumento de preços X sem estoques => com aumento de preços preços fixos: bens perecíveis (não armazenáveis) X bens estocáveis 10
11 nível de estoque: faixa confortável => sem necessidade de medidas especiais para corrigi-lo reação = f(nível efetivo fora da faixa planejada) demanda por reposição dos estoques = f(taxa de vendas esperadas; diferença entre estoque efetivo e o desejado) 11
12 ajuste exato do nível dos estoques = f(tentativas e erros) caso dos bens armazenáveis => erros => faixa invendável aos preços não sancionados por moeda juros elevados => > custo oportunidade de reter estoques => pagar juros sobre capitais de terceiros (endividamento) => sustentar preços e estoques X vender com "preços promocionais => dinheiro para autofinanciar / ganhar aplicando em juros 12
13 Decisão de Produção versus Estado de Estoques pressão da demanda monetizada sobre a produção => aumento de preço / aumento da produção caso dos bens perecíveis: excesso da produção sobre a demanda = f(moeda para efetivar compra) => sem acúmulo de estoques => desperdício => redução de preço / redução da produção 13
14 desapontamentos = f(escassez macroeconômica de moeda X pré-condição da circulação ativa da moeda: decisões de gastos) não realização da venda = f(decisão de fixar preços não efetivada pela decisão de gastar) se ambos agentes econômicos (vendedores e compradores) decidem efetivar a transação de compra-e-venda => não será o estoque nominal de moeda existente que não a sancionará 14
15 expansão da moeda creditícia = f(termos da negociação): venda a prazo pelo fornecedor, crédito ao consumidor pelas financeiras, desconto e/ou empréstimo de capital de giro pelos bancos comerciais, etc. capacidade indireta e limitada das autoridades monetárias: restrição do crédito = f( variação da taxa de juros de curto prazo; grau de alavancagem ) contratação de crédito PF = f[ necessidades básicas de consumo, motivo precaução (segurança no emprego), custo de oportunidade do capital próprio, restrição cadastral, e prazo (comprometimento da renda mensal com prestações)] 15
16 período de mercado (com excesso involuntário de estoques) => demanda de crédito insensível às variações dos custos de juros período de produção => reversão das expectativas => suspensão de decisões de produção + adoção de férias coletivas período de investimento (longo prazo): aumento da capacidade ociosa => adiamento de decisões de investimento => recessão => desemprego 16
17 desemprego, = f(déficit da demanda agregada / preferência pela liquidez) X desemprego = f( excesso de oferta agregada / capacidade produtiva ociosa) moeda entesourada = efeito simultâneo => não causa antecedente do diferimento de gastos decisões de investir tomadas por empresários descoordenadamente => raramente atinge-se o pleno emprego da oferta de mão-de-obra existente 17
18 economia de mercado descentralizada: nível de emprego = não f(alojamento monetário) = sim f(impulsos dos investidores) modificações na oferta de moeda: não co-determinantes fundamentais dessas decisões determinantes das decisões de investir: capacidade de autofinanciamento, expectativas de lucros, grau de utilização da capacidade produtiva, inovações tecnológicas, fatores demográficos, etc. 18
19 trabalhadores gastam o que ganham, enquanto os capitalistas ganham o que gastam âncora da moeda = salário monetário = f(valor da moeda) = f(nível geral de preços) = f(% salário nominal agregado) variação no salário nominal => mudanças nos custos e na demanda dos consumidores => diversos preços => nível geral de preços 19
20 salário nominal = variável exógena = não f(forças de mercado) = sim f(mesa de negociação / decreto governamental) rigidez à baixa de salário (em termos nominais) => alteração de preços relativos => alta do nível geral de preços TQM: expansão do custo não é causa de inflação : sem aumento do poder aquisitivo e da demanda => aumento do custo => desemprego + recessão => não inflação => se oferta de moeda não sancionar => sem aumento contínuo de preços = f(risco de perda de mercado) => culpa da inflação = falta do freio monetário 20
21 governo Decisões dos trabalhadores crédito inves;mento preço consumo estoque produção 21
22 governo Decisões dos trabalhadores crédito inves;mento Decisões descentralizadas, descoordenadas, desinformadas uma das outras preço consumo estoque produção 22
23 governo Decisões dos trabalhadores crédito inves;mento interdependência estratégica = interação (ação mútua entre decisões) + iteração (repe3ção de sequência de decisões) em contextos resultantes dis;ntos preço consumo estoque produção 23
24 governo inves;mento Decisões dos trabalhadores consumo Mercado: jogo não coopera=vo ou antagônico => cada par;cipante desconhece as decisões dos demais => não há como assegurar a convergência para o equilíbrio crédito estoque preço produção 24
25 governo Decisões dos trabalhadores crédito inves;mento Sistema complexo, caó=co e dinâmico: evolui no tempo => pequenas diferenças nas condições iniciais => estados posteriores extremamente diferentes preço consumo estoque produção 25
26 crí=ca à noção de equilíbrio resultado estaps;co centro de gravidade solução de jogo balanço de forças ausência de tendência para a mudança compa;bilidade de planos correção de expecta;vas 26
27 grupo auto denominado Complex Deve- se tratar O Todo no plano da teoria, conceitual e formalmente, como Sistema Adapta=vo Complexo que se desenvolve processualmente, pondo e repondo desencontros de planos, expecta3vas ou mesmo de contradições estruturais, em constante processo de auto- reprodução e emergência. o sistema econômico real opera fora e longe do equilíbrio 27
28 A ideia de complexidade diferencia- se do enfoque de reducionismo clássico (ou de mecanicismo) em que a explanação cienpfica de qualquer objeto é encontrada por recons3tuição. Primeiro, por redução do Todo às suas partes cons;tuintes (atomismo) e, em sequência, por agregação dessas mesmas partes (átomos), mas já agora convenientemente estudadas e definidas. Enquanto o enfoque sistêmico elimina a hipótese do entendimento reducionista e isolado dos objetos ou elementos, a caracterís=ca de complexidade alerta para o fato de que estas partes não isoladas se relacionam e são restringidas pelas demais partes, assim como pelo Todo sistêmico. Transforma esse Todo, assim como as suas próprias relações, gerando, então, processos de retroalimentação, expansão e contração que não podem ser reduzidos a expressões e funções lineares bem definidas. Dentro do Sistema ocorrem regularidades, organização, estruturas e tendências que podem ser empiricamente observadas. 28
29 Sistemas econômicos são conjuntos de elementos dispostos dentro de determinada ordem e em processo conpnuo de interação. A Ciência Econômica enfrenta o desafio de compreender O Todo, considerando não só os seus elementos componentes, mas também o modo como eles estão organizados e como interagem no interior dessa organização. Ela não consegue explicar cada fenômeno de maneira totalizante por redução, ou seja, como resultado da ação conjunta dos elementos componentes, por exemplo, os agentes econômicos, inves;gados com independência uns dos outros, como se fossem unidades separadas. 29
30 Concepção dedu=vista, pretende descobrir por meio de séries de experimentos computacionais alguns mecanismos de interações microscópicas suficientes para gerar certos padrões macroscópicos dinâmicos. Concepção estrutural baseia- se na ideia de que os nexos entre os elementos não só servem de base para a sua con;nuada interação, mas vêm a ser inerentemente cons3tu3vos, tanto dos elementos enquanto tais, quanto de O Todo sistêmico. Concepção saltacionista acredita que os sistemas complexos apresentam mudanças qualita3vas que se manifestam no curso do seu processo evolu;vo como inovações irredupveis. 30
31 Por causa dessa caracterís3ca intrínseca das estruturas, elas estão inerentemente formadas por relações de oposição entre elementos ou grupos de elementos, cujas resultantes causais cons;tuem as propriedades dos sistemas. Sistemas Complexos são objetos com estrutura de relações e posições, de tal modo que as propriedades emergentes passam a ser encaradas como formas de manifestação dessas estruturas subjacentes. A inteligibilidade dos sistemas nunca é imediata; há o que aparece imediatamente na superkcie, mas há também a própria estrutura que se encontra subjacente ou escondida, cujos nexos internos devem ser inves;gados. 31
32
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