ROTURAS AGUDAS DO TENDÃO DE AQUILES

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1 FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA TRABALHO FINAL DO 6º ANO MÉDICO COM VISTA À ATRIBUIÇÃO DO GRAU DE MESTRE NO ÂMBITO DO CICLO DE ESTUDOS DE MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA ANA CATARINA MARTINS DA CUNHA ROTURAS AGUDAS DO TENDÃO DE AQUILES TRATAMENTO CONSERVADOR VERSUS CIRÚRGICO ARTIGO DE REVISÃO ÁREA CIENTÍFICA DE ORTOPEDIA TRABALHO REALIZADO SOB A ORIENTAÇÃO DE: PROFESSOR DR. FERNANDO MONTEIRO JUDAS ASSISTENTE HOSPITALAR DR. JOÃO CURA MARIANO Fevereiro de 2015

2 ANA CATARINA MARTINS DA CUNHA Roturas agudas do tendão de Aquiles tratamento conservador versus cirúrgico Trabalho final do 6º ano da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, realizado na área científica de ORTOPEDIA. Orientador: Professor Dr. Fernando João Monteiro Judas, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e chefe do serviço de Ortopedia A no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coorientador: Dr. João Miguel Morais Cura Mariano, assistente hospitalar graduado de Ortopedia no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Afiliação: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra; Rua Larga, Coimbra, Portugal. Coimbra, fevereiro de 2015

3 ÍNDICE 1. LISTA DE ABREVIATURAS RESUMO ABSTRACT INTRODUÇÃO FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA MATERIAIS E MÉTODOS RESULTADOS DISCUSSÃO CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 2

4 1. LISTA DE ABREVIATURAS ATRS Achilles tendon total rupture score CC Calf circumference FIL Functional index for the lower leg and ankle Leppilahti Leppilahti ankle score MFAI Musculoskeletal functional assessment index PAS Physical activity scale PH Period of hospitalization RCT Estudo randomizado e controlado RMN Ressonância magnética nuclear ROM Range of motion of ankle joint smfai short musculoskeletal functional assessment index TEP Tromboembolismo pulmonar TVP Trombose venosa profunda VAS Visual analogue scale VFS Validated functional tests Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 3

5 2. RESUMO Introdução: O tendão de Aquiles, apesar do seu tamanho e robustez, é a estrutura tendinosa que mais frequentemente sofre rotura. A rotura aguda afeta sobretudo indivíduos do sexo masculino de meia idade, ocorrendo geralmente durante a prática desportiva. Apesar do diagnóstico desta patologia ser bastante acessível, uma vez que a história clínica associada ao exame físico são parâmetros quase sempre elucidativos, a decisão sobre qual a terapêutica a instituir é, indubitavelmente, mais desafiante. Deste modo, o objetivo deste trabalho de revisão é determinar qual o tratamento mais vantajoso e apropriado (conservador ou cirúrgico), com base na literatura existente. Materiais e métodos: Foi efetuada uma pesquisa na PubMed, a partir da qual se selecionaram estudos que abordassem os benefícios e as complicações de cada tipo de tratamento, incluindo também dados acerca do período de reabilitação, entre outros igualmente relevantes. Cumprindo estas premissas, foram selecionados sete artigos de estudos randomizados e controlados. Outros dois artigos foram oportunamente abordados em contexto de discussão. Resultados: Os resultados funcionais de cada estudo, incluindo parâmetros como a amplitude de movimentos, a circunferência da perna e testes de força e resistência, mostraram que, de uma forma geral, não há diferenças significativas entre os grupos submetidos a tratamento conservador ou cirúrgico. Por outro lado, em termos de complicações, verifica-se uma grande discrepância entre grupos, quer no número de pacientes afetados quer no tipo de complicação mais prevalente. Discussão: O tipo de reabilitação apresenta especial relevância no prognóstico destes doentes, podendo variar entre a reabilitação dinâmica ou a reabilitação de início mais tardio (mais de 2 semanas de imobilização). O tratamento cirúrgico, ainda que invasivo e com risco Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 4

6 evidente de graves complicações do ponto de vista infecioso e nervoso, apresenta bons resultados quanto à taxa de recidiva de rotura, respondendo de forma positiva à reabilitação instituida. Por outro lado, o tratamento conservador acarreta uma elevada taxa de recidiva de rotura, sendo geralmente um tratamento de segunda linha em pacientes jovens e atletas, para aos quais é expectável uma recuperação rápida e funcionalmente ambiciosa. A falta de consenso científico relativamente aos métodos de avaliação clínica e funcional dos diversos estudos torna difícil fazer comparações de resultados entre trabalhos, limitando assim a discussão. Conclusão: A opção mais consensual para o tratamento das roturas agudas do tendão de Aquiles é o recurso à reabilitação dinâmica (mobilização precoce e/ou carga precoce), permanecendo ainda a dúvida se deverá ser precedida por tratamento conservador ou cirúrgico. Tendo em conta a prática corrente de recurso a escalas de avaliação internas, a avaliação e constatação de superioridade e excelência clínica de uma técnica comparativamente com a outra revelam-se de extrema dificuldade. Assim, atualmente, o melhor método terapêutico permanece controverso. PALAVRAS-CHAVE Cirurgia aberta; Cirurgia mini-invasiva; Complicações; Imobilização gessada; Ortótese funcional; Reabilitação; Resultados funcionais; Rotura aguda; Tendão de Aquiles; Tratamento. Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 5

7 3. ABSTRACT Roturas agudas do tendão de Aquiles tratamento conservador versus cirúrgico Introduction: The Achilles tendon, despite its length and strength, is the most frequently ruptured tendon in the human body. The acute rupture is more common in middle aged males and occurs mostly during sport activities. A good history and a well performed physical examination are, most of the times, enough to make the correct diagnosis. Choosing the treatment is the most challenging decision. Therefore, the main objective of this review is to determine which treatment (conservative or surgical) is the most advantageous and appropriate, according to scientific literature. Material and Methods: A research was carried out using the PubMed online database. Seven articles of randomized controlled trials, which discussed the benefits and complications of each type of treatment (including also data about the rehabilitation period and other relevant information), were chosen. In a discussion context, another two articles were mentioned. Results: The functional results of each study, including parameters such as range of motion, the circumference of the leg and strength and endurance tests, showed that, generally, there is no significant difference between the two treatment groups (conservative and surgical). On the contrary, there is a big difference between those groups in terms of complications, not only in the number of affected patients but also in terms of the most prevalent type of complication. Discussion: The type of rehabilitation is currently recognized as a major determinant of the prognosis. It may vary from dynamic rehabilitation to late onset rehabilitation (more than 2 weeks of immobilization). The surgical treatment, although invasive and obviously risky in terms of infections and nerve damage, leads to good results related with re-rupture rate. It also has a great response to the rehabilitation, no matter the protocol applied. On the Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 6

8 other hand, the conservative treatment is associated with a high re-rupture rate and is commonly a second line treatment option in young patients and in athletes, for whom a quick and functionally ambitious recovery is expected. The lack of scientific consensus about the clinical and functional evaluation methods used in several studies makes it difficult to compare results between them, impairing the discussion. Conclusion: The most consensual option for the treatment of acute ruptures of the Achilles tendon is the use of dynamic rehabilitation (early mobilization and/or early loading). However, it is still questionable if the rehabilitation should be preceded by conservative or surgical treatment. Taking in account the current practice of using internal rating scales, the comparison, and thus the superiority and excellence of a technique compared with another one, proves to be extremely difficult. Nowadays, the best treatment option remains uncertain. KEYWORDS Achilles tendon; Acute rupture; Cast immobilization; Complications; Functional bracing; Functional outcomes; Minimally invasive surgery; Open repair surgery; Rehabilitation; Treatment. Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 7

9 4. INTRODUÇÃO Roturas agudas do tendão de Aquiles tratamento conservador versus cirúrgico O tendão de Aquiles é o maior e mais forte tendão do corpo humano, sendo também o que mais frequentemente é alvo de patologia de índole traumática, nomeadamente na população adulta. 6, 10, 12, 21, 23, 33, 35 Este tendão é formado pelas porções tendinosas dos músculos gastrocnémios e solear (tricípite sural), que se unem distalmente formando uma estrutura única inserida na tuberosidade calcaneana. É responsável pelos movimentos de flexão plantar e inversão do pé, sendo também adjuvante na flexão do joelho. O tendão de Aquiles desempenha assim um papel fundamental na concretização da bipedestação. A crescente incidência das roturas agudas do tendão de Aquiles, aliada 9, 32 à sua íntrinseca peculiaridade musculo-esquelética e importância anatómica, 14, 16, 35, 37 justificam a pertinência deste trabalho, cujo principal objetivo é avaliar as diferentes abordagens terapêuticas (conservadora e cirúrgica) tendo em vista a eleição do melhor método de tratamento. 6-8, 12, 33, 38, 39 Quanto à epidemiologia, estima-se que a incidência anual das roturas agudas do tendão de Aquiles varie entre 6 e 18 casos por habitantes, 6, 16, 20, 35, 37 tendo-se tornado uma patologia invariavelmente comum 10, 14, 16, 37 nas últimas duas décadas. 35 As roturas do tendão de Aquiles, ditas agudas se diagnosticadas até às 4 semanas, 31 são mais comuns no sexo masculino. 10, 12, 23, 30 Geralmente, ocorrem durante a prática desportiva e em indivíduos de meia idade, 17, 21, 23, 30, 40 assumindo uma distribuição bimodal cujo maior pico corresponde à faixa dos 30 aos 40 anos e o menor pico à faixa etária dos 60 aos 80 anos. 16, 35 No que respeita à etiologia, várias hipóteses têm sido apontadas para clarificar a(s) causa(s) das roturas agudas do tendão de Aquiles, bem como o aumento da sua incidência, porém não há consenso na literatura consultada. De igual modo, os eventos específicos desencadeadores não reúnem consonância científica. 9, 21, 35, 39 Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 8

10 Não obstante a ausência de evidência, propõem-se as teorias degenerativa e mecânica como condição base para explicar a natureza deste tipo de roturas, sobre as quais atuarão inevitavelmente alguns fatores despoletadores. 21, 35 A primeira teoria advoga que o processo degenerativo crónico do tendão, para o qual contribuem fatores como a hipovascularização local e alterações microestruturais típicas da idade, é responsável pela redução do limiar de rotura. Por outro lado, a teoria mecânica defende que o traumatismo prévio e repetitivo do tendão, ainda que de baixo grau, acarreta desgaste e fragilização do mesmo. Para além disso, o componente muscular (disfunção e incoordenação) e a motricidade (inversão e eversão com tensão oblíqua), são, per si, potenciais deturpadores da viabilidade tendinosa. 9, 21, 35, 39 Associadamente, há certas patologias capazes de potenciar uma rotura aguda: doenças infeciosas, autoimunes e neurológicas, hiperuricemia, insuficiência renal, arteriosclerose, hiperlipidémia e doenças do colagénio. De igual modo, estão descritos fatores de risco, como o uso de corticóides, fluoroquinolonas e estados de hipertermia localizada ao retropé. Relativamente à clínica e diagnóstico desta patologia, os pacientes apresentam-se com dor súbita e intensa na região do retropé, incapacidade de suportar carga e debilidade na zona do tornozelo. Nestes doentes, a flexão plantar pode estar comprometida. O exame físico revela edema ou equimose regional, com tumefação e/ou descontinuidade ao longo do trajeto tendinoso, frequentemente nos 2 a 6 cm proximais ao local de inserção. Dos testes com intuito diagnóstico, destaca-se o teste de Thompson pela sua facilidade de execução e fiabilidade. No que respeita ao domínio da imagiologia, a ecografia é um bom instrumento de diagnóstico, sendo que a ressonância magnética nuclear (RMN) poderá ser útil nos casos de lesão subtil e para planeamento cirúrgico. 21, 35 21, 35 Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 9

11 5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A escolha do tipo de tratamento a adotar depende, entre outros fatores, da idade do paciente assim como da profissão e do nível de atividade física. A apresentação clínica, desencadeada por rotura inaugural ou recidiva, e o atraso na procura de cuidados médicos são também pormenores a ter em conta na escolha da via de abordagem terapêutica. Os principais objetivos do tratamento das roturas agudas do tendão de Aquiles são: minimizar a morbilidade, otimizar o retorno funcional e prevenir as complicações. Tendo em conta os tipos de tratamento analisados nos trabalhos de investigação selecionados para esta revisão, apresenta-se de seguida uma breve descrição dos mesmos. 21, Tratamento Conservador 1.1. Imobilização gessada O protocolo mais usado, que foi inicialmente proposto por Pels-Leusden, prevê a imobilização com bota gessada e pé em posição equina durante 4 semanas, seguida de imobilização com pé em posição neutra durante mais 4 semanas. 21 Outros investigadores sugeriram, entretanto, diferentes janelas temporais para cada posição plantar mas advogando sempre uma exposição equina de base, intercalando por vezes a posição semiequina. 21, 30 Após este período, o gesso pode ser substituído por ortótese funcional 35 ou sapato adaptado com elevação do retropé tendo em vista a reabilitação funcional Ortótese funcional Pode ser usada como primeira opção ou, mais frequentemente, como complemento, tanto em caso de imobilização gessada como pós-operatoriamente. Existem vários tipos de ortóteses que têm em comum o facto de permitir uma amplitude de movimentos e/ou posição Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 10

12 do pé compatível com o cumprimento de um protocolo de fisioterapia de início precoce e que culminará num período de reabilitação mais curto. 11, 13, 35 Este tipo de imobilização pode, consoante as suas características, ser de dois tipos: ortóteses rígidas plantares ou flexíveis dorsais (de carbono). Há também a possibilidade de personalizar o tamanho do salto, ou seja, o grau de flexão plantar, sendo que a dorsiflexão pode ser propositadamente limitada Tratamento Cirúrgico Tem sido o método preferido nas últimas décadas, especialmente em pacientes jovens e atletas, 21, 31 em que se opta oportunamente pela via aberta, 18 mas também em casos de adiamento ou atraso na instituição de tratamento. 10, 12, 21 Para além da via aberta, com sutura de tendão, está também contemplada a via fechada, menos invasiva. 6, 10, 14, Via aberta Implica a aproximação direta dos dois extremos do ponto de rotura tendo vista o restabelecimento anatómico do leito tendinoso. 18, 31 Existem vários métodos de atuação que diferem entre si essencialmente pela técnica aposição dos cotos tendinosos: sutura topo-a-topo, com opção de reforço tendinoso (músculo plantar delgado ou gastrocnémios), e fixação intermediária, com reimplantação do tendão do músculo fibular curto ou reparação com enxerto (sintético ou biológico aloenxerto). Há também diversidade relativamente ao material de sutura: Vycril, Dexon, Polydioxanone - PDS. 21, 31, Sutura topo-a-topo É feita uma incisão longitudinal de 6-8 cm, paralela ao curso do tendão de Aquiles. O facto de ser medial facilita a aproximação ao músculo plantar delgado e descarta, Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 11

13 praticamente, a possibilidade de lesão do nervo sural, minimizando ainda a possibilidade de deiscência da sutura cutânea no pós-operatório. O tecido subcutâneo e adiposo é dissecado até se alcançar a fáscia crural, que recobre o tendão, e o pé colocado em flexão plantar para facilitar a aproximação dos dois extremos, sendo que a configuração da sutura varia consoante a técnica eleita (Krackow, Bunnell ou Kessler). O material de sutura usado é geralmente sintético e reabsorvível, por exemplo Vycril. 31, Reforço com músculo plantar delgado Técnica de Lynne Esta técnica deve ser executada até 2 semanas após a rotura e baseia-se no recurso ao tendão do músculo plantar delgado para reforçar a sutura topo-a-topo. Uma vez efetuado o primeiro passo da reparação (sutura topo-a-topo), o tendão do músculo plantar é libertado da sua inserção calcaneana e, posteriormente, convertido numa espécie de membrana que irá recobrir o local de aposição do tendão de Aquiles, de preferência nos cerca de 2,5 cm adjacentes ao ponto de rotura Rebatimento do tendão e da aponeurose do músculo gastrocnémios de proximal para distal técnica de Lindholm Outra possibilidade é reforçar a sutura topo-a-topo com fáscia muscular, prevenindo a aderência do tecido reparado ao tecido cutâneo contíguo. São seccionadas duas faixas de, aproximadamente, 1 cm de largura e 7-8 cm de comprimento a partir da aponeurose do músculo gastrocnémios e região proximal do tendão de Aquiles, que permanecem distalmente conectadas 3 cm proximais ao ponto de rotura. A partir daqui, cada faixa é rodada sobre si 180 e suturada, tanto ao coto distal do tendão como à faixa contralateral, de modo a que o local de rotura fique totalmente recoberto pelo retalho. Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 12

14 Em alternativa, pode ser usada uma faixa única de aponeurose do músculo gastrocnémios, com cerca de 4 cm de largura, rodada a nível do seu pedículo distal para cobrir a lesão Fixação intermediária/substituição tendinosa Reimplantação do tendão do músculo fibular curto técnica de Teuffer O tendão de Aquiles é exposto através de uma incisão longitudinal póstero-lateral que se insinua até ao calcâneo. Outra pequena incisão, no bordo plantar lateral, é necessária para desinserção do tendão do músculo fibular curto da base do quinto metatarso. Posto isto, é criado um orifício transversal a nível da tuberosidade calcaneana, suficientemente grande para permitir a passagem do tendão fibular, que é introduzido nesse túnel, surgindo do lado oposto medialmente ao tendão de Aquiles. Por fim, une-se a extremidade distal do tendão fibular ao seu próprio tecido muscular. Ao longo do trajeto adjacente ao tendão de Aquiles, o tendão fibular é sucessivamente suturado ao coto proximal. Esta técnica permite que, em casos de impossibilidade de sutura topo-a-topo, seja possível mimetizar a estrutura Aquiliana anatómica através da criação de uma espécie de laço (loop) dinâmico. Excecionalmente, quando o coto distal do tendão de Aquiles é demasiado longo, o tendão fibular pode ser usado para reforço da sutura topo-a-topo técnica de Turco e Spinella. O tendão fibular, previamente removido da inserção metatársica, é deslocado e suturado lateral e medialmente ao coto proximal do tendão de Aquiles, passando transversalmente por entre o coto distal. 31 Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 13

15 Reparação com enxerto Uma das opções é o uso de uma malha sintética de tereftalato de polietileno que é suturada firmemente aos cotos proximal e distal, medial e lateralmente, usando material reabsorvível. Há o risco de ocorrerem problemas de cicatrização devido a incompatibilidades com o volume e forma do material, que mantém conformação em corda, podendo ser percetível através da pele. Outra opção, menos vulgar, consiste no uso de aloenxertos dérmicos. Há poucos relatos de experiência clínica e poucos estudos, mas um deles, em cadáveres, revelou que o limiar de rotura do tendão reparado é significativamente superior com este tipo de enxertos, adivinhando-se, portanto, menor taxa de recidiva Via fechada A via fechada, também dita de mini-invasiva ou percutânea, representa uma abordagem de teor invasivo intermédio entre a cirurgia aberta e o tratamento conservador. Esta técnica surgiu na década de 80 pelas mãos de Ma e Griffith emergindo, sobretudo, da necessidade de se reduzirem as complicações pós-operatórias associadas à via aberta, nomeadamente as infeções da sutura, os problemas de cicatrização e o dano neural. 5, 21, Mini-open (Achillon ) O Achillon é um instrumento que foi especialmente desenvolvido por Assal et al com o propósito de, a partir de um acesso percutâneo, ser possível suturar o tendão dentro das suas margens anatómicas, isto é, respeitando os limites do paratendão. A técnica cirúrgica que utiliza este aparelho pressupõe a realização de uma incisão transversal com 3 cm, a 1 cm distal ao coto proximal, cuja localização exata é conseguida por intermédio de ecografia, pré ou intraoperatória. Segue-se a inserção do Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 14

16 Achillon, que deve ser posicionado para que os seus ramos centrais ladeiem o trajeto tendinoso. Posteriormente, e com o auxílio dos pontos de referência do Achillon, é feita a colocação de seis fios de sutura absorvíveis que atravessam o tendão, três proximais e três distais, que nunca devem cruzar a linha média. Posto isto, é retirado o aparelho e as suturas são ligadas entre si ao par correspondente do lado ipsilateral, colocando-se o pé em flexão plantar para melhor aposição. Por fim, é colocada uma tala posterior na perna, com o pé em posição equina, e a mobilização faz-se com o auxílio de canadianas, sem carga; as suturas são removidas ao fim de duas semanas Closed (Tenolig ) Delponte et al foram responsáveis pela criação do Tenolig, um kit que inclui duas agulhas em forma de arpão e dois discos de polietileno. Durante o procedimento são feitas duas pequenas incisões 5 cm proximais ao ponto de rotura que permitirão a passagem do arpão, insinuando-se este, posteriormente, a nível distal. Este gesto repete-se para o lado contralateral e, uma vez conseguido, procede-se à tração de ambos os extremos para que se aproximem os cotos do tendão rompido. Por volta da sexta semana, são retirados os dispositivos. 5 Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 15

17 6. MATERIAIS E MÉTODOS Na realização deste trabalho foi efetuada uma pesquisa bibliográfica com recurso à base de dados Pubmed da U.S. National Library of Medicine, usando os seguintes termos: achilles tendon, acute rupture, treatment, operative versus nonoperative, complications, rehabilitation. Esta pesquisa foi complementada com uma outra no portal da Biblioteca Virtual em Saúde sob o teor tratamento tendão aquiles. Foram maioritariamente selecionados artigos de revisão e projetos de investigação, incluindo estudos randomizados, no idioma inglês. Todos os artigos foram obtidos consoante a disponibilidade dos mesmos na Biblioteca Central dos Hospitais da Universidade de Coimbra ou em formato digital de livre acesso online. A pesquisa efetuada forneceu uma extensa lista de artigos, de entre os quais foram selecionados alguns dos mais preponderantes e com informação relevante sobre o tema em estudo, assim como os mais atuais (restrição da pesquisa aos anos entre 1993 e 2013). Uma vez que o objetivo deste trabalho se prende com a eleição do tratamento mais ajustado perante uma rotura aguda do tendão de Aquiles, não contemplando a particularidade inerente ao processo de rotura uma vez que esta se extende para além do âmbito deste artigo, surge inevitavelmente a necessidade de abordagem das duas vertentes de intervenção, a conservadora e a cirúrgica, com o intuíto de se apreciarem tanto os resultados quanto as complicações associadas. Desta forma, foi selecionada a bibliografia que, em detrimento da descrição exaustiva de cada procedimento, discriminasse sobretudo o desempenho pós-operatório possibilitado por cada técnica e enfatizasse a interpretação e confrontação de variáveis quantitativas e qualitativas de interesse prognóstico. Devido à disparidade entre escalas de avaliação dos vários estudos, que torna complexa a comparação entre eles, optou-se adicionalmente por uma análise descritiva do trabalho de cada autor. Há ainda a ressalvar que não foi realizada qualquer análise estatística dos resultados obtidos. Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 16

18 7. RESULTADOS Roturas agudas do tendão de Aquiles tratamento conservador versus cirúrgico Nesta revisão optou-se por apresentar um resumo de cada estudo sob a forma de texto. Para facilitar a análise dos dados, as características gerais de cada estudo foram colocadas sob a forma de tabela, bem como alguns resultados e complicações considerados relevantes para análise e comparação. A seleção dos estudos foi efetuada tendo em conta alguns critérios de seleção, tais como: a escolha de estudos randomizados e controlados comparando o tratamento conservador com o cirúrgico; a inclusão preferencial de pacientes adultos com rotura aguda do tendão de Aquiles, tendo esta sido diagnosticada com menos de 14 dias à data da intervenção; a apresentação de resultados e complicações cirúrgicas, com especial foco na recidiva da rotura e limitação funcional, implicando um seguimento mínimo de um ano. Assim, e em cumprimento dos requisitos supracitados, selecionaram-se sete estudos randomizados e controlados (Tabela 1). Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 17

19 Tabela 1 Características gerais dos estudos. Estudos Keating et al 17 Willits et al 38 Nilsson- Helander et al 29 Metz et al 26 Twaddle et al 36 Moller et al 27 Cetti et al 2 Tipo de estudo RCT RCT RCT RCT RCT RCT RCT Ano de realização Seguimento (meses) Nº casos/nº casos sexo masculino Tx Conservador 41/32 72/59 48/39 41/35 22/14 53/48 55/45 Tx Cirúrgico 39/28 72/59 49/40 42/31 20/14 59/51 56/47 Idade média (anos) Tx Conservador 39,5 41,1 41, ,3 38,5 37,8 Tx Cirúrgico 41,2 39,7 40, ,8 39,6 37,2 Legenda: Nº - Número; RCT - Estudo randomizado e controlado; Tx - Tratamento. Tabela 2 Tratamento: via de abordagem e período de imobilização até iniciar reabilitação. Estudos Keating et al 17 Willits et al 38 Nilsson- Helander et al 29 Metz et al 26 Twaddle et al 36 Moller et al 27 Cetti et al 2 Tipo de estudo RCT RCT RCT RCT RCT RCT RCT Tipo de tratamento Tx conservador Bota gessada Ortótese funcional Bota gessada Bota gessada Bota gessada Bota gessada Bota gessada Tx cirúrgico Imobilização pós-operarória Via aberta: topo-atopo Kessler Bota gessada Via aberta: topo-atopo Krackow Tala gessada Via aberta: topo-atopo Kessler modificada Bota gessada Via fechada: topo-atopo Bunnell Bota gessada Via aberta: topo-atopo Krackow Bota gessada Via aberta: topo-atopo Kessler modificada Bota gessada Via aberta: topo-atopo Bunnel Bota gessada Período de imobilização (sem.) Tx Conservador ,4 8 8 Tx Cirúrgico ,4 1,7 6 Legenda: RCT - Estudo randomizado e controlado; Sem. Semanas; Tx - Tratamento; Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 18

20 Tabela 3 Protocolo de reabilitação. Keating et al 17 Willits et al 38 Nilsson- Helander et al 29 Metz et al 26 Twaddle et al 36 Moller et al 27 Cetti et al 2 Tipo de estudo RCT RCT RCT RCT RCT RCT RCT Tipo de tratamento Reabilitação Tx cons Tx cir Início Duração Protocolo (fisioterapia) Bota gessada Ortótese funcional Bota gessada Bota gessada Bota gessada Bota gessada Bota gessada Via aberta: topo-a-topo Kessler Via aberta: topo-a-topo Krackow Via aberta: topo-a-topo Kessler modificada Via fechada: topo-a-topo Bunnell Via aberta: topo-a-topo Krackow Via aberta: topo-a-topo Kessler mod Via aberta: topo-a-topo Bunnel às 10 A e 6 B sem. às 2 sem. às 2 sem. 24 sem. mínimo de 8 sem. 24 sem. Início à 1ª sem após rotura A /cirurgia B ao 10º dia ào 12º dia B às 8 A e 6 B sem. mínimo de 7 sem. mínimo de 8 sem. 24 sem. - Igual para os dois grupos. - Semana 1-2: aumento da amplitude de movimentos em geral e dorsiflexão passiva; peso à retirada do gesso. - Semana 2-6: aumento da amplitude de movimentos do tornozelo, com e sem peso; fortalecimento do tricípite sural; exercícios de propriocepção. - Semana 6-24: aumento lento da atividade física e força muscular; exercícios de manutenção. - Igual para os dois grupos. Ortótese funcional durante 8 semanas. - Semana 2: peso com restrição. - Semana 4: peso consoante tolerado. - Igual para os dois grupos. Ortótese funcional durante 6 semanas. - Semana 6/8: peso consoante tolerado. - Semana 8-20: 2/3 vezes por semana exercícios programados de progressiva dificuldade, desde alongamentos a subida de escadas. - Semana 20-24: exercícios anteriores aumentando intensidade e carga; autonomia. - Atividade física adaptada às necessidades: aulas de grupo e retorno ao desporto. - Igual para os dois grupos. Ortótese A / Tala gessada B durante 6 semanas. - Uso de canadianas aconselhado durante a imobilização gessada; depois carga e marcha plana. - Igual para os dois grupos. Ortótese funcional com 20 flexão plantar durante 7 semanas. - Semana 1-2: retirar a ortótese 5 minutos a cada 1hora; dorsiflexão ativa até à posição neutra e flexão plantar passiva; sem carga. - Semana 3: mesmos exercícios e ortótese colocada na posição neutra. - Semana 5: peso até aguentar; sem ortótese à noite. - Semana 7: ortótese removida; exercícios de alongamento e elevação do calcanhar. - Apenas para o grupo cirúrgico. Ortótese funcional. - Semana 3-8: exercícios de amplitude e carga sem restrição. - Semana 8: foi permitida a todos os pacientes carga sem apoio à 8ª sem. - Igual para os dois grupos. - Semana 1-4: caminhar. - Semana 4-10: exercícios de reforço muscular; corrida a partir da 6ª sem. - Desportos específicos aos 6 meses de reabilitação. Legenda: A Grupo conservador; B - Grupo cirúrgico; Mod - Modificada; RCT - Estudo randomizado e controlado; Sem - Semanas; Tx cons Tratamento conservador; Tx cir Tratamento cirúrgico. Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 19

21 Tabela 4 Resultados e complicações. Roturas agudas do tendão de Aquiles tratamento conservador versus cirúrgico Tipo de Tipo de tratamento Resultados Complicações estudo Métodos Recidiva Tx cons Tx cir Desempenho aos 12 meses avaliação rotura Infeção TVP Dano neural Tx cons: Tx cons: Tx cons: Tx cons: Via aberta: Keating et MFAI, VAS, al 17 RCT Bota gessada topo-a-topo ROM ø entre grupo 10,3% 0% 5,1% NE ROM Kessler conservador e cirúrgico. Tx cir: Tx cir: Tx cir: Tx cir: 5,4% 8,1% 0% NE Willits et al 38 RCT Tx cons: Tx cons: Tx cons: Tx cons: Via aberta: Ortótese Leppilahti, Leppilahti e CC ø 4,6% 0% 1,5% NE topo-a-topo funcional ROM, CC significativa entre grupo Krackow Tx cir: Tx cir: Tx cir: Tx cir: conservador e cirúrgico. 3,2% 8,1% 1,6% NE Via aberta: Tx cons: Tx cons: Tx cons: Tx cons: Nilsson- topo-a-topo ARTS, PAS, ATRS, PAS, VFS ø 12,5% 0% NE 0% Helander et al 29 RCT Bota gessada Kessler VFS entre grupo conservador Tx cir: Tx cir: Tx cir: Tx cir: modificada e cirúrgico. 4,1% 4,1% NE 4,1% Metz et al 26 RCT Bota gessada Tx cons: Tx cons: Tx cons: Tx cons: Via fechada: Leppilahti, Leppilahti ø entre 12,2% 0% 2,4% 2,4% topo-a-topo VAS grupo conservador e Bunnell Tx cir: Tx cir: Tx cir: Tx cir: cirúrgico. 7,1% 0% 0% 7,1% Tx cons: Tx cons: Tx cons: Tx cons: Via aberta: Twaddle et MFAI, ROM, MFAI, ROM e CC ø 4,5% NE NE NE al 36 RCT Bota gessada topo-a-topo CC entre grupo conservador Krackow Tx cir: Tx cir: Tx cir: Tx cir: e cirúrgico. 10% NE NE NE Moller et al 27 RCT Bota gessada Via aberta: ROM, VAS, FIL ø Tx cons: Tx cons: Tx cons: Tx cons: topo-a-topo ROM, CC, significativas entre grupo 20,8% 0% 0% 0% Kessler VAS, FIL conservador e cirúrgico. Tx cir: Tx cir: Tx cir: Tx cir: modificada 1,7% 1,7% 1,7% 1,7% Cetti et al 2 RCT Bota gessada Tx cons: Tx cons: Tx cons: Tx cons: Via aberta: Há diferenças 12,7% 0% NE 1,8% topo-a-topo ROM, CC, PH significativas entre os 2 Tx cir: Tx cir: Tx cir: Tx cir: Bunnel grupos. 5,4% 3,6% NE 12,5% Legenda: ATRS - Achilles tendon Total Rupture Score; CC - Calf circumference; FIL - Functional index for the lower leg and ankle; Leppilahti - Leppilahti ankle score; MFAI - Musculoskeletal Functional Assessment Index; NE - Não especificado; PAS - Physical activity scale; PH - Period of hospitalization; RCT - Estudo randomizado e controlado; ROM - Range of motion of ankle joint; TVP - Trombose venosa profunda; Tx cons Tratamento conservador; Tx cir Tratamento cirúrgico; VAS - Visual analogue scale; VFS - Validated functional tests; ø - Sem diferenças; Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 20

22 Segue-se uma breve descrição de cada uma das escalas usadas: MFAI (Musculoskeletal functional assessment index): Questionário de 100 perguntas pontuáveis cujo intuito é avaliar o dano músculo-esquelético percecionado pelo paciente; quanto maior o valor obtido, mais incapacitado o paciente se sente. 36 Numa versão mais simplificada do MFAI, o smfai (short musculoskeletal functional assessment index) é um questionário com 46 questões, 34 das quais pretendem determinar o grau de (dis)função muscular, e as restantes 12 avaliam o quão incómodos são os problemas funcionais na perspetiva do paciente. 34 VAS (Visual analogue scale): A escala visual analógica foi usada em alguns estudos com o objetivo de conhecer a satisfação dos pacientes relativamente ao tratamento a que foram sujeitos. 27 ROM (Range of motion of ankle joint): A amplitude de movimentos, expressa em percentagem, 17 encontra-se diminuida quando tanto a flexão plantar quanto a dorsiflexão estão diminuidas em dez ou mais graus, comparativamente com o lado contralateral, que se presume saudável. 40 Leppilahti (Leppilahti ankle score): É uma escala específica de doença que inclui a avaliação do próprio paciente em relação a: dor, rigidez, fraqueza muscular da perna, amplitude de movimentos, restrições ortopédicas no uso de calçado e satisfação global quanto aos resultados. Inclui também medições objetivas da força muscular. Uma pontuação de 100 significa excelentes resultados terapêuticos. 38 CC (Calf circumference): A circunferência da perna, em centímetros, é medida com o paciente sentado e o joelho fletido a 90 graus, apoiado de forma Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 21

23 a que o músculo gastrocnémios se encontre relaxado. É usada uma fita métrica, colocada a 15 cm de distância do pólo inferior da patela. 38 ATRS (Achilles tendon total rupture score): Única escala até então validada e que varia entre 0 e 100; uma pontuação baixa é sinónimo de grande limitação da atividade física e sintomatologia exuberante. 29 PAS (Physical activity scale): Escala com intervalo entre 1 e 6: uma pontuação de 1 significa incapacidade total de realização de qualquer tipo de atividade física, enquanto uma pontuação de 6 é sinónimo de exercício físico intenso várias vezes por semana. 29 VFS (Validated functional tests): É uma bateria de testes que consiste em dois testes de salto, dois testes de força e um teste de resistência muscular. 29 FIL (Functional index for the lower leg and ankle): Avaliação do desempenho funcional. 27 PH (Period of hospitalization): Período médio de hospitalização. Keating et al 17 Os autores trataram 80 pacientes que se apresentavam com rotura aguda do tendão de Aquiles maioritariamente na sequência de prática desportiva, correspondendo o futebol e os desportos de raquete a 55% dos casos. No total, a média de idades era de 40,6 anos e a relação homem/mulher de 60/20. A maioria dos pacientes que receberam tratamento conservador (80%) foram imobilizados com bota gessada no espaço de 1 semana após a rotura. Por sua vez, os pacientes tratados cirurgicamente, por via aberta e com sutura tipo Kessler, foram de uma forma geral intervencionados em 3 dias. Posteriormente à intervenção cirúrgica seguiu-se um período de Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 22

24 imobilização de 6 semanas com bota gessada: 4 semanas em posição equina seguidas de 2 semanas em posição semiequina. Durante o estudo, o número total de pacientes estudados reduziu para 76. Destes, 39 sujeitaram-se a tratamento conservador e os restantes 37 foram submetidos a cirurgia, com um período de imobilização de 10 e 6 semanas, respetivamente. O seguimento foi de um ano, tendo as avaliações dos resultados e complicações sido efetuadas aos 3, 4, 6 e 12 meses. Após a remoção do gesso, todos os pacientes receberam o mesmo tipo de terapia de reabilitação (Tabela 3). Os pacientes foram dispensados da fisioterapia aquando da normalização da amplitude de movimentos do tornozelo e do padrão de marcha, restituição da proprioceção e similitude do alcance em altura e distância atingido no salto em apoio único na perna lesada, comparativamente com o conseguido com o lado saudável. As características demográficas (média de idades, género e causa da rotura aguda) eram similares em ambos os grupos de tratamento, pelo que os resultados obtidos foram maioritariamente influenciados pelo tipo de tratamento preconizado. Relativamente à variável MFAI medida, que se correlaciona essencialmente com a recuperação da unidade musculoesquelética enquanto força motriz, verificou-se que aos 3 meses os resultados eram significativamente melhores no grupo cirúrgico, tendo-se repetido o mesmo cenário aos 4 e 6 meses mas de forma um pouco mais pronunciada. Ao fim de 1 ano, a performance dos dois grupos era similar. Por outro lado, a escala VAS, usada neste estudo como uma escala de dor, apenas revelou um pior estado do grupo cirúrgico às 2 semanas. A partir de então, não houve diferenças entre os dois grupos. Quanto à mobilidade do pé (ROM), nomeadamente em termos de dorsiflexão e flexão plantar, não se destacou nenhuma diferença significativa entre os dois grupos a qualquer momento do seguimento. O retorno aos níveis de atividade física prévios à rotura verificou-se em 25 dos 39 pacientes (64%) do grupo conservador, num tempo médio de 35 semanas, e em 26 dos 37 Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 23

25 pacientes (70%) do grupo cirúrgico, numa média de 34 semanas. Em ambos os grupos, os pacientes estavam aptos a retomar a sua profissão em cerca de 12 semanas. No que respeita às complicações, registaram-se seis casos de recidiva de rotura, quatro no grupo conservador e dois no grupo cirúrgico, este último com três casos de infeção relatados. Outro transtorno verificado e que foi limitado ao grupo conservador consistiu em dois casos de TVP (trombose venosa profunda), com a ressalva de que o grupo cirúrgico recebeu, a título excecional, tromboprofilaxia com dose única de 20 mg de enoxaparina no pós-operatório. Willits et al 38 Este estudo incluiu inicialmente um total de 144 pacientes diagnosticados com rotura aguda do tendão de Aquiles maioritariamente na sequência de prática desportiva, com teste de Thompson positivo e presença de descontinuidade palpável. A média de idades era de 40,4 anos e a relação homem/mulher de 59/13 em ambos os grupos de tratamento. Durante o estudo, foram excluídos 17 pacientes. Os pacientes selecionados de forma randomizada para o grupo cirúrgico (62) foram sujeitos a cirurgia aberta com sutura topo-a-topo tipo Krackow, tendo sido imobilizados no pós-operatório com tala gessada posterior com o pé posicionado em 20 de flexão plantar. Duas semanas após a cirurgia, a tala gessada foi removida e substituída por uma ortótese funcional (Aircast ) com salto de 2 cm (permitindo igual grau de flexão plantar), dando-se assim início ao período de reabilitação. Os restantes pacientes (65), tratados de forma conservadora, receberam o mesmo tipo de ortótese funcional, iniciando a reabilitação funcional igualmente às 2 semanas, neste caso a contar desde o diagnóstico de rotura e consecutiva imobilização. Durante as primeiras 8 semanas do programa de reabilitação precoce todos os pacientes se mantiveram com a ortótese. Às 2 semanas de fisioterapia, já era Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 24

26 permitida carga ainda que com alguma restrição, e às 4 semanas já era possível, efetivamente, suportar carga consoante o tolerado pelo paciente. Quanto aos resultados, provou-se que a amplitude da flexão plantar (ROM), comparativamente com o lado saudável, era superior no grupo cirúrgico ao fim de 12 e 24 meses. Contudo, não se tratava de uma diferença significativa relativamente ao grupo conservador. Por ouro lado, no que respeita às restantes 2 variáveis medidas, a escala Leppilahti e a circunferência da perna (CC), não se registaram diferenças em nenhum dos momentos de avaliação. Relativamente às complicações, foram detetados seis casos no grupo conservador (9%) e treze no grupo cirúrgico (21%), sendo que o principal motivo de tal discrepância se relaciona com o elevado número de problemas associados à recuperação pós-operatória da integridade dos tecidos moles. Registaram-se cinco casos de recidiva de rotura, três no grupo conservador e dois no grupo cirúrgico. Neste último grupo registaram-se também cinco casos de infeção (quatro superficiais e uma profunda). Foi diagnosticado um caso de TVP em cada um dos grupos. Nilsson-Helander et al 29 Dos 100 pacientes inicialmente selecionados, três deles foram excluidos do estudo. A média de idades no grupo conservador era de 41,2 anos e de 40,9 anos no grupo cirúrgico, sendo que a relação homem/mulher era de 39/9 e 40/9, respetivamente. Todos os pacientes (97) foram todos submetidos a tratamento nas 72 horas seguintes à rotura aguda. Os pacientes do grupo conservador, no total de 48, foram imobilizados com uma bota gessada e pé em posição equina, durante 2 semanas. Por outro lado, os 49 pacientes alvo de cirurgia foram abordados por via aberta com posterior sutura tipo Kessler modificada, Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 25

27 seguindo-se imobilização com bota gessada e pé em 30 de posição equina, durante 2 semanas. Após as 2 semanas de imobilização gessada, foi colocada ortótese funcional (ROM-Walker, DonJoy ) durante 6 semanas em ambos os grupos, coincidindo a sua colocação com o início do período de reabilitação precoce. A fisioterapia prolongou-se por, pelo menos, 24 semanas, com protocolo específico e igual para ambos os grupos. A avaliação dos resultados no que respeita ao desempenho funcional, sintomas e nível de atividade física foi realizada aos 6 e 12 meses. O valor do ATRS não apresentou diferenças significativas entre os dois grupos nos dois momentos de avaliação: aos 6 meses o valor ATRS médio foi de 71 no grupo conservador e de 72 no cirúrgico, sendo que aos 12 meses rondou os 86 e os 88, respetivamente. Como se pode constatar, tanto um grupo como o outro melhoraram a sua performance no decorrer do tempo. Quanto à escala de avaliaçao da atividade física (PAS), a situação é semelhante: não há diferenças significativas entre ambos os grupos aos 6 e 12 meses, no entanto, denota-se um nível de atividade física substancialmente reduzido em comparação com o estado pré rotura. Relativamente à bateria de testes de salto, força e resistência muscular (VFS), verificou-se que o grupo cirúrgico era o que apresentava melhores resultados aos 6 meses, tanto para os exercícios de salto (hopping), como de força concêntrica ou resistência muscular (heel-rise height). Aos 12 meses, os resultados entre os dois grupos eram similares, de uma forma geral. Das complicações observadas destacam-se seis recidivas de rotura no grupo conservador (12,5%) e duas no grupo cirúrgico (2%), este último com dois casos de infeção e outros dois de dano neural referido à zona lateral do pé. Os pacientes tratados cirurgicamente receberam tromboprofilaxia com 500 ml de dextrano. Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 26

28 Metz et al 26 Integraram este estudo 83 pacientes, 80% dos quais do sexo masculino, com uma média de idades de 41 anos. O diagnóstico de rotura aguda do tendão de Aquiles foi dado pelo exame físico, com teste de Thompson positivo e descontinuidade tendinosa. Do grupo conservador faziam parte 41 pacientes, imobilizados com bota gessada e pé em flexão plantar durante 1 semana. Os 42 pacientes selecionados para cirurgia receberam tratamento através de um método mini-invasivo ao qual se associou reparação tendinosa com sutura topo-a-topo tipo Bunnell. No pós-operatório foram imobilizados com bota gessada e pé em flexão plantar, por 1 semana. Desde que com gesso, todos os pacientes foram aconselhados a usar canadianas. A reabilitação teve inicio no final da primeira semana de tratamento e foi igual para os dois grupos. Durante as 6 semanas iniciais, os pacientes do grupo conservador encontravam-se imobilizados com ortótese e os do grupo cirúrgico com tala gessada posterior. A partir de então foi possível iniciar a marcha em piso plano e suportar carga. Os pacientes foram avaliados às 1, 3, 5 e 7 semanas e aos 3, 6 e 12 meses. Quanto à dor e satisfação do paciente relativamente ao tratamento e posterior recuperação, medidas através da VAS, destaca-se que às 7 semanas o grupo cirúrgico apresentava mais dor e estava menos satisfeito com os resultados comparativamente com o grupo conservador, cenário este que se inverteu aos 3 e 12 meses. A escala Leppilahti, não aplicada em 30% dos pacientes por recusa, mostrou semelhança de resultados clínicos bons ou excelentes em termos de força isocinética e amplitude de movimentos entre os dois grupos. Em relação às complicações, as taxas de recidiva de rotura foram significativamente superiores no grupo conservador versus cirúrgico, 12% versus 7%. O oposto sucedeu com o dano neural, apresentando o grupo cirúrgico uma incidência de 7% versus 2% do conservador. Foi ainda diagnosticado um caso de TVP no grupo conservador. Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 27

29 Twaddle et al 36 Inicialmente, os autores incluíram 50 pacientes no seu estudo, sendo que oito deles foram posteriormente excluídos. A maioria das roturas agudas do tendão de Aquiles ocorreu durante a prática desportiva. Os dois grupos de tratamento eram comparáveis em termos de idade e sexo, com uma média de idades de 40,3 e 41,8 anos no grupo conservador e cirúrgico, respetivamente, integrando cada um 14 pacientes do sexo masculino. No grupo conservador, do qual faziam parte 22 pacientes, adotou-se imobilização com bota gessada e pé em posição equina durante 10 dias. Por outro lado, o grupo cirúrgico, com um total de 20 pacientes, foi alvo de intervenção por via aberta com sutura tipo Krackow, após a qual se imobilizou o membro com bota gessada e pé em posição equina durante 10 dias, tal como sucedeu com o grupo conservador. Terminados os 10 dias com gesso, todos os pacientes iniciaram o mesmo protocolo de reabilitação precoce, altura em que lhes foi colocada uma ortótese funcional com 20 de flexão plantar, mantida durante 7 semanas. A princípio, foram apenas permitidos movimentos de dorsiflexão e flexão plantar, com progressão para carga total sem ortótese às 8 semanas de tratamento. Os pacientes foram avaliados às 8 e 12 semanas, e aos 6 e 12 meses. Os resultados demonstraram não existir diferenças significativas entre os dois grupos em qualquer das variáveis medidas. Quanto à mobilidade do pé (ROM), tanto a flexão plantar como a dorsiflexão mostraram-se semelhantes, em comparação com o lado são. As variáveis relativas ao dano musculo-esquelético (MFAI) e à circunferência da perna (CC) revelaram igual desempenho em ambos os grupos. Das complicações observadas, destacam-se três casos de recidiva de rotura depois das 8 semanas de seguimento, um no grupo conservador e dois no cirúrgico. Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 28

30 Moller et al 27 Deste estudo fizeram parte 112 pacientes com rotura aguda do tendão de Aquiles, num total de 99 homens e 13 mulheres, apresentando uma média de idades de 39,1 anos. O tratamento conservador consistiu numa bota gessada com pé em posição equina durante 4 semanas, seguidas de igual período de imobilização desta feita com o pé em posição neutra. Da quarta à oitava semana foi permitida carga aos 53 pacientes deste grupo, ainda que com o auxílio de canadianas. A cirurgia foi realizada em 59 pacientes, aplicando-se por via aberta uma sutura topoa-topo tipo Kessler modificada. Seguidamente, imobilizou-se o membro com bota gessada, 30 de flexão plantar, que aos 12 dias foi substituída por ortótese funcional (ROM-Walker, DonJoy ). Apenas os pacientes deste grupo usufruíram de reabilitação precoce, iniciada ao 12º dia pós-operatório, sendo que à terceira semana já lhes era permitido suportar carga sem restrições. À oitava semana, já todos os pacientes estavam autorizados a carga sem restrições e sem apoio. A intenção era que, aos 4 meses, já lhes fosse possível correr e, aos 6 meses, retomar a atividade desportiva praticada antes da rotura. A avaliação do progresso durante o período recuperação estava delineada para as 8 e 12 semanas, 6, 12 e 24 meses. Os resultados mostraram ausência de diferenças significativas em termos de amplitude da flexão dorsal e plantar (ROM) entre os dois grupos, assim como não se assinalaram alterações expressivas deste parâmetro ao longo do período de observação. A escala visual analógica (VAS) mostrou, igualmente, similar comportamento entre os dois grupos, apresentando-se a maioria dos pacientes sem relatos de dor: 88% do grupo conservador e 92% do grupo cirúrgico. A circunferência da perna (CC) afetada, que se diminuída é tradutora de atrofia muscular, foi medida com o paciente em pronação e estava, em ambos os grupos e na maioria dos pacientes, entre os 93% e os 100% da circunferência medida no lado são. A Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 29

31 avaliação do desempenho funcional (FIL) não demonstrou diferenças entre grupos aos 6, 12 e 24 meses. Ao fim de um ano, 14% e 16% dos pacientes tratados conservativa e cirurgicamente, respetivamente, não tinham ainda retomado a sua atividade desportiva. O tempo médio até à retoma laboral foi de 73,4 dias para o grupo conservador e de 54,9 para o grupo cirúrgico. Quanto às complicações, registou-se grande disparidade no que concerne à recidiva de rotura, com onze casos no grupo conservador (20,8%) e um no cirúrgico (1,7%). Das restantes contrariedades verificadas (infeção, TVP e dano neural) apenas o grupo cirúrgico foi afetado, apontando-se um caso de cada; estes pacientes receberam tromboprofilaxia. Cetti et al 2 Os autores trataram 111 pacientes com rotura aguda do tendão de Aquiles, 55 através de tratamento conservador e 56 por via cirúrgica. Ambos os grupos tinham características comparáveis, tais como: idade, sexo, lado da rotura, local da rotura e atividade desportiva. Do total de pacientes, 83% lesionaram-se durante a prática de exercício físico e 17% durante atividades do quotidiano. No grupo conservador, foi aplicada bota gessada e pé em 20 de flexão plantar com imobilização durante 8 semanas. No grupo cirúrgico, procedeu-se a cirurgia por via aberta com sutura tipo Bunnell, seguida de imobilização com bota gessada e 20 de flexão plantar, durante 6 semanas. Após a remoção do gesso, às 8 e 6 semanas, correspondentemente, foi iniciada a reabilitação. A bota gessada foi substituída por um sapato adaptado com salto de 1 cm, usado durante mais duas semanas. Ao longo das 4 primeiras semanas de fisioterapia, aos pacientes foi apenas permitido caminhar, sendo que a partir de então foi possível realizar exercícios de Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 30

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