A CLÍNICA DA PERVERSÃO. Valéria Codato Antonio Silva 2013

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1 A CLÍNICA DA PERVERSÃO Valéria Codato Antonio Silva 2013

2 PERVERSÃO Se, com dificuldade, compreendemos a perversão, é porque estamos todos, de fato, normalmente de muito perto implicados por ela. (Charles Melman)

3 PERVERSÃO Etimologia: latim perversione ato ou efeito de perverter-se, isto é, tornar-se mau, corromper, depravar, desmoralizar; - latim perversus posto às avessas, contrário à justiça, inclinado ao mal; - latim pervertere perverter, corromper, destruir e subverter; Perversidade- campo da moralidade (crueldade, violência, mentira); Perversão- campo da sexualidade (desvios sexuais); Perverso- termo utilizado para se referir a ambos;

4 PERVERSÃO Séc. XVIII sexo passível de regulação discurso sobre a sexualidade (da religião à ciência); Séc. XIX sexologia- preceitos morais e jurídicos- aberrações/ desvios sexuais; Perversões foram descritas como indícios de distúrbios, designando patologias de ordem sexual, signo de uma personalidade degenerada; Krafft-Ebing e Havelock Ellis classificações e catálogos das Psicopatias Sexuais influenciaram Freud;

5 PERVERSÃO Freud primeiros estudos influências de classificações e descrições da época; Críticas moralismo e normatividade da sexualidade. Rupturas: concepção de pulsão diferencia-se da sexualidade como instinto; suprimiu a fronteira entre perversão e normalidade;

6 A PERVERSÃO NA OBRA DE FREUD Cartas a Fliess (1896/97-39, 52, 55) Três Ensaios sobre a sexualidade A Pulsão e seus destinos Conferências Introdutórias Uma criança é espancada 1923/1924 textos sobre o Édipo 1927 O Fetichismo Esboço da Psicanálise Do campo biológico ao psicológico o objeto sexual é contingente (Não natural).

7 1905 1º MOMENTO Perversões como aberrações : 1- as que diferem quanto ao objeto homossexualidade, pedofilia, necrofilia, zoofilia; 2- as que diferem quanto ao objetivo fetichismo; sadismo; masoquismo, vouyerismo e exibicionismo;

8 1905 2º MOMENTO A criança perversa polimorfa - pulsões parciais cujos objetos são pré- genitais; Idéia da genitalidade como fim controle sobre os componentes agressivos, fantasias primitivas e atividades prégenitais; unificação das pulsões parciais.

9 1915 Pulsão não é instinto: a pulsão é uma perversão do instinto ; Instinto reino animal, objeto de satisfação é definido, busca manutenção da vida ou da espécie; Pulsão força constante, objeto é variável, a fonte é somática e a satisfação no aparelho psíquico fronteira entre o mental e o somático. A neurose é o negativo da perversão - ali onde a pulsão se realiza no perverso, aparece recalcada no neurótico (sintoma).

10 pulsões parciais e seus mecanismos de funcionamento; Equações simbólicas representações; Fantasias sexuais C. Édipo e castração; 1919 Uma criança é espancada - fantasias sadomasoquistas identificação; Perversão fantasias ligadas à sexualidade infantil que são atuadas, e não recalcadas ou sublimadas;

11 1923 Sabemos como as crianças reagem às primeiras impressões da ausência de um pênis. Rejeitam o fato e acreditam que elas realmente, ainda assim, vêem um pênis [...] A falta de um pênis é vista como resultado da castração e, agora, a criança se defronta com a tarefa de chegar a um acordo com a castração em relação a si própria. (Freud, A organização genital infantil)

12 1924 Dissolução do Complexo de Édipo e de castração recalcamento(neurose) ou recusa (psicose e perversão); Recusa desaparecem as diferenças, os limites, as normas impulsos incestuosos persistem; A sexualidade perversa é a permanência da sexualidade infantil em um adulto;

13 1927 Perversão recebe um estatuto metapsicológico; Verleugnung o desmentido; recusa; renegação defesa própria do perverso; Psicanálise perversão como estrutura psíquica: Neurose/Psicose/Perversão.

14 1927 Fetiche é um substituto para o pênis na mulher (mãe) triunfo sobre a ameaça de castração presença que substitui uma ausência; A recusa de uma realidade a castração está presente nos perversos; Na consciência, não reconhece a castração, mas no inconsciente crê na castração e a renega mediante a equação fetiche=falo;

15 Clivagem do eu 2 atitudes psíquicas excludentes mantém-se lado a lado uma se ajusta ao desejo e outra à realidade; A recusa age sobre o vestígio mnêmico, após a constatação da castração. Uma crença é substituída por outra: Eu sei, mas...

16 1940 (...)o Eu da criança, sob o domínio do mundo real, livra-se das exigências pulsionais indesejáveis através do que é chamado de recalcamento. Suplementaremos agora isto afirmando ainda que, durante o mesmo período da vida, o Eu com bastante frequência se encontra em posição de desviar alguma exigência do mundo externo que acha aflitiva e que isso é feito por meio de uma negação das percepções (...) Negações desse tipo ocorrem com muita frequencia e não apenas com fetichistas (...) tentativas incompletas de desligamento da realidade. A negação é sempre suplementada por um reconhecimento: duas

17 1940 Psicose rejeição - elimina a percepção da castração; alucinação do falo; Perversão renegação a castração deverá ser constantemente negada no cenário da vida sexual do sujeito; presença ilusória do falo.

18 ESTRUTURAS CLÍNICAS NEUROSE: Recalque/ Recalcamento- Verdrängung - representações inconciliáveis situam-se entre o Eu e o Isso; PSICOSE: Recusa/Forclusão/Rejeição -Verwerfung o significante retorna no real; PERVERSÃO: Recusa/Renegação- Verleugnung-representações inconciliáveis no mesmo sistema- Eu;

19 A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO Freud - conflitos identificatórios e não conflitos com o real - não são as qualidades reais dos pais que são determinantes, mas como estas são vivenciadas pela criança marcas da infânciarepresentações; Lacan- a constituição humana encontra-se ancorada no campo da linguagem e resulta do encontro entre a natureza, a cultura e a sociedade.

20 A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO Lacan: elevou o termo falo à categoria de conceito analítico ( pênis= órgão anatômico masculino); A primazia do falo não é primazia do pênis; O elemento organizador da sexualidade humana não é, portanto, o órgão genital masculino, mas a representação construída com base nessa parte anatômica do corpo masculino; Lacan: dialética da presença x ausência do falo falta e significante;

21 A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO 1º. Tempo: Pai Simbólico não vem do pai, mas vem da mãe- alternância presença e ausência que produz no bebê o enigma da dialética do desejo e da demanda: sou tudo para ela? Sou nada para ela? A criança identifica-se ao lugar de falo imaginário da mãe; seu desejo é desejo do outro.

22 A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO No inconsciente da mãe o falo está simbolizado, mas a criança se crê o falo imaginário; Se a falta da mãe tem um sentido, este chama-se falo. A criança quer ser o falo da mãe porque a mãe lhe transmitiu a significação fálica do desejo; Falo= significante da falta, significante do desejo;

23 A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO É a mãe que transmite o significante que designa um lugar, uma posição terceira entre ela e a criança = transmissão do Nome-do-Pai; Nome-do-pai- Termo cunhado por Lacan em 1953, para evidenciar o Édipo como a passagem da natureza para a cultura;

24 A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO 2º. Tempo: Pai Imaginário- imagem digna de ser amada e estimada (Édipo freudiano) aquilo que promove a identificação à virilidade masculina ou a busca feminina de um falo através da maternidade; Pai privador: priva a mãe de seu bebê-falo e priva a criança de ser o falo de sua mãe= não sou o falo mas posso tê-lo ; a criança deixa de ser o falo e a mãe deixa de ter o falo (ser fálica).

25 A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO 3º.tempo- o lugar está vazio e o pai ocupa-o como bem entender; introduz a criança na diferença entre as gerações. O pai também é castrado e deseja uma mulher - castração simbólica - ninguém é falo. O falo é reinstaurado na cultura, separando-se de suas representações iniciais, dentre elas o pênis.

26 O papel da mãe é o desejo da mãe. É capital. O desejo da mãe não é algo que se possa suportar assim, que lhes seja indiferente. Carreia sempre estragos. Um grande crocodilo em cuja boca vocês estão a mãe é isso. (...) Então, tentei explicar que havia algo de tranqüilizador. Digo-lhes coisas simples, estou improvisando, devo dizer. Há um rolo, de pedra, é claro, que lá está em potência no nível da bocarra, e isso retém, isso emperra. É o que se chama falo. É o

27 A experiência analítica nos prova que o pai, como aquele que priva a mãe do objeto de seu desejo, a saber, o objeto fálico, desempenha um papel absolutamente essencial, não direi nas perversões, mas em qualquer neurose e em todo o desenrolar, por mais fácil e mais normal que seja, do complexo de Édipo.

28 LACAN 1.º Tempo Narcisismo primário / Eu Ideal / Completude / Bebê = Falo 2.º Tempo Vacilação fálica / Descoberta da diferença sexual anatômica 3.º Tempo Organização Fálica a partir da Castração e da Falta Ponto de Ancoragem do Perverso: 2.º tempo : Sou ou não sou o falo?

29 PRIMADO DO FALO Privação falta real - Pai Imaginário priva a mãe de seu filho/falo; objeto simbólico; Frustração falta imaginária tentativa sempre vã de restaurar uma plenitude do Eu; objeto real; Castração falta simbólica; objeto imaginário.

30 PRIMADO DO FALO Renunciar à representação da mãe fálica é libertar-se da identificação fálica, de seu estatuto de ser o único objeto do desejo da mãe vivência da angústia de castração; Neurose aceitação da castração e da Lei; Fetiche recusa da realidade da castração;

31 PERVERSÃO O perverso vive a Castração como um dano narcísico insuportável renunciar a si mesmo como falo, objeto do desejo materno; Sustenta a si mesmo como falo e a mãe como fálica, recusando-sese a reconhecer a castração materna; Fixação do gozo em um objeto imaginário (ser o falo) ser o bom objeto reparador;

32 PERVERSÃO Renegação/desmentido: Não é verdade que não é verdade que todos têm pênis (falo) (1927 O Fetichismo ) Horror à castração: produz fetiche Equação- Fetiche = Falo Castração Materna = dano narcísico (1927- O Fetichismo ) Clivagem do Eu: 2 atitudes psíquicas- Eu sei...mas assim mesmo... (1940 Esboço da Psicanálise )

33 PERVERSÃO Eu já sei que a morte existe, mas estou à altura dela Eu já sei que a falta existe, mas estou a altura de cobrí-la

34 PERVERSÃO 2 traços de estrutura: Desafio Transgressão (Lei do Pai); Gozo do perverso: A Lei do Pai como limite e ao mesmo tempo convite à transgressão; O perverso dedica-se incessantemente a desafiar a Lei do Pai quando a Lei do Pai se pode perverter, o sujeito consegue viver o impossível (falo), sendo então possível perverter qualquer lei. Pai se inscreve como falo rival e a função paterna não opera.

35 PERVERSÃO 2 fatores que colaboram: 1. cumplicidade libidinalda mãe: sedução materna real (não fantasiada); apelo libidinal da mãe às solicitações eróticas de seu filho convite ao tormento; lugar do pai como intruso e perturbador; apelo à transgressão.

36 PERVERSÃO 2. complacência silenciosa do pai: quanto mais o pai convoca a criança ao imperativo das regras, de forma rigorosa e totalitária, mais a criança recebe a prova da inconsistência e da fragilidade simbólica do pai - convite à transgressão;

37 PERVERSÃO PRESENÇA DE UM TERCEIRO - CÚMPLICE: indispensável ao gozo do perverso (imaginário ou real); O TERCEIRO E O SEGREDO: produz culpabilidade; torna o terceiro culpado de deter um segredo capaz de prejudicar o outro;

38 PERVERSÃO Fora da lei ou submetido a um roteiro que o domina? Submetido a um roteiro particular modo de gozo é sempre o mesmo- segue uma lei mais rígida do que as leis que ele contesta (Fleig, 2008); Perversion (perversão) Père-version(versão do pai)

39 PERVERSÃO Especificidade da estrutura do desejo perverso o dever de negar radicalmente a alteridade do outro o ideal do objeto inanimado e o dever de instrumentalizá-lo (Fleig, 2008); Dessubjetivação paixão pelo inanimado (necrofilia) e pelo anonimato(textos libertinos).

40 IMPERATIVO SADIANO Tenho o direito de gozar de teu corpo, pode dizer-me qualquer um, e exercerei esse direito, sem que nenhum limite me detenha no capricho das extorsões que me dê gosto de nele saciar ( A Filosofia da Alcova, Marquês de Sade) Imperativo sadiano ignora a piedade e a compaixão.

41 PERVERSÃO O saber do sujeito perverso mestre do gozo se apresenta para o outro como tendo um saber sobre o que é o seu bem, isto é, como gozar sem falhas promessa que cativa o outro (neurótico) em suas armadilhas. O desejo é perverso gira em torno de um objeto, que tentamos capturar por todos os meios, que garantisse nosso gozo pleno!

42 A CLÍNICA DA PERVERSÃO Dessubjetivação, anonimato, impessoalização, instrumentalização de si e do outro, recusa da castração, anulação da diferença sexual, voto de morte ao feminino... Promessa de um mundo sem limites e sem impossível... Por que procurar um analista?

43 A CLÍNICA DA PERVERSÃO O que funda a transferência é a ignorância (nãosaber); o perverso sabe... O perverso se encarrega de nos desvendar na nossa própria verdade sentimentos de indecência e de incômodo nos analistas; Recusa do perverso ao tratamento ou recusa dos analistas em escutá-los?

44 A CLÍNICA DA PERVERSÃO A clínica da perversão pode, muitas vezes, exigir do analista que experimente, no limite, a máxima exigência ética da psicanálise, que pressupõe a neutralidade e a abstinência...não pode confundir-se com complacência ou conivência diante da perversidade eventualmente presente no padrão de conduta do paciente, seja na transferência, seja em suas relações com o mundo. (Ferraz, 2000)

45 A CLÍNICA DA PERVERSÃO A regra fundamental da psicanálise de tudo dizer tem como contrapartida o tudo ouvir posição de cúmplice do analista; A cura não pode estar associada a questões normativas ou morais...

46 A CLÍNICA DA PERVERSÃO Direção do tratamento amenizar sua angústia, não convocando mais o outro como vítima; Se o perverso fica às portas da metáfora, como diz Lacan, é possível a qualquer momento poder abrí-la. O caminho da sublimação não está barrado. (Fleig, 2008)

47 O DISCURSO PERVERSO Cultura contemporânea passagem de uma cultura fundada no recalcamento para uma cultura que promove a perversão IMPERATIVO DE UM GOZO SEM LIMITES! Perversão como sintoma social (discurso perverso) diferencia-se da perversão como estrutura psíquica;

48 O DISCURSO PERVERSO As palavras têm menos função de representação e mais de mostração ; Discurso imagético ver e mostrar ou libertino/descritivo excesso de detalhes; Acting-out forma de mostrar o que não pode ser dito ou o que não pode ser escutado.

49 REFERÊNCIAS Freud, S. Obras Completas. RJ, Imago, Três Ensaios sobre a sexualidade A Pulsão e seus destinos Conferências Introdutórias Uma criança é espancada 1923 A organização genital infantil 1924 A dissolução do Complexo de Édipo 1924 Algumas consequências psíquicas da distinção anatômica entre os sexos 1927 O Fetichismo 1938 Clivagem do Ego Esboço da Psicanálise

50 REFERÊNCIAS Ferraz, F.C. Perversão. Casa do Psicólogo, SP, Dor, J. Estrutura e perversões. Porto Alegre, Artes Médicas, Julien, P.Psicose, perversão, neurose. Rj, Cia de Freud, Fleig, M. O desejo perverso. Porto Alegre, CMC, Irusta, N. C. A propósito da Estrutura Perversa. Seminário em Intensão, Texto Inédito (Reprodução interna, Biblioteca Freudiana de Curitiba). Pomier, G. A ordem Sexual: Perversão, desejo e gozo. RJ, Jorge Zahar, Queiroz, E.F. A clínica da perversão. SP, Escuta, Andrade, M.A. A recusa da realidade na concepção freudiana sobre as perversões. Dissertação de Mestrado, UEM, Maringá, 2009.

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