Displasia do desenvolvimento do quadril e luxação displásica do quadril

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Displasia do desenvolvimento do quadril e luxação displásica do quadril"

Transcrição

1 DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL E LUXAÇÃO DISPLÁSICA DO QUADRIL ARTIGO DE ATUALIZAÇÃO Displasia do desenvolvimento do quadril e luxação displásica do quadril PAULO CEZAR DE MALTA SCHOTT 1 ABSTRACT Developmental dysplasia of the hip and dysplasic dislocation of the hip Relevant aspects of developmental dysplasia of the hip are described. The use of the abbreviation DDH can be related either to developmental dysplasia or dysplasic dislocation of the hip. However, the importance of differentiating developmental dysplasia from dysplasic dislocation of the hip is emphasized. Risk factors, signs detected by clinical examination and imaging studies are fundamental to establish early diagnosis. Critical analysis of different methods of treatment taking in consideration the various age groups is discussed, based on the author s personal experience. Complications and methods for its prevention are described. Key words Hip; developmental dysplasia; dysplasic dislocation 1. Professor Titular de Ortopedia e Traumatologia da Universidade Federal Fluminense. Endereço para correspondência: Rua Miguel de Frias, 77, sala 1.415, Icaraí, Niterói Rio de Janeiro, RJ. Copyright RBO2000 A expressão displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ) substituiu a luxação congênita do quadril (LCQ) porque alguns quadris, aparentemente normais ao nascimento, se tornam progressivamente subluxados ou luxados tardiamente. O relato de Ilfeld et al. (1) de pacientes recém-nascidos, examinados por eminentes professores de ortopedia pediátrica, cujos quadris foram considerados como normais e que mais tarde vieram a apresentar os quadris luxados, reforça a importância de se usar a expressão displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ). Por outro lado, penso que, quando a criança apresentar em qualquer idade o quadril francamente luxado, como conseqüência de displasia desta articulação, melhor seria denominar a condição como luxação displásica do quadril (LDQ), que melhor define a condição anatômica do quadril e evita o uso da palavra incriminativa congênita. Para os casos teratológicos, em que o quadril é francamente luxado ao nascimento, deve ser mantido o termo luxação congênita do quadril. Em diferentes relatos da literatura, a incidência da DDQ tem variado de 2 a 17 por e tem sido demonstrada grande variação racial. Volpon e Carvalho (2) encontraram, entre nós, incidência de 2,31 por mil. A etiologia da DDQ permanece desconhecida. Fatores étnicos e genéticos são importantes. Os fatores genéticos podem determinar a displasia acetabular e a frouxidão ligamentar ou ambas, conforme relatado por Wynne-Davies (3). Fatores mecânicos, como a posição intra-uterina e hábitos pós-natais, vêm somar-se aos fatores preexistentes. O diagnóstico precoce da DDQ é de capital importância, pois permite o tratamento adequado antes que alterações anatômicas secundárias tenham ocorrido. O diagnóstico precoce é baseado na avaliação dos fatores de risco, no exame físico e nos métodos de imagem. Recém-nascidos do sexo feminino, filhos de primíparas, com história familiar de DDQ e apresentação pélvica, têm maior incidência de DDQ. Na apresentação pélvica, usualmente, o quadril esquerdo está comprimido contra o sacro da mãe, levando à maior adução, o que favoreceria, logo após o parto, o aumento da instabilidade do quadril. Tal fato poderia explicar a maior incidência de DDQ no quadril esquerdo, como relatado por Dunn (4). A ocorrência de outras anomalias congênitas está fortemente associada à DDQ. Recém-nascidos com torcicolo congênito, metatarso aducto ou pé torto varo eqüino congênito têm incidência definitivamente maior de DDQ. Como regra, consideram-se como grupo de risco as crianças que apresentam dois ou mais dos achados mencionados. Nesses casos, as crianças devem ser submetidas a avaliação inicial detalhada, incluindo ultra-sonografia, se o exa- Rev Bras Ortop _ Vol. 35, N os 1/2 Jan/Fev,

2 P.C.M. SCHOTT me físico for duvidoso, além de acompanhamento, até que haja evidências clínicas e radiográficas de que o quadril é normal. O exame físico para identificar os casos de DDQ deve ser feito rotineiramente em todos os recém-nascidos. A manobra de Ortolani (5) foi descrita em detalhes em 1948 por Marino Ortolani, pediatra italiano que dedicou toda a sua vida profissional ao estudo das displasias, luxações e instabilidades do quadril. Esta manobra tem sido utilizada por neonatologistas, pediatras e ortopedistas. Quando positiva, permite o diagnóstico da DDQ, porém a negatividade não afasta o diagnóstico, porque alguns quadris são instáveis, porém não luxados. A manobra provocativa de Barlow (6) permite o diagnóstico da instabilidade do quadril. Por outro lado, em crianças acima de três meses, a manobra de Ortolani pode ser negativa, já que, mesmo o quadril permanecendo luxado, não é mais possível colocar a cabeça femoral no acetábulo. Em relação à manobra de Barlow, deve ser enfatizado que muitos recém-nascidos com positividade no primeiro exame tornam-se negativados após duas ou três semanas. Acredita-se que 85% das crianças com manobra de Barlow positiva evoluam favoravelmente, sem desenvolver a LDQ. A manobra de Barlow positiva demonstra que o quadril está reduzido, mas é deslocável; enquanto a manobra de Ortolani positiva demonstra que o quadril está deslocado, mas é redutível. Nas crianças acima de três meses, a limitação da abdução dos quadris e o encurtamento de um dos membros inferiores, nos casos unilaterais, sugerem fortemente a possibilidade de luxação displásica do quadril. Nas crianças que já iniciaram a marcha, o diagnóstico é geralmente fácil, porque as alterações anatômicas podem ser identificadas no exame físico por várias manobras. Essas crianças, além da limitação da abdução dos quadris, apresentam Trendelenburg positivo, marcha anserina e hiperlordose lombar. Nesta faixa etária o diagnóstico é mais fácil, porém o tratamento mais difícil. Aqui é bom lembrar o aforismo: cabe ao médico e não ao tempo estabelecer o diagnóstico. Os métodos de imagem fornecem grande ajuda no diagnóstico e acompanhamento da DDQ e LDQ. Como descrito por Graf (7), em 1980, o exame de ultra-sonografia dos quadris foi certamente uma nova arma para diagnóstico precoce da DDQ. Milani et al. (8) descreveram, detalhadamente, o método de Graf, chamando a atenção para as imagens obtidas e mostrando a classificação ultra-sonográfica em detalhes. Harke (9) tem defendido a chamada ultra-sonografia dinâmica, em que as imagens são obtidas com manobras do quadril. Tal método tem sido criticado por ser excessivamente dependente do examinador e requerer o julgamento subjetivo dos achados. As indicações para o diagnóstico e acompanhamento do tratamento da DDQ pela ultra-sonografia não estão universalmente estabelecidos. O método não deve ser utilizado como rotina na avaliação dos quadris de recém-nascidos, desde que pode levar a diagnósticos falsos-positivos e implicar tratamento desnecessário, como demonstraram Hernandez et al. (10). Existem duas indicações inquestionáveis da ultra-sonografia em recém-nascidos: primeiro, nas crianças que estão em grupo de risco, nas quais o exame físico não é conclusivo; segundo, em recém-nascidos que estão em tratamento, necessitando confirmar a posição da cabeça femoral em relação ao acetábulo. Portanto, a ultra-sonografia tem real valor no diagnóstico da DDQ, porém, deve ser utilizada baseada em critérios clínicos bem estabelecidos. Como método de diagnóstico da DDQ em recém-nascidos, a radiografia simples tem valor limitado, já que nesta fase o quadril é em sua maior parte cartilaginoso, ficando difícil interpretar as imagens radiográficas. Bertol et al. (11) descreveram medidas que permitem estabelecer o diagnóstico radiográfico precoce da DDQ. Entretanto, existem variações das interpretações radiográficas interobservador e intra-observador, além da dificuldade do posicionamento adequado do recém-nascido para o estudo radiográfico, conforme mencionado por Broughton et al. (12). Na avaliação de crianças após os quatro meses de idade, portadoras de DDQ, a radiografia fornece dados de máxima importância no diagnóstico e avaliação do tratamento, sendo, portanto, o método de imagem mais usado nesta faixa etária. A artrografia do quadril é capaz de permitir a visibilização dos fatores que impedem a redução, como também a adequada centralização da cabeça femoral. Forlin et al. (13) referiram que o formato do limbus pode, como demonstrado pela artrografia associada a outros achados, ser importante para previsão do resultado final do tratamento nos pacientes submetidos à redução incruenta. O principal inconveniente é ser um método invasivo que requer anestesia geral para sua realização. Pensamos que, no momento, a sua utilização restringe-se àqueles pacientes que estiverem sendo submetidos à redução incruenta e, portanto, já anestesiados. 2 Rev Bras Ortop _ Vol. 35, N os 1/2 Jan/Fev, 2000

3 DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL E LUXAÇÃO DISPLÁSICA DO QUADRIL A tomografia computadorizada mostra a morfologia acetabular, tendo grande importância no controle da redução da luxação, nas crianças tratadas de LDQ e que se encontram no aparelho gessado, pois a imagem radiográfica através deste geralmente não é clara. Stanton e Capecci (14) consideraram que, embora de grande utilidade para confirmar a redução, o método não permite avaliar a possibilidade de ocorrência da osteonecrose ou da displasia acetabular tardia. Para avaliação da redução são necessários poucos cortes tomográficos, além de leve sedação, já que a criança está contida no aparelho gessado. As imagens obtidas com a ressonância magnética permitem a visibilização da cartilagem articular e das partes moles, tendo sido utilizada para o diagnóstico e seguimento dos casos de DDQ e LDQ. A necessidade do uso de anestesia geral nos pacientes pediátricos e o custo elevado do procedimento limitam sua utilização. O tratamento da displasia do quadril está diretamente relacionado com a faixa etária da criança. Entretanto, em qualquer faixa etária, o objetivo do tratamento é obter a redução concêntrica da cabeça femoral no acetábulo, permitindo com isso melhor desenvolvimento da articulação. Lindstron et al. (15) demonstraram que, se a redução concêntrica é obtida e mantida, haverá remodelação do acetábulo, sendo mais acentuada até os quatro anos de idade, podendo ocorrer até os oito anos. Na maioria dos casos, quando o diagnóstico é feito antes dos três meses de idade com manobra de Ortolani positiva ou manobra de Barlow que se mantém positiva, o uso do aparelho de Pavlik ou similares oferece resultados excelentes. Pavlik (16) relata o uso do aparelho por ele proposto desde Posteriormente, o trabalho de Ransey et al. (17), em 1976, descreveu pela primeira vez um grande número de pacientes tratados com o uso de aparelho de Pavlik na América do Norte. Quando a indicação é correta e o aparelho é apropriadamente aplicado, de forma a evitar a reluxação da cabeça femoral, excelentes resultados são alcançados em 95% dos pacientes. Seu uso pode ser estendido para crianças com até seis meses de idade, nas quais a redução da luxação se faz de forma dinâmica dentro do aparelho, em virtude da posição de flexão e abdução progressivas conseguidas com o mesmo. A manutenção do aparelho de Pavlik por longo tempo, sem que o quadril esteja reduzido, pode causar alterações anatômicas secundárias, denominadas por Jones et al. (18) como doença do aparelho de Pavlik. Desde 1981, temos tratado um razoável número de crianças com o aparelho de Pavlik, podendo-se dessa experiência concluir que: crianças com manobra de Ortolani positiva, usualmente abaixo dos três meses, obtêm resultados bons na quase totalidade dos casos; crianças com idade acima de três semanas e menor que três meses, com manobra de Barlow positiva e manobra de Ortolani negativa, obtêm resultados bons na totalidade dos casos; crianças acima de três meses de idade e, no máximo, com seis meses, podem ser tratadas com o aparelho de Pavlik buscando conseguir a chamada redução dinâmica da luxação. Cerca de 50% das crianças nesse grupo obtêm um bom resultado, sendo muitas vezes, portanto, necessária a manipulação sob narcose, tenotomia de adutores e aparelho gessado na posição humana, isto é, quadril em flexão maior que 90º e menor 120º e abdução maior que 50º e menor que 70º. Não indicamos o uso do aparelho de Pavlik em crianças com quadril luxado acima dos seis meses de idade. Nas crianças acima de seis meses e antes da idade da marcha, em torno de um ano, o tratamento é, preferencialmente, por redução incruenta e aparelho gessado. Nos casos em que utilizamos o aparelho de Pavlik, este é mantido até que o quadril esteja estável. Usualmente, isso ocorre entre seis e nove semanas, dependendo da idade da criança no início do tratamento. Durante muitos anos, o uso da tração prévia à redução da luxação com a finalidade de facilitá-la e evitar a osteonecrose da epífise femoral foi assunto de pouca divergência na literatura. Assim é que Fish et al. (19), em 1991, analisando as respostas dos membros da Sociedade Americana de Ortopedia Pediátrica, obtiveram as seguintes informações: somente 5% não usavam tração prévia; 75% acreditavam que a tração prévia facilitaria a redução e diminuiria o risco de osteonecrose; 15% acreditavam que a tração somente beneficiaria no sentido de diminuir a osteonecrose; e 5% acreditavam que a única vantagem seria a redução mais fácil. Quin et al. (20), em 1994, analisando pacientes tratados por redução incruenta ou cruenta, chegaram à conclusão de que a tração prévia não afetaria o sucesso da redução ou a incidência de osteonecrose. Nas crianças entre seis meses e um ano de idade, não temos mais utilizado a tração prévia, por não acreditar que altere o sucesso do tratamento. A manipulação para obter a redução dos casos de LDQ nas crianças desse grupo etário deve ser feita sob anestesia geral e a colocação do aparelho gessado deve obedecer à posição humana já descrita. O aparelho deve ser mantido por dois meses e, em caso de dúvida quanto à redução, a tomografia computadorizada Rev Bras Ortop _ Vol. 35, N os 1/2 Jan/Fev,

4 P.C.M. SCHOTT pode ser utilizada. Decorrido o período de dois meses, a criança deve ser novamente anestesiada e a troca do aparelho realizada. Nesse estágio fazemos uma avaliação clínica e radiográfica da redução, colocando aparelho gessado de dupla abdução por mais dois meses. Usualmente, após esse período, os quadris estão estáveis, interrompendo-se o tratamento. Nas crianças em que a redução incruenta não é bemsucedida está indicado o tratamento cirúrgico. O tipo de acesso utilizado nessa faixa etária é motivo de controvérsias na literatura. Tem sido largamente defendido o acesso medial ou ântero-medial, bem como o acesso ântero-lateral. Aqueles que preferem o acesso medial ou ântero-medial alegam que é mais cosmético, menos traumático e que os resultados são comparáveis aos obtidos por outros acessos. Os que defendem o acesso ântero-lateral acreditam que os fatores que impedem a redução são mais facilmente identificáveis, sendo possível fazer a capsulorrafia, de forma a permitir maior estabilidade da redução. Temos utilizado a via de acesso ântero-lateral em todos os nossos pacientes nessa faixa etária, com o cuidado, por razões cosméticas, de efetuar a incisão na chamada linha do biquíni. Nas crianças com LDQ entre um e três anos de idade é possível obter a redução incruenta, porém a incidência de insucesso é maior. Dentro dessa faixa etária, acreditamos que a tração prévia deve ser utilizada para relaxar a musculatura e tornar mais fácil a redução incruenta ou cruenta. Para que a tração seja efetiva, a criança deve ser ancorada no leito, e isto pode ser feito com um aparelho gessado toracolombar, ou pelvipodálico, em casos unilaterais. Utilizamos tração cutânea por aproximadamente duas semanas. Após o período de tração, a criança é levada ao centro cirúrgico e, sob narcose, é feita manipulação para obtenção da redução. Em caso de sucesso, o procedimento que se segue é idêntico ao utilizado no grupo de seis meses a um ano de idade. Na impossibilidade de conseguir a redução incruenta, o tratamento cirúrgico deve ser feito de imediato, devendo obedecer a princípios básicos: tenotomia dos adutores, tenotomia do iliopsoas, capsulotomia ampla, excisão do ligamento redondo, excisão do pulvinar, secção do ligamento transverso do acetábulo e capsulorrafia. Salter (21) descreveu a osteotomia pélvica, na linha inominada, para permitir a correção da insuficiência acetabular e estabilizar a redução. O uso desta osteotomia tornou-se universalmente aceito como método para correção da insuficiência acetabular. Existem muitas outras técnicas que têm o mesmo objetivo, como, por exemplo, a osteotomia descrita por Pemberton (22). Tem sido largamente descrita a associação da osteotomia derrotatória do fêmur com a redução cruenta e osteotomia de Salter, com o objetivo de corrigir a anteversão do colo femoral, realizada no mesmo ato operatório ou num tempo variável no pós-operatório. Bertol (23), em uma análise de 103 quadris operados, de pacientes entre 18 meses e cinco anos de idade, concluiu que a osteotomia derrotatória associada à redução cruenta e osteotomia de Salter não interferia no resultado final daqueles entre 18 e 30 meses de idade, porém melhorava os resultados naqueles entre 31 e 60 meses de idade. As crianças maiores que três anos de idade constituem um grupo de tratamento mais difícil. As alterações anatômicas secundárias da articulação do quadril e das partes moles são acentuadas. A redução cruenta associada ou não à osteotomia pélvica e/ou femoral tem levado a grande incidência de maus resultados, tais como rigidez articular e osteonecrose do núcleo femoral. A utilização de encurtamento femoral, associado à redução cruenta e à osteotomia pélvica, tem melhorado os resultados nessa faixa etária. Santili (24), em um estudo de 42 quadris tratados entre os dois anos e um mês e dez anos e três meses de idade, com a redução cruenta e osteotomia de Salter associada ao encurtamento femoral, referiu 47,6% de resultados excelentes e 40,5% de resultados bons. Desde 1978, utilizo o encurtamento femoral, sem tração prévia, associado à redução cruenta e osteotomia pélvica nas crianças com luxação unilateral entre os três e nove anos de idade e, nos casos bilaterais, até os sete anos de idade, no máximo. Tem sido demonstrado que, nos casos bilaterais não tratados, o resultado funcional a longo prazo não é tão mau como usualmente esperado. Wenstein (25), na avaliação da história natural de pacientes adultos com seqüela de luxação displásica dos quadris, demonstrou que os resultados funcionais podem ser menos graves do que se imaginava pelo aspecto radiográfico. As alterações funcionais nos adultos com seqüelas de luxação unilateral são muito mais graves, porque a discrepância do comprimento dos membros inferiores é acentuada. Crawford et al. (26), em recente trabalho, analisaram 11 pacientes com LDQ não tratados. O seguimento foi em média de 40 anos. Afirmaram que os resultados clínico e funcional foram muito satisfatórios, a despeito dos maus resultados radiográficos. Defenderam medidas conservadoras para crianças acima de seis anos com luxações bilaterais ou acima de nove anos 4 Rev Bras Ortop _ Vol. 35, N os 1/2 Jan/Fev, 2000

5 DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL E LUXAÇÃO DISPLÁSICA DO QUADRIL nas luxações unilaterais. Deve ser enfatizado que, no tratamento da displasia do desenvolvimento ou luxação displásica do quadril, deve-se procurar restaurar a anatomia da articulação o mais próximo possível do normal, com a finalidade de prevenir alterações degenerativas na vida adulta. Existe, entretanto, o fator limitante da idade, em relação à possibilidade do tratamento adequado. As complicações do tratamento da DDQ e LDQ são relativamente freqüentes, muitas delas relacionadas com o tratamento inadequado. A falha em obter uma redução concêntrica ou a falta da correção da insuficiência acetabular no momento apropriado podem levar à displasia ou subluxação do quadril. Na literatura existe a descrição de inúmeras técnicas de osteotomia pélvica para correção da displasia acetabular tardia. Estas podem ser divididas naquelas que preservam a cartilagem articular, como a osteotomia tríplice preconizada por Steel (27), ou do tipo deslizamento medial, como descrita por Chiari (28), na qual a cobertura é conseguida com osso do ilíaco, situado proximalmente à osteotomia. Estas operações devem ser consideradas como de salvamento no tratamento da LDQ, levando a resultados variáveis a longo prazo. A nossa experiência com a operação de Chiari, associada ao enxerto tipo teto, tem levado a resultados favoráveis a médio prazo. Porém, não podemos afirmar que essa técnica previna a osteoartrose tardia. Levando-se em conta a freqüência, o grau de incapacidade, a duração dos sintomas e a morbidade, a osteonecrose é, sem dúvida, a mais temível complicação do tratamento da DDQ e LDQ, ocorrendo apenas nos pacientes que receberam alguma forma de tratamento incruento ou cruento, sendo, portanto, uma iatrogenia. O posicionamento do quadril em abdução maior que 70º ou rotação medial forçada no tratamento da DDQ e LDQ é causa freqüente de osteonecrose. Tal fato pode ocorrer mesmo no quadril normal, oposto àquele que está sendo tratado, como relatado por Herold (29), dentre outros. Portanto, imobilizações dos quadris em posição adequada e técnica de redução incruenta ou cruenta cuidadosa, obedecendo aos princípios básicos, podem diminuir o risco dessa grave complicação, no tratamento da DDQ e LDQ. O comprometimento vascular da epífise femoral ocorre em graus variáveis de gravidade, podendo haver lesão da placa epifisária proximal do fêmur. Kalamchi e MacEwen (30) classificaram a osteonecrose da epífise femoral que ocorre após o tratamento da DDQ ou LDQ em quatro grupos. No grupo I, o comprometimento é apenas no núcleo e a placa epifisária é normal. No grupo II ocorre o comprometimento da parte lateral da placa epifisária, determinando valgismo progressivo. No grupo III ocorre comprometimento total da placa epifisária, com conseqüente encurtamento do colo femoral, permanecendo normal o crescimento do grande trocanter, ocorrendo a coxa vara funcional. No grupo IV existe, além do comprometimento da placa epifisária, o comprometimento do colo femoral levando à deformidade grosseira da cabeça e colo femorais. REFERÊNCIAS 1. Ilfeld F.W., Westin W.G., Makin M.: Missed or developmental dislocation of the hip. Clin Orthop 203: , Volpon J.B., Carvalho Fº G.: Luxação congênita do quadril no recémnascido. Rev Brasil Ortop 20: , Wynne-Davies R.: Acetabular dysplasia and familial joint laxity: two aetiological factors in congenital dislocation of the hip. A review of 589 patients and their families. J Bone Joint Surg [Br] 52: 704, Dunn P.M.: Prenatal observation of the etiology of congenital dislocation of the hip. Clin Orthop 119: 23, Ortolani M.: Congenital hip dysplasia in the light of early and very early diagnosis. Clin Orthop 119: 6, Barlow T.G.: Early diagnosis and treatment of congenital dislocation of the hip. J Bone Joint Surg [Br] 44: 292, Graf R.: The diagnosis of congenital hip-joint dislocation by the ultrasonic compound treatment. Ach Orthop Trauma Surg 97: 117, Milani C., Laredo Fº J., Ishida A., Ascencio B.J., Nakagawa M.J.: A ultra-sonografia do quadril do recém-nascido pelo método de Graf. Rev Brasil Ortop 28: 25-32, Harcke H.T.: Imaging in congenital dislocation and dysplasia of the hip. Clin Orthop 281: 22, Hernandez R.J., Cornell R.G., Hensinger R.N.: Ultrasound diagnosis of neonatal congenital dislocation of the hip. J Bone Joint Surg [Br] 76: 539, Bertol P., Macnicol M.F., Mitchel G.P.: Radiographic feature of neonatal congenital dislocation of the hip. J Bone Joint Surg [Br] 64: 182, Broughton N.S., Brougham D.I., Cole W.G., Menelaus M.B.: Reliability of radiological measurements in the assessment of the child s hip. J Bone Joint Surg [Br] 71: 6, Forlin E., Choi I.H., Gille J.T., Bowen J.R., Glutting J.: Prognostic factors in congenital dislocation of the hip treated with close reduction. The importance of arthrographic evaluation. J Bone Joint Surg [Am] 74: 1140, Stanton R.P., Capecci R.: Computed tomography for early evolution of development dysplasia of the hip. J Pediatr Orthop 12: , Rev Bras Ortop _ Vol. 35, N os 1/2 Jan/Fev,

6 P.C.M. SCHOTT 15. Lindstrom J.R., Ponseti I.V., Wenger D.R.: Acetabular development after reduction in congenital dislocation of the hip. J Bone Joint Surg [Am] 61: 112, Pavlik A.: Stirrups as an aid in the treatment of congenital dysplasias of the hip in children. J Pediatr Orthop 9: 157, Ransey P.H., Lasser S., MacEwen G.D.: Congenital dislocation of the hip: use of Pavlik harness in the child during the first six months of life. J Bone Joint Surg [Am] 58: , Jones G.T., Sschoenecker P.H., Dias L.S.: Developmental hip dysplasia potentiated by inappropriate use of the Pavlik harness. J Pediatr Orthop 12: 722, Fish D.N., Hersenberg J.E., Hensinger R.N.: Current practice in use of the prereduction traction for congenital dislocation of the hip. J Pediatr Orthop 11: , Quin R.H., Renshaw T.S., DeLuca P.A.: Preliminary traction in the treatment of developmental and dislocation of the hip. J Pediatr Orthop 14: , Salter R.B.: Innominate osteotomy in treatment of congenital dislocation of the hip. J Bone Joint Surg [Br] 43: 72, Pemberton P.A.: Pericapsular osteotomy of the ilium for treatment of congenital subluxation and dislocation of the hip. J Bone Joint Surg [Am] 87: 65, Bertol P.: Luxação congênita do quadril. Estudo de 103 quadris tratados pela técnica de Salter isolada ou associada à osteotomia de fêmur [Tese de Doutorado]. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo- Escola Paulista de Medicina, Santili C.: Tratamento da subluxação e luxação congênita do quadril pelo método associado da operação de Salter com o encurtamento ósseo femoral. Análise dos resultados a longo prazo [Tese de Doutorado]. São Paulo: Faculdade de Ciências Médicas, Santa Casa de São Paulo, Wenstein S.L.: Natural history of congenital hip dislocation (CDH) and hip dysplasia. Clin Orthop 225: 52, Crawford A.H., Mehlman C.T., Slovek R.: The fate of untreated developmental dislocation of the hip: long-term follow-up of eleven patients. J Pediatr Orthop 14: 645, Steel H.H.: Triple osteotomy of the innominate bone. J Bone Joint Surg [Am] 55: 545, Chiari K.: Medial displacement osteotomy of the pelvis. Clin Orthop 98: 55, Herold H.Z.: Unilateral congenital hip dislocation with contralateral avascular necrosis. Clin Orthop 148: 196, Kalanchi A., MacEwen G.D.: Avascular necrosis following treatment of congenital dislocation of the hip. J Bone Joint Surg [Am] 62: 876, Rev Bras Ortop _ Vol. 35, N os 1/2 Jan/Fev, 2000

Luxação Congênita do Quadril (Displasia Acetabular) Doença de Legg-Perthes-Calvet Epifisiólise. Prof André Montillo UVA

Luxação Congênita do Quadril (Displasia Acetabular) Doença de Legg-Perthes-Calvet Epifisiólise. Prof André Montillo UVA Luxação Congênita do Quadril (Displasia Acetabular) Doença de Legg-Perthes-Calvet Epifisiólise Prof André Montillo UVA Estudo do Quadril Momento de Força Estudo do Quadril Estudo do Quadril Abdução do

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESDADO DO RIO DE JANEIRO - UNIRIO Hospital Universitário Gaffrée e Guinle - HUGG. Revisão Ortopedia

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESDADO DO RIO DE JANEIRO - UNIRIO Hospital Universitário Gaffrée e Guinle - HUGG. Revisão Ortopedia UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESDADO DO RIO DE JANEIRO - UNIRIO Hospital Universitário Gaffrée e Guinle - HUGG Revisão Ortopedia Ossificação Endocondral Estudo do Quadril Momento de Força Estudo do Quadril Atua

Leia mais

AVALIAÇÃO CLÍNICA E RADIOLÓGICA APÓS PROCEDIMENTO DE SALTER E OMBRÉDANNE NA DISPLASIA DE DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL

AVALIAÇÃO CLÍNICA E RADIOLÓGICA APÓS PROCEDIMENTO DE SALTER E OMBRÉDANNE NA DISPLASIA DE DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL AVALIAÇÃO CLÍNICA E RADIOLÓGICA APÓS PROCEDIMENTO DE SALTER E OMBRÉDANNE NA DISPLASIA DE DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL CLINICAL AND RADIOLOGICAL EVALUATION ON DEVELOPMENTAL HIP DYSPLASIA AFTER SALTER AND

Leia mais

Displasia do desenvolvimento do quadril: atualização

Displasia do desenvolvimento do quadril: atualização ARTIGO DE ATUALIZAÇÃO Displasia do desenvolvimento do quadril: atualização DYSPLASIA OF HIP DEVELOPMENT: UPDATE Roberto Guarniero Resumo A terminologia Displasia do Desenvolvimento do Quadril DDQ descreve

Leia mais

Displasia do Desenvolvimento do Quadril (Displasia Acetabular - LCQ) Doença de Legg-Perthes-Calvet Epifisiólise

Displasia do Desenvolvimento do Quadril (Displasia Acetabular - LCQ) Doença de Legg-Perthes-Calvet Epifisiólise Displasia do Desenvolvimento do Quadril (Displasia Acetabular - LCQ) Doença de Legg-Perthes-Calvet Epifisiólise Prof André Montillo www.montillo.com.br Displasia do Desenvolvimento do Quadril (Displasia

Leia mais

Uso do suspensório de Pavlik no tratamento da displasia congênita de quadril nos pacientes de instituição pública de saúde *

Uso do suspensório de Pavlik no tratamento da displasia congênita de quadril nos pacientes de instituição pública de saúde * Uso do suspensório de Pavlik no tratamento da displasia congênita de quadril nos pacientes de instituição pública de saúde * ALESSANDRO JANSON ANGELINI 1, MARCELO FERREIRA VENTOSA 1, MICHAEL DAVITT 2,

Leia mais

Keywords - Hip Dislocation, Congenital/surgery; Surgical Procedures, Operative/methods; Bone Diseases, Developmental; Hip/growth & development

Keywords - Hip Dislocation, Congenital/surgery; Surgical Procedures, Operative/methods; Bone Diseases, Developmental; Hip/growth & development ARTIGO ORIGINAL AVALIAÇÃO CLÍNICA E RADIOLÓGICA APÓS PROCEDIMENTO DE SALTER E OMBRÉDANNE NA DISPLASIA DE DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL CLINICAL AND RADIOLOGICAL EVALUATION ON DEVELOPMENTAL HIP DYSPLASIA AFTER

Leia mais

O desenvolvimento acetabular na luxação congênita do quadril *

O desenvolvimento acetabular na luxação congênita do quadril * O desenvolvimento acetabular na luxação congênita do quadril * CARLOS EDUARDO DE QUEIROZ 1, ÁLVARO MASSAO NOMURA 2 RESUMO Este estudo consistiu na análise radiológica do desenvolvimento acetabular de 80

Leia mais

Tratamento da luxação congênita de quadril com suspensório de Pavlik e monitorização ultra-sonográfica *

Tratamento da luxação congênita de quadril com suspensório de Pavlik e monitorização ultra-sonográfica * ARTIGO ORIGINAL TRATAMENTO DA LUXAÇÃO CONGÊNITA DE QUADRIL COM SUSPENSÓRIO DE PAVLIK E MONITORIZAÇÃO ULTRA-SONOGRÁFICA Tratamento da luxação congênita de quadril com suspensório de Pavlik e monitorização

Leia mais

SIMPÓSIO DE CIRURGIA GERAL

SIMPÓSIO DE CIRURGIA GERAL SIMPÓSIO DE CIRURGIA GERAL Lesões do Anel Pélvico Jânio Costa Médico Assistente do Serviço de Ortopedia e Traumatologia da Clínica Multiperfil Novembro / 2017 Lesão Pélvica Posterior GRAU DE DESLOCAMENTO

Leia mais

Luxação Congênita do Quadril (Displasia Acetabular) Doença de Legg-Perthes-Calvet Epifisiólise. Prof André Montillo UVA

Luxação Congênita do Quadril (Displasia Acetabular) Doença de Legg-Perthes-Calvet Epifisiólise. Prof André Montillo UVA Luxação Congênita do Quadril (Displasia Acetabular) Doença de Legg-Perthes-Calvet Epifisiólise Prof André Montillo UVA Patologia Evolução Fisiológica A Partir dos 4 anos de idade haverá uma Obstrução da

Leia mais

Displasia do desenvolvimento do quadril bilateral tratada com redução cruenta e osteotomia de Salter: análise dos resultados radiográficos

Displasia do desenvolvimento do quadril bilateral tratada com redução cruenta e osteotomia de Salter: análise dos resultados radiográficos rev bras ortop. 2014;49(4):350 358 www.rbo.org.br Artigo Original Displasia do desenvolvimento do quadril bilateral tratada com redução cruenta e osteotomia de Salter: análise dos resultados radiográficos

Leia mais

Patologia do quadril da criança e adolescente

Patologia do quadril da criança e adolescente Patologia do quadril da criança e adolescente Prof. Isaac Rotbande Idade 0 a 5 Displasia do desenvolvimento do quadril do quadril Idade 0 a 5 Displasia do desenvolvimento do quadril 05 a 10 Legg Perthes

Leia mais

Tratamento cruento da luxação congênita do quadril através da via ântero-medial*

Tratamento cruento da luxação congênita do quadril através da via ântero-medial* Tratamento cruento da luxação congênita do quadril através da via ântero-medial* LUÍ UARO UNHOZ A ROCHA 1, ULC HLNA GRI 1, LUIZ ANTÔNIO UNHOZ A CUNHA 2, ILON ORLIN 1, ANA CAROLINA PAULTO 1 RUO Revisamos

Leia mais

correias de Pavlik para o tratamento da displasia do desenvolvimento

correias de Pavlik para o tratamento da displasia do desenvolvimento CORREIAS DE PAVLIK PARA O TRATAMENTO DA DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL Correias de Pavlik para o tratamento da displasia do desenvolvimento do quadril GIRO ALBERTO YOSHIYASU 1, LUIZ ANTONIO MUNHOZ

Leia mais

Acta Ortopédica Brasileira Instituto de Ortopedia e Traumatologia ISSN (Versión impresa): BRASIL

Acta Ortopédica Brasileira Instituto de Ortopedia e Traumatologia ISSN (Versión impresa): BRASIL Acta Ortopédica Brasileira Instituto de Ortopedia e Traumatologia actaortopedicabrasileira@uol.com.br ISSN (Versión impresa): 1413-7852 BRASIL 2006 Eiffel T. Dobashi / Robinson Toshimitsu Kiyohara / Marcelo

Leia mais

Traumatologia Infantil. O Esqueleto da Criança Não É O Esqueleto do Adulto em Miniatura

Traumatologia Infantil. O Esqueleto da Criança Não É O Esqueleto do Adulto em Miniatura O Esqueleto da Criança Não É O Esqueleto do Adulto em Miniatura Formação do Osso e Ossificação Esboço Cartilaginoso Pontos de Ossificação Primária Pontos de Ossificação Secundária Formação da Epífise

Leia mais

Acta Ortopédica Brasileira ISSN: Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.

Acta Ortopédica Brasileira ISSN: Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Acta Ortopédica Brasileira ISSN: 1413-7852 actaortopedicabrasileira@uol.com.br Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Brasil Ahmed, Enan; Mohamed, Abo-hegy; Wael, Hammad TRATAMENTO CIRÚRGICO

Leia mais

Redução cirúrgica da luxação do quadril em pacientes com artrogripose múltipla congênita Acesso anteromedial

Redução cirúrgica da luxação do quadril em pacientes com artrogripose múltipla congênita Acesso anteromedial ARTIGO ORIGINAL Redução cirúrgica da luxação do quadril em pacientes com artrogripose múltipla congênita Acesso anteromedial Open Reduction of hip dislocation in patients with arthrogryposis multiplex

Leia mais

Luxação anterior do quadril na paralisia cerebral *

Luxação anterior do quadril na paralisia cerebral * LUXAÇÃO ANTERIOR DO QUADRIL NA PARALISIA CEREBRAL RELATO DE CASO Luxação anterior do quadril na paralisia cerebral * PATRÍCIA M. DE MORAES BARROS FUCS 1, CELSO SVARTMAN 2, RODRIGO M.C. DE ASSUMPÇÃO 3 RESUMO

Leia mais

HIPERCRESCIMENTO FEMORAL NO TRATAMENTO CIRÚRGICO DO QUADRIL DISPLÁSICO INVETERADO

HIPERCRESCIMENTO FEMORAL NO TRATAMENTO CIRÚRGICO DO QUADRIL DISPLÁSICO INVETERADO ARTIGO ORIGINAL HIPERCRESCIMENTO FEMORAL NO TRATAMENTO CIRÚRGICO DO QUADRIL DISPLÁSICO INVETERADO FEMORAL OVERGROWTH FOLLOWING SURGICAL TREATMENT OF LONG-ESTABLISHED DYSPLASIA OF THE HIP JOÃO PAULO FREIRE

Leia mais

CURSO: MEDICINA 2ª AVALIAÇÃO

CURSO: MEDICINA 2ª AVALIAÇÃO CURSO: MEDICINA DISCIPLINA: 20383101 - Clínica Integrada III - Ortopedia PROFESSORES: André Ribeiro, Rossana Cavalcante PERÍODO: 2018.1 ALUNO (A): N DE MATRÍCULA: DATA: / / 2018 NOTA ( ) 2ª AVALIAÇÃO 1.

Leia mais

Prof André Montillo

Prof André Montillo Prof André Montillo www.montillo.com.br Fraturas Proximal do Fêmur: Fraturas do Colo do Fêmur Fraturas Transtrocanterianas do Fêmur Fraturas Proximal do Fêmur: Anatomia: Elementos Ósseos Cabeça do Fêmur

Leia mais

Fraturas do Anel Pélvico: Bacia Generalidades: Representam 3% das fraturas nas emergências Mais freqüentes nos jovens Politraumatizado: Traumas de

Fraturas do Anel Pélvico: Bacia Generalidades: Representam 3% das fraturas nas emergências Mais freqüentes nos jovens Politraumatizado: Traumas de Prof André Montillo Fraturas do Anel Pélvico: Bacia Generalidades: Representam 3% das fraturas nas emergências Mais freqüentes nos jovens Politraumatizado: Traumas de Alta Energia Fraturas: Instabilidade:

Leia mais

Artroplastia de Ombro TRATAMENTO POR ARTROPLASTIA NAS FRATURAS DO ÚMERO PROXIMAL INDICAÇÃO. partes? rachadura da

Artroplastia de Ombro TRATAMENTO POR ARTROPLASTIA NAS FRATURAS DO ÚMERO PROXIMAL INDICAÇÃO. partes? rachadura da Artroplastia de Ombro TRATAMENTO POR NAS FRATURAS DO ÚMERO PROXIMAL INDICAÇÃO em 4 partes? tipo rachadura da cabeça umeral (split head) impactada cabeça atingindo 40% do colo anatômico FRATURAS DO ÚMERO

Leia mais

Resultado dos casos referenciados a consulta de Ortopedia Infantil por suspeita de Displasia de Desenvolvimento da Anca

Resultado dos casos referenciados a consulta de Ortopedia Infantil por suspeita de Displasia de Desenvolvimento da Anca Resultado dos casos referenciados a consulta de Ortopedia Infantil por suspeita de Displasia de Desenvolvimento da Anca Joana Bento Rodrigues, Cristina Alves, Inês Balacó, Pedro Sá Cardoso, Tah Pu Ling,

Leia mais

Avaliação clínica e radiográfica de pacientes com luxação congênita inveterada do quadril submetidos ao tratamento cirúrgico *

Avaliação clínica e radiográfica de pacientes com luxação congênita inveterada do quadril submetidos ao tratamento cirúrgico * AVALIAÇÃO CLÍNICA E RADIOGRÁFICA DE PACIENTES COM LUXAÇÃO CONGÊNITA INVETERADA DO QUADRIL SUBMETIDOS AO TRATAMENTO CIRÚRGICO Avaliação clínica e radiográfica de pacientes com luxação congênita inveterada

Leia mais

LUXAÇÃO TRAUMÁTICA DA ANCA NA CRIANÇA: CASO CLÍNICO E BREVE REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

LUXAÇÃO TRAUMÁTICA DA ANCA NA CRIANÇA: CASO CLÍNICO E BREVE REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 229 SOCIEDADE PORTUGUESA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA Rev Port Ortop Traum 25(3): 229-235, 2017 CASO CLÍNICO LUXAÇÃO TRAUMÁTICA DA ANCA NA CRIANÇA: CASO CLÍNICO E BREVE REVISÃO BIBLIOGRÁFICA António Gonçalves,

Leia mais

Displasia de desenvolvimento da anca: na perspetiva do pediatra

Displasia de desenvolvimento da anca: na perspetiva do pediatra Displasia de desenvolvimento da anca: na perspetiva do pediatra Cátia Pereira I, Marta Pinto II, Francisco Sant Anna III DEVELOPMENTAL DYSPLASIA OF THE HIP: IN THE PEDIATRICIAN VIEW ABSTRACT Introduction:

Leia mais

Traumatologia. Distúrbios do Aparelho Locomotor tendo como Etiologia Sempre o TRAUMA, não importando a sua Magnitude.

Traumatologia. Distúrbios do Aparelho Locomotor tendo como Etiologia Sempre o TRAUMA, não importando a sua Magnitude. André Montillo UVA Definição: Traumatologia Distúrbios do Aparelho Locomotor tendo como Etiologia Sempre o TRAUMA, não importando a sua Magnitude. Propedêutica do Trauma: Tripé Propedêutico Anamnese Exame

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DO RAIOS X PARA O DIAGNÓSTICO DE DISPLASIA COXOFEMORAL

A IMPORTÂNCIA DO RAIOS X PARA O DIAGNÓSTICO DE DISPLASIA COXOFEMORAL XV JORNADA CIENTÍFICA DOS CAMPOS GERAIS Ponta Grossa, 25 a 27 de outubro de 2017 A IMPORTÂNCIA DO RAIOS X PARA O DIAGNÓSTICO DE DISPLASIA COXOFEMORAL Ariane Alberti 1 Dionei Pereira de França 2 Rosemara

Leia mais

Lesões ortopédicas do posterior em pequenos animais

Lesões ortopédicas do posterior em pequenos animais Lesões ortopédicas do posterior em pequenos animais Displasia Coxo-femoral Luxação do quadril Necrose asséptica Ruptura do ligamento cruzado cranial Luxação patelar Fraturas Lesões ortopédicas do posterior

Leia mais

02 - AMARELA PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO E EDUCAÇÃO CONTINUADA DA SBOT-RJ ORTOCURSO SBOT-RJ/QUADRIL CURSO PREPARATÓRIO PARA O TEOT 24 de Outubro de 2015

02 - AMARELA PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO E EDUCAÇÃO CONTINUADA DA SBOT-RJ ORTOCURSO SBOT-RJ/QUADRIL CURSO PREPARATÓRIO PARA O TEOT 24 de Outubro de 2015 PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO E EDUCAÇÃO CONTINUADA DA SBOT-RJ ORTOCURSO SBOT-RJ/QUADRIL CURSO PREPARATÓRIO PARA O TEOT 24 de Outubro de 2015 NOME: HOSPITAL: ( ) R1 ( ) R2 ( ) R3 ( ) R4 ( ) Não Residentes 1)

Leia mais

Fraturas e Luxações Prof Fabio Azevedo Definição Fratura é a ruptura total ou parcial da estrutura óssea 1 Fraturas Raramente representam causa de morte, quando isoladas. Porém quando combinadas a outras

Leia mais

USO DO SUSPENSÓRIO DE PAVLIK OU FRALDA FREJKA EM LUXAÇÃO CONGÊNITA DO QUADRIL - LCQ -

USO DO SUSPENSÓRIO DE PAVLIK OU FRALDA FREJKA EM LUXAÇÃO CONGÊNITA DO QUADRIL - LCQ - USO DO SUSPENSÓRIO DE PAVLIK OU FRALDA FREJKA EM LUXAÇÃO CONGÊNITA DO QUADRIL - LCQ - PAVLIK F R E J K A Ref.:FP509i Ref.: FP501i Luxação Congênita do Quadril 1-) Conceito do Aparelho e Explicação: Transcrevemos

Leia mais

Imagem da Semana: Radiografia

Imagem da Semana: Radiografia Imagem da Semana: Radiografia Imagem 01. Radiografia simples de pelve (AP) em posição de batráquio. Paciente do sexo feminino, 10 anos, comparece a consulta no ambulatório de pediatria com queixa de dor

Leia mais

Acta Ortopédica Brasileira ISSN: Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.

Acta Ortopédica Brasileira ISSN: Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Acta Ortopédica Brasileira ISSN: 1413-7852 actaortopedicabrasileira@uol.com.br Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Brasil Freire Martins de Moura, João Paulo; Figueiredo Radaeli, Renato de;

Leia mais

FIGURA 06 Posicionamento radiográfico adequado

FIGURA 06 Posicionamento radiográfico adequado FIGURA 06 Posicionamento radiográfico adequado 27 28 2.6.2 Sinais Radiográficos Os sinais radiográficos comuns da DCF a todas as espécies são o raseamento acetabular, incongruência entre a cabeça femoral

Leia mais

Lesões Traumáticas do Membro Superior. Lesões do Ombro e Braço Lesões do Cotovelo e Antebraço Lesões do Punho e Mão

Lesões Traumáticas do Membro Superior. Lesões do Ombro e Braço Lesões do Cotovelo e Antebraço Lesões do Punho e Mão André Montillo UVA Lesões Traumáticas do Membro Superior Lesões do Ombro e Braço Lesões do Cotovelo e Antebraço Lesões do Punho e Mão Fratura Distal do Úmero Fratura da Cabeça do Rádio Fratura do Olecrâneo

Leia mais

AURÉLIO FERREIRA PREVALÊNCIA DE LUXAÇÃO CONGÊNITA DO QUADRIL EM RECÉM NATOS DE JULHO A DEZEMBRO/2009 EM CAMPO GRANDE - MS

AURÉLIO FERREIRA PREVALÊNCIA DE LUXAÇÃO CONGÊNITA DO QUADRIL EM RECÉM NATOS DE JULHO A DEZEMBRO/2009 EM CAMPO GRANDE - MS AURÉLIO FERREIRA PREVALÊNCIA DE LUXAÇÃO CONGÊNITA DO QUADRIL EM RECÉM NATOS DE JULHO A DEZEMBRO/2009 EM CAMPO GRANDE - MS Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Saúde e Desenvolvimento

Leia mais

Princípios do tratamento das fraturas

Princípios do tratamento das fraturas Disciplina de Traumato-Ortopedia e Reumatologia Princípios do tratamento das fraturas Prof. Marcelo Bragança dos Reis Introdução Tratamento conservador - indicações - imobilizações - redução incruenta

Leia mais

PREFEITURA MUNICIPAL DE MIRACEMA 2014 MÉDICO ORTOPEDISTA PLANTONISTA PROVA OBJETIVA

PREFEITURA MUNICIPAL DE MIRACEMA 2014 MÉDICO ORTOPEDISTA PLANTONISTA PROVA OBJETIVA 1 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 1) No tratamento das fraturas expostas tipos I e II de Gustilo e Anderson, uma das alternativas de antibioticoterapia profilática preconizada, em casos de alergia a cefalosporinas,

Leia mais

PROVA ESPECÍFICA Cargo 76

PROVA ESPECÍFICA Cargo 76 11 PROVA ESPECÍFICA Cargo 76 QUESTÃO 26 Sobre as infecções osteoarticulares, é correto afirmar, EXCETO: a) A hemocultura está positiva em 50% dos casos de osteomielites. b) A grande maioria das osteomielites

Leia mais

Parecer do Grupo Técnico de Auditoria em Saúde 028/05 Tema: Sistema Eletro Térmico para Artroscopia do Quadril. I Data

Parecer do Grupo Técnico de Auditoria em Saúde 028/05 Tema: Sistema Eletro Térmico para Artroscopia do Quadril. I Data Parecer do Grupo Técnico de Auditoria em Saúde 028/05 Tema: Sistema Eletro Térmico para Artroscopia do Quadril. I Data: 20/10/05 II Grupo de Estudo: Dra. Lélia Maria de Almeida Carvalho Dra. Silvana Márcia

Leia mais

Propedêutica Ortopédica e Traumatológica. Prof André Montillo

Propedêutica Ortopédica e Traumatológica. Prof André Montillo Propedêutica Ortopédica e Traumatológica Prof André Montillo www.montillo.com.br Definição: Ortopedia - Traumatologia É a Especialidade Médica que Estuda as Patologias do Aparelho Locomotor: Doenças Ósseas

Leia mais

ARTIGO ORIGINAL RESUMO SUMMARY INTRODUCTION

ARTIGO ORIGINAL RESUMO SUMMARY INTRODUCTION ARTIGO ORIGINAL Tratamento cirúrgico da luxação congênita do quadril pós marcha: redução aberta e osteotomia de Salter Surgical treatment of the congenital dislocation of the hip after walking age: open

Leia mais

PROBLEMAS DO QUADRIL NO ADULTO. Liszt Palmeira de Oliveira

PROBLEMAS DO QUADRIL NO ADULTO. Liszt Palmeira de Oliveira PROBLEMAS DO QUADRIL NO ADULTO Liszt Palmeira de Oliveira PROBLEMAS DO QUADRIL NO ADULTO GNS, masc., 53 anos, com dor + limitação funcional no quadril direito. Limitação do arco de movimento no paciente

Leia mais

Protocolo de Atendimento de Luxações do Pé e Tornozelo

Protocolo de Atendimento de Luxações do Pé e Tornozelo Protocolo de Atendimento de Luxações do Pé e Tornozelo. Introdução As lesões de Lisfranc são compostas por um grupo de diferentes deslocamentos nas articulações tarso-metatársicas (TMT), parciais ou completas,

Leia mais

Síndromes de dor nos membros

Síndromes de dor nos membros www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Síndromes de dor nos membros Versão de 2016 10. Osteocondrose (sinônimos: osteonecrose, necrose avascular) 10.1 O que é? A palavra "osteocondrite" significa

Leia mais

03 - AZUL PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO E EDUCAÇÃO CONTINUADA DA SBOT-RJ ORTOCURSO SBOT-RJ/QUADRIL CURSO PREPARATÓRIO PARA O TEOT 24 de Outubro de 2015 NOME:

03 - AZUL PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO E EDUCAÇÃO CONTINUADA DA SBOT-RJ ORTOCURSO SBOT-RJ/QUADRIL CURSO PREPARATÓRIO PARA O TEOT 24 de Outubro de 2015 NOME: PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO E EDUCAÇÃO CONTINUADA DA SBOT-RJ ORTOCURSO SBOT-RJ/QUADRIL CURSO PREPARATÓRIO PARA O TEOT 24 de Outubro de 2015 NOME: HOSPITAL: ( ) R1 ( ) R2 ( ) R3 ( ) R4 ( ) Não Residentes 1)

Leia mais

Prof André Montillo

Prof André Montillo Prof André Montillo www.montillo.com.br Ossificação Endocondral O Tecido ósseo é o único que no final de sua cicatrização originará tecido ósseo verdadeiro e não fibrose como os demais tecidos Tecido Ósseo

Leia mais

ARTICULAÇÕES. Luxação Coxofemoral. Luxação Coxofemoral 12/09/2016. Saída da cabeça do fêmur do acetábulo. Sinais clínicos.

ARTICULAÇÕES. Luxação Coxofemoral. Luxação Coxofemoral 12/09/2016. Saída da cabeça do fêmur do acetábulo. Sinais clínicos. Luxação Coxofemoral ARTICULAÇÕES Saída da cabeça do fêmur do acetábulo Luxação Coxofemoral Sinais clínicos Membro menor e rotacionado p/ dentro Crepitação Dor súbita Diagnóstico: Radiográfico: VD (mostra

Leia mais

Is it really necessary to restore radial anatomic parameters after distal radius fractures? Injury, Int. J. Care Injured 45S(2014) S21-S26

Is it really necessary to restore radial anatomic parameters after distal radius fractures? Injury, Int. J. Care Injured 45S(2014) S21-S26 JOURNAL CLUB Serviço de Ortopedia do Hospital de Vila Franca de Xira Director: DR. PEDRO AFONSO Is it really necessary to restore radial anatomic parameters after distal radius fractures? Injury, Int.

Leia mais

Tendinopatia Patelar

Tendinopatia Patelar O tendão patelar, que também pode ser chamado de ligamento patelar (ou ligamento da patela) é um local comum de lesões, principalmente em atletas. O treinamento esportivo geralmente benificia as qualidades

Leia mais

LUXAÇÃO TRAUMÁTICA DA ANCA NA CRIANÇA ENTIDADE RARA A RECORDAR

LUXAÇÃO TRAUMÁTICA DA ANCA NA CRIANÇA ENTIDADE RARA A RECORDAR 318 SOCIEDADE PORTUGUESA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA Rev Port Ortop Traum 22(3): 318-324, 2014 CASO CLÍNICO LUXAÇÃO TRAUMÁTICA DA ANCA NA CRIANÇA ENTIDADE RARA A RECORDAR Georgina Monteiro, Maria Carvalho,

Leia mais

UNIVERSIDADE DO RIO DE JANEIRO UNI - RIO

UNIVERSIDADE DO RIO DE JANEIRO UNI - RIO UNIVERSIDADE DO RIO DE JANEIRO UNI - RIO OSTEOMIELITE HEMATOGÊNICA AGUDA DEFINIÇÃO É A INFECÇÃO DO OSSO E DA MEDULA ÓSSEA POR AGENTE ETIOLÓGICO INESPECÍFICO COM UM CARACTER DESTRUTIVO FULMINANTE ANATOMIA

Leia mais

Abordagem da displasia de desenvolvimento da anca irredutível

Abordagem da displasia de desenvolvimento da anca irredutível Rev Port Ortop Traum 20(2): 205-221, 2012 Original Abordagem da displasia de desenvolvimento da anca irredutível Resultados provisórios dos doentes tratados cirurgicamente nos últimos 5 anos Francisco

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE: Fratura-luxação de Monteggia; Classificação de Bado; Complicações.

PALAVRAS-CHAVE: Fratura-luxação de Monteggia; Classificação de Bado; Complicações. 157 LESÃO DE MONTEGGIA Luiz Antonio Alcantara de Oliveira* Vilson Ulian** RESUMO A fratura-luxação de Monteggia, desde que foi descrita em 1814, tem sido motivo de preocupação entre ortopedistas de todo

Leia mais

Lesões Traumáticas dos Membros Inferiores

Lesões Traumáticas dos Membros Inferiores Prof André Montillo Lesões Traumáticas dos Membros Inferiores Lesões do Joelho: Lesões Ósseas: Fratura Distal do Fêmur Fratura da Patela Fratura Proximal da Tíbia: Platô Tibial Anatomia: Lesões Traumáticas

Leia mais

DOENÇA ARTICULAR DEGENERATIVA ARTROSE Diagnóstico- Prevenção - Tratamento

DOENÇA ARTICULAR DEGENERATIVA ARTROSE Diagnóstico- Prevenção - Tratamento DOENÇA ARTICULAR DEGENERATIVA ARTROSE Diagnóstico- Prevenção - Tratamento Carlos Alberto Souza Macedo Professor da Faculdade de Medicina da UFRGS Doutorado em Cirurgia pela Faculdade de Medicina da UFRGS

Leia mais

Doença de Legg-Calvé-Perthes: análise crítica da classificação de Salter-Thompson *

Doença de Legg-Calvé-Perthes: análise crítica da classificação de Salter-Thompson * DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES: ANÁLISE CRÍTICA DA CLASSIFICAÇÃO DE SALTER-THOMPSON Doença de Legg-Calvé-Perthes: análise crítica da classificação de Salter-Thompson * C. SANTILI 1, J.L. MILANI 2, N.R.A.

Leia mais

QUADRIL / PELVE. Prof. Gabriel Paulo Skroch

QUADRIL / PELVE. Prof. Gabriel Paulo Skroch QUADRIL / PELVE Prof. Gabriel Paulo Skroch 1. ANATOMIA Mulher Homem Ilíaco e extremidade superior do fêmur Vista anterior Vista posterior Superfícies articulares da articulação coxo-femural, cápsula e

Leia mais

DEFICIÊNCIA FEMORAL FOCAL PROXIMAL(DFFP) I GENERALIDADES: => Displasias femorais: correspondem á um desenvolvimento insatisfatório do modelo cartilaginoso(impede a ossificação) do fêmur antes da 9º semana

Leia mais

WALABONSO BENJAMIN GONÇALVES FERREIRA NETO FRATURA DA CABEÇA DA MANDÍBULA. CARACTERÍSTICAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO.

WALABONSO BENJAMIN GONÇALVES FERREIRA NETO FRATURA DA CABEÇA DA MANDÍBULA. CARACTERÍSTICAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO. WALABONSO BENJAMIN GONÇALVES FERREIRA NETO FRATURA DA CABEÇA DA MANDÍBULA. CARACTERÍSTICAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO. Monografia apresentada à Fundação para o Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico da

Leia mais

Data: 20/08/2014. Resposta Técnica 01/2014. Medicamento Material Procedimento X Cobertura

Data: 20/08/2014. Resposta Técnica 01/2014. Medicamento Material Procedimento X Cobertura Resposta Técnica 01/2014 Solicitante: Dr. Renato Dresch Juiz de direito Nº Processo: 9010665.22.2014.813.0024 Ré: Unimed de Belo Horizonte Data: 20/08/2014 Medicamento Material Procedimento X Cobertura

Leia mais

Médico Cirurgia de Joelho

Médico Cirurgia de Joelho Caderno de Questões Prova Objetiva Médico Cirurgia de Joelho SRH Superintendência de Recursos Humanos DESEN Departamento de Seleção e Desenvolvimento de Pessoal 01 Na semiologia da lesão meniscal medial

Leia mais

Imagem 1: destacada em vermelho a redução do espaço articular.

Imagem 1: destacada em vermelho a redução do espaço articular. Radiografia Análise das Imagens Observação: As seguintes alterações estão presentes em todas as imagens, mas foram destacadas separadamente para melhor demonstração. Imagem 1: destacada em vermelho a redução

Leia mais

Fixador externo no tratamento de lesões ortopédicas tardias após sépsis meningocócica

Fixador externo no tratamento de lesões ortopédicas tardias após sépsis meningocócica Fixador externo no tratamento de lesões ortopédicas tardias após sépsis meningocócica HOSPITAL DONA ESTEFÂNIA, CENTRO HOSPITALAR LISBOA CENTRAL DIRETOR : DR. DELFIN TAVARES André Barros, António Camacho,

Leia mais

Lesões Traumáticas do Punho e Mão. Prof. Reinaldo Hashimoto

Lesões Traumáticas do Punho e Mão. Prof. Reinaldo Hashimoto Lesões Traumáticas do Punho e Mão Prof. Reinaldo Hashimoto Anatomia Óssea Articulação Vascular Nervosa Anatomia Óssea Anatomia Anatomia Articular Rádio carpiana Carpal Anatomia Vasculo Nervosa Fratura

Leia mais

Fixação com parafuso canulado em epifisiólise femoral proximal estável

Fixação com parafuso canulado em epifisiólise femoral proximal estável Fixação com parafuso canulado em epifisiólise femoral proximal estável Mauricio Pegoraro 1, Waldir Wilson Vilela Cipola 2 RESUMO Os autores descrevem uma técnica de fixação para tratamento de epifisiólise

Leia mais

Assistente do Hospital Egas Moniz, CHLO Directora de Serviço Dr.ª Francelina Fernandes 3

Assistente do Hospital Egas Moniz, CHLO Directora de Serviço Dr.ª Francelina Fernandes 3 Acta Radiológica Portuguesa, Vol.XXI, nº 83, pág. 73-77, Jul.-Set., 2009 Artigo de Revisão Doença de Legg-Calvé-Perthes Legg-Calvé-Perthes Disease Sónia Medeiros 1, Pedro Ferreira 2, Ana Nunes 3, Pedro

Leia mais

Índice tomográfico como critério de instabilidade nas fraturas-luxações da parede posterior do acetábulo *

Índice tomográfico como critério de instabilidade nas fraturas-luxações da parede posterior do acetábulo * ARTIGO ORIGINAL Índice tomográfico como critério de instabilidade nas fraturas-luxações da parede posterior do acetábulo 29 Índice tomográfico como critério de instabilidade nas fraturas-luxações da parede

Leia mais

EXAME Instruções

EXAME Instruções EXAME 2018 Instruções Leia atentamente e cumpra rigorosamente as instruções que seguem, pois elas são parte integrante das provas e das normas que regem Exame AMRIGS, ACM e AMMS. 1. Atente-se aos avisos

Leia mais

TRAUMATOLOGIA DOS MEMBROS INFERIORES

TRAUMATOLOGIA DOS MEMBROS INFERIORES Fraturas da pelve TRAUMATOLOGIA DOS MEMBROS INFERIORES - As fraturas da pelve instáveis comumente estão associadas a lesões de órgãos e estruturas da cavidade pélvica. Nos casos de fraturas expostas a

Leia mais

Tratamento cirúrgico da fratura-luxação de Lisfranc *

Tratamento cirúrgico da fratura-luxação de Lisfranc * Tratamento cirúrgico da fratura-luxação de Lisfranc * JARDÉLIO M. TORRES 1, RICARDO M. MIRANDA 2, CELSO MIGUEL L. TORRES 3, VIRLÊNIO DE ANDRADE LARA 3, PAULO DE TARSO P. PIMENTA 3 RESUMO Os autores apresentam

Leia mais

Exame Físico Ortopédico

Exame Físico Ortopédico TAKE HOME MESSAGES! Exame Físico Ortopédico ANAMNESE REALIZAR UMA HISTÓRIA CLÍNICA DETALHADA, LEMBRANDO QUE DETALHES DA IDENTIFICAÇÃO COMO SEXO, IDADE E PROFISSÃO SÃO FUNDAMENTAIS, POIS MUITAS DOENÇAS

Leia mais

Fratura do Punho. Como é a anatomia normal do punho? Porque ocorre a fratura do punho?

Fratura do Punho. Como é a anatomia normal do punho? Porque ocorre a fratura do punho? Fratura do Punho 2 Como é a anatomia normal do punho? A articulação do punho é formada pela porção final dos ossos do antebraço (rádio e ulna) que se unem com os ossos do carpo. São oito ossos dispostos

Leia mais

Osteologia e Artrologia. Tema F Descrição e caraterização funcional do sistema ósseo e articular do membro inferior.

Osteologia e Artrologia. Tema F Descrição e caraterização funcional do sistema ósseo e articular do membro inferior. Tema F Descrição e caraterização funcional do 1 Cintura pélvica; 2 Bacia 3 Articulação coxo-femural e seu funcionamento nos movimentos da coxa. 4 Complexo articular do joelho e seu funcionamento nos movimentos

Leia mais

Propedêutica Ortopédica e Traumatológica

Propedêutica Ortopédica e Traumatológica UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESDADO DO RIO DE JANEIRO - UNIRIO Hospital Universitário Gaffrée e Guinle - HUGG Propedêutica Ortopédica e Traumatológica Prof. André Montillo www.montillo.com.br Definição: Ortopedia

Leia mais

Roteiro de Aula Prática Femoropatelar

Roteiro de Aula Prática Femoropatelar Roteiro de Aula Prática Femoropatelar Disciplina de Fisioterapia Aplicada à Ortopedia e Traumatologia Docente: Profa. Dra. Débora Bevilaqua-Grossi 1) Palpação de estruturas Responsáveis: Marcelo Camargo

Leia mais

RECOMENDAÇÕES PARA O CUIDADOR DA CRIANÇA COM LUXAÇÃO DISPLÁSICA DO QUADRIL: RELATO DE DOIS CASOS

RECOMENDAÇÕES PARA O CUIDADOR DA CRIANÇA COM LUXAÇÃO DISPLÁSICA DO QUADRIL: RELATO DE DOIS CASOS RECOMENDAÇÕES PARA O CUIDADOR DA CRIANÇA COM LUXAÇÃO DISPLÁSICA DO QUADRIL: RELATO DE DOIS CASOS ANDRÉA REBECA OLIVEIRA DE PAULA ESTÁCIO DE SÁ /PETRÓPOLIS, RIO DE JANEIRO, BRASIL andrea.rebeca@ig.com.br

Leia mais

AMPLITUDE DE MOVIMENTO ARTICULAR DO QUADRIL EM PACIENTES COM A DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES

AMPLITUDE DE MOVIMENTO ARTICULAR DO QUADRIL EM PACIENTES COM A DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES AMPLITUDE DE MOVIMENTO ARTICULAR DO QUADRIL EM PACIENTES COM A DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES Evaluation of the hip range of motion in patients with the Legg-Calvé-Perthes disease Guilherme Carlos Brech

Leia mais

Artroplastia total em quadris displásicos luxados com reconstrução acetabular e encurtamento femoral

Artroplastia total em quadris displásicos luxados com reconstrução acetabular e encurtamento femoral rev bras ortop. 2014;49(1):69 73 www.rbo.org.br Nota Técnica Artroplastia total em quadris displásicos luxados com reconstrução acetabular e encurtamento femoral Paulo Silva a, Leandro Alves de Oliveira

Leia mais

Quadril. Quadril Cinesiologia. Renato Almeida

Quadril. Quadril Cinesiologia. Renato Almeida Quadril Questão de Concurso Treinando... (QUEIMADAS - PB) A capacidade do corpo de transformar movimentos angulares estereotipados das articulações em movimentos curvilineares mais eficientes das partes

Leia mais

AVALIAÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA DO FÊMUR DE UM CÃO COM NECROSE ASSÉPTICA DA CABEÇA DO FÊMUR

AVALIAÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA DO FÊMUR DE UM CÃO COM NECROSE ASSÉPTICA DA CABEÇA DO FÊMUR AVALIAÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA DO FÊMUR DE UM CÃO COM NECROSE ASSÉPTICA DA CABEÇA DO FÊMUR RAFAELA PRESTES 3, MAYARA NOBREGA GOMES DA SILVA¹, INGRID RIOS LIMA MACHADO², MARIA LIGIA DE ARRUDA MISTIERI², CAROLINE

Leia mais

Dr. Ricardo Anatomia dos membros inferiores junho site recomendado para estudar anatomia KENHUB

Dr. Ricardo Anatomia dos membros inferiores junho site recomendado para estudar anatomia KENHUB WWW.cedav.com.br Dr. Ricardo Anatomia dos membros inferiores junho 2017 site recomendado para estudar anatomia KENHUB Ossos da bacia Sacro Ilíacos Crista ilíaca Espinhas ilíacas anteriores Ísquios Espinhas

Leia mais

Impacto Femoro Acetabular (IFA)

Impacto Femoro Acetabular (IFA) Impacto Femoro Acetabular (IFA) O Impacto Femoro Acetabular ou conflito entre a cabeça do fêmur e a borda do acetábulo. Isso ocorre por uma alteração mecânica e anatômica ocasionando uma incongruência

Leia mais

Lesões do ligamento cruzado anterior (LCA)

Lesões do ligamento cruzado anterior (LCA) Lesões do ligamento cruzado anterior (LCA) A lesão do ligamento cruzado anterior é uma das lesões mais comuns no joelho. Atletas que praticam esportes de alta demanda, amadores ou recreacionais, como o

Leia mais

FRATURAS TROCANTÉRICAS ESTADO DA ARTE

FRATURAS TROCANTÉRICAS ESTADO DA ARTE FRATURAS TROCANTÉRICAS ESTADO DA ARTE Alfredo Figueiredo, António Mendonça, Luís Corte-Real, Rui Cabral, Fernando Fonseca Reunião do Serviço - 26 de Março de 2014 Serviço de Ortopedia Diretor: Prof. Doutor

Leia mais

Luxação em Prótese Total do Quadril

Luxação em Prótese Total do Quadril Luxação em Prótese Total do Quadril Fatores de Risco e Estratégias de Manejo Hospital de Clinicas de Porto Alegre Cirurgia do Quadril do Adulto Dr Carlos Alberto Macedo Dr Carlos Roberto Galia Luxação

Leia mais

RIOT 2019/20. Presidente SBOT-CE: Dr. Atualpa Junior Vice-presidente SBOT-CE: Dr. Leonardo Drumond

RIOT 2019/20. Presidente SBOT-CE: Dr. Atualpa Junior Vice-presidente SBOT-CE: Dr. Leonardo Drumond Coordenador RIOT 2019: Dr. Jonatas Brito CRONOGRAMA RESPONSÁVEL Março Ciência básica Abril 28/mar 19:00-19:30 INTRODUÇÃO RIOT 2017 Dr. Jonatas 19:30-20:30 Biologia óssea e dos tecidos moles 20:45-21:30

Leia mais

LESÕES TRAUMÁTICAS DA COLUNA

LESÕES TRAUMÁTICAS DA COLUNA LESÕES TRAUMÁTICAS DA COLUNA As fraturas vertebrais são fraturas potencialmente graves em virtude do risco de lesão medular, este risco se torna ainda maior quando as estruturas ligamentares são, também,

Leia mais

Níveis de Amputação APOSTILA 14

Níveis de Amputação APOSTILA 14 Níveis de Amputação APOSTILA 14 Introdução Membro residual: COTO. Coto controle da prótese durante ortostatismo e deambulação. COTO Características ideais do coto: Quanto mais longo melhor; Estabilidade

Leia mais

CO-10. haste femoral modular não cimentada - titânio liga. Técnica Cirúrgica

CO-10. haste femoral modular não cimentada - titânio liga. Técnica Cirúrgica CO-10 haste femoral modular não cimentada - titânio liga CO-10 Haste Femoral Modular não Cimentada - Titânio Liga Material A Haste Femoral Modular Não Cimentada Titânio Liga CO-10 Primária e Revisão Haste

Leia mais

FRATURAS-LUXAÇÕES DO TORNOZELO

FRATURAS-LUXAÇÕES DO TORNOZELO FRATURAS-LUXAÇÕES DO TORNOZELO DIOMEDE BELLIBONI * FRANCISCO GALLUCCI ** ANATOMIA A articulação tibiotársica é uma das articulações fundamentais do membro inferior, pois desempenha funções importantes

Leia mais

Lesões Traumáticas da Cintura Escapular. Prof. Reinaldo Hashimoto

Lesões Traumáticas da Cintura Escapular. Prof. Reinaldo Hashimoto Lesões Traumáticas da Cintura Escapular Prof. Reinaldo Hashimoto Anatomia Articulações Óssea Nervos Vasos Articulação Esterno-clavicular Acrômio-clavicular Gleno-umeral Escapulo-dorsal Óssea Clavícula

Leia mais

Reunião de casos. LUCAS MERTEN Residente de RDI da DIGIMAX (R1)

Reunião de casos.  LUCAS MERTEN Residente de RDI da DIGIMAX (R1) Reunião de casos www.digimaxdiagnostico.com.br/ LUCAS MERTEN Residente de RDI da DIGIMAX (R1) CASO 1 Identificação: M. D. A.; masculino; 13 anos Queixa principal: Dor no quadril esquerdo há 3 meses, com

Leia mais

NEOPRENE ORTOPEDIA PIERQUIM * QUALIDADE CONFORTO SEGURAÇA* ORTOPEDIA PIERQUIM

NEOPRENE ORTOPEDIA PIERQUIM * QUALIDADE CONFORTO SEGURAÇA* ORTOPEDIA PIERQUIM NEOPRENE ÓRTESE SUROPODÁLICAS (AFO) GOTEIRA: utilizada para imobilização do tornozelo e pé. Confeccionada após molde gessado, permite bom posicionamento articular. O modelo suropodálico pode substituir

Leia mais

Traumatologia. Lesões Fundamentais do Trauma:

Traumatologia. Lesões Fundamentais do Trauma: Lesões Fundamentais do Trauma: Contusão Entorse Luxação Fratura Todo o Trauma, não importando sua Magnitude, sempre resultará em umas dessas Lesões. Contusão: Lesão Superficial de Partes Moles sem qualquer

Leia mais

Técnica de redução aberta minimamente invasiva e fixação da fratura transtrocantérica

Técnica de redução aberta minimamente invasiva e fixação da fratura transtrocantérica 18 Técnica de redução aberta minimamente invasiva e fixação da fratura transtrocantérica Roberto Dantas Queiroz¹, Rubens Salem Franco², Marcelo Itiro Takano², Rodrigo Morette Arantes², Richard Armelin

Leia mais