3º Seminário de Relações Internacionais 29 e 30 de setembro de 2016, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "3º Seminário de Relações Internacionais 29 e 30 de setembro de 2016, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)"

Transcrição

1 3º Seminário de Relações Internacionais 29 e 30 de setembro de 2016, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Proposta de Painel Completo: A ABACC: 25 anos construindo a paz. A ABACC e o Regime de Não-Proliferação Nuclear: Consolidando Opções Pacíficas Michelly Sandy Geraldo Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

2 RESUMO O presente trabalho objetiva demonstrar o papel da Agência Brasil-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC) dentro do Regime de Não-Proliferação Nuclear (RNPN). O RNPN tem como intuito barrar a proliferação nuclear e, como objetivo futuro, o desarmamento, sendo composto por vários mecanismos de controle, em conjunto com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e suas salvaguardas. Assim, a ABACC vem a corroborar os esforços nesse sentido, em âmbito regional. Levando em consideração que neste ano se completam 25 anos da sua criação, a ABACC foi um passo importante na consolidação das relações entre Brasil e Argentina, do mesmo modo que serviu de demonstração internacional de que o programa nuclear brasileiro era, e é, de fato, pacífico. Assim, o artigo será dividido em duas seções principais. A primeira parte se ocupará do RNPN, com um arcabouço teórico referente aos regimes, bem como um breve contexto histórico a respeito do regime objeto de estudo e suas nuances. Em um segundo momento, será analisado o papel da ABACC dentro do regime, partindo de uma estruturação histórica das relações regionais, em especial entre Brasil e Argentina, chegando aos dias atuais, ponderando as principais iniciativas e feitos da ABACC. PALAVRAS-CHAVE: ABACC; Proliferação Nuclear; Relação Brasil-Argentina.

3 1 INTRODUÇÃO Desde o início da Era Nuclear com as explosões atômicas de 1945, a questão nuclear foi continuamente um enigma que causou sucessivas indagações acerca de seu verdadeiro poder, tanto por parte de governos de Estados, quanto por acadêmicos. Ao descobrir-se efetivamente sua capacidade seja como gerador de energia, seja como um artefato bélico de destruição e, consequentemente, um forte elemento de dissuasão, é que a busca pela sua obtenção se tornou cada vez mais substancial nas políticas e estratégias nacionais de diversos Estados. Concomitantemente, a busca pelo controle de tal tecnologia tornou-se um aspecto de profunda importância na política internacional. O receio da proliferação e da própria difusão da tecnologia nuclear, pautou, em grande medida, o contexto da Guerra Fria. Mecanismos e arranjos internacionais foram criados no intuito de minimizar o alcance dessa tecnologia, bem como da corrida armamentista. A América do Sul não ficou imune aos eventos decorrentes do período. Tendo em vista a rivalidade histórica entre Brasil e Argentina, que pautaram grande parte de suas políticas externas, a questão nuclear foi mais uma nuance do equilíbrio de poder na região. Diante do exposto, o objetivo do trabalho demonstrar o papel da Agência Brasil-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC) dentro do Regime de Não-Proliferação Nuclear (RNPN). Assim, será dividido em duas seções principais, para além da introdução e considerações finais. A primeira parte se ocupará do Regime de Não-Proliferação Nuclear, com um arcabouço teórico referente aos regimes, bem como um breve contexto histórico a respeito do regime objeto de estudo e suas nuances. Em um segundo momento, será analisado o papel da ABACC dentro do regime, partindo de uma estruturação histórica das relações regionais, em especial entre Brasil e Argentina, chegando aos dias atuais, ponderando as principais iniciativas e feitos da ABACC. Para tanto, a abordagem do trabalho será de cunho descritivo-analítico, com base, precipuamente, em fontes bibliográficas secundárias de artigos científicos e livros, impressos e digitais, pertinentes a temática. Do mesmo modo, fontes primárias provenientes de documentos oficiais, tratados e discursos 1. 1 Algumas partes deste trabalho foram retiradas da dissertação da autora.

4 2. REGIME DE NÃO-PROLIFERAÇÃO NUCLEAR Um regime tem como objetivo propor regras, normas, procedimentos e formas de condutas que os atores devem seguir. Há diversos modelos de regimes que variam conforme o objeto a que ele se destina, bem como a maneira como ele surge e sua aceitação internacional, determinando muitas vezes a efetividade ou não desse regime. O regime de não-proliferação nuclear visa acabar, como o próprio nome faz alusão, com a proliferação. Essa, por sua vez, pode ser entendida como a tomada de decisão por um Estado ou uma parcela dentro dele em favor da obtenção de armas de destruição em massa (ADM) (HAK NETO, 2011). A proliferação começa, na realidade, antes da própria obtenção das ADM, ela já inicia através das pesquisas, desenvolvimento, importação, venda e compra de artefatos prontos. A proliferação pode ser de dois níveis: proliferação horizontal, para designar a disseminação das armas nucleares entre os Estados que não as possuíam e a proliferação vertical que é utilizada no sentido de indicar o aumento dos arsenais nucleares entre os Estados que já as possuem (CTBTO, 2012). Nesse sentido, esta seção do trabalho se ocupará com um breve arcabouço teórico referente aos regimes internacionais e posteriormente elucidará a gênese e objetivos do Regime de Não-Proliferação Nuclear. 2.1 Regimes internacionais Partindo de uma visão clássica, para Krasner (1982, p. 01), os regimes internacionais são definidos como princípios, normas, regras e procedimentos de tomada de decisões de determinada área das relações internacionais em torno dos quais convergem as expectativas dos atores. A formação de regimes está atrelada, desse modo, a construção de padrões de comportamento capazes de dotar as relações internacionais de normas. Sendo assim, teoricamente, essas normativas deveriam conduzir os Estados em ações convergentes. De acordo com Keohane (1993, p. 272), muito do debate contemporâneo está centrado na validade dos regimes internacionais e sua importância na política mundial. O neoliberalismo é uma corrente teórica que enfatiza bastante esta questão. Sua proposta é a de que os regimes são variáveis capazes de explicar porque atores com preferências diferentes resolvem seus conflitos por meio de arranjos institucionais, podendo até modificar essas preferências. Sendo assim, as

5 instituições internacionais 2 seriam uma alternativa para diminuir os efeitos negativos da disputa por poder - derivados do próprio caráter anárquico do sistema internacional induzindo a padrões menos conflitivos e conduzindo a comportamentos mais cooperativos. Nesse sentido, para Keohane e Nye (2001, p. 17) os regimes são um conjunto de acordos de governos que influem nas relações de interdependência entre os atores. Os regimes internacionais seriam, então, espaços nos quais os Estados não centrais poderiam influenciar nas tomadas de decisões internacionais, mitigando os efeitos da anarquia (KEOHANE; NYE, 2001, p. 17). Sustenta-se assim, que a participação dos Estados em instituições internacionais altera e modifica o comportamento das grandes potências, bem como seus interesses. Essa afirmação pode ser refutada pelo exemplo do próprio regime de não-proliferação nuclear, uma vez que as principais decisões são tomadas no âmbito dos cinco legítimos, que são os cinco permanentes do CSNU. Porém, não se deve negligenciar que, embora timidamente, o regime não deixa de ser um espaço de discussão em que outros países que não os centrais participam, exemplo das Conferências de Revisão do TNP. O tamanho desse espaço e consequentemente a efetividade dessa participação é que deve ser questionada para validar o regime. Ainda segundo Keohane (1993, p. 182), a necessidade de regimes deriva da constatação de que, em algumas situações, decisões negociadas e tomadas de forma coletiva seriam mais eficientes do que quando tomadas de forma unilateral e individual, explicando assim, a demanda por regimes internacionais por parte dos Estados. Para Sondenaa (2008, p. 26) os regimes internacionais são desenvolvidos em parte porque os atores na política mundial acreditam que com tais arranjos eles serão capazes de angariar benefícios mútuos. Regimes surgem porque os atores abrem mão de tomar decisões independentes para negociar problemas coletivos (SONDENAA, 2008, p. 26, tradução própria). Ademais, os neoliberais enfatizam que o papel das instituições como difusoras de padrões duráveis e de expectativas compartilhadas recebe certo grau de aceitação por acreditar que mudanças nas preferências sobre estratégias, geralmente são suficientes para produzir benefício mútuo (JERVIS, 1999, p. 51, tradução própria). No entanto, eles próprios reconhecem a dificuldade em se impor normas e difundir o papel dos regimes no cenário internacional: 2 Keohane e Nye (1989, p.08) conceituam regimes como instituições da ordem internacional que afetam as interrelações dos atores. Portanto, nesse trabalho o termo instituição será utilizado como sinônimo de regimes internacionais.

6 Mesmo quando a Assembleia Geral da ONU aprova resoluções, há uma grande ambiguidade sobre o que elas significam. Elas não são uma legislação obrigatória. A única área na Carta na qual um Estado deve aceitar legalmente uma decisão encontra-se no capítulo VII, que trata das ameaças à paz, violações da paz e atos de agressão (...) A legislação internacional reflete a natureza fragmentada da política internacional (...) significa que os Estados soberanos se encontram no âmbito da autoajuda e da força da sobrevivência. E quando as questões de sobrevivência se impõem, a legislação normalmente ocupa o segundo lugar (NYE, 2009, p. 211). Seguindo a mesma linha, Keohane e Martin (1995) reconhecem que apenas os regimes sozinhos não têm capacidade de prevenir guerras e levar a uma cooperação genuína. Porém, diferentemente da visão realista em que as desconfianças inerentes ao meio seriam um empecilho para promover a cooperação por meio de regimes internacionais, eles afirmam que é justamente visando mitigar esses efeitos que os regimes se fazem importantes, pois podem fornecer informações, reduzir os custos de transação, assumir compromissos mais credíveis estabelecer pontos focais para a coordenação e, em geral, facilitar a operação de reciprocidade (KEOHANE; MARTIN, 1995, p. 52, tradução própria). Os institucionalistas enfatizam que os regimes não são elementos subestatais, mas sim fenômenos que se desenvolvem na esfera internacional. Por esta razão, Keohane (1993, p. 112) os define como modelos regularizados de comportamento cooperativo na política mundial. 2.1 O Regime de Não-Proliferação Nuclear O período que se seguiu após os episódios de Hiroshima e Nagasaki, deu início a um momento emblemático da história e que transformou muitas das relações interestatais no sistema internacional, sendo concebido como um momento decisivo para as interações de poder. Nesse sentido, os Estados Unidos reconheceram desde cedo a importância em manter em segredo o domínio da tecnologia nuclear e o monopólio da bomba atômica. O primeiro passo dado nesse sentido foi a convocação de uma reunião, por parte do governo estadunidense, entre os EUA, Reino Unido 3 e URSS para discutir o futuro da tecnologia nuclear. Como resultado desse encontro, estruturou-se a United Nations Atomic Commission (UNAEC), criada no âmbito do Conselho de Segurança da ONU, em janeiro de 1946, para lidar com os problemas surgidos por meio da descoberta da energia atômica 4. Apresenta-se como primeiro acerto rumo ao regime 3 O Reino Unido já entra nas discussões relativas a tecnologia nuclear, pois estava bem avançado quanto as suas pesquisas na área, sendo o terceiro país a desenvolver armamento nuclear em Organização das Nações Unidas. Resolutions adopted on the reports of the first committee. Disponível em: < Acesso em: jul 2016.

7 internacional de não-proliferação. Todavia, o objetivo da UNAEC era manter o controle sobre a tecnologia nuclear sob auspícios dos EUA. A URSS certamente não foi favorável sob a alegação que ele levaria a uma interferência nos assuntos internos do Estado e se constituiria como uma violação da soberania nacional (LIMA, 1986, p. 97, tradução própria). Como a proposta não foi aceita, a própria UNAEC foi suspensa em 1949, por tempo indeterminado e durante este período, a URSS avança em seu projeto nuclear, culminando com a explosão de seu primeiro artefato em 1949, a Joe n.1 era muito mais eficaz e seis vezes mais potente que a bomba lançada em Hiroshima (GUILHERME, 1959, p. 51). Diante dessa conjuntura, o projeto de não proliferação liderado pelas duas potências no final da década de 1960 foi a idealização da manutenção do aparente equilíbrio de poder já existente e anteparar possíveis desequilíbrios, ou seja, a entrada de mais membros para o Clube Atômico. Hak Neto (2011, p. 65) argumenta que as negociações do tratado ocorreram em dois níveis: um multilateral e outro bilateral, entre EUA e URSS, competindo entre visões de um lado, de um mundo de Estados iguais, no longo prazo, no que infere à posse de armamentos nucleares e expectativa de maior cooperação internacional para o uso pacifico da energia nuclear e, por outro lado, a preocupação das potências em manter seu oligopólio nuclear e seu diferencial de poder. Assim, o texto do Tratado foi concluído em 1968, ano em que foi aberto para assinaturas, entrando em vigor em O Tratado foi concebido com o propósito de cessar a proliferação das armas nucleares, no ponto em que ela se encontrava até o momento, dividindo os Estados signatários em duas categorias: Estados Nuclearmente Armados (ENA) e Estados Não Nuclearmente Armados (ENNA). O TNP torna-se o marco da não proliferação mundial. Apesar do caráter intrinsecamente discriminatório, o TNP mostrou-se atrativo para muitos dos ENNA em função dessa troca, ou barganha. De fato, nela reside tanto o componente de desarmamento quanto o de controle de armas, pois em troca do compromisso dos ENNA abdicarem do desenvolvimento e aquisição das armas nucleares, os ENA se comprometem a facilitar a disseminação da tecnologia nuclear para fins pacíficos, bem como engajar em negociações de desarmamento visando a completa eliminação de seus arsenais nucleares. 5 Porém, a desigualdade do Tratado fica em evidência quando países como Estados Unidos e França promoviam testes nucleares, enquanto os não-nucleares 5 Compilação dos artigos II, IV, VI do TNP. Disponível em: <

8 deveriam abdicar de suas pretensões e sujeitar os seus programas nucleares pacíficos às salvaguardas da AIEA (NASCIMENTO, 2006, p.44). No que tange ao desarmamento, proliferação e manutenção do próprio TNP, a Agência Internacional de Energia Atômica possui, principalmente no pós-guerra Fria, um papel bastante relevante. Criada antes mesmo do TNP, em 1957, a proposta para sua criação é datada de 1953, quando o residente dos EUA, Eisenhower apresentou seu projeto Átomos para a paz 6. De acordo com FISHER (1997, p. 09), os EUA procuravam mais que a mera redução ou eliminação de materiais nucleares para fins militares pois, "não era suficiente retirar essa arma das mãos dos soldados. Ela deve ser colocada nas mãos daqueles que sabem [...] como adapta-la ás artes de paz". A agência proposta seria então, responsável pela captação, armazenamento e proteção de materiais físseis. Seria necessário desenvolver métodos que garantissem que os materiais nucleares "seriam utilizados para servir a fins pacíficos da humanidade (FISCHER, 1997, p.09). A ideia de Eisenhower foi bastante aceita, do mesmo modo que obteve muitas críticas devido ao caráter centralizador que os EUA estavam dando ao projeto. Anos mais tarde a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) foi fundada. Contudo, o elemento central do plano de Eisenhower, segundo o qual a AIEA serviria como um banco de materiais nucleares dos EUA e da União Soviética, não obteve êxito (FONSECA, 2012, p. 70). Consoante FISHER (1997), a AIEA teve um papel pouco relevante no controle da corrida nuclear nos anos da Guerra Fria. Contudo, o fim da Guerra Fria reviveu a ideia de colocar em prática operações envolvendo o domínio dos artefatos nucleares, incluindo o desmantelamento das armas atômicas, sob vigilância da AIEA, criando assim a confiança de que este material não seria utilizado para fins militares. (FISCHER, 1997, p.10) Como argumenta Mohamed ElBaradei, diretor geral da AIEA, o sistema de salvaguardas da organização é reconhecido por ter meios credíveis no qual a comunidade internacional pode estar assegurada que o material nuclear e as facilidades estão sendo usadas para fins exclusivamente pacíficos (ELBARADEI, 2005, p 05, tradução nossa). Ainda de acordo com ElBaradei, aderir ao sistema de 6 Eisenhower, proferiu o famoso discurso Átomos para a Paz na Assembléia Geral da ONU, em 8 de dezembro de Em seu pronunciamento ambicioso, mas mais realista que os planos elaborados anteriormente referents ao controle de materiais nucleares, apresentava a proposta de que os países membros da ONU contribuiriam para um fundo conjunto de materiais físseis, a ser gerido por um organismo internacional, visando a utilização pacífica da energia nuclear. Assim, o programa Átomos para a Paz tinha como proposta não o controle supranacional sobre os estoques de material físsil, mas sim um mecanismo de contribuição de material à futura organização, em pequenas quantidades, para ser usado nos programas de cooperação internacional, incluindo transferência de tecnologia (HAK NETO, 2011, p.60).

9 salvaguardas da Agência é uma responsabilidade a ser assumida por todos os Estados que desejam benefícios em técnicas nucleares e tecnologia para diversos propósitos. Em reconhecimento desse sistema, o TNP em seu Artigo III 7 expressa claramente que os Estados devem aceitar as salvaguardas para o propósito exclusivo de verificação do cumprimento das obrigações estabelecidas no mesmo. Esses sistemas foram considerados por muitos Estados como intrusivos e por vezes, minimizando as chances de desenvolvimento de tecnologias nacionais próprias. Era nítido que os detentores de conhecimentos tecnológicos possuíam vantagens de poder e portanto, tentaram protegê-los, de modo a evitar que opositores se apossassem e produzissem produtos inovadores de emprego bélico. Desse modo, desde o final da Segunda Guerra Mundial, os países líderes no desenvolvimento científico e tecnológico procuraram cercear o acesso de terceiros às tecnologias e produtos que consideram sensíveis 8 e o TNP, em conjunto com as salvaguardas da AIEA, tinham o intuito de cumprir esse papel fiscalizador. 3 A ABACC E O REGIME A área da Bacia Platina foi foco de tensão durante muito tempo. Na época colonial, ela foi palco dos interesses geopolíticos adversos entre portugueses e espanhóis. A questão mal resolvida da divisão das bacias hidrográficas entre Portugal e Espanha, mesmo com o estabelecimento dos Tratados de Madri 9 (1750) e Idelfonso 10 (1777), levaram Brasil e Argentina a herdar essa disputa. Essas 7 Artigo III 1. Cada Estado não-nuclearmente armado, Parte deste Tratado, compromete-se a aceitar salvaguardas- conforme estabelecidas em um acordo a ser negociado e celebrado com a Agência Internacional de Energia Atômica, de acordo com o Estatuto da Agência Internacional de Energia Atômica e com o sistema de salvaguardas da Agência - com a finalidade exclusiva de verificação do cumprimento das obrigações assumidas sob o presente Tratado, e com vistas a impedir que a energia nuclear destinada a fins pacíficos venha a ser desviada para armas nucleares ou outros artefatos explosivos nucleares. Os métodos de salvaguardas previstos neste Artigo serão aplicados em relação aos materiais fonte ou físseis especiais, tanto na fase de sua produção, quanto nas de processamento ou utilização, em qualquer instalação nuclear principal ou for a de tais instalações. As salvaguardas previstas neste Artigo serão aplicadas a todos os materiais fonte ou físseis especiais usados em todas as atividades nucleares pacíficas que tenham lugar no território de tal Estado, sob sua jurisdição, ou aquelas levadas a efeito sob seu controle, em qualquer outro local. Disponível em: < 8 Durante a Guerra Fria, o objetivo do cerceamento era negar conhecimento ao bloco oponente e manter supremacia tecnológica em áreas estratégicas. No pós conflito bipolar, com a ascensão de atores não estatais e das chamadas novas ameaças, especialmente o terrorismo e o crime organizado transnacional, grande parte das preocupações foi redirecionada para a possibilidade de que armas de destruição em massa pudessem ser utilizadas. 9 Esse acordo entre Portugal e a Espanha, conduziu à alteração de linha meridiana definida no Tratado de Tordesilhas. Seus objetivos principais eram o de eliminar as discórdias acerca das possessões de cada reino na América Meridional, além de resolver as desavenças entre as partes.(laurenzano, 2008, p.25) 10 A partir desse, modificava-se a linha de limites estabelecida pelo tratado de 1750: a Espanha devolve a Ilha de Santa Catarina e Portugal cede a Colônia do Sacramento a as Missões à Espanha, e um ponto crucial, a navegação do Prata ficava exclusiva à Espanha. (LAURENZANO, 2008, p.30)

10 querelas se acirraram com as respectivas independências e com o antagonismo entre o Império Brasileiro e a Confederação Argentina, núcleo dos conflitos platinos do século XIX. Essa tradição conflituosa se prolongou para além do século XIX. No século XX, verificam-se alguns fatores e acontecimentos históricos, que corroboraram tanto para a manutenção das tensões, como para a mudança do caráter do relacionamento entre os países. Com o aumento das fontes de informações e do progresso da tecnologia nuclear, muitos países dedicaram-se ao desenvolvimento de suas próprias tecnologias desencadeando um cenário de corrida armamentista, que não se restringiu ao plano Leste-Oeste. Na América Latina, Brasil e Argentina encabeçaram estudos nesta área. Tanto o Brasil quanto Argentina possuíam um programa nuclear estruturado, que embora com suas falhas, produziu alguns resultados satisfatórios. Ambos eram os que detinham maior tecnologia na área nuclear, na América do Sul. Fizeram parte da instauração do Tratado de Tlatelolco em 1967, o assinaram, porém, não o ratificaram. O mesmo ocorreu com o principal tratado no que tange a temática nuclear, o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP): ambos recusaram-se a assiná-lo, pois acreditavam que tal tratado limitava seu desenvolvimento no campo nuclear, mesmo que, alegadamente para fins pacíficos. A aproximação brasileiro-argentina coincidiu com o relaxamento das tensões entre as superpotências que levou ao fim da Guerra Fria. Surgiam assim, segundo Vargas (1997, p.41), duas tendências importantes no cenário internacional: o aumento da globalização da economia, fundada na utilização intensiva de tecnologias avançadas e a consolidação de uma nova agenda internacional, guiada pelos países industrializados. Nessa nova agenda, ressaltam-se as medidas para coibir o desenvolvimento, a produção e o armazenamento de armas de destruição em massa, bem como a proliferação nuclear. Para o Brasil e a Argentina essa quadra histórica foi marcada pela restauração da democracia e por esforços para retomar o crescimento econômico, seriamente comprometido pela crise da dívida externa e pela instabilidade econômica associada com altas taxas de inflação. Assim, em 1979, as relações regionais, em especial entre Brasil-Argentina dão um salto qualitativo importante, elevando o patamar dos laços bilaterais. Ainda durante os regimes militares nos dois países, os entendimentos foram alicerçados em torno dos pontos de maior confrontação, ou seja, Itaipu e programas nucleares. Ampliou-se a percepção de confiança tornando obsoleta a hipótese de conflito e se

11 inaugura a fase de construção da estabilidade estrutural no relacionamento entre os dois países pela via da cooperação (CANDEAS, 2005). Assim, é assinado o primeiro acordo na área, o Acordo de Cooperação para o Desenvolvimento e Aplicação dos Usos Pacíficos da Energia Nuclear, quando da visita do presidente Figueiredo a Buenos Aires, em Nos termos do acordo ficava estabelecida a cooperação entre ambos em vários aspectos tecnológicos, tanto de formação de recursos humanos quanto de formação técnica. Dando continuidade ao acordo de cooperação, é assinada em 1985, pelo presidente José Sarney e Raúl Alfonsín, a Declaração Conjunta sobre Política Nuclear Os dois primeiros foram a Declaração do Iguaçu e a Declaração Conjunta Sobre Política Nuclear. Assinada respectivamente junto à Declaração do Iguaçu, em que os presidentes José Sarney e Raúl Alfonsín expressaram sua convicção de que a ciência e a tecnologia nucleares desempenhavam um papel de fundamental importância no desenvolvimento econômico e social 11. Assim, os presidentes decidiram criar um grupo de trabalho conjunto para a promoção do desenvolvimento tecnológico-nuclear para fins exclusivamente pacíficos. A partir de então o processo de colaboração, não apenas em matéria nuclear, se intensificou e outras Declarações foram assinadas 12. Seguindo essa conjuntura favorável, foi formalizado em 1991 o Acordo para Uso Exclusivamente Pacífico da Energia Nuclear, com duração de tempo indeterminado, estabelecendo o uso pacífico do material e instalações nucleares nas jurisdições de ambos os países. Tal acordo serviu de base para fomentar a criação da Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle (ABACC), nesse mesmo ano. Através dessa agência a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) iria inspecionar as instalações e tecnologias argentinas, do mesmo modo que a Comissão Nacional de Energia Atômica (CNEA) da Argentina iria proceder para com o Brasil. Um sistema de vizinho olhando vizinho (KUTCHESFAHANI, 2010, p.128) De acordo com o Prof. Odilon Marcuzzo do Canto (2013) a criação do Sistema Comum de Contabilidade e Controle de materiais nucleares (SCCC) e uma agência, a ABACC, foi consequência do amadurecimento do relacionamento brasileiro-argentino na área nuclear. Pois, houve um processo de aproximação e de construção de confiança mútua, não somente entre níveis de governo, mas também entre a própria comunidade técnico-científica do setor nuclear dos dois países que 11 ABACC. Criação da ABACC. Disponível em: < 12 Declaração de Brasília em 1986, Declaração de Viedma em 1986, Declaração de Iperó em 1988, Declaração de Ezeiza em 1988, Declaração de fiscalização Mútua em 1990.

12 datava desde o final dos anos 1970 e enfatizado na década de Ainda consoante a ele Este fato sinaliza à comunidade internacional de forma positiva. Na medida em que a ABACC se fortalece e passa a ser reconhecido internacionalmente como um sistema robusto e confiável, ele passa a ser um avalista das finalidades pacíficas das atividades nucleares dos dois países, frente à comunidade internacional 13. A criação da ABACC - com personalidade jurídica própria, para administrar e aplicar o SCCC - através do Acordo de Guadalajara, apresentou-se como um modelo inovador para aplicar salvaguardas, bem como para estabelecer um vínculo com o regime internacional de não-proliferação nuclear. No que concerne ao acordo de salvaguardas, foi firmado em e dezembro de 1991, em Viena, um acordo entre a República Federativa do Brasil, a República Argentina, a ABACC e a AIEA, para a Aplicação de Salvaguardas, reconhecidamente denominado como Acordo Quadripartite. Esse Acordo entrou em vigor em março de 1994, sendo o instrumento legal que regula o relacionamento entre a ABACC e a AIEA e define as atividades de cooperação em salvaguardas nucleares que devem ser feitas, tendo como fundamento básico o SCCC (SILVA, 2010b, p. 131). Assim, a ABACC passou a trabalhar em cooperação com a AIEA para estabelecer um sistema de salvaguardas nucleares próprios, estabelendo um vínculo direto com o RNPN, pois as salvaguardas entre Brasil e Argentina tem a finalidade de averiguar o desenvolvendo em âmbito nuclear. Em termos globais, implantou-se um sistema único e inédito de salvaguardas, sem precedentes entre outros países do mundo, revertendo um cenário de políticas nucleares que colocavam os dois países como aspirantes a potências atômicas regionais. Desse modo, do ponto de vista histórico, a cooperação entre Brasil e Argentina na área nuclear foi extremamente relevante para a diplomacia brasileira, por representar a aproximação com um de seus mais influentes e desenvolvidos vizinhos neste setor (CASTRO, 2006, p. 106). Ademais, serviu como base para estabilidade e fortalecimento da região, bem como, exemplo internacional de cooperação em matérias sensíveis. 13 Entrevista concedida à autora em janeiro de 2013.

13 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os regimes internacionais constituem-se como uma das faces da política internacional e que ganha notoriedade e maior disseminação a partir do final da década de O intuito dos regimes é justamente ordenar e regular as interações estatais em diferentes âmbitos em meio a natureza anárquica do Sistema Internacional. Para os neoliberais, então, a existência desses arranjos é fundamental para que a cooperação em diferentes temas, em especial em áreas mais sensíveis, ocorra. Eles partem do pressuposto que os regimes são capazes de influenciar e, portanto, alterar as preferencias dos Estados. Nesse sentido, o Regime de Não-Proliferação Nuclear (RNPN) surge com o objetivo de regular as relações nucleares internacionais visando a não disseminação da tecnologia nuclear para fins que não sejam primordialmente pacíficos. Bastante controverso, o RNPN, tem suas falhas e rende ceticismo por parte de muitos Estados. Este ponto pode ser corroborado pelo fato que mesmo após sua instituição, os Estados detentores da prerrogativa de possuir armas nucleares continuaram a testa-las e o chamado Clube Nuclear se ampliou. Do mesmo modo, países como Brasil e Argentina, por exemplo, se negaram por muitos anos a assinar o Tratado de Proliferação Nuclear, que é a espinha dorsal do regime, justamente por considera-lo arbitrário e desigual. No que tange Brasil e Argentina, diversos fatores intervêm nessa relação, nenhum dos quais sendo determinante de forma isolada: a rivalidade estratégica, a geografia, a economia, as burocracias de Estado, a política interna, disputa entre modelos de desenvolvimento e tecnologias. E, portanto, o impacto desses fatores em distintos momentos da história, que se deu de maneira distinta em cada um países, explica a incongruência bilateral sentida por ambos. Ao superar as diferenças relativas à antiga rivalidade, os passos para a reaproximação e cooperação se deram de forma mais eficaz e concreta. Importante notar que a aproximação desses países se deu primeiramente em áreas estratégicas, como as contendas envolvendo Itaipu e na desconfiança da área nuclear. Nessa conjuntura, se instaura a Agência Brasileiro-Argentina de Controle e Contabilidade de Materiais Nucleares (ABACC) através de um acordo quadripartite composto pelos dois países, a ABACC e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). A ABACC tem como objetivo garantir, à Argentina, ao Brasil e à comunidade internacional, que todos os materiais nucleares sejam utilizados com fins exclusivamente pacíficos. Ademais, busca cumprir a missão de aplicar salvaguardas

14 nas instalações nucleares e em todo material nuclear de ambos os países. Outrossim, a ABACC é a única organização binacional de salvaguardas nucleares existente no mundo, servindo como modelo para os demais países e conjunto de países. Nesse sentido, a Agência pode ser vista como um arranjo inédito no mundo e nas relações entre Brasil e Argentina. Portanto, seu papel vai além da criação de medidas de confianças entre os dois países e da demonstração à comunidade internacional as opções pacíficas escolhidas pelos mesmo. Está relacionado com o próprio fortalecimento do RNPN quanto instituição internacional, uma vez que cria vínculos com a AIEA e há a aplicação de salvaguardas.

15 5. REFERÊNCIAS ABACC. Criação da ABACC. Disponível em: < Acesso em: jun CANDEAS, Alessandro Warley. Relações Brasil-Argentina: uma análise dos avanços e recuos. Revista brasileira de política internacional. vol.48 no.1 Brasília Jan./June CASTRO, Ricardo Medeiros de. Reinterpretando a Cooperação Nuclear entre Brasil e Argentina: as diversas nuances e perspectivas deste relacionamento no contexto mundial. Pós-Graduação em Relações Internacionais Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, COMPREHENSIVE NUCLEAR-TEST-BAN TREATY ORGANIZATION (CTBTO). Glossary Disponível em < Acesso em: jun ELBARADEI, Mohamed. Non-Proliferation of Nuclear Weapons and Nuclear Security: IAEA Safeguards Agreements and Additional Protocol FISCHER, David. History of the International Atomic Energy Agency : the first forty years. Vienna: The Agency, FONSECA. Leandro Dalalibera. TNP e o Regime Internacional de Não-Proliferação: Desafios Contemporâneos. Conjuntura Global, Curitiba, Vol. 2, n.1, jan./mar., GUILHERME, Olympio. O Brasil e a Era Atômica. Rio de Janeiro: Editora Vitória, HAK NETO, Ibrahin Abdul. Armas de destruição em massa no século XXI: novas regras para um velho jogo- o Paradigma da Iniciativa de Segurança contra a Proliferação (PSI). Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, JERVIS, Robert. Realism, Neoliberalism, and Cooperation Understanding the Debate. International Security. Vol. 24, No. 1, KEOHANE, R. O. e MARTIN, Lisa. The Promise of Institutionalist Theory. International Security, vol. 20, no 1, pp KEOHANE, Robert e NYE, Joseph. Power and Interdependence (2ªed.). AddisonWesley Longman, Inc KEOHANE. Robert O. After Hegemony. Cooperation and Discord in the World Political Economy. Princeton University Press KRASNER, Stephen. Structural causas and regimes consequences: regimes as intervening variable. International Organizations. Vol.51 n.03, KUTCHESFAHANI, Sara Zahra. Politics & The Bomb: Exploring the Role of Epistemic Communities in Nuclear Non-Proliferation Outcomes. UCL, Department of Political Science

16 LAURENZANO, Mayra Cristina. Os Conflitos Platinos e a Formação do Estado Brasileiro ( ). Programa de Pós-Graduação em História Social. Londrina, Paraná, LIMA, M.R.S. The Political Economy of Brasilian Foreign Policy: nuclear energy, trand and Itaipu. Tese de doutorado. Vanderbuilt University NASCIMENTO, Mariana Oliveria do. A aplicação do artigo quarto do Tratado de Não-Proliferação Nuclear. Pós-Graduação em Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica do Rio. Rio de Janeiro, NYE, Joseph. Cooperação e Conflito nas Relações Internacionais. São Paulo: Editora Gente, ONU. Resolutions adopted on the reports of the first committee. Disponível em: < Acesso em: jul SONDENAA, Erik. The Nuclear Non-Proliferation Treaty And Regime Theories. Master s Thesis in Political Science Faculty of Social Science University of Tromsø. Autumn, VARGAS, Everton Vieira. Átomos na integração: a aproximação Brasil-Argentina no campo nuclear e a construção do MERCOSUL. Revista Brasileira de Política Internacional.1997

Nuclear: Orpet J. M. Peixoto mail: AGENCIA BRASILEIRO ARGENTINA DE CONTABILIDADE e CONTROLE DE MATERIAIS NUCLEARES ABACC

Nuclear: Orpet J. M. Peixoto mail: AGENCIA BRASILEIRO ARGENTINA DE CONTABILIDADE e CONTROLE DE MATERIAIS NUCLEARES ABACC Ciclo do Combustível Nuclear: Desenvolvimento e Proliferação Orpet J. M. Peixoto mail: orpet@abacc.org.br AGENCIA BRASILEIRO ARGENTINA DE CONTABILIDADE e CONTROLE DE MATERIAIS NUCLEARES ABACC 1 Introdução

Leia mais

VI Semana da Engenharia Nuclear - UFRJ

VI Semana da Engenharia Nuclear - UFRJ VI Semana da Engenharia Nuclear - UFRJ Painel 5: Salvaguardas e Não Proliferação Nuclear Orpet J. M. Peixoto mail: orpet@uol.com.br orpet.peixoto@afconsult.com Salvaguardas e não-proliferação VI Semana

Leia mais

OPANAL. Declaração dos Estados-Membros da Agência para a Proscrição das Armas Nucleares na América Latina e no Caribe OPANAL

OPANAL. Declaração dos Estados-Membros da Agência para a Proscrição das Armas Nucleares na América Latina e no Caribe OPANAL OPANAL Agência para a Proscrição das Armas Nucleares na América Latina e no Caribe Original: espanhol/ inglês/ português Declaração dos Estados-Membros da Agência para a Proscrição das Armas Nucleares

Leia mais

Módulo 6 Setor 171. Nova Ordem Mundial Prof. Lucas Guide 3º ano EM

Módulo 6 Setor 171. Nova Ordem Mundial Prof. Lucas Guide 3º ano EM Módulo 6 Setor 171 Nova Ordem Mundial Prof. Lucas Guide 3º ano EM O que é a Nova Ordem Mundial? A Nova Ordem Mundial ou Nova Ordem Geopolítica Mundial significa o plano geopolítico internacional das correlações

Leia mais

SALVAGUARDAS E NÃO PROLIFERAÇÃO

SALVAGUARDAS E NÃO PROLIFERAÇÃO Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controlede Materiais Nucleares Agencia Brasileño-Argentina de Contabilidad y Control de Materiales Nucleares SALVAGUARDAS E NÃO PROLIFERAÇÃO MARCO MARZO

Leia mais

Reflexões acerca da ONU e do CS-ONU. Entendimento do Sistema Internacional

Reflexões acerca da ONU e do CS-ONU. Entendimento do Sistema Internacional Reflexões acerca da ONU e do CS-ONU Entendimento do Sistema Internacional Abordagens Realismo ESTADO DE NATUREZA CONTRATO SOCIAL ESTADO POLÍTICO ASSIM: Homens: Iguais entre si Guerra de todos contra todos

Leia mais

1: Manutenção da Dissuasão Nuclear 2: Contexto Político 3: Deterioração nuclear no século 21 4: Garantindo eficácia na Dissuasão 5: Determinações,

1: Manutenção da Dissuasão Nuclear 2: Contexto Político 3: Deterioração nuclear no século 21 4: Garantindo eficácia na Dissuasão 5: Determinações, 1: Manutenção da Dissuasão Nuclear 2: Contexto Político 3: Deterioração nuclear no século 21 4: Garantindo eficácia na Dissuasão 5: Determinações, Soluções e Custos 6: Aspectos Industriais 7: Decisões

Leia mais

AGÊNCIA BRASILEIRO ARGENTINA DE CONTABILIDADE. Julho 2013 E CONTROLE DE MATERIAIS NUCLEARES

AGÊNCIA BRASILEIRO ARGENTINA DE CONTABILIDADE. Julho 2013 E CONTROLE DE MATERIAIS NUCLEARES AGÊNCIA BRASILEIRO ARGENTINA DE CONTABILIDADE DE ES Julho 2013 E CONTROLE DE MATERIAIS NUCLEARES UFRJ- AGOSTO, 2013 Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares - ABACC

Leia mais

AS TECNOLOGIAS E OS PROGRAMAS INTERNACIONAIS VISANDO À NÃO-PROLIFERAÇÃO DE ARMAS NUCLEARES RIO DE JANEIRO 17/06/08. Laercio Vinhas

AS TECNOLOGIAS E OS PROGRAMAS INTERNACIONAIS VISANDO À NÃO-PROLIFERAÇÃO DE ARMAS NUCLEARES RIO DE JANEIRO 17/06/08. Laercio Vinhas AS TECNOLOGIAS E OS PROGRAMAS INTERNACIONAIS VISANDO À NÃO-PROLIFERAÇÃO DE ARMAS NUCLEARES RIO DE JANEIRO 17/06/08 Laercio Vinhas PERSPECTIVA HISTÓRICA ANOS 40 EVENTOS TRANSFORMADORES - Fissão nuclear

Leia mais

6 Conclusão. 214 Walker, Wiliam. Nuclear Order and Disorder, International Affairs 76, 4, 2000, pág 703.

6 Conclusão. 214 Walker, Wiliam. Nuclear Order and Disorder, International Affairs 76, 4, 2000, pág 703. 6 Conclusão Regimes de segurança são criados quando os atores do sistema internacional desejam reduzir suas inseguranças, passando a cooperar em busca de um objetivo comum. A dificuldade de se alcançar

Leia mais

Ordem Internacional e a Escola Inglesa das RI

Ordem Internacional e a Escola Inglesa das RI BRI 009 Teorias Clássicas das RI Ordem Internacional e a Escola Inglesa das RI Janina Onuki IRI/USP janonuki@usp.br 23 e 24 de setembro de 2015 ESCOLA INGLESA Abordagem que busca se diferenciar do debate

Leia mais

BRI 010 Regimes e OIs

BRI 010 Regimes e OIs BRI 010 Regimes e OIs Regimes Internacionais e Segurança e a OTAN Janina Onuki IRI/USP janonuki@usp.br 9 de maio de 2014 Segurança Internacional Estudos na área de segurança: Segurança internacional Defesa

Leia mais

CONSELHO DE SEGURANÇA. Prof.Carlos Leopoldo

CONSELHO DE SEGURANÇA. Prof.Carlos Leopoldo CONSELHO DE SEGURANÇA Prof.Carlos Leopoldo ANTECEDENTES A EXPERIÊNCIA DA LIGA DAS NAÇÕES ONU COMO CENTRO DO MULTILATERALISMO POLÍTICO NO PÓS- GUERRA ESTRUTURA DE ÓRGÃOS DA ONU REFLETE AS VERTENTES IDEALISTA

Leia mais

02. ORDEM OU DESORDEM MUNDIAL?

02. ORDEM OU DESORDEM MUNDIAL? 02. ORDEM OU DESORDEM MUNDIAL? O que foi a Guerra Fria Disputa pelo poder em escala global Estados Unidos (capitalista) x União Soviética (socialista) Sem conflito armado direto guerra econômica, diplomática

Leia mais

OPANAL Agência para a Proscrição das Armas Nucleares na América Latina e no Caribe

OPANAL Agência para a Proscrição das Armas Nucleares na América Latina e no Caribe OPANAL Agência para a Proscrição das Armas Nucleares na América Latina e no Caribe Inf.18/2017Rev.5 Original: español/ inglés/ português DECLARAÇÃO DOS ESTADOS MEMBROS DA AGÊNCIA PARA A PROSCRIÇÃO DAS

Leia mais

MISSÕES DAS FORÇAS ARMADAS

MISSÕES DAS FORÇAS ARMADAS S. R. MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL CONSELHO DE CHEFES DE ESTADO-MAIOR MISSÕES DAS FORÇAS ARMADAS Aprovado em CSDN de 30 de julho de 2014. ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO 2. MISSÕES a. Segurança e defesa do território

Leia mais

Atividades de Recuperação Paralela de Geografia

Atividades de Recuperação Paralela de Geografia Atividades de Recuperação Paralela de Geografia 8º ano Ensino Fundamental II Leia as orientações de estudos antes de responder as questões Comece revisando a aula através dos apontamentos relembrando,

Leia mais

GUERRA FRIA. Professor Daniel Fonseca

GUERRA FRIA. Professor Daniel Fonseca GUERRA FRIA Professor Daniel Fonseca O que é, afinal, a Guerra Fria O conceito de Guerra Fria vem de algo sem conflito direto, o que seria uma guerra quente como foi a II Guerra. Sendo assim, a Guerra

Leia mais

Desarmamento e Não- Proliferação

Desarmamento e Não- Proliferação Desarmamento e Não- Proliferação Profº Marcelo Câmara Prof. Marcelo Câmara Introdução Jus in bello ( direito na guerra /direito internacional humanitário) e jus ad bellum (direito à guerra, regulação do

Leia mais

A ORDEM GEOPOLÍTICA BIPOLAR

A ORDEM GEOPOLÍTICA BIPOLAR A ORDEM GEOPOLÍTICA BIPOLAR CAPITALISMO X SOCIALISMO Economia de mercado lei da oferta e procura; Propriedade privada dos meios de produção; Obtenção de lucro; Sociedade dividida em classes sociais; Trabalho

Leia mais

Sistema estatal - sistema de relações sociais, relacionamento entre grupos de seres humanos. Segurança(Teorias realistas):

Sistema estatal - sistema de relações sociais, relacionamento entre grupos de seres humanos. Segurança(Teorias realistas): 1ª REVISÃO Sistema estatal - sistema de relações sociais, relacionamento entre grupos de seres humanos Segurança(Teorias realistas): Dilema de segurança Os Estados são tanto uma fonte de segurança quanto

Leia mais

Blocos econômicos. Bloco Econômico é uma integração de países nos. desenvolvimento e maior poder de competição.

Blocos econômicos. Bloco Econômico é uma integração de países nos. desenvolvimento e maior poder de competição. Blocos econômicos Bloco Econômico é uma integração de países nos aspectos, visando seu desenvolvimento e maior poder de competição. Eles constituem expressivos espaços integrados de livre comércio. Esses

Leia mais

Guerra Fria ( )

Guerra Fria ( ) Guerra Fria (1946-1991) Guerra improvável, paz impossível Conflito político, Ideológico (cultural), Militar Indireto entre EUA e URSS Início Churchill, Truman e Stalin (1945) - A Conferência de Potsdam

Leia mais

CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA Curso de Relações Internacionais Programa de Iniciação Científica

CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA Curso de Relações Internacionais Programa de Iniciação Científica CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA Curso de Relações Internacionais Programa de Iniciação Científica A Sinergia Inextricável: as dificuldades de coordenação entre Diplomacia e Defesa. Projeto de Pesquisa

Leia mais

PERCURSO 1 Do mundo multipolar para o bipolar da Guerra Fria. Prof. Gabriel Rocha 9º ano - EBS

PERCURSO 1 Do mundo multipolar para o bipolar da Guerra Fria. Prof. Gabriel Rocha 9º ano - EBS PERCURSO 1 Do mundo multipolar para o bipolar da Guerra Fria. Prof. Gabriel Rocha 9º ano - EBS 1 O mundo multipolar e as guerras mundiais do século XX Entre meados do século XIX e o final da Segunda Guerra

Leia mais

Os Governos da Nova República

Os Governos da Nova República Os Governos da Nova República Gov. José Sarney - PMDB (1985 1990) crise econômica e Const. De 1988 Gov. Fernando Collor - PRN (1990 1992) início do Neoliberalismo no Brasil (privatizações e abertura econômica),

Leia mais

DIPLOMACIA DO BRASIL JOSÉ VIEGAS FILHO. Autor. Formato: 17,0x24,0 cm CÓDIGO: DE TIRDESILHAS AOS NOSSOS DIAS. Prefácio José Viegas Filho

DIPLOMACIA DO BRASIL JOSÉ VIEGAS FILHO. Autor. Formato: 17,0x24,0 cm CÓDIGO: DE TIRDESILHAS AOS NOSSOS DIAS. Prefácio José Viegas Filho entendimento e do diálogo com os demais países e a diversidade étnica da nossa população. Fatores como esses permitiram que desenvolvêssemos uma política externa construtiva e progressista, que aceita

Leia mais

OBSERVATÓRIO DE INOVAÇÃO E COMPETITIVIDADE IEA/USP

OBSERVATÓRIO DE INOVAÇÃO E COMPETITIVIDADE IEA/USP OBSERVATÓRIO DE INOVAÇÃO E COMPETITIVIDADE IEA/USP 19 de setembro de 2011 Programa Nacional de Integração Estado-Empresa na Área de Bens Sensíveis O Papel da Inteligência de Estado Of. Int. Helton Miranda

Leia mais

ATUALIDADES. Atualidades Conflito s do Mundo Contemporâneo Ásia. Prof. Marcelo Saraiva

ATUALIDADES. Atualidades Conflito s do Mundo Contemporâneo Ásia. Prof. Marcelo Saraiva ATUALIDADES Atualidades 2017 Conflito s do Mundo Contemporâneo Ásia Prof. Marcelo Saraiva Ásia Afeganistão A invasão do Afeganistão pelos Estados Unidos ocorreu após os ataques de 11 de setembro no final

Leia mais

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular INTRODUÇÃO ÀS RELAÇÕES INTERNACIONAIS Ano Lectivo 2018/2019

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular INTRODUÇÃO ÀS RELAÇÕES INTERNACIONAIS Ano Lectivo 2018/2019 Programa da Unidade Curricular INTRODUÇÃO ÀS RELAÇÕES INTERNACIONAIS Ano Lectivo 2018/2019 1. Unidade Orgânica Faculdade de Direito (1º Ciclo) 2. Curso Relações Internacionais 3. Ciclo de Estudos 1º 4.

Leia mais

BRASÍLIA, DF, 20 DE JUNHO DE

BRASÍLIA, DF, 20 DE JUNHO DE 94 Discurso por ocasião da cerimônia de assinatura da Mensagem que envia o Tratado sobre a Não-Proliferação de Armas Nucleares ao exame do Congresso Nacional. BRASÍLIA, DF, 20 DE JUNHO DE 1997 Quero agradecer

Leia mais

Teoria Realista das Relações Internacionais (I)

Teoria Realista das Relações Internacionais (I) Teoria Realista das Relações Internacionais (I) Janina Onuki janonuki@usp.br BRI 009 Teorias Clássicas das Relações Internacionais 25 de agosto de 2016 Realismo nas RI Pressuposto central visão pessimista

Leia mais

BRI 010 Regimes e OIs

BRI 010 Regimes e OIs BRI 010 Regimes e OIs A ONU e as discussões em torno de sua reforma Janina Onuki IRI/USP janonuki@usp.br 11 de abril de 2014 A visão realista da ONU Criação da ONU: 1945 (pós-segunda Guerra) Predomínio

Leia mais

O que é uma Ordem Geopolítica?

O que é uma Ordem Geopolítica? O que é uma Ordem Geopolítica? Potência Mundial: país com capacidade de intervir no espaço mundial devido à força política, econômica, militar e tecnológica Equilíbrio temporário das relações políticas,

Leia mais

Geopolítica. foi criado pelo cientista. político sueco Rudolf Kjellén, no início do século. XX, inspirado pela obra de Friedrich Ratzel,

Geopolítica. foi criado pelo cientista. político sueco Rudolf Kjellén, no início do século. XX, inspirado pela obra de Friedrich Ratzel, Geopolítica O termo foi criado pelo cientista político sueco Rudolf Kjellén, no início do século XX, inspirado pela obra de Friedrich Ratzel, Politische Geographie (Geografia Política), de 1897. Geopolítica

Leia mais

Interdependência Assimétrica

Interdependência Assimétrica Interdependência Assimétrica Interdependência restringe a capacidade dos governos, dando maiores oportunidades para alguns e restringindo a atuação de outros. Quem tem mais poder, terá mais benefícios.

Leia mais

SAFEGUARDS IN LATIN AMERICAN COUNTRIES: THE ROLE OF ABACC

SAFEGUARDS IN LATIN AMERICAN COUNTRIES: THE ROLE OF ABACC SAFEGUARDS IN LATIN AMERICAN COUNTRIES: THE ROLE OF ABACC Orpet J. M. Peixoto, Antonio A. Oliveira e Odilon A.M. do Canto AGENCIA BRASILEIRO ARGENTINA DE CONTABILIDADE e CONTROLE DE MATERIAIS NUCLEARES

Leia mais

PROVA ESCRITA DE POLÍTICA INTERNACIONAL

PROVA ESCRITA DE POLÍTICA INTERNACIONAL PROVA ESCRITA DE POLÍTICA INTERNACIONAL CESPE/UnB IRBr Na prova a seguir, faça o que se pede, usando, caso julgue necessário, as páginas para rascunho constantes deste caderno. Em seguida, transcreva os

Leia mais

2ª Guerra Mundial e Fascismos

2ª Guerra Mundial e Fascismos 2ª Guerra Mundial e Fascismos 2ª Guerra Mundial e Fascismos 1. No cartaz de propaganda nortebraços simbolizam países que se aliaram na Segunda Guerra Mundial contra as forças do Eixo. a) Identifique TRÊS

Leia mais

A A s s i n a t u r a d o N o v o Tr a t a d o R u s s o a m e r i c a n o : u m A c o n t e c i m e n t o H i s t ó r i c o

A A s s i n a t u r a d o N o v o Tr a t a d o R u s s o a m e r i c a n o : u m A c o n t e c i m e n t o H i s t ó r i c o A A s s i n a t u r a d o N o v o Tr a t a d o R u s s o a m e r i c a n o : u m A c o n t e c i m e n t o H i s t ó r i c o Pavel Petrovsky Embaixador da Rússia em Portugal 2010 N.º 126 5.ª Série pp.

Leia mais

INTEGRAÇÃO REGIONAL E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COM REFERÊNCIA A CELSO FURTADO

INTEGRAÇÃO REGIONAL E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COM REFERÊNCIA A CELSO FURTADO INTEGRAÇÃO REGIONAL E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COM REFERÊNCIA A CELSO FURTADO UFPE CFCH DCP CP-028 Prof. Dr. Marcelo de Almeida Medeiros Lício Lima, Pedro Fonseca, Vítor Alves Sumário Introdução Vítor

Leia mais

O que é uma Ordem Geopolítica?

O que é uma Ordem Geopolítica? Regionalizações do Espaço Mundial O que é uma Ordem Geopolítica? Potência Mundial: país com capacidade de intervir no espaço mundial devido à força política, econômica, militar e tecnológica Equilíbrio

Leia mais

SEMINÁRIOS INTEGRADOS EM ADS GEOPOLÍTICA DO MUNDO CONTEMPORÂNEO

SEMINÁRIOS INTEGRADOS EM ADS GEOPOLÍTICA DO MUNDO CONTEMPORÂNEO SEMINÁRIOS INTEGRADOS EM ADS GEOPOLÍTICA DO MUNDO CONTEMPORÂNEO Prof. Dr. Daniel Caetano 2014-1 DISCUSSÃO Colapso do Socialismo O socialismo caiu? Por quê? Houve um vencedor? A Nova Ordem Internacional

Leia mais

A Globalização e a Nova Ordem Mundial. A Geografia Levada a Sério

A Globalização e a Nova Ordem Mundial.   A Geografia Levada a Sério A Quais são as modificações ocorridas no cenário mundial com a Nova Ordem imposta no final do século XX? Será uma Nova Ordem ou desordem? Características da nova ordem mundial As alianças entre nações

Leia mais

OMC e CEE 27/05/2019 1

OMC e CEE 27/05/2019 1 OMC e CEE 27/05/2019 1 O Multilateralismo Além dos acordos bilaterais e da constituição de blocos regionais, a liberalização do comércio é alcançada por tratados internacionais envolvendo a participação

Leia mais

Territorias: Formação do Território rio Brasileiro

Territorias: Formação do Território rio Brasileiro Políticas Territorias: Formação do Territó Rosely Gaeta 1 Fontes: Mundo Estranho, SuperInteressante, Nota de Aula 04B Políticas Territoriais Formação do Territó Políticas Territorias: Formação do Territó

Leia mais

CAPÍTULO 2 O MUNDO DIVIDIDO PELO CRITÉRIO IDEOLÓGICO PROF. LEONAM JUNIOR COLÉGIO ARI DE SÁ CAVALCANTE 8º ANO

CAPÍTULO 2 O MUNDO DIVIDIDO PELO CRITÉRIO IDEOLÓGICO PROF. LEONAM JUNIOR COLÉGIO ARI DE SÁ CAVALCANTE 8º ANO CAPÍTULO 2 O MUNDO DIVIDIDO PELO CRITÉRIO IDEOLÓGICO PROF. LEONAM JUNIOR COLÉGIO ARI DE SÁ CAVALCANTE 8º ANO O MUNDO DIVIDIDO P. 23 Existem vários critérios para regionalizar um território. Critério ideológico:

Leia mais

Carlos Gaspar. O Pós-Guerra Fria. lisboa tinta da china MMXVI

Carlos Gaspar. O Pós-Guerra Fria. lisboa tinta da china MMXVI Carlos Gaspar O Pós-Guerra Fria lisboa tinta da china MMXVI ÍNDICE Apresentação 7 Parte I: Continuidade e mudança no pós Guerra Fria 11 1. As ordens da anarquia 23 2. Os equilíbrios da unipolaridade 39

Leia mais

TREINAMENTO PREPARATÓRIO PARA A ECEME

TREINAMENTO PREPARATÓRIO PARA A ECEME 1 2001 2002 2003 2004 Transportes da Comunida Andina e interligações com o Brasil Educação justificativas Ciência e Tecnologia ações governamentais EU e NAFTA comparados ao Brasil Energia no Brasil Estágio

Leia mais

PLANIFICAÇÃO A MÉDIO / LONGO PRAZO Geografia C 12.º Ano /2016

PLANIFICAÇÃO A MÉDIO / LONGO PRAZO Geografia C 12.º Ano /2016 Geografia C 2.º Ano - 205/206 205/206 - º Período DISCIPLINA: Geografia C ANO: 2º Total de Previstas : 39 Mês Unidades Temáticas Conteúdos Competências / Objectivos Nº Estratégias Avaliação Set Out. Nov.

Leia mais

TRATADO DE AMIZADE E COOPERAÇÃO ENTRE PORTUGAL E A FEDERAÇÃO DA RÚSSIA. Recordando os antigos laços que existem entre os dois Países;

TRATADO DE AMIZADE E COOPERAÇÃO ENTRE PORTUGAL E A FEDERAÇÃO DA RÚSSIA. Recordando os antigos laços que existem entre os dois Países; Resolução da Assembleia da República n.º 40/95 Aprova, para ratificação, o Tratado de Amizade e Cooperação entre a República Portuguesa e a Federação da Rússia Aprova para ratificação o tratado de Amizade

Leia mais

Teoria Realista das Relações Internacionais (I)

Teoria Realista das Relações Internacionais (I) Teoria Realista das Relações Internacionais (I) Janina Onuki janonuki@usp.br BRI 009 Teorias Clássicas das Relações Internacionais 24 de agosto de 2017 Realismo nas RI Pressuposto central visão pessimista

Leia mais

Coréia do Norte: o anúncio da posse de armas nucleares no contexto do fenômeno da proliferação de armas de destruição em massa.

Coréia do Norte: o anúncio da posse de armas nucleares no contexto do fenômeno da proliferação de armas de destruição em massa. Coréia do Norte: o anúncio da posse de armas nucleares no contexto do fenômeno da proliferação de armas de destruição em massa Análise Segurança Layla Dawood 24 de fevereiro de 2005 Coréia do Norte: o

Leia mais

O Presidente da República, usando das atribuições que lhe confere o artigo 84, inciso VIII, da Constituição e

O Presidente da República, usando das atribuições que lhe confere o artigo 84, inciso VIII, da Constituição e Página 1 DECRETO Nº 439, de 03 de fevereiro de 1992 Promulga o Acordo para o Uso Exclusivamente Pacífico da Energia Nuclear, entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Argentina

Leia mais

Metas/Objetivos/Domínios Conteúdos/Competências/Conceitos Número de Aulas

Metas/Objetivos/Domínios Conteúdos/Competências/Conceitos Número de Aulas DEPARTAMENTO DE Línguas e Humanidades DISCIPLINA: História ANO: 12ºA Planificação (Conteúdos)... Período Letivo: _1º Metas/Objetivos/Domínios Conteúdos/Competências/Conceitos Número de Aulas *Compreender

Leia mais

Introdução às Relações Internacionais. D. Freire e Almeida

Introdução às Relações Internacionais. D. Freire e Almeida Introdução às Relações Internacionais D. Freire e Almeida Desenrolar histórico das Relações Internacionais Treaty of Tordesilhas 7 de junho de 1494 Através da assinatura de tratados de paz, deu-se

Leia mais

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Sujeitos de Direito Internacional Público: O sistema das Nações Unidas. Organizações internacionais especializadas da ONU. Parte 1 Profa. Renata Menezes . Histórico: Durante

Leia mais

BRI 010 Regimes e OIs

BRI 010 Regimes e OIs BRI 010 Regimes e OIs Interdependência, Cooperação e Multilateralismo Janina Onuki IRI/USP janonuki@usp.br 14 de março de 2014 Teoria da Interdependência Robert Keohane e Joseph Nye Jr. Transnational Relations

Leia mais

Regimes de Negociação Financeira Internacional e a atuação brasileira. Prof. Diego Araujo Azzi

Regimes de Negociação Financeira Internacional e a atuação brasileira. Prof. Diego Araujo Azzi Regimes de Negociação Financeira Internacional e a atuação brasileira Prof. Diego Araujo Azzi 2019.2 Aula 03 (11.06) Multilateralismo econômico ALMEIDA, Paulo Roberto. As exigencias do presente: a ordem

Leia mais

MATRIZ DE PROVA DE AVALIAÇÃO - ENSINO SECUNDÁRIO RECORRENTE (Portaria 242/2013) ÉPOCA DE JANEIRO/2017

MATRIZ DE PROVA DE AVALIAÇÃO - ENSINO SECUNDÁRIO RECORRENTE (Portaria 242/2013) ÉPOCA DE JANEIRO/2017 MATRIZ DE PROVA DE AVALIAÇÃO - ENSINO SECUNDÁRIO RECORRENTE (Portaria 242/2013) ÉPOCA DE JANEIRO/2017 DISCIPLINA DE GEOGRAFIA C Módulos 1, 2, 3 Duração: 135 minutos CONTEÚDOS OBJETIVOS ESTRUTURA DA PROVA

Leia mais

PROF. ALCIDES COSTA VAZ Brasília, 24 de maio de 2016.

PROF. ALCIDES COSTA VAZ Brasília, 24 de maio de 2016. CENTRO DE ESTUDOS ESTRATÉGICOS DO EXÉRCITO BRASILEIRO NÚCLEO DE ESTUDOS PROSPECTIVOS ENCONTRO TEMÁTICO PROF. ALCIDES COSTA VAZ Brasília, 24 de maio de 2016. Oferecer visão geral das perspectivas sobre

Leia mais

GEOGRAFIA MÓDULO 19. A Relação do Brasil e os Organismos Internacionais ONG s, ONU, OIT e Direitos Humanos. Professor Vinícius Moraes

GEOGRAFIA MÓDULO 19. A Relação do Brasil e os Organismos Internacionais ONG s, ONU, OIT e Direitos Humanos. Professor Vinícius Moraes GEOGRAFIA Professor Vinícius Moraes MÓDULO 19 A Relação do Brasil e os Organismos Internacionais ONG s, ONU, OIT e Direitos Humanos As relações do Brasil com organismos internacionais, como já debatido

Leia mais

TEMA: INTRODUÇÃO À POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA. Autor: Bruno Quadros e Quadros

TEMA: INTRODUÇÃO À POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA. Autor: Bruno Quadros e Quadros POLÍTICA INTERNACIONAL TEMA: INTRODUÇÃO À POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA Autor: Bruno Quadros e Quadros (bquadrosequadros@gmail.com) BIBLIOGRAFIA: CERVO, Amado Luiz; BUENO, Clodoaldo. História da política

Leia mais

BLOCOS ECONÔMICOS PRÉ-INTENSIVO

BLOCOS ECONÔMICOS PRÉ-INTENSIVO BLOCOS ECONÔMICOS PRÉ-INTENSIVO Prof. Israel Frois CONTEXTO MUNDIAL Década de 1989 Queda do muro de Berlim; 1991 desmantelamento da URSS. Do mundo Bipolar para a Nova Ordem Mundial - multipolaridade NÍVEIS

Leia mais

ACORDO DE AMIZADE E COOPERAÇÃO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A UCRÂNIA

ACORDO DE AMIZADE E COOPERAÇÃO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A UCRÂNIA Resolução da Assembleia da República n.º 9/2002 Acordo de Amizade e Cooperação entre a República Portuguesa e a Ucrânia, assinado em Lisboa em 25 de Outubro de 2000 A Assembleia da República resolve, nos

Leia mais

PROTEÇÃO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS

PROTEÇÃO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS PROTEÇÃO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS Aula 02 REALMENTE VALE TUDO EM NOME DO PODER? 1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES A construção dos direitos humanos está associada em sua origem ao reconhecimento da

Leia mais

Aula 07. Gabarito: Correta. Os direitos fundamentais são elementos limitadores do abuso do poder estatal, que estão em determinadas Constituições.

Aula 07. Gabarito: Correta. Os direitos fundamentais são elementos limitadores do abuso do poder estatal, que estão em determinadas Constituições. Página1 Curso/Disciplina: Direitos Humanos Aula: Evolução Histórica dos Direitos Humanos 07 Professor (a): Luis Alberto Monitor (a): Luis Renato Ribeiro Pereira de Almeida Aula 07 24) (Banca: CESPE. Órgão:

Leia mais

Com aplausos e entoando estrofes do hino nacional, políticos, militantes dos direitos humanos, vítimas da ditadura e familiares dos mortos e desaparecidos do regime saudaram a instalação da Comissão Nacional

Leia mais

Teoria Realista das Relações Internacionais (I)

Teoria Realista das Relações Internacionais (I) Teoria Realista das Relações Internacionais (I) Janina Onuki janonuki@usp.br BRI 009 Teorias Clássicas das Relações Internacionais 24 de agosto de 2017 Realismo nas RI Pressuposto central visão pessimista

Leia mais

REALISMO RAISSA CASTELO BRANCO VIANA INTRODUÇÃO ÀS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

REALISMO RAISSA CASTELO BRANCO VIANA INTRODUÇÃO ÀS RELAÇÕES INTERNACIONAIS REALISMO RAISSA CASTELO BRANCO VIANA INTRODUÇÃO ÀS RELAÇÕES INTERNACIONAIS REALISMO Introdução: elementos do Realismo Realismo clássico Tucídides Maquiavel Hobbes Realismo neoclássico de Morgenthau Realismo

Leia mais

Recuperação de Geografia. Roteiro 8 ano

Recuperação de Geografia. Roteiro 8 ano Recuperação de Geografia Dicas: Roteiro 8 ano Comece revisando a aula através dos apontamentos relembrando, passando a limpo, fazendo leitura do assunto no módulo, no livro e principalmente resolvendo

Leia mais

MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES SECRETARIA DE PLANEJAMENTO DIPLOMÁTICO REPERTÓRIO DE POLÍTICA EXTERNA: POSIÇÕES DO BRASIL

MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES SECRETARIA DE PLANEJAMENTO DIPLOMÁTICO REPERTÓRIO DE POLÍTICA EXTERNA: POSIÇÕES DO BRASIL MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES SECRETARIA DE PLANEJAMENTO DIPLOMÁTICO REPERTÓRIO DE POLÍTICA EXTERNA: POSIÇÕES DO BRASIL BRASÍLIA, 2007 Copyright Ministério das Relações Exteriores Brasil. Ministério

Leia mais

Declaração dos Estados-Membros da OPANAL no Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares

Declaração dos Estados-Membros da OPANAL no Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares AGÊNCIA PARA A PROSCRIÇÃO DAS ARMAS NUCLEARES NA AMÉRICA LATINA E CARIBE Inf.18/2016 26 de setembro de 2016 Original: espanhol, inglês, português Declaração dos Estados-Membros da OPANAL no Dia Internacional

Leia mais

No caso específico da disciplina de Geografia C, do 12ºano de escolaridade, a avaliação incidirá ainda ao nível de desempenho nas seguintes áreas:

No caso específico da disciplina de Geografia C, do 12ºano de escolaridade, a avaliação incidirá ainda ao nível de desempenho nas seguintes áreas: CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE AVALIAÇÃO (Aprovados em Conselho Pedagógico de 25 de outubro de 2016) No caso específico da disciplina de Geografia C, do 12ºano de escolaridade, a avaliação incidirá ainda ao

Leia mais

VII Conferência de Segurança Internacional do Forte de Copacabana - Um diálogo Europa - América do Sul

VII Conferência de Segurança Internacional do Forte de Copacabana - Um diálogo Europa - América do Sul RELATÓRIO VII Conferência de Segurança Internacional do Forte de Copacabana - Um diálogo Europa - América do Sul Desafios Atuais para o Desarmamento e as Missões de Paz na Agenda Política Em 2010, a Conferência

Leia mais

DINÂMICA LOCAL INTERATIVA INTERATIVIDADE FINAL CONTEÚDO E HABILIDADES GEOGRAFIA AULA. Conteúdo: Geopolítica e Conflitos Entre os Séculos XIX e XX

DINÂMICA LOCAL INTERATIVA INTERATIVIDADE FINAL CONTEÚDO E HABILIDADES GEOGRAFIA AULA. Conteúdo: Geopolítica e Conflitos Entre os Séculos XIX e XX Conteúdo: Geopolítica e Conflitos Entre os Séculos XIX e XX Habilidade: Analisar a interferência na organização dos territórios a partir das guerras mundiais. Geopolítica e Território A Europa foi cenário

Leia mais

5 2º RELAÇÕES INTERNACIONAIS E POLÍTICA INTERNACIONAL. 5 3º o DIÁLOGO INTERNACIONAL CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO SIº A COMUNIDADE INTERNACIONAL

5 2º RELAÇÕES INTERNACIONAIS E POLÍTICA INTERNACIONAL. 5 3º o DIÁLOGO INTERNACIONAL CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO SIº A COMUNIDADE INTERNACIONAL índice GERAL PREFÁCIO PARA A OITAVA EDIÇÃO NOTA PRÉVIA À PRIMEIRA EDIÇÃO NOTA PARA A SEGUNDA EDIÇÃO BREVE NOTA PRÉVIA À TERCEIRA EDIÇÃO PREFÁCIO PARA A QUARTA EDIÇÃO PREFÁCIO PARA A QUINTA EDIÇÃO PREFÁCIO

Leia mais

Política Externa do Brasil

Política Externa do Brasil Política Externa do Brasil A política externa é o conjunto de objetivos políticos que um determinado Estado almeja alcançar nas suas relações com os demais países do mundo. Definição planejada e objetiva

Leia mais

A ORDEM GEOPOLÍTICA BIPOLAR E.U.A:

A ORDEM GEOPOLÍTICA BIPOLAR E.U.A: A ORDEM GEOPOLÍTICA BIPOLAR E.U.A: Capitalismo U.R.S.S: Socialismo Antecedentes Panorama geopolítico (2ª Guerra Mundial); Choque entre as potências europeias (Inglaterra, França, Alemanha); Formação de

Leia mais

MANUAL PRÁTICO DE CONFERÊNCIAS DIPLOMÁTICAS

MANUAL PRÁTICO DE CONFERÊNCIAS DIPLOMÁTICAS MANUAL PRÁTICO DE CONFERÊNCIAS DIPLOMÁTICAS Olá, senhores delegados. A equipe CNUOI (1945) MINIONU 15 ANOS, visando facilitar o trabalho de redação de documentos, decidiu elaborar este pequeno manual que

Leia mais

PLANIFICAÇÃO ANUAL PARA O 12º ANO DE GEOGRAFIA EM

PLANIFICAÇÃO ANUAL PARA O 12º ANO DE GEOGRAFIA EM PLANIFICAÇÃO ANUAL PARA O 12º ANO DE GEOGRAFIA EM 2017-2018 Unidades temáticas Conteúdos Objetivos Gerais Calendarização [aulas de 90 ] Instrumentos de avaliação MÓDULO 1: O Sistema Mundial Contemporâneo:

Leia mais

Cristina Soreanu Pecequilo Professora de Relações Internacionais Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Pesquisadora NERINT/UFRGS e UnB

Cristina Soreanu Pecequilo Professora de Relações Internacionais Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Pesquisadora NERINT/UFRGS e UnB Brasil e Oriente Médio: Os Caminhos da Política Externa Brasileira Cristina Soreanu Pecequilo Professora de Relações Internacionais Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Pesquisadora NERINT/UFRGS

Leia mais

Professor João Paulo Bandeira

Professor João Paulo Bandeira Professor João Paulo Bandeira A Guerra Fria tem início logo após a Segunda Guerra Mundial, pois os Estados Unidos e a União Soviética vão disputar a hegemonia política, econômica e militar no mundo. A

Leia mais

Relações Internacionais (II) Teoria Realista das. Janina Onuki. 16 e 17 de setembro de BRI 009 Teorias Clássicas das Relações Internacionais

Relações Internacionais (II) Teoria Realista das. Janina Onuki. 16 e 17 de setembro de BRI 009 Teorias Clássicas das Relações Internacionais Teoria Realista das Relações Internacionais (II) Janina Onuki janonuki@usp.br BRI 009 Teorias Clássicas das Relações Internacionais 16 e 17 de setembro de 2015 Realismo Político Interesse nacional é traduzido

Leia mais

REGIME INTERNACIONAL DE NÃO- PROLIFERAÇÃO NUCLEAR: O CASO ESPECIAL DO BRASIL E ARGENTINA

REGIME INTERNACIONAL DE NÃO- PROLIFERAÇÃO NUCLEAR: O CASO ESPECIAL DO BRASIL E ARGENTINA REGIME INTERNACIONAL DE NÃO- PROLIFERAÇÃO NUCLEAR: O CASO ESPECIAL DO BRASIL E ARGENTINA O modelo de Protocolo Adicional (PA) proposto pela AIEA para adesão voluntária de seus Estados-Membros muda o objeto

Leia mais

CONTINENTE AMERICANO FÍSICO, HUMANO E ECONÔMICO

CONTINENTE AMERICANO FÍSICO, HUMANO E ECONÔMICO CONTINENTE AMERICANO FÍSICO, HUMANO E ECONÔMICO CONHECENDO O CONTINENTE MAIOR EXTENSÃO NO SENTIDO NORTE/SUL SÃO CERCA DE 35 PAÍSES. VARIEDADE DE CULTURAS EM FUNÇÃO DA COLONIZAÇÃO ESTRANGEIRA. FORMAS DE

Leia mais

MATRIZ DE PROVA DE AVALIAÇÃO - ENSINO SECUNDÁRIO RECORRENTE (Portaria 242/2013) ÉPOCA DE JUNHO/2017 REGIME NÃO PRESENCIAL

MATRIZ DE PROVA DE AVALIAÇÃO - ENSINO SECUNDÁRIO RECORRENTE (Portaria 242/2013) ÉPOCA DE JUNHO/2017 REGIME NÃO PRESENCIAL CONTEÚDOS OBJETIVOS ESTRUTURA DA PROVA COTAÇÕES (Total 200 pontos) 1º Módulo. Discutir a importância da mundialização na criação de novas dinâmicas espaciais; Introdução. Compreender o papel dos principais

Leia mais

MATRIZ DE PROVA DE AVALIAÇÃO - ENSINO SECUNDÁRIO RECORRENTE (Portaria 242/2013) ÉPOCA DE JANEIRO/2019 REGIME NÃO PRESENCIAL

MATRIZ DE PROVA DE AVALIAÇÃO - ENSINO SECUNDÁRIO RECORRENTE (Portaria 242/2013) ÉPOCA DE JANEIRO/2019 REGIME NÃO PRESENCIAL CONTEÚDOS OBJETIVOS ESTRUTURA DA PROVA COTAÇÕES (Total 200 pontos) 1º Módulo. Discutir a importância da mundialização na criação de novas dinâmicas espaciais; 70 Introdução. Compreender o papel dos principais

Leia mais

POWER AND INTERDEPENDENCE. Keohane & Nye Caps. 1 e 2

POWER AND INTERDEPENDENCE. Keohane & Nye Caps. 1 e 2 POWER AND INTERDEPENDENCE Keohane & Nye Caps. 1 e 2 Interdependence in World Politics Como é o mundo hoje? Como ele era no século XIX? Segundo Keohane&Nye: Era da Interdependência; Estado territorial =>

Leia mais

ESCOLA SECUNDÁRIA DE AVELAR BROTERO

ESCOLA SECUNDÁRIA DE AVELAR BROTERO Módulos 1 / 2/ 3 12º ano ESCOLA SECUNDÁRIA DE AVELAR BROTERO Ano Letivo 2015 / 2016 EXAME DE FREQUÊNCIA NÃO PRESENCIAL Ensino Secundário Recorrente Módulos Capitalizáveis Matriz da Prova Escrita de Geografia

Leia mais

ATUALIDADES. Atualidades do Ano de Segunda Revolução Industrial. Prof. Marcelo Saraiva

ATUALIDADES. Atualidades do Ano de Segunda Revolução Industrial. Prof. Marcelo Saraiva ATUALIDADES Atualidades do Ano de 2017 Segunda Revolução Industrial Prof. Marcelo Saraiva Iniciada nos EUA na virada do século XIX para o XX modifica o mundo de maneira ainda mais rápida e agressiva do

Leia mais

CURSO de GEOGRAFIA - Gabarito

CURSO de GEOGRAFIA - Gabarito UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE TRANSFERÊNCIA 2 o semestre letivo de 2009 e 1 o semestre letivo de 2010 CURSO de GEOGRAFIA - Gabarito INSTRUÇÕES AO CANDIDATO? Verifique se este caderno contém: PROVA DE

Leia mais

CARTA DO COLEGIADO MICRONACIONAL LUSÓFONO CML PREÂMBULO

CARTA DO COLEGIADO MICRONACIONAL LUSÓFONO CML PREÂMBULO CARTA DO COLEGIADO MICRONACIONAL LUSÓFONO CML PREÂMBULO EM NOME DE SEUS POVOS, AS MICRONAÇÕES REPRESENTADAS NA PRIMEIRA CONFERÊNCIA INTERMICRONACIONAL DE NAÇÕES LUSÓFONAS, Convencidas que a missão histórica

Leia mais

1.(Unicamp 2014) O cartaz abaixo foi usado pela propaganda soviética contra o capitalismo ocidental, durante o período da Guerra Fria.

1.(Unicamp 2014) O cartaz abaixo foi usado pela propaganda soviética contra o capitalismo ocidental, durante o período da Guerra Fria. 1.(Unicamp 2014) O cartaz abaixo foi usado pela propaganda soviética contra o capitalismo ocidental, durante o período da Guerra Fria. O texto diz: Duas infâncias. Na URSS (parte superior) crianças são

Leia mais

Ciclo de Debates sobre Bioética, Diplomacia e Saúde Pública

Ciclo de Debates sobre Bioética, Diplomacia e Saúde Pública Ciclo de Debates sobre Bioética, Diplomacia e Saúde Pública Inovação em saúde & desenvolvimento nacional: possibilidades e limites da cooperação sul-sul. RELATÓRIO 1. Apresentação O presente relatório

Leia mais

O conceito de Estado em Immanuel Wallerstein e Hans Morgenthau: alguns apontamentos teóricos

O conceito de Estado em Immanuel Wallerstein e Hans Morgenthau: alguns apontamentos teóricos O conceito de Estado em Immanuel Wallerstein e Hans Morgenthau: alguns apontamentos teóricos Tiago Alexandre Leme Barbosa 1 RESUMO O presente texto busca apresentar alguns apontamentos a respeito do conceito

Leia mais