CEPPE CENTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA MESTRADO EM ANÁLISE GEOAMBIENTAL

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1 CEPPE CENTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA MESTRADO EM ANÁLISE GEOAMBIENTAL ELZA DE FÁTIMA BEDANI PAISAGEM NATURAL PALEÓGENA DA BACIA SEDIMENTAR DE SÃO PAULO, NO MUNICÍPIO DE GUARULHOS, ESTADO DE SÃO PAULO Guarulhos 2008

2 i ELZA DE FÁTIMA BEDANI PAISAGEM NATURAL PALEÓGENA DA BACIA SEDIMENTAR DE SÃO PAULO, NO MUNICÍPIO DE GUARULHOS, ESTADO DE SÃO PAULO Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade Guarulhos, como prérequisito para a obtenção de título de Mestre no curso de Pós-Graduação em Análise Geoambiental. Orientador: Prof. Dr. Antonio Roberto Saad Guarulhos 2008

3 ii CEPPE CENTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA MESTRADO EM ANÁLISE GEOAMBIENTAL A Comissão Julgadora dos Trabalhos de Defesa de MESTRADO, intitulado Paisagem Natural Paleógena da Bacia Sedimentar de São Paulo, no Município de Guarulhos, Estado de São Paulo, em sessão pública realizada em 24 de Setembro de 2008, considerou a candidata Elza de Fátima Bedani aprovada. A Banca Examinadora foi composta pelos seguintes pesquisadores: Prof. Dr. Antonio Roberto Saad Orientador (UnG) Prof. Dr. Carlos Alberto Bistrichi PUC Prof. Dr. Mario Lincoln De Carlos Etchebehere UnG Guarulhos 2008

4 iii Dedico esse trabalho aos meus pais Antonio e Nadir

5 iv AGRADECIMENTOS Gostaria de agradecer as pessoas que contribuíram para a realização desta dissertação, em especial: À Universidade Guarulhos e ao CEPPE (Centro de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão), pela oportunidade do desenvolvimento dessa pesquisa. Ao Prof. Dr. Antonio Roberto Saad meu orientador, não só no auxílio da elaboração desse trabalho, mas também no direcionamento da minha vida profissional; agradeço também pela sua amizade, companheirismo, paciência, ensinamentos, descobertas e comprovações nos trabalhos de campo. À Profª Dr.ª Maria Judite Garcia pelas oportunidades que me foram oferecidas não só na realização deste trabalho, como também, além do incentivo, paciência, amizade, conselhos e pela utilização do laboratório de Geociências, bem como de seus equipamentos na realização dessa pesquisa. Ao Prof. Dr. Mario Lincoln De Carlos Etchebehere pelas conversas sobre geologia e assuntos relacionados ao trabalho, além de muitas dicas e excelentes sugestões que foram de suma importância e, não poderia deixar de mencionar, seus ensinamentos desde o início da minha vida acadêmica. Aos meus pais que sempre me apoiaram em minhas decisões. Ao meu marido, que com sua paciência, soube entender os momentos difíceis ao longo dessa pesquisa. Ao Prof. MSc. Marcio Roberto Magalhães de Andrade pelas informações preciosas em campo e em laboratório, pelas conversas malucas sobre geologia e suas possibilidades e, principalmente, no auxílio com os mapas da área de estudo. Ao Prof. Dr. Antonio Manoel dos Santos Oliveira pelo incentivo e auxílio relacionados aos mapas e a utilização do laboratório de geoprocessamento.

6 v Ao Prof. Dr. José Cândido Stevaux por seus ensinamentos, sugestões e correções, bem como as longas explicações (valiosas) sobre ambientes deposicionais. Ao Prof. Dr. Paulo Eduardo de Oliveira pelos conselhos ao longo dessa jornada e pela revisão no abstract desse trabalho. Ao Geógrafo William de Queiroz, pela sua paciência em campo e com seu senso de direção auxiliando-me nas localizações de vários pontos nesse município maluco que é Guarulhos. A Arquiteta MSc. Sandra Emi Sato, sempre pronta a ajudar na parte gráfica e de impressão. Ao Biólogo e técnico Fabio da Costa Casado, grande amigo, que sempre me auxiliou (mesmo dormindo...) tanto na parte gráfica como na parte escrita e que graças a ele, hoje consigo desenhar uma casinha e um sol no computador. À Bióloga e técnica Rosana Fernandes Saraiva pelo estímulo, amizade e tantas conversas sobre as loucuras cometidas durante as etapas dos nossos trabalhos, e ainda, pela realização de leituras palinológicas. À Bióloga e técnica Patrícia Ferreira Rosa Cardoso pelos processamentos palinológicos realizados com as minhas amostras de campo e pela pessoa que ela é sempre estimulando e sempre presente nas horas difíceis. À Bióloga e técnica do laboratório de sedimentologia Andrea Barbieri Resende, pelo estímulo, amizade e auxílios que foram muito importantes ao longo dessa jornada. À Bióloga e técnica Raquel Cardoso que sempre me auxiliou não só nas horas difíceis com conversas apaziguadoras e estimulantes, mas também auxiliando como podia no meu trabalho.

7 vi Ao Biólogo Ricardo Seiffer, que apesar de ter sido integrado à equipe do LabGeo recentemente, sempre esteve presente, me auxiliando, tanto nos momentos felizes como naqueles em que precisei. À Aracy pelos seus cafezinhos e seu carinho comigo.

8 vii Poesia Geológica Se, de repente, sentires a regressão da linha de costa e o downlap progradando sobre seus sentimentos, dobras isoclinais e pitigmáticas apertando e metamorfisando em fácies granulito o seu coração, se falhas extensionais e fraturas mil deixarem seus birdseyes em inunditos, não fiques em tratos de mar baixo. Mesmo que a sedimentação episódica de um evento pré-cambriano cause hiatos em sua coluna estratigráfica de lembranças, lembre-se que são apenas breves instantes do tempo geológico, e que o espaço para o aporte de alegria está sempre sendo criado. Não importa quantas fases de deformação tu tens ainda que sofrer, pois certamente o seu caminhamento terminará com um perfil de sucesso. Romário Carvalho Campelo

9 viii RESUMO No município de Guarulhos, localizado na Região Metropolitana de São Paulo, ocorrem rochas sedimentares de idade cenozóica utilizadas principalmente pela construção civil, com destaque para areia e argila. Para fins urbano, industrial e agrícola, utilizam-se recursos hídricos subterrâneos, notadamente os provenientes dos sedimentos Paleógenos pertencentes à Bacia Sedimentar de São Paulo. Essa bacia é parte integrante do Rifte Continental do Sudeste Brasileiro e ocupa boa parte da área geográfica desse município. Esta dissertação objetiva apresentar a evolução da paisagem natural paleógena, por meio de análise estratigráfica das suas porções aflorantes e sub-aflorantes, com base no conceito de fácies e de associações de fácies. Foram reconhecidas 9 litofácies clásticas distintas, agrupadas em duas principais associações de fácies. Os dados obtidos sugerem a existência de dois sistemas deposicionais interdigitados: um do tipo leque fluvial entrelaçado, predominante nas partes norte e central do município, e outro lacustrino, presente na região centro-sul. A paleogeografia aqui delineada auxiliará sobremaneira na previsão de novas áreas para a pesquisa de recursos minerais e hídricos, assim como no planejamento urbano deste município. Palavras chave: Guarulhos; estratigrafia; neotectônica; paleógeno

10 ix ABSTRACT Sedimentary rocks of Cenozoic age, composed primarily of sand and clays, can be found in the city of Guarulhos, located in the metropolitan area of the city of São Paulo, State of São Paulo, Brazil. Paleogene sediments of this region represent a significant source of water for urban, industrial and agricultural activities. This basin is an integral part of the Southeastern Brazilian Continental Rift, which occupies a large portion of this geographical area. This study aims to present the evolution of the natural Paleogene landscape, through an analysis of its stratigraphic outcrops and underground portions based on the concept of facies and facies associations. A total of 9 clastic and separate lithofacies were recognized and grouped in two main facies associations. These data suggest the existence of two depositional interdigitated systems: fluvial braided fans, which were predominant in parts of the northern and central area, and another composed of lacustrine sediments found in its central-south region. The paleogeography herein outlined will help considerably in the detection of new areas for mineral and water resources prospection, as well as in urban planning projects of this region. Keywords: Guarulhos; stratigraphy; neotectonic; paleogene

11 x LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Mapa da Região Metropolitana de São Paulo, com ênfase a localização do município de Guarulhos...3 Figura 2 - Demonstração da disposição das placas desde o Pangea até 50 Ma Figura 3 - Demonstração da ocorrência dos derrames de basaltos nas regiões Sul e Sudeste e o modelo de rift ativo, nos futuros sítios deposicionais das Bacias de Campos, Santos e Pelotas (Brasil) e Namíbia (África)...8 Figura 4 - Distribuição das rochas magmáticas mesozóicas e cenozóicas nas áreas cratônicas, bacias sedimentares interiores e marginais, com destaque para as extrusões, diques e corpos alcalinos...9 Figura 5 - Localização das rochas alcalinas e basálticas, mesozóicas e cenozóicas, divididas em três áreas A, B e C demonstrando ainda as ocorrências em áreas emersas e ilhas oceânicas Figura 6 - Representação estratigráfica esquemática das principais bacias marginais, com destaque nas bacias do sul e sudeste, evidenciando os principais eventos magmáticos...11 Figura 7 - Esquema ilustrativo das seqüências deposicionais, litologia e ambientes deposicionais presentes nas bacias marginais brasileiras...12 Figura 8 - Esboço paleogeográfico do estágio proto-oceânico da margem continental brasileira Figura 9 - Distribuição das principais unidades litoestratigráficas que representam o Cenozóico brasileiro, com 32,4 % da área total...14 Figura 10 - Localização do Rifte do Sudeste Brasileiro pontuando as bacias e depósitos terciários e quaternários...19

12 xi Figura 11 - Mapa geológico da Bacia de São Paulo e porção SW da Bacia de Taubaté Figura 12 - Seções geológicas na Bacia de São Paulo construídas a partir de dados de sondagens subterrânea e observações de superfície...22 Figura 13 - Quadro litoestratigráfico e evolução tectono-sedimentar do seguimento central do RCSB (Rift Continental do Sudeste do Brasil)...23 Figura 14 - Seção tipo da Formação Itaquaquecetuba demonstrando arenitos médios a grossos com estratificação cruzada...25 Figura 15 - Exemplo de leque aluvial atual demonstrando o padrão radial de espraiamento de material...27 Figura 16 - Perfis longitudinal (A - B) e transversal (C - D) demonstrando os componentes decrescentes da cabeceira em direção à base em leques aluviais...28 Figura 17 - Fácies características das porções proximais de leques dominados por fluxos de gravidade...29 Figura 18 - Leques dominados por fluxos de gravidade...30 Figura 19 - Leque fluvial entrelaçado...31 Figura 20 - Leques de rios entrelaçados...31 Figura 21 - Diferentes formas de leitos de fundos arenosos e suas relações com as granulometrias para diferentes regimes de fluxo...32 Figura 22 - Seqüência vertical e bloco diagrama de corpos arenosos resultantes dos depósitos de rios entrelaçados...33

13 xii Figura 23 - Seqüência vertical e bloco diagrama de corpos argilosos resultantes dos depósitos de rios meandrantes...34 Figura 24 - Sistemas deposicionais da Seqüência dos Lagos da Formação Salvador (Cretáceo) da Bacia do Recôncavo (BA)...35 Figura 25 - Seção geológica esquemática transversal à Bacia de Taubaté (SP)...36 Figura 26 - Localização da Bacia de São Paulo...37 Figura 27 - Arcabouço geológico do município de Guarulhos, evidenciando as principais unidades litológicas e feições estruturais...39 Figura 28 - Tipos de relevo do município de Guarulhos...41 Figura 29 - Mapa de contorno estrutural do topo do embasamento cristalino na bacia do rio Baquirivu-Guaçu, contendo as vazões dos poços do aqüífero cristalino...42 Figura 30 - Mapa com o contorno estrutural do embasamento e espessuras de sedimentos com as classes de vazões dos poços do sistema aqüífero sedimentar.43 Figura 31 - Mapa com a localização das seções geológicas: A-A ; B-B - C-C ; D-D e E-E...47 Figura 32 - Mapa geológico do município de Guarulhos contemplando os pontos observados em superfície...48 Figura 33 - Mapa do município de Guarulhos demonstrando a integração e distribuição em área das associações de fácies identificadas...50 Figura 34 - Bloco diagrama representando a paleopaisagem da área estudada. Sem escala...51

14 xiii Figura 35 - Bloco diagrama demonstrando a evolução tectono-sedimentar e seus principais estágios...52 Figura 36 - Classificação das bacias marginais brasileiras, com base na classificação de KLEMME...53 Figura 37 - Blocos diagramas demonstrando o modelo de evolução para a área estudada. Em A: fase de estiramento crustal, onde ocorreria a formação dos primeiros corpos aquosos; em B: formação de um semigráben, onde os leques fluviais entrelaçados são do tipo deltaico (sem escala)...54

15 xiv LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Formas de relevo identificadas no município de Guarulhos...40 Quadro 2 - Descrição das litofácies reconhecidas nas porções aflorantes da área de estudo, bem como seus códigos e processos sedimentares, confeccionado com base em Miall (1996)...45

16 xv SUMÁRIO DEDICATÓRIA...iii AGRADECIMENTOS...iv EPÍGRAFE...vii RESUMO...viii ABSTRACT...ix LISTA DE FIGURAS...x LISTA DE QUADROS...xiv 1 INTRODUÇÃO Objetivos Métodos e Técnicas FUNDAMENTOS TEÓRICOS Evolução tectono-sedimentar pós-paleozóica do sudeste do Brasil Rifte Continental do Sudeste Brasileiro Bacia Sedimentar de São Paulo Fácies e Associações de Fácies Sistemas Deposicionais Leques Aluviais Fluvial Lacustre CARACTERÍSTICAS DO MEIO FÍSICO DA ÁREA DE ESTUDO Geologia Geomorfologia e Pedologia Hidrogeologia Clima ANÁLISE DE FÁCIES: APLICAÇÃO NA ÁREA DE ESTUDO ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA REGIONAL CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...57

17 xvi ANEXO I...71 ANEXO II...72 ANEXO III...73 ANEXO IV...74 ANEXO V...75 ANEXO VI...76

18 1 1 INTRODUÇÃO O Continente Sul-Americano está localizado no Hemisfério Sul, no âmbito da placa tectônica homônima cuja borda leste, vem ocorrendo, desde o Cretáceo Inferior, sua separação do Continente Africano, resultando na ampliação do assoalho oceânico e, conseqüentemente, do Oceano Atlântico; na sua borda oeste, verifica-se o encontro com a placa de Nazca, cujo resultado traduz-se na formação da Cordilheira dos Andes. Esses movimentos simultâneos refletem nas formas ou sistemas de relevos atuais da América do Sul, pois a teoria da tectônica global (de placas) permitiu ampliar a compreensão da geomorfologia e da geologia cenozóica neste continente, reinante a partir de 65 Ma atrás. Atualmente, há uma modificação no que tange ao entendimento no sistema de formações de relevo onde, até recentemente, admitia-se a idéia de que as suas formas alteravam-se principalmente em função do clima. Em decorrência disso, ocorreria uma associação de fenômenos climáticos regida somente pela geodinâmica externa, como por exemplo, as glaciações e as deglaciações e, conseqüentemente, os movimentos eustáticos, tendo como resultado, as modificações dos níveis de base fluviais (SAADI et al., 2005). Apesar de muitas controvérsias entre os estudiosos nessa área, atualmente, muitos trabalhos têm demonstrado que a paisagem moderna é resultante de forças tanto internas como externas atuantes, tais como as evidências abordadas no trabalho sobre a origem e evolução da Serra do Mar, por Almeida e Carneiro (1998); sobre a Província Mantiqueira, por Heilbron et al. (2004); a evolução geológica do Sistema de Rift Continental do Sudeste Brasileiro, por Riccomini; Sant anna; Ferrari (2004); e sobre a neotectônica da Plataforma Brasileira por Saadi et al. (2005) entre outros. As reconstruções paleoambientais tem sido uma das ferramentas mais utilizadas nos estudos geológicos, em função de suas várias aplicações tanto acadêmicas quanto econômicas. No primeiro caso, essa técnica permite deduzir a paleopaisagem de uma determinada região, com seus inúmeros aspectos relativos aos meios físicos e bióticos; no segundo, revela-se como um instrumento útil para previsão e localização de importantes recursos minerais tais como ouro, diamante,

19 2 areias, carbonatos, evaporitos, cassiterita, sulfetos, dentre outros; recursos hídricos, principalmente águas subterrâneas; e recursos energéticos, abrangendo carvão, turfa, petróleo, gás e águas termais. Sua aplicabilidade estende-se por todo período do tempo geológico, pois é possível estabelecer inferências paleoambientais desde as primeiras bacias sedimentares arqueanas, os chamados greenstone belts, até as épocas mais recentes do Neógeno. Para alcançar esses objetivos, os profissionais que atuam nas áreas das Geociências utilizam-se de diferentes técnicas e métodos de análises, que, ao final, quando integradas, permitem obter-se uma visão holística do tema estudado. Dentre elas, destacam-se: mapeamentos geológicos e geomorfológicos, análises de produtos de sensores remotos, métodos geofísicos, levantamento e correlação de seções estratigráficas de superfície e subsuperfície, análises laboratoriais (sedimentológicas, geoquímicas, paleontológicas, petrográfica, difratométricas, hidrológicas, dentre outras), análises estruturais, estudos tectônicos e Análise de Bacia (Basin Analyses). A pesquisa pretendida nessa dissertação, diz respeito à reconstrução da paisagem natural paleógena do atual território, localizado na Região Metropolitana de São Paulo RMSP, conforme ilustrado na Figura 1. O estabelecimento desse cenário pretérito é de extrema relevância para o entendimento da paisagem quaternária pré-antrópica dessa região, pois de acordo com diversos autores, como por exemplo Bistrichi (2001), Saadi et al. (2005), Melo et al.(2005) e Etchebehere et al.(2007), na região Sudeste do Brasil, os atributos dos meios físicos e bióticos modernos têm suas características atreladas à evolução cenozóica, a partir do Paleoceno. Na área pesquisada, essa relação adquire importância significativa, pois segundo Oliveira et al.(2005) e Graça (2007), para o município de Guarulhos, verifica-se uma íntima relação entre os seus condicionantes geoambientais pretéritos e o processo histórico de uso e ocupação territorial. O município de Guarulhos é conhecido por possuir parques industriais diversificados e recursos minerais utilizados principalmente pela construção civil, com destaque para areia e brita. Para fins urbano, industrial e agrícola, utilizam-se recursos hídricos subterrâneos, notadamente os provenientes dos sedimentos terciários da Bacia Sedimentar de São Paulo, que ocupa boa parte da área geográfica desse município.

20 3 Figura 1- Mapa da Região Metropolitana de São Paulo, com ênfase à localização do município de Guarulhos. Fonte: Modificado de Acklas Jr. ; Etchebehere e Casado (2003). Por outro lado, os trabalhos relativos ao meio físico desenvolvidos nessa área demonstram, cada vez mais, que essa região possui um forte componente neotectônico na configuração de seus relevos (ACKLAS Jr.; ETCHEBEHERE; CASADO, 2003; OLIVEIRA et al., 2005; GRAÇA, 2007), embora careça de estudos mais detalhados. Dessa forma, espera-se que, com o estabelecimento da evolução tectonosedimentar e da fisiografia das áreas sedimentares na qual Guarulhos encontra-se inserido, esse estudo possa contribuir para uma melhor caracterização dos seus meios físico e biótico, e dos recursos naturais a eles associados, bem como para minimizar os impactos ambientais decorrentes de ocupações antrópicas, que se caracterizam, historicamente, por negligenciar as vocações e fragilidades ambientais dessa porção do território paulista.

21 Objetivo O presente trabalho tem por finalidade identificar e caracterizar os principais sistemas deposicionais presentes na seqüência sedimentar da área de estudo, suas cronologias por meio de datações palinológicas e correlações estratigráficas, além de estabelecer a paleogeografia e a história evolutiva da paisagem natural do município de Guarulhos, a partir dos últimos 65 Ma, com ênfase ao Paleógeno Métodos e técnicas Para alcançar os objetivos propostos foram realizadas as atividades, sumarizadas a seguir. Inicialmente, buscou-se levantar e pesquisar a bibliografia a respeito dos temas relacionados à Neotectônica e às Bacias Rifts do Sudeste Brasileiro RCSB (RICCOMINI, 1989), com ênfase aos aspectos estruturais, estratigráficos, sedimentológicos, paleontológicos e geomorfológicos. Para tanto, pesquisou-se dados e informações publicadas em periódicos nacionais e estrangeiros; teses de doutorado e dissertações de mestrado; relatórios técnicos; resumos, resumos expandidos e trabalhos completos apresentados em eventos técnico-científicos. Paralelamente, realizaram-se compilações em literatura técnica especializada e cartas topográficas, mapas geológicos e geomorfológicos do município de Guarulhos, a fim de orientar os pontos a serem visitados. Os trabalhos de campo, por sua vez, consistiram no levantamento e descrições detalhadas de seções estratigráficas aflorantes. Em cada ponto selecionado, foram descritos os seguintes tópicos: litologias, estruturas sedimentares, seleção dos grãos, tipo de matriz, geometria dos corpos, espessuras das camadas, fósseis, paleocorrentes (tipos e medidas), tipos de contatos e, finalmente, obtenção de documentação fotográfica e coleta de amostras. Dessa forma, foi possível identificar as diversas litofácies presentes na área de estudo, bem como relacioná-las com os processos deposicionais atuantes (fácies). A etapa seguinte consistiu na organização dos dados observados em campo, em termos de fácies. A classificação das fácies foi efetuada com base no esquema de Miall (1996), que ressalta, por meio de letras, maiúscula e minúscula, o tamanho dos grãos e suas características texturais e/ou estruturais, respectivamente.

22 5 As amostras pelíticas coletadas foram acondicionadas em sacos plásticos, para posterior análise palinológica. Esta etapa refere-se exclusivamente ao procedimento de análises laboratoriais, desenvolvidas no Laboratório de Geociências da Universidade Guarulhos, sob a orientação da Profª Drª Maria Judite Garcia. Após a identificação e organização das litofácies em superfície, a análise estratigráfica pretendida foi complementada por 5 seções geológicas de subsuperfície, com base em poços perfurados para exploração de água subterrânea (DINIZ, 1996). Para tanto, os dados apresentados por esse autor foram adaptados ao conjunto de fácies definido anteriormente. Finalizado o mapa de distribuição de fácies, foi realizada uma segunda etapa de campo para cotejar e aferir os dados de subsuperfície com os de superfície. A última etapa dessa pesquisa consistiu na integração dos dados estratigráficos, na reconstrução paleogeográfica do território atual do município de Guarulhos, bem como no estabelecimento da história evolutiva de sua paisagem natural durante o Paleógeno.

23 6 2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS Evolução tectono-sedimentar pós-paleozóica do Sudeste do Brasil A ruptura do megacontinente Gondwana (Figura 2) a 200 Ma, com conseqüente origem do Oceano Atlântico, por volta de 130 Ma, resultou na formação das bacias marginais brasileiras e africanas. Esse processo deu início ao desenvolvimento do Rifte Sul-Atlântico (BUENO, 2004). Desde a década de 70, em território brasileiro, este processo de ruptura tem sido amplamente estudado e classificado sob os preceitos da Teoria da Tectônica de Placas (ASMUS; PORTO, 1972; ESTRELLA, 1972). Posteriormente, em trabalhos elaborados por Asmus e Ponte (1973), Ponte e Asmus (1978), estabeleceu-se uma sucessão evolutiva tectono-sedimentar da margem continental brasileira composta pelas seguintes fases tectônicas: pré-rifte, rifte, protoceano e drifte. Para cada um desses estágios evolutivos, corresponde uma seqüência deposicional, assim denominada: fases prérifte e rifte (continental lacustre, leques aluviais e sistemas fluviais), protoceano (transicional golfo) e drifte (marinho). Figura 2 - Demonstração da disposição das placas desde o Pangea até 50 Ma. Fonte: Adaptado de Tarbuck e Lutgens (1996).

24 7 Há duas grandes correntes quanto às análises dos desenvolvimentos dos riftes brasileiros (BUENO, 2004). Alguns autores como Dias (1991), Magnavita (1992), Cupertino (2000) e Bueno (2004) seguem a proposta tectono-sedimentar de Asmus e Porto (1980), onde a classificação se baseia no reconhecimento do sincronismo entre as fases tectônicas e deposicionais, com o início da fase rifte coincidente às fases deposicionais lacustres. Outros autores, como Figueiredo (1981), Chang, Koswmann e Figueiredo (1988), Matos (1992; 1999) e Destro (1994) consideram seu início durante a época inicial de acumulação de sedimentos, correspondente à Seqüência Continental. Sengör e Burke (1978 apud BUENO, 2004) classificaram as bacias riftes quanto ao comportamento do material ascendente da astenosfera. Quando a extensão estiver relacionada a plumas vulcânicas e fusão do manto por descompressão, tratar-se-ia de um rifte ativo. Já em bacias geradas sob tensões horizontais por movimentos de placas, ocorreria um adelgaçamento litosférico e uma ascensão do material astenosférico, sendo consideradas como modelos de rifte passivo. No segmento sul-sudeste da margem continental brasileira, a ocorrência do vulcanismo basáltico da Província do Paraná, bem como a presença dos arcos Rio Grande, Ponta Grossa e do Platô de São Paulo refletem a forte influência da pluma mantélica Tristão da Cunha na elevação das geotermas na área de desenvolvimento do Rifte Sul - Atlântico, sendo excelente exemplo do modelo de rifte ativo, conforme ilustrado na Figura 3 (BUENO, 2004). Almeida (1986) e Mizusaki e Thomaz Filho (2004) apresentaram estudos sobre o magmatismo pós-paleozóico no Brasil. Esses autores ressaltaram a estreita relação entre esse magmatismo e as estruturas do embasamento pré-cambriano, assim como aos importantes eventos de caráter epirogênico da crosta terrestre oriundos da quebra continental. Esses eventos foram sincrônicos ao desenvolvimento das bacias sedimentares marginais e interiores do Brasil, com idades registradas a partir de 250 Ma (Figuras 4 e 5). Associada à sedimentação nessas áreas, verificam-se manifestações vulcânicas, na forma de derrames e intrusões, que reativaram as estruturas tectônicas herdadas do embasamento cristalino pré-cambriano.

25 8 Figura 3- Demonstração da ocorrência dos derrames de basaltos nas regiões Sul e Sudeste e o modelo de rifte ativo, nos futuros sítios deposicionais das Bacias de Campos, Santos e Pelotas (Brasil) e Namíbia (África). Fonte: simplificado de Bueno (2004).

26 Figura 4 - Distribuição das rochas magmáticas mesozóicas e cenozóicas nas áreas cratônicas, bacias sedimentares interiores e marginais, com destaque para as extrusões, diques e corpos alcalinos. Fonte: Mizusaki e Thomaz Filho (2004). 9

27 10 Figura 5 - Localização das rochas alcalinas e basálticas, mesozóicas e cenozóicas, divididas em três áreas A, B e C demonstrando ainda as ocorrências em áreas emersas e ilhas oceânicas. Fonte: Simplificado de Asmus e Guazelli (1981). Almeida (1986) descreveu três principais fases de magmatismo denominadas: Magmatismo Permo-Triássico, onde há predomínio de material básico de ocorrência principal na região amazônica; Magmatismo Juro-Cretáceo, de caráter básico a alcalino que ocorre em quase todo o território brasileiro, que atingiu seu ápice no Cretáceo Inferior, quando ocorre fragmentação continental supracitada; e, finalmente, Magmatismo Neocretáceo a Terciário, que inclui a maioria das manifestações magmáticas alcalinas do Brasil, com registros até o Mioceno. Dentre as principais bacias marginais, serão analisadas somente as que possuem eventos magmáticos mais relevantes, partindo da região Sul em direção à região Sudeste: Bacia de Pelotas, Florianópolis, Santos, Campos, Espírito Santo, Mucuri, Cumuruxatiba, além do Alto de Cabo Frio (Figura 6).

28 11 O cenário paleogeográfico descrito para região Sudeste do Brasil, durante a fase pré-rifte da evolução da margem continental brasileira, contrasta no interior continental adjacente, no âmbito da Bacia Sedimentar do Paraná, com as deposições das formações Pirambóia e Botucatu, consideradas dois sistemas desérticos distintos, na concepção de Assine; Piranha e Carneiro (2004). Essas duas unidades ocorrem sotopostas às rochas vulcânicas da Formação Serra Geral, cuja principal atividade ocorreu há Ma (MARQUES; ERNESTO, 2004). Com a continuação do processo de separação entre os continentes brasileiro e africano, ocorreram deposições do tipo marinho restrito (evaporitos), correspondentes à fase tectônica proto-oceânica, conforme pode ser visualizado nas Figuras 6 e 7. Figura 6 - Representação estratigráfica esquemática das principais bacias marginais, com destaque nas bacias do sul e sudeste, evidenciando os principais eventos magmáticos. Fonte: Simplificado de Mizusaki e Thomaz Filho, 2004.

29 12 Figura 7- Esquema ilustrativo das seqüências deposicionais, litologia e ambientes deposicionais presentes nas bacias marginais brasileiras. Fonte: Ponte; Dauzacker e Porto (1978). No Albiano, em condições plataformais marinhas rasas, ocorreu principalmente deposição de rochas carbonáticas e siliciclásticas, estas últimas, de forma subordinada. A Figura 8 ilustra a proposição paleogeográfica de Azevedo (2004) para esse período. Na Bacia do Paraná, ainda durante o Cretáceo Inferior, verificou-se a provável deposição do Grupo Caiuá, sobreposta à Formação Serra Geral (ERNESTO et al., 2006). No Cretáceo Superior, no período compreendido entre 80 Ma e 65 Ma, depositou-se o Grupo Bauru, no sentido de Fulfaro et al. (1999). No âmbito da região sudeste emersa, Asmus e Guazelli (1981) destacaram ainda a ocorrência de vários sítios de vulcanismos alcalinos com idades que variam de 80 Ma a 51 Ma. São eles: Cabo Frio, Passa-Quatro, Poços de Caldas, São Sebastião, dentre outros.

30 13 Figura 8 - Esboço paleogeográfico do estágio proto-oceânico da margem continental brasileira. Fonte: Souza-Lima e Hamsi Jr. (2003). O Cenozóico brasileiro ocupa a maior extensão, cerca de 32.4%, do território brasileiro e, em termos relativos, trata-se da era geológica menos conhecida, pois nos últimos 20 anos, nota-se que o nível geral de conhecimento acerca do assunto, avançou relativamente pouco, principalmente em áreas continentais emersas. Recentemente, os estudos concentraram-se em temas específicos relacionados à neotectônica e às variações do nível do mar, avançando sensivelmente o conhecimento dessa Era (cf. SAADI, 1993; RICCOMINI; ASSUMPÇÃO, 1999; SUGUIO, 1999; SAADI et al, 2005). A Figura 9 mostra a distribuição geral do Cenozóico em território brasileiro, onde pode ser observado que há um predomínio do Neógeno e Quaternário em

31 14 relação ao Paleógeno. Este último está limitado a áreas menores, nas regiões Nordeste e Sudeste. Figura 9 Distribuição das principais unidades litoestratigráficas que representam o Cenozóico brasileiro, com 32,4 % da área total. Fonte: Simplificado de Schobbenhaus e Neves (2003). Os registros cenozóicos nas áreas emersas do País são, em sua maior parte, de origem continental, e as unidades terciárias marinhas são representadas por pequenos depósitos. Assim, os depósitos continentais, contrariamente aos marinhos, são, com raras exceções, de difícil datação por serem afossilíferos ou desprovidos de fósseis-guia. Em contrapartida, as bacias costeiras mostram-se bem datadas principalmente porque houve, ao longo dessa época, uma tendência de soerguimento com fases regressivas prevalecentes durante o período, constituindo o estilo geral do País, que terminou no Oligoceno. O Mioceno (base do Neógeno) marca uma importante flutuação transgressiva seguida de uma regressão, demarcando assim, os depósitos paleogênicos dos neogênicos (SCHOBBENHAUS; NEVES, 2003).

32 15 O Oligoceno é marcado por uma importante regressão que repercutiu amplamente em todo território nacional, pois a discordância basal do Mioceno Inferior é registrada em quase toda a região costeira do Brasil. O Quaternário registra as maiores extensões superficiais para o Cenozóico no Brasil, destacando a maior área de sedimentação quaternária, na Formação Içá (Bacia Amazônica) que possui depósitos detríticos continentais, recobrindo em discordância os depósitos da Formação Solimões, onde atribuiu-se uma idade pleistocênica (SANTOS, 1984). Na região centro-oriental do País, foram assinaladas importantes coberturas detrítico-lateríticas, distribuídas de forma ampla e descontínua, onde Melfi (1997 apud SCHOBBENHAUS; NEVES, 2003) admite para os depósitos lateríticos uma cobertura de pelo menos 75% da superfície do Brasil, com pouquíssimas camadas endurecidas. De idade supostamente neogênica, o Grupo Barreiras apresenta sedimentos clásticos continentais afossilíferos, predominantemente arenosos, alternados por depósitos pelíticos. Os sedimentos marinhos miocênicos da Formação Pirabas são recobertos por sedimentos desse grupo. A idade do Grupo Barreiras, principalmente relacionado ao seu limite superior, admitido por alguns autores como pleistocênico (MABESOONE CAMPOS E SILVA; BEURLEN, 1972; BIGARELLA, 1975), tem sido objeto de discussões, pois estudos aprofundados, incluindo a cartografia geológica nas regiões costeiras sustentadas por sedimentos continentais na região sul da Bahia, permitiram conhecer melhor sua origem e suas relações com as unidades pleistocênicas e holocênicas, portanto, atribui-se uma idade mio-pliocênica para esse grupo. Dentre os depósitos cenozóicos do sudeste, que possivelmente estiveram interligadas no passado (SCHOBBENHAUS; NEVES, 2003), destacam-se o Grupo Taubaté (Paleógeno) e as formações Itaquaquecetuba e Pindamonhangaba (Neógeno), nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro; as formações Guabirotuba e Alexandra, no Paraná (COIMBRA et al., 1996; SUGUIO, 2001), onde, sob influência de oscilações climáticas mais as taxas de tectonismo e sedimentação, essas depressões foram preenchidas por depósitos continentais do Paleógeno ao Quaternário (RICCOMINI, 1989). No cenozóico continental brasileiro há um amplo registro de rochas siliciclásticas, que contrapõe-se ao de rochas carbonáticas, representando menos de

33 16 1% do total. Nesse contexto, incluem-se as rochas calcárias, altamente fossilíferas, de origem marinha das formações Pirabas, da Bacia de Barreirinhas (Mioceno) e Maria Farinha, da Bacia de Pernambuco-Paraíba (Paleoceno), representando unidades aflorantes de margens passivas. Já para os depósitos carbonáticos de origem continental, destacam-se os calcários da Bacia de Itaboraí (Terciário), Estado do Rio de Janeiro; as tufas calcárias, registradas no Estado do Mato Grosso do Sul na Serra da Bodoquena e os calcretes da Formação Xaraiés e, ainda os calcretes da Formação Caatinga, na Bahia, tiveram sua formação no Quaternário, bem como, os espeleotemas depositados nas inúmeras cavernas de terrenos calcários (SCHOBBENHAUS; NEVES, 2003). As regiões sul e sudeste recebem destaque no Cenozóico, onde no início do Paleógeno, a crosta continental emersa da Plataforma Sul-Americana volta a sofrer processos distensionais, conduzindo à formação de bacias de sedimentação espacialmente restritas, do tipo rifte, como por exemplo as bacias de: Curitiba, Cananéia, São Paulo, Taubaté, Resende, Volta Redonda, Itaboraí, que irão compor o denominado Rift Continental do Sudeste Brasileiro - RCSB (RICCOMINI, 1989), além da ocorrência de várias outras menos conhecidas, conforme pode ser visualizada na Figura 10. Efusão de lavas ankaramíticas, com idades entre 42 Ma e 53 Ma, acompanharam a sedimentação nas bacias de Volta Redonda e Itaboraí, respectivamente (ZÁLAN, 2004). As bacias de Taubaté, Itaboraí e Fonseca destacam-se por seu conteúdo fossilífero excepcional, já as demais por sua importância no registro da história sedimentar, tectônica ou morfoestrutural do Cenozóico, geradas pela evolução do Rifte do Sudeste do Brasil ao longo da costa sudeste do Brasil (ALMEIDA, 1976; MELO; VINCENS; TUCHOLKA, 1985; RICCOMINI, 1989). Durante o Cenozóico, as bacias marginais de Santos e Campos apresentam uma sedimentação caracterizada por um sistema de leques costeiros plataforma talude bacia, transgressivo/regressivo, com discordâncias separando as seqüências deposicionais (PEREIRA; FEIJÓ, 1994; RANGEL et al., 1994). No início do Paleógeno, a crosta continental emersa da Plataforma Sul- Americana volta a sofrer processos distensionais, conduzindo à formação de bacias tectônicas do tipo rifte, como por exemplo as bacias de: Curitiba, Cananéia, São Paulo, Taubaté, Resende, Volta Redonda, Itaboraí, que irão compor o denominado Rift Continental do Sudeste Brasileiro - RCSB (RICCOMINI, 1989), além da

34 17 ocorrência de várias outras menos conhecidas, conforme pode ser visualizada na Figura 10. Efusão de lavas ankaramíticas, com idades entre 42 Ma e 53 Ma, acompanharam a sedimentação nas bacias de Volta Redonda e Itaboraí, respectivamente (ZÁLAN, 2004). O preenchimento sedimentar desses grábens continentais paleógenos é caracterizado pelo predomínio de rochas clásticas grossas a finas, depositadas por processos característicos de leques aluviais, rios e lagos, com ampla documentação fossilífera (GARCIA; SAAD, 1996). A partir do Mioceno, verificam-se fases deformacionais nos riftes paleógenos, bem como a formação de novas bacias tectônicas, de menor porte, com ocorrências registradas desde a costa leste até o interior continental (RICCOMINI, 1989; CAMPANHA, 1994; NEVES, 1999; BISTRICHI, 2001; RICCOMINI; SANT ANNA; FERRARI, 2004), caracterizando a influência de eventos neotectônicos (HASUI, 1990) nessas regiões Rifte Continental do Sudeste Brasileiro No cenário cenozóico da região sudeste do Brasil, em sua porção emersa, vislumbra-se um conjunto de bacias sedimentares tafrogênicas, reunidas sob a denominação de Sistema de Riftes da Serra do Mar, designado por Almeida (1976). Riccomini (1989) propôs a designação de Rift Continental do Sudeste Brasileiro (Figura 10), onde esse conjunto de bacias cenozóicas possuí feições tectônicas que se desenvolveram desde a Bacia de Curitiba (PR) até a Barra de São João (RJ), numa extensão de pouco mais de 900 km (RICCOMINI; GIANNINI; MANCINI, 2000). Morfologicamente, apresenta-se como uma faixa estreita e deprimida, alongada segundo a direção ENE, seguindo a linha de costa atual, da qual dista em média 70 km, alcançando o Oceano Atlântico em seus limites sudoeste e nordeste. Estudos estratigráficos desenvolvidos nessas bacias mostraram que a sedimentação é eminentemente continental e, de uma forma geral, o preenchimento se deu por meio de processos relacionados a leques aluviais, rios entrelaçados e lagos (RICCOMINI, 1989; CAMPANHA, 1994). No interior do continente, ocorrem depósitos menores, mas não menos importantes, em direção a oeste, numa faixa imediatamente paralela às Bacias de

35 18 São Paulo e de Taubaté, descritos por Neves (1999) e Bistrichi (2001). São eles: Jundiaí, Jarinu, Bragança Paulista, Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Piracaia e Igaratá-Santa Isabel (Figura 10). De acordo com Bistrichi (2001), o empilhamento sedimentar dessas bacias pode ser dividido em duas seqüências deposicionais de idades eocênica/oligocênica e miocênica, respectivamente, tendo por base dados palinológicos (GARCIA; SANTOS; HASUI, 2000 ; GARCIA et al., 2000). Via-de-regra, essas seqüências são compostas por associações de fácies relacionadas a sistemas de leques aluviais, fluviais e lacustres. No Estado de Minas Gerais, em sua porção sul, no domínio da Serra da Mantiqueira, Santos (1999) descobriu os depósitos sedimentares de Aiuruoca. Tratase de uma bacia do tipo rifte, preenchida por sedimentos clásticos grossos e finos, cujas litofácies também sugerem deposição em sistemas de leques aluviais e lacustres, respectivamente (Figura 10).

36 19 Figura 10 - Localização do Rifte do Sudeste Brasileiro pontuando as bacias e depósitos Terciários e Quaternários. Fonte: Garcia et al.,(2008)

37 Bacia Sedimentar de São Paulo Inserida no contexto do Rifte Continental do Sudeste Brasileiro, a Bacia Sedimentar de São Paulo, sofreu um retalhamento por falhas pós-sedimentares resultando em soerguimentos e abatimentos localizados de seu substrato (RICCOMINI; SANT ANNA; FERRARI, 2004). De acordo com esses autores, em função de seu formato e distribuição de fácies sedimentares, essa bacia originalmente se tratava de um hemigráben (Figuras 11 e 12), controlado por falhas normais reativadas ao longo das zonas de cisalhamento proterozóicas de Taxaquara e Jaguari dispostas ao longo de sua borda norte. Os sedimentos distribuem-se em uma depressão irregular de aproximadamente km 2, sendo seu eixo maior com 75 km, compreendido entre os municípios de Arujá e Embu-Guaçu e o seu menor, com 25 km, compreendido entre o bairro de Santana, em São Paulo, e o município de Santo André. Essa bacia é marcada por sistemas de falhas denominadas Taxaquara- Jaguari na sua porção norte que compreende sua borda retilínea; já a sul, apresenta contatos irregulares com embasamento Pré-cambriano (TAKYIA, 1997; RICCOMINI; SANT ANNA; FERRARI, 2004). Segundo Takiya (1991), dados de sondagens indicam que a maior espessura de sedimentos preservados atinge 290 m; Diniz (1996) informa que o gráben do Baquirivu-Guaçu, na região de Guarulhos, situado na porção nordeste da Bacia de São Paulo, apresenta sedimentos com espessura de até 225 m. Os sedimentos terciários que compõem essa Bacia abrangem uma seqüência basal, de idade paleógena, constituída pelas formações Resende, Tremembé e São Paulo, reunidas no Grupo Taubaté, e recobertas de forma discordante pela Formação Itaquaquecetuba, conforme mostra a Figura 12. A Figura 13 exibe o quadro estratigráfico proposto por Riccomini; Sant Anna e Ferrari (2004), para o segmento central do Rifte Continental do Sudeste Brasileiro, onde a Bacia Sedimentar de São Paulo encontra-se inserida.

38 Figura 11- Mapa geológico da Bacia de São Paulo e porção sudeste da Bacia de Taubaté: 1- Embasamento Pré-Cambriano; 2- Formação Resende (leques aluviais proximais); 3- Formação Resende (sistema de leques aluviais medianos a distais associados a planície aluvial de rios entrelaçados); 4- Formação Tremembé ; 5- Formação São Paulo; 6- Formação Itaquaquecetuba; 7- Sedimentos quaternários; 8- Falhas cenozóicas em parte reativadas do embasamento précambriano. Fonte: Riccomini; Sant Anna e Ferrari (2004). 21

39 22 Figura 12- Seções geológicas na Bacia de São Paulo construídas a partir de dados de sondagens subterrânea e observações de superfície. 1) Embasamento pre -cambriano; 2) orto e paraconglomerados de leques aluviais proximais da Formação Resende; 3) Lamitos de leques aluviais medianos e distais da Formação Resende; 4)Lamitos de leques aluviais distais e, principalmente, areias e conglomerados de sistema fluvial entrelaçado da Formação Resende; 5) Predominância de areias grossas e conglomerados de sistema fluvial entrelaçado da Formação Resende; 6) Sistema lacustre da Formação Tremembé; 7) Sistema fluvial meandrante da Formação São Paulo; 8) Aluviões quaternários; 9) falha normal (A) e falha transcorrente. Fonte: Riccomini; Sant Anna e Ferrari (2004).

40 23 Figura 13- Quadro litoestratigráfico e evolução tectono-sedimentar do seguimento central do RCSB (Rift Continental do Sudeste do Brasil). Fonte: Simplificado de Riccomini; Sant Anna e Ferrari (2004). Formação Resende Inicialmente definida por Amador (1975), na bacia homônima, seus depósitos compreendem grande parte do pacote de idade paleógena. Posteriormente, Riccomini (1989) define essa formação como constituída por depósitos oriundos de leques aluviais, os quais na sua fácies proximal verifica-se a predominância de conglomerados polimíticos, brechas e diamictitos e, em sua fácies mediana e distal, caracteriza-se por lamitos associados a arenitos e conglomerados, associados aos sistemas de rios entrelaçados. Pertencente à Bacia de São Paulo, a Formação Resende representa, expressivamente, a de maior volume, com cerca de 80% do preenchimento sedimentar da bacia (RICCOMINI; COIMBRA, 1992). Em função dos contados de sedimentos interdigitados entre as formações São Paulo e Tremembé, Campanha (1994) sugere a ocorrência concomitante de

41 24 diversos sistemas deposicionais durante o preenchimento da bacia, formando um único trato de sistema. Formação Tremembé A Formação Tremembé é constituída principalmente por camadas tabulares de argilas siltosas de coloração que varia de preta a cinza esverdeada, com localização restrita na Bacia de São Paulo, onde foi encontrada próxima à Estação Barra Funda do METRÔ, nos arredores do Parque Antártica (bairro da Lapa), e da Rua Oriente no Bairro do Pari. Essas ocorrências são registradas apenas em subsuperfície (TAKIYA, 1997). A área total da Formação Tremembé na Bacia de São Paulo é de aproximadamente 4 km 2, com espessuras que podem ultrapassar, em alguns pontos, 60 metros (TAKIYA, 1991,1997; RICCOMINI; COIMBRA, 1992; RICCOMINI; SANT ANNA; FERRARI, 2004). Os sedimentos pertencentes à essa unidade foram datados do Oligoceno (LIMA; MELO, 1989). Formação São Paulo Essa unidade é caracterizada por possuir depósitos de sistema fluvial meandrante com planície de inundação bem desenvolvida, onde as litofácies predominantes possuem conglomerados e arenitos com estratificação planoparalela, passando a acanaladas e cruzadas, gradando para siltitos laminados e argilitos, que caracterizam depósitos de canal, barra de pontal e planície de inundação, respectivamente (TAKIYA, 1997). Datações palinológicas realizadas nos linhitos aflorantes nas proximidades da cidade de Guararema (SP), onde os depósitos foram interpretados como fácies de meandro abandonado por Riccomini (1989), apontaram idades neo-oligocenas (LIMA; SALARD-CHEBOLDAEFF; SUGUIO, 1985; YAMAMOTO, 1995). Aparentemente, um dos motivos pelo qual essa unidade encontra-se em cotas mais altas, cerca de 780 m (TAKIYA, 1991), está diretamente relacionado à, que protejem os depósitos arenosos (SUGUIO; BARBOUR, 1969; SÍGOLO; OHNUMA, 1991).

42 25 Formação Itaquaquecetuba A Formação Itaquaquecetuba possui depósitos sedimentares atribuídos a sistema fluvial entrelaçado associado a leques aluviais (COIMBRA; RICCOMINI; MELO, 1983; RICCOMINI; SANT ANNA; FERRARI, 2004). Estudos recentes realizados por Zanão; Castro; Saad (2006), apontam para deposição dentro de um trato de sistema de leques aluviais, com processos canalizantes internos, possivelmente do tipo fluvial meandrante. Via de regra, essa unidade é encontrada em cotas inferiores a 710 m, sob os sistemas aluviais dos rios Tietê, Tamanduateí e Pinheiros (TAKIYA, 1997; RICCOMINI, 1989; RICCOMINI; COIMBRA, 1992). Conforme pode ser observada na Figura 14, sua seção-tipo, localizada no Porto de Areia Itaquareia I (município de Itaquaquecetuba), onde observa-se que sua constituição predominante é composta de arenitos grossos arcoseanos, mal a medianamente selecionados, exibindo estratificações cruzadas tabulares e acanaladas, que podem ou não conter níveis argilo-siltosos e, eventualmente, arenosos, de coloração castanha-escura, ricos em matéria orgânica; apresenta ainda, níveis de conglomerado com seixos de quartzo e quartzito bem arredondados. Figura 14- Formação Itaquaquecetuba demonstrando arenitos médios a grossos com estratificação cruzada. Créditos: Foto de Maria Judite Garcia (1986).

43 26 Riccomini; Sant Anna e Ferrari (2004), consideraram que a deposição dessa unidade teria ocorrido no Mioceno Inferior, com base nos estudos palinológicos de Arai e Yamamoto (1995). No entanto, Melo; Vicens; Tucholca (1985), Melo; Caetano; Coimbra (1986), Lima e Melo (1989), Garcia et al. (2004), Santos et al. (2006) apontaram para os intervalos superiores do Paleógeno, como sendo a idade mais provável para a sedimentação da Formação Itaquaquecetuba. Finalmente, Santos (2008) propôs a idade neo-eocena/eo-oligocena para essa formação. 2.3 Fácies e Associações de Fácies Fácies é uma palavra de origem latina, introduzida na literatura geológica por Gressly (1830 apud SUGUIO,1998) que significa aspecto, aparência, forma ou característica. De acordo com Etchebehere (2000), com base em Selley (1982), em sedimentologia esse conceito poderia ser entendido como um conjunto de atributos de uma rocha ou unidade sedimentar, que possibilitaria sua distinção com relação a outros corpos adjacentes. Dentre esses atributos, destacam-se a geometria dos corpos, composição lítica, estruturas sedimentares, padrão de paleocorrentes e presença de fósseis, os quais se relacionam diretamente com os processos deposicionais que atuaram à época de sedimentação. As associações de fácies consistem em agrupamentos de fácies geneticamente relacionadas, cujas características e inter-relações permitem inferir os ambientes de sedimentação (ETCHEBEHERE, 2000; ETCHEBEHERE; SAAD, 2003). 2.4 Sistemas Deposicionais Leques aluviais De acordo com Assine (no prelo), leques aluviais são sistemas deposicionais em forma de leque aberto ou de seguimento de cone, caracterizados por canais fluviais distributários de grande mobilidade lateral, ao contrário dos sistemas fluviais típicos, cujos padrões de drenagem são contributários.

44 27 Ainda, segundo esse mesmo autor e Miall (1990 apud MIALL,1996),os leques ocorrem em planícies ou vales largos formados por rios provenientes de relevos altos adjacentes, que se espraiam originando um padrão radial (Figura 15), em função do desconfinamento de seu fluxo. Os componentes desse sistema decrescem das cabeceiras em direção à base, originando perfis côncavos, em sua porção longitudinal, e, convexo, em sua porção transversal (Figura 16). Atualmente, os leques aluviais podem ser classificados em dois tipos principais: o primeiro deles, dominado por fluxos de gravidade, tem seu declive maior que 1,5º e apresenta gradiente maior que 0,026m/m, são controlados por fatores climáticos ou em áreas onde o tectonismo é bem ativo; o segundo denominado de leques fluviais, tem declives menor que 0,4º e gradiente menor que 0,007m/m, típicos de climas úmidos (STANISTREET; McCARTHY, 1993; MIALL, 1996; SUGUIO, 2003; ASSINE, no prelo). A seguir, serão apresentadas as principais características estratigráficas de cada um desses tipos, tendo por base Assine (no prelo). Figura 15- Exemplo de leque aluvial atual demonstrando o padrão radial de espraiamento de material. Fonte: Miller,1999.

45 28 Figura 16- Perfis longitudinal (A-B) e transversal (C-D) demonstrando os componentes decrescentes da cabeceira em direção à base em leques aluviais. Fonte: Simplificado de Spearing (1974 apud SUGUIO, 2003). Leques dominados por fluxos de gravidade Esses leques têm sido referidos como típicos de climas áridos e semi-áridos, porém podem ocorrer em climas úmidos, principalmente quando a concentração das chuvas ocorre em determinados períodos do ano, onde os solos da área- fonte são espessos. De acordo com Della Fávera (2001), esses leques pertencem aos tipos mais comuns encontrados no registro geológico e podem ser subdivididos em duas porções principais: apical e distal. A porção apical caracteriza-se por conglomerados completamente desorganizados; quando presentes, as estratificações são pobremente desenvolvidas, provenientes de fluxos de detritos canalizados; localmente ocorrem ciclos marcados por quebras granulométricas e erosão basal (scouring); verificam-se raras e delgadas separações de argila; os depósitos ocorrem através de mecanismos de fluxo detrítico (debris flow) e inundações de lençol (sheet flood);

46 29 apresenta sua porção superficial superior convexa, enquanto que a inferior é plana, conforme demonstra a Figura 16. Della Fávera (2001) cita como exemplos brasileiros, depósitos da Formação Slavador, Bacia do Recôncavo (Eocretáceo); as Formações Rio Pitanga e Carmópolis da Bacia de Sergipe-Alagoas; Formação Pendência na Bacia Potiguar; Formação São Tomé na Bacia de Campos, entre outros. Na porção distal, verificam-se os conglomerados e arenitos grossos, com estratificação bem desenvolvida; ocorre arranjo em ciclos de pequenas espessuras com disposição de granodecrescência ascendente (fining upwards), em função do acanalamento múltiplo (multiple channing) que, apesar de ser muito comum nesse tipo de depósito, apresenta certas dificuldades relacionadas ao seu reconhecimento; as intercalações pelíticas são mais freqüentes que nas porções apicais; finalmente, o transporte de material ocorre através de correntes de canais entrelaçados rasos. É importante ressaltar que, diferentemente dos leques do tipo fluvial, verificase escassa vegetação nesse tipo de leque, como será discutido adiante. A Figura 17 apresenta as principais fácies características das porções proximais dos leques dominados por fluxo de gravidade. Conforme pode ser observado nessa figura, e na Figura 18, predominam as fácies de fluxos de detritos, de fluxo fluidificado e em menor proporção, fluxo de corrente. Na porção distal predominam fácies lacustres, de planícies de inundação ou de dunas (Figura 16). Figura 17- Fácies características das porções proximais de leques dominados por fluxos de gravidade. Fonte: Assine (no prelo).

47 30 Figura 18- Leques dominados por fluxos de gravidade. Fonte: Adaptado de Satanistreet e McCarthy (1993). Leques Fluviais Os leques fluviais são representados essencialmente por sistemas de baixo gradiente que podem ser dominados por rios permanentes ou intermitentes, onde predominam dois tipos principais: leques de rios entrelaçados e leques de baixa sinuosidade e/ou meandrantes (STANISTREET; McCARTHY, 1993). O primeiro tipo é constituído de carga sedimentar clástica, variando de conglomerática a fina. Na porção proximal, as fácies são caracterizadas pela alta porcentagem de cascalhos, conforme pode ser observado na Figura 19; na porção intermediária ocorrem barras longitudinais de cascalhos e transversais de areias grossas; na porção distal há predomínio de barras transversais e dunas arenosas. Neste tipo de leques verifica-se a presença de alguma vegetação ao longo dos canais. Seu declive é moderado e, ao longo dos canais ocorrem pouca vegetação, cujo modelo é o leque de Kosi na Índia (SINGH; PARKASH; GOHAIN, 1993). O segundo tipo mostra-se dominado por cinturões de rios meandrantes e, além disso, a vegetação nesse tipo de leque é muito importante, pois é responsável pela estabilização dos canais e descarga sedimentar mais concentrada e contínua. Em sua porção proximal, as fácies são formadas por faixas de meandros muito ativos, planícies de inundação pantanosas e diques marginais com vegetação; em sua porção intermediária, ocorrem rios de baixa sinuosidade, diques marginais com

48 31 vegetação; na porção distal, os rios de baixa sinuosidade se mantêm, porém com canais pouco confinados, para esse tipo o modelo descrito baseou-se no leque do Rio Okavango em Botswana conforme Stanistreet e McCarthy (1993). Essa configuração pode ser observada na Figura 20. Figura 19- Leque fluvial entrelaçado. Fonte: Adaptado de Satanistreet e McCarthy (1993). Figura 20- Leques de rios entrelaçados. Fonte: Adaptado de Satanistreet e McCarthy (1993).

49 Fluvial Os depósitos sedimentares originados pela ação de rios são, depósitos de canal geralmente, de natureza tracional, cujo arranjo interno obedece às variações do regime de fluxo e, este por sua vez, é resultante da interação entre a corrente d água e o fundo arenoso do leito. Essa interação gera diversas formas de leito, as quais são funções da carga transportada, da velocidade da corrente e da profundidade do local de deposição (DELLA FÁVERA, 2001). Em um regime de fluxo crescente, pode-se ter as seguintes condições: ausência de movimento; formação de laminação plano-paralela de regime inferior associada a ripples; dunas com riples superpostos; dunas ou ondas de areia; camadas de transição; laminação plano-paralela; antidunas; e transporte total. De acordo com Della Fávera (op. cit.), as quatro primeiras situações representam regime de fluxo inferior, enquanto que as últimas duas fazem parte de um regime superior (Figura 21). Figura 21 Diferentes formas de leitos de fundos arenosos e suas relações com as granulometrias para diferentes regimes de fluxo. Tanto em microndulações como em macrondulações as cristas de marcas onduladas tendem a se ternar descontínuas com incremento da energia de fluxo, onde a= cristas retilíneas; b= cristas ondulatórias; c= cristas linguóides e d= cristas em meia lua. Fonte: Simplificado Suguio, 2003.

50 33 De modo bastante simplificado, a sedimentação fluvial pode ser definida como dois tipos principais de depósitos: os de rios entrelaçados e os de rios meandrantes. Os depósitos de rios entrelaçados resultam de rios em que os canais arenosos migram continuamente. A geometria desses corpos arenosos e a seqüência vertical encontram-se esboçados na Figura 22 (DELLA FÁVERA, 2001) Figura 22- Seqüência vertical e bloco diagrama de corpos arenosos resultantes dos depóstos de rios entrelaçados. Fonte: Della Fávera (2001). Na literatura especializada, existem autores que apontam feições diagnósticas de depósitos dos rios entrelaçados (MIALL, 1996; SUGUIO, 2003). Para Della Fávera (2001), podem ser citadas os seguintes: Disposição em corpos tabulares, formados de pequenas unidades lacustres, com arranjo de granodecrescência ascendente, a partir de depósitos conglomeráticos na base (lag ou depósitos residuais). Quando inteiramente conglomeráticos, não se percebem estruturas internas, com exceção de laminação incipiente. Quando arenosos, a estrutura predominante é estratificação cruzada tipo tabular, resultante da migração de barras longitudinais ou transversais, ocorrendo tembém estratificação cruzada tipo acanalada (festão); ausência quase que total de depósitos de transbordamento.

51 34 Os depósitos de rios meandrantes, por sua vez, apresentam, como grande diferencial, a presença de planície de inundação, formadas por depósitos argilosos, assim como lagos de meandro abandonado. A Figura 23 exibe em planta e em perfil, as principais características desses tipos de depósitos fluviais. Figura 23- Seqüência vertical e bloco diagrama de corpos argilosos resultantes dos depóstos de rios meandrantes. Fonte: Della Fávera (2001) Lacustre Esteves (1988) define lagos como corpos d água sem ligação direta com o mar, cuja formação é função básica da existência de uma depressão na superfície da Terra e de um balanço hidrológico favorável. Atualmente, os lagos cobrem menos de 1% da superfície do planeta e contém cerca de 0,02% da água nele existente. O ambiente lacustre caracteriza-se por apresentar águas relativamente tranqüilas, geralmente dulcícolas, embora existam alguns deles com variações na concentração de sal, chegando até a hipersalinidade (SUGUIO, 2003). Quanto à origem, dentre os diversos tipos de bacias lacustres, como por exemplo, cárstico, barragens, cratera, glacial, dentre outros. As de origem tectônica

52 35 são em geral as mais duradouras no tempo geológico (GONÇALVES, 2001). Nesses casos, a interação entre a subsidência, aporte sedimentar e balanço hídrico controla as características físicas e químicas da massa d água, a natureza e a arquitetura dos depósitos sedimentares, bem como suas fácies econômicas. Por exemplo, nas bacias em que predomina a subsidência em relação ao aporte sedimentar, ocorre o favorecimento da implantação de lagos profundos; por outro lado, o inverso, tende a formar lagos rasos e/ou pântanos (GONÇALVES, op. cit.). Com relação ao balanço hídrico, lagos em que o efluxo supera o influxo da água, costumam ser salinos e efêmeros; caso contrário, predominam as progradações deltaicas, em associação à depósitos turbidíticos e de escorregamento em meio a depósitos pelíticos típicos de sedimentação lacustres acumulados próximos ao depocentro (SUGUIO, 2003). Esse modelo pode ser aplicado à Bacia do Recôncavo, de idade cretácica (Figura 24). Na Bacia de Taubaté, de idade terciária, os leques deltaicos (fácies marginal) interdigitam-se com as fácies lacustres, portadoras de turbiditos (Figura 25); Figura 24 Sistemas deposicionais da Seqüência dos Lagos da Formação Salvador (Cretáceo) da Bacia do Recôncavo (BA). Fonte: Medeiros e Ponte (1981 apud SUGUIO, 2003).

53 Figura 25- Seção geológica esquemática transversal à Bacia de Taubaté (SP). Fonte: Suguio (2003). 36

54 37 3 CARACTERÍSTICAS DO MEIO FÍSICO DA ÁREA DE ESTUDO Para integrar o entendimento da área estudada serão apresentadas a seguir, características relacionadas ao município de Guarulhos, localizado na porção norte da Bacia de São Paulo (Figura 26). Os aspectos relativos ao meio físico estão inseridos dentro dos contextos geológico, geomorfológico, hidrogeológico, recursos minerais e climáticos. Figura 26- Localização da Bacia de São Paulo na RMSP. Fonte: Modificado de Campos e Albuquerque Filho (2005).

55 Geologia O arcabouço geológico do município de Guarulhos (Figura 27) engloba as unidades litológicas formadas por rochas metamórficas, tais como migmatitos, gnaisses, filitos, micaxistos, quartzitos e metanfibolitos de idade proterozóica, pertencentes aos grupos Serra de Itaberaba / São Roque (indivisos), conforme proposto por Juliani; Beljavskis; Schorscher, (1986) e Juliani (1993). Verificam-se ainda, granitos e dioritos que resultaram em suítes graníticas de idade neoproterozóica. Dentro do contexto das rochas sedimentares, ocorrem conglomerados, arenitos conglomeráticos, arenitos grossos e, em menor quantidade, arenitos médios a finos e argilitos, enfeixados na Formação Resende por Riccomini e Coimbra (1992),Takiya (1997), Riccomini; Sant Anna; Ferrari (2004), Campos e Albuquerque Filho (2005). A julgar por esses autores, tais sedimentos seriam de idade eocênica/oligocênica. Ocorrem, ainda, depósitos de aluviões fluviais quaternários compostos por areias inconsolidadas, de granulação variável; secundariamente, argilas e cascalheiras fluviais. As principais feições estruturais mapeadas no município de Guarulhos encontram-se representadas pela falha do rio Jaguari, falhamento transcorrente, posicionado ao centro do território com direção SW-NE; pelas falhas do Veigas e do Cabuçu, igualmente, de direção SW-NE; e, secundaramente, por falhas indiscriminadas, de direção NNW-SSE.

56 Figura 27- Arcabouço geológico do município de Guarulhos, evidenciando as principais unidades litológicas e feições estruturais Fonte: Adaptado de EMPLASA (1984). 39

57 Geomorfologia e Pedologia As características geoambientais do município de Guarulhos, com ênfase ao meio físico, foram estudadas por Pires Neto (2004) e Oliveira et al. (2005). A geomorfologia foi abordada sob o ponto de vista dos tipos de relevo, caracterizados pelos seguintes parâmetros: amplitude (m), comprimento de rampa (m), inclinação (%), altitude (m), morfometria, substrato rochoso, cobertura detrítica e morfodinâmica, tendo por base o trabalho de Pires Neto (1996), que enfocou as formas de relevo presentes no Planalto Atlântico Paulista. Graça (2007) subdividiram o município de Guarulhos em dois macrocompartimentos, separados entre si pela Falha do Rio Jaguari, caracterizados por formas de relevo distintas. O Quadro1 e a Figura 28 contemplam a subdivisão elaborada por essa autora. MACROCOMPARTIMENTO SUL NORTE FORMAS DE RELEVO Planícies Fluviais (Pf) Colinas (Co) Morrotes paralelos (Am) Amorreados (Am) Morros e Montanhas (Mn) Escarpas (E) Quadro 1- Formas de relevo identificadas no município de Guarulhos. Fonte: Graça (2007). De acordo com Andrade (1999), os solos predominantes no município de Guarulhos são os Latossolos e Podzólicos, variedade Vermelho-Amarelo. Estes podem incluir, subordinadamente, outras variedades e tipos, como por exemplo, Cambissolos, em relevos montanhosos, e Gley Hidromórficos, em fundos de vale e nas várzeas. O tipo Podzólico Vermelho-Amarelo está associado às formas de relevo mais declivosas (ANDRADE, 1999). A distinção entre os horizontes A-B-C é moderada. O horizonte B, considerado o mais importante do ponto de vista de classificação, apresenta espessura entre 0,50 e 1,00 m e textura argilosa.

58 41 Figura 28- Tipos de relevo do município de Guarulhos. Fonte: Oliveira et al., (2005).

59 Hidrogeologia No município de Guarulhos são encontrados dois tipos principais de aqüíferos: fissural e sedimentar (DINIZ, 1996; ANDRADE, 1999). A água em aquíferos do tipo fissural fica acondicionada em fraturas e fissuras, na porção inalterada da rocha. Esse tipo, no entanto, corresponde a cerca de 60% da área total do município. Relaciona-se às rochas pertencentes aos grupos Serra de Itaberaba e São Roque, e às suítes graníticas. Geralmente, no aqüífero fissural, as vazões são baixas, ocorrendo em torno de 2 a 6 m³/h; eventualmente, podem alcançar valores de 30m³/h (Figura 29). Figura 29- Mapa de contorno estrutural do topo do embasamento cristalino na bacia do rio Baquirivu-Guaçu, contendo as vazões dos poços do aqüífero cristalino. Fonte: DINIZ, O tipo sedimentar está associado aos sedimentos terciários da Bacia Sedimentar de São Paulo, que possui composição litológica constituída por rochas clásticas grossas e possuem vazões em média de 18 m³/h, sendo que, no Gráben do Baquirivu-Guaçu, podem atingir até 120m³/h (Figura 30).

60 43 Figura 30- Mapa com o contorno estrutural do embasamento e espessuras de sedimentos com as classes de vazões dos poços do sistema aqüífero sedimentar. Fonte: DINIZ, Clima A posição geográfica da região Sudeste, situa-se, parte dela, sob a linha imaginária denominada Trópico de Capricórnio, proporcionando-lhe forte radiação solar, pois está situada em uma área de transição entre duas grandes regiões dominadas por climas muito diferentes. Ao Sul, está especialmente controlado pelas massas de ar de origem polar, e a Nordeste, controlado pelas massas de ar provenientes da Zona de Convergência Intertropical e pela poderosa zona de influência dos ventos alísios, por sua vez impulsionados pelo Anticiclone Móvel do Atlântico Sul (NIMER, 1989). O município de Guarulhos, em função de sua topografia e conexão com o setor oeste da Serra da Mantiqueira, está inserida em uma zona climática mais fria e relativamente mais úmida. Segundo a Figura 31, essa região está na área geográfica caracterizada pela isolinha de 30 dias secos por ano e nas proximidades

61 44 da isolinha de 60 dias secos, que delimita as antigas áreas de ocorrência das Florestas Ombrófila Densa e a Estacional Semidecidual. Com inverno frio e seco, no município de Guarulhos, as temperaturas médias podem atingir 15ºC, enquanto que nos meses de verão a média pode variar entre 23ºC e 24ºC. Segundo a Estação Agroclimatológica nº , conveniada ao Departamento Nacional de Meteorologia do Ministério da Agricultura, localizada no campus da Universidade Guarulhos, a precipitação média anual do município de Guarulhos varia de a mm. Essa variação é função de fenômenos como La Niña, que no ano 2.000, causou grande precipitação em todo o território, sendo um dos mais úmidos dos últimos 5 anos. Em Guarulhos, naquele ano, a precipitação anual foi de mm, enquanto que em 2003, um dos mais secos dos últimos 5 anos na região Sudeste (INPE, 2006), a precipitação foi de, apenas, 990,7 mm.

62 45 4 ANÁLISE DE FÁCIES: APLICAÇÃO NA ÁREA DE ESTUDO Na presente pesquisa, optou-se por utilizar a terminologia de fácies continentais proposta por Miall (1996), que estabeleceu códigos combinados de letras maiúsculas e minúsculas para designar as principais litofácies encontradas quer em depósitos antigos quer nos atuais. Conforme pode ser observado no Quadro 2, na área de estudo, foram identificadas 9 litofácies distintas e suas respectivas descrições estão contemplados no ANEXO I. CÓDIGOS LITOFÁCIES DESCRIÇÃO PROCESSO SEDIMENTAR Cgm Cge Dim Agm Conglomerado maciço Conglomerado estratificado Diamictitos /Lamitos seixosos Arenitos grossos maciços Conglomerados constituídos por seixos milimétricos a centimétricos, polimíticos, mal arredondados, dispersos caóticamente Encontram-se suportados por clastos ou matriz. Nesse último caso, a matriz é geralmente arenosa e caulínica. Apresentam cores variegadas. Conglomerados constituídos por seixos quartzíticos, milimétricos a centimétricos, mal arredondados e matriz arenosa caulinítica. Apresentam estratificações cruzadas acanaladas, pouco desenvolvidas. Ocorrem localmente, subordinados aos conglomerados maciços. Sedimentos desorganizados, com matriz argilosa maciça; apresentam seixos milimétricos a centimétricos, mal arredondados e dispersos caoticamente na matriz. Possuem coloração laranjaavermelhado. Arenitos grossos, maciços com matriz caulínica, contendo seixos quartzosos, regularmente arredondados, milimétricos a centimétricos. Fluxos gravitacionais (debris flow). Fluxos de detritos canalizados. Fluxos gravitacionais (debris flow) Fluxos gravitacionais (debris flow) Age Arenitos grossos estratificados Arenitos grossos com estratificações cruzadas acanaladas; contém seixos quartzosos, regularmente arredondados, milimétricos a centimétricos em matriz caulínica. Ocorre de maneira subordinada. Fluxos de detritos canalizados Amm Arenitos médios maciços Arenitos médios, maciços com matriz caulínica, contendo seixos quartzosos, regularmente arredondados a arredondados, milimétricos a centimétricos. Fluxos gravitacionais Afm Arenitos finos maciços Arenitos finos, maciços com matriz caulínica Fluxos gravitacionais Afe Arenitos finos estratificados Arenitos finos, com estratificações acanaladas de pequeno porte, matriz argilosa. Fluxos de detritos canalizados, com deposição subaquosa Pem Pelitos maciços Siltitos e argilitos, predominantemente maciços, localmente orgânicos de cores cinzas-esverdeados, verdes e arroxeados. Decantação Quadro 2- Descrição das litofácies reconhecidas nas porções aflorantes da área de estudo, bem como seus códigos e processos sedimentares, confeccionado com base em Miall (1996).

63 46 Essas, por sua vez, foram agrupadas em 2 associações de fácies, assim constituídas: Associação I (Cgm, Dim, Agm, Amm, Afm - Cge, Age, Afe, subordinados) e Associação II (Pem). Os perfis estratigráficos estudados correspondentes à área aflorante encontram-se ilustrados no ANEXO I. Nele também estão contemplados os pontos de amostragem para análises palinológicas e as documentações fotográficas.

64 47 5 ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA REGIONAL Baseado na identificação das associações de fácies geneticamente relacionadas, tanto em superfície como em sub-superfície, e nas suas comparações com os modelos recentes, foi possível estabelecer o paleoambiente sedimentar e a paleogeografia da área de estudo à época de sua deposição. Para tanto, foram construídas cinco seções geológicas de sub-superfície: A-A (ANEXO I); B-B (ANEXO II); C-C (ANEXO III); D-D (ANEXO IV) e E-E (ANEXO V), sendo que as três primeiras foram parcialmente modificadas de Diniz (1996), enquanto que as duas últimas foram elaboradas como parte dessa pesquisa. A Figura 31 exibe a localização dessas seções. Figura 31 Mapa com a localização das seções geológicas de sub-superfície: A- A ; B-B - C-C ; D-D e E-E (Adaptado de EMPLASA, 1984).

65 48 Paralelamente, foram realizados trabalhos de campo em diversos pontos selecionados, em função da análise estratigráfica de sub-superfície (Figura 32), que compreenderam descrições e levantamentos de perfis, os quais encontram-se ilustrados no ANEXO VI. Figura 32- Mapa geológico do município de Guarulhos, contemplando os pontos estudados em superfície. Fonte: Adaptado de Oliveira et al., 2005.

66 49 A seção A-A (ANEXO I), de direção NE, localizada na parte norte da área de estudo e paralela à Falha do Jaguarí, demonstra que há um nítido predomínio das fácies da Associação I, com porções subordinadas da Associação II. A seção B-B (ANEXO II), de direção NE e localizada na parte central, evidencia a presença das fácies das Associações I e II, em proporções equivalentes. A seção C-C (ANEXO III), de direção NE e localizada na parte sul, revela o predomínio da fácies da Associação II e, subordinadamente, corpos lenticulares da Associação I. A seção D-D (ANEXO IV) de direção NW-SE e localizada no extremo leste da área, apresenta predomínio das fácies da Associação I em porção centro-norte, interdigitada com a Associação II, em direção à parte sul. Finalmente, a seção E-E (ANEXO V), de direção NW-SE e localizada na porção central, apresenta as mesmas características da seção D-D (ANEXO IV), porém evidenciando a presença de alguns corpos lenticulares das fácies da Associação I inseridos na Associação II. O mapa contendo a integração e distribuição em área das associações de fácies identificadas, tanto em superfície como em sub-superfície, pode ser visualizado na Figura 33. Nesse esboço, a Associação I ocorre, predominantemente, nas partes central e norte da região estudada, tendo a Falha do Jaguari como sua principal área-fonte, em função da análise faciológica realizada, coadjuvada pelas medidas de direções das paleocorrentes. Gradativamente, verifica-se sua passagem para a Associação II, até a sua total predominância na borda sul. Assim, os dados obtidos nessa análise estratigráfica sugerem a existência de dois sistemas deposicionais geneticamente relacionados. Um formado por leques fluviais entrelaçado, do tipo deltaico, representado pelas fácies da Associação I, e outro lacustre, no qual predomina a Associação II, com depósitos turbidíticos arenosos subordinados, na forma de corpos lenticulares. Essa última associação representaria o nível de base local. A Figura 34 ilustra essa configuração. A paleopaisagem aqui proposta encontra-se, parcialmente, de acordo com o modelo aventado por Etchebehere et al. (2007, p. 18),para a região de Atibaia, SP.

67 50 Figura 33 Mapa do município de Guarulhos demonstrando a integração e distribuição em área das associações de fácies identificadas.

68 Figura 34 Bloco diagrama representando a paleopaisagem da área estudada. Sem escala. 51

69 52 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS O modelo evolutivo da área de estudo foi desenvolvido a partir de evidências acerca do tectonismo cenozóico no Estado de São Paulo, que abrange uma área muito mais extensa, desde a borda do Planalto Ocidental Paulista (IPT 1981), a oeste, até o Oceano Atlântico, a leste. Como resultado dessas movimentações, têmse falhamentos normais ao longo de linhas de fraqueza pretéritas que, entre o Eoceno e o Quaternário, deram origem a grábens e semigrabéns (por exemplo, Taubaté, São Paulo, Sete Barras, Pinhalzinho, Tanque, dentre outros), balizados por escarpas de linhas de falhas, das quais destacam-se as serras do Mar e da Mantiqueira (ASMUS; FERRARI, 1978; BISTRICHI, 2001; ZALÁN;OLIVEIRA, 2005). Esse conjunto de bacias, com reduzido desenvolvimento de subsidência, está associado a reativações tectônicas tardias relacionadas à fase de deriva continental, cujo início remonta à ruptura do Continente Gondvana (ETCHEBEHERE et al., 2007). Guardada as devidas proporções, a hipótese aqui sugerida para a evolução tectono-sedimentar da área pesquisada pode ser buscada no modelo geral de evolução de margem continental passiva (Figuras 35 e 36). No caso presente, apenas os estágios iniciais encontram-se registrados, sendo que o classificado como pós-rifte admite-se ter sido abortado. Figura 35- Bloco diagrama demonstrando a evolução tectono-sedimentar e seus principais estágios. Fonte: Allen e Allen (1990).

70 53 Figura 36- Classificação das bacias marginais brasileiras, com base na classificação de KLEMME. Fonte: Asmus e Guazelli (1981). Com base nessa premissa, o modelo de preenchimento admitido para a área de estudo prevê, na fase inicial de estiramento, deposição em bacia interior rasa (Tipo 1 de KLEMME, 1977 apud ASMUS; GUAZELLI, 1981), consubstanciada na forma de pequenos corpos d água. A seguir, a sedimentação passaria a ocorrer num ambiente com intensa atividade tectônica, com formação de um semigraben, que se ajusta ao tipo 3 de Klemme (op. cit.). Nessa nova configuração, com a ampliação da área deposicional, o bloco alto estaria situado a norte, balizado pela Falha do Rio Jaguari, incipiente na fase anterior. Nessas condições, prevaleceria um sistema combinado de leques fluviais entrelaçados, do tipo deltaico, a norte, e a persistência do lacustre, a sul. A Figura 37 ilustra o modelo de evolução proposto.

71 54 Figura 37- Blocos diagramas demonstrando o modelo de evolução para a área estudada. Em A: fase de estiramento crustal, onde ocorreria a formação dos primeiros corpos aquosos; em B: formação de um semigráben, onde os leques fluviais entrelaçados são do tipo deltaico (sem escala). Especula-se que a idade provável dessa deposição corresponderia ao intervalo Eoceno Oligoceno, em função dos dados obtidos nos compartimentos Itaquaquecetuba (SANTOS, 2008) e na Estação Barra Funda do Metrô (LIMA; MELO, 1989) pertencentes à Bacia Sedimentar de São Paulo (Figura 26). A prevalecer tal hipótese, essa sedimentação teria ocorrido sob a influência de clima sub-tropical, com as estações de verão e inverno bem definidas, conforme proposto

72 55 por Santos et al.(2004) e Santos (op. cit.), para os depósitos paleógenos de Itaquaquecetuba, limítrofe à região de Guarulhos. Na área verificam-se, ainda, sedimentos mais jovens (neógeno) que ocorrem em discordância sobre os tidos como Paleógenos e relacionam-se, provavelmente, à época da formação das bacias hidrográficas reconhecidas no município de Guarulhos e ligadas, geneticamente, à Bacia Hidrográfica do Alto Tietê. À semelhança dos depósitos mais antigos, também para essa seqüência sedimentar moderna não há dados cronológicos disponíveis que permitam deduções mais seguras. De acordo com a Drª Maria Judite Garcia (informação verbal), a idade das turfeiras na Bacia Hidrográfica do Alto Tietê é de aproximadamente 15 mil anos AP. Na tentativa de avançar um pouco mais na elaboração da paisagem cenozóica da área de estudo, reconhece-se que, a partir do Pleistoceno Tardio, há um conjunto de evidências que devem ser consideradas para alcançar esse propósito, a saber: análise de perfis longitudinais das drenagens mais importantes, elaborada por Acklas Jr.; Etchebehere e Casado (2003), sugerem suas relações com atividades deformacionais recentes, bem como um contínuo alçamento do macrocompartimento geomorfológico norte do município de Guarulhos, proposto por Graça (2007, Quadro 1 desta dissertação), no qual localizam-se as nascentes dessas drenagens que fluem em direção ao macrocompartimento sul; presença de grábens localizados, preenchidos por material clástico grosso, aparentemente modernos, na região do Núcleo Cabuçu, em domínios de rochas pré-cambrianas e de relevo movimentado (Prof. Dr. Antonio Manoel dos Santos Oliveira, informação verbal); na Microbacia Tanque Grande-Montante, em condições geológicas e geomorfológicas semelhantes à do Núcleo Cabuçú, é registrado intenso coluvionamento generalizado, constituído por fragmentos de rochas centimétricos a métricos, polimíticos, suportados ora por grãos ora por matriz, que assentam-se discordantemente sobre diferentes tipos litológicos na área, e que sofreram posterior processo de pedogênese (Prof. Dr. Antonio Roberto Saad, informação verbal);

73 56 análise das seções estratigráficas (De I a V no capítulo 5 do presente trabalho) sugere movimentações tectônicas pós-deposicionais, marcadas pela fragmentação, em sub-superfície, do trato deposicional estabelecido em tempos pretéritos. A julgar por esses dados, admite-se que as deformações neotectônicas reconhecidas em várias regiões do território paulista (RICCOMINI, 1989; ETCHEBEHERE, 2000; SAADI et al.,2004; GUEDES, 2008) possam também estar presentes no município de Guarulhos. Relacionam-se, portanto, a um novo quadro de reativação tectônica que, até os dias atuais, vem construindo e modelando a paisagem deste município, em conjunto com as ações climática e antrópica. O quadro evolutivo aqui delineado, abrangendo pelo menos os últimos 40 Ma, é de suma importância do ponto de vista aplicado ao município de Guarulhos: auxilia no uso e ocupação territorial, na medida em que identifica as áreas mais susceptíveis a riscos geológicos; na previsão de recursos minerais, notadamente areias e argilas para construção civil, que corresponde a uma fonte de receita e de geração de empregos (GRAÇA, 2007); e nos recursos hídricos (subterrâneos e superficiais), em virtude da carência de água para o abastecimento público.

74 57 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ACKLAS Jr., R.; ETCHEBEHERE, M. L.; CASADO, F. C. Análise de perfis de drenagens do município de Guarulhos para detecção deformações neotectônicas. Revista Universidade Guarulhos Geociências, Guarulhos, SP, v. 8, n. 6, 2003, p ALLEN, P. A.; ALLEN, J. R. Basin Analysis: Principles & Applications. New York: Blackwell Publishing, p. ALMEIDA, F. F. M. The System of Continental Rifts Bordering the Santos Basin, Brazil. Anais da Academia Brasileira de Ciências, v.48, 1976, p (suplemento). ALMEIDA, F. F. M. Distribuição regional e relações tectônicas do magmatismo póspaleozóico no Brasil. Revista Brasileira de Geociências, v. 16, n. 4, 1986, p ALMEIDA, F. F. M.; CARNEIRO, C. D. R. Origem e Evolução da Serra do Mar. Revista Brasileira de Geociências, v. 28, 1998, p AMADOR, E. S. Estratigrafia e Sedimentação da Bacia de Resende, RJ. Anais da Academia Brasileira de Ciências, v. 47, 1975,p ANDRADE, M. R. M. Cartografia de aptidão para assentamentos urbanos do Município de Guarulhos f. Dissertação (Mestrado em Geografia Humana) Faculdade de Filosofia, Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, ARAI, M.; YAMAMOTO, I. T. Novos dados sobre a idade da Formação Itaquaquecetuba: uma contribuição palinológica. In: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DO SUDESTE-SBG, 1995, Águas de São Pedro. Bol. Res..., Águas de São Pedro.

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80 63 116f. Dissertação (Mestrado em Análise Geoambiental) - Universidade Guarulhos, Guarulhos, GUEDES, I. C. Aplicação de Análise Flúvio-Morfométrica na Bacia Hidrográfica do Rio Santo Anastácio- SP para Detecção de Deformações Neotectônicas f. Dissertação (Mestrado em Análise Geoambiental) Universidade Guarulhos, Guarulhos, HASSUI, Y. Neotectônica e tectônica ressurgente no Brasil. In: WORKSHOP NEOTECTÔNICA E SEDIMENTAÇÃO CONTIENTAL CENOZÓICA DO SE DO BRASIL, 1, 1990, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte: SBG, p HEIBRON, M; PEDROSA-SOARES, A. C.; CAMPOS NETO, M. C.; SILVA, L. C.; TROUW, R. A. J.; JANASI, V. A. Província Mantiqueira. In: MANTESSO-NETO, V. et al. (Org.). Geologia do continente Sul-Americano: evolução da obra de Fernando Flavio Marques de Almeida. São Paulo: BECA, p INSTITUTO DE PESQUISA TECNOLÓGICA DO ESTADO DE SÃO PAULO IPT. Mapa geológico do Estado de São Paulo. São Paulo: DMGA, v. (IPT, Monografia 5). Escala 1: INPE - INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO - IPT; EMPRESA METROPOLITANA DE PLANEJAMENTO DA GRANDE SÃO PAULO - EMPLASA. Carta geológica da região metropolitana de São Paulo. São Paulo, Escala 1: INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISA ESPACIAL INPE. Dados Climáticos da Região Metropolitana de São Paulo Disponível em: < Acesso em: 15 nov JULIANI, C. Geologia, petrogênese e aspectos metalogenéticos dos grupos Serra de Itaberaba e São Roque na região das Serras do Itaberaba e da Pedra Branca, NE da cidade de São Paulo, SP f. Tese (Doutorado em

81 64 Geociências) Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo, São Paulo, JULIANI, C.; BELJAVSKIS, P.; SCHORSCHER, H. Petrogênese do vulcanismo e aspectos metalogenéticos associados: Grupo Serra do Itaberaba na Região de São Roque SP. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 34, 1986, Goiânia. Anais...Goiânia: SBG, p LIMA, M. R.; MELO, M. S. Palinologia de sedimentos da Bacia de São Paulo. In: WORKSHOP: Geologia da Bacia de São Paulo, SP. Coletânea de Comunicações. IG-USP/SBG-SP, 1989, p LIMA, M. R.; AMADOR, E.S. Análise Palinológica de Sedimentos da Formação Resende, Terciário do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. In: Coletânea de Trabalhos Paleontológicos, Brasillia, DNPM, Série Geológica, Seção Paleontologia e Estratigrafia, 1985, p LIMA, M. R.; CUNHA, F. L. S. Análise Palinológica de um nível linhítico da Bacia de São José de Itaboraí, Terciário do Estado do Rio de Janeiro. Anais da Academia Brasileira de Ciências, v. 58, n. 4, 1986, p LIMA, M. R.; SALARD-CHEBOLDAEFF, M.; SUGUIO, K. Étude palynologique de la Formation Tremembé, Tertiare du Bassin de Taubaté (Etat de São Paulo, Bresil), d apres lês echantillons du sondage nº 42 du CNP. Coletânea de Trabalhos Paleontológicos: Série Geologia, n. 2, 1985, p (Seção Paleontologia e Estratigrafia). MABESOONE, J.M., CAMPOS E SILVA, A., BEURLEN, K. Estratigrafia e origem do Grupo Barreiras em Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, Revista Brasileira de Geociências, v , p MAGNAVITA, L. P. Geometry and kinematics of the Recôncavo-Tucano-Jatobá Rift, NE-Brazil Tese (Doutorado)- Universidade de Oxford, Oxford, 1992.

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85 68 SANT ANNA, L. G. Geologia, mineralogia e gênese das esmectitas dos depósitos paleogênicos do Rift Continental do Sudeste do Brasil f. Tese (Doutorado em Geociências) Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo,São Paulo,1999. SANTOS, J.O.S A parte setentrional do Cráton Amazônico (Escudo das Guianas) e a Bacia Amazônica. In: Schobbenhaus, C., Campos, D.A., Derze, G.R. Asmus, H.E. (coords.). Geologia do Brasil, DNPM, Brasília, p SANTOS, M. Serra da Mantiqueira e Planalto do Alto Rio Grande: A Bacia Terciária de Aiuruoca e Evolução Morfotectônica f. 2v.Tese (Doutorado em Geociências) Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro,1999. SANTOS, D.; DE OLIVEIRA, P. E.; GARCIA, M. J. Paleopalinologia da Seção-Tipo da Formação Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo: uma nova visão geocronológica e paleoambiental. In: REUNIÃO DE PALEOBOTÂNICOS E PALINÓLOGOS,11, 2004, Gramada, Resumos... RS, 2004,p.133. SANTOS, D. B. A Paleopalinologia na Reconstituição da Paisagem Paleógena na Formação Itaquaquecetube (Mineradoa Itaquareia 1), Bacia de São Paulo, Brasil. 2008, 204f. Dissertação ( Mestrado em Análise Geoambiental), Universidade Guarulhos, Guarulhos, SANTOS, D.; GARCIA,M. J.; FERNANDES, R. S.; SAAD, A. R.; BISTRICHI, C. A. ; Composição paleoflorística dos depósitos terciários da Formação Itaquaquecetuba (Mineradora Itaquereia 1), município de Itaquaquecetuba, estado de São Paulo, Brasil. In: SIMPÓSIO DO CRETÁCEO DO BRASIL, 7 E SIMPÓSIO DO TERCIÁRIO DO BRASIL, 1, 2006, Serra Negra - SP. Resumos , p.20. SCHOBBENHAUS, C.; NEVES, B. B. B. A Geologia do Brasil no Contexto da Plataforma Sul-Americana. In: BIZZI, L. A.; SCHOBBENHAUS, C.; VIDOTTI, R. M. GONÇALVES, J. H (Eds). Geologia, Tectônica e Recursos Minerais do Brasil. CPRM, Brasília, P

86 69 SÍGOLO, J. B.; OHNUMA, C. S. As couraças Ferruginosas de Recobrimento da Bacia de São Paulo. Sua Distribuição e Composição Lito-Mineralógica. Resultados preliminares. Boletim do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (Publicação Especial), v.9, 1991,p SINGH, H; PARKASH, B; GOHAIN, K. Facies analysis of the Kosi megafan deposits. Sedimentary Geology. V.85, 1993, p SOUZA-LIMA, W; HAMSI Jr., G. P. Bacias sedimentares brasileiras: Bacias da margem continental. Phoenix, n. 50, p STANISTREET, I. G.; McCARTHY, T. S. The Okavango fan and the classification of fan systems. Sedimentary Geology, v.85, 1993, p SUGUIO, K. Dicionário de Geologia Sedimentar e áreas afins. Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil p. SUGUIO, K. Geologia do Quaternário e Mudanças Ambientais. São Paulo: Paulo s Editora SUGUIO, K. Influence of the Hipsithermal Age and Neoglaciation climatic conditions on the Brasilian coast. Pesquisas em Geociências. v p SUGUIO, K. Geologia Sedimentar. São Paulo: Edgard Blücher Editora, p. SUGUIO, K.; BARBOUR, A. P. Morfologia e Gênese das Estruturas Limoníticas dos Sedimentos da Bacia de São Paulo. Anais da Academia Brasileira de Ciências, v. 41, 1969, p

87 70 TAKIYA, H. Aplicação de métodos quantitativos espaciais a dados geológicos da Bacia de São Paulo f. Dissertação (Mestrado em Geociências) Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo, São Paulo, TAKYIA, H. Estudo da sedimentação Neogênico-Quaternária no município de São Paulo; Caracterização dos depósitos e suas implicações na geologia urbana f. Tese (Doutorado em Geociências) Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo, São Paulo, TARBUK, E. J.; LUTGENS, F. K. Earth Science. Columbus (Ohio): Cherles E. Merril Publ. Co.,1996. YAMAMOTO, I. T. Palinologia das bacias tafrogênicas do sudeste (bacias de Taubaté, São Paulo e Resende): análise bioestratigráfica integrada a interpretação paleoambienta f. Dissertação (Mestrado em Geociências) Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, ZALÁN, P. V. Evolução Fanerozóica das Bacias Sedimentares Brasileira.In: MANTESSO-NETO, V. et al. (Org.). Geologia do continente Sul-Americano: evolução da obra de Fernando Flavio Marques de Almeida. São Paulo: BECA, p ZALÁN, P. V.; OLIVEIRA, J. A. B. Origem e evolução estrutural do sistema de Riftes Cenozóicos do sudeste do Brasil. Boletim de Geociências da PETROBRÁS. Rio de Janeiro, v.13, n. 2, p 23. ZANÃO, R.; CASTRO, J. C.; SAAD, A. R. Caracterização Geométrica de um Sistema Fluvial, Formação Itaquaquecetuba, Terciário da Bacia de São Paulo. Geociências, v.25, n. 3, 2006, p

88 71

89 72

90 73

91 74

92 75

93 76 ANEXO VI - DESCRIÇÃO DOS PONTOS VISITADOS PONTO 1 Localização: Entrada Particular II da Fazenda Bustamante GPS Material para Análise: ( ) Sim ( x ) Não Resultado: Perfil Descrição: O afloramento apresenta da base para o topo, 0,5 m de diamictito com matriz argilosa, portando seixos de quartzito centimétricos; 1,50 m de arenito conglomerático, portando seixos milimétricos a centimétricos, mal arredondados e dispersos caoticamente; em sua porção superior (últimos 2/3) apresenta coloração amarelo avermelhado, com estratificação cruzada na direção SW. Imagem do Afloramento: Não há. PONTO 2 Localização: Av. Perfect Liberty do Brasil GPS Material para Análise: ( ) Sim ( x ) Não Resultado: Perfil

94 Descrição: o afloramento em questão possui 7,0 m de espessura, apresenta conglomerados de matriz arenosa com coloração branca amarelada, feldspática (caulínica), portando seixos predominantemente quartzíticos, de mal a moderadamente arredondados, variando de milimétricos a centimétricos; em direção ao topo os seixos aumentam a granulometria, que passam a centimétricos; nos níveis inferiores, os conglomerados estão laterizados em direção ao vale. Imagem do Afloramento: Não há. PONTO 3 Localização: Areísca GPS Material para Análise: ( x ) Sim ( ) Não Resultado: Estéril Descrição: O local apresenta18 m em subsuperfície de argila verde, segundo informação verbal de funcionários desse porto de areias; em superfície aflora aproximadamente 50 m, onde da base para o topo tem-se: 2,5 m de argilito, verde maciço, em contato com essa argila há uma camada de 6 m de conglomerado leterizado com seixos milimétricos a centimétricos (grandes) polimíticos que inclui fragmentos da argila da base, a matriz do conglomerado é areno-argilosa de coloração vermelho-amarelado; em seguida há 1 m de arenito grosso amareloavermelhado, macio de matriz caulínica seguido de contato irregular; 2,0 m de conglomerado; 0,5 m de arenito grosso seguido de contato irregular; 2,0 m de conglomerado; 2,0 m de arenito grosso seguido de contato irregular; 1,0 m de conglomerado; 3,0 m de arenito grosso a médio seguido de contato irregular; 0,5 m conglomerado verde de matriz arenosa com seixos milimétricos a centimétricos, maciço, gradando para um arenito grosso de espessura igual a 0,5 m, gradando para um arenito médio de matriz siltosa de 0,5 m; 2,0 m de arenito fino gradando a siltito maciço com grânulos dispersos (bem raros) com coloração arroxeada (nível guia; 4,0 m de conglomerado com seixos milimétricos a centimétricos em matriz arenosa gradando para arenito grosso a médio com formas acanaladas e estratificação cruzada acanalada de direção NNW-SSE; em contato erosivo ocorre um nível de conglomerado de seixos centimétricos (grandes) com 0,5 m de espessura, passando para arenito grosso a médio, com estratificação cruzada, até um siltito com, espessura de 2,5 m, de direção Sul; em contato brusco, 0,5 m de conglomerados na forma de canal, com seixos centimétricos de matriz caulínica, gradando para arenito médio a grosso com estratificação cruzada acanalada em direção Sul, possui matriz caulínica com espessura de 5,0 m; topo não descrito devido a impossibilidade do acesso com aproximadamente 20 m de arenito grosso. O perfil e as imagens encontram-se na página 76 77

95 78

96 79 PONTO 4 Localização: Av. Perfect Liberty do Brasil GPS Material para Análise: ( ) Sim ( x ) Não Resultado: Perfil Descrição: O afloramento apresenta 0,5 m de conglomerado de matriz caulínica, maciço branco-amarelado, portando seixos milimétricos a centimétricos de mal a regularmente arredondados; gradando para arenito conglomerático com espessura de 1,0m; finalmente, 0,5 m de arenito médio com matriz argilosa portando seixos milimétricos micáceos. Imagem do Afloramento: Não há. PONTO 5 Localização: Divisa entre os municípios de Guarulhos e Itaquaquecetuba GPS Material para Análise: ( ) Sim ( x ) Não Resultado: Descrição: O afloramento possui 3,0 m de espessura, formado por maciço argiloso com grânulos (diamictito com matriz argilosa). O perfil e as imagens podem ser observados na página 78.

97 80

98 81 PONTO 6 Localização: Caminho 15 (Travessa da Estrada da Água Chata) GPS Material para Análise: ( ) Sim ( x ) Não Resultado: Perfil Descrição: A porção basal do afloramento possui 1,0 m de embasamento précambriano em contato erosivo com 4,0 m de diamictitos portando seixos milimétricos a centimétricos, em matriz argilosa. Imagem do Afloramento: Não há PONTO 7 Localização: Estrada da Água Chata GPS Material para Análise: ( ) Sim ( x ) Não Resultado: Perfil: Não há. Descrição: embasamento Pré-Cambriano Imagem do Afloramento: Não há.

99 82 PONTO 8 Localização: Ocupação irregular às margens do Córrego das Pedrinhas GPS Material para Análise: ( ) Sim ( x ) Não Resultado: Descrição: O afloramento possui 4 m de argilito maciço de coloração avermelhada. A visão geral do afloramento e o perfil podem ser observados a seguir. Perfil Imagem do Afloramento Visão geral do afloramento.

100 83 PONTO 9 Localização: Acesso a Rodovia Ayrton Senna GPS Material para Análise: ( ) Sim ( x ) Não Resultado: Descrição: A porção basal do afloramento, aproximadamente 3,0 m, é constituído de argila com laterita e lentes de areia com 0,5 m de espessura; 2,5 m de argila com laterita e lentes de areia com 0,5 m de espessura; 1,0 m de argila; a espessura total do afloramento é de 7,5 m, correspondente aos últimos 7,5 m do ponto 12.O perfil e as imagens do afloramento podem ser observados na página 82 PONTO 10 Localização: Acesso à Rodovia Ayrton Senna (sem asfalto) GPS Material para Análise: ( ) Sim ( x ) Não Resultado: Descrição: 1,5 m de afloramento, onde sua base de 1,0 m é formada por arenitos e em direção ao topo, 0,5 m por argilito. Na página 83pode-se observar o perfil e as imagens desse ponto. PONTO 11 Localização: Rodovia Presidente Dutra GPS Material para Análise: ( ) Sim ( x ) Não Resultado: Descrição: O afloramento possui, da base para o topo, 1,80 m arenito médio róseoavermelhado com matriz caulínica, maciço, mal arredondado gradando para arenito fino com grãos milimétricos; 1,80 m de arenito fino argiloso amarelo-esbranquiçado, maciço gradando para argilito com seixos centimétricos a milimétricos; 0,4 m de argilito com seixos; lateralmente, 2,20 m de argilito (diamictito argiloso). O perfil e as imgaens estão representados na página 84 PONTO 12 Localização: Estrada Velha de São Miguel GPS Material para Análise: ( x ) Sim ( ) Não Resultado: Estéril Descrição: A porção basal desse afloramento consta de 0,5 m de conglomerado suportado por grãos polimíticos mal arredondados com seixos milimétricos a centimétricos; grada para um conglomerado com seixos milimétricos a centimétricos (de 1 a 2 cm) suportados por matriz argilosa de coloraçãoa vermelhada, com espessura de 2,0 m; 5,50 m de arenito grosso maciço de matriz arenosa micáceo com fragmentos de rochas subjacentes (conglomerado siltoso) com bandas lateríticas; 3,50 m, em contato erosivo aparece um conglomerado de matriz arenosa com seixos milimétricos a centimétricos com predominância de seixos de quartzito (maciço); 2,0 m de conglomerado gradando para um arenito grosso caulínico com seixos mal arredondados de coloração branco-avermelhada (1,80m) com estratificações cruzadas acanaladas, direção NE, no topo com uma carapaça limonítica sustentando a topografia; 2,0 m de arenito muito fino, silto-argiloso, de coloração amarelo-alaranjado, disposto em lâminas com intercalações de laterita, em 1,50 m com intercalações de arenito bem fino maciço micáceo na forma lenticular, róseo-amarelado; em contato brusco, argilito maciço cinzaesverdeado, com cristais evaporíticos (?); 15,0 m, corpo aquoso com intercalações de arenito fino argiloso com pequenas estratificações cruzadas com laterita. Imagens do afloramento e suas imagens podem ser observados na página 85

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105 88 PONTO 13 Localização: Estrada de Guarulhos-Nazaré km m GPS Material para Análise: ( ) Sim ( x ) Não Resultado: Perfil Descrição: O afloramento possui 10 m de conglomerado polimítico com seixos milimétricos a centimétricos dispersos em matriz arenosa (maciço), mal arredondados e avermelhados, conforme pode ser observado na imagem a seguir.

106 89 Imagem do Afloramento Imagem dos conglomerados existentes no afloramento. PONTO 14 Localização: Estrada velha de São Miguel GPS Material para Análise: ( ) Sim ( x ) Não Resultado: Perfil Descrição: Esse afloramento é correlato ao primeiro ciclo do ponto 11 e possui 6,0 m de espessura; 1,5 m de arenito médio na base; 1,5 m de arenito fino (róseo), gradando para argilito amarelo-esbraquiçado; 3,0 m de diamictito variegado. A visão geral do afloramento pode ser observada na imagem a seguir.

107 90 Imagem do Afloramento Visão geral do afloramento. PONTO 15 Localização: Aeroporto GPS Material para Análise: ( ) Sim ( x ) Não Resultado: Perfil Descrição: 0,5 m de arenito médio com matriz caulínica de cor rósea, estratificado (em princípio acanalado); em contato brusco 0,3 m de arenito fino maciço com matriz argilosa de cor amarelo- esverdeado; em contato erosivo, 0,3m de conglomerado de matriz arenosa com seixos milimétricos a centimétricos, mal arredondados e grãos

108 91 suportados; em contato brusco, 3 m de diamictito com matriz argilosa de coloração cinza, com seixos milimétricos a centimétricos, com o topo formado por uma camada de laterita (intemperizado), conforme a imagem a seguir. Imagem do Afloramento Visão geral do afloramento, com destaque para os conglomerados. PONTO 16 Localização: Reservatório São João GPS Material para Análise: ( ) Sim ( x ) Não Resultado: Descrição: 6 m de conglomerados suportados por seixos polimíticos mal arredondados na base, gradando para um conglomerado suportado por matriz siltoarenosa com provável hidrotermalismo, que podem ser observados na página 90. * OBS- Tanto o ponto 13 quanto o ponto 15 estão encostados na falha do Rio Jaguari.

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110 93 PONTO 17 Localização: Parque CECAP GPS Material para Análise: ( ) Sim ( x ) Não Resultado: Descrição: 1,5 m de diamictito maciço com matriz argilosa, portando grãos milimétricos dispersos; este afloramento apresenta-se correlato ao afloramento na região do Aeroporto, as imagens e o perfil podem ser observados na página 92 PONTO 18 Localização: Av. Dr. Carlos de Campos, 317 GPS Material para Análise: ( x ) Sim ( ) Não Resultado: Estéril Perfil Descrição: o afloramento possui 8 m de argilito cinza maciço esverdeado com porções avermelhadas. Imagem do Afloramento: Não há.

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112 95 PONTO 19 Localização: Av. Salgado Filho, 1256 GPS Material para Análise: ( x ) Sim ( ) Não Resultado: Estéril Descrição: o afloramento possui 30 m de argilito cinza maciço, sendo que desses, 6 m afloram e 24 m estão subsuperfície. As imagens e o perfil podem ser observados na página 94. PONTO 20 Localização: Rua 2º Sargento Fernando Fontes GPS Material para Análise: ( x ) Sim ( ) Não Resultado: Estéril (Sup-Med-Inf) Descrição: Da base para o topo tem-se: 4 m de argilito maciço cinza avermelhado bastante intemperizado; em 1,5 m é cortado por uma camada de 0,5 m de conglomerado de matriz argilosa (diamictito) portando seixos milimétricos a centimétricos, polimíticos e mal selecionados; no restante do afloramento trata-se de um diamictito de matriz silto-argilosa com seixos milimétricos a centimétricos de quartzo hialino. Foram coletadas amostras das porções inferior, média e superior do afloramento. O perfil e as imagens podem ser observados na página 95 PONTO 21 Localização: Rua 3º Sargento Francisco de Paula Lopes, Jardim Santa Mena GPS Material para Análise: ( ) Sim ( x ) Não Resultado: Perfil Descrição: 1,50 m de diamictito de matriz síltica-argilosa de coloração arroxeada, maciço com grãos milimétricos de quartzo; 0,5 m de conglomerado de matriz arenosa de forma lenticular, portando seixos milimétricos mal arredondados; 1,0 m de diamictito de matriz síltica-argilosa de coloração arroxeada, maciço com grãos milimétricos de quartzo. Imagem do Afloramento: Não há.

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115 98 PONTO 22 Localização: Vila Rosália GPS Material para Análise: ( ) Sim ( x ) Não Resultado: Perfil Descrição: 3 m de conglomerado polimítico com seixos milimétricos a centimétricos dispersos em matriz arenosa (maciço), mal arredondados e avermelhados. Imagem do Afloramento: Não há. PONTO 23 Localização: Rua Deus do Sol GPS Material para Análise: ( x ) Sim ( ) Não Resultado: Estéril Descrição: 1,0 m de argilito maciço cinza; 4,0 m de arenito conglomerático, maciço, com seixos feldspáticos milimétricos a centimétricos, mal arredondados, apresentando-se em contato erosivo. As imagens e o perfil encontram-se na página 97.

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117 100 PONTO 24 Localização: Rua Brasileira X Rua Guaporé GPS Material para Análise: ( ) Sim ( x ) Não Resultado: Perfil Escala= 1:100 Descrição: 3 m de diamictitos de matriz argilosa, cores variegadas, portando seixos milimétricos,dispersos caoticamente; 2 m de diamictitos de matriz síltica, com seixos milimétricos a centimétricos dispersos e mal arredondados; 3 m de diamictitos de matriz arenosa muito fina, com seixos centimétricos dispersos na matriz. Imagem do Afloramento: Não há.

118 101 PONTO 25 Localização: Rodovia Presidente Dutra GPS Material para Análise: ( ) Sim ( x ) Não Resultado: Perfil Descrição: O afloramento possui 10 m de diamictito de matriz argilosa/ caulínica, com grãos milimétricos dispersos caoticamente, com coloração vermelho-amarelo; 6 m de diamictito de matriz argilosa a síltica, de coloração vermelha, com grãos cm dispostos caoticamente; Imagem do Afloramento: Não há.

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