Porto Maravilha do Rio de Janeiro

Transcrição

1 Porto Maravilha do Rio de Janeiro Participação, Transparência e Projeto 26/09/2013 Pedro da Luz Moreira Arquiteto e Urbanista Professor Adjunto da Eau-Uff Vice presidente do IAB Por uma Cidade Densa, com Diversidade Social, com visibilidade dos seus biomas e de Mobilidade Ampliada

2 Fundação do Instituto dos Arquitetos do Brasil 1921 O IAB é uma livre associação da categoria, com 92 anos de existência, não sendo compulsória ou obrigatória representa uma forte presença na sociedade civil, com independência com relação a governos e organizações econômicas. Dentre as suas lutas está a busca de maior transparência para a contratação de obras civis no Brasil, a partir da disseminação da prática dos concursos públicos de projetos. A França realiza 200 concursos públicos de projeto por ano. O Brasil apenas 10 concursos públicos de projeto por ano. Na França há obrigatoriedade de contratação nas obras de interesse público

3 Cidades Brasil hipóteses princípios Existente Cidade compacta e densa, que inicie o combate a sua dispersão interminável, enfatizando o papel aglutinador do antigo centro da cidade Cidade baseada na convivência da diversidade de classes, que combata a tendência de gerar guetos da cidade brasileira Cidade de mobilidade ampliada, que combata a exclusão determinada a partir da ausência ou tarifação cara do transporte público Cidade que amplie a visibilidade e a aproximação dos seus biomas particulares com seus cidadãos Proposta

4 Olimpíadas no Rio de Janeiro - zona portuária: Mudança da inércia do capital imobiliário da cidade do Rio de Janeiro Barra x Centro Reforço da centralidade maior da cidade metropolitana maior concentração da população Reforço dos modais de alta capacidade; trens, metrô, barcas, que seriam complementados pelo VLT do porto Ações coordenadas de planejamento e projeto sobre o território da cidade Aumento da transparência das ações, sinalizando claramente a cidade que queremos construir Protagonismo do plano e do projeto na reestruturação da cidade

5 Rio de Janeiro cidade metropolitana Distribuição da População núcleo em torno da Baía de Guanabara: Zona Sul, Centro, Bairros Central, Nova Iguaçú, Nilópolis, São João, Caxias Niterói, São Gonçalo e Itaboraí Barra e Jacarepaguá 9,4milhões 7,6milhões 1,8milhões 0,73 milhões

6 Rio de Janeiro cidade metropolitana Modais de grande capacidade trilhos Ramal Santa Cruz Ramal Japeri Ramal Belford Roxo Ramal Deodoro Ramal Saracuruna Linha 1 e 2 do Metrô

7 Principais intervenções em curso na cidade metropolitana do Rio de Janeiro: Arco metropolitano da cidade (Governo do Estado) BRTs: Transoeste, Transolímpica, Transcarioca e Trans Brasil (Governo Municipal) Linha 4 do Metrô extensão do Metrô até o Jardim Oceânico na Barra da Tijuca (Governo do Estado) Linha 3 do Metrô Itaboraí - Niterói (Governo do Estado) VLTs na Zona Portuária (Governo Municipal) TAV entre Rio/São Paulo Polo Petroquímico de Itaboraí (Petrobras) Complexo Siderúrgico de Santa Cruz (Privado)

8 Arco Metropolitano do Rio de Janeiro Fonte:

9

10

11 Linha3 do Metrô Itaboraí - Niterói

12 Rede de VLT da Zona Portuária

13 Polo Petroquímico de Itaboraí

14 Complexo Siderúrgico de Santa Cruz

15 Tav Rio/SP

16 Características da região: Delimitação: 3 bairros completos (Santo Cristo, Gamboa e Saúde) e 3 setores de bairros (São Cristõvão, Centro e Cidade Nova) Área total: ~5 Milhões de m² População: ~22 mil habitantes IDH: 0,775 - Um dos menores do Rio, 24º lugar no ranking das 32 regiões administrativas Fonte: IPP Armazém de dados

17

18

19 CONCEITO DE OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA Cobrança de outorga para a construção acima do índice de aproveitamento básico (via emissão de Certificados de Potencial Adicional Construtivo - CEPACs); CEPACs são títulos mobiliários, regulados pela CVM, e que podem ser negociados no mercado até a sua vinculação a um determinado lote; Os recursos captados deverão ser integralmente investidos na própria área. IAT > 1, cobrança de outorga (CEPAC) Recursos reinvestidos integralmente na área IAT 1, livre de cobrança Ex.: P/ IAT = 2

20

21 Vila Z.Portuária 275 Km (ida e volta)

22 ALFA BARRA

23 SELVA DE PEDRA

24 Projeto Porto Maravilha

25 3 1 2

26 4 5 6

27

28 Niterói Centro São Gonçalo

29 Questões sobre as OUCs nas cidades brasileiras Fragmentação das ações e desarticulação Eleição de uma área de forma isolada, com a consequente abandono da totalidade da cidade A unidade de referência das OUCs baseada no lote amplia esta fragmentação, bloqueando a visão de conjunto Redução da transparência com relação a cidade futura desejada, pois o plano e o projeto cedem a lógica financeira das CEPACs