PROCESSO SELETIVO VESTIBULAR 2016/2
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- Luzia Vieira Salazar
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1 PROPOSTA 1 Numa aula que trata acerca de ética, foi discutido o texto A coragem de ir contra a corrente, como se vê a seguir, de Luiz Marins. A CORAGEM DE IR CONTRA CORRENTE Para vencer nos dias de hoje, muitas vezes é preciso ter a coragem de ir contra a corrente. Até o Papa disse isso. É claro que não estou pregando a rebeldia inconsequente, a revolta sem fundamentos. O que quero dizer é que é preciso não se deixar levar por opiniões alheias difundidas com insistência pela mídia, amigos ou grupos sem ter uma consciência crítica e pensar se realmente concordamos com essas opiniões. Ir contra a corrente é ser honesto num mundo onde tudo parece cheirar desonestidade e corrupção. Ser ético e verdadeiro. Ir contra a corrente é ser alguém que ajuda seus colegas de trabalho, participa, se envolve e se compromete com o sucesso dos clientes, dos fornecedores, enfim, da empresa em que trabalha. É ser um empresário ou chefe que respeita as pessoas e os trata como verdadeiros seres humanos, dá exemplo de lealdade e justiça. Ir contra a corrente hoje é estudar com seriedade, ler bons livros, ter disciplina para frequentar um bom curso para aprender e não só para ter um diploma. Ir contra a corrente é se preparar antes do casamento e depois ter uma família bem estruturada onde pai, mãe, filhos e parentes se reúnem, conversam, alimentam um amor desinteressado. Ir contra a corrente é ser polido e educado; ser humilde e respeitoso; emprestar e devolver; cumprir seus deveres. Ir contra a corrente é ter uma religião e participar dela buscando todos os dias corrigir seus defeitos, fazer o bem aos outros, ajudar os mais pobres, ter fé, esperança e caridade e lutar para aumentar essas virtudes em você mesmo, nas outras pessoas e no mundo. Hoje ir contra a corrente é ter a coragem de enfrentar a realidade da vida, por mais dura e difícil que seja, sem se entregar ao uso de drogas que tiram você da realidade concreta, comprometem o seu futuro e da sociedade. Tenho a impressão clara de que no mundo de hoje é preciso ter muita coragem para ir contra a corrente que nos quer levar onde não queremos ir e fazer o que sabemos que é errado. Não se deixe levar pela corrente. Seja você o timoneiro de sua vida. Tenha a coragem de ir contra a corrente e pensar e agir por você mesmo. Pense nisso. Sucesso! (MARINS, Luiz. A coragem de ir contra a corrente. Gestão & Negócios treinamento & carreira. Disponível em < Acesso em: 10 mar. 2016) Você sentiu-se inspirado a se posicionar quanto ao tema ética em tempo de crise. Por isso, resolveu escrever um post no facebook para tentar disseminar seu posicionamento quanto a isso. Apesar de se tratar de uma mídia social, você deve manter obediência à norma padrão da Língua Portuguesa, mas lembre-se de adequar o texto ao gênero solicitado. Seu texto deve ser claro, objetivo, coerente. Assim, você terá entre 10 (mínimo) e 15 linhas para produzir seu post
2 PROPOSTA 2 Em virtude do aumento de peso da população infantil, um grupo de estudantes inspirados na discussão do texto Publicidade de alimentos e obesidade infantil: uma reflexão necessária e da imagem que traz os 10 motivos para não expor a criança à publicidade resolveu promover uma reunião para discutir o assunto mais amplamente. Você ficou responsável pela produção de uma carta-convite dessa reunião a ser endereçada a todos os membros da comunidade escolar (pais, alunos, professores, gestores, etc) e que deverá ser assinada pelo GRUPO VIDA SAUDÁVEL. A carta deverá convencer os membros da comunidade escolar a participarem da reunião, para tanto cabe a você mostrar a importância deste tema e a necessidade de se discutir ações concretas para o enfrentamento do problema da obesidade infantil. Se julgar necessário, pode utilizar as informações da matéria para construir sua argumentação. Além disso, lembre-se que o grupo deverá assinar a carta e também informar o dia, o horário e o local da reunião. Você tem, para isso, no mínimo, de 10 linhas e, no máximo, de 16 linhas. PUBLICIDADE DE ALIMENTOS E OBESIDADE INFANTIL: UMA REFLEXÃO NECESSÁRIA A epidemia de obesidade e doenças crônicas é um problema que atinge, de maneira crescente, o mundo inteiro. E tornou-se consenso entre as principais organizações e pesquisadores em saúde pública que a regulação da publicidade de alimentos é uma das estratégias necessárias para combatê-la. As campanhas de marketing não apenas influenciam as escolhas alimentares na infância, mas também buscam fidelizar consumidores desde a mais tenra idade. O objeto preferencial são os alimentos ultraprocessados, feitos a partir de ingredientes industriais, com pouco ou nenhum produto fresco, e, geralmente, com alta quantidade de açúcar, gordura e/ou sódio. Em 2010, a Organização Mundial da Saúde recomendou a redução da exposição das crianças à propaganda de alimentos, sobretudo aqueles com alta quantidade de açúcar, sal e gordura. Em 2012, a Organização 3
3 Pan-Americana da Saúde aprofundou-se no tema e também apresentou recomendações de ações concretas por parte dos governos para reduzir a exposição das crianças à publicidade de alimentos. Para especialistas, a auto-regulamentação do setor não tem funcionado. A mais recente publicação sobre obesidade do periódico Lancet, divulgada em fevereiro deste ano, indica que, até o momento, as iniciativas de regulação da propaganda não foram suficientes. Desde os avanços conquistados na proteção da amamentação, com a eliminação de anúncios que apresentam substitutos do leite materno, poucas ações efetivas foram implementadas para frear o massivo marketing da indústria de alimentos para crianças em todo o mundo. No Brasil, apesar da proibição da publicidade abusiva (direcionada à criança) prevista no Código de Defesa do Consumidor (CDC) desde 1990, a falta de regulamentação específica para alimentos prejudica a efetivação da lei. Em 2010, a movimentação internacional em torno do tema motivou a elaboração da primeira regulação sobre publicidade de alimentos em geral, por parte da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A regulação, no entanto, foi suspensa logo após sua publicação, devido à pressão de diversas associações da indústria de alimentos. A Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL) contribuiu muito para a proteção ao aleitamento materno, porém aguarda regulamentação, desde 2006, o que compromete a fiscalização e o cumprimento da lei. Alguns avanços também precisam ser reconhecidos, como a Resolução 163/2014 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), que regulamentou a propaganda abusiva, descrevendo todos os casos em que o Código do Consumidor deve ser aplicado. Porém, os órgãos de fiscalização ainda não possuem força suficiente para colocá-la em prática, também por conta da grande pressão das associações da indústria e de publicidade. Assim como na suspensão da resolução da Anvisa, esses segmentos fazem pressão contra a resolução do Conanda, alegando que esses órgãos não têm competência legal para regular a publicidade ou que as regras ferem a liberdade de expressão das empresas. Argumentos que já foram refutados por renomados juristas e contestados pelas evidências científicas na área da saúde pública. O novo Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado pelo Ministério da Saúde em 2014, reconhece a influência e coloca a publicidade de alimentos como um dos obstáculos para a alimentação saudável. O guia destaca que a regulação é necessária, pois a publicidade estimula o consumo de alimentos ultraprocessados, induzindo a população a considerá-los mais saudáveis, com qualidade superior aos demais, e frequentemente associá-los à imagem de bem-estar, felicidade e sucesso. Independentemente do tipo de alimento, a propaganda direcionada a crianças se aproveita da vulnerabilidade de indivíduos em fase de desenvolvimento para incentivar o consumo. Por isso, não deve ser permitida. Ainda temos um longo caminho pela frente para alcançar a garantia dos direitos à alimentação adequada e saudável e os direitos dos consumidores. Para contribuir com esse processo, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), juntamente com organizações de defesa do consumidor de todo o mundo, está em campanha para pressionar a Organização Mundial da Saúde para a elaboração de um tratado global sobre alimentação saudável. O objetivo é incentivar os países a aprovar leis que efetivamente eliminem a propaganda de alimentos ao público infantil. Para saber mais e apoiar, acesse o site do Idec. (BORTOLETTO, Ana Paula. Publicidade de alimentos e Obesidade infantil: uma reflexão necessária. Revista Época, mar Disponível em: < Acesso em: 10 fev. 2016) 4
4 (Disponível em: < Acesso em: 01 abr. 2016)
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