Curso Formação Cidadã

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1 DEMOCRACIA REPRESENTATIVA E PARTICIPATIVA 1- O Conceito da palavra Democracia Democracia demos = povo, e kratos = autoridade Origem: Revoluções Francesa e América. Princípio da Igualdade Liberdade e Fraternida, melhor dizendo, a igualdade de condições entre todos os cidadãos; a garantia do livre arbítrio (liberdade de escolha); a segurança jurídica e o bem comum com o respeito e a preocupação para com o próximo, com a sociedade e com o Estado organizado. Democracia X Eleições Conceitos que não se confundem Constituição Federal de 1988 Constituição Cidadã Adoção do princípio Democrático como Imutável (Cláusulas Pétreas - artigos 1, 2, 3 e 5 ) 2. Os Direitos Políticos como Direitos Fundamentais Direitos Políticos direitos de participação popular no Poder do Estado, que resguardam a vontade manifestada individualmente por cada eleitor Diferença entre Direitos Políticos e Direitos Fundamentais necessidade de preenchimento de requisitos para plena fruição dos direitos políticos Constituição Federal artigos 14 a 17 3 Sufrágio e Capacidade Eleitoral Ativa e Passiva Sufrágio = direito de escolher representantes por meio de voto capacidade eleitoral = direito de votar (ativa) e ser votado (passiva) Tabela da instituição dos sufrágios universais para homens e mulheres. PAÍSES VOTO VOTO FEMININO MASCULINO ALEMANHA 1869/ CANADÁ ITÁLIA 1912/ FRANÇA GRÃ-BRETANHA JAPÃO PORTUGAL SUIÇA 1848/ VENEZUELA NORUEGA SUECIA GRÉCIA PARAGUAI URUGUAI FINLANDIA NOVA ZELANDIA AUSTRÁLIA 1903/ /1962 Tabela da instituição dos votos universais para homens, mulheres e analfabetos na América do Sul 1

2 PAÍSES VOTO MASCULINO VOTO FEMININO VOTO DOS ANALFABETOS ARGENTINA BRASIL /1988 CHILE EQUADOR Fontes das tabelas: Dieter Nohlen/Sistemas Electorales y partidos políticos e Maria Teresa Sadeck. 4 - Alistamento Eleitoral e Voto voto = direito personalíssimo, liberdade de consciência Formas: secreto ou público, obrigatório ou facultativo, direto ou indireto, igual ou desigual alistamento eleitoral = inscrição, na forma da lei, condição obrigatória para o exercício do voto nas eleições ( 1,artigo 14 CF/88) 5. - O Sistema Eleitoral O sistema eleitoral é o meio pelo qual os institutos democráticos são utilizados e aperfeiçoados. O sistema eleitoral constitui no regramento necessário para a garantia da democracia quando do trato da representação do Estado, por meio da escolha dos cargos eletivos estabelecidos constitucionalmente. Critérios para auferir um Sistema Eleitoral Democrático -Voto majoritário e voto proporcional - participação e competição - Quanto maior forem estas partes mais democrático será o sistema eleitoral. - Eleição deve ser: livre e competitiva; competição entre candidatos, que formam programas políticos e tomam posições; ter igualdade de oportunidade das candidaturas liberdade de eleição por voto secreto o sistema eleitoral não deve provocar resultados perigosos para a democracia, a decisão eleitoral limitada para um tempo definido de mandato Das Legislações Aplicáveis no Brasil a) Constituição Federal de 1988 b) Lei nº 4.737/65 Código Eleitoral c) Lei n.º 9.096/95 d) Lei nº9.504/97 e) Lei Complementar 64/90 f) Lei nº9.840/98 g) Lei nº6.091/74 h) Resoluções, Instruções e Súmulas do TSE. 5.2 Classificação dos Sistemas Eleitorais SISTEMA MAJORITÁRIO eleição do candidato pela obtenção da a maioria dos votos (50% mais 1) válidos. - Eleição para cargos do Poder Executivo (Presidente, Governador e Prefeito) e para o Poder Legislativo (Senado). 2

3 - Realização de 2 Turnos somente para cidades com mais de habitantes, para Governos Estaduais e Presidência. SISTEMA PROPORCIONAL representação da sociedade de forma proporcional à população de cada Estado (somente para a Câmara dos Deputados Federal) e proporcionalmente a votação obtida por cada Partido Político. - Sistema de Listas aberto: são eleitos os candidatos de cada partido com maior votação após apurada quantidade de representantes de cada partido a partir da apuração do coeficiente eleitoral - Coeficiente = Total Votos Válidos Cadeiras Disputadas - Representantes por Partido = Total de Votos do Partido Coeficiente Eleitoral VOTO VÁLIDO X VOTO NÃO VÁLIDO Artigo 77, 2 CF/88 Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos Anulação de Eleição Somente em caso de apuração de fraude (nulidade absoluta ou relativa) sobre a votação. Não se confunde com a não indicação de um candidato no momento da votação (voto branco ou nulo). Vide artigos 220 a 224 do Código Eleitoral. 6 - Partidos Políticos Partido Político = organização de pessoas reunidas em torno de um mesmo programa político com a finalidade de assumir o poder institucional e de mantê-lo ou, ao menos, de influenciar na gestão da coisa pública através de críticas e oposição. Se assemelham a pessoa jurídica e possuem regulamentação específica (lei n 9.096/95) 3 sistemas: Monopartidarismo, Bipartidarismo, Pluripartidarismo. 3

4 Democracia Representativa Victor Barau 4

5 I- INTRODUÇÃO A presente aula tem por escopo apresentar, analisar e discutir os direitos políticos e o que é ser cidadão, sob um enfoque diferente: como podemos interferir no dia a dia de nossa sociedade, nossa cidade, nosso país. Desta maneira, serão apresentados as principais maneiras pelas quais podemos interferir em nossa sociedade e em nosso governo (federal, estadual e municipal), abordando dois aspectos principais: a participação do cidadão diretamente nos órgãos públicos; e a participação do cidadão frente a sociedade de forma organizada. II- DEMOCRACIA REPRESENTATIVA, DIREITOS POLÍTICOS E SISTEMA ELEITORAL II.1- O Conceito da palavra Democracia Democracia, por definição, significa o governo do povo. A palavra tem origem na antiga Grécia (demos = povo, e kratos = autoridade), tendo ressurgido na com a Revolução Industrial e a ideologia do Iluminismo no final do século XVII e início do século XVIII. O princípio democrático tem como pressuposto a igualdade, a liberdade e fraternidade, ideais adotados pelas Revoluções Americana e Francesa no final do século XVIII e adotados pela maioria dos países ocidentais. O significado do princípio democrático, tal como vivemos atualmente, tem como melhor interpretação a igualdade de condições entre todos os cidadãos; a garantia do livre arbítrio (liberdade de escolha); a segurança jurídica e o bem comum com o respeito e a preocupação para com o próximo, com a sociedade e com o Estado organizado. Também vale dizer que o princípio democrático do Estado Moderno implica na separação dos poderes estatais, onde o Poder Executivo administra e governa o Estado; o Poder Legislativo elabora as leis; e o Poder Judiciário zela pelo cumprimento da lei e da aplicação da Justiça. O Brasil passou por diversas fases sendo que desde a Independência (1822) o Brasil é regido por Constituições. A cada nova Constituição outorgada ou promulgada, percebe-se uma evolução dos Direitos Políticos em relação ao número de pessoas abarcadas pela amplitude destes. À medida em que se ampliam as condições de interferência do cidadão no poder do Estado, está se alargando o gozo da democracia. Ou seja, na história de nosso país, por diversas vezes o princípio democrático não foi respeitado em sua plenitude, principalmente nos períodos do Império (1822/1889), de ditadura (Vargas 1937/1945 e Militar 1964/1985). Somente com a promulgação da Constituição Federal de 1988 é que o princípio democrático do Estado passou a ser integralmente reconhecido e fortalecido, não sendo permitido a qualquer legislador modificá-lo (expressão conhecida como cláusula pétrea). Assim, o princípio democrático do Governo do Povo permeia toda a Constituição Federal de 1988, sendo expresso logo no início da Constituição, no parágrafo único do artigo 1º : Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição 5

6 Além disso, a separação dos Poderes Públicos e os direitos fundamentais da igualdade, liberdade e fraternidade, também foram expressos nos artigos 2º, 3º e 5º: Art. 2º - São poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário Art. 3º - Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I- Constituir uma sociedade livre, justa e solidária; II- Garantir o desenvolvimento nacional; III- Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais IV- Promover o bem de todos, sem preceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Por esta razão é que a Constituição de 1988, também conhecida como a constituição cidadã, é tida como a mais democrática dentre todas aquelas outorgadas ou promulgadas na história brasileira, sendo os Direitos Políticos estendidos, praticamente, a todos. Mas nunca podemos nos esquecer que tudo isso de nada vale se não for exercida, senão se transforma em letra morta, pois somos nós quem conferimos vida aos princípios acima indicados. II.2. Os Direitos Políticos como Direitos Fundamentais Os Direitos Fundamentais do ser humano, tendo como sinônimo a expressão Direitos Humanos, compõem-se dos Direitos Individuais fundamentais (vida, liberdade, igualdade, propriedade, segurança); dos Direitos Sociais (trabalho, saúde, educação, lazer e outros); dos Direitos Econômicos (consumidor, pleno emprego, meio ambiente); e dos Direitos Políticos (formas de realização da soberania popular). Por conseguinte, é importante ressaltar que a relevância dos Direitos Fundamentais do ser humano atingiu uma esfera global com a Declaração Universal dos Direitos do Homem, em Paris, em 10 de dezembro de 1948, afirmando como tais os direitos individuais, sociais e políticos. Neste passo, podemos dizer que os Direitos Políticos são um dos grupos que constituem os Direitos Fundamentais, sendo considerados como os direitos de participação popular no Poder do Estado, que resguardam a vontade manifestada individualmente por cada eleitor. Sendo que a principal diferença entre os Direitos Políticos dos Direitos Fundamentais consiste no fato de que para estes últimos, não se exige nenhum tipo de qualificação em razão da idade e nacionalidade para o seu exercício, enquanto que para os Direitos Políticos, determina a Constituição requisitos que o indivíduo deve preencher". Ou seja, os Direitos Políticos, assim como o direito a igualdade e a liberdade, constituem-se num dos pilares do princípio democrático, seja qual for a forma de organização estatal (Presidencialismo, Parlamentarismo, Monarquia Constitucional). E a vontade estatal só pode ser democraticamente representada através da voz do povo, como forma de proteção dos valores adotados constitucionalmente e de acordo com as regras nela estabelecidas. Desta maneira, os Direitos Políticos são essenciais para as a garantia das liberdades individuais (expressão, informação e consciência) e para a efetivação dos Direitos Sociais e Econômicos que são aspirações populares que se expressarão através dos instrumentos democráticos de participação. Passemos, então, à analise dos Direitos Políticos no Brasil como institutos democráticos. 6

7 II.3 Sufrágio e Capacidade Eleitoral Ativa e Passiva Uma das espécies dos direitos políticos é o Direito de sufrágio, que consiste no direito de escolher representantes por meio de voto. Tal instituto constitui-se num direito público subjetivo e uma função de cada indivíduo, posto que, garantido constitucionalmente como um direito político de todo o cidadão, o sufrágio é o meio pelo qual o cidadão escolhe (capacidade ativa) seus governantes. Pode-se dividir em: sufrágio direto, que ocorre em um só grau, em que os votantes escolhem os nomes de seus candidatos ou sufrágio indireto, em dois graus: no primeiro, os eleitores escolhem os colégios e no segundo, os colégios escolhem a pessoa ou pessoas, para determinados cargos. Já a capacidade eleitoral se refere ao direito de votar e ser votado. Ou seja, a capacidade passiva se refere à capacidade de ser eleito, sendo que a capacidade eleitoral ativa consiste no direito de alistamento e voto. Para ser elegível, é necessário, mas não suficiente, o preenchimento de condições necessárias para ser eleitor. São estas e mais algumas, entre elas a filiação partidária. Para ser eleitor, são necessários a nacionalidade brasileira, o alistamento eleitoral, o domicílio eleitoral e a idade mínima de dezoito anos, requisitos igualmente enumerados como condição de elegibilidade. Já para se disputar o pleito eleitoral, a idade mínima é dezoito anos, variando para outros cargos: vinte e um anos para Deputado Estadual, Federal ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito ou Juiz de Paz; trinta anos para Governador e Vice-governador Estadual e do Distrito Federal; trinta e cinco para Presidente, Vice-Presidente da República e Senador Atualmente, após a promulgação da Constituição Federal de 1988, temos que vige novamente o princípio do sufrágio universal irrestrito, como se percebe da leitura do caput do artigo 14: "A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal (...)". II.4 - Alistamento Eleitoral e Voto Dentre a doutrina moderna, há a tendência de se dizer que voto e sufrágio são sinônimos. Entendemos, contudo, que apesar de seus conceitos estarem intrinsecamente relacionados, a expressão Sufrágio tem um alcance mais genérico, de forma a caracterizar um direito enquanto o voto, de forma mais específica, é o exercício em si deste direito. Por tal razão que se faz a análise destes dois conceitos de forma destacada, embora seqüencial. Assim, as duas principais características do instituto do voto atinem-se à idéia de um direito personalíssimo, devendo o eleitor ter liberdade de consciência, sendo que conquanto sua forma, este poderá ser secreto ou público, obrigatório ou facultativo, direto ou indireto, igual ou desigual. No sistema eleitoral brasileiro, o instituto do voto, por força do artigo 14 da Carta Política de 1988 é secreto, obrigatório, direto e preserva o princípio da igualdade entre os cidadãos com capacidade eleitoral ativa. O voto direto é aquele no qual não há nenhum corpo, singular ou colegiado, entre o eleitor e o nome sufragado. Escrutínio secreto é aquele em que o voto só é do conhecimento do votante, não sendo o eleitor identificado na cédula. Por sua vez, o alistamento eleitoral é a inscrição, na forma da lei, condição obrigatória para o exercício do voto nas eleições, exigência importante para que a autoridade verifique, no ato, o preenchimento dos requisitos. Inscrito, o alistando tem o poder-dever de votar nos pleitos para os quais estiver qualificado. O voto é o ato fundamental, de função eleitoral, do exercício do direito de sufrágio. 7

8 Segundo o 1º do art. 14 da Constituição de 1988: "O alistamento eleitoral e o voto são: I - obrigatório para os maiores de dezoito anos; II - facultativo para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis anos e menores de dezoito anos". Adiante, no 2º, temos: "Não podem alistar como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos". No alistamento obrigatório, todos têm o poder-dever de alistar-se. A Constituição considera alistáveis os maiores de dezoito anos, de modo que o menor de vinte e um anos não precisa de permissão ou autorização dos pais ou tutores para inscrever-se como eleitor. No caso dos cidadãos isentos do alistamento é importante colocar que mesmo alistados, estão isentos de votar. A proibição de alistar-se e votar cabe aos estrangeiros e aos conscritos. II.5. - O Sistema Eleitoral Brasileiro O sistema eleitoral é o meio pelo qual os institutos democráticos são utilizados e aperfeiçoados. O sistema eleitoral constitui no regramento necessário para a garantia da democracia quando do trato da representação do Estado, por meio da escolha dos cargos eletivos estabelecidos constitucionalmente. Assim, o Direito Eleitoral no Brasil, surgiu após a proclamação da República. II Das Legislações Aplicáveis Apesar da existência de um Código Regulador (Lei nº 4737/65 Código Eleitoral), o Direito Eleitoral é regido por uma legislação variada que engloba desde a Carta Magna até Resoluções e Instruções editadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Dentre esses dispositivos legais destacam-se: i) Constituição Federal de 1988 j) Lei nº 4.737/65 Código Eleitoral k) Lei n.º 9.096/95 l) Lei nº9.504/97 m) Lei Complementar 64/90 n) Lei nº9.840/98 o) Lei nº6.091/74 p) Resoluções, Instruções e Súmulas do TSE. II.5.2 A Constituição Federal de A Constituição Federativa do Brasil, promulgada em 1988, preceitua em seu corpo mandamental inúmeros dispositivos constitucionais vinculados ao Direito Eleitoral. Os principais regramentos e princípios encontram-se contidos no artigo 1º, parágrafo único (princípio fundamental da democracia); nos artigos 14/16 que dispõe sobre os direitos políticos; no artigo 17 que cuida dos Partidos Políticos; no artigo 28 que regula as eleições de Governador e Vice-Governador; no artigo 29 que diz sobre as eleições municipais; no artigo 77 que versa as eleições presidenciais; no artigo 92 que regulamenta os Tribunais e Juizes Eleitorais (órgãos integrantes do Poder Judiciário); e nos artigos 118/121 que disciplinam os Tribunais e Juizes Eleitorais, enquanto órgãos da Justiça Eleitoral. Dentre todos os dispositivos transcritos, cumpre ressaltar por sua importância e aplicabilidade prática, os artigos 14/17 da Constituição da República. O artigo 14, em seus onze parágrafos, cuida de elucidar e regrar os direitos e deveres dos cidadãos no exercício da cidadania, através da obrigatoriedade do voto e dos requisitos indispensáveis à elegibilidade. 8

9 O artigo 15 da CF protege os direitos políticos, enquanto o artigo 16 regula a vigência de toda e qualquer nova lei que venha regulamentar o processo eleitoral, a qual para evitar mudanças de última hora, não se aplicará à eleição que vier ocorrer em até um ano de sua entrada em vigência. Em assim sendo, cediço é que os artigos 14/16 da Constituição, definem e constituem as regras absolutas atinentes a elegibilidade e ou inelegibilidade eleitoral. O artigo 17 da Carta Magna, que diz respeito a livre criação, fusão, incorporação e extinção dos partidos políticos, bem demonstra a estreita ligação do Direito Eleitoral com o Direito Partidário, principalmente no tocante a prestação de contas e a proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros. Neste contexto, inclusive, vale mencionar a Lei nº 9.096/95, que cumprindo a finalidade do artigo 17 da CF, definiu os Partidos Políticos como personalidades tidas como pessoa jurídica de direito privado, sendo assegurada a sua autonomia para definição de estrutura interna, organização e funcionamento, respeitado todos os princípios constitucionais. II O Código Eleitoral Brasileiro A Lei nº de 15 de julho de 1965, é a quarta codificação eleitoral vigente em nosso país, sendo a primeira do período republicano àquela remanescente do ano de 1932, editada pelo Decreto nº , de 24 de fevereiro. Anteriormente a data do primeiro Código Eleitoral na história da República, todo o sistema eleitoral no país era regulamentado por leis e decretos esparsos que modificavam o seu conteúdo de acordo com a vontade daqueles que se ocupavam do poder. Convêm salientar que o atual Código Eleitoral contém em seu bojo o regramento fundamental de todo o contexto do processo eleitoral, desde o alistamento até a diplomação, sendo composto de 388 artigos, divididos em cinco partes distintas que (i) regem as disposições gerais; (ii) qualificam e disciplinam os órgãos da Justiça Eleitoral; (iii) regulam a qualificação, inscrição, cancelamento e exclusão dos candidatos e candidaturas; (iv) disciplinam todo o sistema eleitoral (votação e apuração); (v) assim como dispõe sobre as garantias eleitorais, a propaganda partidária, os recursos processuais cabíveis e as disposições penais aplicáveis. II.5.4 Classificação dos Sistemas Eleitorais De acordo com a legislação vigente em nosso país, podemos classificar os sistemas eleitorais, também conhecidos como sistema de representação, em dois grandes modelos. II O sistema majoritário. O Sistema majoritário consiste na eleição daquele que, pela contagem simples, obteve a maioria dos votos para o pleito disputado. Tal sistema é previsto na Constituição brasileira, para a eleição dos chefes do executivo, municipal, estadual e da União, tendo sido adotado no Brasil após 1988, a eleição em dois turnos para esses cargos, sendo que no Município, será de um turno apenas, quando este ente federado tiver, população inferior a (duzentos mil) eleitores. O sistema majoritário, também, é utilizado para as eleições de Senadores, que de acordo com a nossa Constituição têm mandato de oito anos, havendo eleições de quatro em quatro anos, onde se renova sucessivamente dois terços e um terço daquela casa. 9

10 II O Sistema Proporcional. O Sistema proporcional é definido como o meio pelo qual cada representante de cada setor da sociedade estará representada de forma proporcional à sua expressão dentro do contexto social. Segundo a Constituição de 1988, tal sistema é utilizado para a composição do legislativo, com a exceção de uma casa, o Senado. Desta forma as Câmaras Municipais, as Assembléias Legislativas dos Estados e a Câmara de Deputados Federal seguem este sistema. O critério para preenchimento das vagas no legislativo, será o da proporcionalidade dos votos obtidos pelo partido, onde então, o numero de cadeiras obtidas por um partido político, será preenchida pelos candidatos mais votado do mesmo. A regra para a aferição da proporcionalidade, descrita nos artigos 105 a 113 do Código Eleitoral, consiste na divisão do total de votos válidos apurados pelo número de cadeiras disputadas, conforme a seguinte expressão matemática (art. 107): Coeficiente = Total Votos Válidos Cadeiras Disputadas Para se saber a quantidade de representantes de cada partido frente ao total de cadeiras disputadas, deve-se dividir o total de votos obtidos por cada partido na eleição proporcional, pelo resultado do coeficiente eleitoral apurado, conforme a seguinte expressão matemática (art. 108): Representantes por Partido = Total de Votos do Partido Coeficiente Eleitoral Note que, seja no sistema majoritário ou no proporcional, somente são considerados os votos válidos, excluindo-se os não válidos da soma total (brancos e nulos) para aferição dos percentuais de cada sistema. II Anulação de Eleição - Voto Branco, Voto Nulo Voto Válido e Voto Não Valido Ao contrário do que se comumente diz, seja no sistema majoritário ou proporcional, uma quantidade superior a 50% de votos não válidos (brancos ou nulos), não invalida uma eleição. Isto porque o Código Eleitoral prevê expressamente que somente em caso de se verificar na apuração mais de 50% de votos nulos, ou seja, permeados de algum tipo de fraude (na interpretação do Código Civil ou do Código Eleitoral v.g. artigo 175, incisos I a III), é que se anulará o certame, convocando-se novas eleições. É o que se verifica da leitura dos artigos 224 do Código Eleitoral: Art É nula a votação: I - quando feita perante mesa não nomeada pelo juiz eleitoral, ou constituída com ofensa à letra da lei; II - quando efetuada em folhas de votação falsas; III - quando realizada em dia, hora, ou local diferentes do designado ou encerrada antes das 17 horas; IV - quando preterida formalidade essencial do sigilo dos sufrágios. V - quando a seção eleitoral tiver sido localizada com infração do disposto nos 4º e 5º do art (Incluído pela Lei nº 4.961, de ) 10

11 Art É anulável a votação: I - quando houver extravio de documento reputado essencial; (Inciso II renumerado pela Lei nº 4.961, de ) II - quando fôr negado ou sofrer restrição o direito de fiscalizar, e o fato constar da ata ou de protesto interposto, por escrito, no momento: (Inciso III renumerado pela Lei nº 4.961, de ) III - quando votar, sem as cautelas do Art. 147, 2º. (Inciso IV renumerado pela Lei nº 4.961, de ) a) eleitor excluído por sentença não cumprida por ocasião da remessa das folhas individuais de votação à mesa, desde que haja oportuna reclamação de partido; b) eleitor de outra seção, salvo a hipótese do Art. 145; c) alguém com falsa identidade em lugar do eleitor chamado. Art É também anulável a votação, quando viciada de falsidade, fraude, coação, uso de meios de que trata o Art. 237, ou emprego de processo de propaganda ou captação de sufrágios vedado por lei. Art Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do país nas eleições presidenciais, do Estado nas eleições federais e estaduais ou do município nas eleições municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações e o Tribunal marcará dia para nova eleição dentro do prazo de 20 (vinte) a 40 (quarenta) dias. (...) Parágrafo 2º Ocorrendo qualquer dos casos previstos neste capítulo o Ministério Público promoverá, imediatamente a punição dos culpados. Por sua vez, importante destacar que não há diferença entre voto branco e voto nulo este resultante da digitação de um número não correspondente a um determinado candidato. Essa diferenciação tem origem histórica e remonta ao período anterior à implantação do voto pelo sistema eletrônico, onde nas mesas de apuração de votos, havia grande preocupação em se separar as cédulas válidas com único voto específico ao cargo apurado e as cédulas não válidas em que o eleitor rasurava a cédula ou a entregava sem qualquer marcação. Tal diferenciação (voto válido e não válido) está preconizado no parágrafo segundo do artigo 77 da Constituição Federal: Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997) 1º - A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado. 2º - Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos. Ou seja, em se verificando numa eleição uma grande insatisfação dos anseios dos eleitores circunstância essa que pode traduzir uma grave crise social e uma fragilidade nas instituições democráticas no escopo de garantir a segurança jurídica, ainda assim a eleição será decidida pela aplicação dos métodos dos sistemas majoritário e proporcional, tomando-se em consideração somente os votos válidos. 11

12 II.6 - Partidos Políticos Partido Político pode ser definido como uma organização de pessoas reunidas em torno de um mesmo programa político com a finalidade de assumir o poder institucional e de mantê-lo ou, ao menos, de influenciar na gestão da coisa pública através de críticas e oposição. Os partidos políticos se constitui pela formação de pessoa jurídica de direito privado, são regidas por lei específica, in casu, a Lei nº de 19 de setembro de Os partidos políticos tem como função principal a organização da sociedade, ou melhor dizendo, da vontade da coletividade perante o Estado em si, com o intuito de, neste sentido, traçar as diretrizes dos atos estatais, de forma a garantir exatamente o interesse coletivo em prol da sociedade organizada representada pelo Estado. São três os sistemas existente de partidos, conhecidos pelos países que possuem alguma forma de carta política: O Monopartidarismo, o Bipartidarismo, e o Pluripartidarismo. O Brasil já experimentou os três sistemas ditos acima. Atualmente nossa Carta Maior, estabelece que é livre a criação ou fusão de partidos políticos. O artigo 17º do texto constitucional estabelece alguns preceitos os quais devem ser observados na criação destas entidades (incisos I a IV), bem como dá autonomia da definição de sua estrutura interna organizacional e administrativa, e finalmente estabelece que deverão conter nos estatutos do partido normas de fidelidade e disciplina. Tais estatutos deverão ser registrados perante o Tribunal Superior Eleitoral, passando assim a ter representação tal partido. 12

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