QUESTÕES COMENTADAS Risco Profissional do Anestesiologista PORTAL ANESTESIA CURSO ANESTESIO R1
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- Luiz Beppler Andrade
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1 QUESTÕES COMENTADAS Risco Profissional do Anestesiologista PORTAL ANESTESIA CURSO ANESTESIO R1
2 Questões 1. A privação de sono durante a prática anestésica: A) interfere no humor mantendo o julgamento clínico B) aumenta a probabilidade de lesão percutânea do anestesiologista C) leva a maior vulnerabilidade a acidentes das 10 às 14h D) diminui o tempo de reação do profissional aos estímulos E) não sei 2. No abuso e dependência de drogas entre anestesiologistas: A) autoestima elevada e controle ao acesso às drogas favorecem o abuso B) álcool, cocaína e maconha são as drogas mais utilizadas C) o tempo de detecção do abuso é inversamente proporcional à potência da droga D) afastamento das atividades profissionais é opcional e pode ser parcial 3. Principal(is) causa(s) de dependência de drogas entre anestesiologistas: 1- dor física ou emocional 2- facilidade de obtenção 3- baixa auto-estima 4- predisposição genética 4. Conduta(s) de proteção contra o HIV indicada(s) pelo Ministério da Saúde do Brasil: 1- uso de máscaras, óculos, aventais e botas 2- não reinserção de agulhas em suas capas 3- usar luvas duplas 4- esterilização de todo o equipamento de anestesia em óxido de etileno ou hiperóxido de hidrogênio CURSO ANESTESIO 1
3 5. Nível máximo de ruído, em decibéis, permitido pela legislação federal brasileira, para uma jornada de trabalho de 8 h: A) 10 B) 20 C) 40 D) 70 E) 90 CURSO ANESTESIO 2
4 Respostas Comentadas 1. Resposta: B Comentários: A Cultura médica considera a sobrecarga de trabalho uma virtude. Talvez mais do que qualquer outra especialidade médica, a prática da anestesia requer uma vigilância e ações imediatas em situações que envolvem ameaças a vida do paciente. Como a privação do sono afeta os profissionais e quais danos traz no atendimento é objeto de estudos, muitos feitos com residentes. Eles mostram alterações cognitvas, distúrbios psicomotores, do humor, com queda no de atenção, concentração e vigilância. Aumenta o tempo para reagir aos estímulos. A fadiga e o estresse acumulados contribuem para o quadro. Fatores adicionais como relacionamento conflituoso com colegas, responsabilidades administrativas adicionais, como chefia de plantão ou condições de trabalho com poucos recursos materiais e humanos, além de problemas pessoais e financeiros, associam-se para acentuar a fadiga e o estresse. Maior incidência de depressão é encontrada. A vulnerabilidade ao sono é mais presente de 2 a 7h da manhã e no meio da tarde, sendo maior a probabilidade de erros nesse período. Além dos problemas que podem afetar o paciente, o próprio profissional sujeita-se a riscos como processos éticos e legais, acidentes com objetos perfurocortantes durante o trabalho e automobilísticos pós-plantão. Referência: Nicolau D, Arnold III WP Environmental Safety Including Chemical Dependency, em: Miller RD, Eriksson LI, Fleisher LA, Kronish-Wiener JP, Young WL Miller s Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, 2010; Braz JRC, Vane LA, Silva AE Risco profissional do Anestesiologista em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB, Nogueira CS Tratado de Anestesiologia SAESP, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006; CURSO ANESTESIO 3
5 2. Resposta: C Comentário: O abuso de álcool e de drogas como benzodiazepínicos e principalmente opióides são mais comuns entre os médicos que o uso de drogas ilícitas. Baixa autoestima, estresse, ansiedade e facilidade de obtenção contribuem para o uso de drogas. Um controle rígido ao acesso dificulta o uso. Em situação de dependência de drogas o anestesiologista deve ser afastado totalmente de suas atividades encaminhado para tratamento com retorno lento, gradual com acompanhamento. O tempo de detecção do abuso de drogas é inversamente proporcional a potência da substância utilizada. Quanto mais potente a droga menos tempo para detectar a drogadição. O uso de sufentanil é geralmente detectado (1-6meses) mais rápido que do Fentanil (6-12meses), que do abuso de Álcool (pode levar anos). Referência: Nicolau D, Arnold III WP Environmental Safety Including Chemical Dependenc, em: Miller RD, Eriksson LI, Fleisher LA, Kronish-Wiener JP, Young WL Miller s Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, 2010; Braz JRC, Vane LA, Silva AE Risco profissional do Anestesiologista, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB, Nogueira CS Tratado de Anestesiologia SAESP, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006; Resposta: Todas estão corretas Comentário: A incidência de dependência de drogas entre anestesiologistas é de 1% a 2%. As drogas mais frequentemente usadas são o álcool, opióides, cocaína, maconha e benzodiazepínicos. As principais causas são: facilidade de obtenção, estresse ocupacional, desejo de experimentação, dor física e emocional, baixa auto-estima e predisposição genética. Referência: Braz JRC, Vane LA Risco Profissional, em: Manica J - Anestesiologia Princípios e Técnicas, 3a Ed, Porto Alegre, Artmed, 2004: CURSO ANESTESIO 4
6 4. Resposta: Todas estão corretas Comentário: As principais precauções para proteção do profissional de saúde contra o HIV adotada pelo Ministério da Saúde do Brasil são: 1- usar luvas (duplas); as mãos devem ser lavadas após a remoção; 2- usar máscaras, óculos, aventais e botas; 3- não reinserção de agulhas em capas, nem sua remoção, uma vez montadas; colocá-las após o uso, em recipientes apropriados; 4- esterilização de todo o equipamento de anestesia em óxido de etileno ou em hiperóxido de hidrogênio; 5- evitar ressuscitação boca a boca. Utilizar ressuscitador manual; 6- profissionais com lesões exsudativas ou dermatite descamativa não devem ter contato direto com o paciente ou com o equipamento utilizado; 7- todo o material com sangue deve ser transportado em recipiente adequado e que não permita vazamento; 8- isolamento de substâncias corpóreas, usando-se barreiras para evitar possíveis contatos; 9- a indicação precisa de transfusão de sangue e derivados, preferindo, sempre que possível, sangue autólogo. REFERÊNCIA: Braz JRC, Vane LA, Silva AE Risco Profissional do Anestesiologista, in: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB, Nogueira CS Tratado de Anestesiologia SAESP, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006; CURSO ANESTESIO 5
7 5. RESPOSTA: E COMENTÁRIO: A poluição sonora é quantificada pela determinação da intensidade do som (em decibéis db) e duração da exposição. A legislação federal brasileira e americana (NIOSH National Institute for Occupational Safety and Health) não permitem mais que 90 db no ambiente de trabalho, em jornada de 8 horas. REFERÊNCIAS: Braz JRC, Vane LA, Silva AE Risco profissional do anestesiologista, in: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB, Nogueira CS Tratado de Anestesiologia SAESP, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006; CURSO ANESTESIO 6
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