INSEMINAÇÃO POST MORTEM EM FACE DOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS E SEUS REFLEXOS NO DIREITO SUCESSÓRIO

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1 1 INSEMINAÇÃO POST MORTEM EM FACE DOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS E SEUS REFLEXOS NO DIREITO SUCESSÓRIO NARA DOS SANTOS TOMAZ 1 FERNANDA DARISE ALVES AGUIAR 2 MÁRCIA THAENE ARAGÃO ALBUQUERQUE 3 Resumo: O presente trabalho tem como tema os efeitos jurídicos da reprodução assistida, especificamente, no que toca a inseminação artificial homóloga post mortem, ou seja, aquela ocorrida após a morte do pai, abordando o conceito dessa forma de reprodução, analisando os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana, da igualdade entre os filhos, do melhor interesse da criança, da segurança jurídica e o princípio da legalidade, que lhes são aplicáveis. Bem como, abordando os desdobramentos da inseminação artificial homóloga post mortem no direito sucessório em face da legislação civil vigente. Palavras-chaves: Inseminação post mortem. Princípios Constitucionais. Direito Sucessório. POST-MORTEM INSEMINATION IN FACE OF CONSTITUTIONAL PRINCIPLES AND ITS CONSEQUENCES IN SUCCESSION LAW Abstract: This work has as its theme the legal consequences of assisted reproduction, with regard to homologous artificial insemination post mortem, ie, that occurred after the death of his father, addressing the concept of this form of reproduction, analyzing the constitutional principles of human dignity human, equality between the children, the best interests of the child, legal certainty and the principle of legality, which apply to them. As well as addressing the consequences of homologous artificial insemination post mortem on inheritance law in the face of current civil legislation. Keywords: Post-mortem insemination. Constitutional Principles. Inheritance Law. INTRODUÇÃO Ao longo dos anos, a evolução científica trouxe várias inovações, inclusive na área da reprodução assistida, trazendo uma oportunidade a mais aos casais de terem seus filhos. E com essa evolução, trouxeram também uma gama de problemáticas a serem resolvidas pelo Direito, pois coloca de encontro o direito fundamental de herança, previsto no 1 Acadêmica do curso de Direito da Faculdade Luciano Feijão. nara_tomaz14@hotmail.com 2 Acadêmica do curso de Direito da Faculdade Luciano Feijão. fernandadarise@gmail.com 3 Acadêmica do curso de Direito da Faculdade Luciano Feijão. marciathaene@hotmail.com

2 2 art.1798 do Código Civil e garantido pelo artigo 5º, XXX da Constituição Federal e outros princípios constitucionais como o da isonomia, mais especificamente na igualdade entres os filhos. Porém a nossa legislação não acompanhou a rapidez com que essa tecnologia avançou, deixando assim lacunas que estão causando grandes divergências doutrinárias e jurisprudências, uma vez que com base no disposto do artigo 1.597, inciso III do Código Civil, o filho havido por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido, será filho deste. Entretanto apesar de reconhecida a condição de filho, este direito não o faz legítimo absoluto para a sucessão, conforme aduz art.1798 do Código Civil (ANO, p.), que trata da sucessão legítima com o seguinte texto: Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão, causando controvérsias a respeito da sucessão do concepturo 4. Assim, não se pode chegar a uma solução da simples interpretação quando se trata de colisão de diretos fundamentais, uma vez que a mesma legislação que reconhece a possibilidade dos filhos concebidos post mortem é omissa na regulamentação quanto aos direitos sucessórios destes. Desse modo, desenvolveu-se o presente estudo, no qual irá se procurar fazer uma análise do direito sucessório do embrião concebido após a morte do pai, sendo realizada uma análise crítica e reflexiva acerca das correntes doutrinárias existentes e com base no histórico das legislações vigentes, no qual serão analisados os efeitos jurídicos da inseminação artificial homóloga post mortem no direito de família e das sucessões. Isso porque a legislação vigente deixa brechas para as mais variadas interpretações doutrinárias. De início será abordado o tema da reprodução humana assistida, apresentando o seu conceito, a sua evolução histórica, as suas técnicas e a área jurídica que abrange. Posteriormente, serão analisados os princípios constitucionais aplicáveis à reprodução humana assistida. E por fim será feita uma abordagem da inseminação artificial homóloga post mortem sob a ótica da legislação civil acerca da filiação e da sucessão. 4 Que ou aquele que há de ser concebido.

3 3 A pesquisa terá como principal instrumento a pesquisa bibliográfica através de pesquisas na doutrina, na lei, em artigos científicos, revistas periódicas, dentre outros textos, visando a maior atualização a respeito desse assunto tão novo para a nossa legislação. E o método utilizado será o dedutivo. REPRODUÇÃO ASSISTIDA Vivemos, principalmente nas últimas décadas deste século, grandes e significantes avanços científicos e tecnológicos em várias áreas do conhecimento dentre os quais ressaltamos a revolução tecnológica dos meios de reprodução assistida. Madaleno (2010, P. 59) conceitua reprodução assistida como sendo o conjunto heterogêneo de técnicas empregadas com o intuito de combater a esterilidade do ser humano ou de prevenir enfermidades genéticas e hereditárias. Tendo em vista que, à luz da nova interpretação da Constituição Federal de 1988, institutos jurídicos como a paternidade, maternidade e a própria concepção de família estão sendo relativizados, técnicas de reprodução assistida trazem uma gama de problemas éticos para os quais o nosso ordenamento jurídico não oferece soluções uniformes, trazendo, com isso, uma insegurança jurídica. Para suprir esta insegurança, a lei sempre será o instrumento privilegiado. Todavia, impossível pretender disciplinar todas as novas tecnologias mediante formulação de leis. Deve-se buscar uma conciliação entre o progresso científico com um Direito que salvaguarde, em especial, a dignidade humana, de vez que nem tudo que é cientificamente possível deve ser autorizado. A reprodução assistida, em breve síntese, pode ser conceituada com conjunto de técnicas que favorecem a fecundação humana, tudo a partir da manipulação de gametas e embriões, com o objetivo de combater a infertilidade e propiciar o nascimento de uma vida humana. Vários são os métodos utilizados: inseminação artificial heteróloga e homóloga e fertilização in vitro. A partir daí, inúmeras são as questões geradas pela inseminação artificial e ligadas ao direito que necessitam ser regulamentadas.

4 4 Com relação à inseminação artificial heteróloga, onde não ocorre apenas a presença do casal, porquanto um terceiro doador dos espermas aparece na relação, haveria a possibilidade de indagação por parte de uma criança se poderia investigar a sua paternidade? Ou ainda, os dados do terceiro doador deveriam ser mantidos em sigilo? Estas e muitas outras são perguntas que as pessoas buscam através do Judiciário. Servindo apenas como exemplo diante dos inúmeros casos que podem surgir a partir das referidas técnicas estudadas. Uma outra questão interessante seria nos casos das chamadas "barrigas de aluguel": há previsão legal para o acordo firmado entre mãe de gestação e mãe biológica no empréstimo do útero? Qual dos três critérios deve ser utilizado para que seja definida a maternidade de quem pratica tal ato: o uterino, o biológico ou o civil? Como se percebe, vê-se que inúmeras são as situações que podem daí advir, trazendo implicações em diversos institutos e conceitos jurídicos, inclusive no que diz respeito à conceituação de família, direitos sucessórios, enfim, são novas interpretações que decorrem das constantes mudanças do comportamento social. Desta forma, poderá haver certa confusão acerca das relações fundamentais da pessoa humana entre a filiação e parentesco. Outra forma de fertilização humana que, também, traz inúmeras questões a serem enfrentadas pelo ser humano é a chamada fertilização in vitro. De acordo com o art. 2º do Código Civil Brasileiro, vejamos: a personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro ; a todos os seres humanos nascidos com vida é garantido todos os seus direitos, já que sua personalidade civil é adquirida, porém, o legislador abrangendo a concepção do que seria vida, resguardou o direito do nascituro, ou seja, de quem ainda não se separou por completo do corpo da mãe, passando a ser sujeito de direitos e obrigações. Com se pôde perceber, há várias maneiras pela qual a vida humana pode ser concebida, porém esse trabalho se restringe aos efeitos da inseminação artificial e homóloga post mortem, que possibilita à esposa ou companheira, mesmo após o falecimento do marido ou companheiro, utilizar o material genético, vindo a gerar um filho de pai

5 5 premoriente. O presente trabalho cuidará de abordar, mais a frente, os reflexos jurídicos que esta técnica de reprodução assistida traz, em especial no campo do direito sucessório. Com todas estas transformações, advindas das referidas técnicas, nossa Constituição republicana, levando em consideração o Direito fundamento à vida bem como, entre outros, o princípio da dignidade da pessoa humana, cuidou proteger até mesmo os embriões, não se atendo a critérios ou estágios de desenvolvimento. Sendo assim, não obstante a ausência de legislação regulamentando a reprodução assistida, vários são os princípios constitucionais que salvaguardam expressamente o principal direito dos indivíduos: a vida. PRÍNCÍPIOS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS À REPRODUÇÃO ASSISTIDA Neste tópico, serão analisados os princípios constitucionais, de maior importância, que são aplicáveis na reprodução humana assistida. Vale ressaltar que os princípios que serão, aqui, abordados não são os únicos aplicáveis. Princípio da dignidade da pessoa humana Embora haja um consenso na comunidade internacional quando se fala em princípio da dignidade da pessoa humana, o qual todo e qualquer juiz e legislador deverá levar em consideração quando proferir suas sentenças e promulgar leis, importante salientar que as técnicas utilizadas para a procriação assistida, a sua não observância poderá dar ensejo a grandes atentados contra a humanidade, como ocorrem nos casos em que a produção de embriões são fertilizados além da necessidade. Sendo utilizados como meros experimentos para buscar o progresso da área médica e científica, visto vivermos em um mundo capitalista onde se busca a todo o momento o poderio econômico. O legislador constituinte brasileiro conferiu ao princípio fundamental da dignidade da pessoa humana a qualidade de norma base de todo o sistema constitucional, informando as prerrogativas e as garantias fundamentais da cidadania (Art.1º, III, da CF/88). Assim, os

6 6 direitos, negativos ou positivos, fundamentais da Carta Magna de 1988, encontram seu fundamento no princípio da dignidade da pessoa humana. A aplicação do princípio da dignidade da pessoa humana traduz o reconhecimento que o Estado tem em função da pessoa humana, ou seja, o ser humano é que constitui finalidade precípua da atividade do Estado e não o inverso. A constituição elevou ao patamar da dignidade humana a satisfação e o exercício do direito ao planejamento familiar, cabendo ao Estado proporcionar recursos para o exercício desse direito, conforme se extrai do art. 227, 6º da Carta Magna. O direito de fundar uma família compreende o direito de originar um descendente que carregue o próprio patrimônio genético, bem como, o de desenvolver a função de genitor. Além disso, abrange o direito de ter acesso às informações, instruções e serviços acerca do planejamento familiar, incluindo-se as técnicas de reprodução artificial (RIGO, 2009). Rigo (2009) afirma, ainda, que a dignidade humana não deve ser observada apenas para aqueles que querem gerar uma vida, mas também para o próprio embrião, de maneira que qualquer atitude negativa ao ser humano, mesmo que ainda não nascido, atinja diretamente a Constituição Federal. Outro ponto, que deve, ser levado em consideração é o início à vida humana, quando esta se daria. Parcela da doutrina adota a teoria concepcionista, como a do início da vida humana, admitindo que o embrião pré-implantado já tem qualidade de pessoa, no entanto, para adquirir a qualidade de nascituro, o embrião precisaria da constatação de sua viabilidade, existente esta apenas a partir de sua nidação no útero materno. De outro lado, há doutrinadores que consideram como nascituros os embriões congelados e preservados em centros de fertilização artificial. Estes entendem que a vida começa quando da fusão dos núcleos do óvulo e do espermatozoide. Concluir, então, que o pré-implantado já possui qualidade de pessoa, e o embrião possui dignidade humana possui direta correspondência com o princípio da razoabilidade, devendo gerar, desde logo, reflexos no campo jurídico.

7 7 Princípio da igualdade entre os filhos A Constituição Federal de 1988 inicia o capítulo dos direitos individuais, em seu artigo 5º, com o princípio da igualdade, dizendo que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. A igualdade sem sombra de dúvidas está inserida entre os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil. O princípio da igualdade, aqui em análise, quando aplicado ao direito de família, resgata a ideia de isonomia, onde fica nítida a proibição de que os iguais sejam tratados de forma diferente. Assim, todos os filhos devem ter o mesmo tratamento jurídico, independentemente de terem sido concebidos por técnicas de reprodução assistida e mesmo após a morte do pai quando se tratar de inseminação homóloga post mortem. O aspecto da isonomia deve abranger, ainda, a garantia ao patrimônio entre pessoas que disponham doa mesma condição dentro da estrutura familiar. Rigo (2009) defende que esse princípio deve ser aplicado, até mesmo, aos embriões, fundamentando sua posição na Declaração Universal dos Direitos Humanos, conforme se verifica na seguinte passagem de sua obra: Para muitos autores, o princípio da igualdade estende-se a todos os seres humanos, aos já nascidos, ou aos apenas concebidos [...]Uma interpretação literal do art. 1º da Declaração dos Direitos Humanos pode ensejar dúvida quanto aos seres humanos já concebidos, mas ainda não nascidos. Todavia, em uma leitura integral e mais cuidadosa de toda a Declaração, nota-se que não há distinção entre os seres já nascidos e os não nascidos. Mesma interpretação deve ter o parágrafo 2º do art. 1º do Pacto de São José da Costa Rica, não dando espaço a distinção entre a vida intra e extra-uterina. Desse modo, o embrião já faz jus à proteção absoluta e irrestrita contra qualquer desrespeito à sua identidade e integridade, incidindo sobre ele o mandamento constitucional da igualdade, sendo oponível de maneira erga omnes, a quem quer que seja.

8 8 Princípio do melhor interesse da criança A Constituição Federal de 1988 no seu art. 227 instituiu tal princípio, trazendo a seguinte redação: Art. 227: É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Embora esse princípio, tenha aparecido de forma expressa, somente na Constituição Federal de 1988 a jurisprudência brasileira já recepcionava o princípio do melhor interesse da criança antes mesmo da promulgação da CF/88. O art. 227 da CF/88 prevê, além dos direitos assegurados à criança, assim o são a todas as pessoas, como o direito à vida, à dignidade, à liberdade, outros direitos que são pertinentes apenas à criança e ao adolescente, como o direito à profissionalização, à convivência familiar e comunitária. Percebemos, assim, que o constituinte coloca a família, a sociedade e o Estado como responsáveis por todas as crianças. Vale ressaltar que a importância de tal princípio foi ainda ratificada com a promulgação da Lei 8.069/90, Estatuto da Criança e do Adolescente, trazendo em seu texto diversas formas de proteção à criança e ao adolescente. Esse princípio merece relevância quando fala em inseminação artificial post mortem, pois nesse caso, os interesses divergentes são enormes, pois de um lado está o desejo da mulher de, mesmo sozinha, gerar uma criança e de outro o melhor interesse da criança. No entanto, não podemos presumir que o fato da aplicação do princípio do melhor interesse da criança impede, automaticamente, que ela possa ser gerada por uma mãe sozinha, deve ser feita uma análise, em cada caso, para se verificar se esta pode fornecer todas as condições materiais e psicológicas necessárias ao desenvolvimento da criança, mesmo estando sozinha.

9 9 Princípio da segurança jurídica Sob a análise do princípio em questão, importa dizer que o cidadão precisa de regras jurídicas que a ele são impostas em condições de estabilidade, por estar vinculado, desde o nascimento, aos fenômenos das relações jurídicas que o cerca para alcançar o seu desenvolvimento em todos os setores de sua vida. Dessa forma, indaga-se se a inseminação post mortem não colocaria em risco todo o sistema jurídico, principalmente no campo do direito sucessório, ao dar direitos ao embrião, igualmente aos herdeiros já existentes. Para Delfim (2009), o que ocorre é um choque entre os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana (da viúva e do próprio filho concebido após a morte do pai) e da segurança jurídica (dos demais herdeiros concebidos antes daquele infortúnio). Porém, como já é sabido, não há direito fundamentai absoluto, devendo, assim, haver uma preponderarão entre o princípio da dignidade da pessoa humana e o da segurança jurídica. Princípio da legalidade O princípio da legalidade está previsto no art. 5º, Inciso II, da nossa Carta Magna e determina o seguinte: Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Tal princípio aplicado a praticamente a todos os ramos de direito e no que tange à reprodução humana assistida, não poderia ser diferente, pois, no Estado Democrático de Direito, na relação entre particulares, tudo o que não é proibido é permitido. Até 2010 vigorava a resolução nº 1.358/1992 do Conselho Federal de Medicina, na qual não havia previsão legal, acerca da inseminação artificial post mortem, mas era permitida a inseminação, pelas mulheres solteiras, do sêmen de um doador, não fazendo menção se este necessitava ser vivo ou não, assim por analogia se entendia que era sim possível a

10 10 inseminação post mortem, pelo uso do sêmen do marido falecido, mesmo sem previsão normativa específica. No entanto, após 18 anos de vigência, a resolução nº 1.358/1992 do Conselho Federal de Medicina, recebeu significativas modificações relativas à reprodução assistida, sendo substituída in totum pela resolução nº 1.957/2010. Sendo trazido no item VIII do anexo desta nova resolução a previsão específica da possibilidade da reprodução assistida post mortem, com a seguinte redação: Não constitui ilícito ético a reprodução assistida post mortem desde que haja autorização prévia específica do(a) falecido(a) para o uso do material biológico preservado de acordo com a legislação vigente. Assim, atualmente, é plenamente permitida a técnica de reprodução assistida post mortem, desde que o falecido tenha deixado autorização para o uso de seu sêmen. Por outro lado a ausência de legislação específica, quando da análise de casos concretos, cria algumas dificuldades no âmbito jurídico, fazendo-se necessários a interpretação e sistematização das normas gerais fixadas na legislação infraconstitucional. DIREITO SUCESSÓRIO NOS CASOS DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL POST MORTEM SOB A ÓTICA DA LEGISLAÇÃO CIVIL VIGENTE Como visto no decorrer das explanações do presente trabalho, é possível que mulheres sejam fecundadas através de sêmens de pessoas que já estejam mortas, fenômeno chamado de inseminação post mortem. Trazendo muitas repercussões jurídicas, principalmente no campo do direito sucessório, senão vejamos, o Código Civil em seu art estabeleceu, in verbis: Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão. De acordo com o que estabelece dispositivo legal acima citado, só teriam direito a sucessão as pessoas já nascidas e as que já estivessem concebidas no momento da morte do

11 11 de cujus 5, já que de acordo com o princípio saisine, que rege o direito sucessório, a sucessão considera-se aberta no instante mesmo ou no instante presumido da morte de alguém, de maneira automática e imediata. Seguindo este princípio, o embrião fecundado post mortem não teria direito algum no âmbito da sucessão, já que a lei é clara quando afirma que somente será legitimada a pessoa nascida ou mesmo concebida no momento da sucessão. Há, no entanto, uma exceção estipulada pelo Código Civil em seu art. 1799, I, determinando que, apenas por via testamentária, o concepturo poderia vir a ter direito em herança nos casos de inseminação homóloga ou heteróloga, que dispõem no seguinte sentido: Art. 1799: Na sucessão testamentária podem ainda ser chamados a suceder: I - os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas estas ao abrir-se a sucessão. Há doutrinadores, como José Luiz Gavião de Almeida (2003, p. 171), que defendem que somente desta forma poderia ocorrer à sucessão legítima do não concebido do fruto da inseminação post mortem. Porém, nessa previsão existe ainda uma condicionante, de acordo com o que estabelece o 4 o do artigo 1.800, qual seja, se decorridos dois anos após a abertura da sucessão, não for concebido o herdeiro esperado, os bens reservados, salvo disposição em contrário do testador, caberão aos herdeiros legítimos. Por ouro lado há autores, como Freitas (2008), que defendem que num Estado Democrático de Direito, como o Brasil, onde existe o garantismo constitucional, e nele incluído o direito de herança (art. 5º, XXX, CF), não há possibilidade de se excluir o concebido post mortem da sucessão legítima, devendo ser encontrados meios para tutelar os direitos do concepturo, mesmo que não haja diposição testamentária. Nesse sentido, Freitas apud CAHALI: Independente de ter havido ou não testamento, sendo detectada no inventário a possibilidade de ser utilizado material genético do autor da herança (já que sua vontade ficara registrada no banco de sêmen), no intuito de evitar futuro litígio ou prejuízo ao direito constitucional de herança, há de ser reservados os bens 5 Expressão usada para substituir o nome de indivíduo falecido cujos bens estão em inventário.

12 12 desta prole eventual sob pena de ao ser realizado o procedimento, vier o herdeiro nascido depois, pleitear, por petição de herança, seu quinhão hereditário, como se fosse um filho reconhecido por posterior ação de investigação de paternidade. (FREITAS, 2008) Seguindo o mesmo posicionamento defende a autora Gabriella Bresciani Rigo (2009), quando dispõe: Se não houvesse o sonho da paternidade, qual seria o motivo para um homem deixar seu sêmen congelado em um centro de reprodução humana medicamente assistida? O depósito do material é o autêntico consentimento do falecido para tal procriação. Caso tenha o anseio de ser pai um dia, mas está casado com uma mulher que não é a pessoa que deseja para ser mãe de seus filhos, o homem que deixar seu esperma em um banco de sêmen deve ter o cuidado de deixar expressa proibição de utilização de seu material após a ocasião de sua morte. Assim, não havendo nenhuma proibição expressa por parte do homem que depositou o sêmen no centro de reprodução humana, não há porque negar qualquer direito a criança concebida post mortem mediante inseminação artificial homóloga. Controvérsias a parte, não valendo a alegação de que haja ausência total de respaldo legal sobre o tema, considerando a força dos princípios constitucionais aplicáveis à reprodução assistida, a tendência é que se conferiram direitos sucessórios aos frutos da inseminação post mortem. No entanto, é preciso ser preenchidas as lacunas no direito civil quando versam as matérias sobre parentesco, sucessão, enfim, institutos ligados à concepção de família, através de inovações na legislação civil pátria. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do estudo apresentado, percebe-se que diante da omissão da legislação civil brasileira acerca do tema da reprodução assistida, é necessária uma interpretação constitucional dos artigos do Código Civil que versam acerca da vocação hereditária, não obstante a necessidade de uma melhor regulamentação da matéria, no que diz respeito aos inseminados post mortem. Fazendo um paralelo com ordenamentos jurídicos comparados, é possível perceber que existem países que já trataram de resguardar o direito de quem procura utilizar dos métodos de inseminação artificial de composição de uma família. Tendo como exemplo o

13 13 Código Civil de Portugal, o qual não permite a impugnação de paternidade do cônjuge que consentiu com a inseminação heteróloga. Por outro lado, ainda trata-se de tema que deve ser discutido a fundo pelos doutrinadores, bem como legisladores, já que seria impossível imaginar todas as possibilidades de situações que podem ocorrer quando o tema em tela é vislumbrado. Como se sabe, o ser humano, há muito, se preocupa em compreender a sua composição biológica e espiritual, além de estudar, através de experimentos científicos, a forma como todo o sistema solar se compôs. Em decorrência das várias formas de estudos e experiências científicas feitas pelo homem, ocorreu, principalmente nas últimas décadas, o que podemos chamar de revolução tecnológica. Sendo possível, nos dias atuais, que pessoas sejam geradas sem que haja o processo natural de fecundação dos óvulos: meios de reprodução assistida e a clonagem terapêutica. Todos esses avanços levaram o homem a buscar os reais efeitos e reflexos na sua vida coletiva, bem como todas as divergências surgidas em razão de sua existência. Daí a importância do presente estudo, tanto no âmbito biológico, como âmbito jurídico, visto que se trata de um tema pelo qual os legisladores pouco se pronunciaram, trazendo, de certa forma, uma insegurança jurídica, já que são constantes as pretensões levadas pelas pessoas ao poder judiciário. Portanto, dando um poder de discricionariedade abrangente ao juiz, já que se valerá, não das regras, mas de sua própria hermenêutica quando proferir decisão ao caso concreto. Como dito anteriormente, haverá essa grande margem de interpretação, visto os institutos como a paternidade, maternidade e a própria concepção de família ter sofrido um grau significante de relativização. Havendo este silêncio legal, não apenas no Brasil, como nos países europeus, os litígios envolvendo a procriação humana artificial estão sendo resolvidas de maneira casuística, ou seja, raciocínios morais desviantes construídos para justificar ações que são moralmente duvidosas e que, portanto, precisam ser analisadas pelos legisladores para que se possa chegar a um senso comum, visando a solução dos conflitos de forma razoável, sem que haja a violação dos princípios constitucionais, uma vez que nem tudo que é

14 14 cientificamente possível deva ser passível de autorização. Assim, seja evitada que apenas normas administrativas, éticas, de deontologia médica e de julgados anteriores sirvam como método de solução dos casos concretos envolvendo tal matéria. De qualquer modo, enquanto não haja inovação por parte dos legisladores, sendo os princípios mandamentos nucleares de um sistema, faz-se necessário que os operadores do direito ao aplicarem as leis aos casos concretos, tenham atenção aos mesmos, pois a desatenção ao um princípio vem ofender não somente um mandamento nuclear, mas a todo um sistema, vindo a ocasionar grave violação aos valores fundamentais intrínsecos no sistema normativo. Entende-se também que em virtude dos princípios constitucionais servirem como vetor a aplicação das leis, no caso concreto do direito sucessório do inseminado post mortem, deve-se buscar uma interpretação restritiva e constitucional, pois conforme já afirmado anteriormente, havendo diversas interpretações a uma norma infraconstitucional, necessitase para a garantia dos direitos fundamentais relacionados a filiação, que tenha preferência àquela interpretação que reconheça a constitucionalidade da norma e que melhor represente os fins constitucionais. REFERÊNCIAS ALMEIDA, José Luiz Gavião. Código Civil Comentado. Direito das sucessões. Sucesão em geral. Sucessão legítima. v. XVIII. São Paulo: Atlas, BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de Disponível em: < Acesso em 05 de março de Código Civil Brasileiro. Lei n o , de 10 de janeiro de Disponível em: < Acesso em 05 de março de Resolução nº 1.957/2010 do Conselho Federal de Medicina. Disponível em: em 05 de março de DELFIM, Marcio Rodrigo. As implicações jurídicas decorrentes da inseminação artificial homóloga post mortem. Jus Navigandi, Teresina, ano 14, n. 2186, 26 jun Disponível em:< >. Acesso em: 10 de março de 2015.

15 15 FREITAS, Douglas Phillips. Reprodução assistida após a morte e o direito de herança. Colégio Registral do Rio Grande do Sul. Rio Grande do Sul-RS. 09 de jun. de Disponível em: < Acesso em 10 de março de Acesso em 10 de março de MADALENO, Rolf. Novos horizontes no direito de família. Rio de Janeiro: Forense, PRIBERAM, Dicionário da Língua Portuguesa. Disponível em: < Acesso em 10 de março de RIGO, Gabriella Bresciani. O status de filho concebido post mortem perante o direito sucessório na legislação vigente. Portal Jurídico Investidura, Florianópolis/SC, 08 Jul Disponível em:< >. Acesso em 10 de março de 2015 TEIXEIRA, Érica e CAIXETA, Simone Letícia de Sousa. As Técnicas de Reprodução Humana Assistida à Luz dos Princípios Constitucionais. Revista do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Extensão e da Pós Graduação do Centro Universitário de Patos de Minas, n. 4, Disponível em: < >. >. Acesso em 10 de março de 2015

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