XIV Congresso Brasileiro de Sociologia 28 a 31 de julho de 2009, Rio de Janeiro (RJ) Sociólogos do Futuro

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "XIV Congresso Brasileiro de Sociologia 28 a 31 de julho de 2009, Rio de Janeiro (RJ) Sociólogos do Futuro"

Transcrição

1 XIV Congresso Brasileiro de Sociologia 28 a 31 de julho de 2009, Rio de Janeiro (RJ) Sociólogos do Futuro A indústria de confecções e as mudanças na organização da produção. Universidade Estadual de Londrina Cinthia Xavier da Silva (autor) Simone Wolff (co-autor)

2 2 A indústria de confecções e as mudanças na organização da produção. Cinthia Xavier da Silva (autor) Simone Wolff (co-autor) Qualquer aperfeiçoamento mecânico lança operários no desemprego, e quanto melhor for o aperfeiçoamento, mais numerosa é a categoria reduzida a ele. Cada aperfeiçoamento produz sobre um certo número de trabalhadores o efeito de uma crise econômica, engendrando miséria, infortúnio e crime (ENGELS, 1985, p. 158). Resumo O objetivo deste trabalho é estudar a precarização na cadeia produtiva de confecção própria da reestruturação produtiva e do modelo toyotista. Abordará conceitos como flexibilização, e os termos precarização e terceirização do trabalho. Para tanto tomará como objeto o setor de confecções na indústria têxtil em Londrina, Paraná, buscando reconhecer e argumentar sobre a condição de trabalho, métodos, técnicas e direitos trabalhistas no setor. Tem a hipótese de que a reestruturação das cadeias produtivas, segundo o modelo toyotista, precariza contratos e condições de trabalho. Metodologia de pesquisa A pesquisa ainda em andamento busca contextualizar a realidade de uma das cadeias de produção da indústria têxtil em Londrina, o setor de confecções. Durante a primeira fase da pesquisa buscou-se fazer a leitura e análise da bibliografia proposta pelo Grupo de Estudos sobre Novas Tecnologias e Trabalho GENTT, coordenado pela Prof.ª Dr.ª Simone Wolff, e que constam na Bibliografia deste artigo. Na segunda fase da pesquisa foram coletados dados secundários em Institutos de Pesquisa, Sindicatos e sites relacionados como Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), RAIS/CAGED e na PNAD-IBGE, Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES), Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Vestuário do Paraná (SIVEPAR), Associação Brasileira de Indústria Têxtil (Abit), está em andamento a análise deste dados. Na terceira fase da pesquisa será realizada a pesquisa de campo com

3 3 entrevistas com trabalhadores e proprietários de facções, empresas de confecções, assim como trabalhadores autônomos/domiciliar. Foi feita uma sondagem com visitas em facções para delimitar nosso objeto. Este será uma empresa (logomarca) com destaque na região e a cadeia de produção dela, ou seja, iremos pesquisar as empresas de confecções terceirizadas por esta empresa (logomarca). Se necessário para analisar a precarização em facções ou outros tipos de terceirização, também serão analisadas outras empresas (logomarca). Introdução O objetivo desta pesquisa é investigar e analisar as condições de trabalho dos trabalhadores inseridos em um momento da cadeia de produção têxtil. Tendo como objeto uma empresa relevante no setor na região, está se destacando pelo investimento na produção, propaganda e marketing. Concentrando analise dos lugares mais precarizados na terceirização, como trabalhadores sem carteira assinada e trabalhadores autônomo/domésticos. As empresas serão analisadas em sua trajetória, se surgiu como empresa, como facção, ou com trabalhadores domiciliar. As variáveis pretendem caracterizar as condições de trabalho no setor e as condições de terceirização com ou sem contrato. A partir de 1970 o capitalismo enfrentou novo momento de crise econômica pela queda da taxa de lucro no processo de produção. O tipo de produção fordista não respondia mais às necessidades de acumulação do capital. Uma crise caracterizada pela resistência dos trabalhadores e pelo fortalecimento dos sindicatos, por crises econômicas internacionais como a crise do petróleo em 1973, e o desmantelamento do Estado de Bem-Estar Social, marcaram o fim de um modelo de produção. Modelo garantido por políticas de pleno emprego, e políticas sociais, estruturado em grandes fábricas, com grandes máquinas e grande número de trabalhadores para operá-las. Foi então que outros modelos de produção começaram a se tornar importantes tentativas de sobreviver à crise. Surgia no Japão um tipo de produção diferente da existente no Ocidente. O taylorismo havia tirado do trabalhador o saber-fazer, mas não totalmente sua autonomia. O modelo por linhas de produção ainda garantia ao trabalhador controle sobre a produção. Se uma máquina quebrasse comprometia

4 4 todo o processo de produção, pois, é próprio da linha de produção o fluxo contínuo e linear, um produto como o carro passava pela mão de todos os trabalhadores de uma linha de produção. Isto fortalecia a luta sindical, e a greve era um mecanismo de resistência ao capital. O novo modelo, japonês, também conhecido como toyotismo possui técnicas de gerenciamento que reduzem o custo da produção, desde o fornecimento da matéria-prima até o produto final. São características do toyotismo a flexibilidade, o sistema de fornecimento just in time, a cooperação, e a articulação por meio de redes de empresas, uma nova configuração de cadeias produtivas em que os setores de produção foram colocados fora das fábricas, putting-out-system, agora com uma estrutura organizacional horizontal e não mais vertical como no fordismo. Estas características, de acordo com os estudos de Manuel Castells (1999), podem ter se desenvolvido no Japão devido à influência cultural em que se estrutura esta sociedade. Seu estudo investigou outros modelos de organização econômica e de produção do Leste Asiático como a Coréia e a China. Os modelos de economia e produção destes países são pautados pela organização familiar que determina a administração, o gerenciamento e o financiamento da produção. Contudo, segundo Castells (1999) esse não foi o principal motivo de desenvolvimento e implantação do modelo toyotista. O modelo toyotista organizado em redes de empresas interligadas pela cooperação permite ao mesmo tempo a participação de livre concorrência do mercado. Um modelo mais flexível que, diferente do padrão taylorista/fordista, é capaz de se adaptar rapidamente à instabilidade do mercado. A cooperação é um fator importante no modelo toyotista. No Leste Asiático a cooperação era inerente ao tipo de produção familiar, um tipo de ajuda mútua financeira, administrativa e técnica. No capitalismo atual, a cooperação é um fator importante porque é capaz de trocar em escala global os mesmo elementos. A empresa em rede distribui suas atividades por meio de cadeias produtivas, pequenas instalações localizadas na parte externa da empresa-mãe. A lógica da produção em pequenos grupos se estende na terceirização de parte da produção a células de produção menores. As cadeias produtivas se mantém pelo relacionamento com empresas de grande porte, pelo fornecimento,

5 5 administração, investimento financeiro, e trabalho terceirizado. A estrutura das grandes empresas também se transformou com a reestruturação produtiva e com as políticas neoliberais do final do século XX. João Bernardo (2000) propõe uma discussão sobre o momento em que a esfera econômica se desligou do seu caráter nacionalista. Até então a economia nacional se relacionava com outras economias através da internacionalização. No modelo fordista de produção as empresas eram multinacionais, isto é, elas levavam toda estrutura necessária para a produção nos países em que se instalavam. Eram internacionais, pois estavam arraigadas ao país de origem, tinham caráter nacional. Mas, principalmente nas últimas décadas do século XX este modelo de empresa se transformou. O capitalismo encontrou outra forma de continuar a expandir e acumular: através da transnacionalização. De acordo com João Bernardo a mudança foi percebida a partir da década de 1960 em que, segundo ele, as companhias deixaram de ser consideradas como multinacionais, e agora como empresas transnacionais (BERNARDO, 2000). Isto porque as companhias ultrapassaram os limites das fronteiras e se instalaram onde conseguem obter maior lucro com mais produtividade e melhores condições tecnológicas. Não mais deslocando todas as partes da empresa, mas apenas partes da produção convenientes por baixo custo de produção, força de trabalho qualificada com menor custo. As políticas de ajuste estrutural, adotadas a partir da década de 1970 na Europa e Estado Unidos possibilitaram soluções ao grande capital que passava por crises de lucratividade em reação ao modelo político-econômico estruturado em políticas sociais amplas e pela luta sindical de grande peso no fordismo e no Welfare-State. As práticas políticas nos finais da década de 1970, chamadas de neoliberais são caracterizadas pela retomada de ideais do liberalismo somados a necessidade de estabilização monetária, queda de inflação, enfraquecimento do movimento sindical e restabelecimento de crescimento econômico das nações, ao menos para algumas nações. Estas políticas facilitaram o deslocamento de empresas para outros países e a redução de custos na produção. O que deixa em segundo plano o fato da empresa localizar prioritariamente em seu próprio país. Os grandes movimentos econômicos mundiais tornam-se mais claros se analisarmos na perspectiva das

6 6 relações entre companhias transnacionais e, no interior de cada companhia, entre matrizes e filiais (BERNARDO, 2000, p. 41). Castells (1999) percebe uma relação entre empresas, não somente entre matrizes e filiais. Contudo, análises empíricas sobre a estrutura e prática das grandes empresas globais parecem mostrar que os dois pontos de vista estão ultrapassados e devem ser substituídos pelo surgimento das redes internacionais de empresas e subunidades empresariais, como forma organizacional básica da economia informacional/global (CASTELLS, 1999, p. 209). Nos dois casos o fluxo das relações de produção internacionais se dá pela via matrizes e filiais, empresas centrais e redes de empresas, através da tecnologia informacional que diminui os custos e tempo entre o fluxo de informações. Contudo, o conceito de empresas-rede, possibilita analisar as empresas não apenas na sua relação dentro dela, mas considerando também sua relação com outras empresas. Empresas de todos os tipos em que podem ser trocadas informações sobre investimentos, marketing, transporte, e outros assuntos e serviços de apoio. Incorpora uma análise das relações que a empresa faz com empresas concorrentes e com empresas que lhe oferecem trabalho terceirizado, que fornecem ou prestam serviços. Segundo Bernardo (2004) não é todo tipo de mudanças no processo de produção, muito menos a inserção de tecnologias, informática e automatização que caracteriza o Toyotismo. O toyotismo é um método que explora o componente intelectual no processo de produção não necessitando em início da automação. Exemplo disso é o que aconteceu nos Estados Unidos na General Motors e a Toyota, na década de 1980 em uma fábrica em Fremont, a New United Motor Manufacturing Inc. (NUMMI). A General Motors havia automatizado outras fábricas, se concentrou em investir em máquinas com uso de tecnologia sem acontecer mudanças na organização do processo de trabalho. Sem alcançar resultados positivos para sua produção a General Motors buscou parceria com a Toyota utilizando o método toyotista de produção, não apenas com a automação, mas, sobretudo com mudança na organização da produção. Depois de alguns anos de experiência com a Toyota, a General Motors passou a utilizar os métodos toyotista. [...] tornou-se evidente que a verdadeira chave do sucesso para uma indústria automobilística competitiva não era a alta tecnologia, mas o modo como

7 7 os trabalhadores eram treinados, geridos e motivados (THE ECONOMIST apud BERNARDO, 2004, p. 93). A automatização foi inserida nos métodos de organização toyotista pela exigência de qualidade do produto e foi como conseqüência deste processo de expropriação do componente intelectual que a informática se desenvolveu e foi incorporada no processo de produção. Mas antes de ser tecnologia o modelo de produção toyotista é, mudanças na forma de produzir. Se antes, no fordismo, a fábrica produzia por linhas de produção, em que entrava o aço no inicio do processo e no fim o carro estava pronto, agora no toyotismo os trabalhadores estão dispostos por células de produção, ou seja, cada momento de produção de um carro tem o seu início e o seu fim em uma célula de produção. De acordo com Silver (2005), antes desta forma de produzir, por células, fosse incorporada no processo de produção da fabricação do carro ela era utilizada no setor têxtil O poder de perturbação que a produção de fluxo contínuo coloca nas mãos dos trabalhadores não se aplica ao setor têxtil. Em contraste com a integração vertical e a produção contínua que caracterizavam a produção em massa fordista, a indústria têxtil era desintegrada verticalmente, e seu processo de trabalho dividido em fases distintas. [...] Cada máquina podia ser operada (e cada operador podia trabalhar) independentemente de outras máquinas (e operários), o que é uma impossibilidade organizacional na indústria automobilística e demais indústrias de fluxo contínuo (SILVER, 2005, p. 97). Beverly Silver (2005) analisa as transformações nas cadeias produtivas via soluções encontradas pelo capitalismo. São estas: solução de produto, solução espacial e solução tecnológica/organizacional. A solução espacial significa a busca por novos locais de trabalho e uma nova forma de utilizar a força de trabalho, nisto a produção expandiu partes da produção para países periféricos. A periferização do complexo têxtil, nas primeiras décadas do século XX, coincidiu com a ascenção de um inovador complexo automotivo de produção em massa, concentrado nos Estados Unidos um novo setor principal, não apenas em termos econômicos, mas também por ditar os padrões sociais e culturais de sua época (SILVER, 2005, p. 83). Enquanto a indústria têxtil já possuía uma produção fragmentada e expandia sua produção a outros países e

8 8 regiões, a indústria automobilística ainda produzia no modelo fordista. De acordo com Silver (2005), a fase de inovação da indústria automobilística, de com a linha de montagem da Ford até com as greves do COI nos Estados Unidos. Neste mesmo período a produção têxtil estava em sua fase madura, caminhando para a padronização. Considerando que as agitações operárias são maiores na fase de inovação e que para a indústria têxtil Os custos iniciais em termos de capital fixo eram relativamente menores. Firmas pequenas conseguiam ser competitivas, pois a economia de escala na produção têxtil era relativamente insignificante e o maquinário necessário podia ser importado com facilidade (SILVER, 2005, p. 91). Contribuí para entendermos como na indústria têxtil a organização da produção em cadeias produtivas iniciou antes da indústria automobilística, indústria modelo do fordismo. A precarização do trabalho nas franjas das cadeias produtivas. Através da cadeia produtiva os ramos de produção podem ser deslocados para lugares em que a lucratividade seja maior i.e., lugares em que a força de trabalho seja mais barata. De acordo com João Bernardo (2004) há um vínculo entre investimento externo direto e tipos de trabalhos qualificados. Nos países em desenvolvimento em que o custo da força de trabalho é menor e o trabalho é menos qualificado se dirigem ramos da produção que exigem menor produtividade, e tipo de trabalho no qual a exploração do componente intelectual não é necessária. Pois, são áreas nas quais o componente intelectual já foi transferido para a máquina e o domínio sobre ela se torna mais mecânico. Por isso a grande maioria dos fluxos de investimento externo direto, entre dois terços e quatro quintos, tem ocorrido no interior do triângulo formado pela Europa ocidental, os Estados Unidos e o Japão, onde a mais-valia relativa se concentra [...] O que geralmente interessa às companhias transnacionais é a força de trabalho mais produtiva, não mais miserável, e os baixos salários só se tornam atraentes quando se trata de tarefas que não requerem habilitações especiais (BERNARDO, 2004, p. 125; 127) De acordo com Bernardo a mais-valia relativa é explorada com maior freqüência nos países desenvolvidos, enquanto que nos países menos desenvolvidos é mais freqüente a exploração da mais-valia absoluta. Ainda, segundo o autor, a microeletrônica possibilita que as sugestões

9 9 dos trabalhadores sejam incorporadas a sistemas automatizados, que saíram dos trabalhadores como inovação e retornam como mecanismo de coação e de controle do seu trabalho através das próprias máquinas. Não se trata apenas de divisão internacional do trabalho, mas quando o trabalho intelectual foi incorporado à maquinaria, potencializada pelo fator Cadeias Produtiva a mais-valia pode ser explorada tanto na sua forma relativa quanto a mais-valia absoluta. A produção Just in time, diminuição e ajuste dos estoques, e o controle de qualidade total realizado pelos próprios trabalhadores foram desenvolvidos pelo toyotismo para que fossem reduzidos os custos da produção como o desperdício de matéria-prima e sobra de produtos que não foram absorvidos facilmente pelo mercado. Quando se opera com estoques mínimos não se dispõe de peças que possam substituir imediatamente as peças defeituosas, por isso o controle da qualidade deve ocorrer durante a própria produção, senão a passagem de um componente defeituoso seria suficiente para estrangular toda a seqüência do processo produtivo. Ora, ao encarregarem-se do controle, os trabalhadores estão a ser explorados de capacidades que antes não eram aproveitadas (BERNARDO, 2004, p ). O putting-out-system uma forma de produzir próprio da manufatura, em produção em pequena escala, coexiste na reestruturação produtiva como forma de exploração da força de trabalho. Ela tinha ficado esquecida no modelo fordista, em que era utilizado o putting-in, a produção toda dentro da grande fábrica. A cadeia de produção pode ser considerada putting-out, porque produz fora da fábrica-mãe. A produção é dividida e descentralizada, enquanto a produção permanece centralizada. Nos Estados Unidos em 1980, cerca de pessoas trabalhavam no domicílio em regimes que recordam o putting-out (BERNARDO, 2004, p. 122). O putting-out-system na confecção não é apenas porque a confecção é uma cadeia de produção da indústria têxtil, mas há costureiras que inseridas no processo de produção de costura trabalham em casa, são as costureiras autônomas/domiciliar. O caráter mais centralizador da acumulação de capital e o caráter descentralizador da produção relacionam grandes corporações e cadeias produtivas. O efeito cascata da produção pode se desenvolver entre uma

10 10 empresa de médio porte para uma micro-empresa e desta para setores mais precarizados. Este efeito cascata é financiado pelo tipo de contratação por terceirização. A empresa central terceiriza parte da produção para outra empresa que terceiriza para outra. Este processo fragiliza as condições de trabalho e a garantia de direitos trabalhistas antes melhores definidos e protegidos legalmente, e hoje mais flexibilizados. A empresa que terceiriza não responde pelas responsabilidades de pagamento de INSS, Fundo de Garantia, e outros encargos para os trabalhadores das empresas terceirizadas. Segundo Marcelino (2008) flexibilização do trabalho possui um amplo significado que pode ser incorporado em situações do nosso cotidiano e ser empregado em vários tipos de acontecimentos escondendo, o que usualmente chamamos por flexibilização do trabalho, formas de precarização das condições de trabalho e da legislação trabalhista. De maneira geral, na língua portuguesa, o termo flexibilidade tem uma conotação bastante positiva, associada à possibilidade de adaptação à mudança, à aptidão para variadas atividades, à destreza e agilidade (MARCELINO, 2008, p. 84). A idéia de flexibilização do trabalho começou a ser assimilada a partir da década de 1970 com o início da implementação das políticas ditas neoliberais. Indicam mudanças que ocorreram no que estava estabelecido nos direitos e leis trabalhistas conquistadas durante o Welfare-State, Estado Providência e o Fordismo. No Brasil, a flexibilização das leis trabalhistas ou a desregulamentação trataram de modificar principalmente as conquistas garantidas pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhista) na década de 40 (MARCELINO, 2008; LIMA, 1998). Ainda que a CLT não tenha significado proteção dos direitos sociais a todos os trabalhadores brasileiros, é uma garantia em se estabelecer seguridade e proteção social no Brasil. De acordo com Marcelino a efetiva flexibilização no Brasil ocorreu em 1990 com Fernando Collor de Melo e posteriormente com Fernando Henrique Cardoso com novas formas de contratação; novas formas de resolução de conflitos; e modificações no tempo de trabalho (GALVÃO apud MARCELINO, 2008, p ). A terceirização não onera o capital, pois requer poucos encargos. Apoiados pelo Estado, estes setores buscam modificar a legislação em nome da necessidade de maior flexibilização na legislação vigente, com a redução ou

11 11 eliminação destes encargos (LIMA, 1998, p. 3). Assim os setores terceirizados não encontram uma saída mais viável do que precarizar ainda mais o trabalho, utilizando de contratos de trabalho precários ou até mesmo do trabalho informal. Em última instância, de acordo com Marcelino, flexibilização das leis trabalhista significa precarização das condições trabalhistas, [...] quando se fala em flexibilidade do trabalho o que está em jogo, na verdade, é um processo de precarização das condições de trabalho e emprego (MARCELINO, 2008, p. 86). De que forma a terceirização acontece na indústria de confecções? Poderíamos perguntar como em uma sociedade informatizada pode haver tipos de produção onde não há quase nenhuma automatização com um tipo de trabalho que pode ser tão especificamente manual, como no setor de confecções? Comparados a outros setores com a aplicação altamente tecnológica na produção, o setor de confecções avançou pouco nas máquinas, técnicas e modo de execução de trabalho. A confecção é a área menos automatizada da cadeia têxtil. Pois o trabalho é em grande parte manual, não dispensa a força de trabalho das costureiras. Mas se quanto à tecnologia não houve muitos avanços, o capitalismo encontrou outra forma de aumentar a produção e diminuir seu custo, através da terceirização. O toyotismo como paradigma organizacional estendeu seus limites a praticamente todos os ramos de produção. Como objeto de investigação das características do modelo de produção capitalista será utilizada a indústria de confecções em Londrina, Paraná. A região esta crescendo como um pólo de desenvolvimento da indústria têxtil no estado, no entanto, enfrentam muitas dificuldades no que se refere a investimento, condições de trabalho e proteção jurídica. E assim como outros setores da produção, o setor de confecções também sofreu modificações com esse novo tipo de organização da produção, isto porque as empresas não produzem isoladas, condições não apenas da reestruturação produtiva do fim do século XX, mas característica própria do mercado em que se trocam tudo que é mercadoria, desde produtos de consumo de massa, meios de produção, força de trabalho e tecnologias de produção. O que estudos como o de Jacob Carlos Lima (1998) e de Jinkings e

12 12 Amorim (2006) mostram é que existem pelo menos duas formas de terceirização no setor de confecções. Pode ser tanto na forma de cooperativas como na forma de facções. Ainda não há registro de cooperativa de confecção em Londrina, no entanto estamos encontrando facções e costureiras que trabalham em casa, que possuem máquinas próprias ou emprestadas por empresas para qual fornecem o serviço. Quando há pouco crédito, as pequenas empresas possuem poucas condições de obter máquinas mais sofisticadas, assim quando não emprestadas, a falta de maquinário adequado determina o tipo de produto fabricado. Esta pesquisa destina-se a investigar a precarização na cadeia produtiva de confecção nas condições de trabalho, na terceirização, discutindo direitos trabalhistas e mudanças no processo de trabalho. Assim sendo nosso objeto de pesquisa trata-se de uma empresa, ou melhor, uma logomarca de peças de vestuário, sobretudo, com tecido jeans. Essa empresa está se destacando na cidade pelo investimento em propaganda, marketing. O que foi encontrado até este momento é que a empresa terceiriza parte de sua produção para facções e confecções registradas, ou seja, são empresas que existem legalmente e empregam legalmente. Isto porque esta empresa exige nota fiscal às terceirizadas. Mas em contrapartida não foi verificado nenhum tipo de contrato com estas facções. Pelo contrario, quando a empresa não tem trabalho a ser repassado às facções, estas precisam em última hora procurar trabalho ou aceitar trabalho de outras empresas (logomarcas) que muitas vezes pagam. Que garantias possuem os trabalhadores de confecções com este tipo de terceirização? Ainda que registrados, se seu empregador não possui garantia de um ritmo de trabalho. São empregadores, mas que vivem na instabilidade. Serão analisados também dados de outras empresas (logomarcas) sempre que necessário para analisar a precarização do trabalho. Além disso, esta pesquisa pretende investigar se há costureiras que trabalham em domicilio para esta empresa, que chamaremos aqui de Empresa A, seja terceirizada pela empresa, seja terceirizada pela facção. Reestruturação produtiva e extração de mais-valia. Parece-nos que a indústria têxtil atua numa forma híbrida de organização

13 13 da produção, uma parte totalmente inserida na reestruturação produtiva, mas outra parte com condições de trabalho com pouco desenvolvimento dos padrões de automatização e tecnologia. Existem momentos da produção em que é explorada mais-valia absoluta dentro de um processo de produção toyotista que desenvolveu a exploração do componente intelectual e o desenvolvimento tecnológico, ou seja, maximizou a exploração da mais-valia relativa. Deste modo, ao mesmo tempo que introduziu um novo estágio de maisvalia relativa, o toyotismo levou ao aparecimento de certas modalidades de exploração, que comparadas com os estágios anteriores apresentamse como mais-valia relativa, mas que comparadas com a situação nas empresas mais evoluídas do estágio atual revelam-se como mais-valia absoluta. Tal como sempre tem sucedido, também hoje a mais-valia absoluta é o complemento necessário da mais-valia relativa (BERNARDO, 2004, p. 132). Na indústria de confecções podemos encontrar as duas formas de realização da mais-valia imbricadas no processo de produção. Quando a produção se dá pela subsunção formal do trabalho, ou seja, em formas de produção em pequena escala, prolongamento da jornada de trabalho, o tipo de mais-valia extraída é a mais-valia absoluta. Mas quando as pequenas facções estão inseridas em uma rede de produtos ampla, de fabricação de grandes marcas funcionando na lógica do modelo de produção toyotista, soma-se a isso a utilização de tecnologias para elaboração e marketing de marcas divulgadas nacional e internacionalmente, as facções também participam da subsunção real do trabalho onde é extraída a mais-valia relativa. Quanto maior a quantidade de capital, meios de produção que possui o capitalista, maior é a subordinação que se estabelece entre os trabalhadores e o empregador. Quanto menor for a quantidade de capital, menor será a subordinação e menor a extração de maisvalia. A extração da mais-valia relativa se dá em produção em larga escala, geralmente em padrões já consolidados pelo capitalismo, onde o capitalista possui condições de repor os meios de produção (MARX, s./d.). Quando a costureira trabalha para sua própria renda e por sua conta, o caso das costureiras autônomas, com produção para o consumo próprio, não existe relação de subordinação, apenas relação no sentido puramente monetário. Este tipo de produção não trata de produção capitalista, pois não há extração de

14 14 mais-valia. Mas há possibilidade da facção ou mesmo cooperativa terceirizar seu trabalho para costureiras autônomas que trabalham em seu domicílio, assim elas também foram inseridas na produção capitalista e lhe é extraída mais-valia relativa e absoluta. A Indústria Têxtil no Brasil. No Brasil a alteração no processo de produção da indústria têxtil acompanhou o momento de crise do mercado interno e externo dos anos 80 e 90. Até 1980 a indústria têxtil ainda estava amparada por uma relativa estabilidade, ao menos no que se refere ao trabalhador. Contudo, na década de 1990 o setor têxtil no Brasil passou a sofrer o impacto das políticas econômicas de ajuste fiscal que favoreceu a abertura do mercado para importações de modo geral. O primeiro impacto sobre o setor têxtil, segundo Jinkings e Amorim (2006), foi a abertura do mercado, pois aumentou a concorrência entre as empresas nacionais e as internacionais, e na medida em que o investimento nas indústrias nacionais era menor, elas não tiveram, em grande parte, condições de inovar tecnologicamente e em novos produtos. Desta forma, apenas as empresas maiores puderam manter relativa estabilidade para a competição no mercado internacional. As empresas têxteis com maior poderio econômico mantiveram-se no mercado à custa de intensa reestruturação produtiva. O uso de tecnologia para aumentar a produtividade do trabalho, as novas formas de organização da produção e a introdução maciça da terceirização para reduzir os custos do trabalho resultaram em forte aumento dos níveis de desemprego e subemprego no setor têxtil. Nesse quadro, o crescimento explosivo de micro e pequenas empresas têxteis na década de 1990 pode ser pensado como conseqüência da expulsão de enorme contingente de trabalhadores do mercado formal de trabalho e das tentativas desses trabalhadores de se reinserir no mercado, agora na condição de autônomos (JINKINGS; AMORIM, 2006, p. 342). O crescimento do setor no Brasil aconteceu principalmente pelo aumento do número de micro e pequenas empresas, o que significa a inserção na lógica da descentralização da produção, característica da reestruturação produtiva ensejada pelas políticas neoliberais. Podemos perceber também o enfoque da

15 15 descentralização no discurso em torno da necessidade de se empreender, muitas vezes utilizado como marketing pelas empresas de educação (privadas ou parcialmente privadas) de que no contexto atual o trabalhador precisa ser um empreendedor, e de que não faltam empregos para quem se qualifica e recicla seus conhecimentos freqüentemente. Embora o aprendizado técnico e profissionalizante seja necessário para a inserção no mercado de trabalho, o que percebemos é que se mascaram os problemas estruturais, o agravamento da exploração da força de trabalho, o que precariza condições de trabalho, entre outros problemas sociais. Ao ir a campo, durante a sondagem, nas confecções em Londrina percebemos que um dos problemas enfrentados pelos donos de facções e/ou empresas é a falta de trabalhadores qualificados para a produção de peças mais sofisticadas. Tanto as máquinas como o tipo de peça produzida em tecidos planos, é mais difícil de manejo do que tecidos como malhas. As máquinas custam mais caro e por isso facções menores tendem a costurar tecidos como malha. A falta de força de trabalho qualificada para lidar com cortes de costura mais detalhados e que necessitam de conhecimento de novas máquinas interferem na quantidade e qualidade da produção nas confecções. A qualidade neste setor é um grande diferencial no momento da venda, pois, são as peças que valem mais na fabricação das facções de costura. Ainda sobre as qualificações, as dificuldades permeiam os órgãos que apóiam às micro e pequenas empresas. No caso as confecções, há incentivo à elaboração de marca de vestuário às micro e pequenas empresas que quiserem começar a fabricar sua própria peça através do auxilio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas SEBRAE, mas a título de evidenciar o problema colocamos aqui a questão de um proprietário entrevistado no ramo de confecções. Segundo ele, a tentativa do SEBRAE é boa, mas está começando pelo lado errado, do que adianta ter bons empreendedores se não há profissionais qualificados para produzir novos produtos? O surgimento de micro e pequenas empresas, segundo o estudo desenvolvido pelas autoras Jinkings e Amorim (2006), na indústria de Santa Estamos considerando empresas aqui aquelas que possuem marca própria e que é responsável pela produção desta marca.

16 16 Catarina, especificamente o caso da Levi Strauss do Brasil, verifica-se como estratégia de terceirização, de redução de custos e flexibilização da jornada de trabalho e dos direitos trabalhistas. Neste caso, a micro e pequena empresa, assim como as cooperativas aumentaram em número depois que as grandes empresas passaram por processo de reestruturação produtiva e despediram boa parte dos empregados. Estas foram incentivadas para abrirem seu próprio negócio com a garantia de que a empresa, a Levi s, as contrataria agora terceirizadas, mas que elas continuariam trabalhando para a empresa como era antes. As dificuldades são maiores para quem possui pouco capital, pouco crédito e incentivos. No caso das cooperadas não podem se filiar em sindicatos, o que possibilitou o enfraquecimento da luta por melhorias das condições de trabalho, dentro da empresa maior e fora dela. No caso dos proprietários de facção, em Londrina, não possuem sindicato próprio, o sindicato patronal apenas representa aqueles donos de facções que possuem marca ou produto próprio, e não o produto terceirizado que fabricam. Sendo assim, o dono de facção está por conta própria no mercado sem direitos e garantias de trabalho. Pode haver o contrato de terceirização, mas não é certeza de que toda terceirização tenha sido feita através de contrato formal, e mesmo se assim fosse que tipo de direitos estariam garantidos? O contrato de terceirização foi forjado pela lógica da flexibilidade, o que nesse caso é sinônimo de fragilidade. A precarização do trabalho para aqueles que trabalham em casa, ou que mesmo nas facções trabalham sem registro em carteira ou outro tipo de contrato é ainda maior, visto que não possuem garantia de direitos trabalhistas como em caso de acidente de trabalho, demissão sem justa causa, licença maternidade, entre outros. Para ajudar na produção, geralmente a mulher da família, os filhos e parentes podem desempenhar serviços que não serão remunerados simplesmente por não serem reconhecidos como trabalhadores. É uma forma de exploração de mais-valia absoluta, da extensão da jornada de trabalho, é a utilização de trabalho não pago. De acordo com o Relatório de acompanhamento setorial: Têxtil e Confecção (2008), em 2007, 52,1% dos estabelecimentos de vestuário no Brasil Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial ABDI e o Núcleo de Economia Industrial e da

17 17 possuem até 4 empregados e 19,3% possuem de 5 a 9 empregados, e 14,2% possuem de 10 a 19 empregados, ou seja, 85,6% são microempresas e 12,9% são pequenas empresas de acordo com a classificação do SEBRAE. Esse dado pode representar duas faces de um mesmo movimento. Primeiro porque mostra a viabilidade para o grande capital de terceirizar sua produção, especificamente no setor de confecções, através de contratação de microempresas, pequenas empresas, cooperativas, e facções diretamente, mas também implica a terceirização da terceirização, ou seja, a quarteirização quando a empresa terceirizada também terceiriza parte da sua produção. Segundo, que pela instabilidade econômica, principalmente por representar instabilidade para o trabalhador, a falta de emprego tem como resposta o incentivo ao empreendedorismo, ao faça você mesmo. É esta a solução que o mercado tem dado a crise que ele próprio gera? Em Londrina, conforme reportagem do Jornal de Londrina (JL), a cidade possui destaque no setor de confecções na indústria e no comércio. Possui mais de 430 indústrias de confecções e gera cerca de 12 mil postos de trabalho. De acordo com os dados da RAIS do Ministério do Trabalho, Londrina possuía em 2007, 464 estabelecimentos de confecções, destes 196 tinham até 4 vínculos ativos, 77 estabelecimentos de 5 a 9 vínculos ativos e 53 não possuíam nenhum vinculo ativo. O que evidencia que na cidade 58,8% dos estabelecimentos de confecções são microempresas. Segundo o CADERNO SETORIAL INDÚSTRIA DE LONDRINA (s./d., p. 14), Londrina é a cidade em que apresenta o menor custo da força de trabalho no país. Em Londrina, tal aspecto representa um ponto positivo da análise. O custo médio da mão-de-obra na cidade é caracterizado como abaixo da média nacional, todavia quando comparado aos mercados internacionais (China, Coréia, Singapura, etc.), percebe-se que os baixos salários, pagos naqueles países, favorecem suas políticas agressivas de preços impostas ao mercado de confecções (CADERNO SETORIAL INDÚSTRIA DE LONDRINA, grifo nosso, s./d., p. 14). O que para os autores do Caderno Setorial soa como um aspecto positivo, visto que o menor custo da força de trabalho pode significar maior investimento no setor. Menor custo da força de trabalho é precarização do trabalho, os Tecnologia do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas Unicamp, vol. II, dezembro de 2008.

18 18 trabalhadores estão submetidos a piores condições de trabalho. Considerações Finais. De que forma as mudanças no processo de produção acontecem e quais suas implicações para a vida do trabalhador, são questões que ainda estão em discussão. Mas podemos concluir que no capitalismo as mudanças tendem a aumentar a distância entre a produção social do trabalho e os produtores dos bens de consumo e seu próprio trabalho. Ainda que em fases econômicas que possibilitam o aumento da riqueza social o poder de consumo dos trabalhadores aumente, não aumenta a sua autonomia sobre o trabalho, e muito menos equivale sua condição de vida com a riqueza e diversidade da produção que realizam. A reestruturação produtiva do começo dos anos 1980 nos trouxe o que temos de mais avançado em informática, em tecnologia, mas utilizou-as como meio de exploração e desenvolvimento do capital em detrimento dos trabalhadores. Que direitos possuem os trabalhadores? Qual sua parcela na produção social? Qual a importância do trabalho humano na sociedade da informação e qual é o lugar de reconhecimento de direitos deste trabalhador? São essas questões que orientam este estudo sobre a reestruturação produtiva no setor de confecções em Londrina. Sobre a pesquisa em Londrina, ainda está em andamento, e os dados ainda são muito limitados. Contudo, é possível perceber que as novas tecnologias na produção interferem na indústria de confecções. No Brasil, ainda é incipiente a qualificação, os métodos de controle de qualidade durante a produção, e a inserção de novas tecnologias. Quanto às condições dos trabalhadores, vê-se que a precarização do trabalho, a desregulamentação das leis trabalhistas, o desemprego estrutural, insere-se totalmente na produção da confecção. Na cadeia produtiva de confecções prevalece ainda o trabalho humano sobre a tecnologia. A indústria de confecções executa um trabalho manual. Percebemos que as máquinas são adquiridas conforme as condições financeiras da facção. Tecido plano como o jeans necessita de máquinas mais sofisticadas, e segundo os faccionistas, mais caras. Por outro lado, roupas de tecidos como malhas podem ser fabricadas com máquinas mais simples e mais baratas. O tipo

19 19 de máquina interfere na qualidade da peça, entre outros fatores, o que pode determinar o valor do custo da peça para a facção. Também foi observado durante a sondagem que em Londrina e região há falta de trabalhadores qualificados para a confecção. A costureira é contratada pela sua experiência, mas se esta não é comprovada, ou quando esta experiência não corresponde com o tipo de trabalho que irá executar, há um tipo de treinamento dado pelo proprietário ou costureira da facção. A qualificação é importante, mas escassa no setor. A profissão de costureiro (a) em Londrina, segundo proprietário de confecção, é cultural, as mulheres ganham uma máquina de costura aos 15 anos, e acham que são costureiras. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRAGA, Ruy. O trabalho na trama das redes: para uma crítica do capitalismo cognitivo. In Revista de Economía Política de las Tecnologías de la Información y Comunicación, Vol. VI, n. 3, Sep. Dec BERNARDO, João. Integração econômica mundial e ilusões nacionalistas. In: Transnacionalização do Capital e fragmentação dos trabalhadores: ainda há lugar para os Sindicatos? São Paulo: Boitempo, BERNARDO, João. O toyotismo: exploração e controle da força de trabalho. In: Democracia totalitária: teoria e prática da empresa soberana. São Paulo: Cortez, CASTELLS, Manuel. A empresa em rede: a cultura, as instituições e as organizações da economia informacional. In:. A Sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, ENGELS, F. Os diferentes ramos da indústria. In: A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. São Paulo: Global, JINKINGS, Isabella; AMORIM, Elaine R. A. Produção e desregulamentação na indústria têxtil e de confecção. In: ANTUNES, Ricardo (org.). Riqueza e Miséria do Trabalho no Brasil. São Paulo: Boitempo, LIMA, Jacob C. Desconcentração industrial e precarização do trabalho: cooperativas de produção do vestuário no Brasil. XXI International Congress, Chicago, september, 1998.

20 20 MARCELINO, Paula Regina Pereira. Terceirização e Ação Sindical. A singularidade da reestruturação do capital no Brasil. Tese de doutorado. Universidade Estadual de Campinas. Campinas, março, MARX, Karl. Capítulo VI Inédito de O Capital. Resultados do Processo de Produção Imediata. Editora Moraes, s./d. SILVER, Beverly J. Forças do Trabalho. Movimentos de trabalhadores e globalização desde São Paulo: Boitempo, AGÊNCIA Brasileira de Desenvolvimento Industrial ABDI e o Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas Unicamp. Relatório de acompanhamento setorial: Têxtil e Confecção. vol. II, dezembro de CADERNO SETORIAL INDÚSTRIA DE LONDRINA, s./d., p. 14. LUPORINI, Fábio. Mercado de confecções tem futuro promissor. In: Jornal de Londrina. 25 de ago MINISTÉRIO do Trabalho. RAIS, 2007.

Terceirização e cadeias produtivas: o caso do setor de confecções de Londrina-PR

Terceirização e cadeias produtivas: o caso do setor de confecções de Londrina-PR Anais do IV Simpósio Lutas Sociais na América Latina ISSN: 2177-9503 Imperialismo, nacionalismo e militarismo no Século XXI 14 a 17 de setembro de 2010, Londrina, UEL GT 3. Classes sociais e transformações

Leia mais

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE MERCADO E SISTEMA PRODUTIVO

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE MERCADO E SISTEMA PRODUTIVO CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE MERCADO E SISTEMA PRODUTIVO CTS, MERCADO E SISTEMA PRODUTIVO Podemos dividir a economia em três setores: Setor primário Setor secundário Setor terciário CTS, MERCADO E SISTEMA

Leia mais

A atividade industrial e os tipos de indústria R O C H A

A atividade industrial e os tipos de indústria R O C H A A atividade industrial e os tipos de indústria R O C H A A atividade industrial O processo industrial, numa simples definição, é a transformação de matériaprima em bens destinados ao consumo. Indústria

Leia mais

É a base do desenvolvimento econômico mundial. Ocorre quando há transformação em algum bem, acabado ou semiacabado;

É a base do desenvolvimento econômico mundial. Ocorre quando há transformação em algum bem, acabado ou semiacabado; INTRODUÇÃO À GEOGRAFIA DAS INDÚSTRIAS 1 Atividade Industrial É a base do desenvolvimento econômico mundial desde o século XVIII; Ocorre quando há transformação em algum bem, acabado ou semiacabado; Séc.

Leia mais

GEOGRAFIA DAS INDUSTRIAS PROFº CLAUDIO FRANCISCO GALDINO GEOGRAFIA

GEOGRAFIA DAS INDUSTRIAS PROFº CLAUDIO FRANCISCO GALDINO GEOGRAFIA GEOGRAFIA DAS INDUSTRIAS PROFº CLAUDIO FRANCISCO GALDINO GEOGRAFIA Oferecimento Fábrica de Camisas Grande Negão O QUE É UMA INDÚSTRIA? INDÚSTRIA É A ATIVIDADE POR MEIO DA QUAL OS SERES HUMANOS TRANSFORMAM

Leia mais

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E INDUSTRIALIZAÇÃO

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E INDUSTRIALIZAÇÃO REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E INDUSTRIALIZAÇÃO ORIGENS DA INDUSTRIALIZAÇÃO A industrialização é baseada numa economia de mercado e numa sociedade de classes. ECONOMIA DE MERCADO (CAPITALISTA) O mercado consiste

Leia mais

TRABALHO E SISTEMAS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

TRABALHO E SISTEMAS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO 1 TRABALHO E SISTEMAS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO O ser humano trabalha quando cria a vida ou melhora as condições de vida. O trabalho transforma a natureza O trabalho também serve a estratificação está

Leia mais

Aspectos gerais do processo de Globalização: - A Revolução Tecnológica e o meio técnicocientífico informacional. As Fases da revolução Tecnológica

Aspectos gerais do processo de Globalização: - A Revolução Tecnológica e o meio técnicocientífico informacional. As Fases da revolução Tecnológica Aspectos gerais do processo de Globalização: - A Revolução Tecnológica e o meio técnicocientífico informacional As Fases da revolução Tecnológica Na segunda Revolução Industrial, o aprimoramento do taylorismo

Leia mais

Aula 2 13/10/2016. Empresas Transnacionais. Conversa Inicial

Aula 2 13/10/2016. Empresas Transnacionais. Conversa Inicial Aula 2 Empresas Transnacionais Conversa Inicial 2 Profa. Ludmila A. Culpi 1) A origem e a evolução histórica das empresas 2) O regime fordista- -taylorista e o toyotismo 3) Definição de 4) Definição de

Leia mais

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E INDUSTRIALIZAÇÃO

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E INDUSTRIALIZAÇÃO REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E INDUSTRIALIZAÇÃO ORIGENS DA INDUSTRIALIZAÇÃO A industrialização é baseada numa economia de mercado e numa sociedade de classes. ECONOMIA DE MERCADO (CAPITALISTA) O mercado consiste

Leia mais

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL I E II

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL I E II REVOLUÇÃO INDUSTRIAL I E II Definição: conjunto de transformações tecnológicas, econômicas e sociais caracterizadas pela substituição da energia física pela mecânica, da ferramenta pela máquina e da manufatura

Leia mais

MUNDO DO TRABALHO E PROCESSO SAÚDE-DOENÇA. Profª Maria Dionísia do Amaral Dias Deptº Saúde Pública Faculdade de Medicina de Botucatu UNESP

MUNDO DO TRABALHO E PROCESSO SAÚDE-DOENÇA. Profª Maria Dionísia do Amaral Dias Deptº Saúde Pública Faculdade de Medicina de Botucatu UNESP MUNDO DO TRABALHO E PROCESSO SAÚDE-DOENÇA Profª Maria Dionísia do Amaral Dias Deptº Saúde Pública Faculdade de Medicina de Botucatu UNESP Março/2015 ABORDAR algumas características do mundo do trabalho

Leia mais

1ª Revolução Industrial

1ª Revolução Industrial Modelos de Administração da Produção Evolução dos Sistemas de Produção A Revolução Industrial trouxe uma produção acelerada, porém faltava organização e método. (Frederick Taylor 1856-1915) (Henry Ford

Leia mais

Marco Abreu dos Santos

Marco Abreu dos Santos Módulo 08 Capítulo 2 A economia-mundo Marco Abreu dos Santos marcoabreu@live.com www.professormarco.wordpress.com O Acordo de Bretton Woods Contexto histórico Fim da 2ª Guerra Mundial: Europa e Japão devastados

Leia mais

CEC- Centro Educacional Cianorte

CEC- Centro Educacional Cianorte CEC- Centro Educacional Cianorte A Industrial e Evolução dos Sistemas de Produção Professor: João Claudio Alcantara dos Santos O que é indústria? É o conjunto de atividades econômicas que têm por fim a

Leia mais

A DISTRIBUIÇÃO FUNCIONAL DA RENDA E A ECONOMIA SOLIDÁRIA 1

A DISTRIBUIÇÃO FUNCIONAL DA RENDA E A ECONOMIA SOLIDÁRIA 1 A DISTRIBUIÇÃO FUNCIONAL DA RENDA E A ECONOMIA SOLIDÁRIA 1 1 - Introdução Edson Trajano Vieira 2 No Brasil, a década de 90, foi marcada pelo aumento do desemprego e mudanças nas relações trabalhistas provocando

Leia mais

EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE PRODUÇÃO

EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE PRODUÇÃO EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE PRODUÇÃO EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO Taylorismo, Fordismo,Toyotismo e Volvismo Estudos marcaram a expansão da indústria americana ; Princípios práticos e de caráter

Leia mais

O mundo do trabalho ontem e hoje

O mundo do trabalho ontem e hoje O mundo do trabalho ontem e hoje 1 O Mundo do Trabalho Ontem Décadas de 1940-70 Hoje A partir de meados da década de 80 1 Relações empresa-empregado Ontem Antigo contrato de trabalho Hoje Novo contrato

Leia mais

A atividade industrial

A atividade industrial A atividade industrial Estágios da produção 1 - artesanato Trabalho manual; O artesão também era o dono do meio de produção; O artesão realizava todo o processo produtivo. Estágios da produção 2 - manufatura

Leia mais

PLANO DE ENSINO ETIM DADOS DA DISCIPLINA

PLANO DE ENSINO ETIM DADOS DA DISCIPLINA PLANO DE ENSINO ETIM Nome da Disciplina: Sociologia IV Curso: Período: 4º ano Carga Horária: 2 a/s - 40 h/a 33 h/r Docente Responsável: DADOS DA DISCIPLINA EMENTA Significado do mundo do trabalho na construção

Leia mais

Amanda Duarte. Luana Freitas. Raiane Moreira. Victória Galter

Amanda Duarte. Luana Freitas. Raiane Moreira. Victória Galter Amanda Duarte Luana Freitas Raiane Moreira Victória Galter O TRABALHO ATÍPICO E A PRECARIEDADE COMO ELEMENTO ESTRATÉGICO DETERMINANTE DO CAPITAL NO PARADIGMA PÓS-FORDISTA Nesse último decênio, vem sendo

Leia mais

2ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Prof. Lincoln Marques

2ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Prof. Lincoln Marques 2ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 1860-1914 Prof. Lincoln Marques DEFINIÇÕES CONCEITUAIS Conjunto de transformações técnicas, econômicas e sociais caracterizadas pela substituição da energia física pela mecânica,

Leia mais

TD DE GEOGRAFIA - ESPECÍFICA PROF. DAVI COSTA / DATA: 05/04/2014

TD DE GEOGRAFIA - ESPECÍFICA PROF. DAVI COSTA / DATA: 05/04/2014 TD DE GEOGRAFIA - ESPECÍFICA PROF. DAVI COSTA / DATA: 05/04/2014 01. Durante o processo de industrialização da economia brasileira, dois presidentes se destacaram no estímulo ao desenvolvimento deste setor

Leia mais

Benedito Silva Neto Disciplina de Teorias e experiências comparadas de desenvolvimento Universidade Federal da Fronteira Sul campus Cerro Largo

Benedito Silva Neto Disciplina de Teorias e experiências comparadas de desenvolvimento Universidade Federal da Fronteira Sul campus Cerro Largo Benedito Silva Neto Disciplina de Teorias e experiências comparadas de desenvolvimento Universidade Federal da Fronteira Sul campus Cerro Largo 2017: Centenário da Revolução Russa! Introdução Aspectos

Leia mais

Prof. Fabiano da Veiga GESTÃO DA PRODUÇÃO

Prof. Fabiano da Veiga GESTÃO DA PRODUÇÃO Prof. Fabiano da Veiga GESTÃO DA PRODUÇÃO Prof. Fabiano da Veiga CONTATO E-mail: veiga.fabiano@gmail.com EVOLUÇÃO DOS PROCESSOS PRODUTIVOS EVOLUÇÃO DOS PROCESSOS PRODUTIVOS Produção artesanal Produção

Leia mais

9 Ano Lista de Exercícios

9 Ano Lista de Exercícios 9 Ano Lista de Exercícios 1- A Revolução industrial foi um conjunto de mudanças que aconteceu na Europa nos séculos XVIII e XIX. A principal particularidade dessa revolução foi a substituição da manufatura

Leia mais

Declínio do feudalismo:

Declínio do feudalismo: Definição: Um sistema econômico baseado na propriedade privada dos meios de produção (terras, máquinas e infraestrutura) e propriedade intelectual, objetivando obtenção de lucro regulada pelo mercado.

Leia mais

Paulo Tumasz Junior. I e II Revolução Industrial

Paulo Tumasz Junior. I e II Revolução Industrial Paulo Tumasz Junior I e II Revolução Industrial APRESENTAÇÕES Slides - Artesanato, Manufatura e Industria: APRESENTAÇÕES Slides - Período e ocorrência - Características: - Resumo: - II Revolução Industrial:

Leia mais

AS TRANSFORMAÇÕES DO TRABALHO NA SOCIEDADE INFORMACIONAL

AS TRANSFORMAÇÕES DO TRABALHO NA SOCIEDADE INFORMACIONAL AS TRANSFORMAÇÕES DO TRABALHO NA SOCIEDADE INFORMACIONAL Disciplina: Trabalho, Sociedade e Desigualdades Prof. Francisco E. B. Vargas Instituto de Filosofia, Sociologia e Política IFISP/UFPel - 2013/2

Leia mais

Participação nos Lucros? Mas de onde vem o lucro?

Participação nos Lucros? Mas de onde vem o lucro? ILAESE Luci Praun Participação nos Lucros? Mas de onde vem o lucro? Decomposição do trabalho do produtor Trabalho necessário sustento do produtor Trabalho excedente Subproduto social do trabalho (não destinado

Leia mais

Conjunto de regras entre o que é certo e errado; um modelo ou padrão que define o comportamento das pessoas.

Conjunto de regras entre o que é certo e errado; um modelo ou padrão que define o comportamento das pessoas. disciplina FUNDAMENTOS DE GESTÃO TERCEIRIZAÇÃO Paradigmas - Definições Conjunto de regras entre o que é certo e errado; um modelo ou padrão que define o comportamento das pessoas. Velhos Paradigmas: burocracia,

Leia mais

Boletim Mensal do Mercado de Trabalho

Boletim Mensal do Mercado de Trabalho 1 Boletim Mensal do Mercado de Trabalho Nº 02 Março / 2013 I - Emprego Formal no Brasil De acordo com as estimativas do Ministério do Trabalho e Emprego MTE, obtidas pela Relação Anual de Informações Sociais

Leia mais

ENCADEAMENTO PRODUTIVO. Luiz Barretto - Presidente

ENCADEAMENTO PRODUTIVO. Luiz Barretto - Presidente ENCADEAMENTO PRODUTIVO Luiz Barretto - Presidente MISSÃO DO SEBRAE Promover a competividade e o desenvolvimento sustentável dos pequenos negócios e fomentar o empreendedorismo para fortalecer a economia

Leia mais

Revisão. Geografia - Thiago Rebouças

Revisão. Geografia - Thiago Rebouças Revisão Geografia - Thiago Rebouças Transição do sistema Feudalista para Capitalista O avanço tecnológico da época foi responsável pelo fim do feudalismo como sistema econômico, político e social. A evolução

Leia mais

FASES DO CAPITALISMO, REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS E A GLOBALIZAÇÃO PROFº CLAUDIO FRANCISCO GALDINO GEOGRAFIA

FASES DO CAPITALISMO, REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS E A GLOBALIZAÇÃO PROFº CLAUDIO FRANCISCO GALDINO GEOGRAFIA FASES DO CAPITALISMO, REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS E A GLOBALIZAÇÃO PROFº CLAUDIO FRANCISCO GALDINO GEOGRAFIA O QUE CAPITALISMO? É um sistema socioeconômico que regula as relações sociais e a economia da sociedade

Leia mais

ESPECIALISTAS EM PEQUENOS NEGÓCIOS

ESPECIALISTAS EM PEQUENOS NEGÓCIOS ESPECIALISTAS EM PEQUENOS NEGÓCIOS 98,5% do total de empresas no País MICRO E PEQUENAS NA ECONOMIA BRASILEIRA O QUE É CONSIDERADO PEQUENO NEGÓCIO NO BRASIL MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI) Receita bruta

Leia mais

O Estado neoliberal e os direitos humanos: A ofensiva contra os direitos sociais e fortalecimento do sistema penal punitivo

O Estado neoliberal e os direitos humanos: A ofensiva contra os direitos sociais e fortalecimento do sistema penal punitivo O Estado neoliberal e os direitos humanos: A ofensiva contra os direitos sociais e fortalecimento do sistema penal punitivo Parte I DA CRISE DO ESTADO PROVIDÊNCIA AO NEOLIBERALISMO Crise do Estado Providência

Leia mais

Ementa. Conteúdo Programático. Eduardo Joukhadar. Apresentação. Bibliografia Básica. Printed with FinePrint - purchase at

Ementa. Conteúdo Programático. Eduardo Joukhadar. Apresentação. Bibliografia Básica. Printed with FinePrint - purchase at Ementa O Gestor Organizacional: novos desafios. Tecnologias de Gestão. Ferramentas de Gestão. Novas demandas. 31/01/2009 1 5 Conteúdo Programático. Ciências Contábeis 1. DESAFIOS PARA O GESTOR CONTEMPORÂNEO

Leia mais

Organização e Normas

Organização e Normas Organização e Normas Conteúdo Programático Histórico das organizações Precursores da Administração Estrutura das Empresas Uso dos métodos estatísticos como ferramenta analítica para os processos industriais

Leia mais

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ALIADA À INDÚSTRIA DO VESTUÁRIO RESUMO

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ALIADA À INDÚSTRIA DO VESTUÁRIO RESUMO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ALIADA À INDÚSTRIA DO VESTUÁRIO RESUMO Com a indústria têxtil impulsionada pelas tendências que conduzem o calendário fashion, o mercado do vestuário necessita a cada dia de alta

Leia mais

GEOGRAFIA AULA 03 OS MEIOS DE PRODUÇÃO INDÚSTRIA CEC - GEOGRAFIA B - AULA 03 GEOECONÔMICA INDÚSTRIA 15:34

GEOGRAFIA AULA 03 OS MEIOS DE PRODUÇÃO INDÚSTRIA CEC - GEOGRAFIA B - AULA 03 GEOECONÔMICA INDÚSTRIA 15:34 GEOGRAFIA AULA 03 OS MEIOS DE PRODUÇÃO INDÚSTRIA 15:34 CEC - GEOGRAFIA B - AULA 03 GEOECONÔMICA INDÚSTRIA Indústria é a série de manipulações o ser humano faz, para transformar a matéria prima em produto

Leia mais

ESPECIALISTAS EM PEQUENOS NEGÓCIOS

ESPECIALISTAS EM PEQUENOS NEGÓCIOS ESPECIALISTAS EM PEQUENOS NEGÓCIOS 98,5% do total de empresas no País MICRO E PEQUENAS NA ECONOMIA BRASILEIRA O QUE É CONSIDERADO PEQUENO NEGÓCIO NO BRASIL MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI) Receita bruta

Leia mais

CAPÍTULO 2 O MUNDO DIVIDIDO PELO CRITÉRIO IDEOLÓGICO PROF. LEONAM JUNIOR COLÉGIO ARI DE SÁ CAVALCANTE 8º ANO

CAPÍTULO 2 O MUNDO DIVIDIDO PELO CRITÉRIO IDEOLÓGICO PROF. LEONAM JUNIOR COLÉGIO ARI DE SÁ CAVALCANTE 8º ANO CAPÍTULO 2 O MUNDO DIVIDIDO PELO CRITÉRIO IDEOLÓGICO PROF. LEONAM JUNIOR COLÉGIO ARI DE SÁ CAVALCANTE 8º ANO O MUNDO DIVIDIDO P. 23 Existem vários critérios para regionalizar um território. Critério ideológico:

Leia mais

Relatório Aprendendo a Exportar

Relatório Aprendendo a Exportar Relatório Aprendendo a Exportar Encontro 1 O número de empresas exportadoras no Brasil é bastante reduzido, já que não há uma cultura de exportação em larga escala consolidada no país. Para as empresas,

Leia mais

A sociedade e a história têm como base O TRABALHO HUMANO TRABALHO é o intercâmbio (relação) HOMEM E NATUREZA OBJETIVO: produzir e reproduzir as

A sociedade e a história têm como base O TRABALHO HUMANO TRABALHO é o intercâmbio (relação) HOMEM E NATUREZA OBJETIVO: produzir e reproduzir as A sociedade e a história têm como base O TRABALHO HUMANO TRABALHO é o intercâmbio (relação) HOMEM E NATUREZA OBJETIVO: produzir e reproduzir as condições materiais (econômicas) da vida social TODAS AS

Leia mais

Modelos de industrialização e Industrialização no Brasil. Todo o nosso conhecimento tem princípio nos sentimentos (Leonardo da Vinci)

Modelos de industrialização e Industrialização no Brasil. Todo o nosso conhecimento tem princípio nos sentimentos (Leonardo da Vinci) Modelos de industrialização e Industrialização no Brasil. Todo o nosso conhecimento tem princípio nos sentimentos (Leonardo da Vinci) Característica Fordismo Toyotismo Origem EUA ( 1910) Japão (1950) Quantidade

Leia mais

Energia e Evolução da Atividade Industrial

Energia e Evolução da Atividade Industrial Energia e Evolução da Atividade Industrial Energia e Evolução da Atividade Industrial 1. Cresce geração de energia eólica no Brasil A capacidade de geração de energia eólica no Brasil aumentou 77,7% em

Leia mais

O ESPAÇO MUNDIAL: INDUSTRIALIZAÇÃO E URBANIZAÇÃO 3 BIMESTRE PROFA. GABRIELA COUTO

O ESPAÇO MUNDIAL: INDUSTRIALIZAÇÃO E URBANIZAÇÃO 3 BIMESTRE PROFA. GABRIELA COUTO O ESPAÇO MUNDIAL: INDUSTRIALIZAÇÃO E URBANIZAÇÃO 3 BIMESTRE PROFA. GABRIELA COUTO A Revolução Industrial (meados século XVIII) deflagrou um processo de transformações socioeconômicas e espaciais: - intensificou

Leia mais

Gestão da Inovação. Inovação na cadeia produtiva. Prof. Me. Diego Fernandes Emiliano Silva diegofernandes.weebly.

Gestão da Inovação. Inovação na cadeia produtiva. Prof. Me. Diego Fernandes Emiliano Silva diegofernandes.weebly. Gestão da Inovação Inovação na cadeia produtiva 1 Referências para a aula BREITBACH, Áurea Corrêa de Miranda; CASTILHOS, Clarisse Chiappini; JORNADA, Maria Isabel Herz da. Para uma abordagem multidisciplinar

Leia mais

Ricardo Antunes Giovanni Alves(1999, 2004) Lúcia Bruno (1996) Frigotto (2001) Sujeitos da EJA/Goiânia-GO (2008)

Ricardo Antunes Giovanni Alves(1999, 2004) Lúcia Bruno (1996) Frigotto (2001) Sujeitos da EJA/Goiânia-GO (2008) Ricardo Antunes Giovanni Alves(1999, 2004) Lúcia Bruno (1996) Frigotto (2001) Sujeitos da EJA/Goiânia-GO (2008) A dimensão ontológica do envolvimento do trabalho O significado da essência do envolvimento

Leia mais

SETOR DE ATIVIDADES, TAMANHO E LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA. Movimento, dinâmica, emergência e inovação influenciam? Toda empresa funciona numa rede

SETOR DE ATIVIDADES, TAMANHO E LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA. Movimento, dinâmica, emergência e inovação influenciam? Toda empresa funciona numa rede GESTÃO DA INOVAÇÃO PROF. ME. ÉRICO PAGOTTO SETOR DE ATIVIDADES, TAMANHO E LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA Quais são as leis que regem o mercado? Movimento, dinâmica, emergência e inovação influenciam? Toda empresa

Leia mais

Módulos 11 e 12: O modo de produção industrial e A indústria brasileira

Módulos 11 e 12: O modo de produção industrial e A indústria brasileira Módulos 11 e 12: O modo de produção industrial e A indústria brasileira Artesanato é essencialmente o próprio trabalho manual ou produção de um artesão (de artesão + ato). Manufatura é um sistema de fabricação

Leia mais

Trabalho, Tecnologia e Inovação Aula 6

Trabalho, Tecnologia e Inovação Aula 6 Trabalho, Tecnologia e Inovação Aula 6 Tema II.2 - Reestruturação produtiva, novas tecnologias e novas formas de organização social do trabalho e da produção: A (difícil) transição pós-fordista e o modelo

Leia mais

TRABALHO NA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA: DESAFIOS À EDUCAÇÃO

TRABALHO NA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA: DESAFIOS À EDUCAÇÃO TRABALHO NA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA: DESAFIOS À EDUCAÇÃO MARCOCCIA, Patrícia Correia de Paula Marcoccia UEPG pa.tyleo12@gmailcom PEREIRA, Maria de Fátima Rodrigues UTP maria.pereira@utp.br RESUMO:

Leia mais

Sobre esta apresentação

Sobre esta apresentação Produção em Rede Sobre esta apresentação 2008 Vicente Aguiar O Conteúdo desta apresentação está licenciado sob a Licença Creative Atribuição-Uso Não- Comercial Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil

Leia mais

Atividades de Recuperação Paralela de Geografia

Atividades de Recuperação Paralela de Geografia Atividades de Recuperação Paralela de Geografia 8º ano Ensino Fundamental II Conteúdo 8º Ano Cap.1, 2, 3, 4 e 5 Apostila 1 e Cap. 6 e 7 Apostila 2 Projeções Cartográficas Origens do Subdesenvolvimento

Leia mais

Revoluções Industriais REVOLUÇÃO INDUSTRIAL A INDÚSTRIA. Formada sobre as bases de acumulação do capital através do mercantilismo.

Revoluções Industriais REVOLUÇÃO INDUSTRIAL A INDÚSTRIA. Formada sobre as bases de acumulação do capital através do mercantilismo. A INDÚSTRIA É o setor da economia que congrega o processo de transformação da matéria-prima em vários tipos de bens. A industria possui uma forte relação com os recursos naturais, sendo sua produção associada:

Leia mais

INDÚSTRIA MÁQUINAS Sistemas de produção: MESTRES APRENDIZES,

INDÚSTRIA MÁQUINAS Sistemas de produção: MESTRES APRENDIZES, L A I R T S U D O C FI Á R G G O E IN O QUE É INDÚSTRIA? O termo INDÚSTRIA é empregado para indicar a fabricação, quase sempre com o uso de MÁQUINAS do mais variados produtos, por exemplo: a) alimentos;

Leia mais

R O C H A. O processo de desenvolvimento do Capitalismo

R O C H A. O processo de desenvolvimento do Capitalismo R O C H A O processo de desenvolvimento do Capitalismo Origens do Capitalismo O capitalismo é um sistema econômico que se desenvolveu na Europa. Surgiu com a ascensão da burguesia entre os séculos XV e

Leia mais

Unidade: Introdução à Sociologia

Unidade: Introdução à Sociologia Unidade: Introdução à Sociologia Construção do conhecimento em sociologia Senso comum: conjunto de opiniões, recomendações, conselhos, práticas e normas fundamentadas na tradição, nos costumes e vivências

Leia mais

A GLOBALIZAÇÃO E A REVOLUÇÃO TECNICO CIENTÍFICA- INFORMACIONAL MÓDULO 03

A GLOBALIZAÇÃO E A REVOLUÇÃO TECNICO CIENTÍFICA- INFORMACIONAL MÓDULO 03 A GLOBALIZAÇÃO E A REVOLUÇÃO TECNICO CIENTÍFICA- INFORMACIONAL MÓDULO 03 MANUFATURAS X MAQUINOFATURAS No período da Primeira Revolução Industrial havia uma mistura entre os trabalhos ligados a manufatura,

Leia mais

GRUPO DE TRABALHO- GT 21 / SINDICATO E AÇÕE COLETIVAS (COORD. José Ricardo Ramalho /UFRJ e Marco Aurélio Santana/UNIRIO)

GRUPO DE TRABALHO- GT 21 / SINDICATO E AÇÕE COLETIVAS (COORD. José Ricardo Ramalho /UFRJ e Marco Aurélio Santana/UNIRIO) 1 XI CONGRESSO BRASILEIRO DE SOCIOLOGIA 1 A 5 DE SETEMBRO DE 2003, UNICAMP, CAMPINAS SP GRUPO DE TRABALHO- GT 21 / SINDICATO E AÇÕE COLETIVAS (COORD. José Ricardo Ramalho /UFRJ e Marco Aurélio Santana/UNIRIO)

Leia mais

INDÚSTRIA NAVAL NO BRASIL

INDÚSTRIA NAVAL NO BRASIL INDÚSTRIA NAVAL NO BRASIL IndustriALL Global Union Shipbuilding-shipbreaking Action Group Meeting 12-13 November 2013 Jørlunde, Denmark Edson Rocha CNM/CUT - Brasil DÉCADA DE 70 E 80 O BRASIL CHEGOU A

Leia mais

2.1 - SISTEMA ECONÔMICO

2.1 - SISTEMA ECONÔMICO Sistemas Econômicos 2.1 - SISTEMA ECONÔMICO Um sistema econômico pode ser definido como a forma na qual uma sociedade está organizada em termos políticos, econômicos e sociais para desenvolver as atividades

Leia mais

Meios de Produção. Fordismo, Toyotismo e Taylorismo

Meios de Produção. Fordismo, Toyotismo e Taylorismo Meios de Produção Fordismo, Toyotismo e Taylorismo O que são Meios de Produção? Ø Meios de produção são, o conjunto formado por meios de trabalho e objetos de trabalho ou tudo aquilo que medeia a relação

Leia mais

ASSISTENTE SOCIAL E SUAS CONDIÇÕES DE TRABALHO NO CAMPO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

ASSISTENTE SOCIAL E SUAS CONDIÇÕES DE TRABALHO NO CAMPO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL ASSISTENTE SOCIAL E SUAS CONDIÇÕES DE TRABALHO NO CAMPO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL Autoras: Izamara Nunes Sousa. Mestranda do programa de pós-graduação em Desenvolvimento Socioespacial e Regional (UEMA). e-mail:

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO GERAL. Introdução e Antecedentes Históricos Parte 6. Prof. Fábio Arruda

ADMINISTRAÇÃO GERAL. Introdução e Antecedentes Históricos Parte 6. Prof. Fábio Arruda ADMINISTRAÇÃO GERAL Introdução e Antecedentes Históricos Parte 6 Prof. Fábio Arruda Liberalismo Econômico Influência dos Economistas Liberais A vida econômica deve afastar-se da influência estatal, pois

Leia mais

TRANSFORMAÇÕES NO MERCADO DE TRABALHO NO PÓLO CALÇADISTA DE GOIÂNIA GOIANIRA INTRODUÇÃO

TRANSFORMAÇÕES NO MERCADO DE TRABALHO NO PÓLO CALÇADISTA DE GOIÂNIA GOIANIRA INTRODUÇÃO 39 TRANSFORMAÇÕES NO MERCADO DE TRABALHO NO PÓLO CALÇADISTA DE GOIÂNIA GOIANIRA Neide Selma do Nascimento Oliveira Dias INTRODUÇÃO Transformações no mercado de trabalho do Polo calçadista de Goiânia Goianira

Leia mais

PROFESSOR: MAC DOWELL DISCIPLINA: SOCIOLOGIA CONTEÚDO: MODO DE PRODUÇÃO

PROFESSOR: MAC DOWELL DISCIPLINA: SOCIOLOGIA CONTEÚDO: MODO DE PRODUÇÃO PROFESSOR: MAC DOWELL DISCIPLINA: SOCIOLOGIA CONTEÚDO: MODO DE PRODUÇÃO Sociologia do Mundo do Trabalho uma análise das questões do trabalho contemporâneo 2 DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO: UMA VISÃO SOCIOLÓGICA

Leia mais

SEQUÊNCIA DIDÁTICA PODCAST CIÊNCIAS HUMANAS

SEQUÊNCIA DIDÁTICA PODCAST CIÊNCIAS HUMANAS SEQUÊNCIA DIDÁTICA PODCAST CIÊNCIAS HUMANAS Título do Podcast Área Segmento Duração Fases do Capitalismo Ciências Humanas Ensino Fundamental; Ensino Médio 6min07seg Habilidades: H.17, H.19, H.20, H.23

Leia mais

Planejamento Estratégico Análise: Externa, Variáveis Ambientais. Unidade 05 Material Complementar

Planejamento Estratégico Análise: Externa, Variáveis Ambientais. Unidade 05 Material Complementar O Ambiente Organizacional O ambiente organizacional é composto de fatores ou elementos externos e internos que lhe influencia, o funcionamento. Tipos de Ambiente Basicamente, há três subambientes que compõem

Leia mais

AS NOVAS FACES DO SERVIÇO SOCIAL NAS EMPRESAS DO SÉCULO XXI: MUDANÇAS NAS FORMAS DE CONTRATAÇÃO, ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO E REQUISIÇÕES PROFISSIONAIS.

AS NOVAS FACES DO SERVIÇO SOCIAL NAS EMPRESAS DO SÉCULO XXI: MUDANÇAS NAS FORMAS DE CONTRATAÇÃO, ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO E REQUISIÇÕES PROFISSIONAIS. AS NOVAS FACES DO SERVIÇO SOCIAL NAS EMPRESAS DO SÉCULO XXI: MUDANÇAS NAS FORMAS DE CONTRATAÇÃO, ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO E REQUISIÇÕES PROFISSIONAIS. Aluna: Marcela Dias Affonso Orientador: Márcia Regina

Leia mais

REFLEXÕES A PARTIR DO FILME DOIS DIAS, UMA NOITE. Prof. Dr. Radamés Rogério Universidade Estadual do Piauí

REFLEXÕES A PARTIR DO FILME DOIS DIAS, UMA NOITE. Prof. Dr. Radamés Rogério Universidade Estadual do Piauí REFLEXÕES A PARTIR DO FILME DOIS DIAS, UMA NOITE Prof. Dr. Radamés Rogério Universidade Estadual do Piauí SOBRE O FILME Título: Dois dias, uma noite Título original: Deux jours, une nuit Direção: Jean-Pierre

Leia mais

De acordo com o texto e seus conhecimentos, aponte elementos que estão influenciando as condições de trabalho na atualidade.

De acordo com o texto e seus conhecimentos, aponte elementos que estão influenciando as condições de trabalho na atualidade. ROTEIRO DE ESTUDOS E EXERCÍCIOS PARA RECUPERAÇÃO: GEOGRAFIA GILSON Caderno 1 - Editora anglo Cap 2 - Um mundo desigual Cap 3 - Mundo desenvolvido: aspectos econômicos Cap 4 - Mundo desenvolvido: aspectos

Leia mais

O NOVO MOMENTO NA GESTÃO DE PESSOAS. Denise Poiani Delboni

O NOVO MOMENTO NA GESTÃO DE PESSOAS. Denise Poiani Delboni O NOVO MOMENTO NA GESTÃO DE PESSOAS Desfronteirização Organizacional Organizações transnacionais Facilidade de distribuição de produtos em escala mundial Pouco mais de 500 corporações controlam 70% do

Leia mais

Engenharia de Materiais e Manufatura SISTEMAS DE MANUFATURA

Engenharia de Materiais e Manufatura SISTEMAS DE MANUFATURA Engenharia de Materiais e Manufatura SISTEMAS DE MANUFATURA Tópicos da Aula 1. Introdução 2. Arquiteturas dos Sistemas de Manufatura 3. Flexibilidade na Manufatura e sua Importância 4. Tipos de Flexibilidade

Leia mais

INDUSTRIALIZAÇÃO GEOGRAFIA. O que é indústria? SETORES DA ECONOMIA SETOR PRIMÁRIO SETOR SECUNDÁRIO SETOR TERCIÁRIO. Agricultura Pecuária extrativismo

INDUSTRIALIZAÇÃO GEOGRAFIA. O que é indústria? SETORES DA ECONOMIA SETOR PRIMÁRIO SETOR SECUNDÁRIO SETOR TERCIÁRIO. Agricultura Pecuária extrativismo GEOGRAFIA Professor Leandro Almeida INDUSTRIALIZAÇÃO O que é indústria? SETORES DA ECONOMIA SETOR PRIMÁRIO SETOR SECUNDÁRIO SETOR TERCIÁRIO Agricultura Pecuária extrativismo Indústria Comércio Serviços

Leia mais

Geo. Monitor: Bruna Cianni

Geo. Monitor: Bruna Cianni Geo. Professor: Claudio Hansen Monitor: Bruna Cianni Indústria mundial (modelo produtivos e distribuição) 01 nov EXERCÍCIOS DE AULA 1. Em virtude da importância dos grandes volumes de matérias-primas na

Leia mais

1a. Revolução Industrial (1760 a 1850 )

1a. Revolução Industrial (1760 a 1850 ) INDÚSTRIA GERAL País/Local 1a. Revolução Industrial (1760 a 1850 ) Inglaterra (Europa Ocidental) Mudanças ao longo da I Rev. Industrial (transição para a II Rev. Industrial) Momento XVIII/XIX Ao longo

Leia mais

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM TI Aula 12

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM TI Aula 12 Aula 12 Prof. Rogério Albuquerque de Almeida Me. Sistemas e Computação IME/RJ COBIT Foundation Certified (ISACA) 1 Terceirização Terceirização de Serviços de TI Terceirização de TI na Administração Pública

Leia mais

Boletim Econômico Edição nº 59 abril de 2015 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico

Boletim Econômico Edição nº 59 abril de 2015 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Boletim Econômico Edição nº 59 abril de 2015 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Economia informal e transição para a economia formal e as ferramentas da OIT 1 Perfil da economia

Leia mais

Estudo sobre sistemas flexíveis de manufatura

Estudo sobre sistemas flexíveis de manufatura Estudo sobre sistemas flexíveis de manufatura Autor: Alessandro Ferreira - Engenharia de Controle e Automação Professor Orientador: Ms. Luiz Paulo Cadioli Faculdade Politécnica de Matão Resumo Este trabalho

Leia mais

www.professoravanucia.blogspot.com A importância da Indústria A Indústria é um dos três setores de atividade da economia. Os outros dois são os serviços e a agropecuária. As atividades agrícolas, o comércio

Leia mais

GLOBALIZAÇÃO NO BRASIL CAPÍTULO 2 PROFESSOR LEONAM JUNIOR

GLOBALIZAÇÃO NO BRASIL CAPÍTULO 2 PROFESSOR LEONAM JUNIOR GLOBALIZAÇÃO NO BRASIL CAPÍTULO 2 PROFESSOR LEONAM JUNIOR CONCEITOS BÁSICOS DE GLOBALIZAÇÃO fenômeno que começou com as grandes navegações. ganhou grande destaque com a revolução industrial. sofreu grande

Leia mais

Reflexões: O maior desperdício é fazer eficientemente aquilo que não é necessário (que não agrega valor)

Reflexões: O maior desperdício é fazer eficientemente aquilo que não é necessário (que não agrega valor) . 1 Reflexões: O maior desperdício é fazer eficientemente aquilo que não é necessário (que não agrega valor) Não gerencie seus negócios no terceiro milênio com um sistema de contabilidade de custos dos

Leia mais

As Esferas da Globalização

As Esferas da Globalização As Esferas da Globalização As quatro esferas da globalização Comercial Produtiva Financeira Tecnológica Esfera Comercial A idéia de globalização é um fenômeno sócioeconômico, que pode ser dividido em processos,

Leia mais

CURSO: ENGENHARIA DE PRODUÇÃO CICUTA EMENTAS º PERÍODO

CURSO: ENGENHARIA DE PRODUÇÃO CICUTA EMENTAS º PERÍODO CURSO: ENGENHARIA DE PRODUÇÃO CICUTA EMENTAS 2018-2 4º PERÍODO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSPORTE Estudo das Propriedades dos Fluidos e da Estática dos Fluidos. Análise de escoamentos incompressíveis

Leia mais

Reflexões: O maior desperdício é fazer eficientemente aquilo que não é necessário (que não agrega valor)

Reflexões: O maior desperdício é fazer eficientemente aquilo que não é necessário (que não agrega valor) . 1 Reflexões: O maior desperdício é fazer eficientemente aquilo que não é necessário (que não agrega valor) Não gerencie seus negócios no terceiro milênio com um sistema de contabilidade de custos dos

Leia mais

TRABALHO EM GRUPOS E PRODUTIVIDADE NO ARRANJO CELULAR

TRABALHO EM GRUPOS E PRODUTIVIDADE NO ARRANJO CELULAR MANUFATURA CELULAR E FLEXIBILIDADE PRODUTIVA TRABALHO EM GRUPOS E PRODUTIVIDADE NO ARRANJO CELULAR Prof. Kairo de Barros Guimarães Adaptado de: Prof. Ricardo Souza Siviero MARX, R. Trabalho em grupos e

Leia mais

7ª Série. Indústria cap.7

7ª Série. Indústria cap.7 7ª Série Indústria cap.7 Artesanato O artesão era o dono da matéria prima e das ferramentas; Ele também conhecia todas as fases da produção; A oficina ficava no interior de sua casa; O trabalho era uma

Leia mais

COMUNICADO CEProd/CP 3/2017

COMUNICADO CEProd/CP 3/2017 COMUNICADO CEProd/CP 3/2017 DIVULGA A RELAÇÃO DE DISCIPLINAS RECOMENDADAS COMO OPTATIVAS PARA O 1º SEMESTRE LETIVO DE 2018, DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DO CAMPUS CAMPINAS DA UNIVERSIDADE

Leia mais

A Primeira Revolução Industrial

A Primeira Revolução Industrial A Primeira Revolução Industrial Iniciou-se em 1750, na Inglaterra; Predominava inicialmente a mão-de-obra desqualificada (população camponesa migrante); Sua fonte de energia era o carvão mineral, utilizado

Leia mais

PROFESSOR: ADRIANO RAMALHO DISCIPLINA: GEOGRAFIA CONTEÚDO: FASES DO CAPITALISMO TEMA GERADOR: ARTE NA ESCOLA

PROFESSOR: ADRIANO RAMALHO DISCIPLINA: GEOGRAFIA CONTEÚDO: FASES DO CAPITALISMO TEMA GERADOR: ARTE NA ESCOLA PROFESSOR: ADRIANO RAMALHO DISCIPLINA: GEOGRAFIA CONTEÚDO: FASES DO CAPITALISMO TEMA GERADOR: ARTE NA ESCOLA CAPITALISMO Substituiu a propriedade feudal, Trabalho assalariado, que substituiu o trabalho

Leia mais

Marx e as Relações de Trabalho

Marx e as Relações de Trabalho Marx e as Relações de Trabalho Marx e as Relações de Trabalho 1. Segundo Braverman: O mais antigo princípio inovador do modo capitalista de produção foi a divisão manufatureira do trabalho [...] A divisão

Leia mais

PRODUÇÃO ENXUTA. Prof. Mauro Enrique Carozzo Todaro Centro de Ciências Tecnológicas CCT Universidade Estadual do Maranhão - UEMA

PRODUÇÃO ENXUTA. Prof. Mauro Enrique Carozzo Todaro Centro de Ciências Tecnológicas CCT Universidade Estadual do Maranhão - UEMA Prof. Mauro Enrique Carozzo Todaro Centro de Ciências Tecnológicas CCT Universidade Estadual do Maranhão - UEMA Saiba mais em: www.sistemasprodutivos.wordpress.com Publicado em 1992 Popularizou o conceito

Leia mais

Colégio Santa Dorotéia

Colégio Santa Dorotéia Colégio Santa Dorotéia Área de Ciências Humanas Disciplina: Geografia Ano: 2º - Ensino Médio Professor: Pedro H. O. Figueiredo Assunto: Industrialização e Urbanização Suporte teórico: Livro didático Suporte

Leia mais

1. Introdução O Problema

1. Introdução O Problema 1. Introdução Este estudo investiga o processo de internacionalização de uma empresa brasileira da indústria de moda, utilizando o método de estudo de caso, com o propósito de buscar um entendimento mais

Leia mais

GEOGRAFIA. Prof. Daniel San.

GEOGRAFIA. Prof. Daniel San. GEOGRAFIA Prof. Daniel San daniel.san@lasalle.org.br Indústria Indústria é uma atividade econômica que surgiu na Primeira Revolução Industrial, no fim do século XVIII e início do século XIX, na Inglaterra,

Leia mais

Fiscal Sociologia do Trabalho Material de Apoio 2 Haroldo Guimarães Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor.

Fiscal Sociologia do Trabalho Material de Apoio 2 Haroldo Guimarães Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. Fiscal Sociologia do Trabalho Material de Apoio 2 Haroldo Guimarães 2013 Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. Professor Haroldo Guimarães haroldoguimaraes2003@yahoo.com.br

Leia mais

GT 3. Classes sociais e transformações no mundo do trabalho - Painel. Ana Lúcia Kraiewski Ana Patrícia Nalesso **

GT 3. Classes sociais e transformações no mundo do trabalho - Painel. Ana Lúcia Kraiewski Ana Patrícia Nalesso ** Anais do IV Simpósio Lutas Sociais na América Latina ISSN: 2177-9503 Imperialismo, nacionalismo e militarismo no Século XXI 14 a 17 de setembro de 2010, Londrina, UEL GT 3. Classes sociais e transformações

Leia mais