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1 Administração Regional de Saúde do Centro, IP Relatório de actividades 2010 w w w. a r s c e n t r o. m i n - s a u d e. p t

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3 Conselho Directivo da Administração Regional de Saúde do Centro, IP: João Pedro Travassos de Carvalho Pimentel (Presidente) Mário Rui Fernandes Pinto Ferreira (Vice-Presidente) Joaquim Gomes da Silva (Vogal) Regina Helena Lopes Dias Bento (Vogal) Coordenação da edição António Morais Lúcio Meneses de Almeida Sandra Lourenço Lígia Carvalho José Coimbra Pedro Filipe Morais Colaboração Alda Rebelo, José Manuel Tereso, José Varandas da Silva, Mauricio Loureiro Alexandre, Jorge Amaral Tavares, Helena Neves, Ana Dias, António Morais, António Mota, António Queimadela Baptista, Carolina Veloso, Conceição Casimiro, Elizabete Gonçalves, Lúcia Amélia Marques, José Relvas, Eugénio Cordeiro, Fernanda Pinto, Fernando Gomes da Costa, Helder Ferreira, Ilídia Duarte, Isabel Lança, Isabel Silva, Joana Andrade, José Bonifácio, José Carlos Cabral Peixoto, Judite Maia Ribeiro, Lúcio Meneses de Almeida, Maria da Anunciação Costa, Maria Hermínia Trindade Simões, Maria José Hespanha, Paula Godinho, Maria Manuel Açafrão.

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5 Nota prévia O presente documento pretende espelhar as actividades empreendidas pela Administração Regional de Saúde do Centro no âmbito da sua missão de garantir o acesso das populações na sua área de influência e de jurisdição territorial a cuidados de saúde de qualidade. As administrações regionais de saúde incluem, a par dos seus serviços centrais (departamentos, unidades e gabinetes) os agrupamentos de centros de saúde (ACES). Estes serviços desconcentrados, criados ao abrigo do Decreto-lei nº 28/2008 de 22 de Fevereiro, têm vindo a consolidar a sua organização interna assente em unidades funcionais. Neste sentido, a par da abertura de várias USF, foi possível também em 2010 assegurar a entrada em funcionamento de várias UCC, UCSP, USP e URAP. Os ACES são hoje uma realidade na Região Centro, os seus órgãos funcionam e a governação clínica, ganho maior desta reforma, dá passos seguros. Em 2010 concretizámos nos cuidados de saúde primários o processo de contratualização através do qual se procura adequar a oferta às necessidades em saúde e que, na área hospitalar, tem já um histórico e um saber acumulado de há alguns anos. Mas este Relatório de Actividades incorpora também muitos indicadores, consequência das actividades dos hospitais com quem os Cuidados de Saúde Primários e os Cuidados Integrados colaboram e articulam no desenvolvimento dos programas de saúde. Pela importância para o novo modelo gestionário da ARS Centro é justo aqui destacar a ampla reorganização que tem vindo a ser feita na estrutura regional, por exemplo, na área das compras e logísticas com recurso aos serviços partilhados. Neste contexto é possível dizer que na Região Centro as reformas têm vindo a ser desenvolvidas sem sobressaltos, mau grado todas as dificuldades e limitações incluindo a carência de alguns recursos humanos. Convém também lembrar, num tempo de austeridade, que menos gastos em saúde não implicam piores cuidados em saúde, bem pelo contrário: antes obrigam a uma prescrição diagnostica e terapêutica mais criteriosa e, consequentemente, mais custo-efectiva. Ao garantir previamente, a capacitação financeira dos doentes relativamente à medicação prescrita, assegura-se a adesão à terapêutica, determinante fundamental da efectividade da intervenção. Mais vale prevenir do que remediar : por cada cêntimo investido na prevenção, poupam-se muitos euros no tratamento. Mais do que nunca, importa redireccionar o sistema de serviços de saúde para montante (cuidados preventivos e de saúde pública) e valorar o papel do cidadão no sistema de saúde, colocando-o verdadeiramente no centro do sistema. Estes grandes objectivos têm, pois, acompanhado a acção deste Conselho Directivo e dos profissionais da ARS Centro. Por isso, uma palavra de agradecimento sentido para todos os parceiros que tornaram possível estas actividades: dirigentes e profissionais dos serviços centrais da ARSC (departamentos e laboratórios de saúde pública) e dos seus serviços desconcentrados/aces (com destaque para as diversas unidades funcionais e centros de diagnóstico pneumológico). Palavras extensíveis aos restantes parceiros do sistema de serviços de saúde (ULS e hospitais) e parceiros de outros sectores relevantes. Numa nota final, diremos que o Serviço Nacional de Saúde, na Região Centro é, na observância dos seus resultados, um factor de qualidade de vida e um reforço de coesão social. Tem sido assim preocupação deste Conselho Directivo torná-lo mais humanizado, mais eficiente e sustentável. A todos, Muito Obrigado. João Pedro Travassos Pimentel Presidente do Conselho Directivo

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7 Índice CAPITULO I. A REGIÃO Missão e estrutura organizacional da ARS do Centro, IP... 1 Descrição geográfica... 2 Indicadores sócio-demográficos Estrutura etária Índices de envelhecimento e índices de dependência Esperança de vida à nascença Indicadores de saúde Mortalidade Morbilidade: internamentos hospitalares Rede de cuidados de saúde Recursos humanos Indicadores de produção hospitalar Produção dos cuidados de saúde primários Indicadores de desempenho dos Cuidados de Saúde Primários Utentes inscritos e utilizadores Indicadores de produção dos cuidados de saúde primários Planeamento familiar Saúde materna Diagnóstico precoce Saúde infantil Indicadores de eficiência em Cuidados de saúde Primários Consumo de medicamentos genéricos Custo médio de medicamentos facturados por utilizador Custo médio de MCDT facturados por utilizador CAPÍTULO II. PROGRAMAS DE SAÚDE 1. Programa de prevenção e controlo das doenças cardiovasculares Doenças cardiovasculares... 57

8 1.2. Programa de prevenção e controlo da diabetes Programa de prevenção da doença oncológica Programa de rastreio do cancro da mama Programa de rastreio do cancro do colo do útero Programa de rastreio do cancro do cólon e recto Programa de cuidados continuados integrados Programa de prevenção e controlo de doenças transmissíveis Sistemas de vigilância das doenças transmissíveis Sistema de Alerta e Resposta Apropriada Doenças de Declaração Obrigatória Programa nacional de Vacinação (PNV) VIH/Sida Controlo da Infecção nas Unidades de Saúde Programa de prevenção e luta contra a tuberculose Programa de saúde materno -infantil e dos adolescentes Programa de prevenção do tabagismo Problemas ligados ao álcool Programa da Qualidade e Vigilância Alimentar Programa de promoção da saúde em meio escolar Programa nacional de promoção da saúde oral (PNSO) / contratualização Programa nacional de saúde escolar (PNSE) Programa de gestão ambiental Programa de gestão das listas de espera hospitalares Programa regional de capacitação e literacia em saúde Observatório Regional de Apoio ao Sistema SIM -Cidadão CAPÍTULO III. REORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS 1. Reorganização dos serviços Cuidados de saúde primários Unidades funcionais dos agrupamentos de centros de saúde Outras unidades ou serviços

9 CAPÍTULO IV. AVALIAÇÃO 1. QUAR (Quadro de avaliação e responsabilização) Auto-avaliação ANEXOS Anexo 1. Balanço Social: análise sumária Anexo 2. Caracterização económico -financeira Anexo 3. Programas Regionais de Rastreios Oncológicos Anexo 4. Publicidade institucional Índice de figuras, quadros e gráficos Figuras Figura 1 - Âmbito territorial da ARS Centro, IP 2 Figura 2 - Região Centro (NUTS 1999), por NUTS III, em vigor a partir de 24 de Agosto de Figura 3 Pirâmide etária dos utentes inscritos na Região Centro (2010) 34 Figura 4 - Pirâmide etária dos utentes inscritos na Região Centro (2009 e 2010) 35 Figura 5 - Taxa de participação no programa de rastreios do cancro da mama, por concelhos (2009) 69 Figura 6 - Taxa de incidência de tuberculose/ddo por habitantes (Região Centro) 85 Figura 7 - ELI da Região Centro 110 Quadros Quadro 1 - Evolução da população residente (censos e estimativas) e síntese de indicadores demográficos na Região Centro (NUTS1999), por ACeS e ULS 4 Quadro 2- População residente nos ACeS e ULS da Região Centro (NUTS 1999) e sua evolução, por grupo etário, Estimativa a 31/12/ Quadro 3 - Índices demográficos (2009) 7 Quadro 4 - Evolução da esperança média de vida no Continente e na Região Centro, por NUTS III 9 Quadro 5 - GDH de internamento por todas as neoplasias malignas na Região Centro (2009) 13 Quadro 6 - GDH de internamento por Diabetes na Região Centro (2009) 14 Quadro 7 - GDH de internamento por acidentes vasculares cerebrais na Região Centro (2009) 14 Quadro 8 - GDH de internamento por AVC hemorrágico na Região Centro (2009) 15 Quadro 9 - GDH de internamento por AVC isquémico na Região Centro (2009) 15 Quadro 10 - GDH de internamento por enfarte agudo de Miocárdio na Região Centro (2009) 16 Quadro 11 - GDH de internamento por cancro da Mama feminina na Região Centro (2009) 17 Quadro 12 - GDH de internamento por cancro do Colo do Útero na Região Centro (2009) 17 Quadro 13 - GDH de internamento por neoplasia colo-rectal na Região Centro (2009) 18 Quadro 14 - GDH de internamento por Doenças Infecciosas na Região Centro (2009) 18

10 Quadro 15 - GDH de internamento por SIDA na Região Centro (2009) 19 Quadro 16 - GDH de internamento por SIDA (portador) na Região Centro (2009) 19 Quadro 17 - GDH de internamento por Tuberculose na Região Centro (2009) 20 Quadro 18 - GDH de internamento por Gripe na Região Centro (2009) 20 Quadro 19 - GDH de internamento por Pneumonia na Região Centro (2009) 21 Quadro 20 -GDH de internamento por DPOC e Asma na Região Centro (2009) 21 Quadro 21 - GDH de internamento por evitáveis por vacinação na Região Centro (2009) 22 Quadro 22- Rede de cuidados de saúde da Região Centro em 31/12/ Quadro 23 - Recursos humanos em funções na Região Centro, segundo o grupo profissional, a 31/12/ Quadro 24 Consultas realizadas nos hospitais da Região Centro e taxas de crescimento (acumulado em 2010) 25 Quadro 25 Dados de produção relativos ao internamento nos hospitais da Região Centro e taxas de crescimento (acumulado em 2010) 27 Quadro 26 Total de atendimentos na urgência dos hospitais da Região Centro e taxas de crescimento (acumulado em 2010) 28 Quadro 27 Dados de produção em cirurgia nos hospitais da Região Centro e taxas de crescimento (acumulado em 2010) 29 Quadro 28 Produção em cirurgia de ambulatório nos hospitais da Região Centro (2010) 30 Quadro 29 Produção do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra e taxas de crescimento (2010) 31 Quadro 30 Indicadores de desempenho dos Cuidados de Saúde Primários (2010) 33 Quadro 31 - Número de inscritos com e sem médico de família atribuído, por ACeS e ULS ( ) 35 Quadro 32 - Número de utilizadores em cuidados de saúde primários na Região Centro, por ACeS e ULS 37 Quadro 33 - Produção dos Cuidados de Saúde Primários na Região Centro (2009 e 2010) 38 Quadro 34 - Primeiras consultas de Medicina Geral e Familiar (MGF) 38 Quadro 35 - Total de consultas de MGF 39 Quadro 36 - Taxa de utilização global de consultas médicas (2009 e 2010) 40 Quadro 37 - Taxa de visitas domiciliárias (médicas e de enfermagem) por 1000 utentes (2009 e 2010) 41 Quadro 38 - Taxa de utilização de consultas médicas de planeamento familiar médicas (15-49 anos) 43 Quadro 39 - Consultas de Saúde Materna (2009 e 2010) 45 Quadro 40 - Precocidade das primeiras consultas de gravidez (2009 e 2010) 46 Quadro 41 - Diagnóstico precoce até ao 7º dia de vida 48 Quadro 42 - Taxa cobertura de primeiras consulta na vida realizadas até aos 28 dias de vida 50 Quadro 43 - Precocidade de primeira consulta na vida, realizada até aos 28 dias de vida (2009 e 2010) 51 Quadro 44 - % do consumo de medicamentos genéricos em embalagens, no total de embalagens de medicamentos (2009 e 2010) 53 Quadro 45 - Custo médio de medicamentos facturados por utilizador (2009 e 2010) 54 Quadro 46 - Custo médio de MCDT facturados por utilizador (2009 e 2010) 55 Quadro 47 - Rastreio de retinopatia diabética 66 Quadro 48 - Indicadores de produção da rede de cuidados de saúde primários da ARSC 66 Quadro 49 - Programa de rastreio do cancro do colo do útero (triénio ) 72 Quadro 50 -N.º camas propostas/ N.º camas contratualizadas (2010) 76

11 Quadro 51 - Distribuição das Equipas de Cuidados Continuados Integrados (ECCI) e sua capacidade, por ACES 77 Quadro 52 - Doentes tratados e admitidos na RNCCI Região de Saúde do Centro Quadro 53 - Proveniência dos doentes tratados no âmbito da RNCCI /Região de Saúde do Centro (2010) 79 Quadro 54 - Motivos de alta dos doentes internados nas unidades da RNCCI/Região de Saúde do Centro (2010) 80 Quadro 55 - Transferência dos doentes internados nas unidades da RNCCI por origem e destino /Região de Saúde 81 Quadro 56 - N.º de prorrogações pedidas e autorizadas nas unidades de internamento da RNCCI/Região de Saúde do 81 Quadro 57 Doenças de declaração obrigatória notificadas na Região Centro (2009 e 2010) 84 Quadro 58 Doenças de declaração obrigatória notificadas em 2010 na Região Centro (por ACeS/ULS) 85 Quadro 59 - Actividades desenvolvidas e indicadores 86 Quadro 60 - Cobertura vacinal vacinas do PNV- coortes de nascidos no ano da avaliação, 1, 2, 7 e 13 anos de idade 87 Quadro 61 - Cobertura vacinal vacinas do PNV- coortes de nascidos de 14, 15, 18, 25 e 65 anos de idade 87 Quadro 62 - Cobertura vacinal campanha de vacinação contra infecções por vírus do papiloma humano- coortes de raparigas de 17 e 18 anos de idade 88 Quadro 63 - Contratualização PNV cumprido aos 2, 7 e 14 anos 88 Quadro 64 - Mapa de inoculações região centro 2010 Total de doses por vacina 89 Quadro 65 - Cobertura vacinal Gripe Sazonal 2009/ Quadro 66 - % Proporcional acumulada de infectados com Sida, PA e CRS por distrito (concelhos da area de jurisdição territorial da ARSC) 94 Quadro 67 - Casos acumulados de infecção por VIH e óbitos por distrito (concelhos da area de jurisdição territorial da ARSC) 94 Quadro 68 - Indicadores/resultados 97 Quadro 69 - Casos Novos de Tuberculose por Distrito 101 Quadro 70 - Cobertura de TOD 102 Quadro 71 - Casos novos por Nacionalidade Quadro 72 - Casos Novos Notificados em 2010, por País de Origem 103 Quadro 73 - N.º de Núcleos constituídos 106 Quadro 74- Casos sinalizados 108 Quadro 75 - Tipo de maus tratos 109 Quadro 76 - ELI da Região Centro 110 Quadro 77 - Consultas de cessação tabágica* 111 Quadro 78 - Primeiras consultas 112 Quadro 79 - Total de consultas seguintes* 112 Quadro 80 - Caracterização dos utentes 113 Quadro 81 - Número total de consultas * 113 Quadro 82 - Unidades de saúde da rede de cuidados primários com consultas de cessação tabágica 114 Quadro 83 - Análise de resultados dos estabelecimentos que fazem parte dos ACeS do Distrito de Coimbra (análise 0 diagnóstico) 120 Quadro 84 - Análise de resultados dos estabelecimentos de restauração colectiva da ULS da Guarda (análise 0 diagnóstico) 120 Quadro 85 - Médicos aderentes 124 Quadro 86 - Monitorização dos indicadores de execução em saúde escolar

12 Quadro 87 - Monitorização das emissões gasosas (Decreto-lei nº 78/2004) 132 Quadro 88 - Situação da organização ARSC, IP no SIRAPA e DUC pagos 133 Quadro 89-1ª fase do Projecto Escolas Sem Ruído 134 Quadro 90 - USF nos modelos A e B ( ) 144 Quadro 91 Unidades de saúde familiar em funcionamento na área de influência da ARSC em 31/12/ Quadro 92 - Unidades de cuidados de saúde personalizados no âmbito territorial da ARSC, IP 146 Quadro 93 - Unidades de cuidados na comunidade, no âmbito territorial da ARSC, IP 147 Quadro 94 - Unidades de saúde pública, no âmbito territorial da ARSC, IP 148 Quadro 95 - Unidades de recursos assistenciais partilhados 149 Quadro 96 - Unidades de apoio à gestão 150 Quadro 97 - Recursos humanos em funções na Região Centro, segundo o grupo profissional a 31/12/ Quadro 98 - Saída de pessoal por aposentação, segundo o grupo profissional, em Gráficos Gráfico 1 - População residente nos ACeS e ULS da Região Centro (NUTS 1999), por grupos etários, em 2009 (estimativa para 2009) 6 Gráfico 2 - Pirâmides etárias da população residente na Região Centro (NUTS 1999), nos Censos 2001 e nas estimativas de Gráfico 3 - Evolução dos índices demográficos na Região Centro (NUTS1999) 8 Gráfico 4 - Evolução da esperança média de vida (em anos) no Continente e na Região Centro (NUTS 2002) 9 Gráfico 5 - Taxa de mortalidade infantil por ACeS e ULS da Guarda ARSC, IP 10 Gráfico 6 - Óbitos infantis e nados vivos na Região Centro (NUTS 1999) 11 Gráfico 7 - Risco de morrer aos 5 anos por ACeS e ULS da Guarda ( ) 11 Gráfico 8 - Taxas de natalidade, mortalidade infantil, fetal e perinatal na Região Centro (NUTS 2002) 12 Gráfico 9 - Mortalidade por neoplasias padronizada para a idade pela população europeia (%ooo) 16 Gráfico 10 - Percentagem de utentes Inscritos COM e SEM Médico de Familia, por ACeS e ULS, Gráfico 11 - Variação percentual ( ) do total de inscritos nos CSP / ACeS e ULS 36 Gráfico 12 - Variação percentual ( ) de utentes utilizadores dos CSP / ACES e ULS Gráfico 13 - Taxa de utilização global de consultas médicas, Gráfico 14 - Taxa de visitas domiciliárias médicas por 1000 inscritos, por ACeS 42 Gráfico 15 - Taxa de visitas domiciliárias de enfermagem por 1000 inscritos, por ACeS 42 Gráfico 16 - Taxa de utilização de consultas médicas de planeamento familiar médicas (15-49 anos), por ACES 44 Gráfico 17 - Variação percentual das mulheres inscritas em idade fertil ( ) 44 Gráfico 18 - Variação percentual de primeiras consultas de gravidez no 1º trimestre ( ) 47 Gráfico 19 - Variação percentual ( ) dos recém-nascidos que completaram 7 dias de vida 49 Gráfico 20 - variação percentual ( ) de primeiras consultas na vida até aos 28 dias 50 Gráfico 21 - Taxa de crianças com baixo peso 52 Gráfico 22 - Nascimentos pré-termo / 100 nados vivos 52

13 Gráfico 23 - Prevalência da Diabetes em Portugal e Prevalência ajustada - população (2009) 62 Gráfico 24 - Prevalência da Diabetes e da Hiperglicemia intermédia em Portugal (prevalência ajustada população) Gráfico 25 - Prevalência da Diabetes em Portugal por sexo e por escalão etário (prevalência ajustada população) Gráfico 26 - Incidência Padronizada por Cancro do Colo do Útero, por 100 mil 70 Gráfico 27 - Mortalidade Padronizada por Cancro do Colo do Útero, por 100 mil 71 Gráfico 28 - N.º camas da RNCCI na Região de Saúde do Centro Gráfico 29 - % de doentes tratados por tipologia, no âmbito da RNCCI /Região de Saúde do Centro 78 Gráfico 30 - Taxa de ocupação nas unidades da RNCCI /Região de Saúde do Centro (2010) 79 Gráfico 31 - Taxa acumulada de infectados por distrito (área geográfica da ARSC) 92 Gráfico 32 - Evolução dos novos casos notificados de infecção pelo VIH/sida, na Região Centro 93 Gráfico 33 - Taxa de novos casos de infectados notificados em 2010, por distrito 93 Gráfico 34 - Testes de rastreio do VIH realizados pelos CAD em Gráfico 35 - Taxa de seropositivos para o VIH por CAD por 1000 rastreados em Gráfico 36 - Evolução da taxa de incidência da Tuberculose na Região Centro 2005 a Gráfico 37 - Distribuição dos casos de Tuberculose segundo a localização 103 Gráfico 38 - Constituição dos NACJR no âmbito territorial da ARSC,IP 107 Gráfico 39 - Constituição dos N (H) ACJR no âmbito territorial da ARSC, IP 107 Gráfico 40 - Monitorização dos casos sinalizados 108 Gráfico 41 - Encaminhamento dos casos sinalizados 109 Gráfico 42 - Tipo de maus tratos 109 Gráfico 43 - Saúde Oral na Saúde Infantil 125 Gráfico 44 - Saúde Oral Crianças e Jovens 125 Gráfico 45 - SOCJ Coortes 125 Gráfico 46 - Referenciação Higienista Oral 126 Gráfico 47 - Saúde Oral Crianças e Jovens (idades intermédias) 126 Gráfico 48 - Saúde Oral na Gravidez 126 Gráfico 49 - Saúde Oral nas Pessoas Idosas 127 Gráfico 50 - Saúde Oral em utentes com VIH 127 Gráfico 51 - N.º de USF criadas ( ) 144 Gráfico 52 - Pirâmide etária da ARSC (2010) 160 Gráfico 53 - Evolução das Receitas 2009/ Gráfico 54 - Evolução Despesas 2009/

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15 CAPITULO I. A REGIÃO

16 Missão e estrutura organizacional da ARS do Centro, IP A Administração Regional de Saúde do Centro IP, criada ao abrigo do Decreto-Lei nº 222/2007 de 29 de Maio, tem como missão garantir à população da sua área geográfica de intervenção o acesso à prestação de cuidados de saúde de qualidade, adequando os recursos disponíveis às necessidades em saúde e cumprir e fazer cumprir o Plano Nacional de Saúde nessa área. Este instituto público é composto por 5 departamentos (Saúde Pública e Planeamento; Estudos, Recursos Humanos e Administração Geral; Contratualização; Gestão Financeira; Instalações e Equipamentos) e 2 unidades (Unidade de Planeamento do Departamento de Saúde Pública e Planeamento; unidade de Administração Geral do Departamento de Estudos, Recursos Humanos e Administração Geral). A área de jurisdição territorial da ARSC, é constituída por 14 agrupamentos de centros de saúde (ACeS do Baixo Vouga I, Baixo Vouga II, Baixo Vouga III, Baixo Mondego I, Baixo Mondego II, Baixo Mondego III, Dão Lafões I, Dão Lafões II e Dão Lafões III, Pinhal Interior Norte I, Pinhal Interior Norte II, Pinhal Litoral I, Pinhal Litoral II e Cova da Beira) e duas unidades locais de saúde (ULS da Guarda e ULS de Castelo Branco). A ULS da Guarda, EPE, criada em 1 de Outubro de 2008, integra o Hospital de Sousa Martins, o Hospital de Nossa Senhora da Assunção (Seia) e os centros de saúde da Guarda, Seia, Gouveia, Manteigas, Fornos de Algodres, Celorico da Beira, Trancoso, Sabugal, Pinhel, Mêda, Almeida e Figueira de Castelo Rodrigo. A ULS de Castelo Branco, EPE, criada em 1 de Janeiro de 2010, integra o Hospital Amato Lusitano e os centros de saúde dos ACeS da Beira Interior Sul e do Pinhal Interior Sul. O âmbito de jurisdição territorial da ARSC inclui um total de 85 centros de saúde (dos quais, 64 centros de saúde integrados nos seus serviços desconcentrados/aces) e de 20 hospitais em virtude da transição, em Agosto de 2010, do concelho de Mação para o âmbito de jurisdição territorial da ARS de Lisboa e Vale do Tejo, IP. 1

17 Figura 1 - Âmbito territorial da ARS Centro, IP Descrição geográfica A área de jurisdição territorial da ARS Centro, IP, conforme disposto no Decreto-Lei nº 222/2007 de 29 de Maio, corresponde à Nomenclatura de Unidades Territoriais para Fins Estatísticos (NUTS) de nível II prevista no Decreto-Lei nº 317/99 de 11 de Agosto (NUTS II 1999) e inclui dez NUTS de nível III. 2

18 Por força das alterações introduzidas pela Lei nº 21/2010 de 23 de Agosto, actualmente a ARSC integra 77 concelhos, na medida em que aquele diploma legal estabelece que o município de Mação passa a integrar, a partir de 24 de Agosto, a NUTS III Médio Tejo (Região de Lisboa e Vale do Tejo). Não obstante, os dados apresentados referentes à NUTS III Pinhal Interior Sul ainda incluem o concelho de Mação. Figura 2 - Região Centro (NUTS 1999), por NUTS III, em vigor a partir de 24 de Agosto de 2010 Indicadores sócio-demográficos No âmbito territorial da ARS Centro, IP, residem indivíduos de ambos os sexos, conforme estimativa de população residente a 31/12/2009, que corresponde a 17,6% da população no Continente, sendo a terceira região de saúde em termos de efectivos populacionais. O ACeS Pinhal Litoral II é o mais populoso, com mais de habitantes, 3

19 logo seguido do Baixo Mondego I e Baixo Vouga II. Não obstante o exposto, o Baixo Vouga II e III e o Baixo Mondego I são os ACeS mais densamente povoados - respectivamente com 278, 292 e 249 habitantes/km2. Mais de metade dos habitantes da ARS Centro (56,5%) reside nos ACeS do litoral (Baixo Vouga I, II e III, Baixo Mondego I, II e III e Pinhal Litoral I e II). Relativamente a 2008, a estimativa aponta para um ligeiro decréscimo populacional de 0,2% na região, facto que deriva em grande parte de saldos naturais negativos na maioria dos ACeS e ULS e de saldos migratórios insuficientes para colmatar o défice natural. Quadro 1 - Evolução da população residente (censos e estimativas) e síntese de indicadores demográficos na Região Centro (NUTS1999), por ACeS e ULS Localização geográfica (ACeS e ULS) População residente Acréscimo populacional Componentes do crescimento demográfico em 2009 Saldo Saldo natural migratório Densidade populacional 2009 Estimativa Nº % Nº hab/km2 Continente ,3 2,8 0, Centro (NUTS 1999) ,5-0,1-0, Baixo Vouga I ,0 2,1-0, Baixo Vouga II ,7 5,1 0, Baixo Vouga III ,0 3,6 0, Baixo Mondego I ,9-6,8-0, Baixo Mondego II ,6-0,8-0, Baixo Mondego III ,3 3,3 0, Pinhal Litoral I ,6 6,5 0, Pinhal Litoral II ,6 6,6 0, Pinhal Interior Norte I ,4 1,7 0, Pinhal Interior Norte II ,6-7,0-0, Dão-Lafões I ,8 6,4 0, Dão-Lafões II ,7-0,4-0, Dão-Lafões III ,5-0,7-0, Cova da Beira ,5-3,7-0, ULS C. Branco, EPE ,7-8,7-1, ULS Guarda, EPE ,3-6,2-1, Fonte: INE/ARSC 1.1. Estrutura etária Em 2009, 13,6% da população residente na Região Centro tinha menos de 15 anos de idade e 20,9% da população tinha 65 e mais anos. Relativamente ao grupo etário dos 25 aos 64 anos, este representa 54,6% da população residente. 4

20 Confirmando a tendência de duplo envelhecimento (de base e de topo) evidenciada nas últimas décadas, no último ano os efectivos jovens sofreram um decréscimo de 1,3%, e os idosos com 65 e mais anos registaram um acréscimo de efectivos de 0,5%. Na maior parte dos ACeS e ULS, a proporção entre grupos etários é semelhante ao retrato da região, embora seja mais notório o peso dos idosos com mais de 65 anos no interior (Pinhal Interior Norte II e ULS) e o maior peso de crianças e jovens no litoral da região (Baixo Vouga II e III, Pinhal Litoral II) e em Dão-Lafões I. Quadro 2- População residente nos ACeS e ULS da Região Centro (NUTS 1999) e sua evolução, por grupo etário, Estimativa a 31/12/2009 Localização geográfica (ACeS e ULS) Grupos etários e variação var var var var. Nº % Nº % Nº % Nº % Continente , , , ,5 Centro (NUTS 1999) , , , ,5 Baixo Vouga I , , , ,2 Baixo Vouga II , , , ,8 Baixo Vouga III , , , ,5 Baixo Mondego I , , , ,6 Baixo Mondego II , , , ,7 Baixo Mondego III , , , ,0 Pinhal Litoral I , , , ,6 Pinhal Litoral II , , , ,9 Pinhal Interior Norte I , , , ,1 Pinhal Interior Norte II , , , ,9 Dão-Lafões I , , , ,2 Dão-Lafões II , , , ,0 Dão-Lafões III , , , ,3 Cova da Beira , , , ,3 ULS C. Branco, EPE , , , ,4 ULS Guarda, EPE , , , ,9 Fonte: INE/ ARSC 5

21 Gráfico 1 - População residente nos ACeS e ULS da Região Centro (NUTS 1999), por grupos etários, em 2009 (estimativa para 2009) Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II Pinhal Interior Norte I Pinhal Interior Norte II Dão-Lafões I Dão-Lafões II Dão-Lafões III Cova da Beira ULS C. Branco, EPE ULS Guarda, EPE 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 0-14 anos anos anos mais de 65 anos A evolução da população residente por grupos etários resulta numa pirâmide etária característica dos países mais envelhecidos ( duplo envelhecimento de base e de topo). Esta evolução é bem visível nas pirâmides etárias de 2001 e de Gráfico 2 - Pirâmides etárias da população residente na Região Centro (NUTS 1999), nos Censos 2001 e nas estimativas de

22 1.2. Índices de envelhecimento e índices de dependência Em 2009, o índice de envelhecimento na área territorial de jurisdição da ARSC é de 153,5%, sendo o segundo mais elevado do Continente. Entre 2008 e 2009 manteve a tendência de aumento verificada nas últimas décadas, registando variações positivas em todas as unidades administrativas, excepto na ULS de Castelo Branco, EPE. No entanto, a ULS de Castelo Branco, EPE juntamente com a ULS da Guarda, EPE e o ACeS Pinhal Interior Norte II são as unidades territoriais mais envelhecidas (254,4%, 219,7% e 233,8%, respectivamente). Este cenário de envelhecimento da população reflecte-se no aumento do índice de dependência de idosos, que se mantém superior ao do Continente. Atendendo a que os índices de dependência têm como denominador a população potencialmente activa (dos 15 aos 64 anos), a sua evolução traduz um peso cada vez maior dos idosos (65 e mais anos) na população em idade activa. De entre os índices demográficos, o índice de envelhecimento é o que apresenta o crescimento mais acentuado. Quadro 3 - Índices demográficos (2009) Índice de envelhecimento (%) Índice de dependência total (%) Índices de dependência de jovens (%) Índices de dependência de idosos (%) Continente 104,5 118,2 120,3 47,7 49,3 49,7 23,3 22,6 22,5 24,4 26,7 27,1 Centro (NUTS 1999) 130,8 150,7 153,5 52,7 52,6 52,6 22,8 21,0 20,8 29,9 31,6 31,9 Baixo Vouga I 112,9 138,9 143,6 49,2 50,0 50,0 23,1 20,9 20,5 26,1 29,1 29,5 Baixo Vouga II 86,1 103,5 105,8 45,4 46,8 47,0 24,4 23,0 22,8 21,0 23,8 24,2 Baixo Vouga III 82,3 100,3 103,5 47,2 46,4 46,2 25,9 23,2 22,7 21,3 23,2 23,5 Baixo Mondego I 122,9 140,0 143,3 44,8 48,5 49,0 20,1 20,2 20,1 24,7 28,3 28,8 Baixo Mondego II 156,5 168,3 170,4 52,0 53,4 53,8 20,3 19,9 19,9 31,8 33,5 33,9 Baixo Mondego III 136,9 173,2 176,3 50,7 53,2 53,4 21,4 19,5 19,3 29,3 33,7 34,1 Pinhal Litoral I 125,3 150,1 152,2 54,1 55,1 55,0 24,0 22,0 21,8 30,1 33,1 33,2 Pinhal Litoral II 89,5 110,2 112,9 45,7 48,8 49,0 24,1 23,2 23,0 21,6 25,6 26,0 Pinhal Interior Norte I 147,9 163,3 166,0 59,9 57,2 57,1 24,2 21,7 21,5 35,7 35,5 35,6 Pinhal Interior Norte II 200,3 231,4 233,8 65,0 63,5 63,2 21,6 19,2 18,9 43,4 44,3 44,3 Dão-Lafões I 89,5 105,1 108,4 47,1 49,0 49,2 24,8 23,9 23,6 22,2 25,1 25,6 Dão-Lafões II 139,4 170,8 176,4 61,6 55,1 54,4 25,7 20,3 19,7 35,8 34,8 34,7 Dão-Lafões III 146,3 175,9 179,8 57,5 55,2 55,0 23,4 20,0 19,7 34,2 35,2 35,4 Cova da Beira 153,4 182,1 185,9 54,5 53,6 53,8 21,5 19,0 18,8 33,0 34,6 35,0 ULS C. Branco, EPE 239,3 254,6 254,4 68,9 65,9 65,6 20,3 18,6 18,5 48,6 47,3 47,1 ULS Guarda, EPE 184,6 216,5 219,7 62,4 57,3 57,0 21,9 18,1 17,8 40,5 39,2 39,2 Fonte: INE/ ARSC 7

23 Gráfico 3 - Evolução dos índices demográficos na Região Centro (NUTS1999) I. Envelhecimento I. Dep. Total 1991 I. Dep. Jovens I. Dep. Idosos Percentagem 1.3. Esperança de vida à nascença A esperança de vida à nascença na Região Centro (NUTS 2002) é actualmente 79,4 anos, ligeiramente superior ao valor do Continente, evidenciando uma evolução favorável nos últimos anos. No contexto das NUTS III que integram o âmbito territorial da ARS Centro, IP, a esperança de vida à nascença varia entre 77,2 no Pinhal Interior Sul e 79,7 no Baixo Mondego e Pinhal Litoral. (quadro 4) 8

24 Anos Quadro 4 - Evolução da esperança média de vida no Continente e na Região Centro, por NUTS III Esperança de vida à nascença (0 anos) Anos Anos Anos Anos Continente 78,34 78,65 78,9 79,17 Centro (NUTS 2002) 78,65 78,93 79,11 79,35 Baixo Vouga 79,05 79,25 79,36 79,41 Baixo Mondego 78,96 79,37 79,56 79,66 Pinhal Litoral 78,87 79,2 79,53 79,66 Pinhal Interior Norte 77,8 78,33 78,84 79,17 Dão-Lafões 78, ,11 79,51 Pinhal Interior Sul 76,95 77,34 77,77 77,19 Serra da Estrela 78,01 78,01 78,5 77,92 Beira Interior Norte 78,59 78,64 78,92 78,97 Beira Interior Sul 78,01 78,35 78,85 78,95 Cova da Beira 79,07 79,34 79,42 79,14 Oeste 77,83 78,37 78,67 78,67 Médio Tejo 78,33 78,78 79,24 79,66 Fonte: INE Gráfico 4 - Evolução da esperança média de vida (em anos) no Continente e na Região Centro (NUTS 2002) 79,6 79,4 79, ,8 78,93 79,11 79,35 78,6 78,65 78,4 78, , Continente Centro (NUTS 2002) Fonte: INE 9

25 4. Indicadores de saúde 4.1 Mortalidade Gráfico 5 - Taxa de mortalidade infantil por ACeS e ULS da Guarda ARSC, IP Valor médio da Região Centro ( ) 16,0 14,0 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 A evolução da taxa de mortalidade infantil na Região Centro tem-se mantido estável, próximo dos 3 óbitos por nados-vivos. O valor mais alto observado no quadriénio de 2006 a 2009 foi 3,8%o (em 2008), tendo-se cifrado em 2,9%o em A reduzida dimensão do denominador (nados-vivos) explica a grande variação anual neste indicador observada a um âmbito sub-regional (ACeS/ULS) e impossibilita, na prática, quaisquer inferências. 10

26 Gráfico 6 - Óbitos infantis e nados vivos na Região Centro (NUTS 1999) Região Centro Óbitos infantis Região Centro Nascimentos vivos Gráfico 7 - Risco de morrer aos 5 anos por ACeS e ULS da Guarda ( ) Valor médio da Região Centro ( ) 20,0 18,0 16,0 14,0 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 Fonte: WebSig A mortalidade infantil até aos 5 anos apresenta um valor médio da Região Centro 4,1%0 entre 2006 e

27 Gráfico 8 - Taxas de natalidade, mortalidade infantil, fetal e perinatal na Região Centro (NUTS 2002) natalidade mortalidade infantil fetal(22 e + semanas) perinatal (28 e + semanas) 8,6 8,1 8,2 7,8 5,5 4,2 3,7 3 3,2 2,6 3,7 1,9 4,3 2,9 2, Fonte: DGS/Divisão de estatística de saúde 12

28 4.2 Morbilidade: internamentos hospitalares Em 2009 (dados mais recentes disponíveis) realizaram-se internamentos na rede hospitalar do SNS da área de jurisdição territorial da ARSC. Não obstante a ULS de Castelo Branco EPE, só ter entrado em funcionamento a 1 de Janeiro de 2010, foram agregados os dados correspondentes aos 2 ACeS que a precederam (Beira Interior Sul e Pinhal Interior Sul). O ACeS do Pinhal Litoral II foi o responsável pelo maior número de episódios de internamento da Região (11,6% do total), seguido do ACeS do Baixo Mondego I (10,8%) e da ULS da Guarda EPE (8,9%). Já os ACeS correspondentes à actual ULS de Castelo Branco EPE motivaram 6,4% do total de episódios de internamento na Região. Quadro 5 - GDH de internamento por todas as neoplasias malignas na Região Centro (2009) ACeS / ULS Masculinos Femininos Total Media de Idades Total de Internamentos Baixo Vouga I ,92 Baixo Vouga II ,87 Baixo Vouga III ,29 Baixo Mondego I ,08 Baixo Mondego II ,66 Baixo Mondego III ,26 Cova da Beira ,56 Pinhal Litoral I ,17 Pinhal Litoral II ,25 Pinhal Interior Norte I ,19 Pinhal Interior Norte II ,25 Dão Lafões I ,19 Dão Lafões II ,29 Dão Lafões III ,97 Beira Interior Sul ,62 Pinhal Interior Sul ,82 ULS da Guarda, EPE ,51 ULS de Castelo Branco, EPE ,19 Total Região Centro ,97 Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnósticos considerados: a e a e a e a 234.9) % As neoplasias malignas e a diabetes mellitus estão entre as patologias que justificaram mais internamentos hospitalares (quadros 5 e 6) 12% e 11,6% do total de episódios de internamento). Os AVC corresponderam, nesse período, mais de 3,5% do total de internamentos (quadros 7, 8 e 9). 13

29 ACeS / ULS Quadro 6 - GDH de internamento por Diabetes na Região Centro (2009) Masculinos Femininos Total Media de Idades Total de Internamentos Baixo Vouga I ,15 Baixo Vouga II ,4 Baixo Vouga III ,79 Baixo Mondego I ,88 Baixo Mondego II ,25 Baixo Mondego III ,7 Cova da Beira ,22 Pinhal Litoral I ,59 Pinhal Litoral II Pinhal Interior Norte I ,84 Pinhal Interior Norte II ,01 Dão Lafões I ,88 Dão Lafões II ,2 Dão Lafões III ,63 Beira Interior Sul ,37 Pinhal Interior Sul ,3 ULS da Guarda, EPE ,63 ULS de Castelo Branco, EPE ,88 Total Região Centro ,61 Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnósticos considerados: a ) % ACeS / ULS Quadro 7 - GDH de internamento por acidentes vasculares cerebrais na Região Centro (2009) Masculinos Femininos Total Media de Idades Total de Internamentos Baixo Vouga I ,99 Baixo Vouga II ,02 Baixo Vouga III ,29 Baixo Mondego I ,92 Baixo Mondego II ,32 Baixo Mondego III ,22 Cova da Beira ,89 Pinhal Litoral I ,62 Pinhal Litoral II ,18 Pinhal Interior Norte I ,23 Pinhal Interior Norte II ,36 Dão Lafões I ,93 Dão Lafões II ,88 Dão Lafões III ,71 Beira Interior Sul ,49 Pinhal Interior Sul ,20 ULS da Guarda, EPE ,28 ULS de Castelo Branco, EPE ,67 Total Região Centro ,46 Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnósticos considerados: e 430 a e a e 436) % 14

30 ACeS / ULS Quadro 8 - GDH de internamento por AVC hemorrágico na Região Centro (2009) Masculinos Femininos Total Media de Idades Total de Internamentos Baixo Vouga I ,63 Baixo Vouga II ,62 Baixo Vouga III ,99 Baixo Mondego I ,53 Baixo Mondego II ,67 Baixo Mondego III ,61 Cova da Beira ,53 Pinhal Litoral I ,65 Pinhal Litoral II ,75 Pinhal Interior Norte I ,59 Pinhal Interior Norte II ,13 Dão Lafões I ,62 Dão Lafões II ,94 Dão Lafões III ,73 Beira Interior Sul ,07 Pinhal Interior Sul ,99 ULS da Guarda, EPE ,82 ULS de Castelo Branco, EPE ,05 Total Região Centro ,71 Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnósticos considerados: e 430 a 432.9) % Quadro 9 - GDH de internamento por AVC isquémico na Região Centro (2009) ACeS / ULS Masculinos Femininos Total Total de Internamentos % Baixo Vouga I ,42 Baixo Vouga II ,45 Baixo Vouga III ,39 Baixo Mondego I ,50 Baixo Mondego II ,75 Baixo Mondego III ,73 Cova da Beira ,41 Pinhal Litoral I ,08 Pinhal Litoral II ,56 Pinhal Interior Norte I ,70 Pinhal Interior Norte II ,68 Dão Lafões I ,33 Dão Lafões II ,96 Dão Lafões III ,00 Beira Interior Sul ,61 Pinhal Interior Sul ,30 ULS da Guarda, EPE ,50 ULS de Castelo Branco, EPE ,79 Total Região Centro Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnósticos considerados: a e 436) 2,82 15

31 Quadro 10 - GDH de internamento por enfarte agudo de Miocárdio na Região Centro (2009) ACeS / ULS Masculinos Femininos Total Media de Idades Total de Internamentos Baixo Vouga I ,41 Baixo Vouga II ,04 Baixo Vouga III ,68 Baixo Mondego I ,36 Baixo Mondego II ,75 Baixo Mondego III ,39 Cova da Beira ,1 Pinhal Litoral I ,82 Pinhal Litoral II ,95 Pinhal Interior Norte I ,54 Pinhal Interior Norte II ,73 Dão Lafões I ,96 Dão Lafões II ,12 Dão Lafões III ,09 Beira Interior Sul ,32 Pinhal Interior Sul ,12 ULS da Guarda, EPE ,24 ULS de Castelo Branco, EPE ,27 Total Região Centro ,21 Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnosticos considerados: a ) % Gráfico 9 - Mortalidade por neoplasias padronizada para a idade pela população europeia (%ooo) ,3 154,5 153,7 145,2 145, , ,4 137, Continente Região Centro Fonte: INE (cit. Relatório de actividades 2008 da ARSC) 16

32 ACeS / ULS Quadro 11 - GDH de internamento por cancro da Mama feminina na Região Centro (2009) Masculinos Femininos Total Media de Idades Total de Internamentos Baixo Vouga I ,62 Baixo Vouga II ,75 Baixo Vouga III * ,16 Baixo Mondego I ,33 Baixo Mondego II ,09 Baixo Mondego III ,12 Cova da Beira ,69 Pinhal Litoral I ,65 Pinhal Litoral II ,04 Pinhal Interior Norte I ,92 Pinhal Interior Norte II ,98 Dão Lafões I ,12 Dão Lafões II ,63 Dão Lafões III ,86 Beira Interior Sul ,85 Pinhal Interior Sul ,32 ULS da Guarda, EPE ,92 ULS de Castelo Branco, EPE ,97 Total Região Centro ,92 Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnósticos considerados: a e e ) *Drenam frequentemente para o Hospital de Santa Maria da Feira na ARS do Norte. ACeS / ULS Quadro 12 - GDH de internamento por cancro do Colo do Útero na Região Centro (2009) Masculinos Femininos Total Media de Idades Total de Internamentos Baixo Vouga I ,26 Baixo Vouga II ,23 Baixo Vouga III ,06 Baixo Mondego I ,14 Baixo Mondego II ,34 Baixo Mondego III ,14 Cova da Beira ,01 Pinhal Litoral I ,18 Pinhal Litoral II ,19 Pinhal Interior Norte I ,3 Pinhal Interior Norte II ,18 Dão Lafões I ,16 Dão Lafões II ,23 Dão Lafões III ,11 Beira Interior Sul ,2 Pinhal Interior Sul ,13 ULS da Guarda, EPE ,11 ULS de Castelo Branco, EPE ,18 Total Região Centro ,18 Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnósticos considerados: a e 233.1) A neoplasia colo-rectal motivou internamentos na Região, correspondentes a 1,3% do total de episódios de internamento em 2009 (quadro 13). % % 17

33 ACeS / ULS Quadro 13 - GDH de internamento por neoplasia colo-rectal na Região Centro (2009) Masculinos Femininos Total Media de Idades Total de Internamentos Baixo Vouga I ,25 Baixo Vouga II ,3 Baixo Vouga III ,17 Baixo Mondego I ,09 Baixo Mondego II ,22 Baixo Mondego III ,12 Cova da Beira ,06 Pinhal Litoral I ,51 Pinhal Litoral II ,28 Pinhal Interior Norte I ,97 Pinhal Interior Norte II ,55 Dão Lafões I ,05 Dão Lafões II ,32 Dão Lafões III ,48 Beira Interior Sul ,28 Pinhal Interior Sul ,95 ULS da Guarda, EPE ,97 ULS de Castelo Branco, EPE ,46 Total Região Centro ,30 Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnósticos considerados: a e a e a e 197.5) As doenças infecciosas motivaram, no seu conjunto, menos de 1% dos internamentos da Região (0,55%), correspondendo a SIDA a cerca de metade dos 993 internamentos por doenças infecciosas (407). A estes valores acrescem 106 internamentos de portadores VIH/SIDA. % Quadro 14 - GDH de internamento por Doenças Infecciosas na Região Centro (2009) Media de Total de Masculinos Femininos Total ACeS / ULS Idades Internamentos Baixo Vouga I ,32 Baixo Vouga II ,52 Baixo Vouga III ,07 Baixo Mondego I ,02 Baixo Mondego II ,7 Baixo Mondego III ,41 Cova da Beira ,57 Pinhal Litoral I ,39 Pinhal Litoral II ,59 Pinhal Interior Norte I ,42 Pinhal Interior Norte II ,25 Dão Lafões I ,48 Dão Lafões II ,3 Dão Lafões III ,53 Beira Interior Sul ,54 Pinhal Interior Sul ,83 ULS da Guarda, EPE ,27 ULS de Castelo Branco, EPE ,61 Total Região Centro ,55 Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnósticos considerados: e a e e a e a e a e e a e e e a e a e a e a e e e a e a e a e a e e a e a e e a003.9 e a e a e a e e a e 037 e e a e 124 e a e a e a e e e 071 e 041.5) % 18

34 O quadro 15 ilustra a masculinização da infecção VIH/SIDA: cerca de 74% dos episódios de internamento em 2009 é referente a indivíduos do sexo masculino. ACeS / ULS Quadro 15 - GDH de internamento por SIDA na Região Centro (2009) Media de Total de Masculinos Femininos Total Idades Internamentos Baixo Vouga I ,19 Baixo Vouga II ,32 Baixo Vouga III ,33 Baixo Mondego I ,64 Baixo Mondego II ,12 Baixo Mondego III ,12 Cova da Beira ,17 Pinhal Litoral I ,02 Pinhal Litoral II ,25 Pinhal Interior Norte I ,15 Pinhal Interior Norte II ,15 Dão Lafões I ,16 Dão Lafões II ,07 Dão Lafões III ,1 Beira Interior Sul ,28 Pinhal Interior Sul ,13 ULS da Guarda, EPE ,09 ULS de Castelo Branco, EPE ,24 Total Região Centro ,23 Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnósticos considerados: 042) % ACeS / ULS Quadro 16 - GDH de internamento por SIDA (portador) na Região Centro (2009) Media de Total de Masculinos Femininos Total Idades Internamentos Baixo Vouga I ,06 Baixo Vouga II ,08 Baixo Vouga III ,08 Baixo Mondego I ,1 Baixo Mondego II ,03 Baixo Mondego III ,05 Cova da Beira ,01 Pinhal Litoral I ,02 Pinhal Litoral II ,12 Pinhal Interior Norte I ,01 Pinhal Interior Norte II ,15 Dão Lafões I ,03 Dão Lafões II ,03 Dão Lafões III ,02 Beira Interior Sul ,06 Pinhal Interior Sul ,03 ULS da Guarda, EPE ,04 ULS de Castelo Branco, EPE ,05 Total Região Centro ,06 Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnósticos considerados: V08) No quadro 17, os internamentos por tuberculose representaram 0,16% do total de internamentos médicos (N=289). % 19

35 ACeS / ULS Quadro 17 - GDH de internamento por Tuberculose na Região Centro (2009) Masculinos Femininos Total Media de Idades Total de Internamentos Baixo Vouga I ,12 Baixo Vouga II ,27 Baixo Vouga III ,31 Baixo Mondego I ,18 Baixo Mondego II ,09 Baixo Mondego III ,05 Cova da Beira ,26 Pinhal Litoral I ,1 Pinhal Litoral II ,14 Pinhal Interior Norte I ,14 Pinhal Interior Norte II ,2 Dão Lafões I ,05 Dão Lafões II ,23 Dão Lafões III ,04 Beira Interior Sul ,24 Pinhal Interior Sul ,2 ULS da Guarda, EPE ,14 ULS de Castelo Branco, EPE ,23 Total Região Centro ,16 Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnósticos considerados: a ) % Já a gripe foi responsável por 408 episódios de internamento (0,23% do total de internamentos) (quadro 18), em contexto epidemiológico de pandemia pelo vírus influenza A(H1N1). ACeS / ULS Quadro 18 - GDH de internamento por Gripe na Região Centro (2009) Masculinos Femininos Total Media de Idades Total de Internamentos Baixo Vouga I ,15 Baixo Vouga II ,3 Baixo Vouga III ,18 Baixo Mondego I ,17 Baixo Mondego II ,17 Baixo Mondego III ,19 Cova da Beira ,36 Pinhal Litoral I ,13 Pinhal Litoral II ,3 Pinhal Interior Norte I ,12 Pinhal Interior Norte II ,2 Dão Lafões I ,31 Dão Lafões II ,21 Dão Lafões III ,12 Beira Interior Sul ,41 Pinhal Interior Sul ,3 ULS da Guarda, EPE ,17 ULS de Castelo Branco, EPE ,38 Total Região Centro ,23 Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnósticos considerados: a 487.8) % 20

36 As pneumonias foram um dos mais frequentes diagnósticos entre os doentes internados na Região Centro 7,8% dos internamentos. Quadro 19 - GDH de internamento por Pneumonia na Região Centro (2009) ACeS / ULS Masculinos Femininos Total Total de Internamentos % Baixo Vouga I ,32 Baixo Vouga II ,52 Baixo Vouga III ,28 Baixo Mondego I ,11 Baixo Mondego II ,75 Baixo Mondego III ,72 Cova da Beira ,61 Pinhal Litoral I ,59 Pinhal Litoral II ,20 Pinhal Interior Norte I ,53 Pinhal Interior Norte II ,00 Dão Lafões I ,42 Dão Lafões II ,49 Dão Lafões III ,31 ULS de Castelo Branco, EPE ,29 ULS da Guarda, EPE ,20 Total Região Centro ,80 Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnosticos considerados: 486; 485; 481; a 482.9; a 483.8) ACeS / ULS Quadro 20 -GDH de internamento por DPOC e Asma na Região Centro (2009) Masculinos Femininos Total Media de Idades Total de Internamentos Baixo Vouga I ,13 Baixo Vouga II ,07 Baixo Vouga III ,58 Baixo Mondego I ,33 Baixo Mondego II ,56 Baixo Mondego III ,71 Cova da Beira ,29 Pinhal Litoral I ,37 Pinhal Litoral II ,76 Pinhal Interior Norte I ,1 Pinhal Interior Norte II ,16 Dão Lafões I ,89 Dão Lafões II ,19 Dão Lafões III ,3 Beira Interior Sul ,9 Pinhal Interior Sul ,78 ULS da Guarda, EPE ,33 ULS de Castelo Branco, EPE ,13 Total Região Centro ,70 Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnósticos considerados: a , a 492.8, a e 496) % 21

37 AS DPOC e a asma corresponderam, por sua vez, a episódios de internamento e a quase 4% do total de internamentos da Região. (quadro 20) As doenças evitáveis pela vacinação motivaram 733 episódios de internamento (0,41% do total de internamentos), conforme o quadro abaixo. ACeS / ULS Quadro 21 - GDH de internamento por evitáveis por vacinação na Região Centro (2009) Masculinos Femininos Total Media de Idades Total de Internamentos Baixo Vouga I ,26 Baixo Vouga II ,43 Baixo Vouga III ,57 Baixo Mondego I ,47 Baixo Mondego II ,36 Baixo Mondego III ,36 Cova da Beira ,5 Pinhal Litoral I ,34 Pinhal Litoral II ,53 Pinhal Interior Norte I ,22 Pinhal Interior Norte II ,25 Dão Lafões I ,6 Dão Lafões II ,37 Dão Lafões III ,31 Beira Interior Sul ,54 Pinhal Interior Sul ,46 ULS da Guarda, EPE ,25 ULS de Castelo Branco, EPE ,52 Total Região Centro ,41 Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnósticos considerados: a e e a e V02.61 e a e a e a e a e o37 e e a e 041.5) % 22

38 5. Rede de cuidados de saúde A área de jurisdição territorial da ARSC é constituída por 14 agrupamentos de centros de saúde e por duas unidades locais de saúde (ULS da Guarda e ULS de Castelo Branco). Este âmbito jurisdicional inclui, desde Agosto de 2010, um total de 85 centros de saúde (dos quais 64 dependentes da ARSC) e 20 hospitais do SNS. Relativamente à rede hospitalar da Região, encontra-se organizada em 8 hospitais EPE, 2 unidades locais de saúde EPE e 9 hospitais SPA. A ULS da Guarda, EPE integra o Hospital de Sousa Martins (Guarda), o Hospital de Nossa Senhora da Assunção (Seia) e 12 centros de saúde. A ULS de Castelo Branco, EPE integra o Hospital Amato Lusitano e os 9 centros de saúde dos ACeS da Beira Interior Sul e do Pinhal Interior Sul. Quadro 22- Rede de cuidados de saúde da Região Centro em 31/12/2010 ACES/ ULS CENTROS DE SAÚDE HOSPITAIS ACES/ ULS CENTROS DE SAÚDE HOSPITAIS Baixo Vouga I Águeda Hospital Distrital de Águeda Pinhal Interior Anadia Norte II Alvaiázere Ansião Oliveira do Bairro Hospital José Luciano de Castro Castanheira de Pera Sever do Vouga Figueiró dos Vinhos Baixo Vouga II Albergaria-a-Velha Hospital Infante D. Pedro, EPE - Pedrógão grande Aveiro Aveiro Penela Ílhavo Dão Lafões I Viseu 1 Hospital S. Teotónio, Vagos Viseu 2 EPE - Viseu Baixo Vouga III Estarreja Hospital Visconde de Salreu - Viseu 3 Murtosa Estarreja Dão Lafões II Aguiar da Beira Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Ovar Hospital Dr. Francisco Zagalo - Ovar Castro Daire Celas Hospitais da Universidade de Oliveira de Frades Eiras Coimbra, EPE São Pedro do Sul Fernão de Magalhães Centro Hospitalar de Coimbra, EPE Sátão Norton de Matos Vila Nova de Paiva Santa Clara Instituto Português de Oncologia Vouzela S. Martinho do Bispo Francisco Gentil, EPE Dão Lafões III Carregal do Sal Hospital Cândido de Condeixa-a-Nova Centro Hospitalar Psiquiátrico de Mangualde Figueiredo - Tondela Penacova Coimbra Nelas Figueira da Foz Hospital Distrital da Figueira Foz, EPE Penalva do Castelo Montemor-o-Velho Centro Hospitalar Psiquiátrico de Santa Comba Dão Soure Coimbra Tondela Cantanhede Hospital Arcebispo João Crisóstomo - Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE Mealhada Cantanhede Beira Interior Castelo Branco Sul Mira Centro de Medicina e Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais Mortágua Cova da Beira Belmonte Centro Hospitalar da Cova da Beira, Covilhã EPE Pinhal Interior Sul Idanha-a-Nova Penamacor Vila Velha de Ródão Oleiros Fundão Proença-a-Nova Pinhal Litoral I Pombal Hospital Distrital de Pombal Sertã Pinhal Litoral II Batalha Hospital Santo André, EPE - Leiria Vila de Rei Pinhal Interior Norte I Hospital Amato Lusitano - Castelo Branco Arnaldo Sampaio Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE Gorjão Henriques Celorico da Beira Hospital Sousa Marinha grande Guarda Martins - Guarda Porto de Mós Manteigas Hospital Nossa Arganil Sabugal Senhora da Assunção - Seia Góis Almeida Lousã Figueira de Castelo Rodrigo Miranda do Corvo Meda Oliveira do Hospital Pampilhosa da Serra Tábua Vila Nova de Poiares Pinhel Trancoso Fornos de Algodres Gouveia Seia 23

39 5.1 Recursos humanos A 31/12/2010 trabalhavam nos serviços dependentes da ARSC (serviços centrais, serviços desconcentrados/aces e centros de diagnóstico pneumológico) profissionais e nas unidades locais de saúde (ULS) profissionais, distribuídos pelas categorias conforme consta no quadro 23. Os profissionais mais prevalentes na Região Centro são os enfermeiros, médicos e assistentes técnicos (25,5%, 25% e 24,3%, respectivamente), embora a expressão seja diferente entre ACeS e ULS. A proporção de médicos e de enfermeiros no contexto dos ACeS é muito próxima (cerca de 25%), enquanto nas ULS o peso de médicos é muito inferior ao de enfermeiros (13,8% e 35,3%, respectivamente). Entre os grupos profissionais mais representados verificam-se diferenças nos assistentes técnicos com mais expressividade no contexto dos ACeS - e nos assistentes operacionais, que assumem maior expressão nas ULS (23,4%), sobrepondo-se aos médicos. Quadro 23 - Recursos humanos em funções na Região Centro, segundo o grupo profissional, a 31/12/2010 Categorias Sede e ACeS ULS de Castelo Branco, EPE ULS da Guarda, EPE Região Centro Dirigentes Pessoal Médico Pessoal Enfermagem Técnico Superior Pessoal Informática Téc. Superior Saúde Téc. Diagnóstico Terapêutica Assistente Técnico Assistente Operacional Outro Pessoal Região Centro Fonte: Balanço Social ARSC 24

40 6. Indicadores de produção hospitalar Os cuidados hospitalares são responsáveis pela satisfação de necessidades médicas em saúde não passíveis de gestão clínica apropriada pelo nível primário de cuidados ( cuidados primários de saúde ). A área de jurisdição territorial da ARSC inclui 20 hospitais, dos quais 3 (hospitais Amato Lusitano de Castelo Branco, Nossa Senhora da Assunção de Seia e Sousa Martins da Guarda) integrados nas unidades locais de saúde (ULS) da Região (ULS da Guarda, EPE e ULS de Castelo Branco, EPE). Os objectivos de produção estabelecidos em relação a cada unidade hospitalar resultam de um processo de contratualização com a ARSC/Departamento de Contratualização. Este processo inclui o acompanhamento dos contratos-programa (disponíveis no sítio da ARSC em produção e económico-financeira. nas vertentes de Excluindo a produção do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra (CHPC), realizou-se um total de consultas hospitalares pelas unidades do SNS da área de jurisdição territorial da ARSC (hospitais EPE e hospitais SPA), correspondendo a um acréscimo de 2,0% relativamente ao ano anterior. Relativamente às primeiras consultas, foram realizadas , excluindo o CHPC, correspondendo a um acréscimo de 1,9% relativamente ao ano anterior. Quadro 24 Consultas realizadas nos hospitais da Região Centro e taxas de crescimento (acumulado em 2010) Hospitais Gerais Dez-09 Primeiras Consultas (Base + Adicional) Dez-10 Primeiras Consultas (Base + Adicional) Tx. de crescimento 2010/ 2009 Dez-09 Total de Consultas (Base+Adicional) Dez-10 Total de Consultas (Base+Adicional) Tx. de crescimento 2010/ 2009 Região de Saúde do Centro (s/ Psiq.) ,9% ,0% Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE ,5% ,0% Centro Hospitalar de Coimbra, EPE ,9% ,8% Hospitais Universidade de Coimbra, EPE ,7% ,3% Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE ,7% ,1% Hospital Infante D. Pedro, EPE ,5% ,1% Hospital S. Teotónio, EPE ,7% ,7% Hospital Santo André, EPE ,1% ,0% 25

41 Dez-09 Dez-10 Dez-09 Dez-10 Hospitais Gerais Primeiras Consultas (Base + Adicional) Primeiras Consultas (Base + Adicional) Tx. de crescimento 2010/ 2009 Total de Consultas (Base+Adicional) Total de Consultas (Base+Adicional) Tx. de crescimento 2010/ 2009 Instituto Português Oncologia de Coimbra, EPE ,8% ,3% Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE ,1% ,6% Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE ,1% ,0% Centro Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais ,6% ,1% Hospital Arcebispo João Crisóstomo ,1% ,9% Hospital Cândido de Figueiredo ,1% ,7% Hospital Distrital de Águeda ,5% ,2% Hospital Distrital de Pombal ,0% ,6% Hospital Dr. Francisco Zagalo ,2% ,2% Hospital José Luciano de Castro ,1% ,6% Hospital Visconde de Salreu ,3% ,2% Fonte: SICA No que diz respeito aos internamentos efectuados em 2010 (excepto CHPC) doentes saídos sem transferência interna, correspondentes a dias de internamento -, verificou-se um decréscimo médio de 2,2% relativamente ao ano anterior. Este valor é, grosso modo, coincidente com a variação observada na lotação praticada relativamente a 2009 (- 2,1%). A unidade hospitalar em que se observou o maior acréscimo de doentes saídos foi o Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro (+ 41,3% relativamente a 2009), enquanto que aquela em que o decréscimo foi mais acentuado foi o Hospital Cândido de Figueiredo, de Tondela (-8,4% de doentes saídos relativamente a 2009). A lotação praticada em 2010 foi de camas (excluindo CHPC) e a taxa de ocupação de 79,8%. 26

42 Dez-10 Dez-09 Dez-10 Dez-09 Tx. de crescimento 2010/ 2009 Dez-10 Dez-09 Demora Média Demora Média Tx de Ocupaç ão Tx de Ocupaçã o Lotação Praticad a Lotação Praticad a Tx. de crescimento 2010/ 2009 Tx. de crescimento 2010/ 2009 Quadro 25 Dados de produção relativos ao internamento nos hospitais da Região Centro e taxas de crescimento (acumulado em 2010) Dez-09 Dez-10 Dez-09 Dez-10 Hospitais Gerais Nº de Doentes Saídos - Sem Transf Interna Nº de Doentes Saídos - Sem Transf Interna Nº de Dias Internamento Nº de Dias Internamento Região de Saúde do Centro (s/ Psiq.) ,2% ,1% ,1% 0,78 79,8% 7,5 7,6 Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE ,1% ,0% ,3% 0,79 81,8% 7,3 7,4 Centro Hospitalar de Coimbra, EPE ,1% ,0% ,0% 0,96 100,3% 7,6 7,6 Hospitais Universidade de ,3% ,7% ,6% 0,72 76,5% 7,8 8,0 Coimbra, EPE Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE ,1% ,4% ,0% 0,75 76,5% 7,1 7,3 Hospital Infante D. Pedro, EPE ,2% ,6% ,7% 0,82 91,7% 6,4 6,4 Hospital S. Teotónio, EPE ,3% ,0% ,5% 0,87 87,2% 7,9 8,2 Hospital Santo André, EPE ,1% ,5% ,1% 0,83 79,2% 6,0 5,8 Instituto Português Oncologia de ,2% ,4% ,7% 0,65 65,8% 6,8 7,0 Coimbra, EPE Unidade Local de Saúde da Guarda, ,8% ,6% ,3% 0,74 73,0% 8,2 8,7 EPE Unidade Local de Saúde de Castelo ,2% ,5% ,7% 0,64 65,0% 7,0 7,2 Branco, EPE Centro Medicina de Reabilitação da Região Centro ,3% ,1% ,3% 0,86 85,9% 109,6 103,2 Rovisco Pais * Hospital Arcebispo João Crisóstomo ** Hospital Cândido de Figueiredo ,4% ,5% ,6% 8,0 7,9 Hospital Distrital de Águeda ,9% ,1% ,0% 0,67 64,6% 7,7 8,7 Hospital Distrital de Pombal ,5% ,7% ,0% 0,79 72,0% 8,6 9,2 Hospital Dr. Francisco Zagalo ,1% ,8% ,4% 0,69 93,5% 7,4 8,6 Hospital José Luciano de Castro ,4% ,2% ,0% 0,25 14,8% 2,4 1,5 Hospital Visconde de Salreu ,6% ,8% ,0% 0,53 55,5% 8,3 8,3 Fonte: SICA * Não é considerada a produção em medicina interna (doentes de Hansen). ** Não dispõe de serviços de internamento Exceptuando o CHCP (dados não incluídos), o número de atendimentos nos serviços de urgência dos hospitais do âmbito jurisdicional da ARSC foi de Relativamente a 2009, 27

43 observou-se uma variação negativa de quase 2% (-1,6%), consistente com o observado na generalidade dos hospitais dispondo de serviço de urgência. Quadro 26 Total de atendimentos na urgência dos hospitais da Região Centro e taxas de crescimento (acumulado em 2010) Hospitais Gerais Dez-09 Nº de Atendimentos na Urgência Dez-10 Nº de Atendimentos na Urgência Tx. de crescimento 2010/ 2009 Região de Saúde do Centro (s/ Psiq.) ,6% Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE ,6% Centro Hospitalar de Coimbra, EPE ,1% Hospitais Universidade de Coimbra, EPE Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE ,3% ,7% Hospital Infante D. Pedro, EPE ,4% Hospital S. Teotónio, EPE ,0% Hospital Santo André, EPE ,4% Instituto Português Oncologia de Coimbra, EPE * Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE ,0% Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE ,1% Centro Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais * Hospital Arcebispo João Crisóstomo * Hospital Cândido de Figueiredo ,7% Hospital Distrital de Águeda ,2% Hospital Distrital de Pombal ,3% Hospital Dr. Francisco Zagalo * Hospital José Luciano de Castro * Hospital Visconde de Salreu * Fonte: SICA * Não dispõem de serviço de urgência A produção cirúrgica total ( cirurgias) apresentou uma variação negativa de 4,1% relativamente a 2009 reflectindo a diminuição observada em todas as tipologias (ambulatório, convencional e urgente). O maior decréscimo foi observado na produção cirúrgica convencional (-5,5%), correspondente em 2010 a quase 42% do total de cirurgias (quadro 27). Já a cirurgia em ambulatório correspondeu, em 2010, a 41,1% da produção cirúrgica total e a 49,2% da cirurgia programada (quadro 28). 28

44 Tx. de crescimento 2010/ 2009 Tx. de crescimento 2010/ 2009 Cirurgia Convencional Cirurgia Convencional Tx. de crescimento 2010/ 2009 Cirurgia Ambulatória Tx. de crescimento 2010/ 2009 Quadro 27 Dados de produção em cirurgia nos hospitais da Região Centro e taxas de crescimento (acumulado em 2010) Dez-09 Dez-10 Dez-09 Dez-10 Dez-09 Dez-10 Dez-09 Dez-10 Hospitais Gerais Total Cirurgias (Base+Adici onal) Total Cirurgias (Base+Adici onal) Cirurgia Ambulatór ia (Base+Adi cional) Cirurgia Urgente Cirurgia Urgente Região de Saúde do Centro (s/ Psiq.) Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE Centro Hospitalar de Coimbra, EPE Hospitais Universidade de Coimbra, EPE Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE Hospital Infante D. Pedro, EPE Hospital S. Teotónio, EPE Hospital Santo André, EPE Instituto Português Oncologia de Coimbra, EPE Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE ,1% ,1% ,5% ,0% ,0% ,0% ,9% ,1% ,1% ,0% ,7% ,3% ,2% ,3% ,2% ,2% ,9% ,8% ,3% ,3% ,9% ,7% ,7% ,1% ,9% ,5% ,3% ,6% ,9% ,6% ,8% ,2% ,4% ,2% ,0% ,9% ,1% ,4% ,6% ,2% ,6% ,5% ,4% Hospital Arcebispo João Crisóstomo * Hospital Cândido de Figueiredo Hospital Distrital de Águeda Hospital Distrital de Pombal Hospital Dr. Francisco Zagalo Hospital José Luciano de Castro Hospital Visconde de Salreu ,6% ,6% ,0% ,9% ,1% ,8% ,1% ,0% ,4% ,9% ,7% ,4% 1-100,0% ,6% ,7% ,0% ,2% ,4% ,1% ,8% ,2% ,5% Fonte: SICA * Não dispõe de serviços de cirurgia convencional 29

45 Quadro 28 Produção em cirurgia de ambulatório nos hospitais da Região Centro (2010) Hospitais Gerais Dez-10 (%) Cirurgia de Ambulatório (GDH)/ Total de Cirurgia Programada (GDH) Região de Saúde do Centro (s/ Psiq.) 49,16% Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE 43,09% Centro Hospitalar de Coimbra, EPE Hospitais Universidade de Coimbra, EPE Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE 45,64% 37,25% 65,78% Hospital Infante D. Pedro, EPE 52,30% Hospital S. Teotónio, EPE 57,98% Hospital Santo André, EPE 56,28% Instituto Português Oncologia de Coimbra, EPE Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE Centro Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais 37,61% 53,92% 49,53% Hospital Arcebispo João Crisóstomo 100,00% Hospital Cândido de Figueiredo 56,85% Hospital Distrital de Águeda 44,92% Hospital Distrital de Pombal 72,70% Hospital Dr. Francisco Zagalo 60,33% Hospital José Luciano de Castro 43,60% Hospital Visconde de Salreu 45,76% O quadro 29 descreve a produção do CHPC nas suas diversas tipologias: internamento de agudos, internamentos crónicos, internamentos forenses, reabilitação, hospital de dia e consultas (médicas e domiciliares). No que diz respeito ao internamento de agudos, o número de doentes saídos sofreu uma diminuição de 40,3% relativamente ao ano de 2009; complementarmente, verificou-se um aumento do número de doentes tratados (41,4%) em hospital de dia, do número de visitas domiciliárias (8,3%) e do número de primeiras consultas médicas (2,6%). A lotação praticada para internamentos de agudos decresceu de 100 para 91 camas. A taxa de ocupação para internamentos de agudos foi de 83,2% enquanto que nos internamentos de crónicos foi de 87,8%. 30

46 Quadro 29 Produção do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra e taxas de crescimento (2010) Centro Hospitalar Psiquiátrico Acumulado Dez-2009 Acumulado Dez-2010 Tx. de crescimento 2010/2009 Doentes Saídos ,3% Dias de Internamento ,5% Internamento de Agudos Demora Média 16,77 18,96 13,0% Taxa de Ocupação 79,31% 83,22% 4,9% Lotação ,0% Doentes Saídos ,5% Dias de Internamento ,7% Internamentos Crónicos Demora Média 1790, ,79 5,4% Taxa de Ocupação 84,72% 87,88% 3,7% Lotação ,1% Doentes Saídos ,8% Internamento Forenses Dias de Internamento ,3% Lotação ,0% Reabilitação Psicossocial/ Estruturas Residenciais Dias de Internamento ,3% Lotação ,0% Hospital Dia N.º de Sessões ,0% Doentes Tratados ,4% Unidades Sócio-Ocupacionais/ Estruturas Reabilitativas Dias de Tratamento ,5% Doentes Tratados ,1% Cuidados no Domicílio N.º de Visitas ,3% 1.ªs Consultas ,6% Consultas Médicas Consultas Subsequentes ,4% Total de Consultas ,3% 31

47 7. Produção dos cuidados de saúde primários 7.1. Indicadores de desempenho dos Cuidados de Saúde Primários Em 2010, a taxa de utilização global de consultas médicas no âmbito de jurisdição territorial da ARSC (ULS incluídas) correspondeu a 67,2%. Relativamente à proporção de consultas pelo médico de família atribuído ao utente, esse valor foi de 73,2%. Desagregando os dados por ACeS, o serviço desconcentrado que apresentou uma maior taxa de utilização global de consultas médicas foi o Pinhal Interior Norte I (75,6%), enquanto que o Dão Lafões I foi aquele que registou uma maior prevalência de consultas pelo médico de família atribuído (86,8%). Em média, o custo de MCDT facturados por utilizador foi de 60,60 euros na rede de cuidados de saúde primários do âmbito jurisdicional da ARSC (ULS incluídas). No ACeS do Pinhal Litoral I esse valor foi substancialmente superior à média regional (74,60 euros valor máximo da Região); pelo contrário, o valor médio facturado pelo ACeS da Cova da Beira foi de 44,80 euros (valor mínimo da Região, não obstante apresentar uma estrutura etária mais envelhecida). 32

48 Quadro 30 Indicadores de desempenho dos Cuidados de Saúde Primários (2010) Indicadores de desempenho dos cuidados de saúde primários Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Cova da Beira Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Pinhal Int. Pinhal Int. Mondego III Norte I Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II D. Lafões I D. Lafões II D. Lafões III Média Desviopadrão Média + 1DP Média + 2DP Média - 1DP Média - 2DP Mínimo Máximo Acesso Taxa de utilização global de consultas médicas 70,2 67,5 72,1 59,7 64,0 61,2 73,0 75,6 74,6 63,8 64,5 63,2 73,3 70,1 68,1 5,3 73,4 78,7 62,8 57,5 59,7 75,6 % percentagem de consultas ao utente pelo seu médico de familia 68,4 76,9 73,0 75,2 78,6 76,9 65,7 64,1 66,0 86,2 71,2 86,8 68,1 67,8 73,2 7,3 80,5 87,7 65,9 58,7 64,1 86,8 Taxa de visistas domiciliárias médicas por 1000 inscritos 6,3 10,1 19,4 2,3 18,1 16,3 12,9 9,4 7,4 3,4 7,8 23,8 7,0 6,9 10,8 6,4 17,2 23,6 4,4-2,0 2,3 23,8 Taxa de visistas domiciliárias de enfermagem por 1000 inscritos 118,9 114,3 168,5 5,4 144,3 94,6 161,4 133,9 63,6 50,8 47,9 121,6 107,2 98,2 102,2 46,4 148,6 195,1 55,8 9,3 5,4 168,5 Qualidade / Efectividade Taxa de utilização de consultas de Planeamento Familiar /15-49 anos 22,5 30,4 21,7 12,2 23,2 20,5 26,6 22,4 15,9 19,2 16,8 29,0 15,1 12,9 20,6 5,7 26,3 31,9 14,9 9,3 12,2 30,4 % de recém-nascidos, de termo, com baixo peso (1) 13,5 19,4 8,3 7,3 16,3 7,9 2,9 1,4 22,2 19,6 18,5 24,1 14,8 15,3 13,7 7,1 20,8 27,9 6,6-0,5 1,4 24,1 Percentagem de primeiras consultas na vida efectuadas até aos 28 dias 72,3 73,9 78,7 69,1 75,3 60,4 86,0 76,2 80,2 71,5 63,7 83,1 87,1 76,0 75,3 7,7 83,0 90,7 67,5 59,8 60,4 87,1 * % de utentes com PNV actualizado aos 14 anos 96,7 97,0 97,8 95,0 91,8 93,5 97,1 95,9 97,0 98,6 95,9 97,3 97,6 98,2 96,4 1,9 98,3 100,1 94,5 92,6 91,8 98,6 * % de utentes com PNV actualizado aos 7 anos 96,2 97,6 97,8 96,2 93,6 96,1 98,0 95,8 89,9 94,2 97,0 97,0 97,2 98,0 96,0 2,2 98,2 100,5 93,8 91,6 89,9 98,0 * % de utentes com PNV actualizado aos 2 anos 95,4 96,5 97,6 95,4 95,0 95,0 98,4 94,7 97,9 93,8 96,9 97,7 97,5 94,5 96,2 1,5 97,7 99,2 94,7 93,2 93,8 98,4 ** Taxa de cobertura em rastreio organizado do cancro do colo do útero (25-64 anos) na pop. elegivel ** Taxa de cobertura em rastreio organizado do cancro da mama (45-69 anos) na pop. residente Percentagem de diabéticos com pelo menos 3HbA1C registada nos últimos 12 meses (com 2 semestres) 61,0 78,0 73,0 51,0 62,0 64,0 77,0 57,0 43,0 41,0 47,0 88,0 55,0 47,0 60,3 14,4 74,7 89,0 45,9 31,5 41,0 88,0 70,9 65,2 71,5 73,3 53,5 60,0 67,3 67,1 75,4 67,7 51,1 74,8 79,1 79,0 68,3 8,6 76,9 85,5 59,7 51,1 51,1 79,1 36,7 50,8 47,5 6,5 43,8 67,1 38,1 43,5 33,0 25,4 34,6 59,7 35,5 18,5 38,6 15,7 54,3 70,0 22,9 7,2 6,5 67,1 % de Hipertensos com registo de tensão arterial nos últimos 6 meses 63,2 67,5 66,2 49,1 60,9 63,3 68,1 67,7 53,8 61,6 61,4 84,5 68,7 66,1 64,4 8,0 72,5 80,5 56,4 48,3 49,1 84,5 Percentagem de primeiras consultas de gravidez no primeiro trimestre 80,5 81,5 84,0 80,6 84,4 84,3 80,7 84,9 78,4 85,7 79,2 81,7 75,5 77,7 81,4 3,0 84,4 87,4 78,3 75,3 75,5 85,7 Taxa de realização do diagnóstico precoce até ao 7º dia de vida do recémnascido 73,9 79,2 81,3 20,5 68,3 52,5 71,2 49,3 41,7 64,4 56,6 89,2 79,9 38,0 61,9 19,6 81,5 101,0 42,3 22,7 20,5 89,2 Eficiência Consumo de medicamentos ansiolíticos, hipnóticos e sedativos e antidepressivos no mercado do SNS em ambulatório (Dose Diária Definida / 1000 Hab/ dia) - (1) % do consumo de medicamentos genéricos em embalagens, no total de embalagens de medicamentos 146,0 127,7 114,5 130,5 150,2 156,8 142,5 139,0 185,1 139,9 137,1 130,3 115,6 130,9 139,0 17,8 156,8 174,6 121,2 103,4 114,5 185,1 26,10 23,80 24,70 19,90 25,70 24,30 27,60 26,70 24,70 25,30 25,00 25,00 27,00 24,40 25,10 1,77 26,87 28,64 23,33 21,56 19,90 27,60 Custo médio de medicamentos facturados por utilizador 235,0 205,9 190,1 238,0 207,6 258,3 237,2 218,7 265,3 251,2 200,9 181,2 205,2 239,7 219,9 25,2 245,1 270,2 194,7 169,6 181,2 265,3 Custo médio de MCDT facturados por utilizador 69,4 68,3 62,0 44,9 39,4 36,9 34,5 34,3 37,7 46,2 43,5 33,1 32,8 37,1 45,5 12,4 57,9 70,3 33,1 20,7 32,8 69,4 Fonte: SIARES /ARSC - (*) Programa de Vacinação - (**) Liga (1) dados só disponiveis do ano

49 7.2. Utentes inscritos e utilizadores Em 2010 no âmbito territorial da ARSC, havia um total de utentes inscritos, dos quais (85%) correspondentes aos serviços desconcentrados deste instituto público (ACeS). A proporção de utentes inscritos sem médico de família atribuído foi de 6,7%, traduzindo um aumento de 48,1% relativamente ao ano anterior. No entanto, se considerarmos apenas os ACeS, a proporção de utentes sem médico de família atribuído aumentou de forma menos acentuada (40%) relativamente a O ano de 2010 caracterizou-se pela aposentação de um grande número de profissionais de saúde, nomeadamente médicos de família. O envelhecimento da população médica, em geral, e da população de médicos de família, em particular, tem vindo a ser, nos últimos anos, agudizado pela saída destes profissionais do sistema de serviços de saúde, sobretudo através de processos de aposentação. Figura 3 Pirâmide etária dos utentes inscritos na Região Centro (2010) 34

50 Figura 4 - Pirâmide etária dos utentes inscritos na Região Centro (2009 e 2010) Homens Mulheres Quadro 31 - Número de inscritos com e sem médico de família atribuído, por ACeS e ULS ( ) Sem Médico Família Com Médico Família Total Inscritos Var. Var. Var. ACES/ ULS 2009 % 2010 % 09/ % 2010 % 09/ /10 (%) (%) (%) Baixo Vouga I , ,4 886, , ,6-13, ,1 Baixo Vouga II , ,5-0, , ,5-0, ,5 Baixo Vouga III 814 0, ,0 23, , ,0-0, ,6 Cova da Beira , ,3 399, , ,7-7, ,1 Baixo Mondego I , ,7 75, , ,3-4, ,4 Baixo Mondego II , ,5 68, , ,5-4, ,7 Baixo Mondego III , ,5-59, , ,5 1, ,5 Pinhal Interior Norte I , ,8 9, , ,2-1, ,6 Pinhal Interior Norte II , ,0 199, , ,0-10, ,2 Pinhal Litoral I , ,9-49, , ,1 3, ,1 Pinhal Litoral II , ,1-9, , ,9 0, ,7 Dão/Lafões I , ,6 45, , ,4-5, ,7 Dão/Lafões II , ,3-69, , ,7 2, ,6 Dão/Lafões III , ,1 6, , ,9-0, ,1 ULS C. Branco, EPE , ,1-9, , ,9 0, ,1 ULS Guarda, EPE , ,9 253, , ,1-6, ,9 Total ACES , ,9 40, , ,1-3, ,9 Total c/ ULS , ,7 48, , ,3-3, ,8 Fonte: SIARS Roteiro para aceder aos dados: Indicadores>Relatórios Compartilhados>[... ]>Painel 3 - Disponibilidades (Inscritos)>3.3 e Nº e (%) de Inscritos Sem Médico de Família 35

51 Em termos locais o maior aumento relativamente aos utentes sem médico de família atribuído observou-se no ACeS do Baixo Vouga I, seguindo-se a Cova da Beira e a ULS da Guarda EPE. De referir que na ULS de Castelo Branco EPE se verificou uma diminuição do número de utentes sem médico atribuído de quase 10%. Gráfico 10 - Percentagem de utentes Inscritos COM e SEM Médico de Familia, por ACeS e ULS, 2010 Sem Médico Família Com Médico Família - 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0 Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Cova da Beira Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Pinhal Interior Norte I Pinhal Interior Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II Dão/Lafões I Dão/Lafões II Dão/Lafões III ULS C. Branco, EPE ULS Guarda, EPE Gráfico 11 - Variação percentual ( ) do total de inscritos nos CSP / ACeS e ULS Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Cova da Beira Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Pinhal Interior Norte I Pinhal Interior Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II Dão/Lafões I Dão/Lafões II Dão/Lafões III ULS C. Branco, EPE ULS Guarda, EPE -5,0-4,0-3,0-2,0-1,0 0,0 1,0 Var. 09/10 (%) Fonte: SIARS 36

52 Quadro 32 - Número de utilizadores em cuidados de saúde primários na Região Centro, por ACeS e ULS Nº Utilizadores ACES/ ULS 2009 % 2010 % Var. 09/10 (%) Baixo Vouga I , ,8-2,1 Baixo Vouga II , ,9-0,7 Baixo Vouga III , ,6-0,8 Cova da Beira , ,7-1,7 Baixo Mondego I , ,9 14,6 Baixo Mondego II , ,2-10,3 Baixo Mondego III , ,7-0,7 Pinhal Interior Norte I , ,0 8,7 Pinhal Interior Norte II , ,4-2,1 Pinhal Litoral I , ,2-1,0 Pinhal Litoral II , ,0-1,5 Dão/Lafões I , ,0 0,5 Dão/Lafões II , ,5 5,2 Dão/Lafões III , ,5-1,3 ULS C. Branco, EPE , ,6 7,9 ULS Guarda, EPE , ,8-1,8 Total ACES , ,0 0,8 Total c/ ULS , ,9 1,0 Fonte: SIARS Roteiro para aceder aos dados: Indicadores>Relatórios Compartilhados>[... ]>Painel 3 - Disponibilidades (Inscritos)>3.3 e Nº e (%) de Inscritos Sem Médico de Família Gráfico 12 - Variação percentual ( ) de utentes utilizadores dos CSP / ACES e ULS Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Cova da Beira Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Pinhal Interior Norte I Pinhal Interior Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II Dão/Lafões I Dão/Lafões II Dão/Lafões III ULS C. Branco, EPE ULS Guarda, EPE -15,0-10,0-5,0 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 Var. 09/10 (%) Fonte: SIARS 37

53 7.3. Indicadores de produção dos cuidados de saúde primários Em 2010 realizaram-se um total de consultas na rede de cuidados de saúde primários (ACeS e ULS), sendo que a esmagadora maioria (86%) corresponderam a consultas programadas. Relativamente a 2009, verificou-se um aumento de 15,2% nestas consultas e uma diminuição de 13,8% nos atendimentos urgentes (SAP e afins). Em 2010 verificou-se um aumento de 29% de actos de enfermagem relativamente ao ano anterior. Quadro 33 - Produção dos Cuidados de Saúde Primários na Região Centro (2009 e 2010) ARSC,IP Variação %09/10 Consultas Totais (Ambulatório + SAP) ,2 Consultas Programadas ,2 Atendimentos em SAP e Afins ,8 Actos de Enfermagem ,1 Fonte:SIARS /ARSC- relatório de actividades 2009 Quadro 34 - Primeiras consultas de Medicina Geral e Familiar (MGF) ARSC, IP as consultas de Medicina Geral e Familiar (MGF) ACES/ ULS Saúde Materna Var. 09/10 (%) Pl.Familiar Var. 09/10 (%) Saúde Infantil até aos 13 anos Var. 09/10 (%) Saúde Infantil dos 14 aos 18 anos Var. 09/10 (%) Saúde do Adulto Var. 09/10 (%) Baixo Vouga I , , , , ,6 Baixo Vouga II , , , , ,4 Baixo Vouga III 718-3, , , , ,0 Cova da Beira 485 0, , , , ,1 Baixo Mondego I , , , , ,4 Baixo Mondego II 521-8, , , , ,6 Baixo Mondego III , , , , ,1 Pinhal Interior Norte I , , , , ,0 Pinhal Interior Norte II 208-4, , , , ,3 Pinhal Litoral I 333 8, , , , ,7 Pinhal Litoral II , , , , ,6 Dão/Lafões I , , , , ,7 Dão/Lafões II 564-2, , , , ,1 Dão/Lafões III 623 4, , , , ,7 ULS C. Branco, EPE 744 5, , , , ,6 ULS Guarda, EPE 846-2, , , , ,2 Total ACES , , , , ,3 Total c/ ULS , , , , ,2 Fonte: SINUS/MedicineOne e VitaCare / 2010 SIARS/pasta-dados tradicionais /ARSC- relatório de actividades

54 Em 2010 realizaram-se um total de consultas de medicina geral e familiar (MGF) nos ACeS e ULS, correspondendo a uma diminuição de 3.2% em relação ao ano anterior. No que diz especificamente respeito aos ACeS, apresentam uma diminuição de 3,1% do total de consultas de MGF em relação ao ano de ARSC, IP 2010 ACES/ ULS Total de Consultas seguintes Quadro 35 - Total de consultas de MGF Var. 09/10 (%) Revisão Puerpério Total de de consultas de MGF Var. 09/10 (%) Consultas no domicílio (medico) Var. 09/10 (%) Total de consultas de MGF Var. 09/10 (%) Baixo Vouga I , , , ,1 Baixo Vouga II , , , ,1 Baixo Vouga III , , , ,1 Cova da Beira , , , ,5 Baixo Mondego I , , , ,0 Baixo Mondego II , , , ,6 Baixo Mondego III , , , ,9 Pinhal Interior Norte I , , , ,2 Pinhal Interior Norte II , , , ,2 Pinhal Litoral I , , , ,7 Pinhal Litoral II , , , ,1 Dão/Lafões I , , , ,3 Dão/Lafões II , , , ,6 Dão/Lafões III , , , ,6 ULS C. Branco, EPE , , , ,1 ULS Guarda, EPE , , , ,7 Total ACES , , , ,1 Total c/ ULS , ,6 * , ,2 Fonte: SINUS/MedicineOne e VitaCare / 2010 SIARS/pasta-dados tradicionais * O número de consultas médicas no domicílio, no ano 2010 são ligeiramente diferentes com o cálculo do indicador taxa de visitas domiciliárias de enfermagem por 1000 inscritos quadro n. 39, pela opção do roteiro de acesso a dados Indicadores>Relatórios Compartilhados>2 - INDICADORES MISSÃO>OFICIAIS>Indicadores ACeS>Relatório de Indicadores do ACeS no Período->Semestre. SIARS 39

55 A taxa de utilização global em 2010 na área de jurisdição da ARSC (ACeS e ULS) foi de 67,2%, sendo idêntica (67,3%) no que diz respeito aos seus serviços desconcentrados (ACeS) e traduzindo um aumento de 1,2% relativamente a Quadro 36 - Taxa de utilização global de consultas médicas (2009 e 2010) Total de Inscritos com consulta médica/utilizadores Inscritos ACES/ ULS 2009 % 2010 % Var. 09/10 (%) Baixo Vouga I , ,2-2, ,0 Baixo Vouga II , ,5-0, ,9 Baixo Vouga III , ,1-0, ,3 Cova da Beira , ,7-1, ,5 Baixo Mondego I , ,0 14, ,7 Baixo Mondego II , ,2-10, ,6 Baixo Mondego III , ,0-0, ,5 Pinhal Interior Norte I , ,6 8, ,7 Pinhal Interior Norte II , ,6-2, ,6 Pinhal Litoral I , ,8-1, ,8 Pinhal Litoral II , ,5-1, ,1 Dão/Lafões I , ,2 0, ,3 Dão/Lafões II , ,3 5, ,4 Dão/Lafões III , ,1-1, ,3 ULS C. Branco, EPE , ,9 7, ,6 ULS Guarda, EPE , ,9-1, ,1 Total ACES , ,3 0, ,9 Total c/ ULS , ,2 1, ,2 Fonte: SIARS Roteiro para aceder aos dados - Indicadores>Relatórios Compartilhados>2 - INDICADORES MISSÃO>OFICIAIS>Indicadores ACeS>Relatório de Indicadores do ACeS no Período->Semestre Var. 09/10 (%) Gráfico 13 - Taxa de utilização global de consultas médicas, ,0 90,0 Valor médio da Região 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 40

56 Em 2010 realizaram-se consultas médicas domiciliárias e consultas domiciliárias de enfermagem na rede de cuidados de saúde primários do âmbito jurisdicional da ARSC (ACeS e ULS). Em termos de variação percentual, e no que diz respeito ao período de , verificou-se um aumento das consultas médicas e de enfermagem no domicílio respectivamente de 5,79% e de 11,84%. Quadro 37 - Taxa de visitas domiciliárias (médicas e de enfermagem) por 1000 utentes (2009 e 2010) Nº consultas domiciliárias médicas Nº consultas domiciliárias de enfermagem ACES/ ULS 2009 Tx/1000 inscritos 2010 Tx/1000 inscritos Var. 09/10 (%) 2009 Tx/1000 inscritos 2010 Tx/1000 inscritos Var. 09/10 (%) Baixo Vouga I 935 7, ,28-13, , ,89-3,49 Baixo Vouga II , ,05 9, , ,28-8,34 Baixo Vouga III , ,43 34, , ,43 1,25 Cova da Beira 455 4, ,34-47, , ,39 Baixo Mondego I , ,10 12, , ,34 10,21 Baixo Mondego II , ,28-16, , ,64 0,22 Baixo Mondego III , ,91-2, , ,43 0,15 Pinhal Interior Norte I 991 9, ,40-3, , ,91 47,66 Pinhal Interior Norte II , ,37-27, , ,56 142,23 Pinhal Litoral I 180 2, ,37 17, , ,80 160,00 Pinhal Litoral II , ,81-16, , ,94 46,73 Dão/Lafões I , ,81-5, , ,55 3,93 Dão/Lafões II 725 8, ,97-14, , ,23 11,37 Dão/Lafões III 670 6, ,88 8, , ,18 4,70 ULS C. Branco, EPE 539 4, ,00 285, , ,35 480,74 ULS Guarda, EPE , ,15 5, , ,63 18,73 Total ACES , ,38-1, , ,92 9,08 Total c/ ULS , ,17 5, , ,53 11,84 Fonte: SIARS Roteiro para aceder aos dados - Indicadores>Relatórios Compartilhados>2 - INDICADORES MISSÃO>OFICIAIS>Indicadores ACeS>Relatório de Indicadores do ACeS no Período->Semestre 41

57 Gráfico 14 - Taxa de visitas domiciliárias médicas por 1000 inscritos, por ACeS 30,0 Valor médio da Região 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 Gráfico 15 - Taxa de visitas domiciliárias de enfermagem por 1000 inscritos, por ACeS 180,0 160,0 Valor médio da Região 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0 Fonte: SIARS 42

58 Planeamento familiar Em 2010, o número de mulheres em idade fértil (15-49 anos) inscritas nas Unidades de Saúde da ARSC (ACeS e ULS) era de As mulheres com pelo menos 1 consulta médica de planeamento familiar em 2010, aumentaram 16,1% relativamente ao ano anterior variação ligeiramente inferior quando considerados, apenas, os ACeS (14,5%). Quadro 38 - Taxa de utilização de consultas médicas de planeamento familiar médicas (15-49 anos) Nº mulheres em idade fértil com consulta médica de PF Nº mulheres inscritas em idade fértil ACES/ ULS 2009 % 2010 % Var. 09/10 (%) Var. 09/10 (%) Baixo Vouga I , ,5 20, ,16 Baixo Vouga II , ,4 13, ,11 Baixo Vouga III , ,7 2, ,94 Cova da Beira , ,2 12, ,01 Baixo Mondego I , ,2 34, ,83 Baixo Mondego II , ,5 0, ,43 Baixo Mondego III , ,6 0, ,62 Pinhal Interior Norte I , ,4 34, ,03 Pinhal Interior Norte II , ,9 2, ,13 Pinhal Litoral I , ,2 16, ,12 Pinhal Litoral II , ,8 10, ,17 Dão/Lafões I , ,0 23, ,39 Dão/Lafões II , ,1-0, ,07 Dão/Lafões III , ,9 11, ,32 ULS C. Branco, EPE , ,1 69, ,64 ULS Guarda, EPE , ,8 18, ,62 Total ACES , ,4 14, ,02 Total c/ ULS , ,2 16, ,32 Fonte: SIARS Roteiro para aceder aos dados - Indicadores>Relatórios Compartilhados>2 - INDICADORES MISSÃO>OFICIAIS>Indicadores ACeS>Relatório de Indicadores do ACeS no Período->Semestre 43

59 Gráfico 16 - Taxa de utilização de consultas médicas de planeamento familiar médicas (15-49 anos), por ACES 35,0 Valor médio da Região 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 Fonte: SIARS Gráfico 17 - Variação percentual das mulheres inscritas em idade fertil ( ) Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Cova da Beira Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Pinhal Interior Norte I Pinhal Interior Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II Dão/Lafões I Dão/Lafões II Dão/Lafões III ULS C. Branco, EPE Var. 09/10 (%) ULS Guarda, EPE -2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 Percentagem 44

60 Saúde materna No ano de 2010 realizaram-se no âmbito de jurisdição territorial da ARS Centro primeiras consultas, correspondendo a uma diminuição de 0,1% relativamente a período homólogo do ano anterior. Relativamente ao total das consultas de saúde materna, observouse um aumento de 24,3% durante o período em análise. Quadro 39 - Consultas de Saúde Materna (2009 e 2010) ACES/ ULS Nº primeiras consultas de Saúde Materna % var. 09/10 Nº consultas de Saúde Materna % var. 09/10 Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Cova da Beira Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Pinhal Interior Norte I Pinhal Interior Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II Dão/Lafões I Dão/Lafões II Dão/Lafões III ULS C. Branco, EPE ULS Guarda, EPE Total ACES Total c/ ULS , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,3 Fonte: SIARS Indicadores>Relatórios Compartilhados>01 - DADOS TRADICIONAIS (Administrativo)>1.1. Informação DGS / INE>Reports para Quadro DGE>CS - SMaterna_QuadroDGS->ACES Relatório de actividades 2009 Em 2010, realizaram-se um total de primeiras consultas de gravidez em 2010 (88% das quais nos ACeS), traduzindo um aumento de 14% relativamente ao ano anterior. Atendendo a que em 2010 se observou um aumento de mulheres inscritas nesta consulta de 8,3% relativamente a 2009, o aumento líquido de primeiras consultas de gravidez correspondeu a cerca de 6 pontos percentuais. 45

61 A proporção regional de primeiras consultas de gravidez no 1º trimestre de 2010 foi de 81,5%, com uma amplitude local de valores entre 72,9% (ULS de Castelo Branco) e 85,6% (Pinhal Litoral I). Quadro 40 - Precocidade das primeiras consultas de gravidez (2009 e 2010) Primeiras consultas de gravidez no 1º trimestre Nº inscritas ACES/ ULS 2009 % 2010 % Var. 09/10 (%) Var. 09/10 (%) Baixo Vouga I , ,54 13, ,43 Baixo Vouga II , ,54 7, ,23 Baixo Vouga III , ,98 6, ,65 Cova da Beira , ,58 13, ,38 Baixo Mondego I , ,39 33, ,43 Baixo Mondego II , ,27 24, ,52 Baixo Mondego III , ,65 0, ,82 Pinhal Interior Norte I , ,92 18, ,00 Pinhal Interior Norte II , ,38 13, ,63 Pinhal Litoral I , ,66 41, ,08 Pinhal Litoral II , ,16 13, ,02 Dão/Lafões I , ,66 11, ,18 Dão/Lafões II , ,51-0, ,32 Dão/Lafões III , ,69 3, ,81 ULS C. Branco, EPE , ,95 36, ,58 ULS Guarda, EPE , ,27 8, ,35 Total ACES , ,50 13, ,10 Total c/ ULS , ,94 14, ,31 Fonte: SIARS Roteiro para aceder aos dados - Indicadores>Relatórios Compartilhados>2 - INDICADORES MISSÃO>OFICIAIS>Indicadores ACeS>Relatório de Indicadores do ACeS no Período->Semestre 46

62 Gráfico 18 - Variação percentual de primeiras consultas de gravidez no 1º trimestre ( ) Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Cova da Beira Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Pinhal Interior Norte I Pinhal Interior Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II Dão/Lafões I Dão/Lafões II Dão/Lafões III ULS C. Branco, EPE ULS Guarda, EPE Var. 09/10 (%) -10,00-5,00 0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 Percentagem Relativamente ao total de consultas do 1º trimestre de gravidez realizadas em 2010, as primeiras consultas corresponderam a 81%. 47

63 Diagnóstico precoce No âmbito de jurisdição territorial da ARSC (ACeS e ULS), a proporção de recém-nascidos com registo de diagnóstico precoce (até ao 7º dia de vida) em 2010 foi de 62% (64,8% nos ACeS). Em 2009 esse valor cifrou-se em 49,6% e 51,8% - respectivamente. Tratou-se, pois, de um aumento considerável em relação a 2009, mas que não espelha a realidade sentida nas unidades de saúde. O valor real deste indicador é concerteza superior a 90% em todos os ACeS, observando-se sub-registo. Quadro 41 - Diagnóstico precoce até ao 7º dia de vida Recem-nascidos com registo de diagnóstico precoce Total recém-nascidos que completaram 7 dias de vida ACES/ ULS 2009 % 2010 % Var. 09/10 (%) Baixo Vouga I , , ,3 Baixo Vouga II , , ,5 Baixo Vouga III , , ,9 Cova da Beira 3 0, , ,4 Baixo Mondego I , , ,6 Baixo Mondego II , , ,1 Baixo Mondego III , , ,0 Pinhal Interior Norte I , , ,5 Pinhal Interior Norte II 31 13, , ,5 Pinhal Litoral I 1 0, , ,9 Pinhal Litoral II , , ,8 Dão/Lafões I , , ,5 Dão/Lafões II , , ,9 Dão/Lafões III , , ,2 ULS C. Branco, EPE 0 0, , ,5 ULS Guarda, EPE , , ,7 Total ACES , , ,9 Total , , ,4 Fonte: SIARS Roteiro para aceder aos dados - Indicadores>Relatórios Compartilhados>2 - INDICADORES MISSÃO>OFICIAIS>Indicadores ACeS>Relatório de Indicadores do ACeS no Período->Semestre 48

64 Gráfico 19 - Variação percentual ( ) dos recém-nascidos que completaram 7 dias de vida Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Cova da Beira Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Pinhal Interior Norte I Pinhal Interior Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II Dão/Lafões I Dão/Lafões II Dão/Lafões III ULS C. Branco, EPE % Var. 09/10 ULS Guarda, EPE -10,0-5,0 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 Percentagem Saúde infantil Em 2010 realizaram-se primeiras consultas médicas neonatais na Região (89% nos ACeS), traduzindo um aumento de 9,3% relativamente a A cobertura em saúde infantil até aos 28 dias de vida aumentou em 2010, tendo passado de cerca de 65% para cerca de 71%. 49

65 Quadro 42 - Taxa cobertura de primeiras consulta na vida realizadas até aos 28 dias de vida Nº 1as consultas médicas realizadas até ao 28º dia de vida Nados-vivos + fetos mortos 2009 Taxa cobertura de saúde infantil ACES/ ULS * Baixo Vouga I ,72 68,66 Baixo Vouga II ,76 71,41 Baixo Vouga III ,29 77,83 Cova da Beira ,37 67,02 Baixo Mondego I ,88 82,32 Baixo Mondego II ,95 58,19 Baixo Mondego III ,91 78,62 Pinhal Int. Norte I ,36 67,69 Pinhal Int. Norte II ,25 72,54 Pinhal Litoral I ,11 64,23 Pinhal Litoral II ,79 63,48 Dão-Lafões I ,49 80,53 Dão-Lafões II ,27 78,41 Dão-Lafões III ,17 64,51 ULS C. Branco, EPE ,93 70,67 ULS Guarda, EPE ,12 64,77 Total ACES ,29 71,07 Total c/ ULS ,59 70,62 Fonte: SIARS Roteiro para aceder aos dados - Indicadores>Relatórios Compartilhados>2 - INDICADORES MISSÃO>OFICIAIS>Indicadores ACeS>Relatório de Indicadores do ACeS no Período->Semestre * Nota: A taxa de cobertura de saúde infantil relativa a 2010 tem como denominador os nados-vivos e fetos mortos relativos a 2009 Gráfico 20 - variação percentual ( ) de primeiras consultas na vida até aos 28 dias Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Cova da Beira Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Pinhal Int. Norte I Pinhal Int. Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II Dão-Lafões I Dão-Lafões II Dão-Lafões III ULS C. Branco, EPE ULS Guarda, EPE Variação % 09/10-20,0-10,0 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 Percentagem 50

66 Em 2010 foi realizado um total de primeiras consultas de vida na rede de cuidados primários do âmbito jurisdicional da ARSC (88% nos ACeS). Relativamente a 2009, verificou-se um aumento de 1,6% no total das consultas de vida realizadas naquele âmbito geográfico e de 1,8% no que diz especificamente respeito aos ACeS. As primeiras consultas médicas realizadas no período neonatal (0-28 dias de vida) corresponderam a um total de em 2010 variação positiva de 9,33% relativamente a Aumentando este indicador de 68,9% em 2009 para 73,6% em Quadro 43 - Precocidade de primeira consulta na vida, realizada até aos 28 dias de vida (2009 e 2010) Nº 1as consultas médicas realizadas até ao 28º dia de vida Total de consultas de vida ACES/ ULS 2009 % 2010 % Var. 09/10 (%) Var. 09/10 (%) Baixo Vouga I , ,3 21, ,3 Baixo Vouga II , ,9 3, ,6 Baixo Vouga III , ,7 7, ,2 Cova da Beira , ,1 12, ,7 Baixo Mondego I , ,3 33, ,5 Baixo Mondego II , ,4-9, ,6 Baixo Mondego III , ,0 0, ,6 Pinhal Interior Norte I , ,2 22, ,3 Pinhal Interior Norte II , ,2 7, ,1 Pinhal Litoral I , ,5-7, ,2 Pinhal Litoral II , ,7 7, ,7 Dão/Lafões I , ,1 8, ,1 Dão/Lafões II , ,1 5, ,0 Dão/Lafões III , ,0-5, ,9 ULS C. Branco, EPE , ,4 44, ,4 ULS Guarda, EPE , ,3-3, ,2 Total ACES , ,6 8, ,8 Total c/ ULS , ,3 9, ,6 Fonte: SIARS Roteiro para aceder aos dados - Indicadores>Relatórios Compartilhados>2 - INDICADORES MISSÃO>OFICIAIS>Indicadores ACeS>Relatório de Indicadores do ACeS no Período->Semestre 51

67 Nascimentos pré-termo / 100 nados vivos Taxa de crianças com baixo peso Gráfico 21 - Taxa de crianças com baixo peso 12, Valor médio da Região Centro ( ) 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 Baixo Vouga Baixo Mondego Pinhal Litoral Pinhal Interior Norte Dão-Lafões NUTS III Pinhal Interior Sul Serra da Estrela Beira Interior Norte Beira Interior Sul Cova da Beira Considerando o âmbito territorial correspondente à NUTS II de 2002, a taxa de nascimentos pré-termo tem vindo a evoluir de forma positiva (i.e., decrescente) e sustentada nos últimos anos. Não obstante esse facto, a Região Centro NUTS II 2002 apresenta valores superiores aos do Continente. Em 2009, a NUTS III da Cova da Beira era a que apresentava a taxa de nascimentos pré-termo mais elevada (11%), tendo a Beira Interior Norte o valor mais baixo (6,6%). Devido aos pequenos números envolvidos, os dados por NUTS III apresentam uma grande variação anual, sendo em muitos casos difícil identificar uma tendência. Gráfico 22 - Nascimentos pré-termo / 100 nados vivos 14, Valor médio da Região Centro ( ) 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 Baixo Vouga Baixo Mondego Pinhal Litoral Pinhal Interior Norte Dão-Lafões Pinhal Interior Sul Serra da Estrela Beira Interior Norte Beira Interior Sul Cova da Beira NUTS III Fonte: WebSig 52

68 7.4 Indicadores de eficiência em Cuidados de saúde Primários Consumo de medicamentos genéricos No ano de 2010 os medicamentos genéricos facturados corresponderam a 25,1% do total de medicamentos facturados na Região Centro. Tal representa um valor superior ao observado no ano de 2009, podendo traduzir uma tendência crescente de prescrição deste tipo de medicamentos. Quadro 44 - % do consumo de medicamentos genéricos em embalagens, no total de embalagens de medicamentos (2009 e 2010) Nº embal. medicamentos genéricos facturadas ACES/ ULS 2009 % 2010 % var. custo médio 09/10 var. custo total 09/10 Nº total embal. medicamentos facturados Baixo Vouga I , ,1 27,3 20, ,01 Baixo Vouga II , ,8 26,2 19, ,06 Baixo Vouga III , ,7 26,5 18, ,18 Cova da Beira , ,9 25,9 12, ,95 Baixo Mondego I , ,7 28,6 20, ,46 Baixo Mondego II , ,3 30,5 19, ,09 Baixo Mondego III , ,6 26,3 21, ,06 Pinhal Interior Norte I , ,7 32,1 28, ,45 Pinhal Interior Norte II , ,7 29,0 22, ,18 Pinhal Litoral I , ,3 24,1 17, ,47 Pinhal Litoral II , ,0 27,3 19, ,50 Dão/Lafões I , ,0 27,3 22, ,20 Dão/Lafões II , ,0 25,6 19, ,87 Dão/Lafões III , ,4 29,5 25, ,80 ULS C. Branco, EPE , ,9 26,2 16, ,72 ULS Guarda, EPE , ,0 28,7 22, ,96 Total ACES , ,1 27,8 20, ,61 Total c/ ULS , ,1 27,8 20, ,70 Fonte: SIARS - Indicadores>Relatórios Compartilhados>2 - INDICADORES MISSÃO>OFICIAIS>Indicadores ACeS>Relatório de Indicadores do ACeS no Período % Var. 09/10 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 Baixo Vouga I Baixo VougaBaixo Vouga II III Cova da Beira Baixo Mondego I Baixo Baixo Mondego II Mondego III Pinhal Interior Norte I Pinhal Interior Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II Dão/Lafões I Dão/Lafões II Dão/Lafões III ULS C. Branco, EPE ULS Guarda, EPE Valor médio da Região Centro 53

69 Custo médio de medicamentos facturados por utilizador No ano de 2010 o custo médio de medicamentos facturados por utilizador foi de 219 euros na Região Centro, que corresponde a um decréscimo de 6,4% relativamente ao ano anterior. Quadro 45 - Custo médio de medicamentos facturados por utilizador (2009 e 2010) Custo total com medicamentos facturados Nº Utilizadores var. var. ACES/ ULS 2009 custo total custo total custo custo % Var /utilizadores /utilizadores médio total 09/10 09/10 09/10 Baixo Vouga I , ,0-4,2-5, ,7 Baixo Vouga II , ,9-3,9-4, ,9 Baixo Vouga III , ,1-5,9-6, ,1 Cova da Beira , ,0-9,5-10, ,4 Baixo Mondego I , ,6-19,1-7, ,4 Baixo Mondego II , ,3-6,8-9, ,2 Baixo Mondego III , ,2-4,5-5, ,7 Pinhal Interior Norte I , ,7-12,5-4, ,4 Pinhal Interior Norte II , ,3-5,1-6, ,5 Pinhal Litoral I , ,2-4,7-5, ,2 Pinhal Litoral II , ,9-4,8-6, ,7 Dão/Lafões I , ,2-3,8-4, ,2 Dão/Lafões II , ,2-10,1-5, ,4 Dão/Lafões III , ,7-4,0-4, ,9 ULS C. Branco, EPE , ,4-15,2-8, ,4 ULS Guarda, EPE , ,9-4,2-6, ,8 Total ACES , ,9-7,4-6, ,2 Total c/ ULS , ,9-7,7-6, ,3 Fonte: SIARS - Indicadores>Relatórios Compartilhados>2 - INDICADORES MISSÃO>OFICIAIS>Indicadores ACeS>Relatório de Indicadores do ACeS no Período O valor de medicamentos não inclui os custos relativos ao 3º protocolo da Diabetes Melittus 300,0 250,0 200,0 150,0 100,0 50,0 - Baixo Vouga I Baixo VougaBaixo Vouga II III Cova da Beira Baixo Mondego I Baixo Baixo Mondego II Mondego III Pinhal Interior Norte I Pinhal Interior Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II Dão/Lafões I Dão/Lafões II Dão/Lafões III ULS C. ULS Guarda, Branco, EPE EPE Valor médio da Região Centro 54

70 Custo médio de MCDT facturados por utilizador No ano de 2010 o custo médio de meios complementares de diagnóstico e terapêutica (MCDT) facturados por utilizador foi de 45 euros na Região Centro, que corresponde a um decréscimo de 24% relativamente ao ano anterior. Quadro 46 - Custo médio de MCDT facturados por utilizador (2009 e 2010) Custo total com MCDT facturados Nº Utilizadores ACES/ ULS 2009 custo total/utiliz adores 2010 custo total/utiliz adores var. custo médio 09/10 var. custo total 09/ Baixo Vouga I , ,4-1,9-3, ,7 Baixo Vouga II , ,3-3,4-4, ,9 Baixo Vouga III , ,0-5,4-6, ,1 Cova da Beira , ,9 0,3-1, ,4 Baixo Mondego I , ,4-45,1-37, ,4 Baixo Mondego II , ,9-38,0-40, ,2 Baixo Mondego III , ,5-34,9-35, ,7 Pinhal Interior Norte I , ,3-45,3-40, ,4 Pinhal Interior Norte II , ,7-34,6-35, ,5 Pinhal Litoral I , ,2-38,1-38, ,2 Pinhal Litoral II , ,5-37,8-38, ,7 Dão/Lafões I , ,1-29,7-29, ,2 Dão/Lafões II , ,8-32,2-28, ,4 Dão/Lafões III , ,1-25,5-26, ,9 ULS C. Branco, EPE , ,6-20,1-13, ,4 ULS Guarda, EPE , ,9-12,8-14, ,8 Total ACES , ,9-26,2-25, ,2 Total c/ ULS , ,5-24,9-23, ,3 Fonte: SIARS - Indicadores>Relatórios Compartilhados>2 - INDICADORES MISSÃO>OFICIAIS>Indicadores ACeS>Relatório de Indicadores do ACeS no Período O valor de medicamentos não inclui os custos relativos ao 3º protocolo da Diabetes Melittus % Var. 09/10 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 Baixo Vouga I Baixo VougaBaixo Vouga II III Cova da Beira Baixo Mondego I Baixo Baixo Mondego II Mondego III Pinhal Interior Norte I Pinhal Interior Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II Dão/Lafões I Dão/Lafões II Dão/Lafões III ULS C. ULS Guarda, Branco, EPE EPE Valor médio da Região Centro 55

71 CAPÍTULO II. PROGRAMAS DE SAÚDE

72 1. Programa de prevenção e controlo das doenças cardiovasculares 1.1. Doenças cardiovasculares As doenças do aparelho circulatório são uma das principais causas de morte e de incapacidade nas sociedades ocidentais, nas quais Portugal se inclui. A Região Centro do País não é excepção neste aspecto, sendo de prever que o impacte nefasto destas doenças na nossa Região se venha a agravar com o crescente envelhecimento da população e com o aumento da prevalência dos vários factores de risco a elas associadas, particularmente na população mais jovem. Ao pretender-se reduzir o impacte das doenças do aparelho circulatório na Região Centro, e na sequência do Plano de Acção já desenvolvido desde 2006, continuou-se em 2010 a actuar em duas vertentes essenciais: por um lado, no tratamento adequado das complicações agudas destas doenças, promovendo uma organização mais eficiente dos recursos físicos e humanos já existentes, permitindo oferecer a um maior número de pessoas da nossa Região o acesso a tratamentos recomendados internacionalmente com provas já dadas na redução da mortalidade e na morbilidade destas doenças. Por outro lado, pretendeu-se realizar um esforço estruturado, com objectivos preventivos, para se conseguir o controlo dos principais factores de risco modificáveis, não só na população já doente, mas principalmente na população mais jovem. Finalmente, as tecnologias emergentes de informação e comunicação (ehealth e Saúde 2.0) permitem uma interacção produtiva e geradora de valor entre os doentes e o sistema de serviços de saúde, evitando deslocações desnecessárias - com custos directos e indirectos associados - às unidades de saúde, responsabilizando o utente pela auto-gestão da sua doença crónica (doente como recurso do sistema) e contribuindo para a sustentabilidade do sistema de saúde. Durante o ano de 2010, foram assim levadas a efeito diversas acções com vista a atingir os objectivos propostos no plano de acção inicialmente elaborado até final de 2010, nomeadamente (objectivos gerais): 57

73 Reduzir a mortalidade e a morbilidade por doenças isquémicas do coração, e por AVC, através de (objectivos específicos): redução da mortalidade intra-hospitalar do enfarte agudo do miocárdio com supradesnivelamento de ST abaixo dos 7%; aumentar para 25% os doentes com AVC enviados pela Via Verde com pelo menos 5% sujeitos a fibrinólise; aumento da percentagem de doentes com HTA controlada para níveis superiores a 14% da população com HTA. Sensibilizar a população e os profissionais de saúde para os factores de risco cardiovascular (prevenção primordial/capacitação e literacia em saúde) Promover as condições logísticas para o diagnóstico e controlo das doenças cardiovasculares nas unidades de saúde da periferia. Actividades desenvolvidas Vias Verdes Coronária e AVC Unidades de AVC Foram implantadas no terreno (em todos os distritos da Região), e em conformidade com os objectivos traçados no anterior Plano de Acção, unidades de AVC com capacidade de realização de trombólise, estando já incluído o da Guarda, que apenas ficou operacional em A rede desenhada inicialmente cobre agora, portanto, todos os hospitais previstos: HUC, CHC, Infante D. Pedro de Aveiro, Amato Lusitano de Castelo Branco, Centro Hospitalar da Cova de Beira, Santo André de Leiria e S. Teotónio de Viseu. O Hospital da Figueira da Foz dispõe de uma unidade básica. Houve avanços significativos na articulação entre o INEM e os referidos serviços no que se refere à Via Verde AVC. O Hospital de Santo André (Leiria) passou a dispor de uma unidade de hemodinâmica, a exemplo do que já acontecia em Coimbra (HUC e CHC) e Viseu (Hospital de S. Teotónio), alargando-se assim, também, a capacidade de actuação no âmbito da Via Verde Coronária. 58

74 Programa PRECOCE Trata-se de um programa em que, nos casos suspeitos de enfarte do miocárdio, os diversos centros de saúde (antigos SAP, e agora apenas SUB ou centros de saúde de grandes dimensões) e os diversos hospitais podem contactar, via telemedicina, com os serviços de UCIC de referência e ali ser efectuado on line o diagnóstico à distância, com a avaliação em directo do ECG, exame clínico e outros julgados necessários. O sistema permite que sejam dadas indicações terapêuticas imediatas, e organizar a referenciação do doente de modo a que chegue com a maior brevidade de tempo e já pré-diagnosticado ao destino mais adequado (UCIC, hemodinâmica, etc.). O sistema está implantado em 11 centros de saúde. A reestruturação e consolidação da rede de cuidados de saúde primários (ACeS), bem como a diminuição do número de médicos de família (por aposentação), levou à desaceleração na implementação do programa, que se pensa poder dinamizar de novo em articulação com os novos responsáveis e equipas de gestão locais. De referir que, apesar de uma diminuição da utilização, o sistema continua operacional, carecendo eventualmente de um reforço e incentivo da sua utilização junto dos profissionais. Para 2011 o objectivo principal será, portanto, dinamizar a sua utilização em articulação com as direcções dos ACeS, e equipar com plataformas de telemedicina todos os serviços de urgência, em especial os SUBs - situação já contemplada para 2009, mas que ainda não foi possível atingir na totalidade. Cartão de risco cardio-vascular Este projecto consiste em distribuir aos utentes dos centros de saúde um cartão que recolha de forma coerente os 5 principais factores de risco das doenças cardiovasculares, que será marcado com as cores verde, amarelo ou vermelho consoante o risco, para assim motivar os utentes a um auto-controlo mais eficaz da sua doença crónica. Fornece também explicações básicas sobre os factores de risco, e é replicado nos sistemas informáticos. Foi lançada e terminada em 2008 a fase piloto de teste em três centros de saúde (Aveiro, Eiras e Cantanhede), onde foram já distribuídos cerca de 800 cartões. Em 2010 foram criados novas interfaces e sistemas de recolha de dados nos sistemas informáticos de gestão das consultas e actos de enfermagem. Na sequência das reuniões de monitorização havidas, foram efectuadas diversas adaptações para poder incluir os dados 59

75 colhidos através dos cartões (os 5 factores de risco das doenças cardiovasculares), e articular devidamente os programas SAM e SAPE. Assim, e após diversas reuniões com os ACeS, foi alargada a distribuição do cartão e implementado o respectivo programa de monitorização e prevenção em mais 16 unidades de saúde, estando o programa a decorrer em 19 locais. Programa de hipocoagulação Após em 2009 ter sido efectuada a distribuição de coagulómetros por todos os centros de saúde da ARSC que se mostraram interessados e dada formação básica sobre a sua utilização, seguiu-se em 2010 a promoção no terreno da sua utilização apropriada. Foram ainda definidas as normas e vias para aquisição das tiras a utilizar, tendo sido identificados constrangimentos ao nível de stocks. Durante 2010 o trabalho de coordenação incidiu sobretudo no acompanhar as eventuais dificuldades e necessidades detectadas, que passaram sobretudo por problemas com o fornecimento atempado das tiras reagentes. Em todos os casos, os problemas identificados serão alvo de particular atenção em 2011, tendo em vista a sua resolução. Foram também levadas a cabo diversas acções de formação no âmbito da utilização do software de comunicação e controlo dedicado a este programa. Foram distribuídas tiras/teste de hipocoagulação em 2010, não havendo, no momento, dados consolidados quanto à sua utilização. Também se verificou que houve uma consciencialização da utilidade deste programa, pelo que muitos centros de saúde manifestaram o desejo de serem incluídos no programa e outros de serem equipados com mais aparelhos. Foi possível adquirir mais 25 hipocoagulómetros, totalizando assim 229 número de aparelhos distribuídos Programas locais de Suporte Básico de Vida (SBV) Este projecto destina-se a conferir competências práticas no âmbito do SBV a diversas pessoas, profissionais de saúde ou não, que integrem comunidades locais a nível dos concelhos da área de influência da ARSC, e a fomentar a instalação de desfibrilhadores externos automáticos (DEA) em locais cuja dimensão populacional e/ou tipo de actividades o justifiquem. Sendo reconhecida a extrema importância da precocidade de intervenção nas situações de paragem cardio-respiratória, e sendo quase total a falta de informação e formação da 60

76 população nessa área, estes programas irão, de forma faseada e electiva (nomeadamente junto de locais como centros desportivos, escolas, fábricas de grande dimensão e outras instituições sociais), formar indivíduos em SBV, promover a aquisição de DEAs, e possibilitar a formação contínua e prática regular do SBV aos formandos. Não obstante as diversas actividades de formação em SBV desenvolvidas desde 2008, as indefinições relativas à legislação que autoriza a utilização de DEA por não-médicos, bem como constrangimentos de ordem financeira e de recursos humanos impediram a implementação deste programa em Pretende-se, no entanto, retomar a sua execução em Programa SMILES Este programa consiste na monitorização no domicílio de doentes de risco cardiovascular, permitindo obter e transmitir de forma regular e permanente dados como peso, tensão, glicemia, colesterolemia, e frequência cardíaca, sendo ainda possível adicionar outros parâmetros. Esses dados são recolhidos de forma automática no domicílio dos pacientes, e transmitidos para um servidor central que os trata, procede a uma análise automática dos valores, e os transmite para os locais adequados previamente acordados, como sejam o do médico, consultório, gabinete de enfermagem, ou outros dispositivos de acesso à rede informática ou de GSM. É inclusivamente possível parametrizar o sistema para que sejam definidos alertas automáticos personalizados por doente. Actualmente já terminou a fase-piloto preliminar no Centro de Saúde de Celas (ACeS do Baixo Mondego I), com um feedback extremamente positivo. Face ao exposto, foi já solicitada autorização para se iniciar em 2011 a fase de validação do projecto, com doentes, que obteve parecer favorável do Ministério da Saúde. 61

77 % 1.2. Programa de prevenção e controlo da diabetes A diabetes mellitus é uma doença crónica e incapacitante para o doente, representando, pelas suas implicações em saúde pública, um enorme desafio para o Serviço Nacional de Saúde. O controlo da diabetes, enquanto problema de Saúde Pública, implica uma intervenção concertada a um âmbito populacional e comunitário e enfocada na prevenção. A reorganização da rede de cuidados de saúde primários veio dotar o SNS de unidades funcionais especialmente vocacionadas para a monitorização, capacitação e gestão comunitária desta doença (as USP e as UCC), em articulação estreita com as unidades prestadoras de cuidados directos (USF e UCSP). Cabe a estas últimas assegurar a integração dos cuidados com o nível hospitalar, quando apropriado. Em consonância com os objectivos do Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes (PNPCD), procurou-se inverter a tendência crescente deste problema de saúde pública (incidência e prevalência) e suas complicações, tendo em vista a obtenção de ganhos em saúde. Gráfico 23 - Prevalência da Diabetes em Portugal e Prevalência ajustada - população (2009) ,3 5, ,9 0 Diagnosticada Não diagnosticada Fonte: PREVADIAB (SPD);OND Estima-se que a prevalência da diabetes em Portugal corresponda a 12,3% na população com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos, o que corresponde a um total de cerca de 983 mil indivíduos. Destes, 56% já sabiam que eram diabéticos e a 44% ainda não tinha sido feito o diagnóstico. 62

78 Gráfico 24 - Prevalência da Diabetes e da Hiperglicemia intermédia em Portugal (prevalência ajustada população) ,3 2, ,0 2,7 13, ,5 9, ,3 9,8 12,3 0 diabétes Hiperglicémia Intermédia Diabetes + Hiperglicémia Intermédia AGJ TDG AGJ+TDG diabétes AGJ AGJ+TDG Fonte: PREVADIAB (SPD);OND Gráfico 25 - Prevalência da Diabetes em Portugal por sexo e por escalão etário (prevalência ajustada população) ,1 Homens 7,9 6,7 10, , ,8 Mulheres 6,0 4,2 14,6 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0 Diagnosticada Não diagnosticada Fonte: PREVADIAB (SPD);OND ,2 16,7 2,0 6,6 0,9 1, anos anos anos Diagnosticada Não diagnosticada Na Região Centro a prevalência da diabetes é estimada em 10,7%, sendo 6,4% da população da Região diabéticos já diagnosticados e 4,3% diabéticos não diagnosticados. Não obstante o Programa Regional de Prevenção e Controlo da Diabetes ser dirigido a toda a população, foi identificada a seguinte população-alvo preferencial deste programa: a) Diabéticos, com ou sem complicações da doença (cerca de pessoas na Região Centro); b) Mulheres grávidas; 63

79 c) População com risco acrescido de desenvolvimento de diabetes: 1- Excesso de peso (IMC >25) e Obesidade (IMC >30). 2- Obesidade central ou visceral, (H > 94cm e M > 80cm). 3- Idade> 45 anos se europeus e > 35 se de outra origem/região do mundo. 4- Vida sedentária. 5- História familiar de diabetes, em primeiro grau. 6- Diabetes gestacional prévia. 7- História de doença cardiovascular prévia (doença cardíaca isquémica, doença cerebrovascular e doença arterial periférica). 8- Hipertensão arterial. 9- Dislipidémia. 10- Intolerância à glicose em jejum e diminuição da tolerância à glicose, prévias. 11- Consumo de fármacos que predisponha à diabetes. De entre as estratégias desenvolvidas no âmbito do programa regional, temos: Acções de sensibilização e de capacitação em saúde dirigidas ao público em geral. Articulação com as unidades prestadoras de cuidados de saúde. Articulação com a Comissão de Coordenação do Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes. Realizaram-se várias reuniões com a Comissão de Coordenação do P. N. C. Diabetes Implementação de consultas autónomas e multidisciplinares da diabetes nas unidades de cuidados de saúde primários e hospitais. Conforme as orientações do Conselho Directivo da ARSC todos os médicos de família são solicitados a incluir um período do seu horário para consultas de diabetes - equipas autónomas, com médico e enfermeiro e outros profissionais de saúde necessários ao tratamento e gestão da diabetes tipo 2 (eg. nutricionistas) Praticamente todos os hospitais da Região Centro dispõem de consultas de Pé Diabético, havendo alguns que têm em funcionamento hospitais de Dia de Diabetes. A nível da rede de cuidados de saúde primários, tem-se incentivado a consulta de Pé Diabético. Para tal a ARSC procedeu à aquisição de material (cadeiras de podologia, micromotores, fresas e restante material). Relativamente às actividades desenvolvidas, destacam-se as seguintes: Realização de sessão sobre diabetes num grande centro comercial da Região, inserida nas actividades do Programa Regional de Capacitação e Literacia em Saúde da ARSC 64

80 (Ciclo de Debates em Saúde - parceria ARSC/Chamartín Imobiliária). Este debate ( Diabetes: prevenção e tratamento ) teve como orador o Coordenador Regional do Programa e um representante da participação da Associação dos Diabéticos da Zona Centro; Comemoração do Dia Mundial da Diabetes (14 de Novembro). Realização de uma Conferência sobre Diabetes, no Governo Civil de Coimbra, aberta ao público e à comunicação social. Realização de inquérito destinado aos directores executivos dos ACeS e presidentes dos conselhos de administração dos hospitais da Região, com os seguintes tópicos: descrição e balanço das actividades desenvolvidas em 2010 no âmbito do PNPCD; ponto de situação relativamente à implementação de consultas multidisciplinares e autónomas nas unidades de saúde e número de consultas de pé diabético; rastreio de retinopatia diabética (indicadores de actividade, incluindo proporção de rastreados referenciados para consultas da especialidade), no caso da rede de cuidados primários de saúde e tempos de espera para consulta, no que diz respeito aos hospitais; Formação em exercício. Realizaram-se estágios de enfermeiros no Hospital de Dia de Diabetes do Hospital Geral do Centro Hospitalar de Coimbra, tendo sido frequentado, por 28 enfermeiros de 3 ACeS da ARSC; Rastreio Sistemático da Retinopatia Diabética. A prevalência de Retinopatia Diabética em diabéticos tipo 1 é de cerca 40% enquanto em diabético tipo 2 é de 20%. A faixa etária mais afectada situa-se entre anos, sendo o sexo feminino mais afectado. Relativamente ao rastreio da retinopatia diabética, continuam envolvidos todos os centros de saúde dependentes da ARSC na convocação e realização de retinografias de rastreio (2 fotos em cada olho). O tratamento da retinopatia diabética, com laser, é realizado nos serviços de Oftalmologia dos seguintes hospitais: Hospitais da Universidade de Coimbra; Centro Hospitalar de Coimbra; Hospital Distrital da Figueira da Foz; Hospital S. Teotónio (Viseu); Centro Hospitalar da Cova da Beira; Hospital de Santo André (Leiria); Hospital Infante D. Pedro (Aveiro); Hospital Amato Lusitano (Castelo Branco). Número de retinografias realizadas em 2008: Número de retinografias realizadas em 2009: Número de retinografias realizadas em 2010: Total (desde o início do programa em 2001)

81 Quadro 47 - Rastreio de retinopatia diabética ANO Total Rastreios Resultados Doentes que necessitam tratamento Doentes que não necessitam de tratamento ,7% ,3% ,5% ,5% ,5% ,5% ,8% ,2% ,5% ,5% ,0% ,0% ,4% ,6% ,6% ,4% ,6% ,4% ,32% ,68% Total ,87% ,13% Foi solicitado a todos os agrupamentos de centros de saúde (ACeS), unidades de saúde familiar (USF), unidades de cuidados saúde personalizados (UCSP) e hospitais que indicassem um profissional ou equipa de profissionais responsáveis, para funcionarem com interlocutores em matérias relacionadas com o Programa de Prevenção e Controlo da Diabetes, bem como serem os responsáveis pela implementação local do Programa (detecção de carência e necessidades, levantamento da situação e dos recursos, adaptação e definição das estratégias locais e acompanhamento da respectiva implementação). Realizaram-se, nesse âmbito, várias reuniões de trabalho com os responsáveis dos ACeS. Participação em reuniões promovidas pela Comissão de Coordenação do PNPCD. Quadro 48 - Indicadores de produção da rede de cuidados de saúde primários da ARSC Metas 2011 Proporção de utentes em programa de Diabetes 3,61% 5% 4,47% 6% % de diabéticos correctamente vigiados 24,60% 29,20% 29,19% 35% % de diabéticos controlados 22,00% 24,50% 20,54% 30% Nº de novos casos diabetes em programa no ano % diabéticos com rastreio de retinopatia diabética 17,20% 24,50% 18,44% 30% % diabéticos com referenciação para oftalmologia 7,79% 10% % diabéticos com rastreio de nefropatias 0,67% 1,00% 0,64% 5% % diabéticos com complicações da doença 0,64% 0,93% 0,64% 0,5% Fonte: BD SAM / SAMESTATbi ; 2011 Notas: Diabéticos Controlados: diabéticos que na última consulta, têm um registo de HbA1C igual ou < 6,5 Diabéticos correctamente vigiados: média dos valores de HbA1C registados no último ano igual < 6,5 Diabéticos com rastreio de retinopatia diabética: diabéticos com avaliação oftalmológica (ficha de diabetes) Referenciação ou Consulta = Sim Diabéticos com complicações da doença: diabéticos com sinalização em Patologias Associadas na Ficha da Diabetes 66

82 2. Programa de prevenção da doença oncológica A nível dos serviços de saúde pública e em cuidados de saúde primários, têm sido desenvolvidos programas e projectos de prevenção primária e de promoção da saúde sobre factores de risco e factores condicionantes da doença oncológica. Destacam-se os seguintes: Projecto de intervenção comunitária pão.come de redução do sal adicionado ao pão (projecto monitorizado laboratorialmente e abrangendo a totalidade das padarias da Região Centro); Projecto sopa.come de redução do sal adicionado à sopa (projecto idêntico, tendo como alvo os estabelecimentos de restauração e de restauração colectiva); Projecto oleovitae de monitorização dos compostos polares presentes nos óleos de fritura (estabelecimentos de restauração e de restauração colectiva); Programa Regional de prevenção do Tabagismo (sensibilização para os malefícios do tabagismo activo e passivo, em articulação com o Programa de Promoção da Saúde em Meio Escolar, e implementação de consultas de desabituação tabágica em Cuidados de saúde primários); Programa de Prevenção e Controlo da Obesidade (prevenção do excesso de peso e obesidade das crianças, em articulação com as estruturas regionais do Ministério da Educação, mediante acções de sensibilização nas escolas e na comunidade e capacitação do público em geral); Programa Regional para a Redução dos Problemas Ligados ao Álcool (prioridade dos estabelecimentos pré-escolares e escolas como settings de prevenção do abuso e dependência alcoólicas em articulação com as estruturas regionais do Ministério da Educação); Programa de Promoção da Saúde em Meio Escolar (apoio e desenvolvimento de projectos na área da educação alimentar, educação sexual/prevenção das infecções de transmissão sexual e prevenção de consumos nocivos, como o álcool e o tabaco); Programa Regional de Capacitação e Literacia em Saúde (programa transversal da ARSC visando a capacitação e literacia em saúde). Programa de prevenção do cancro da pele (programa sazonal, de iniciativa local, que abrange os centros de saúde da orla costeira de região centro). 67

83 Programa Regional de Vacinação, no que diz respeito ao cancro do colo do útero (vacina contra a infecção pelo papilomavírus, incluída no PNV). Estes programas assentam no âmbito comunitário e inter-sectorial de intervenção. Dentre os organismos e entidades envolvidos em parcerias temos, designadamente, a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), a Direcção Regional de Educação do Centro (DREC), o Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT), as estruturas regionais do Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território e entidades da sociedade civil Programa de rastreio do cancro da mama O rastreio do cancro da mama decorre na ARS Centro desde É um rastreio de base populacional, que atingiu 100% de cobertura geográfica da Região em A população alvo na área geodemográfica actual da ARS Centro é de mulheres entre 45 e 69 anos. A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) é parceira da ARSC na realização deste rastreio, sendo responsável pela sua implementação. O convite personalizado (bienal) à participação foi instituído em 2003, e a a digitalização da mamografia, feita em Os casos radiologicamente positivos são submetidas a consulta de aferição centralizada (cirurgia, imagiologia, patologia e psicologia), e os casos considerados positivos são encaminhados para os 3 hospitais de referência para o rastreio. Resultados Mulheres convidadas: 97% Mulheres rastreadas (total): Taxa de participação: 69% (total) (Urbana: 57,7%; Rural: 76,5%) Taxa de cobertura: 66,5% (Novas: 31%, Repetidas: 91%) Discrepância inter-leitores em dupla ocultação (na última volta): 5,1% Nº de aferições na última volta (Tx Mamografia +) (3,3%) Nº de aferições positivas na última volta: 653 (10,6% das aferidas ou 3,3 por mil mulheres rastreadas) 68

84 Com a reestruturação dos cuidados de saúde primários, fazemos a análise da participação, cobertura e aferição segundo a nova organização dos centros de saúde em ACeS e ULS em anexo. (anexo 3) Os resultados finais relativos a só estarão disponíveis em 2012 dado que a maioria das mulheres ainda estão em tratamento, pelo que se apresentam os resultados obtidos até : Taxa de detecção tumoral (1990 a 2009) total: 2,8 (Novas 3,8 ; Repetidas 1,9 ) Valor preditivo positivo da mamografia (1990 a 2009) Total: 10,5% Valor preditivo positivo da aferição (1990 a 2009) Tota:l 59,1% Valor preditivo positivo da biopsia (2009) Total: 84,8% Até 2009, 82,9% dos tumores detectados eram invasivos (17,1% in situ). Das mulheres submetidas a cirurgia (98%), 36% realizaram cirurgia conservadora e as restantes mastectomia. Em 79% dos cancros detectados no programa de rastreio, não havia invasão ganglionar. Figura 5 - Taxa de participação no programa de rastreios do cancro da mama, por concelhos (2009) 69

85 2.2. Programa de rastreio do cancro do colo do útero O rastreio do cancro do colo do útero (RCCU) na Região Centro iniciou-se de forma estruturada em 1990, com coordenação do Instituto Português de Oncologia de Coimbra (IPOC). Até 1997 foram englobados 65 centros de saúde. A partir de 2005, com a coordenação do programa dependente da Comissão Oncológica Regional (COR), o programa alargou-se à totalidade dos centros de saúde da Região em Estão envolvidos 2 laboratórios de citopatologia e uma rede de referenciação com 10 Unidades de Patologia Cervical. Encontra-se em implementação um programa de informação específico. A taxa de incidência na região subiu inicialmente, devido à procura activa, de 19,6 por 100 mil até 28,4 por 100 mil em 1995, iniciando uma queda progressiva desde essa data, situando-se em 18,2 por mil em 2009 (última edição do Registo Oncológico Regional). De referir que, relativamente aos carcinomas invasivos, a região com 9 casos por 100 mil mulheres apresenta valores idênticos aos mais baixos encontrados nos países da CE. Gráfico 26 - Incidência Padronizada por Cancro do Colo do Útero, por 100 mil colo total invasivos in situ 30,0 28,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 15,9 12,2 22,4 12,5 10,0 18,8 9,7 9,1 19,6 17,8 13,1 11,2 6,6 6,4 21,2 12,4 8,8 18,7 16,7 18,1 11,1 9,7 10,3 7,6 7,0 7,8 14,3 14,4 14,0 8,4 9,0 8,1 5,9 5,4 5,9 18,3 16,7 16,8 9,4 8,9 8,5 7,3 9,4 8,3 0, Fonte: ROR 70

86 A mortalidade por cancro do colo do útero tem vindo a diminuir, de 3,1 por 100 mil em 1996 até 2,2 em Em 2009 ocorreram na Região 44 óbitos por esta doença. Gráfico 27 - Mortalidade Padronizada por Cancro do Colo do Útero, por 100 mil 4,5 4 Continente 4,3 4,1 Região Centro 3,5 3 2,5 2 3,6 3,1 3,3 3,5 2,5 3,3 2,6 3,6 3,1 3,2 3,2 3 2,9 3 2,7 3,2 3,2 2,2 2,1 3,1 2,2 1, Fonte: INE/DGS A incidência de cancro invasivo reduziu-se drasticamente, se antes do inicio do rastreio menos de 20% dos cancros eram detectados no estádio I e II, sendo mais de 50% detectados em estadios avançados (III e IV), actualmente a situação inverteu-se, sendo detectados mais de 90% dos casos nos estadios I e II. Desde 2005 a cobertura populacional tem vindo a subir. Foram rastreadas mulheres em 2004 (65 centros de saúde participantes), em 2005 (82 centros de saúde) e em 2006 (cobertura de todos os 109 centros de saúde da região em Junho), em 2007, em Em 2009, com a alteração da estrutura das ARS, a Região Centro viu reduzida a população alvo em cerca de 26%, pelo que o nº de mulheres rastreadas caiu para , a que corresponde uma taxa de cobertura de 57,8%. Em 2010 foram rastreadas mulheres na região, a que corresponde uma taxa de cobertura de 61% da população elegível estimada. Foram ainda rastreadas na ARSC, no ano de 2009, mulheres da actual área de influência da ARS Norte, e da ARS LVT. 71

87 A última volta na actual área de influência da ARSC 2008 a 2010: Realizaram o rastreio na última volta mulheres, o que em 3 anos representa uma taxa de cobertura de 58,4%. Diagnosticaram-se e trataram-se 38 cancros do colo correspondendo a uma taxa de incidência de 0,16 Diagnosticaram-se 846 lesões de alto grau a que corresponde uma incidência de 3,6. A percentagem de citologias insatisfatórias foi menor que 1%, significativamente inferiores à de outros programas. Mais de 90% dos cancros diagnosticados correspondem a mulheres que foram rastreadas na primeira fase. Quadro 49 - Programa de rastreio do cancro do colo do útero (triénio ) ACES/ULS pop elegivel estim citol 2008 citol 2009 citol 2010 asc-us/h LSIL HSIL carcinoma BAIXO VOUGA I BAIXO VOUGA II BAIXO VOUGA III COVA BEIRA ULS CAST. BRANCO PINHAL INT. NORTE I BAIXO MONDEGO III BAIXO MONDEGO I BAIXO MONDEGO II ULS GUARDA PINHAL INT NORTE II PINHAL LITORAL I PINHAL LITORAL II DÃO LAFÕES III DÃO LAFÕES II DÃO LAFÕES I REGIÃO CENTRO Pode ser consultada em anexo a cobertura e diagnóstico citológico por centro de saúde e por ACeS/ULS. (anexo 3) 72

88 2.3. Programa de rastreio do cancro do cólon e recto Em Portugal, o carcinoma do cólon e do recto (CCR) representa a primeira causa de morte por cancro, mortes em 2009 (10 óbitos por dia) dos quais 692 na Região Centro. Verifica-se um aumento consistente entre nós desde o início da década de 80 a uma taxa média anual superior a 4%. O CCR é uma neoplasia maligna susceptível de ser prevenida. Com efeito, cerca de 90% destes tumores têm a sua origem em pólipos adenomatosos benignos, os quais crescem e se desenvolvem no cólon durante 10 a 20 anos até se tornarem malignos, podendo a identificação e remoção atempada destes adenomas prevenir o CCR e, decorrentemente, reduzir a sua incidência. Além disso, o CCR possui uma fase pré-clínica relativamente longa, no decurso da qual o tumor pode ser detectado num estádio precoce e curável. De acordo com dados do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) comprovados pelas estatísticas de saúde de países com programas de rastreio iniciados nos anos 80-90, uma em cada três mortes poderia ser evitada se os indivíduos com mais de 50 anos fossem vigiados com regularidade, uma vez que mais de 90% dos CCR ocorrem depois daquela idade. As recomendações do International Agency for Research on Cancer (IARC) /European Colorectal Cancer Network (ECRCN), vão no sentido da realização de rastreios de base populacional, utilizando a pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF) complementada com colonoscopia total nos casos positivos. Foi esta a metodologia adoptada no programa piloto deste rastreio na Região Centro, iniciado em Abril de O programa está no terreno em 28 centros de saúde, correspondendo a 6 ACeS, tendo grande parte da estrutura montada no terreno - projecto com manual, participação das equipas de medicina familiar, laboratório de saúde pública, gastrenterologia (IPOC e HS Teotónio) e anatomia patológica (FMUC). Os módulos de cirurgia e de monitorização do programa (epidemiologia, estatística e informática) estão em fase de implementação, devendo concluirse no primeiro semestre de Apresentam-se os resultados dos primeiros 20 meses de programa: Convidados 34% da população-alvo utentes 87% dos convidados acorreram à consulta 73

89 88,5% dos utentes a quem foi atribuído um teste enviou-o ao laboratório (70,9% dos utentes convidados e 81,3% dos utentes que realizaram consulta de rastreio) 1,5% dos testes foram inconclusivos 2,8% dos testes tiveram resultado positivo 96,5% dos testes positivos resultaram em CT de rastreio Em 79% das Colonoscopias foi detectada patologia (lesões pré-malignas em 18% das Colonoscopias Totais e cancro em 8%) 8 em cada mil participantes no rastreio apresentaram adenomas vilosos 2 em cada mil participantes no rastreio apresentaram displasias de alto grau Em cada mil participantes diagnosticaram-se 1,6 cancros do cólon e recto. Prevê-se a conclusão do piloto de rastreio na Região em Ano em que se prevê uma cobertura geográfica de 100% da região. Durante o ano de 2011 prevê-se o alargamento do rastreio de 6 para 10 ACeS e a participação de mais 3 serviços hospitalares de Gastrenterologia, o que implicará o incremento da cobertura geográfica de 37,5% para 62,5%. 74

90 3. Programa de cuidados continuados integrados A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) foi criada através do Decreto-Lei n.º 101/2006 de 6 de Junho. A sua implementação desde 2006 tem vindo a ser realizada de uma forma sustentada e baseada na integralidade, globalidade, interdisciplinaridade, intersectorialidade (sectores social e da saúde), inserção na comunidade, harmonia, qualidade e continuidade assistencial, garantindo o princípio da autonomia e desenvolvendo a participação da família, fomentando a permanência das pessoas no seu domicílio e assente na metodologia do trabalho por objectivos. Capacidade instalada Desde a experiência piloto em Novembro de 2006 a RNCCI, na Região de Saúde do Centro contratualizou um total de camas até ao final do ano de 2010, com maior predominância de camas nas tipologias de longa duração (49,2%) e média duração (37,5%) - ou seja, as tipologias com possibilidade de internamentos mais prolongados. Comparativamente ao ano transacto verificou-se um acréscimo do número de camas em 24% (288 camas) 46,6% destas em média duração e 36,4% em longa duração. Gráfico 28 - N.º camas da RNCCI na Região de Saúde do Centro Unidade de Convalescença Cuidados Paliativos Unidade longa duraçã e manutenção Unidade média duaração e reabilitação 75

91 Não obstante, a ECR Centro tinha como meta para 2010 a contratualização de um total de camas, ficando assim a 6,4% da sua concretização. Na tipologia de convalescença o não cumprimento do objectivo deveu-se ao facto de na Unidade da Fundação Nossa Sr.ª da Guia Avelar, as 9 camas previstas para esta tipologia terem transitado para média duração, tendo em consideração as necessidades verificadas no distrito. A causa do não cumprimento dos objectivos estabelecidos para a tipologia de longa duração prendeu-se com o atraso verificado na abertura das unidades da Santa Casa da Misericórdia da Marinha Grande (30 camas) e da Santa Casa da Misericórdia de Seia (12 camas). A demora na execução das obras nos hospitais Cândido Figueiredo em Tondela (20 camas) e no hospital do Fundão (20 camas) também provocou atraso na concretização do objectivo para os cuidados paliativos. De notar que a Santa Casa da Misericórdia da Marinha Grande e a Santa Casa da Misericórdia de Seia integraram a rede no dia 17 de Janeiro de 2011, e o Hospital de Tondela no dia 1 de Fevereiro de Quadro 50 -N.º camas propostas/ N.º camas contratualizadas (2010) Tipologia Nº camas propostas Nº camas efectivas Variação Unidade de Convalescença (UC) ,0% Unidade de Cuidados Paliativos (UCP) ,5% Unidade de Longa Duração e Manutenção (ULDM) ,9% Unidade de Média Duração e Reabilitação (UMDR) ,2% Total ,4% Fonte: ARSC 76

92 Quadro 51 - Distribuição das Equipas de Cuidados Continuados Integrados (ECCI) e sua capacidade, por ACES ACES Centro de Saúde - ECCI Lugares disponíveis Utentes acompanhados Beira Interior Sul Castelo Branco 45 9 Condeixa 15 5 Baixo Mondego I Eiras 8 4 São Martinho Bispo 15 8 Baixo Mondego III Mealhada 20 6 Baixo Vouga I Águeda 15 7 Baixo Vouga II Albergaria 11 5 Baixo Vouga III Ovar Cova da Beira Covilhã 15 6 Dão Lafões II Vouzela 20 8 Almeida 17 9 Celorico da Beira 20 9 Guarda Este Guarda 50 8 Manteigas Sabugal 12 8 Figueira Cast. Rodrigo 20 3 Guarda Norte Meda 50 7 Pinhel Trancoso Fornos de Algodres Guarda Oeste Gouveia Seia Miranda do Corvo Pinhal Interior Norte I Oliveira Hospital 20 3 Tábua Pinhal Interior Norte II Ansião 50 4 Penela 25 7 Pinhal Interior Sul Sertã 10 4 Pinhal Litoral II Arnaldo Sampaio Pombal Fonte: ARSC Doentes atendidos No decurso do ano de 2010, foram admitidos nas unidades de cuidados continuados integradas da Região Centro novos doentes, tendo sido dada continuação ao tratamento de doentes internados nos anos precedentes. 77

93 Quadro 52 - Doentes tratados e admitidos na RNCCI Região de Saúde do Centro 2010 Tipologia Equipas de cuidados continuados integrados (ECCI) Doentes Doentes tratados admitidos Unidade de Convalescença (UC) Unidade de Cuidados Paliativos (UCP) Unidade de Longa Duração e Manutenção (ULDM) Unidade de Média Duração e Reabilitação (UMDR) Total Fonte: ARSC O número de doentes em tratamento na tipologia de convalescença e média duração - que focam a sua actividade essencialmente em programas de reabilitação - representam, em conjunto, 57% do total de doentes, contrastando a rotatividade de doentes nestas tipologias com a tipologia de longa duração detentora de 49,2% do total de camas da região e com apenas 27% dos doentes tratados. Gráfico 29 - % de doentes tratados por tipologia, no âmbito da RNCCI /Região de Saúde do Centro UMDR 35% ECCI 12% UC 22% ULDM 27% UCP 4% Fonte: ARSC 78

94 Proveniência dos doentes tratados Em 2010 foram referenciados doentes na Região Centro, sendo que as instituições hospitalares superaram os centros de saúde neste âmbito. Assim, 59% do total de doentes foram referenciados por hospitais e os restantes 41% pelos cuidados de saúde primários (mais 2% do que em 2009). Do total de doentes referenciados 39% tiveram como destino unidades de média duração e reabilitação, 26 % unidades de longa duração e manutenção e 22% unidades de convalescença. Quadro 53 - Proveniência dos doentes tratados no âmbito da RNCCI /Região de Saúde do Centro (2010) Centros de Saúde Hospital Total Tipologia de destino Valor % Valor % Valor % Equipas de cuidados continuados integrados (ECCI) 287 5% 115 2% 402 8% Unidade de Convalescença (UC) 208 4% % % Unidade de Cuidados Paliativos (UCP) 108 2% 222 4% 330 6% Unidade de Longa Duração e Manutenção (ULDM) % 507 9% % Unidade de Média Duração e Reabilitação (UMDR) % % % Total % % % Utilização da capacidade instalada No ano de 2010 a taxa de ocupação das unidades que integram a RNCCI da Região Centro foi, em termos globais, de 89%. Em termos específicos (por tipologia) foi de 84% na convalescença, 93% na média duração, 97% na longa duração e 83% em cuidados paliativos. Gráfico 30 - Taxa de ocupação nas unidades da RNCCI /Região de Saúde do Centro (2010) 100% 80% 84% 83% 93% 97% Valor médio 89% 60% 40% 20% 0% Unidade de Convalescença Unidade de Convalescença Unidade longa duraçã e manutenção Unidade média duaração e reabilitação Fonte: ARSC 79

95 A taxa de ocupação das equipas de cuidados continuados integrados (ECCI) não foi tida em consideração para o cálculo deste indicador, uma vez que a plataforma informática de apoio à RNCCI considera um conjunto de entidades prestadoras não operacionais. Altas Do total de altas das unidades e das ECCI, 54% devem-se ao facto de terem sido atingidos os objectivos estabelecidos no plano individual de intervenção, sendo este o motivo de alta mais prevalente em todas as tipologias. É de notar que 21% das altas representaram a transferência para outra tipologia e/ou unidade, havendo uma continuidade do percurso dos doentes na RNCCI. Quadro 54 - Motivos de alta dos doentes internados nas unidades da RNCCI/Região de Saúde do Centro (2010) Motivos da alta ECCI UC UCP ULDM UMDR Total % Objectivos atingidos Transferência p/ outra tipologia A pedido do doente Transferência para proximidade Outras Fonte: ARSC Transferências As transferências de doentes entre unidades correlacionam-se com a necessidade de continuidade de tratamento dos doentes por um período de tempo significativo, devido ao seu potencial de recuperação ou agravamento da situação de dependência, promovendo a aproximação dos doentes à sua residência. 80

96 Quadro 55 - Transferência dos doentes internados nas unidades da RNCCI por origem e destino /Região de Saúde Tipologia de destino Tipologia de origem ECCI UC UCP ULDM UMDR Total Equipas de cuidados continuados integrados (ECCI) Unidade de Convalescença (UC) Unidade de Cuidados Paliativos (UCP) Unidade de Longa Duração e Manutenção (ULDM) Unidade de Média Duração e Reabilitação (UMDR) Total Fonte: ARSC No ano de 2010 o número de doentes transferidos totalizou 474, tendo como principal origem as unidades de convalescença e como principal destino as unidades de média duração, ou seja, entre tipologias cuja prestação está mais direccionada para a reabilitação, diferenciadas principalmente pelo tempo limite de internamento (30 dias para a convalescença e 90 dias para a média duração). Prorrogações A prorrogação do prazo de internamento só é necessária para as tipologias de convalescença e de média duração e reabilitação. Em 2010 foi solicitada prorrogação do prazo de internamento para 18,2% dos doentes internados (1 066 prorrogações), tendo 96% sido consideradas justificáveis pela ECR. Quadro 56 - N.º de prorrogações pedidas e autorizadas nas unidades de internamento da RNCCI/Região de Saúde do Prorrogações UC UMDR Total Nº de pedidos Nº aprovações % Prorrogações / doentes tratados 33,3% 9,4% 18,2% Fonte: ARSC Execução financeira A execução financeira da RNCCI na Região de Saúde do Centro no ano de 2010 acresce a um valor de ,33. Duas parcelas constituem esta despesa: a prestação de cuidados de saúde e apoio social (levado a cabo pelas unidades contratadas) e o financiamento para a construção de novas unidades ou apetrechamento técnico das já existentes (através do programa Modelar - 1.ª e 2.ª fases). A primeira parcela representa 79,1% da execução financeira e a segunda parcela 20,9%. 81

97 4. Programa de prevenção e controlo de doenças transmissíveis 4.1. Sistemas de vigilância das doenças transmissíveis Sistema de Alerta e Resposta Apropriada Em 2010, na Região Centro, foram declarados apenas 2 casos esporádicos de doença meningocócica pelo SARA (Sistema de Alerta e Resposta Apropriada). Ambos os casos (1 meningococcémia e 1 meningite) ocorreram no início do Outono num mesmo ACeS da ARSC. A transcendência da doença meningocócica prende-se mais com a gravidade potencial da doença e suas consequências do que com o número de casos. Não têm sido detectados casos agrupados ou surtos de doença meningocócica por razões desconhecidas. Sabe-se que a probabilidade da sua ocorrência é maior perante estirpes importadas para as quais a população não apresenta memória imunológica. Invoca-se a importância da quimioprofilaxia dos contactantes na prevenção da eclosão de casos agrupados, pois sabe-se que a sua prescrição é regra dos médicos envolvidos no controlo e vigilância da doença meningocócica; no entanto esta hipótese carece de confirmação Doenças de Declaração Obrigatória A DGS publica anualmente os resultados consolidados do sistema de vigilância das doenças de declaração obrigatória (DDO). A última publicação disponibilizada no sítio deste serviço central de saúde pública ( refere-se aos dados históricos de 2004 a Nesta série de 5 anos a proporção dos casos declarados da Região Centro, em relação ao total de casos residentes no país, variou entre os 20% (1040/5259) em 2005 e os 13% (438/3500) em Doenças de Declaração Obrigatória 2004/2008, Direcção de Serviços de Epidemiologia e Estatísticas de Saúde, Divisão de Epidemiologia, Direcção-Geral da Saúde, Lisboa,

98 A tuberculose respiratória foi sempre a doença mais declarada nesta série temporal, quer no país, quer na região, seguida à distância, independentemente da ordem, de outras salmoneloses, febre escaronodular e parotidite epidémica. Na região, em 2010, a tuberculose continua não só a ser a doença mais declarada, com 50% do total de doenças de declaração obrigatória, como mostra um acréscimo de 6% em relação a Foram declaradas, 169 tuberculoses o que corresponde a uma taxa de incidência de 9,47%oooo habitantes, contra 9,07 em As 3 doenças seguintes mais declaradas com percentagens iguais ou superiores a 5% do total de doenças declaradas mantêm a mesma ordem observada em 2009 e são: a Febre escaro-nodular, Outras salmoneloses e Parotidite epidémica (quadro 57). Assim, a tuberculose justifica uma análise mais detalhada. A nova divisão por agrupamentos de centros de saúde (ACeS) e unidades locais de saúde (ULS) mostra um padrão visual a que não estamos habituados, no qual se destacam os ACeS do Baixo Vouga II e da Cova da Beira com taxas de incidência de tuberculose superiores a 17%oooo habitantes (quadro 58 e figura 6) já que os ACeS e as ULS respeitam a integridade geodemográfica dos concelhos, a representação por esta divisão administrativa clássica continua pertinente. O número de casos de tuberculose respiratória representa 97% (157/162) do número de total de casos de tuberculose declarados. O número de casos novos (169) de todas as tuberculoses, em 2010, difere em menos 26 do que o obtido a partir do sistema de vigilância específico para esta doença: o Sistema de Vigilância da Tuberculose (SVIGTB), o que está de acordo com o esperado, já que nem todos os casos de tuberculose são de declaração obrigatória. Contudo se compararmos as Tuberculoses Respiratórias - (A15 + A16) do sistema de DDO com as Tuberculoses Pulmonares do SVIGTB, esta entidade nosológica aparece com mais 23 casos. Foram declarados 9 óbitos, correspondentes a 3 mulheres e a 6 homens, 8 por tuberculose respiratória e 1 por tuberculose miliar, cuja idade mediana à data da declaração era de 72 anos (amplitude entre os 51 e os 90 anos). 83

99 Quadro 57 Doenças de declaração obrigatória notificadas na Região Centro (2009 e 2010) DOENÇAS DE DECLARAÇÃO OBRIGATÓRIA N.º % Taxa a N.º % Taxa a Todas as tuberculoses (A15 a A19) ,38 9, ,15 9,47 Tuberculose respiratoria (A15 e A16) ,01 8, ,77 9,02 Tuberculose respiratoria (A15) ,64 8, ,51 8,41 Febre escaro nodular 63 17,26 3, ,35 2,52 Outras salmoneloses 25 6,85 1, ,04 0,95 Parotidite epidemica 21 5,75 1, ,75 0,90 Tosse convulsa 16 4,38 0,90 1 0,30 0,06 Hepatite aguda C 13 3,56 0,73 5 1,48 0,28 Febres Tifoide e paratifoide 12 3,29 0,67 7 2,08 0,39 Sifilis precoce 11 3,01 0, ,45 0,84 Hepatite aguda B 8 2,19 0,45 6 1,78 0,34 Leptospirose 7 1,92 0,39 6 1,78 0,34 Hepatite aguda A 6 1,64 0,34 1 0,30 0,06 Tuberculose respiratória (A16) 5 1,36 0, ,26 0,62 Brucelose 4 1,10 0,22 7 2,08 0,39 Febre Q 4 1,10 0,22 6 1,78 0,34 Meningite meningococica 4 1,10 0,22 6 2,08 0,39 Tuberculose miliar 4 1,10 0,22 6 1,78 0,34 Leishmaníase visceral 3 0,82 0,17 2 0,59 0,11 Doença dos legionarios 2 0,55 0,11 6 1,78 0,34 Malaria 2 0,55 0,11 6 1,78 0,34 Rubeola 1 0,27 0,06 1 0,30 0,06 Sarampo 1 0,27 0,06 7 2,08 0,39 Tuberculose do sistema nervoso 1 0,27 0,06 2 0,59 0,11 Sifilis congénita 0 0,00 0,00 2 0,59 0,11 Infecção meningocócica 0 0,00 0,00 1 0,30 0,06 Doença de Creutzfeldt Jacob 0 0,00 0,00 1 0,30 0,06 Doença de Hansen 0 0,00 0,00 1 0,30 0,06 Tétano 0 0,00 0,00 1 0,30 0,06 Infecção gonocócica 0 0,00 0,00 2 0,59 0,11 Total ,00 20, ,00 18,89 Taxa por residentes. Estimativas do INE para o final de Taxa por residentes (nova área da ARSC, IP). Estimativas do INE para o final de Foram declarados 7 casos esporádicos de doença meningocócica que incluem os 2 casos declarados pelo SARA; 6 destes doentes eram do sexo masculino e 1 do sexo feminino; a idade mediana era de 5 anos, compreendida entre os 3 e os 86 anos; 6 foram classificados como meningites meningocócicas e 1 como infecção meningocócica. Um destes casos terminou no óbito por meningite meningocócica do doente com 86 anos. 84

100 Quadro 58 Doenças de declaração obrigatória notificadas em 2010 na Região Centro (por ACeS/ULS) ACeS / ULS Número População 2010 Taxa * Baixo Vouga II ,5 Cova da Beira ,2 Baixo Vouga I ,9 Baixo Mondego II ,1 Pinhal Interior Norte I ,5 Pinhal Litoral II ,3 Baixo Vouga III ,4 Baixo Mondego I ,8 Dão Lafões II ,5 Pinhal Litoral I ,3 Beira Interior Sul** ,1 Dão Lafões I Baixo Mondego III ,1 Pinhal Interior Sul** ,1 ULS Guarda ,9 Pinhal Interior Norte II ,7 Dão Lafões III Total (Região Centro) ,5 * Taxa por residentes. Estimativas do INE para o final de ( ) ** Integram, desde 1 de Janeiro de 2010, a ULS de Castelo Branco EPE Figura 6 - Taxa de incidência de tuberculose/ddo por habitantes (Região Centro) A nova Lei n.º 81/2009 de 21 de Agosto e o respectivo Sistema Nacional de Informação de Vigilância Epidemiológica (SINAVE) por ela criado e já em fase de testes irá introduzir ganhos substanciais na qualidade de dados e facilitar uma avaliação regular e credível do Sistema Nacional de Vigilância das DDO, ainda em

101 4.2 Programa nacional de Vacinação (PNV) O projecto Excelência na Vacinação tem por finalidade proporcionar, à população da Região Centro, serviços de melhor qualidade na área da vacinação, utilizando normas de procedimento, materiais e avaliação comuns, de forma a permitir adoptar, introduzir ou alterar medidas correctoras. A gestão e monitorização regionais deste programa nacional são da responsabilidade do Departamento de Saúde Pública e Planeamento/Coordenação regional do PNV. As actividades desenvolvidas em 2010 (ao nível regional, dos ACeS e ULS e das unidades funcionais), permitiram alcançar resultados que só foram possíveis graças ao envolvimento continuado de todos os profissionais de saúde que trabalham nesta área. O processo de reorganização dos serviços de saúde (criação de novas unidades funcionais e colaboração com os responsáveis e interlocutores do programa), a continuação da campanha de vacinação contra infecção pelo vírus da gripe pandémica (H1N1) 2009 a continuidade na implementação do PNV e a campanha de vacinação contra as infecções por vírus do papiloma humano (vacina HPV), dirigida às raparigas de 17 anos de idade, corresponderam a momentos marcantes para o Programa Regional de Vacinação em Quadro 59 - Actividades desenvolvidas e indicadores Actividades Monitorização e avaliação das taxas de cobertura vacinal coortes de nascidos no ano da avaliação, 1, 2, 7, 13, 14, 15, 18, 25 e 65 anos de idade Monitorização e avaliação das taxas de cobertura vacinal coortes de raparigas de 17 e 18 anos abrangidas pela campanha de vacinação contra as infecções por vírus do papiloma humano (vacina HPV) Determinação do número de doses administradas e registadas no módulo de vacinação do SINUS Determinação de taxas de cobertura vacinal relativa à Gripe Sazonal 2009/2010 Elaboração do plano de actividades programa de Vacinação da Região Centro para o ano 2010 Elaboração do relatório de actividades programa de Vacinação da Região Centro ano 2009 Divulgação de informação relativa ao PNV Reuniões com os responsáveis do Programa de Vacinação (ACeS e ULS) Reunião com Conselho Consultivo de Vacinação Reuniões com os responsáveis regionais e nacionais do Programa de Vacinação Comentários Foram realizadas 2 avaliações: final do 1.º semestre 30/06/2010 (unidade, ACeS, ULS e Região); final do ano 31/12/2010 (unidade de saúde, ACeS, ULS e região) Foram realizadas 2 avaliações: final do 1.º semestre 30/06/2010 (unidade, ACeS, ULS e Região); final do ano 31/12/2010 (unidade, ACeS, ULS e Região) Realizada avaliação: final do ano - 31/12/2010 (unidade, ACeS, ULS e Região) Aplicação de suportes de informação relativos a: profissionais de saúde ACeS, ULS e hospitais; idosos e população em geral; instituições de apoio social e/ou privada de saúde Elaborado o plano de actividades anual tendo em vista a sua integração no plano de actividades da ARSC Elaborado o relatório anual tendo em vista a sua integração no relatório de actividades da ARSC Foram divulgadas informações de apoio à implementação do PNV (apoio técnico associado a rede de frio, à administração de vacinas, ) Foram realizadas 2 reuniões ao longo do ano de 2010 Foi constituído o Conselho, tendo sido realizada 1 reunião ao longo do ano de 2010 Foram realizadas 2 reuniões ao longo do ano de

102 VASPR II VHB III/VHB Td HPV III (raparigas) HPV III (raparigas) VASPR II VIP VHB III Td Td Td BCG VHB I BCG DTPa III/DTPa Hib III/Hib VIP III/VIP VHB III/VHB MenC II/MenC DTPa IV/DTPa Hib IV/Hib VASPR I MenC III/MenC DTPa V/DTPa VIP IV/VIP VASPR II HPV I HPV III Cobertura vacinal (PNV) De destacar a evolução positiva das coberturas vacinais, que de um modo geral aumentou em todas as coortes. As metas regionais foram atingidas em todas as coortes em avaliação (única excepção no que respeita à vacina HPV [raparigas de 13 e 14 anos de idade], devendo ser mantidos esforços para continuar a aumentar a cobertura vacinal contra as infecções por vírus do papiloma humano). Quadro 60 - Cobertura vacinal vacinas do PNV- coortes de nascidos no ano da avaliação, 1, 2, 7 e 13 anos de idade Nascidos ano de avaliação 1 ano de idade 2 anos de idade 7 anos de idade Raparigas com 13 anos de idade Avaliação 2007 (%) Avaliação 2008 (%) Avaliação 2009 (%) Avaliação 2010(%) Quadro 61 - Cobertura vacinal vacinas do PNV- coortes de nascidos de 14, 15, 18, 25 e 65 anos de idade 14 anos de idade 15 anos de idade 18 anos de idade 25 anos de idade 65 anos de idade Avaliação 2007 (%) Avaliação 2008 (%) Avaliação 2009 (%) Avaliação 2010 (%)

103 Coorte 2008 Coorte 2003 Coorte 2006 HPV I HPV III HPV III Campanha de vacinação contra as infecções por vírus do papiloma humano Durante o ano de 2010 foi dada continuidade à campanha de vacinação dirigida às raparigas de 17 anos. Para a 1.ª dose foi atingida uma cobertura de 88%, correspondendo a 70% para as 3 doses da vacina (esquema completo). Quadro 62 - Cobertura vacinal campanha de vacinação contra infecções por vírus do papiloma humanocoortes de raparigas de 17 e 18 anos de idade Raparigas com 17 anos de idade Raparigas com 18 anos de idade Avaliação 2009 (%) Avaliação 2010 (%) Para as raparigas que entraram na campanha em 2009 (18 anos de idade) foi atingida a cobertura de 86%. Contratualização No ano de 2010, foi também incluída a avaliação dos indicadores de desempenho contratualização. Relativamente ao total dos ACeS e ULS, atingiram-se as seguintes coberturas: Quadro 63 - Contratualização PNV cumprido aos 2, 7 e 14 anos Avaliação 2010 (%)

104 BCG* VHB* Td VIP Hib VASPR DTPaHib DTPaVIP DTPaHibVIP DTPa MenC HPV** TOTAL Inoculações de vacinas do programa nacional de vacinação Quadro 64 - Mapa de inoculações região centro 2010 Total de doses por vacina Vacinas Região Centro Fonte: SIARS * Haverá subnotificação referente às vacinas BCG e VHB, em virtude do não registo no SINUS de vacinas administradas em algumas maternidades (n.º de vacinados com BCG e nascidos em ); ** Este n.º inclui o registo das 242 vacinas HPV Cervarix (vacina HPV que não integra o PNV) No ano de 2010, foram administradas e registadas no SINUS Vacinação, vacinas, na Região Centro. Vacinação contra a gripe sazonal (época 2009/2010) De um modo geral houve um aumento da cobertura vacinal e do número de instituições respondentes em relação a 2008/2009. Em relação aos profissionais de saúde, houve um aumento da cobertura vacinal relativamente à época anterior, devendo ser mantidas estratégias promotoras da adesão à vacinação antigripal - em particular no grupo dos médicos, administrativos, auxiliares e outros técnicos (com maior ênfase na área hospitalar). No que respeita aos idosos e população em geral, a possibilidade desta vacina ser administrada em farmácias e postos de enfermagem retirou aos serviços operativos de saúde pública (departamentos de saúde pública das ARS e unidades de saúde pública dos ACeS) qualquer possibilidade de monitorização e avaliação credíveis, devendo ser acauteladas medidas que minimizem esse inconveniente. Mantém-se uma boa adesão por parte das instituições, verificando-se, no entanto, a necessidade de melhorar a cobertura vacinal nos seus profissionais. 89

105 ACES / ULS Hospitais ACES / ULS Hospitais ACES / ULS Hospitais Total Médicos Enfermeiros Administrativos, Auxiliares, Outros técnicos Profissionais das instituições Utentes institucionalizados Instituições respondentes Quadro 65 - Cobertura vacinal Gripe Sazonal 2009/2010 Profissionais de saúde Idosos e população em geral Instituições de apoio social e/ou privada de saúde Avaliação 2008/2009 (%) , Avaliação 2009/2010 (%) , VIH/Sida A infecção VIH/sida é um dos maiores problemas de saúde pública à escala mundial continuando Portugal a apresentar um das maiores taxas de infecção da Europa, motivo que continua a justificar a intervenção nesta área através de um programa nacional de saúde prioritário. A avaliação das actividades efectuadas no âmbito do Plano Regional para a infecção VIH/sida no ano 2010 foi efectuada, à semelhança dos anos anteriores, através dos indicadores nele previstos para além dos indicadores nacionais, quando aplicáveis. As actividades de prevenção e controlo do VIH realizadas pela ARSC foram desenvolvidas de acordo com as linhas estratégicas e áreas de intervenção definidas a nível nacional pela Coordenação Nacional para a Infecção VIH/Sida (CNSIDA). A responsabilidade da execução deste programa no âmbito da ARSC é assumida pelo seu Conselho Directivo, pela Equipa Coordenadora Regional para a Infecção VIH/sida e 90

106 Departamento de Saúde Pública e Planeamento, em articulação com os centros de aconselhamento e detecção (CAD) precoce do VIH/sida, ACeS, centros de diagnóstico pneumológico (CDP), hospitais, centros de resposta integrada (CRI) do Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT), organizações não governamentais (ONG), serviços e instituições do sector da Educação, autarquias, institutos da juventude, associações académicas e meios de comunicação social da Região Centro. Actividades desenvolvidas Designação de interlocutores para a infecção VIH/sida em cada um dos ACeS e unidades locais de saúde (ULS); Reunião com os interlocutores dos ACeS e das ULS para uniformização de critérios na implementação dos testes rápidos de rastreio do VIH nas unidades de saúde familiares (USF) e unidades de cuidados de saúde personalizados (UCSP); Contactos com os ACeS, CDP, CAD, hospitais, ONG e outras instituições em especial as que beneficiam de financiamento da CNSIDA através de projectos ADIS/sida; Realização de: atendimentos nos CAD, com aconselhamento pré-teste; rastreios com testes rápidos do VIH (anónimos e gratuitos), com aconselhamento pósteste, e referenciação hospitalar dos casos positivos pelos CAD da Região; Realização de actividades de prevenção, capacitação e formação sobre a infecção VIH/sida, dinamizadas pela Equipa Regional, CAD, ACeS e ULS; Sensibilização dos doentes com tuberculose seguidos pelos CDP para o rastreio VIH e utilização de testes rápidos; Realização de 2 cursos de formação de âmbito regional sobre infecção VIH/sida (com a duração de 18 horas cada), dirigido a médicos, enfermeiros, psicólogos e outros técnicos superiores de saúde em colaboração com o Gabinete de Formação da ARSC; Distribuição de material informativo (folhetos, cartazes, blocos, pins, lápis, esferográficas, porta-chaves, etc.) elaborados pela CNSIDA e CADs, bem como material preventivo (gel lubrificante à base de água, preservativos masculinos e femininos) fornecido pela CN, em diversos serviços, instituições públicas/privadas, utentes dos CAD, centros de atendimento de jovens (CAJ), USF e UCSP; Comemoração do Dia Mundial de Luta Contra a Sida através de diversas actividades informativas e de sensibilização, nomeadamente, actividades de rua, workshops e rastreios móveis utilizando unidades móveis, em articulação com os CAD, ACeS, IPJ, 91

107 Leiria Coimbra Aveiro Região Centro Viseu C. Branco Guarda ONG, estabelecimentos de ensino e divulgação de artigos e mensagens em órgãos de comunicação social, site da ARSC, ACeS e ULS; Emissão de pareceres técnicos referentes às candidaturas ao programa ADIS para 2011, referentes a 5 projectos nacionais (4 de prevenção e 1 de formação) e a 3 projectos regionais de prevenção e participação na reunião de avaliação nacional dos projectos ADIS/sida aprovados no ano anterior. Ponto da situação em 31/12/2010 Notificados casos acumulados, sendo 541 óbitos, na área geográfica abrangida pela ARSC; Taxa de infectados (casos acumulados) inferiores à média nacional (154,4 por 100 mil habitantes; A área de abrangência da ARSC pertencente ao distrito de Leiria é a que apresenta a maior taxa acumulada de infectados por VIH (207,2 por 100 mil habitantes) e a do distrito da Guarda, a menor (78,8 por 100 mil habitantes). Gráfico 31 - Taxa acumulada de infectados por distrito (área geográfica da ARSC) 207,2 180,8 161,3 154,9 124,3 112,2 78,8 Fonte: DDI-URVE do INSA Casos notificados até 31/12/2010 Comparativamente a 2008 (166 novos casos) e 2009 (135 novos casos), foram notificados menos casos novos durante o ano de 2010 (116) em toda a Região Centro, tendo a área de influência territorial da ARSC, 99 casos novos (taxa de incidência de 5,5 por 100 mil habitantes), contrariando o aumento progressivo dos diagnósticos verificado entre

108 Gráfico 32 - Evolução dos novos casos notificados de infecção pelo VIH/sida, na Região Centro Fonte: DDI-URVE do INSA e ARSC Aveiro foi o distrito com a maior taxa de novos casos de Infecção VIH/sida, 8 por 100 mil habitantes durante o ano 2010, e Castelo Branco o que apresentou a menor com 2 por 100 mil habitantes (nova área da ARSC); Gráfico 33 - Taxa de novos casos de infectados notificados em 2010, por distrito (concelhos da area de jurisdição territorial da ARSC) ,4 5,9 5,5 3,1 2,8 2 Aveiro Coimbra Leiria R. Centro Guarda Viseu C. Branco Fonte: DDI-URVE do INSA e ARSC A tuberculose (TB) foi a infecção oportunista mais frequente nos casos de sida (33,70%), tendo sido identificados em 2010,na área geográfica da ARSC, 181 novos casos de TB pelos CDP; Notificadas 30 infecções sexualmente transmissíveis (indicadores indirectos da infecção VIH) na Região Centro em 2010: 15 de sífilis precoce, 2 de sífilis congénita, 6 de hepatite B, 5 de hepatite C e 2 de infecção gonorreica; 93

109 A maior parte (51,9%%) dos casos acumulados notificados na área geográfica da ARSC corresponde, em todos os distritos, a Portadores Assintomáticos (PA), com excepção da Guarda onde predominavam os infectados já em fase de Sida (distrito que teve também, a maior percentagem de óbitos nos infectados). Quadro 66 - % Proporcional acumulada de infectados com Sida, PA e CRS por distrito (concelhos da area de jurisdição territorial da ARSC) Distrito SIDA PA CRS % Aveiro 32,0 58,0 10,7 C. Branco 38,8 47,6 13,7 Coimbra 33,8 51,9 14,4 Guarda 45,7 43,3 11,0 Leiria 35,0 50,0 14,9 Viseu 41,5 50,6 8,0 Região Centro 35,6 51,9 12,6 Fonte: DDI-URVE do INSA Casos notificados até 31/12/2010 Quadro 67 - Casos acumulados de infecção por VIH e óbitos por distrito (concelhos da area de jurisdição territorial da ARSC) Distrito Casos Óbitos % Óbitos Aveiro ,0 Castelo Branco ,6 Coimbra ,2 Guarda ,6 Leiria ,7 Viseu ,0 Total ,6 Fonte: DDI-URVE do INSA Casos notificados até 31/12/2010 A transmissão heterossexual foi a principal via de transmissão (50,1%) em todos os distritos, excepto em Castelo Branco onde a infecção predominou nos utilizadores de drogas injectáveis (46,3%); 94

110 Os infectados são predominantemente do sexo masculino (74,9%), pertencendo ao grupo etário dos anos (81,1%); Em 95,7% dos casos a infecção foi provocada pelo VIH1. Taxas de cobertura/adesão Os 5 CAD da Região Centro (localizados em Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Leiria e Viseu), efectuaram em 2010 um total de testes de rastreio do VIH tendo o CAD de Coimbra efectuado o maior número destes testes. Gráfico 34 - Testes de rastreio do VIH realizados pelos CAD em 2010 Aveiro C. Branco Coimbra Leiria Viseu Fonte: ARSC /CAD A taxa de infectados pelo VIH nos utentes dos CAD foi muito superior - 5,2 por mil rastreados (18 positivos para o VIH) - à taxa de novos casos da população em geral. 95

111 Gráfico 35 - Taxa de seropositivos para o VIH por CAD por 1000 rastreados em ,4 Aveiro C. Branco Coimbra Leiria Viseu 10,4 6,12 0 1,53 Fonte: ARSC/CAD O CAD de Aveiro é o que apresenta a maior taxa de infectados (18,4 por 1000 rastreados) e CAD de Castelo Branco com a menor (0). 20,7% dos utentes dos CAD, em 2010, pertenciam a grupos vulneráveis da população, nomeadamente, trabalhadores/utilizadores de sexo pago, migrantes e homens que têm sexo com homens (HSH). Funcionaram consultas externas dedicadas nos seguintes hospitais: Centro Hospitalar de Coimbra (Hospital Geral, Hospital Pediátrico e Maternidade Bissaya Barreto); Centro Hospitalar da Cova da Beira; Hospitais da Universidade de Coimbra; Hospital Infante D. Pedro de Aveiro e Hospital S. Teotónio de Viseu. 96

112 Quadro 68 - Indicadores/resultados METAS Atingidas em 2009 Atingidas em 2010* Propostas para Nº de casos e óbitos por infecção VIH/sida, identificados, durante o Ano de Casos 21 Óbitos A identificar 2- % de doentes com tuberculose diagnosticada sujeitos a rastreio de VIH pelos CDP 3- % de doentes com tuberculose diagnosticada sujeitos a rastreio de VIH pelos CDP, através de testes rápidos 89,7% 43,1% 21,3% 14,9% 60% 50% 4- % de CDP que utilizam testes rápidos de rastreio do VIH - 33,3% 100% 5- Casos de positivos para o VIH identificados pelos CDP 3 9 A identificar 6 - % de casos VIH positivos encaminhados/referenciados para hospital, pelos CDP 7- % de ACES que desenvolvem projectos de Saúde Escolar em parceria com escolas do Ensino Básico e Secundário nesta área 0% 0% 99% 58,8% 75% 50% 8- Nº de testes de pesquisa de AC-VIH pedidos pelos hospitais A identificar 9- Nº de testes de pesquisa de AC-VIH efectuados pelos ACES nd nd A identificar 10- % de ACES que utilizam testes rápidos de rastreio do VIH - 66,7% 25% 11- % de encaminhamentos de casos VIH positivos efectuados pelos ACES 100% 100% 99% 12- % de notificações de infecções por VIH/sida efectuados pelos ACES 8,3% 62,5% 99% 13- % de ET do IDT do Centro com o Programa Klotho implementado 100% 100% 100% 14- % de CADs que efectuaram > 200 testes rápidos de pesquisa do VIH, por semestre 100% 100% 100% 15- Nº de casos VIH positivos detectados pelos CAD A identificar 16- % de testes confirmatórios efectuados pelos CAD, após teste de rastreio do VIH reactivos 17- % de atendimentos/rastreios efectuados pelos CAD a trabalhadores e/ou utilizadores de sexo pago/ migrantes/hsh 18- Nº de cursos de formação efectuados para profissionais de saúde da ARSC, sobre a infecção VIH 19- % de maternidades públicas que possuem testes rápidos de rastreio do VIH 20- % de hospitais que possuem testes rápidos de rastreio do VIH nos serviços de urgência 100% 100% 99% 21,5% 20,7% 20% ,7% nd 90% 23,1% nd 50% 21- % ACES com interlocutor para a infecção VIH/sida - 100% 100% * Dados preliminares e parciais (i.e., não correspondentes à totalidade das instituições/serviços da Região) 97

113 Previsão para 2011 Para 2011, prevê-se a continuidade do programa, integrando ainda as novas orientações, estratégias e áreas prioritárias de intervenção contempladas no Programa Nacional para Este último encontra-se ainda em fase de elaboração/conclusão pela Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida. 4.4 Controlo da Infecção nas Unidades de Saúde A infecção associada aos cuidados de saúde (IACS) é hoje considerada um dos problemas de saúde em Portugal, com grande impacto na qualidade de vida das populações, pelo seu reflexo no aumento da morbimortalidade e dos custos envolvidos (prolongamento do internamento, maior recurso a técnicas de diagnóstico e terapêutica). De acordo com os Centers for Disease Control and Prevention (CDC), estas infecções são evitáveis em cerca de um terço dos casos, pelo que a capacidade de as prevenir deve constituir um indicador de qualidade dos cuidados. É fundamental aumentar a consciência e o compromisso político, para melhorar a segurança dos cuidados e facilitar o desenvolvimento de políticas e práticas de segurança dos doentes. O controlo de infecção nas unidades de saúde tem por objectivo prevenir as infecções evitáveis, protegendo os doentes e profissionais de uma forma custo-benéfica. Para atingir este objectivo global, é necessário que esteja instituído em todas as unidades de saúde um plano operacional de prevenção e controlo de infecção (POPCI) bem estruturado, que contemple as três principais vertentes: vigilância epidemiológica (de estruturas, de processos e de resultados), normas ou recomendações e formação/informação. Para que o POPCI seja eficaz, é necessário que, entre outros requisitos, os profissionais que integram as equipas de controlo de infecção tenham formação específica e disponibilidade para dar resposta. 98

114 Estratégias e metodologias O desenvolvimento das actividades assentou num conjunto de projectos propostos no POPCI: Projecto 1: Rede de notificação de microorganismos multiresistentes (MMR); Projecto 2: Recomendações/orientações de boas práticas para uniformização da utilização de anti-sépticos e desinfectantes nas unidades de cuidados de saúde primários (CSP) e unidades de cuidados continuados integrados (UCCI); Projecto 3: Colaboração na Campanha Nacional de Higiene das Mãos em parceria com o Departamento de Saúde Pública e Planeamento da ARSC - dirigida à comunidade, à rede de cuidados de saúde primários (CSP) e unidades de cuidados continuados integrados (UCCI); Projecto 4: Formação. Actividades programadas e desenvolvidas Projecto 1 Desenho de infra-estruturas para a implementação de um sistema de notificação em rede de microorganismos multirresistentes (MMR), epidemiologicamente significativos na Região Centro (actividade parcialmente realizada) Projecto 2 Reuniões com o Gabinete da Farmácia e do Medicamento para identificação dos produtos utilizados nas unidades de saúde da região e procedimentos praticados Selecção de produtos de utilização livre e/ou restrita na Região Centro. Não foi executada a divulgação das recomendações/orientações sobre a utilização uniforme de anti-sépticos e desinfectantes nas unidades de CSP e UCCI. Projecto 3 Envio e recolha de declaração de compromisso formal de adesão à campanha de higienização das mãos; Reunião com os coordenadores, nomeados para a campanha, de cada ACeS aderente. 99

115 Não foi executada a divulgação de suportes informativos de sensibilização, para a importância das mãos, como veículo de transmissão de microorganismos e para a higienização como medida de prevenção. Projecto 4 Curso de Formação, sob a coordenação do GCR em colaboração com o Gabinete de Formação da ARSC, com duração de dezoito horas e frequência de vinte e nove formandos, destinada aos elos de ligação das unidades de saúde. As actividades planeadas e parcialmente realizadas ou não realizadas, expressas no relatório, assim como limitações e constrangimentos de variada ordem, que se referem a meios e recursos previamente identificados, contribuíram de forma significativa no nível de concretização. Apesar dos constrangimentos acima assinalados, consideramos que o trabalho desenvolvido contribuirá para reais e efectivos ganhos em saúde na Região Centro Programa de prevenção e luta contra a tuberculose Quase um terço da população mundial está infectado com o Mycobacterium tuberculosis e em risco de desenvolver a doença. A co-infecção com o vírus da imunodeficiência humana (VIH) aumenta significativamente o risco de vir a desenvolver TB, duplicando o número de casos e de mortes de TB com VIH positivo. Simultaneamente, a multirresistência, que se deve a medidas de tratamento inadequado, representa um problema crescente e muito preocupante, ameaçando minar anos de progresso no controlo da tuberculose, já que o tratamento exige medicação diferente e mais onerosa. Face à evolução da tuberculose a nível mundial, a OMS promoveu, no ano 2000, um movimento global visando a aceleração de acções sociais e políticas no sentido do controlo da tuberculose no mundo. O movimento, conhecido como STOP TB Partnership, que engloba centenas de parceiros a nível mundial, definiu como finalidade eliminar a tuberculose enquanto problema de saúde pública, tendo como objectivo um mundo livre desta doença em Foi definido um plano de acção através do qual se procura garantir compromisso político na luta contra a 100

116 tuberculose, apoio financeiro, intervenção activa, envolvimento dos doentes e participação comunitária, investigação e desenvolvimento. O Programa de Luta contra a Tuberculose é coordenado e avaliado pela Direcção-Geral da Saúde (DGS), em colaboração com a Comissão Nacional de Luta contra a Tuberculose. Tem como finalidade a redução sustentada do impacto da tuberculose na saúde da comunidade, através duma diminuição anual da taxa de incidência - a qual será atingida através do aumento da taxa de detecção de casos novos de tuberculose bacilífera e da melhoria do sucesso terapêutico. Assim, novas abordagens no diagnóstico da TB, associadas a sistemas de saúde aperfeiçoados e a uma maior informação da população, com investimento simultâneo na estratégia DOTS (correspondendo, em Português, a Toma de Observação Directa) e nos testes IGRA são decisivas na detecção e tratamento precoces desta doença que deve ser encarada como uma pandemia a controlar. Resultados Foram notificados 191 casos dos quais 181 foram casos novos, 9 foram recidivas e 1 após interrupção de tratamento (dados preliminares). O distrito de Aveiro foi o que notificou o maior número de casos novos, 68 (37,6 %) seguido pelos distritos de Castelo Branco com 27 casos (14,9 %) e de Viseu com 26 casos (14,4 %), Quadro 69. Quadro 69 - Casos Novos de Tuberculose por Distrito Distrito M F MF % Aveiro ,6 C. Branco ,9 Coimbra ,6 Guarda ,3 Leiria ,2 Viseu ,4 Total ,0 Fonte: SVIG TB A incidência de TB na Região Centro em 2010 foi de 10,14%0000, decrescendo relativamente a 2009 (13,14%0000) e mantendo assim a tendência decrescente que se tem verificado ao longo dos últimos 5 anos (Gráfico 36). 101

117 Gráfico 36 - Evolução da taxa de incidência da Tuberculose na Região Centro 2005 a ,53 16,68 16,33 14,45 13,14 10, Fonte: SVIG TB Dos casos novos notificados 166 (91,7%) foram detectados por rastreio passivo após sintomas e apenas 3 (1,66%) através do rastreio de contactos. O teste VIH foi realizado em 43,1% dos 78 casos novos diagnosticados e em 9 destes casos (11,5%) a TB foi indicativa de SIDA. A toma observada directa (quadro seguinte) regista-se em 57,5% dos doentes, havendo ainda uma percentagem de 10,5% em que não houve registo desse indicador, desconhecendo-se, assim, se encontram ou não em TOD. Quadro 70 - Cobertura de TOD TOD Nº % Com TOD ,5 Sem Registo 19 10,5 Sem TOD 58 32,0 Total ,0 Dos casos novos notificados, 93,9 % eram de nacionalidade portuguesa e apenas 6,1 % foram diagnosticados em estrangeiros. 102

118 Fonte: SVIG TB Quadro 71 - Casos novos por Nacionalidade 2009 Nacionalidade Nº % Portugueses ,9 Estrangeiros 11 6,1 TOTAL ,0 Relativamente aos imigrantes predominam os de Angola, Brasil e França com 2 casos cada. Quadro 72 - Casos Novos Notificados em 2010, por País de Origem País de Origem Nº % Fonte: SVIG TB Portugal ,92 Andorra 1 0,55 Angola 2 1,11 Brasil 2 1,11 Cabo verde 1 0,55 França 2 1,11 Roménia 1 0,55 Ucrânia 1 0,55 Uzbequistão 1 0,55 TOTAL ,00 Em 63% dos doentes a localização principal da doença foi exclusivamente pulmonar e 10% apresentavam lesões a nível pulmonar e também em outros órgãos (Gráfico 37). Dos casos com lesões extrapulmonares predominaram a tuberculose pleural e linfática. Gráfico 37 - Distribuição dos casos de Tuberculose segundo a localização 57 (31%) Pulmonares Pulmonares e outra 10 (6%) 114 (63%) Extra - pulmonar Fonte: SVIG TB A incidência da tuberculose multirresistente tem vindo a diminuir, havendo, a 31/12/2010, 2 casos em tratamento. 103

119 5. Programa de saúde materno-infantil e dos adolescentes A Comissão Regional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (CRSMCA), nomeada em 18 de Maio de 2009, viu o seu papel de coordenação reforçado com a publicação do Despacho nº 9872/2010 de 11 de Junho. Além da coordenação da referenciação entre a rede de cuidados primários de saúde e os hospitais, este despacho cuja elaboração contou com a colaboração da CRSMCA da ARSC - veio acrescentar a responsabilidade de promoção da articulação entre os hospitais que integram a rede de referenciação materno-infantil (articulação inter-hospitalar). As unidades coordenadoras funcionais (UCF) são fundamentais à prossecução dos objectivos de promoção da saúde da mulher, criança e adolescente, assumindo, assim, uma dimensão estratégica. O Decreto-lei 281/2009 de 6 de Outubro cria o Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância (SNIPI) que tem por objectivo garantir condições de desenvolvimento das crianças dos 0-6 anos, com funções ou estruturas do corpo que limitam a participação nas actividades típicas para a respectiva idade e contexto social ou com risco grave de atraso de desenvolvimento, bem como as suas famílias (artigo 1º, ponto 1). O SNIPI é desenvolvido através da actuação coordenada dos ministérios do Trabalho e da Solidariedade Social, da Saúde e da Educação, contando com o envolvimento das famílias e da comunidade. Cabe às equipas locais de intervenção (ELI) assegurar, entre outras, a articulação com as Comissões de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) e os Núcleos de Apoio a Crianças e Jovens em Risco (NASCJR) e outras entidades com actividade na área da protecção da criança. Actividades desenvolvidas Em 2010 a CRSMCA deu continuidade ao trabalho iniciado em 2009 e teve como principais objectivos: Constituir de novo as UCF adaptando-as à nova estrutura dos ACeS Promover o acesso universal e com equidade nos vários circuitos assistenciais da saúde da mulher, criança e adolescente, com destaque para as seguintes áreas: o Saúde reprodutiva; o Infertilidade; o Saúde materna; 104

120 o o o o Saúde infantil; Intervenção do sector da saúde no âmbito das crianças e jovens em risco; Intervenção precoce; Saúde dos adolescentes; Promover a cooperação interprofissional e a complementaridade interinstitucional; Desenvolver o processo da gestão do conhecimento e de difusão da informação entre os vários intervenientes; Desenvolver o processo de avaliação e formação; Promoção da implementação regional do Despacho nº 9872/2010 de 11 de Junho; Reunião com todas as vertentes 1 e 2 da Região nas suas próprias sedes (Covilhã, Guarda, Figueira da Foz, Leiria, Aveiro, Viseu, Castelo Branco, Maternidade Bissaya Barreto do CHC e Maternidade Daniel de Matos/HUC) para: avaliação do seu funcionamento; rectificação das redes de referência entre serviços de Pediatria e serviços de Obstetrícia e entre unidades funcionais dos ACeS prestadoras de cuidados (USF e UCSP); definição de um Plano de Acção para a rectificação dos protocolos funcionais interinstitucionais e meios de circulação da informação clínica; Organização do IV Plenário Regional de todas as UCF agendado para 28 de Janeiro de 2011, em que se pretende que todas as UCF dêem a conhecer os respectivos relatórios de actividades de 2010 e planos de acção para 2011; Constituição dos núcleos de apoio às crianças e jovens em risco (NACJR) em praticamente todos os centros de saúde da Região Centro (dos 85 centros de saúde apenas 2 não dispõem de NACJR); Rectificação das redes de referenciação materno-infantis referenciação de saúde materna e infantil em toda a Região; Desenho do circuito assistencial da criança com risco biológico. Foi efectuado um levantamento estrutural e elaborado um protocolo de avaliação e de regulamentação das regras de cooperação e complementaridades entre os vários serviços; Participação em reunião da Comissão de Coordenação Nacional do Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância (SNIPI), no âmbito do Decreto-Lei nº 281 /2009 e reunião com sociedades científicas relevantes (caso do Centro de Estudos Perinatais da Região Centro); 105

121 Participação na elaboração do consenso sobre a avaliação e orientação do risco obstétrico e na análise das causas do aumento da prematuridade e baixo peso na Região; Reuniões com os responsáveis pelos programas de intervenção nos adolescentes da ARS Centro, perspectivando a concretização do Circuito Assistencial dos Jovens; Concretização do 1º Programa de Formação de Prestadores em Medicina do Adolescente (que decorreu de Fevereiro a Julho 2010 em Coimbra) e elaboração de plano para a assistência aos adolescentes na Região; Estruturação da referenciação das crianças/jovens com suspeita de consumos de substâncias ilícitas e da área da Pedopsiquiatria na Região; Reinício da auditoria dos óbitos perinatais e infantis na Região; Promoção da informatização da Carta de Nascimento e da Alta como fonte de monitorização contínua da qualidade dos serviços prestados (em articulação com a Assessoria Especializada de Informação e Comunicação); Disponibilização de informação actualizada na página web da ARSC (incluindo circuitos assistenciais e normas de orientação clínica). Acção da saúde para crianças e jovens em risco Em 31 de Dezembro de 2010, dando cumprimento ao Despacho n.º 31292/2008, de 5 de Dezembro, a ARSC dispunha de NACJR em todas os seus ACeS e nas ULS do seu âmbito territorial à semelhança dos hospitais com atendimento pediátrico (incluindo as duas maternidades com apoio perinatal diferenciado Maternidade Daniel de Matos e Maternidade Bissaya Barreto). Quadro 73 - N.º de Núcleos constituídos Ano de Formação NACJR NHACJR Aguardam Formação

122 Gráfico 38 - Constituição dos NACJR no âmbito territorial da ARSC,IP Gráfico 39 - Constituição dos N (H) ACJR no âmbito territorial da ARSC, IP 107

123 Actividades desenvolvidas: Apoio aos núcleos; Disponibilização da Ficha de Sinalização e de ferramenta informática para a sinalização de casos; Organização de 6 acções de formação para novos N(H)ACJR; Disponibilização no site da ARSC de informação relevante (documentação e legislação referente ao Projecto Acção da Saúde para Crianças e jovens em Risco, bem como a composição de todos os NACJR e NHACJR); Participação nas reuniões com a Comissão de Acompanhamento da DGS; Elaboração de duas grelhas para todos os N(H)ACJR com o intuito de identificar: o Principais dificuldades sentidas pelos núcleos; o Necessidades formativas e outras; o Dados estatísticos (produção assistencial). Quadro 74- Casos sinalizados N.º de casos sinalizados M F Total Em acompanhamento Arquivados Encaminhados Para parceiros do 1.º nível Para CPCJ Para o tribunal Gráfico 40 - Monitorização dos casos sinalizados 48,60% 38,10% Em acompanhamento 13,30% Arquivados Encaminhados 108

124 Gráfico 41 - Encaminhamento dos casos sinalizados 12,00% Para parceiros do 1.º nível 34,05% 53,94% Para CPCJ Para o tribunal Quadro 75 - Tipo de maus tratos Tipo de Mau trato M F total Negligência Maus tratos físicos Abuso sexual Maus tratos psicológicos Outros Gráfico 42 - Tipo de maus tratos Negligência 17,15% 3,27% 6,43% 10,71% 62,42% Mau trato físico Abuso sexual Mau trato psicológico 109

125 Actividades desenvolvidas pela Subcomissão de Coordenação Regional: Participação nas reuniões da Comissão de Coordenação Nacional do SNIPI; Participação em reuniões locais de âmbito intersectorial (incluindo as relativas à proposta de constituição das equipas locais de intervenção) e interno. Quadro 76 - ELI da Região Centro Distrito Nº de Concelhos Nº de ELI Aveiro 12 8 Castelo Branco 11 4 Coimbra Guarda 14 5 Leiria 10 6 Viseu 14 7 Figura 7 - ELI da Região Centro 110

126 6. Programa de prevenção do tabagismo O tabagismo é a dependência socialmente mais bem aceite, pelo que representa uma das principais causas de morte evitável no Mundo. A substância psicoactiva responsável por esta dependência é a nicotina-produto que causa dependência física e psíquica, estando incluído, desde 1992, na 10ª Classificação Internacional das Doenças (CID 10) e, desde 1994, no DSM-IV. Na maioria dos casos esta dependência é adquirida durante a infância e adolescência, etapas de maior vulnerabilidade psicossocial. O consumo de tabaco é a primeira causa de morte evitável e prematura e de doença crónica. As consequências do consumo de tabaco incluem, não só os fumadores, mas todos aqueles expostos ao seu fumo ( fumadores passivos ). O fumo de tabaco ambiental é considerado a 3ª principal causa de morte evitável pela OMS. A cessação tabágica visa melhorar não só a qualidade de vida dos fumadores (e expostos), mas também a sua saúde e reduzir a mortalidade e morbilidade associadas ao consumo de tabaco. As estratégias de promoção e capacitação em saúde são essenciais para diminuir a iniciação do consumo (prevenção primordial), assim como motivar os fumadores para a cessação. A epidemia tabágica nas mulheres é outro alvo para a prevenção e promoção da saúde. Margaret Chan, Directora Geral da OMS refere que proteger e promover a saúde das mulheres é fundamental para a saúde e desenvolvimento não só para os cidadãos de hoje, mas também para aqueles das gerações futuras. Actividades desenvolvidas/indicadores/resultados Quadro 77 - Consultas de cessação tabágica* Nº de fumadores com 1ª consulta em 2010 Idades dos Utentes SEXO MASCULINO SEXO FEMININO Total fumadores inscritos (ambos os sexos) 10 a 14 anos a 24 anos a 34 anos a 44 anos a 54 anos a 64 anos a 74 anos > 75 anos TOTAL *Excluindo os ACeS Baixo Vouga II, Baixo Vouga III, Baixo Mondego I, Baixo Mondego II e Baixo Mondego III (dados não disponíveis) 111

127 No quadro 78 podemos verificar que a maioria dos fumadores que frequentaram a consulta de cessação tabágica são do sexo masculino e que o grupo etário mais prevalente foi o dos 45 a 54 anos de idade. ACES Quadro 78 - Primeiras consultas Nº de fumadores com 1ª consulta em 2010 SEXO MASCULINO SEXO FEMININO Total fumadores inscritos (ambos os sexos) Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Cova da Beira Pinhal Interior Norte I Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II Dão Lafões III ULS Guarda Total * Excluindo ACeS do Pinhal Interior Norte II, Dão Lafões I e Dão Lafões II e ULS Castelo Branco EPE (dados não disponíveis) Em 2010 realizou-se um total de 994 primeiras consultas na rede de cuidados primários do âmbito de jurisdição territorial da ARSC (serviços dependentes/aces e unidades locais de saúde) excluindo a ULS de Castelo Branco EPE. Quadro 79 - Total de consultas seguintes* ACES Total de consultas seguintes SEXO MASCULINO SEXO FEMININO Total de consultas seguintes (ambos os sexos) Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Cova da Beira Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II Dão Lafões II ULS Guarda Total *Excluindo ACeS do Pinhal Interior Norte I, Pinhal Interior Norte II, Dão Lafões I e Dão Lafões III e ULS Castelo Branco EPE (dados não disponíveis) 112

128 O total de consultas seguintes realizadas em 2010 no âmbito de jurisdição territorial da ARSC (serviços dependentes/aces e unidades locais de saúde) foi de 1747 exceptuando o Pinhal Interior Norte I e ULS de Castelo Branco EPE (dados não disponíveis). Utentes utilizadores das consultas de cessação tabágica (2010) Nº DE CONSULTAS Quadro 80 - Caracterização dos utentes SEXO MASCULINO SEXO FEMININO Total > Total Dos 491 utentes que frequentaram as consultas de cessação tabágica, 180 (107 no sexo masculino e 73 no sexo feminino) só a frequentaram uma única vez. Quadro 81 - Número total de consultas * ACES 2010 Baixo Vouga I 63 Baixo Vouga II 465 Baixo Vouga III 127 Baixo Mondego I 407 Baixo Mondego II 254 Baixo Mondego III 117 Pinhal Litoral I 187 Pinhal Litoral II 256 Cova da Beira 425 Dão Lafões II 12 ULS Guarda 368 Total 2681 * Excluindo ACeS do Pinhal Interior Norte I, Pinhal Interior Norte II, Dão Lafões I e Dão Lafões III e ULS Castelo Branco EPE (dados não disponíveis) 113

129 Quadro 82 - Unidades de saúde da rede de cuidados primários com consultas de cessação tabágica ACES Número de centros de saúde com consulta Baixo Vouga I 4 Baixo Vouga II 6 Baixo Vouga III 2 ULS Castelo Branco 7 Cova da Beira 2 Baixo Mondego I 5 Baixo Mondego II 2 Baixo Mondego III 1 Pinhal Interior Norte I 1 Pinhal Interior Norte II 2 Pinhal Litoral I 1 Pinhal Litoral II 2 Dão Lafões I 2 Dão Lafões II 2 Dão Lafões III 3 ULS Guarda 7 Total 49 A 31/12/2010 encontravam-se em funcionamento na área de jurisdição territorial da ARSC (rede de cuidados primários) 49 consultas. Acções de formação para profissionais Foi desenvolvida uma acção de formação com a carga horária de 12 horas, nos ACeS do Dão Lafões I, II e III. Grupo de trabalho regional de prevenção e cessação tabágica Este Grupo reúne-se periodicamente, sendo constituído pelos responsáveis do tabagismo nos vários ACeS/ULS e por um médico especialista em Saúde Pública do Departamento de Saúde Pública e Planeamento da ARSC. Dentre as actividades desenvolvidas ou promovidas por este grupo destacam-se as seguintes: 114

130 Edição de duas newsletters e sua publicação na página web da ARSC (alojadas em em Saúde Pública/Programas e projectos/programa Regional de Prevenção do Tabagismo ); Edição e divulgação de folhetos no Dia Mundial Sem Tabaco e no Dia Nacional do Não Fumador; Publicação de artigo alusivo na imprensa regional; Organização do 3º Encontro sobre Tabagismo na Região Centro Tabaco e a Mulher (Coimbra, 28 de Maio de 2010); Participação na Sessão A mulher fumadora em comemoração do Dia Mundial Sem Tabaco (organização: Sociedade Portuguesa de Pneumologia). Outras intervenções na comunidade ACeS Pinhal Litoral II Acção de sensibilização aos funcionários de um grupo empresarial presentes 30 funcionários; Sensibilização à população com a medição de CO e espirometria na Praça Rodrigues Lobo, em Leiria; 3º Encontro de Cessação Tabágica ACeS Pinhal Litoral I /Hospital de Sto André. ULS Castelo Branco Acção de sensibilização no Hospital Amato Lusitano (espirometria, medição de CO, peso e tensão arterial). 115

131 7. Problemas ligados ao álcool Os Problemas Ligados ao Álcool (PLA) assumem um carácter eminentemente transversal, com consequências na saúde individual, na família e sociedade e na economia dos países. Por outro lado, emergem novos padrões de consumo preocupantes, em especial junto dos jovens. Portugal é um dos países que tem mantido um consumo per capita de bebidas alcoólicas elevado, com importantes repercussões em Saúde Pública. O Plano Nacional para a Redução dos Problemas Ligados ao Álcool surge na sequência do Plano de Acção contra o Alcoolismo proposto em 2000, pretendendo responder aos desafios que se colocam - nomeadamente os relacionados com os padrões de consumo de álcool nas camadas mais jovens da população. Pretende-se, igualmente, uma intervenção mais abrangente sobre a sociedade em geral. Transcendência e pertinência do problema de saúde pública O consumo nocivo do álcool tem consequências não só para os bebedores mas fundamentalmente para a sociedade em geral. Os padrões inapropriados - porque relacionados com consumos excessivos, em termos absolutos ou relativos - de consumo de álcool têm consequências significativas em saúde pública, com impacte em termos sociais e económicos. Nos Inquéritos Nacionais ao Consumo de Substâncias Psicoactivas na População Geral ( ) observa-se um aumento da prevalência do consumo para todos os grupos etários. Apenas 20,7% dos portugueses entre os anos, refere nunca ter bebido. Por outro lado, 41,6% referiu ter bebido 6 ou mais bebidas numa ocasião (8,1% fê-lo duas ou mais vezes por mês, 1,8 % fê-lo quatro ou mais vezes por semana e 1,3 % fê-lo diariamente) e 20,7% dos portugueses embriagou-se no último ano (1,8% referiu tê-lo feito dez ou mais vezes). De acordo com estes inquéritos, 7,8% dos portugueses embriagou-se no último mês. No que diz especificamente respeito à população jovem (15-25 anos), 38,5% dos jovens dos anos e 34,6% dos jovens dos anos embriagou-se no último ano, sendo que 2,8 % dos jovens dos anos e 1,2% dos jovens dos anos, fê-lo dez ou mais vezes. Quando inquiridos 116

132 relativamente ao último mês, 15,4 % dos jovens dos anos e 11,2% dos jovens dos anos relatou ter-se embriagado nesse período. Numerosos estudos demonstram que existe uma relação dose-resposta entre o consumo de álcool e a frequência e gravidade de várias doenças. Deste modo, a maiores níveis de consumo correspondem taxas de mortalidade e morbilidade mais elevadas, designadamente por cirrose hepática, neoplasias, acidentes nos locais de trabalho e sinistralidade rodoviária. Influenciam ainda outras situações, como absentismo laboral, comportamentos sexuais de risco, gravidez na adolescência, agressividade e violência. Perante este problema justifica-se que a política actual em relação aos PLA deva apontar para a necessidade de uma sensibilização ao nível da população, no sentido da redução do consumo global e dos consumos de risco, assim como a intervenção junto dos utentes com consumos de risco, consumos nocivos e dos dependentes alcoólicos. Neste contexto, torna-se relevante uma Rede de Referenciação Alcoológica Nacional, com uma arquitectura claramente definida. Esta rede deverá ser enquadrada pelo Plano Nacional de Saúde, devendo ser desenvolvida em conformidade com o Plano Nacional para a Redução dos Problemas Ligados ao Álcool Esta rede deverá incluir, não só os serviços de saúde, mas também parceiros relevantes (institucionais e comunitários), envolvendo múltiplos agentes e diferentes sectores, como sejam o da educação, da segurança social, do trabalho, da justiça. Actividades desenvolvidas: Diagnóstico da situação regional no âmbito dos PLA e identificação das equipas de Alcoologia a funcionar nos ACeS da ARS do Centro, assim como os coordenadores, consultas e respectiva carga horária; Nomeação dos responsáveis / interlocutores na área de Alcoologia em cada um dos ACeS da ARS do Centro; Participação na organização de uma Rede de Referenciação de Alcoologia, baseada nas orientações do IDT; 117

133 Participação na elaboração do Manual da Abordagem do PLA nos cuidados de saúde primários (CSP), preparado no âmbito do Projecto PHEPA. (Projecto Europeu relacionado com o álcool nos cuidados de saúde primários). Definição dos conteúdos de duas brochuras para Cuidados de Saúde Primários, uma para utentes e outra para profissionais de saúde (em colaboração com o Núcleo de Comportamentos Aditivos). Participação do Coordenador Distrital em reuniões com os parceiros envolvidos, quer a nível dos CSP, quer a nível da Unidade de Alcoologia, serviços de saúde mental e IDT. Actividades previstas e não desenvolvidas: Reuniões com os interlocutores/responsáveis dos ACeS pelos PLA; Uniformização de indicadores de avaliação em articulação com todos os parceiros envolvidos - dependente da constituição da Rede de Referenciação Alcoológica; Formação de profissionais de saúde a fim de integrarem novas equipas de alcoologia. 118

134 8. Programa da Qualidade e Vigilância Alimentar Ao longos dos últimos anos - e tendo em consideração a mudança de paradigma da Saúde Pública - o Programa da Qualidade e Vigilância Alimentar (PQVA) delineou a sua actividade em projectos de intervenção comunitária que visam a minimização dos problemas de saúde decorrentes de uma alimentação inadequada. Sendo a nutrição humana determinante major do estado de saúde de uma população, foram criadas linhas de orientação promotoras de uma maior eficiência dos serviços. Assim, foram desenhadas estratégias passíveis de implementar a nível local, permitindo-nos assim chegar a toda a população da Região Centro, com recurso à rede de serviços operativos de saúde pública. Ultrapassados os primeiros constrangimentos decorrentes de um formato novo de implementação no terreno, tem sido relativamente simples aplicar esta metodologia, que visa essencialmente diminuir as doenças mais prevalentes (aquelas que, simultaneamente, apresentam maior impacto social e económico), nomeadamente as doenças cardio e cérebro vasculares, algumas neoplasias e a obesidade. Assim, no ano de 2010 foi alvo de uma particular atenção o novo projecto na área da prevenção das doenças cardiovasculares: projecto sopa.come. Relativamente ao projecto oleovite de controlo dos compostos polares nos óleos de fritura da restauração/restauração colectiva, procedeu-se à aquisição de equipamento de monitorização (sondas). A ARSC, através das unidades de saúde pública dos seus serviços desconcentrados (ACeS), avaliou mais de óleos de fritura em estabelecimentos de restauração/restauração colectiva da Região. Esta intervenção tem como objectivo de saúde prevenir as neoplasias associadas à ingestão de compostos polares presentes nos alimentos em resultado da fritura. Apesar de apenas 7% das avaliações apresentarem valores acima do admissível, entendeu-se pertinente dar continuidade a este projecto, tanto mais que reforça a interacção com os responsáveis dos estabelecimentos intervencionados e sensibiliza os mesmos para escolhas conscientes e mais saudáveis das gorduras a utilizar na alimentação e para o respeito das boas práticas na manipulação de alimentos. Projecto sopa.come Este projecto surgiu na sequência do projecto pão.come (redução do sal da alimentação da população da Região Centro). A sopa ocupa um lugar de relevo na alimentação mediterrânica, 119

135 pelo que deverá ser promovido o seu consumo. Contudo, a sopa pode veicular grandes quantidades de sal e tornar-se por isso perniciosa na alimentação. No ano de 2010 foi feito o diagnóstico dos teores de NaCl na restauração colectiva em 25 concelhos que fazem parte da área geo-demográfica abrangida pela ARSC. O diagnóstico suprareferenciado foi desenvolvido pelos profissionais de saúde pública das unidades de saúde pública dos ACeS e pelos laboratórios de Saúde Pública de Coimbra (dependente da ARSC/DSPP) e da Guarda (dependente da ULS da Guarda, EPE). Quadro 83 - Análise de resultados dos estabelecimentos que fazem parte dos ACeS do Distrito de Coimbra (análise 0 diagnóstico) Estabelecimentos Número Dose de sopa (g) média g de NaCl/100g de sopa média Cantinas ,38 0,57 1,93 Restaurantes ,66 0,72 2,67 Total ,03 0,63 2,24 g NaCl/dose média Quadro 84 - Análise de resultados dos estabelecimentos de restauração colectiva da ULS da Guarda (análise 0 diagnóstico) g de NaCl/100g Dose de sopa (g) Estabelecimentos Número de sopa g NaCl/dose média média média Cantinas ,87 0,47 1,77 Número de concelhos incluidos no diagnóstico Número de cantinas intervencionadas Coimbra Guarda 0 Coimbra Guarda * As diferenças dos números apresentados nos gráficos anteriores devem-se fundamentalmente à entrada da ULS da Guarda, numa fase mais tardia do processo 120

136 Dose média de sopa (em gramas) NaCl em g por dose média de sopa Coimbra Guarda 1,95 1,9 1,85 1,8 1,75 1,7 1,65 Coimbra Guarda NaCl por 100g de sopa 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0 Coimbra Guarda Os resultados do presente diagnóstico mostram evidência que a quantidade de sal ingerido num alimento nutricionalmente recomendado pelo seu valor alimentar é excessivo, tendo em consideração os teores máximos recomendados pela OMS (5g/dia). Complementarmente e para estruturação da metodologia, foram realizadas as seguintes actividades laboratoriais no âmbito do PQVA: 1) Avaliação analítica dos teores de sal das sopas processadas (liofilizadas/ conservação a fresco/ longa duração), conferindo a rotulagem e definindo os teores nas sopas não referenciadas. Este estudo serviu-nos para avaliar as ofertas de mercado e simultaneamente estabelecer uma plataforma de negociação com as empresas nacionais de processamento deste produto; 2) Realização de provas cegas de degustação para aferição da capacidade de tolerância à redução de sal neste alimento entre profissionais de saúde seleccionados (amostragem de conveniência); 3) Concepção de adequação de quantitativos de NaCl a volumetrias de sopa de legumes, fixas. A nível global foram igualmente desenvolvidas provas cegas de degustação numa IPSS, para aferir do grau de tolerância dos idosos à redução de NaCl por porção (prato de sopa). 121

137 Projecto pão.come Actividades desenvolvidas Reuniões parcelares com os profissionais de saúde pública envolvidos no projecto, Reunião de avaliação do projecto, incluída na reunião geral do PQVA; Artigos para revistas e jornais, Candidatura ao prémio Nutrition Awards da Associação Portuguesa dos Nutricionistas (galardoado com uma Menção Honrosa Categoria Promoção da Saúde); Apresentação do projecto a convite da organização II Congresso Mundial de Nutrição em Saúde Pública (II World Congress of Public Health Nutrition/I Latinamerican Congress of Community Nutrition), que se realizou no Centro de Congressos da Alfandega do Porto de 23 a 25 de Setembro de 2010; Apresentação de poster no II Congresso Nacional de Saúde Pública que se realizou no Centro de Congressos da Alfandega do Porto em 28 e 29 de Outubro de 2010; Representação no evento do parque do pão.come promovido pela ACIP (Associação do Comércio e da Indústria da Panificação, Pastelaria e Similares) que se realizou em Miranda do Corvo; Candidatura ao Prémio Boas Práticas em Saúde. Depois de avaliado em Agosto de 2010 foi excluído da candidatura por ter sido galardoado no ano de 2009 pelo Alto Comissariado da Saúde na Categoria Promoção da Saúde. Resultados a 31 de Dezembro de 2010 (projecto pão.come) Concelhos envolvidos padarias O projecto teve início no ano de 2010 em 10 novos concelhos encontrando-se concluído ou em fase de conclusão nos restantes

138 As médias regionais de NaCl por 100g de pão dos concelhos que já cumpriram a 4.ª fase do projecto inicial encontram-se em valores de 0,91. Nos 22 concelhos que fizeram uma 5ª avaliação encontraram-se as mesmas médias regionais havendo contudo diferenças entre os concelhos da ULS da Guarda e os concelhos de Coimbra. 5.ª avaliação Distritos Concelhos Amostras Média de Na Cl/100g de pão Coimbra 9* 124 0,98 Guarda ,86 Região Centro ,91 * Excluiu-se desta análise o concelho da Figueira da Foz que apresentou valores médios em 20 amostras analisadas de 1,21 A ULS da Guarda EPE realizou uma sexta avaliação em 167 amostras, colhidas em padarias de 12 concelhos cujo valor médio de Na Cl/100g de pão foi de 0,83g. Projecto Aguarela Alimentar Projecto de formação profissional que visa a capacitação dos profissionais dos cuidados de saúde primários (médicos e enfermeiros) na área da nutrição humana e comorbilidades associadas aos distúrbios alimentares. Este projecto da ARSC, com 5 anos de execução, foi modificado em 2010 por forma a contemplar áreas como a psiquiatria, psicologia e gastronomia clínica. Foram realizadas três formações Aguarela Alimentar perfazendo um total de 55 profissionais. Média etária de 43 anos Masculino 11% Médica Enfermagem Feminio 89% 24% 76% 123

139 9. Programa de promoção da saúde em meio escolar 9.1. Programa nacional de promoção da saúde oral (PNSO) / contratualização O Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral (PNPSO) corresponde a uma estratégia global de intervenção assente na promoção da saúde e prevenção primária e secundária da cárie dentária. A promoção da saúde e prevenção da doença são assegurados pelas equipas de saúde escolar com suporte da intervenção curativa, operacionalizada maioritariamente através da contratualização. O PNPSO compreende 5 projectos: 1. Saúde Oral Crianças e Jovens (SOCJ) - permite prestar cuidados médico dentários a coortes (7, 10 e 13 anos) de crianças escolarizadas integradas em programa de saúde oral e que desenvolvem cárie dentária; 2. Saúde Oral em Saúde Infantil (SOSI) - destinado a crianças com idade até aos 6 anos que apresentam situações de cárie dentária de considerável gravidade avaliadas pelo médico de família; 3. Saúde Oral na Gravidez (SOG) - destinado a grávidas seguidas no SNS; 4. Saúde Oral nas Pessoas Idosas (SOPI) - destinado a beneficiários do complemento solidário para idosos; 5. Saúde Oral em utentes com VIH - destinado a utentes com o vírus VIH e portadores da SIDA. Quadro 85 - Médicos aderentes Centro Nacional Médicos Locais

140 Gráfico 43 - Saúde Oral na Saúde Infantil Taxa Exec. ARSC 61% Cheques emitidos Cheques utilizados Gráfico 44 - Saúde Oral Crianças e Jovens Taxa Exec. ARSC 52% Cheques emitidos Taxa Exec. ARSC 52% Cheques utilizados Gráfico 45 - SOCJ Coortes anos 10 anos 13 anos Cheques emitidos Cheques utilizados 125

141 Gráfico 46 - Referenciação Higienista Oral 6000 Taxa Exec. 53% Ref. Emitidas Ref. Utilizadas Gráfico 47 - Saúde Oral Crianças e Jovens (idades intermédias) Cheques emitidos Cheques utilizados Taxa Exec. 63% Gráfico 48 - Saúde Oral na Gravidez 6000 Taxa Exec. 63% Taxa Exec. 63% Cheques emitidos Cheques utilizados 126

142 Gráfico 49 - Saúde Oral nas Pessoas Idosas Taxa Exec. 88% Cheques emitidos Cheques utilizados Gráfico 50 - Saúde Oral em utentes com VIH Cheques emitidos Cheques utilizados Da análise dos graficos verifica-se que: Aderiram ao programa prestadores de cuidados médico dentarios, distribuídos por toda a área territorial da Região Centro; No SOSI foram abrangidas crianças com emissão de cheque dentista pelos médicos de família; No SOCJ foram abrangidas crianças com emissão do respectivo cheque dentista pelas equipas de saúde escolar. Também neste projecto foram abrangidas mais crianças por consultas de saúde oral prestadas pelos higienistas orais dos ACeS/centros de saúde. Na continuidade deste projecto surgiu o SOCJi (para idades intermédias) tendo sido abrangidas 666 crianças, com emissão de cheque dentista pelos médicos de família; No SOG foram abrangidas grávidas que frequentam o SNS com emissão de cheque dentista pelos médicos de família; No SOPI foram abrangidos idosos beneficiários do complemento solidário para idosos, com emissão de cheques dentistas pelos médicos de família; 127

143 No VIH/SIDA foram abrangidos 4 utentes portadores do vírus VIH com emissão de chequesdentista pelos médicos de família. Não foi utilizado nenhum cheque, devido ao início deste projecto no final do ano Estes dados foram obtidos a partir da aplicação informática SISO, que monitoriza os 5 projectos Programa nacional de saúde escolar (PNSE) O Programa Nacional de Saúde Escolar (PNSE) assenta na execução sistemática de um conjunto de actividades organizadas, que contemplam uma intervenção integrada em quatro áreas: a saúde individual e colectiva, a inclusão escolar, o ambiente e os estilos de vida. Para estas áreas de intervenção prioritárias foram definidos indicadores, que nos permitiram evidenciar mudanças numa realidade que se pretende modificar. A avaliação quantitativa visa monitorizar a execução do PNSE e traduz-se em taxas de cobertura. Apesar das dificuldades na recolha da informação e em tornar visíveis as actividades de saúde escolar desenvolvidas pelos profissionais, devido à inexistência de uma base informática que permita o registo e posterior avaliação do programa, existiu desde sempre um sistema de avaliação, que ao longo do tempo nos tem permitido monitorizar as actividades nesta área. Assim, a avaliação é feita anualmente e os dados recolhidos são transcritos para suportes de informação normalizados, preenchidos ao nível local, remetidos à ARSC e por este instituto público compilados, tratados e analisados, a fim de serem enviados à DGS. A intervenção da saúde em contexto escolar incide frequentemente sobre problemas multifactoriais, decorrentes de uma população-alvo muito heterogénea e contextos complexos e realidades muito variáveis. Os profissionais que trabalham em saúde escolar direccionam a sua intervenção dando resposta às necessidades, reais e sentidas, da comunidade educativa. A reorganização dos cuidados de saúde primários, com a criação dos agrupamentos de centros de saúde (ACeS) - internamente organizados em unidades funcionais teve implicações na implementação do PNPSE a nível local, devido à mobilidade de pessoal para unidades não directamente responsáveis pelo desenvolvimento destas actividades, escassez de recursos humanos ou eventuais dificuldades ou constrangimentos na articulação entre as várias unidades existentes. 128

144 Seja qual for a realidade vivenciada, torna-se cada vez mais necessário definir e sedimentar estratégias regionais de acção pertinentes neste domínio, com a cooperação de todos os parceiros internos e externos envolvidos, definindo metodologias de trabalho/articulação entre unidades e a afectação de recursos, que permita melhorar os indicadores do PNPSE. Resultados (indicadores de produção e taxas de execução) Avaliação dos indicadores 2010 Quadro 86 - Monitorização dos indicadores de execução em saúde escolar Act INDICADOR META % Avaliação 1. Agrupamentos de centros de saúde que desenvolvem actividades no âmbito do PNSE Taxa de cobertura, por saúde escolar, a escolas do ensino pré-escolar Taxa de cobertura, por saúde escolar, a escolas do 1º ciclo do ensino básico Taxa de cobertura, por saúde escolar, a escolas do 2º e 3º ciclos do ensino básico e secundário Taxa de cobertura, por saúde escolar, a alunos do ensino pré-escolar Taxa de cobertura, por saúde escolar, a alunos do 1º ciclo do ensino básico Taxa de cobertura, por saúde escolar, a alunos do 2º ciclo do ensino básico Taxa de cobertura, por saúde escolar, a alunos do 3º ciclo do ensino básico Taxa de cobertura, por saúde escolar, a alunos do ensino secundário Taxa de cobertura, pelo Programa Básico de Saúde Oral, a alunos do ensino préescolar Taxa de cobertura pelo, Programa Básico de Saúde Oral, a alunos do 1º ciclo do ensino básico Taxa de cobertura, dos alunos com 6 anos, por exames globais de saúde (EGS) Taxa de cobertura vacinal dos alunos com 6 anos Taxa de cobertura, dos alunos com 13 anos, por EGS Taxa de cobertura vacinal dos alunos com 13 anos Apesar das transformações organizacionais em curso, a implementação do PNPSE no ano lectivo de 2009/2010 foi uma realidade em todos os ACeS/ULS da Região Centro. No entanto, e se considerarmos os centros de saúde, só 95% destes desenvolveram actividades de saúde escolar. 129

145 A população-alvo do Programa de Saúde Escolar são alunos, professores, educadores de infância, auxiliares de acção educativa e pais a que genericamente se designa por Comunidade Educativa. Apesar da proporção de escolas abrangidas pelo programa ter diminuído, verificou-se um aumento no número de alunos abrangidos por actividades de saúde escolar. Assim 82% dos alunos do ensino pré-escolar, 83% dos alunos do 1º ciclo, 65% dos alunos do 2º ciclo, 61% dos alunos do 3º ciclo do ensino básico e 37% dos alunos do ensino secundário, tiveram oportunidade de participar nas acções desenvolvidas. Das crianças com necessidades de saúde especiais (NSE) detectadas no âmbito deste programa (nomeadamente casos de défice visual, auditivo, doença crónica ou outro), foi possível o encaminhamento de cerca de 81% destas crianças, tendo ficado tratadas ou em tratamento cerca de 41% das crianças encaminhadas. Cerca de 48% das escolas têm Programa de Prevenção de Acidentes e foram monitorizados cerca de acidentes, dos quais em 82% dos casos houve recurso aos serviços de saúde para tratamento. As equipas de saúde escolar (SE) apoiaram/desenvolveram projectos específicos de promoção da saúde, abrangendo todos os graus de ensino em áreas diversas como: vida activa saudável, educação alimentar, educação sexual, relações interpessoais, absentismo escolar, consumos nocivos, prevenção da violência e outros, tendo realizado parcerias com outras instituições, comissões, organizações não governamentais (ONG) e outros. De referir a parceria da ARSC no âmbito do Projecto 5 ao dia. Esta iniciativa do Mercado Abastecedor de Coimbra, que conta com a colaboração de diversos organismos e entidades dos sectores da saúde, educação e outros, visa a promoção do consumo de frutas e produtos hortícolas (5 porções por dia) nas crianças escolarizadas entre os 7 e os 12 anos de idade ( Das actividades de execução corrente, a realização dos exames de saúde global (ESG) tem vindo a aumentar gradualmente a sua execução, embora este ano tenha apenas sido realizado a 73% dos alunos com 6 anos e 54% com 13 anos. O Programa Básico de Saúde Oral foi desenvolvido por 56% dos alunos do pré-escolar e 69% do 1º ciclo o que ficou aquém da meta desejada. A avaliação das condições de segurança, higiene e saúde das escolas é um aspecto a melhorar, tendo a DGS, em articulação com as coordenações das ARS, criado um grupo de trabalho para propor as alterações necessárias. 130

146 10. Programa de gestão ambiental A gestão sustentável de instalações e serviços constitui uma preocupação crescente de acordo com as guidelines internacionais para a melhoria contínua da prestação de cuidados de saúde, traduzida em ganhos quer para a população quer para o ambiente e assegurando, desta forma, a qualidade e a eficiência do seu funcionamento. Trata-se de uma área privilegiada em matéria de saúde ambiental. A sustentabilidade da prestação de cuidados de saúde é uma intervenção dinâmica, iniciada na concepção/implementação de serviços e recursos, efectivada através da gestão e qualificação dos serviços e consolidada através de uma avaliação permanente para garantia de qualidade. A análise e avaliação das condições existentes, bem como dos meios disponíveis para optimização da intervenção a desenvolver em saúde ambiental, são fundamentais para a prossecução do programa, dando continuidade aos projectos anteriormente iniciados e alargando a área de intervenção face a novas solicitações e desafios. Nas três áreas fundamentais anteriormente consideradas, foram incluídos novos projectos, tendo como enquadramento a gestão ambiental e a qualidade e monitorização dos determinantes ambientais: Projecto de qualidade ambiental engloba todos os projectos relacionados com a intervenção em matéria de determinantes ambientais da saúde e de intervenções e pareceres em matéria de saúde ambiental; Projecto de resíduos hospitalares a implementação da organização no SIRAPA (Sistema Integrado de Registo de Resíduos da Agência Portuguesa do Ambiente) e complementarmente a implementação da gestão de resíduos na administração pública; Projecto de prevenção de doenças e riscos decorrentes de factores ambientais de desenvolvimento ou transmissão. Como principal objectivo estabeleceu-se o cumprimento das metas definidas no anterior Plano de Acção, bem como a prossecução dos objectivos estabelecidos face aos diagnósticos de actualização. O trabalho desenvolvido tem vindo a ser consolidado com reuniões conjuntas realizadas no DSPP com todos os ACeS, e a nível de acções de formação/reflexão realizadas nos ACeS. 131

147 1 - Projecto de qualidade do ar Tem como fundamentação legal a alínea a) do ponto 2 do artigo 3º do Decreto-lei nº 78/2004, ou seja a obrigatoriedade de todas as instalações de combustão com uma potência térmica nominal superior a 100KWth efectuarem a monitorização pontual das suas emissões, duas vezes em cada ano civil (número 1 do artigo 19º). Indicadores de actividade Durante o ano de 2010 foram concluídas as monitorizações previstas de monitorização das emissões gasosas das fontes fixas do ACeS, tendo sido a todos comunicado o parecer de validação da monitorização e cumprimento dos limites de emissão, e definição de periodicidade, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (com excepção de dois centros de saúde, por restrições decorrentes da construção das chaminés existentes, cuja correcção se aguarda). Foram atingidas as metas propostas. Resultados da implementação do programa de gestão ambiental Quadro 87 - Monitorização das emissões gasosas (Decreto-lei nº 78/2004) 2 -Resíduos hospitalares: implementação da organização no SIRAPA e implementação da gestão de resíduos na administração pública Projecto de resíduos hospitalares Foram identificados os registos de estabelecimentos produtores de resíduos hospitalares pertencentes à organização ARSC e, atendendo ao pedido da Âgencia Portuguesa do Ambiente (APA) de um nível concelhio de desagregação, foi considerado como estabelecimento o centro de saúde. Atendendo à classificação legal de resíduo hospitalar, englobam-se os laboratórios de Saúde Pública, os centros de diagnóstico pneumológico (CDP) e a Farmácia da ARSC. Esta decisão implicou a manutenção de um registo por cada centro de saúde e respectivo pagamento de guias 132

148 no SIRAPA designadas como Documento Único de Pagamento (DUC). Indicadores de actividade Foram efectuadas as seguintes actividades programadas: Reunião com os directores executivos dos ACeS da ARSC, para informação relativa a pagamento de DUC do SIRAPA e registos afectos a cada ACeS (promovida pelo Conselho Directivo da ARSC); Sensibilização para implementação da gestão de resíduos e da constituição de equipas de gestão; Implementação da gestão de resíduos da função pública na ARSC; Mantém-se a gestão do procedimento (guias, notificações, etc. com efeito suspensivo até resolução e decisão final da situação pela APA); Pagamento dos DUC efectivos e regularização até Janeiro de 2011, no SIRAPA: Quadro 88 - Situação da organização ARSC, IP no SIRAPA e DUC pagos Número de registos SIRER da ARS Centro e DUC pagos Nº de guias/ DUC Nº de registos SIRAPA 158 Aguarda actualização APA ACeS ARS Centro Laboratórios de Saúde Pública (LSP) 4 8 CDP 4 9 Farmácia ARS C 1 A criar Total Prevenção de doenças e riscos decorrentes de factores ambientais de desenvolvimento ou transmissão No que diz respeito à intervenção sobre os determinantes ambientais de saúde foram implementadas medidas de avaliação e viabilização de existências e recursos para organização de programas e definição de novas metas. 133

149 Relativamente à água de consumo humano, foi efectuada uma avaliação dos equipamentos disponíveis nos ACeS para monitorização dos parâmetros básicos de caracterização, tendo os resultados desta avaliação sido comunicados superiormente. Dentro dos projectos que foram iniciados na perspectiva da vigilância salientam-se o Projecto de Vigilância Sanitária de Piscinas, e o Projecto Escolas sem Ruído, ambos tendo como principal objectivo a salvaguarda da saúde das populações e em especial dos grupos mais jovens. Vigilância Sanitária de Piscinas Foi estabelecido um plano faseado de implementação, com definição de metodologia de intervenção, com vista à uniformização de critérios e procedimentos ao nível da Região Centro e de metas. Foram efectuadas reuniões com mais de 60% das unidades de saúde pública dos ACeS da Região Centro meta plenamente atingida, conforme o calendarizado. Escolas sem Ruído A primeira fase do estudo (elaboração, quantificação e avaliação) iniciou-se em Maio de Quadro 89-1ª fase do Projecto Escolas Sem Ruído Actividades Apresentação do Projecto às USP da ARSC, CM e DREC Cronograma Previsto 1ª fase 2010 Execução Agosto /Setembro 100% Elaboração de ficha de caracterização das Escolas Setembro 100% Calendarização das visitas às Escolas para realização das medições Número de monitorizações previstas Setembro 100% 18 83,30% ( 3 não efectuadas *) * monitorizações adiadas: 2 devido a condições atmosféricas incompatíveis com as medições, e 1 por falta de viatura 134

150 11. Programa de gestão das listas de espera hospitalares A missão das administrações regionais de saúde consiste em assegurar o acesso às populações da sua área de jurisdição territorial a cuidados de saúde de qualidade (incluindo a sua oportunidade temporal), adequando os recursos disponíveis às necessidades reais de saúde daquelas populações. Assim, a garantia da satisfação de necessidades médicas (i.e., dependentes das tecnologias da saúde) enquadra-se na missão destes institutos públicos implicando a gestão apropriada do acesso a procedimentos cirúrgicos e a consultas externas hospitalares. A dimensão das LIC (Listas de Espera Cirúrgicas) está estabilizada em redor dos doentes e a mediana do tempo é de espera cerca de 4,1 meses (dados provisórios relativos a Dezembro de 2010). Quaisquer melhorias e ganhos significativos, para além deste patamar, dependem da concentração de recursos técnicos e da criação de centros especializados de alta capacidade de resposta DIMENSÃO LIC ARSC, IP Dez 2010 * Set-10 Jun-10 Mar-10 Dez-09 Set-09 Jun-09 Mar-09 Fonte: UCGIC * dados provisórios 135

151 MEDIANA DO TEMPO DE ESPERA (MESES) - LIC ARSC, IP 5 4,3 4 4,1 4 3,7 3,7 3,8 3,5 3,5 3 Dez 2010 * Set-10 Jun-10 Mar-10 Dez-09 Set-09 Jun-09 Mar-09 Fonte: SIGLIC e SICA - Data de extracção - 28/01/2011 * dados provisórios Já quanto à LINCE (Lista de Espera para Consultas Externas) verificou-se em 2010 um crescimento de quase 100% no número de pedidos realizados por via electrónica (Alert) relativamente ao ano anterior. Ano Nº 1ªas consultas realizadas e pedidos de 1ª consulta - ALERT/SICA Informação retirada do SICA/SIARS Informação retirada do ALERT % consultas realizadas registadas no ALERT Nº de pedidos de 1ª Consulta inscritos no ALERT ,50% * ,60% Fonte: SIGLIC e SICA - Data de extracção - 28/01/2011 * dados provisórios 136

152 12. Programa regional de capacitação e literacia em saúde O Programa Regional de Capacitação em Saúde ( Informação para uma correcta decisão ) tem como pressuposto fundamental o papel do cidadão-utente enquanto actor primordial do sistema de saúde. A sua finalidade consiste em promover comportamentos adequados na saúde (autogestão da saúde) e na doença (auto-gestão da doença) por parte das populações do âmbito de jurisdição territorial da ARSC, incluindo a procura apropriada de cuidados de saúde. A estratégia deste programa assenta na utilização das tecnologias emergentes em informação e comunicação como instrumentos de literacia e capacitação em saúde e de promoção daquilo a que vem sendo chamado de cidadania em saúde. A reorganização de assessorias e gabinetes correlatos existentes na ARSC funcionando, presentemente, de forma não-integrada - permitiria ganhos em eficiência e a maximização do impacte da estratégia de comunicação em saúde deste instituto público. O sector da saúde tem vivido nas últimas décadas uma galopante pressão assistencial resultante do envelhecimento da população e das expectativas dos cidadãos ( mais e melhores cuidados de saúde ). A pertinência do Programa Regional de Capacitação em Saúde resulta da preventibilidade de muitas doenças (associadas a estilos de vida) e dos custos crescentes associados aos cuidados de saúde. Actividades desenvolvidas Dentre as múltiplas actividades desenvolvidas, em exclusivo ou em parceria, por este programa destacam-se: Organização do Ciclo de Debates em Saúde (em parceria com o Dolce Vita Coimbra/Chamartín Imobiliária). Apresentação, numa grande superfície comercial (estratégia proactiva), de temas relevantes à capacitação em saúde por parte de profissionais de saúde convidados (ARSC). Foram realizadas 7 das 8 sessões programadas (periodicidade mensal, de Janeiro a Outubro de 2010). Participação em sessões de capacitação em saúde, em resposta a solicitações de entidades e organismos da sociedade civil. Colaboração em iniciativas regionais de âmbito transversal (eg. Fórum Regional de Saúde do Centro e preparação do Ano Europeu do Voluntariado 2011). 137

153 Desenvolvimento de actividades de comunicação mediatizada do risco no âmbito do Plano de Contingência Regional para as Ondas de Calor 2010 ( Disponibilização de contributos no âmbito do PNS /Alto Comissariado em Saúde em diversas áreas, com destaque para a cidadania em saúde ( O Programa Regional de Capacitação em Saúde da ARSC assegura, no âmbito das suas actividades, um conjunto vasto de representações deste instituto público junto dos serviços centrais do Ministério da Saúde: integração da equipa nacional de edição de conteúdos do PORTAL DA SAÚDE ( desde a sua criação em 2005 e gestão do microsite do Delegado de Saúde Regional do Centro (alojado em com todos os níveis de privilégio (desde a sua disponibilização em 2006). O programa garantiu, ainda, a interlocução regional junto do Alto Comissariado da Saúde/Projecto Nacional de Literacia em Saúde e Capacitação do Cidadão. 138

154 13. Observatório Regional de Apoio ao Sistema SIM-Cidadão A criação do Sistema de Gestão das Sugestões e Reclamações (SGSR), pretendeu tornar mais eficiente o tratamento das reclamações, melhorando o atendimento e a prestação de cuidados de saúde, com base nas exposições dos utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Consequentemente, foi criada uma estrutura responsável pelo acompanhamento e monitorização, a nível nacional e regional, das exposições efectuadas nos Gabinetes do Utente, criados pelo Despacho n. 26/86, ou nos livros de reclamações existentes obrigatoriamente em todos os serviços públicos, nos termos da Resolução do Conselho de Ministros nº 189/96, de 31 de Outubro. Com efeito, o Despacho nº 5081/2005 do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, criou o Observatório Nacional de Apoio ao Sistema SIM-Cidadão e, junto de cada ARS, os Observatórios Regionais, com atribuições de acompanhamento e monitorização das exposições e reclamações dos utentes do SNS que derem entrada nos serviços do âmbito das respectivas ARS, bem como das decisões a elas respeitantes. De salientar que o Decreto-Lei n.º 28/2008, de 22 de Fevereiro, que instituiu os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) e criou o Gabinete do Cidadão (GC) como um serviço de apoio, na dependência directa e funcional do director executivo do ACES, conferindo-lhe a responsabilidade pelo atendimento e pelo processo de registo, análise, tratamento, proposta de resolução e resposta a todas as exposições apresentadas pelos cidadãos utilizadores, bem como pela identificação das medidas correctivas. Por seu turno e decorrente da reestruturação das ARS operada pelo D.L. n.º 222/2007, de 29 de Maio, os Estatutos da ARSC, IP, anexos à Portaria n.º 650/2007, de 30 de Maio prevê no seu artigo 8º. a existência do Gabinete Jurídico e do Cidadão ao qual compete, neste âmbito, assegurar, em cooperação com o Observatório Regional, a gestão das sugestões e reclamações dirigidas ou encaminhadas para a ARS do Centro, IP. 139

155 A missão e os objectivos decorrentes desta articulação são os seguintes: Acompanhar os indicadores de satisfação e o nível de participação dos utentes do SNS; Obter e tratar de forma credível e oportuna a informação disponível sobre o modo como a qualidade dos serviços prestados é percepcionada pelos cidadãos; Acompanhar e monitorizar as exposições apresentadas pelos cidadãos, bem como as decisões a elas respeitantes; Monitorizar o desempenho dos Gabinetes do Cidadão e promover a melhoria contínua do seu funcionamento e da sua actuação com o SGSR nos serviços de saúde da Região Centro; Zelar pelo respeito dos utilizadores dos serviços de saúde, com vista a uma maior e melhor participação dos mesmos no pleno uso dos seus direitos e deveres de cidadania. Foram desenvolvidas, em síntese, as seguintes acções: Atendimento presencial e telefónico dos cidadãos que pretenderam manifestar directamente, a nível regional, a sua opinião relativamente à actuação dos serviços ou profissionais de saúde das instituições da Região Centro; Avaliação e encaminhamento, através do SGSR, das exposições relativas aos centros de saúde e hospitais da região remetidas à ARSC directamente pelos exponentes ou pelos Serviços Centrais do Ministério da Saúde, cuja resposta é da responsabilidade da instituição visada; Apoio aos GC da Região Centro na implementação dos procedimentos a observar e circuitos inerentes ao tratamento das exposições nos ACES continuação; Identificação das necessidades de formação dos profissionais dos GC; Esclarecimento/orientação dos profissionais dos GC acerca do preenchimento dos mapas estatísticos relativos à produção mensal dos GC; Colaboração com o Departamento da Qualidade em Saúde da DGS, designadamente, através de: o Identificação de anomalias e falhas do SGSR, o Elaboração de propostas de melhorias e desenvolvimentos do SGSR, 140

156 o Acompanhamento das actualizações do SGSR (correcções e desenvolvimentos), o Acompanhamento dos GC na implementação das alterações introduzidas, o Monitorização e acompanhamento de correcções de inconformidades de registos do SGSR, o Monitorização do acesso dos utilizadores do SGSR, o Acompanhamento de elaboração de Planos de contingência relativos ao período de suspensão do SGSR, o Divulgação e esclarecimento das Orientações emitidas pela Coordenação do Sistema SIM-Cidadão/DGS. Participação nas reuniões do Observatório Nacional do Sistema SIM-Cidadão; Participação no Grupo de Trabalho para a Revisão Legislativa do Sistema SIM-Cidadão, dinamizado pela DGS; Recolha e sistematização dos dados estatísticos solicitados à ARSC pela Inspecção-Geral das Actividades em Saúde. 141

157 CAPÍTULO III. REORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS

158 1. Reorganização dos serviços A reorganização da rede de cuidados de saúde primários, ao abrigo do Decreto-Lei nº 28/2008 de 22 de Fevereiro, assenta na criação de unidades funcionais, integradas nos agrupamentos de centros de saúde (ACeS), visando a prestação de cuidados de saúde de âmbito individual e populacional de forma efectiva, equitativa (cobertura) e eficiente, porque concertada. De acordo com aquele diploma legal, os ACeS são serviços desconcentrados das respectivas administrações regionais de saúde, sujeitos ao seu poder de direcção (número 3 do artigo 2º). As unidades funcionais prestadoras de cuidados de saúde de âmbito individual correspondem às unidades de saúde familiar (USF) e, mais recentemente, às unidades de cuidados de saúde personalizados (UCSP). As USF encontram-se organizadas em dois modelos (modelo A, dotadas de incentivos institucionais, e modelo B, dotadas de incentivos individuais), prevendo-se ainda, a título experimental e supletivo, o modelo C (contratos-programa com os sectores social, cooperativo e privado). A par das USF e das UCSP, cada ACeS dispõe, nos termos do diploma em apreço, de uma unidade de saúde pública (com a missão de observatório local de saúde), de unidades de cuidados na comunidade e de uma unidade de recursos assistenciais partilhados (à qual incumbe o apoio e consultoria às restantes unidades funcionais) Cuidados de saúde primários Unidades funcionais dos agrupamentos de centros de saúde Unidades de saúde familiar As USF surgem de um movimento organizativo voluntário de um conjunto de profissionais de saúde, e visam a prestação de cuidados de saúde personalizados, garantindo a acessibilidade, a continuidade e a globalidade dos mesmos. No ano de 2010 entraram em funcionamento 5 novas unidades de saúde familiar (Flor de Sal, Rainha D. Teresa, Mondego, Progresso e Saúde, Montemuro), tendo a USF S. Pedro (ACeS D. 143

159 Lafões II) cessado nesse ano a sua actividade. Desta forma, a 31 de Dezembro de 2010 encontravam-se em funcionamento 31 USF (das quais 20 correspondem ao modelo A). Quadro 90 - USF nos modelos A e B ( ) 2010 % 2009 % Var. 09/10 (%) N.º de USF Modelo B 11 35,5 7 25,9 57,1 N.º de USF Modelo A 20 64, ,0 0,0 N.º de USF , ,0 14,8 Relativamente ao período de 2006 a 2010, verifica-se que 2007 foi o ano em que foram constituídas mais USF ( pico de incidência ), tendo este número estabilizado em 2009 e Gráfico 51 - N.º de USF criadas ( ) N.º de USF criadas desde 2006 Das 31 USF em funcionamento a 31/12/2010, 11 encontram-se a funcionar de acordo com o modelo B (maior amadurecimento organizacional, traduzido por um processo de contratualização mais exigente e, simultaneamente, por um regime retributivo especial para todos os profissionais). 144

160 Quadro 91 Unidades de saúde familiar em funcionamento na área de influência da ARSC em 31/12/2010 Designação das USF ACES Entrada em funcionamento Modelo A Modelo B Moliceiro Santa Joana Beira Ria Baixo Vouga II Flor de Sal Rainha D. Teresa Barrinha S. João de Ovar Baixo Vouga III João Semana Alpha Briosa Cruz de Celas Condeixa Baixo Mondego I CelaSaúde Mondego Buarcos S. Julião Baixo Mondego II Vitasaurium Marquês de Marialva As Gândras Baixo Mondego III Progresso e Saúde Santiago de Leiria Pinhal Litoral II D. Dinis Serra da Lousã Pinhal Interior Norte I Grão Vasco Infante D. Henrique Viriato Dão Lafões I Lusitana Viseu Cidade Montemuro Dão Lafões II Lafões A Ribeirinha ULS da Guarda, EPE Fonte: ARSC Os ACeS do Baixo Vouga II, Baixo Mondego I e Dão Lafões I são aqueles que dispõem de um maior número de USF em funcionamento (5 USF em cada um destes ACeS). Unidades de cuidados de saúde personalizados As UCSP (unidades de cuidados de saúde personalizados) apresentam uma estrutura idêntica às USF e, à semelhança destas últimas, prestam cuidados personalizados de saúde, garantindo a 145

161 acessibilidade, a continuidade e a globalidade dos mesmos. Sem processo de candidatura, estas unidades foram constituídas através da assinatura de uma carta de compromisso com o director executivo do ACeS, de acordo com o plano de acção respectivo. Desde 2009 entraram em funcionamento 37 UCSP na área territorial da ARSC. Quadro 92 - Unidades de cuidados de saúde personalizados no âmbito territorial da ARSC, IP ACES / ULS Designação UCSP Entrada em funcionamento Águeda I Baixo Vouga I Águeda IV Oliv.do Bairro I Oliv.do Bairro II Baixo Vouga II Albergaria a Velha I Ilhavo I Baixo Mondego I Conímbriga Fig. Da Foz Urbana Montemor o Velho Arazede Baixo Mondego II Soure Fig. Da Foz Norte Fig. Da Foz Sul Baixo Mondego III Cantanhede Mealhada Mira Mortágua "Juíz de Fora" Belmonte Cova da Beira Covilhã Covilhã Tortosendo Teixoso Fundão Sede Fundão Extensões Pinhal Litoral I Pombal Oeste Pinhal Interior Norte I Lousã/Serpins Dão Lafões I D. Duarte Coração de Viseu Oleiros Proença-a-Nova ULS de Castelo Branco Fonte: ARSC *O ACeS PIN I criou em 2011 as UCSP de Miranda do Corvo, Tábua e Arganil Sertã Vila de Rei UCSP I UCSP II UCSP III UCSP IV UCSP V

162 Unidades de cuidados na comunidade As UCC (unidades de cuidados na comunidade) estão fundamentadas no Decreto-Lei n.º 28/2008 de 22 de Fevereiro que criou os ACeS e têm como principio assegurar respostas integradas, articuladas, diferenciadas de grande proximidade às necessidades em cuidados de saúde e sociais da população. Em 2010 entraram em fucionamento 4 UCC, resultado de um processo de candidatura com a respectiva autorização e homologação pelo Conselho Directivo da ARSC. Quadro 93 - Unidades de cuidados na comunidade, no âmbito territorial da ARSC, IP UCC ACES / ULS Designação Entrada em funcionamento Baixo Vouga II Albergaria Pinhal Interior Norte I Arouce Pedra da Sé Dão Lafões III Nelas com + Saúde Fonte: ARSC Unidades de saúde pública As USP (unidades de saúde pública) abrangem toda a área geográfica do ACeS e têm como missão elaborar informação e planos no domínio da saúde pública, proceder à vigilância epidemiológica, gerir e monitorizar programas de saúde no âmbito da prevenção, promoção e protecção da saúde e ainda exercer as funções de autoridade de saúde. A 31/12/2010 encontram-se em funcionamento 17 USP ou equiparáveis, correspondentes à totalidade dos 14 ACeS da ARSC e às ULS da Região. A ULS de Castelo Branco EPE, em funcionamento desde 1 de Janeiro de 2010, dispõe de duas USP, transitadas dos ACeS criados ao abrigo da portaria nº 274/2009 de 18 de Março (Beira Interior Sul e Pinhal Interior Sul). Nos termos da legislação em vigor (número 1 do artigo 12º do Decreto-Lei nº 28/2008 de 22 de Fevereiro) incumbe, ainda, a estas unidades funcionais assegurar a função de observatório de saúde da área geodemográfica correspondente ao ACeS em que se integram dotando, desta 147

163 forma, os decisores de informação em saúde necessária à tomada de decisão (health information/public health reporting). As USP, serviços operativos de saúde pública de âmbito local, são coordenadas pelo delegado de saúde de âmbito municipal, designado nos termos da legislação própria das autoridades de saúde (Decreto-Lei nº 82/2009 de 2 de Abril). Quadro 94 - Unidades de saúde pública, no âmbito territorial da ARSC, IP ACES / ULS Entrada em funcionamento N. profissionais Baixo Vouga I Baixo Vouga II * Baixo Vouga III Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Cova da Beira ** Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II Pinhal Interior Norte I Pinhal Interior Norte II Dão Lafões I Dão Lafões II Dão Lafões III ULS da Guarda n.d. 13*** ULS de Castelo Branco (ACES Pinhal Interior Sul) (ACES Beira Interior Sul) 01/09/ Fonte: ARSC * Inclui 8 profissionais a tempo parcial **Inclui 26 profissionais a tempo parcial *** Profissionais afectos à sede da USP incluindo Laboratório de Saúde Pública e excluindo profissionais dos pólos locais/centros de saúde 148

164 Unidades de recursos assistenciais partilhados Estas unidades, previstas no Decreto-Lei nº 28/2008 de 22 de Fevereiro, abrangem todo o território do ACeS e prestam serviços de consultoria e assistenciais às unidades funcionais atrás referidas, organizando ainda as ligações funcionais aos serviços hospitalares. No ano de 2010 entraram em funcionamento 9 URAP, compostas por uma equipa multidisciplinar com um âmbito de intervenção agrupamental (à semelhança das USP). Ao contrário das USP, as URAP não dispõem de programas de saúde próprios, antes concorrendo para a prossecução dos objectivos das unidades funcionais e do ACeS, mediante a disponibilização dos recursos que lhes são alocados. Quadro 95 - Unidades de recursos assistenciais partilhados URAP ACES / ULS Entrada em funcionamento N. profissionais Baixo Vouga I Baixo Vouga II * Baixo Vouga III Baixo Mondego I ** Baixo Mondego II Baixo Mondego III Cova da Beira Pinhal Litoral II n.d. 11** Pinhal Interior Norte I *** Pinhal Interior Norte II Dão Lafões I Dão Lafões II Dão Lafões III ULS de Castelo Branco Fonte: ARSC *Inclui 8 profissionais a tempo parcial **Técnicos superiores ***Ténicos superiores e os técnicos de diagnóstico e terapêutica 149

165 1.2. Outras unidades ou serviços Unidades de apoio à gestão A 31/12/2010 a ARSC dispunha de 14 unidades de apoio à gestão (UAG) em funcionamento. Estas unidades funcionais, criadas ao abrigo da alínea f) do número 1 do artigo 7º do decreto-lei nº 28/2008 de 22 de Fevereiro, exercem funções de assessoria ao director executivo do ACeS. Quadro 96 - Unidades de apoio à gestão ACES / ULS UAG Entrada em funcionamento N. profissionais Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Cova da Beira * Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II Pinhal Interior Norte I Pinhal Interior Norte II Dão Lafões I Dão Lafões II Dão Lafões III Fonte: ARSC * Incluindo profissionais a tempo parcial 150

166 CAPÍTULO IV. AVALIAÇÃO

167 1. QUAR (Quadro de avaliação e responsabilização) Missão: Garantir à população da sua área geográfica de intervenção o acesso à prestação de cuidados de saúde de qualidade, adequando os recursos disponíveis às necessidades em saúde e cumprir e fazer cumprir o Plano Nacional de Saúde na Região de Saúde do Centro. Objectivos Estratégicos: OE1 OE2 OE3 OE4 OE5 Melhorar a acessibilidade das populações aos cuidados de saúde Alargar a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) Incrementar a prevenção e controlo da doença crónica Incrementar a saúde da Mulher e da Criança Melhorar a qualidade de gestão da ARS Centro através da optimização de recursos e modernização administrativa Monitorização 2010 Eficácia Ponderação: 50% Avaliação 2010 OP1 Ind1 - Implementação da nova organização dos cuidados de saúde primários (DL 28/2008) através da entrada em funcionamento dos ACES e suas Unidades Funcionais (OE1) Indicadores Nº de ACES com todas as unidades funcionais criadas e regulamentadas 2010 Meta Ponderação: 20% Peso Fontes de Verificação Resultado Desvio Taxa de realização 11 25% ARSC e MCSP 11 0% 100% Ind2 - Nº de USF e UCSP em funcionamento na região 78 75% ARSC e MCSP 83 6% 106% OP2 Reduzir em 3% o nª de utentes sem médico de família (OE1) Ponderação: 20% Indicadores 2010 Meta Peso Fontes de Verificação Ind3 - Nº de utentes sem médico de familia % SINUS-ACSS % 105% OP3 Aumentar em 15% o nº total de camas em RCCI (OE 2) Ponderação: 20% Ind4 - Ind5 - Ind6 - OP4 Indicadores Nº de camas disponíveis em RCCI a (convalescença, média e longa duração) Nº de camas disponíveis em RCCI a (cuidados paliativos) Nº de equipas em cuidados domiciliarios em RCCI a Aumentar em 3% o nº de consultas médicas hospitalares (OE1) 2010 Meta Peso Fontes de Verificação % base dados RNCCI % 113% 64 30% base dados RNCCI 25-61% 39% 54 10% base dados RNCCI 36-33% 67% Ponderação: 20% 152

168 Eficácia Ponderação: 50% Avaliação 2010 Ind7 - Ind8 - Indicadores Nº de primeiras consultas médicas hospitalares no ano de 2010 Percentagem de primeiras consultas médicas hospitalares em 2010 relativamente ao total de consultas hospitalares 2010 Meta Peso % 32% 40% Fontes de Verificação Plano de desempenho mensal ARSC Plano de desempenho mensal ARSC % 108% 30% -8% 92% OP5 Aumentar em 3% o nº de cirurgias realizadas por forma a reduzir a lista de espera cirurgica (OE1) Ponderação: 20% Indicadores 2010 Meta Peso Fontes de Verificação Ind9 - Nº de cirurgias realizadas no ano de % SIGIC % 114% Ind10 - Percentagem de cirurgias em ambulatório no ano de 2010, relativamente ao total de cirurgias programadas 50% 30% SIGIC 49,3% -1% 99% Ind11 - Nº de utentes em lista de espera cirurgica % SIGIC % 102% Eficiência Ponderação: 25% Avaliação 2010 OP6 Ind12 - OP7 Ind13 - Ind14 - Ind15 - Ind16 - OP8 Ind17 - OP9 Ind18 - Optimização dos recursos humanos e materiais nos cuidados de saúde em RCCI, incrementando a utilização custo-efectiva (OE2) Indicadores Taxa média de ocupação das camas em CCI durante 2010 Cobertura integral da região centro nos rastreios oncológicos do colo do útero e mama feminina (OE3) Indicadores Percentagem de mulheres em idade elegível que realizam rastreio do cancro do colo do útero Percentagem de unidades de saúde da região com programa de rastreio do cancro do colo do útero Percentagem de mulheres em idade elegível que realizam rastreio do cancro da mama feminina Percentagem de unidades de saúde da região com programa de rastreio do cancro da mama feminina (OE4) Implementar um projecto piloto de monitorização sistemática de risco cardio-vascular na consulta de adultos em CSP (OE3) Indicadores Nº de unidades de saúde em utilização do cartão de risco cardio-vascular Aumentar a utilização de medicamentos genéricos na região (OE5) Indicadores percentagem de embalagens de medicamentos genéricos vendidas relativamente ao total de embalagens receitadas durante Meta Ponderação: 25% Peso Fontes de Verificação 90% 100% base dados RNCCI 93% 3% 103% 2010 Meta Ponderação: 25% Peso 55% 15% 100% 35% 65% 15% 100% 35% 2010 Meta Fontes de Verificação Comissão Oncologica Regional ARSC Comissão Oncologica Regional ARSC Comissão Oncologica Regional ARSC Comissão Oncologica Regional ARSC Ponderação: 25% Peso Fontes de Verificação 61% 11% 111% 100% 0% 100% 66,5% 2% 102% 100% 0% 100% % ARSC IP 19 58% 158% 2010 Meta Ponderação: 25% Peso Fontes de Verificação 17% 100% Infarmed/SIARS 23% 35% 135% 153

169 Qualidade Ponderação: 25% Avaliação 2010 OP10 Aumentar em pelo menos 5% a taxa de cobertura em saúde materno-infantil em CSP (OE4) Ponderação: 20% Indicadores 2010 Meta Peso Fontes de Verificação Ind19 - Ind20 - OP11 Ind21 - OP12 Ind22 - OP13 Taxa de cobertura em saúde materna nos centros de saúde da região Taxa de cobertura em saúde infatil (1º ano de vida) nos centros de saúde da região Implementar o rastreio do cancro do colon e recto como projecto piloto em 6 dos 14 ACES para cidadãos dos 60 aos 70 anos de idade (OE3) Indicadores Nº de ACES em programa de rastreio CCR Garantir resposta atempada pelo Gabinete do Utente às reclamações/sugestões do cidadão (OE5) Indicadores Inicio do processo de resposta ao cidadão no prazo de 5 dias úteis Manter a taxa de cobertura vacinal aos 15 meses não inferior a 97,5% (OE 4) Indicadores 66% 50% ARSC IP 75,8% 15% 115% 81% 50% ARSC IP 94,3% 16% 116% 2010 Meta Ponderação: 20% Peso Fontes de Verificação 6 100% ARSC IP 6 0% 100% 2010 Meta Ponderação: 20% Peso Fontes de Verificação 90% 100% ARSC IP 90,0% 0% 100% 2010 Meta Ponderação: 20% Peso Fontes de Verificação Ind23 - taxa de cobertura vacinal aos 15 meses 97,6% 100% ARSC IP e DGS 97,6% 0% 100% OP14 Ind24 - Atingir uma taxa de cobertura vacinal Anti-HPV superior a 90% na coorte feminina de 13 anos de idade (OE 4) Indicadores Percentagem de jovens da coorte de 13 anos de idade em 2010 vacinadas com anti-hpv, relativamente à população elegível 2010 Meta Ponderação: 20% Peso Fontes de Verificação 87% 100% ARSC IP e DGS 86% -1% 99% Legenda: 1 Superou (S) 0 Atingiu (A) -1 Não Atingiu (NA) 154

170 Recursos Humanos Avaliação 2010 Grupo Profissional Nº Efectivos Pontuação unitária Pontuação Planeada Nº Efectivos* Pontuação executada Desvio Dirigentes - Direcção Superior 8 4 Dirigentes - Direcção Intermédia, Chefes de equipa Técnicos Superiores Coordenadores Técnicos Assistente técnico Assistente operacional TOTAL * não contabilizados os profissionais das ULS da Guarda e C. Branco Recursos Financeiros (euros) Avaliação 2010 Rubricas exercicio 2009* Estimado 2010* Executado 2010* Desvio Funcionamento % Despesas com Pessoal Aquisição de Bens e Serviços Transferências correntes Outras despesas correntes Aquisição de bens de capital PIDDAC % Outros % TOTAL % * não contabilizados os recursos das ULS da Guarda e C. Branco 155

171 2. Auto-avaliação Na globalidade, os objectivos propostos no QUAR de 2010 da ARSC, foram atingidos ou superados, tendo-se atingido 107,4% na taxa de realização final. Dos objectivos de eficácia, foram superados 4 em 5 objectivos propostos, o que levou a uma taxa final de 50,6/50. O objectivo 3: Aumento em 15% do número de camas em RNCCI não foi atingido (86,2% de realização). Dos indicadores deste objectivo, foi superado o indicador 4 relativo ao aumento do nº de camas de convalescença, média e longa duração, em 13%, mas não se verificou qualquer incremento no número de camas em cuidados paliativos (indicador 5) nem no nº de EDCCI: As camas de cuidados paliativos em RCCI, na dependência de terceiros e de concursos com forte componente burocrática, sofreram atrasos consideráveis. A criação de EDCCI tem sido condicionada pela falta de recursos humanos, sobretudo de enfermagem, nos ACES. O indicador percentagem de primeiras consultas hospitalares relativamente ao total de consultas hospitalares na região (indicador 8) ficou também aquém do proposto, atingindo 92%. Contudo, o objectivo 4 de aumentar em 3% o nº de consultas hospitalares na região foi superado. Todos os objectivos de eficiência, foram superados, e todos os indicadores atingidos ou superados, tendo sido de 31,1/25 a taxa final de eficiência. Relativamente aos objectivos de qualidade, 2 foram superados, 2 foram atingidos e 1 não foi atingido, obtendo-se uma taxa final de 25,7/25 em qualidade. Apenas o objectivo da cobertura vacinal anti-hpv na coorte de 13 anos ficou aquém do desejado, embora tenha tido um cumprimento de 99%. Como menção, salientamos a elevada eficácia, o bom desempenho nos critérios de qualidade e a superação de todos os parâmetros de eficiência propostos no inicio do ano. Consideramos ter havido um desempenho muito positivo por parte da instituição e seus profissionais. 156

172 Assim, consideramos que na sua globalidade, a ARS Centro teve um nível de desempenho que classificamos qualitativamente como Bom, em paralelo com a avaliação quantitativa global de 107,4% da taxa de realização final. Realçamos algumas das referências na audição dos dirigentes intermédios e demais trabalhadores que demonstram a preocupação numa gestão participada e numa cultura de co-responsabilização. Não foi realizado, inquérito interno de satisfação aos utilizadores a nível regional. Este inquérito está a ser realizado num âmbito nacional, com validação externa. O plano de acção de 2011, em consonância com o Plano Nacional de Saúde , não deixará de incluir as medidas de correcção dos desvios observados. O Presidente do Conselho Directivo da ARSC, IP (Dr. João Pedro Pimentel) 157

173 ANEXOS

174

175 Anexo 1. Balanço Social: análise sumária O balanço social constitui um instrumento de informação e de negociação e, simultaneamente, um instrumento de planeamento e gestão nas áreas sociais e dos recursos humanos. A 31/12/2010 existiam trabalhadores em funções na Administração Regional de Saúde do Centro, IP, considerando a sede e os serviços desconcentrados (ACeS), dos quais 79% do sexo feminino e 21% do sexo masculino. Gráfico 52 - Pirâmide etária da ARSC (2010) Fonte: Balanço Social 2010 A caracterização etária dos trabalhadores está compreendida entre os 25 e os 69 anos e a maioria tem mais de 45 anos de idade (63%). A idade média dos trabalhadores é de 47 anos. A Administração Regional de Saúde do Centro, IP mostra-nos que a maioria dos médicos (69%) tem mais de 50 anos de idade, enquanto que a maioria dos enfermeiros (80%) apresentam uma idade inferior a 50 anos. Observa-se que 40% dos assistentes técnicos e 35% dos médicos trabalham há mais de 30 anos na respectiva carreira. Considerando a modalidade de vinculação, 99% dos trabalhadores detinha Contratos de Trabalho em Funções Públicas (CTFP), dos quais 86% por tempo indeterminado e 13% a termo resolutivo

176 (certo e incerto). Os restantes trabalhadores estavam em Comissão de Serviço no âmbito da LVCR e no âmbito do Código do Trabalho. As ULS concentram no seu território 40% dos recursos humanos activos. Quadro 97 - Recursos humanos em funções na Região Centro, segundo o grupo profissional a 31/12/2010 Recursos Humanos da ARS Centro, IP Dirigentes Médicos Enfermeiros Téc. Superior Informática Téc. Sup. Saúd e Téc. Diagn. Terapêutic a Sede Assist. Téc. CDP a) Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Cova da Beira Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Pinhal Interior Norte I Pinhal Interior Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II Dão-Lafões I Dão-Lafões II Dão-Lafões III ULS de C.Branco, EPE b) ULS da Guarda, EPE Fonte:ARSC;ULSCB;ULSG a) Inclui Coimbra e Leiria b) No total de pessoal em funções da ULS de Castelo Branco, EPE estão incluídos 104 profissionais em prestação de serviços através de empresas Assist. Oper. Outro Pessoal Durante o ano de 2010, aposentaram-se no âmbito da ARSC 271 profissionais, na sua maioria assistentes técnicos e médicos. Os ACeS mais afectados foram o Baixo Mondego I (9%), o Baixo Vouga II e o Pinhal Litoral II (8,7% em ambos). Nas ULS, a maior parte das saídas por aposentação durante o ano de 2010 registou-se entre os assistentes técnicos e operacionais, logo seguidos pelos médicos. (quadro 98)

177 Quadro 98 - Saída de pessoal por aposentação, segundo o grupo profissional, em 2010 Dirigentes Médico s Enfermeiro s Técnico Superio r Informática Téc. Sup. Saúde Téc. Diagn. Terapêutic a Assist. Téc. Assist. Oper. Outro Pessoal Sede CDP a) Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Cova da Beira Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Pinhal Interior Norte I Pinhal Interior Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II Dão-Lafões I Dão-Lafões II Dão-Lafões III ARS Centro, IP b) ULS C. Branco, EPE ULS Guarda, EPE Total ULS Região Centro Fonte: ARSC; ULS a) Inclui Coimbra e Leiria b) b) Podem ocorrer diferenças no nº de aposentados em 2010, em consequência da divergência de critérios no que respeita à data da recepção da comunicação da aposentação vs produção de efeitos da aposentação, especialmente nas situações que ocorrem no fim/início do ano. Total A 31/12/2010 existiam 67 trabalhadores em situação de mobilidade geral - predominantemente pertencentes às carreiras de enfermagem, dos assistentes técnicos e dos assistentes operacionais. A data de 31 de Dezembro de 2010, o valor médio da antiguidade dos trabalhadores na respectiva carreira é de 20 anos. Em 2010 saíram 330 trabalhadores, 74% dos quais motivos de reforma/aposentação, predominantemente das carreiras de assistente técnico (38%) e médica (27%).

178 Relativamente às ausências ao trabalho dos profissionais da ARS Centro foram principalmente por doença (49%) e por protecção na parentalidade (11%). O total de despesas com pessoal no ano de 2010 somou ,73 Euros. Exceptuando o pagamento da remuneração base (incluindo subsídios de férias e de Natal), o pagamento de suplementos remuneratórios representou 15% das despesas com pessoal (32% pagamento de trabalho em dias de descanso semanal, complementar, em 29% a feriados e trabalho extraordinário diurno e nocturno) - sendo 70% dos suplementos remuneratórios pagos a pessoal médico, devido principalmente a trabalho extraordinário. Os encargos com prestações sociais representaram 3,7% das despesas com pessoal em Registaram-se 33 acidentes no local de trabalho que resultaram num total de dias de trabalho perdidos. Não foram declarados casos de incapacidade relativamente aos trabalhadores vítimas de acidente de trabalho. No âmbito das actividades de medicina no trabalho realizaram-se 230 exames médicos, totalizando euros de encargos totais (medicamentos, pessoal afecto e exames complementares). No ano de 2010, registaram-se 773 participações em acções de formação profissional, todas internas, e na sua maioria (77%) com duração inferior a 30 horas. As despesas com formação somaram ,33 euros.

179 Anexo 2. Caracterização económico-financeira No ano de 2010, solidificada a estrutura organizacional da prestação dos cuidados de saúde primários em paralelo com o importante papel de cumprir e fazer cumprir o Plano Nacional de Saúde na sua área de jurisdição territorial, consolidou-se a centralização das componentes financeiras até aqui localizadas a um nível sub-regional. Este novo modelo organizacional tem por principal objectivo ganhos de eficiência, libertando as unidades prestadoras dos cuidados de saúde para o desenvolvimento da sua actividade específica junto da população da sua área geodemográfica. Não obstante os constrangimentos resultantes da integração de diferentes práticas e procedimentos, nas diversas componentes financeiras, no final do exercício económico encontravam-se em desenvolvimento um conjunto de projectos considerados fundamentais para a consolidação do novo modelo de organização regional, centrado na simplificação da estrutura orgânica existente e na melhoria da qualidade dos serviços prestados: Projecto de Recursos Humanos - iniciado em 2009 mas com relevante desenvolvimento em 2010, permitiu a centralização do processamento de vencimentos e o desenvolvimento do portal do funcionário. Relativamente a este projecto foram sentidas grandes dificuldades na integração do processamento dos vencimentos no Sistema de Informação Descentralizado de Contabilidade (SIDC), tendo sido ultrapassadas já na fase final do ano económico. Projecto de Gestão de Reembolsos - implementação de um sistema de gestão administrativa e financeira de reembolsos, descentralizado na componente administrativa pelos agrupamentos de centros de saúde (ACeS), originalmente desenvolvido pela ARS do Norte, IP. Através deste projecto, com início já em 2011, será possível o processamento atempado dos reembolsos das despesas de saúde realizadas pelos utentes, mantendo-se o necessário controlo. Projecto SGTD (Sistema de Gestão de Transportes de Doentes) - gestão do transporte de doentes no âmbito da prestação de cuidados de saúde. Pelas suas características é um projecto descentralizado na componente administrativa, ficando a componente financeira à responsabilidade do Departamento de Gestão Financeira. Projecto de Facturação a integração deste programa nos sistemas de gestão de doentes em funcionamento nas unidades de saúde e posterior integração no SIDC, permitirá um

180 maior controlo sobre toda a facturação bem como uma maior rentabilização dos recursos humanos existentes. Pelas características e especificidades dos serviços de saúde, houve a necessidade de se realizarem desenvolvimentos informáticos que incluíssem, para além da facturação integrada, a prestação de outros serviços, designadamente no âmbito da Saúde Pública. Projecto de centralização da conferência de facturas - iniciado em Agosto de 2010 com a centralização regional da conferência de facturas relativas ao fornecimento de serviços de saúde Projecto de centralização de compras e logística - centralizador dos processos de compras e distribuição, desenhado em 2010 mas cuja entrada em produtivo foi já em Fevereiro de Com este projecto será possível à ARSC, IP uma poupança muito significativa em recursos, físicos e humanos, e nos consumos diários, com especial relevo para os relacionados com a componente terapêutica e medicamentosa. Quanto à execução financeira e orçamental de 2010 ocorreu um ligeiro decréscimo não só na receita processada de Orçamento de Estado e receita própria como também na despesa processada e paga, com especial relevo para os custos com os consumos e com pessoal. Para este decréscimo da despesa contribuiu o esforço que tem vindo a ser realizado na reorganização dos serviços procurando-se em permanência uma maior eficácia da despesa realizada, com ganhos significativos para a organização. Gráfico 53 - Evolução das Receitas 2009/ , , , , , , , ,00 0,00 Transferências e Subsídios Correntes Obtidos Outros Proveitos

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