Neurociências: Consumo e dependência de substâncias psicoativas RESUMO DO RELATÓRIO ELABORADO PELA OMS - parte I. Introdução

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Neurociências: Consumo e dependência de substâncias psicoativas RESUMO DO RELATÓRIO ELABORADO PELA OMS - parte I. Introdução"

Transcrição

1 Neurociências: Consumo e dependência de substâncias psicoativas RESUMO DO RELATÓRIO ELABORADO PELA OMS - parte I Introdução O consumo de substâncias e as farmacodependências representam um importante problema de saúde pública, no relatório de 2002 elaborado pela OMS sobre a saúde no mundo, verificou-se que 8,9% da carga global das doenças resultam do consumo de substâncias psicoativas. O tabaco, o álcool e as drogas ilícitas representavam respectivamente 4,1%, 4% e 0,8% desta carga. Das 18 incapacitações estudadas em 14 países, o "uso nocivo de substâncias" estava em primeiro ou nos primeiros lugares em termos de desaprovação ou preconceito social na maioria das sociedades estudadas. Este relatório tem como principal objetivo relacionar fatores biológicos ao consumo de substâncias a partir dos conhecimentos obtidos nos últimos 30 anos. Durante este período, pôde-se conhecer melhor o mecanismo de ação das substâncias psicoativas além de proporcionar novos conhecimentos sobre os motivos que levam algumas pessoas a utilizar substâncias e a se tornarem dependentes. Embora o tema central deste relatório seja os mecanismos cerebrais envolvidos no consumo de substâncias, os fatores sociais e ambientais, assim como aspectos neurocientíficos, intervenções e implicações éticas de novas estratégias biológicas de intervenção também são abordados. Consumo mundial de substâncias psicoativas e danos à saúde Consumo de tabaco O consumo mundial de álcool, tabaco e outras substâncias lícitas está aumentando rapidamente e contribuindo de maneira importante para a carga das doenças em todo o mundo. O tabagismo está aumentando rapidamente em países em desenvolvimento e entre mulheres. Atualmente, 50% dos homens e 9% das mulheres de países em desenvolvimento fumam, em comparação com 35% dos homens e 22% das mulheres em países desenvolvidos. O consumo per capita de cigarros na Ásia e no Extremo Oriente é superior ao de outras partes do mundo, seguido pelas Américas e pelos países do leste europeu. Consumo de álcool Segundo o Global Status Report on Alcohol, o nível de consumo alcoólico declinou nos últimos 20 anos em países desenvolvidos, mas está aumentando em países em desenvolvimento, especialmente na Região do Pacífico Ocidental onde o consumo anual per capita entre adultos varia entre 5 e 9 litros de álcool. As taxas de consumo de álcool em países asiáticos são, até certo ponto, responsáveis pelo aumento da taxa em países em

2 desenvolvimento. Consumo de substâncias ilícitas Dados provenientes do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC) demonstraram que a disponibilidade de cocaína, heroína e cannabis depende do nível de cultivo nos países produtores e no êxito ou fracasso das organizações do tráfico. Segundo avaliações do UNODC, cerca de 200 milhões de pessoas consomem algum tipo de substância ilícita. O cannabis é a substância ilícita mais utilizada, seguida das anfetaminas, da cocaína e dos opióides. O consumo de substâncias ilícitas é uma atividade predominantemente masculina, muito mais do que o consumo de cigarros e de álcool e é também mais prevalecente entre os jovens. Em 2001, 2,7% da população mundial e 3,9% das pessoas com 15 anos ou mais consumiram cannabis pelo menos uma vez na vida. Em muitos países desenvolvidos, mais de 2% dos jovens referiram ter consumido heroína e quase 5%, consumiram cocaína durante a vida. De fato, 8% dos jovens da Europa ocidental e mais de 20% dos jovens dos EUA informaram ter consumido pelo menos um tipo de substância ilícita além do cannabis. Impacto das doenças Com base num padrão de medida conhecido como Anos de Vida Ajustados por Incapacidade (DALY), avaliouse o impacto das doenças sobre a sociedade por mortes prematuras e anos vividos com incapacidades. O projeto mostrou que o tabaco e o álcool eram causas importantes de mortalidade e incapacitação em países desenvolvidos, com o aumento previsto do impacto do tabaco em outras partes do mundo. Entre os dez principais fatores de risco, no que diz respeito ao impacto das doenças evitáveis, o tabaco ocupava o quarto e o álcool quinto lugar no ano de 2000, e conforme a previsão para 2010 e 2020 estes índices devem permanecer elevados. Os danos atribuídos ao tabaco e ao álcool são especialmente graves entre homens de países desenvolvidos (principalmente na Europa e na América do Norte), visto que, em tais países, os homens têm uma longa história de envolvimento com o tabaco e o álcool, e a esperança de vida dos seus povos é suficientemente longa para que se desenvolvam problemas de saúde relacionados ao consumo de substâncias. Conseqüências prejudiciais do consumo de substâncias psicoativas e seus mecanismos de ação Os principais efeitos nocivos do consumo de substâncias podem ser divididos em quatro categorias: 1ª. Efeitos crônicos: cirrose hepática, câncer do pulmão e enfisema; assim com danos causados pelo compartilhamento de agulhas (HIV e os vírus das hepatites B e C). 2ª. Efeitos agudos ou de curto prazo: overdose, acidentes de trânsito, suicídio e agressões. 3ª. e 4ª. Efeitos nocivos: problemas sociais graves, tais como separações ou detenções, e problemas sociais crônicos, tais como prejuízos em relação ao trabalho ou ao convívio familiar. Consumo e farmacodependências em relação a neurociências A dependência de substâncias inclui seis critérios pelo CID-10, uma pessoa é considerada dependente se apresentar pelo menos três destes critérios (vide quadro 01). Há dois critérios biológicos: abstinência e tolerância e quatro critérios que incluem elementos cognitivos, estes estão se tornando quantificáveis graças às técnicas de neuroimagem.

3 Quadro 01 Critérios de dependência de substâncias segundo a CID-10 Presença de três ou mais dos seguintes sintomas em qualquer momento durante o ano anterior: 1. Um desejo forte e compulsivo para consumir a sustância; 2. Dificuldades para controlar o comportamento de consumo de substâncias em termos de início, fim ou níveis de consumo; 3. Estado de abstinência fisiológica quando o consumo é suspenso ou reduzido, evidenciado por: síndrome de abstinência característica; ou consumo da mesma substância (ou outra muito semelhante) com a intenção de aliviar ou evitar sintomas de abstinência; 4. Evidência de tolerância, segundo a qual há necessidade de doses crescentes da substância psicoativa para obter-se os efeitos anteriormente produzidos com doses inferiores; 5. Abandono progressivo de outros prazeres ou interesses devido ao consumo de substâncias psicoativas, aumento do tempo empregado em conseguir ou consumir a substância ou recuperar-se de outros efeitos; 6. Persistência do consumo de substâncias apesar de provas evidentes de conseqüências manifestamente prejudiciais, tais como lesões hepáticas causadas por consumo excessivo de álcool, humor deprimido conseqüente a um grande consumo de substâncias, ou pertubação das funções cognitivas relacionada com a subtância. Devem fazer-se esforços para determinar se o consumidor estava realmente, ou poderia estar, consciente da natureza e da gravidade do dano Fonte: WHO (1992) The ICD-10 classification of mental and behavioural disorders: clinical descriptions and diagnostic guidelines. Geneva, World Health Organization. Neuroanatomia, neurobiologia e farmacologia Progressos importantes da investigação sobre a dependência resultaram do desenvolvimento e utilização de técnicas de neuroimagem, que permitem a visualização in vivo da função e estrutura do cérebro humano. Os investigadores podem ver o que acontece tanto nos receptores como nas alterações globais do metabolismo e circulação sangüínea em várias regiões do cérebro. Técnicas atualmente utilizadas: A ressonância magnética (RM) utiliza campos magnéticos e ondas de radio freqüência para produzir imagens de estruturas cerebrais em duas ou três dimensões, esta técnica fornece imagens estáticas do cérebro, de grande qualidade. A RM funcional (frm) fornece informações funcionais sobre a atividade cerebral graças a comparação no grau de oxigenação do sangue. Essas imagens correspondem a tomografias por emissão de pósitrons.o vermelho indica consumo intenso de glicose, o amarelo consumo moderado e o azul consumo diminuído. A imagem à direita é de um usuário de cocaína e a imagem à esquerda é de um indivíduo não usuário, podemos notar que o cérebro do usuário de cocaína consumiu menos glicose A tomografia por emissão de pósitrons (PET) analisa as atividades metabólicas numa dada região do cérebro pela administração de um composto radioativo que pode ser rastreado na corrente sanguínea cerebral. Utilizando compostos diferentes, as explorações por TEP podem ser usadas para mostrar a circulação sangüínea, o metabolismo do oxigênio e da glicose, e concentrações de medicamentos nos tecidos do cérebro. São obtidas imagens de duas ou três dimensões com cores diferentes

4 indicando níveis diferentes de atividade (azul e verde indicam zonas de baixa atividade e amarelo e vermelho zonas de maior atividade). Mecanismos cerebrais Alguns dos neurotransmissores que estão relacionados às substâncias psicoativas são a dopamina, a serotonina, a norepinefrina, o GABA (acido gama-aminobutírico), o glutamato e os opióides endógenos. As substâncias psicoativas imitam os efeitos de neurotransmissores naturais ou endógenos, ou interferem com a função normal do cérebro bloqueando uma função, ou alterando os processos normais de acumulação, liberação e eliminação de neurotransmissores. Um mecanismo importante de atuação das substâncias psicoativas é o bloqueio da recaptura de um neurotransmissor depois de sua liberação, bloqueando a recaptura, os efeitos normais do neurotransmissor são exacerbados. Psicofarmacologia da dependência de diferentes classes de substâncias As substâncias psicoativas podem ser divididas em depressoras ( ex. álcool, sedativos/ hipnóticos, solventes voláteis), estimulantes (ex. nicotina, cocaína, anfetaminas, ecstasy), opióides (ex. morfina e heroína) e alucinógenos (ex. LSD, cannabis). As diferentes substâncias psicoativas têm maneiras diferentes de agir no cérebro, ligam-se a tipos diferentes de receptores, e podem aumentar ou diminuir a atividade dos neurônios graças a vários mecanismos diferentes. Em conseqüência, tem diferentes efeitos sobre o comportamento, diferentes taxas de desenvolvimento de tolerância, diferentes sintomas de abstinência, e diferentes efeitos a curto e a longo prazo. Contudo, as substâncias psicoativas têm similaridades na maneira em que afetam regiões importantes do cérebro ligadas a motivação, e isto é um aspecto importante em relação as teorias do desenvolvimento da dependência. Bases neurobiológicas e biocomportamentais do desenvolvimento de farmacodependências A dependência como um processo de aprendizagem que envolve zonas essenciais do cérebro O desenvolvimento da dependência é parte de um processo de aprendizagem resultante da satisfação ou reforço desencadeados pelo uso de uma substância psicoativa, contudo, os efeitos de satisfação, não são os únicos a justificar a razão pela qual certas substâncias psicoativas podem conduzir aos comportamentos associados à dependência. Os sintomas de abstinência podem contribuir para o consumo e a dependência, mas por si só, também não explicam o desenvolvimento e a manutenção de tal dependência (especialmente depois de longos períodos de abstinência), sem contar os indivíduos que persistem consumindo tais substâncias, mesmo após a vivência de muitos prejuízos pessoais. O processo pelo qual o comportamento de consumo de substâncias em certas pessoas evolui para padrões de comportamento compulsivo de busca e consumo e que provoca a incapacidade de parar com tal consumo mesmo às custas de muitos prejuízos, parece ser conseqüente de uma ação combinada e complexa de fatores psicológicos, neurobiológicos e sociais.

5 Processos biocomportamentais na base da dependência A dependência é o resultado de uma complexa interação dos efeitos fisiológicos das substâncias em zonas cerebrais associadas à motivação e às emoções, em combinação com o aprendizado das relações entre as substâncias e o comportamento. Via mesolímbica da dopamina Muitas classes de substâncias, apesar das inúmeras diferenças entre elas, ativam a via mesolímbica da dopamina através de mecanismos diferentes. A via mesolímbica da dopamina reside numa zona do cérebro conhecida como mesencéfalo, e é o sistema mais fortemente implicado no potencial de produção de farmacodependências psicoativas. A zona tegmental ventral é rica em neurônios que contém dopamina. Os corpos celulares de tais neurônios enviam projeções para regiões do cérebro implicadas em emoções, pensamentos, memórias, planejamento e execução de comportamentos. O núcleo acumbens é uma zona cerebral muito importante implicada em motivação e aprendizado, e na sinalização do valor de motivação dos estímulos. As substâncias psicoativas aumentam a liberação de dopamina no núcleo acumbens o que deve representar um fator importante de reforço. Motivação e estímulo Nas farmacodependências, as substâncias psicoativas ativam repetidamente os sistemas cerebrais de motivação que são normalmente ativados por estímulos essenciais como: alimento, água, perigo e sexualidade. O cérebro responde como se estas substâncias e seus estímulos associados fossem biologicamente necessários. Com a exposição repetida, a associação torna-se cada vez mais forte, desencadeando uma maior resposta comportamental e neuroquímica conhecida como sensibilização de estímulo. A motivação para o consumo de substâncias psicoativas, através de processos de aprendizagem por associação, pode ser fortemente ativada por estímulos (meio ambiente, pessoas, objetos) associados ao consumo de substâncias o que pode causar recaídas mesmo depois de longos períodos de abstinência. Muitas pessoas experimentam muitas substâncias potencialmente produtoras de dependência, embora a maioria não se torne dependente. Há também diferenças individuais quanto à vulnerabilidade às farmacodependências devido a fatores ambientais e genéticos. No próximo artigo daremos continuidade ao resumo deste relatório, falando sobre as bases genéticas das diferenças individuais, dos tratamentos farmacológicos para as farmacodependências e das comorbidades com doenças mentais.

6 Bases genéticas das diferenças individuais na vulnerabilidade às dependências Há muitos fatores individuais, culturais, biológicos, sociais e ambientais que se relacionam para aumentar ou diminuir as probabilidades de um indivíduo consumir uma determinada substância psicoativa. Além dos fatores sociais e culturais, as diferenças genéticas explicam uma parte importante das variações no consumo de substâncias psicoativas e dependência em indivíduos. A dependência parece ser causada pela interação genética com fatores ambientais. Em relação ao consumo de tabaco, há provas de uma hereditariedade importante em diferentes populações, sexos e idades. Existe uma hereditariedade em relação à dependência de álcool, assim como a freqüência e quantidade de álcool consumido. Os genes que podem ser importantes nesta associação estão implicados no metabolismo do álcool, e com os receptores gabaérgicos, serotonégicos e dopaminérgicos. Também foram identificadas variações genéticas em enzimas metabolizadoras do álcool. Alguns estudos mostraram que a hereditariedade para a dependência de opióides é grande, avaliada em quase 70%. Isto pode ocorrer devido a diferenças hereditárias em receptores de opióides ou enzimas metabolizadoras de opióides. Também há uma contribuição genética relacionada ao consumo e à dependência combinada de álcool, tabaco e outras substâncias. Calcula-se que o risco de tornar-se dependente é oito vezes maior entre familiares de pessoas dependentes de substâncias, incluindo opióides, cannabis, sedativos e cocaína. Uma vez identificados os genes que alteram a predisposição para dependência, um desafio importante será compreender como é que tais genes interagem com as influências ambientais na dependência. Os estudos com base genética poderão nos orientar quanto intervenções preventivas, tais como educação terapêutica ou outras destinadas a reduzir a vulnerabilidade ao consumo e à dependência. Existem implicações éticas óbvias em termos de estigmatizarão, privacidade e consentimento para o tratamento. Consumo de substâncias psicoativas: fatores de risco e proteção Fatores de risco Ambientais disponibilidade de drogas pobreza mudanças sociais cultura do círculo de amigos profissão normas de atitudes culturais políticas sobre drogas, tabaco e álcool Individuais pré-disposição genética vítima de maus-tratos quando criança transtornos de personalidade problemas de ruptura familiar e dependência Fatores de proteção Ambientais situação econômica controle das situações apoio social integração social acontecimentos positivos da vida Individuais capacidade de resolução de dificuldades eficácia percepção dos riscos otimismo

7 fracos resultados escolares exclusão social depressão e comportamento suicida comportamento favorecendo a saúde capacidade de resistência à pressão social comportamento geral saudável Co-morbidade entre farmacodependências e doenças mentais Existe uma maior co-morbidade de farmacodependências em indivíduos que sofrem de doenças mentais em comparação com indivíduos sem qualquer transtorno mental. Isto pode indicar ou uma base neurobiológica comum aos dois ou uma interação de efeitos em algum nível. Há várias hipóteses sobre a razão da co-ocorrência de doenças mentais e farmacodependências: 1. Uma base neurobiológica semelhante; 2. O consumo de substâncias pode ajudar a aliviar alguns dos sintomas da doença mental ou os efeitos indesejados dos medicamentos; 3. O consumo de substâncias pode desencadear doenças mentais ou causar alterações biológicas que têm elementos em comum com doenças mentais. De acordo com estudos realizados nos EUA, mais de 50% das pessoas com transtornos mentais também sofriam de farmacodependências, em comparação com 6% da população geral. A prevalência de dependência de álcool durante a vida em indivíduos com algum transtorno mental é de 22%, em comparação com 14% na população geral. As taxas de prevalência de depressão em alcoolistas variam de 38 a 44%, em comparação com apenas 7% em indivíduos não dependentes. Além disso, um indivíduo com dependência de álcool tem 3,3 vezes mais probabilidade de ser esquizofrênico, enquanto uma pessoa com esquizofrenia tem 3,8 vezes mais chance de ter dependência de álcool do que a população em geral. Existe uma relação importante entre transtorno depressivo e tabagismo. Nos EUA, quase 60% dos fumantes têm uma história de doença mental. Dados epidemiológicos indicam que as taxas de transtornos depressivos em usuários de cocaína são de 32%. O consumo de psicoestimulantes é 2 a 5 vezes maior em pacientes com esquizofrenia em comparação com indivíduos não esquizofrênicos. Tratamento farmacológico de transtornos específicos Álcool Naltrexone: antagonista opiáceo, eficaz em diminuir o desejo de beber por bloquear os efeitos euforizantes do álcool e, desta maneira, reduz o consumo do álcool e previne recaídas. Dissulfiram: interfere com o metabolismo normal do acetaldeído que é um metabolito do etanol. A inibição da enzima acetaldeído faz com que ocorra um acúmulo desta substância. Os níveis altos de acetaldeído provocam uma reação tóxica caracterizada por náuseas, vômitos, cefaléia, hipotensão e ansiedade que tem por finalidade provocar aversão ao consumo de álcool.

8 Acamprosato: O acamprosato é uma substância sintética com semelhanças estruturais a um aminoácido natural. O acamprosato estimula a transmissão gabaérgica (inibitória) e inibe aminoácidos excitatórios (glutamato), desta maneira restabelece a atividade normal dos neurônios que ficaram super excitados devido a exposição crônica ao álcool reduzindo a ingestão voluntária de álcool. Maconha Normalmente a intoxicação aguda consequente ao uso da maconha não leva o indivíduo a necessitar de assistência profissional. A orientação individual e familiar geralmente é suficiente. O uso de benzodiazepínicos ajuda a controlar quadros ansiosos ou psicóticos agudos associados ou não a algum neuroléptico. Para a síndrome amotivacional os antidepressivos utilizados com bons resultados. Cocaína Sedativos/hipnóticos: são geralmente utilizados na intoxicação aguda, ou na farmacoterapia de sinais e sintomas decorrentes da interrupção do uso. A clonidina pode ser utilizada para conter a hiperatividade adrenérgica. Imunoterapias: a cocaína é seqüestrada na corrente sangüínea por anticorpos específicos que evitam a sua entrada no cérebro. Testes clínicos estão em curso. GBR 12909: é um inibidor da recaptura de dopamina, que antagoniza os efeitos da cocaína nos neurônios dopaminérgicos mesolímbicos em ratos e demonstrou bloquear a auto administração de cocaína em macacos Rhesu. Os testes clínicos desta substância estão em fase de planejamento. Benzodiazepínicos A abordagem dos pacientes intoxicados por BDZ dependerá do grau de sedação. Pacientes com sedação leve, decorrente da ingestão de poucos comprimidos, há muitas horas e sem complicações respiratórias, requerem apenas observação até a melhora clínica do quadro. Pacientes com sedação importante, com ingestão inferior à 6 horas devem receber lavagem gástrica e carvão ativado. Em casos de intoxicações graves, seguidas por comatose e insuficiência respiratória, devem receber tratamento de emergência. O flumazenil, antagonista dos BDZ é capaz de reverter a sedação benzodiazepínica por alguns minutos.

9 Opiáceos O princípio da abordagem específica para a abstinência de opióides consiste na melhora dos sintomas autonômicos, da fissura, da disforia e das alterações motoras. Clonidina: é um agonista alfa 2 adrenérgico capaz de inibir a atividade noradrenérgica, causando alívio dos sintomas autonômicos, tais como lacrimejamento, rinorréia, sudorese, diarréia, calafrios e piloereção. A associação com um benzodiazepínico melhora as dores musculares a inquietação e a fissura. A clonidina deve ser utilizada até o desaparecimento dos sintomas. Naloxone: utilizado em casos de intoxicação aguda. Naltrexona: bloqueia os efeitos da morfina, heroína e outros opióides agindo como antagonista nos receptores opióides. Esta terapia começa depois de uma desintoxicação controlada por medico, pois a naltrexona não protege contra os efeitos de abstinência e pode de fato precipitar sintomas de abstinência em pessoas dependentes. Heroína Metadona: é um agonista sintético de opióides potente e de longa duração, pode ser introduzido para abordar a crise por completo, e como tratamento de manutenção prolongada para indivíduos com dependência severa. Buprenorfina: agonista parcial no receptor de opióide mi e antagonista fraco no receptor Kapa de opióides apresenta um tempo de ação relativamente longo e bom perfil de segurança. Levo-alfa-acetilmetadol (LAAM): é um opióide sintético de longa ação que pode ser utilizado para tratar a dependência de heroína. Como só precisa ser tomado três vezes por semana, é uma terapia que facilita a aderência dos pacientes. A combinação de terapias farmacológicas e terapias comportamentais parece ser a abordagem mais eficaz no tratamento da dependência. Conclusão e implicações para as políticas de saúde pública As neurociências representam um campo de investigação cientifica em rápida expansão. O desenvolvimento da neurociência aumentou enormemente os conhecimentos sobre o consumo e a dependência de substâncias psicoativas. Todas as substâncias psicoativas podem ser prejudiciais para a saúde, dependendo do seu consumo, de sua quantidade e de sua freqüência. Experimentar não leva necessariamente a dependência, mas quanto maior for a freqüência e a quantidade da substância utilizada, maior é o risco de ficar dependente. Danos importantes também provêm de indivíduos não dependentes,resultantes da intoxicação aguda e de doses excessivas, bem como da forma de administração (por exemplo, injeções não seguras).

10 A farmacodependência é um transtorno complexo com mecanismos biológicos que afetam o cérebro e a sua capacidade para controlar o consumo de substâncias. Ela é não apenas determinada por fatores biológicos e genéticos, como também por fatores psicológicos, sociais, culturais e ambientais. Atualmente, não existem meios para identificar as pessoas que se tornarão dependentes nem antes nem depois do início do uso de drogas. A farmacodependência não significa falta de vontade nem de força de caráter, mas um transtorno que pode afetar qualquer ser humano. A co-morbidade da farmacodependência com várias outras doenças mentais é grande; a avaliação, o tratamento e a pesquisa seriam mais efetivos com a adoção de uma abordagem integrada. O tratamento não tem como único objetivo abandonar o consumo, é um processo terapêutico que implica em alterações comportamentais, intervenções psicossociais e muitas vezes, o uso de drogas psicotrópicas de substituição. O tratamento deve ser acessível a todas as pessoas que dele necessitem. O setor de cuidados de saúde precisa fornecer os tratamentos com melhor custo/benefício sem que haja preconceito ou discriminação. Independentemente do nível de consumo e da substância utilizada, o indivíduo tem os mesmos direitos à saúde, à educação, a oportunidades de trabalho e de reintegração social assim como qualquer outro cidadão. Este é um resumo do documento elaborado a partir do Programa de Ação Global em Saúde Mental do Departamento de Saúde Mental e Abuso de Substâncias da Organização Mundial da Saúde.

Resumo Aula 9- Psicofármacos e Transtornos de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) na infância, na adolescência e na idade adulta

Resumo Aula 9- Psicofármacos e Transtornos de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) na infância, na adolescência e na idade adulta Curso - Psicologia Disciplina: Psicofarmacologia Resumo Aula 9- Psicofármacos e Transtornos de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) na infância, na adolescência e na idade adulta Psicofármacos:Transtorno

Leia mais

Diretrizes da OMS para diagnóstico de Dependência

Diretrizes da OMS para diagnóstico de Dependência Diretrizes da OMS para diagnóstico de Dependência 1 - Forte desejo ou compulsão para usar a substância. 2 - Dificuldade em controlar o consumo da substância, em termos de início, término e quantidade.

Leia mais

III Jornada Regional sobre drogas ABEAD/MPPE ENTENDENDO O TABAGISMO: A DEPENDÊNCIA E O TRATAMENTO

III Jornada Regional sobre drogas ABEAD/MPPE ENTENDENDO O TABAGISMO: A DEPENDÊNCIA E O TRATAMENTO III Jornada Regional sobre drogas ABEAD/MPPE ENTENDENDO O TABAGISMO: A DEPENDÊNCIA E O TRATAMENTO IVANA MAGALY LIMA ALENCAR CARVALHEIRA Psicóloga Clínica Hospitalar Neuropsicóloga - CRP 02/8461 Setembro/2010

Leia mais

Diretrizes Assistenciais. Medicina Psicossomática e Psiquiatria

Diretrizes Assistenciais. Medicina Psicossomática e Psiquiatria Diretrizes Assistenciais Medicina Psicossomática e Psiquiatria Versão eletrônica atualizada em fev/2012 TRATAMENTO DE TABAGISMO Indicação: Pacientes tabagistas atendidos na SBIBAE Contraindicação: Não

Leia mais

INTERATIVIDADE FINAL EDUCAÇÃO FÍSICA CONTEÚDO E HABILIDADES DINÂMICA LOCAL INTERATIVA AULA. Conteúdo: Atividade física e prevenção às drogas.

INTERATIVIDADE FINAL EDUCAÇÃO FÍSICA CONTEÚDO E HABILIDADES DINÂMICA LOCAL INTERATIVA AULA. Conteúdo: Atividade física e prevenção às drogas. Conteúdo: Atividade física e prevenção às drogas. Habilidades: Perceber a alienação das drogas e alcoolismo como destruidores da convivência e dignidade humana. Drogas O que são drogas? São substâncias,

Leia mais

Tratamento da dependência do uso de drogas

Tratamento da dependência do uso de drogas Tratamento da dependência do uso de drogas Daniela Bentes de Freitas 1 O consumo de substâncias psicoativas está relacionado a vários problemas sociais, de saúde e de segurança pública, sendo necessário

Leia mais

Contexto. 74,3% dos usuários de drogas ilícitas estão empregados.

Contexto. 74,3% dos usuários de drogas ilícitas estão empregados. Contexto 74,3% dos usuários de drogas ilícitas estão empregados. Empregados sob efeito de droga utilizam, em média, 67% da capacidade de trabalho, tem o triplo de probabilidade de chegar atrasado ou faltar

Leia mais

22ª JORNADA DA AMINT NOVEMBRO/2008 DEPRESSÃO E TRABALHO. MARIA CRISTINA PALHARES MACHADO PSIQUIATRA MÉDICA DO TRABALHO mcris1989@hotmail.

22ª JORNADA DA AMINT NOVEMBRO/2008 DEPRESSÃO E TRABALHO. MARIA CRISTINA PALHARES MACHADO PSIQUIATRA MÉDICA DO TRABALHO mcris1989@hotmail. 22ª JORNADA DA AMINT NOVEMBRO/2008 DEPRESSÃO E TRABALHO MARIA CRISTINA PALHARES MACHADO PSIQUIATRA MÉDICA DO TRABALHO mcris1989@hotmail.com DEPRESSÃO 1. Afeta pelo menos 12% das mulheres e 8% dos homens

Leia mais

PRINCÍPIOS PIOS DO TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA

PRINCÍPIOS PIOS DO TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA PRINCÍPIOS PIOS DO TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA UM GUIA BASEADO EM PESQUISAS National Institute on Drug Abuse Três décadas de investigação científica e prática clínica produziram como resultado uma

Leia mais

Benzodiazepínicos, hipnóticos e opióides

Benzodiazepínicos, hipnóticos e opióides Benzodiazepínicos, hipnóticos e opióides Alessandro Alves O amor não é aquilo que te deixa feliz, calmo e tranquilo. O nome disso é Rivotril. Frase atribuída a James Brown Benzodiazepínicos Estão entre

Leia mais

ITECH Instituto de Terapia e Ensino do Comportamento Humano. Abuso e dependência de álcool e substâncias psicoativas. Cristina Belotto da Silva

ITECH Instituto de Terapia e Ensino do Comportamento Humano. Abuso e dependência de álcool e substâncias psicoativas. Cristina Belotto da Silva ITECH Instituto de Terapia e Ensino do Comportamento Humano Abuso e dependência de álcool e substâncias psicoativas Cristina Belotto da Silva Tainara Claudio Maciel O abuso e a dependência de álcool e

Leia mais

Universidade de Aveiro. Catarina Calado. Outubro de 2012

Universidade de Aveiro. Catarina Calado. Outubro de 2012 Universidade de Aveiro Catarina Calado Outubro de 2012 FESTAS ACADÉMICAS Comportamentos de Risco Contribuem para a integração dos jovens na vida académica Geram danos para a saúde a curto, médio e longo

Leia mais

Projeto Diga Sim a Vida e Não as Drogas

Projeto Diga Sim a Vida e Não as Drogas Projeto Diga Sim a Vida e Não as Drogas PÚLBLICO ALVO: Toda a comunidade escolar e a sociedade local de modo geral. APRESENTAÇÃO: Todos concordam que a Escola tem um papel fundamental em nossa sociedade,

Leia mais

INTRODUÇÃO. Entendemos por risco a probabilidade de ocorrer um dano como resultado à exposição de um agente químico, físico o biológico.

INTRODUÇÃO. Entendemos por risco a probabilidade de ocorrer um dano como resultado à exposição de um agente químico, físico o biológico. INTRODUÇÃO No nosso dia-a-dia enfrentamos diferentes tipos de riscos aos quais atribuímos valor de acordo com a percepção que temos de cada um deles. Estamos tão familiarizados com alguns riscos que chegamos

Leia mais

Teste seus conhecimentos: Caça-Palavras

Teste seus conhecimentos: Caça-Palavras Teste seus conhecimentos: Caça-Palavras Batizada pelos médicos de diabetes mellitus, a doença ocorre quando há um aumento do açúcar no sangue. Dependendo dos motivos desse disparo, pode ser de dois tipos.

Leia mais

Afinal de contas, o que é ansiedade? Mas ser ansioso não é normal? Ansiedade é uma doença?

Afinal de contas, o que é ansiedade? Mas ser ansioso não é normal? Ansiedade é uma doença? Afinal de contas, o que é ansiedade? Mas ser ansioso não é normal? Ansiedade é uma doença? Ansiedade = falta de confiança na vida No senso comum, ansiedade é igual a aflição, angústia, nervosismo, perturbação

Leia mais

Considerações relativas às questões envolvendo TOXICOLOGIA e FARMACOGNOSIA da prova de Perito-PCDF-tipo 6

Considerações relativas às questões envolvendo TOXICOLOGIA e FARMACOGNOSIA da prova de Perito-PCDF-tipo 6 Considerações relativas às questões envolvendo TOXICOLOGIA e FARMACOGNOSIA da prova de Perito-PCDF-tipo 6 Prof. Alessandro Observações: Considerando que a farmacocinética avalia o trânsito do fármaco no

Leia mais

Este caderno é parte integrante da Revista APM Edição n 561 -Outubro de 2005

Este caderno é parte integrante da Revista APM Edição n 561 -Outubro de 2005 Este caderno é parte integrante da Revista APM Edição n 561 -Outubro de 2005 Cartilha Informativa sobre Drogas (Publicação em fascículos nas edições 557, 558, 559, 560, 561, 562, 563 e 564 da Revista A

Leia mais

Brochura. Apenas ao saborear o vinho moderada e calmamente, os seus sabores complexos podem ser apreciados e desfrutados na totalidade.

Brochura. Apenas ao saborear o vinho moderada e calmamente, os seus sabores complexos podem ser apreciados e desfrutados na totalidade. Brochura Vinho com moderação Vinho: a cultura da moderação A produção e consumo de vinho são parte da cultura europeia desde há milénios. A UE é a maior produtora de vinhos do mundo, bem como a líder mundial

Leia mais

Aperfeiçoamento em Técnicas para Fiscalização do uso de Álcool e outras Drogas no Trânsito Brasileiro

Aperfeiçoamento em Técnicas para Fiscalização do uso de Álcool e outras Drogas no Trânsito Brasileiro Aperfeiçoamento em Técnicas para Fiscalização do uso de Álcool e outras Drogas no Trânsito Brasileiro Conceitos Básicos ObjeBvos DiscuBr os conceitos básicos de substâncias psicoabvas (SPA) Conhecer as

Leia mais

Cessação e Tratamento do Tabagismo Mitos e Verdades. Silvia M. Cury Ismael Mônica Andreis

Cessação e Tratamento do Tabagismo Mitos e Verdades. Silvia M. Cury Ismael Mônica Andreis Cessação e Tratamento do Tabagismo Mitos e Verdades Silvia M. Cury Ismael Mônica Andreis Cigarro é droga? Verdade! Cigarro é uma droga poderosa, apesar de ser um produto lícito. O potencial de abuso da

Leia mais

Drogas de abuso. Maxwell Santana

Drogas de abuso. Maxwell Santana Drogas de abuso Maxwell Santana Drogas de abuso Qualquer substância ou preparação, com pouco uso médico usada primariamente pelos seus efeitos gratificantes! Englobam substância psicoativas e psicotrópicas!

Leia mais

Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas. Carmen Lúcia de A. santos

Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas. Carmen Lúcia de A. santos Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas Carmen Lúcia de A. santos 2011 Nosologia e Psicopatologia "Psico-pato-logia" "psychê" = "psíquico", "alma" "pathos" = "sofrimento, "patológico" "logos" "lógica",

Leia mais

Prevenção em saúde mental

Prevenção em saúde mental Prevenção em saúde mental Treinar lideranças comunitárias e equipes de saúde para prevenir, identificar e encaminhar problemas relacionados à saúde mental. Essa é a característica principal do projeto

Leia mais

Organização de serviços. Coordenação: prof. Dr. Ronaldo Laranjeira Apresentação: Dr. Elton P. Rezende UNIAD INPAD Unifesp

Organização de serviços. Coordenação: prof. Dr. Ronaldo Laranjeira Apresentação: Dr. Elton P. Rezende UNIAD INPAD Unifesp Organização de serviços Coordenação: prof. Dr. Ronaldo Laranjeira Apresentação: Dr. Elton P. Rezende UNIAD INPAD Unifesp Declaração Declaro não receber nenhum financiamento público ou particular Qual a

Leia mais

TEA Módulo 4 Aula 2. Comorbidades 1 TDAH

TEA Módulo 4 Aula 2. Comorbidades 1 TDAH TEA Módulo 4 Aula 2 Comorbidades 1 TDAH É uma das comorbidades mais comuns e mais preocupantes quando se trata do Transtorno do Espectro Autista porque leva a duas coisas fundamentais que podem atrapalhar

Leia mais

TEA Módulo 4 Aula 5. Tics e Síndrome de Tourette

TEA Módulo 4 Aula 5. Tics e Síndrome de Tourette TEA Módulo 4 Aula 5 Tics e Síndrome de Tourette Os tics são um distúrbio de movimento que ocorrem no início da infância e no período escolar. É definido pela presença crônica de múltiplos tics motores,

Leia mais

AULA 23 Drogas: produtos alucinógenos ou substância tóxicas que leva a dependência; Drogas psicoativas: entra na corrente sanguínea e atinge o SNC; Ação depressiva: diminui a atividade das células nervosas.

Leia mais

A NEUROPSICOLOGIA E O MEDO DA DOR

A NEUROPSICOLOGIA E O MEDO DA DOR FACULDADE DA SERRA GAÚCHA PÓS-GRADUAÇÃO PSICOTERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL PSICOTERAPIAS COGNITIVAS E NEUROCIÊNCIAS PROF. MS. DANIELLE IRIGOYEN DA COSTA A NEUROPSICOLOGIA E O MEDO DA DOR CASSIANA MARTINS

Leia mais

Os padrões de consumo de crack, álcool e outras drogas e alguns instrumentos de avaliação e codificação

Os padrões de consumo de crack, álcool e outras drogas e alguns instrumentos de avaliação e codificação Os padrões de consumo de crack, álcool e outras drogas e alguns instrumentos de avaliação e codificação Enfª. Lorena Silveira Cardoso Mestranda em Saúde Coletiva do PRPPG - UFES VITÓRIA 2015 Nessa aula

Leia mais

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE CASTRO DAIRE. Ano Letivo 2012/2013 DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E CIÊNCIAS EXPERIMENTAIS PLANIFICAÇÃO ANUAL CIÊNCIAS NATURAIS

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE CASTRO DAIRE. Ano Letivo 2012/2013 DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E CIÊNCIAS EXPERIMENTAIS PLANIFICAÇÃO ANUAL CIÊNCIAS NATURAIS AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE CASTRO DAIRE Ano Letivo 2012/2013 DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E CIÊNCIAS EXPERIMENTAIS PLANIFICAÇÃO ANUAL CIÊNCIAS NATURAIS 9º ANO As Docentes Responsáveis: 1º Periodo Unidade

Leia mais

A Meta-Analytic Review of Psychosocial Interventions for Substance Use Disorders

A Meta-Analytic Review of Psychosocial Interventions for Substance Use Disorders A Meta-Analytic Review of Psychosocial Interventions for Substance Use Disorders REVISÃO META-ANALÍTICA DO USO DE INTERVENÇÕES PSICOSSOCIAIS NO TRATAMENTO DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA Publicado: Am J Psychiattry

Leia mais

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA. PROJETO DE LEI Nº 934, DE 2003 (Apenso o Projeto de Lei nº 1.802, de 2003)

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA. PROJETO DE LEI Nº 934, DE 2003 (Apenso o Projeto de Lei nº 1.802, de 2003) COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA PROJETO DE LEI Nº 934, DE 2003 (Apenso o Projeto de Lei nº 1.802, de 2003) Institui Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico destinada a financiar programas

Leia mais

EDITORIAL EDITORIAL ÍNDICE

EDITORIAL EDITORIAL ÍNDICE EDITORIAL EDITORIAL 1 Sérgio Butka Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba Desde a primeira cartilha lançada pelo Departamento de Saúde do SMC vários problemas que fazem parte do cotidiano

Leia mais

O TABAGISMO COMO DEPENDÊNCIA

O TABAGISMO COMO DEPENDÊNCIA O TABAGISMO COMO DEPENDÊNCIA Ministério da Saúde - MS Instituto Nacional de Câncer - INCA Coordenação de Prevenção e Vigilância - Conprev Divisão de Programas de Controle do Tabagismo e outros Fatores

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO GERAL MOTIVAÇÃO

ADMINISTRAÇÃO GERAL MOTIVAÇÃO ADMINISTRAÇÃO GERAL MOTIVAÇÃO Atualizado em 11/01/2016 MOTIVAÇÃO Estar motivado é visto como uma condição necessária para que um trabalhador entregue um desempenho superior. Naturalmente, como a motivação

Leia mais

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo*

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* Como deve ser estruturada a política social de um país? A resposta a essa pergunta independe do grau de desenvolvimento do país, da porcentagem

Leia mais

REDE NACIONAL DE ADOLESCENTES E JOVENS VIVENDO COM HIV/AIDS

REDE NACIONAL DE ADOLESCENTES E JOVENS VIVENDO COM HIV/AIDS REDE NACIONAL DE ADOLESCENTES E JOVENS VIVENDO COM HIV/AIDS Manuela Estolano Coordenadora Nacional Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/Aids REDE NACIONAL DE ADOLESCENTES E JOVENS VIVENDO

Leia mais

Conteúdos Atividades de revisão da 2ª avaliação do 4º bimestre - Ciências da Natureza

Conteúdos Atividades de revisão da 2ª avaliação do 4º bimestre - Ciências da Natureza Conteúdos Atividades de revisão da 2ª avaliação do 4º bimestre - Ciências da Natureza Conteúdos 2ª Avaliação do 4º bimestre Área de Ciências da Natureza Habilidades Revisar os conteúdos da Área de Ciências

Leia mais

Uso de Substâncias Psicoativas

Uso de Substâncias Psicoativas Uso de Substâncias Psicoativas X Direção Veicular ALOISIO ANDRADE Psiquiatra e Homeopata XI Jornada Mineira de Medicina de Tráfego Belo Horizonte - MG 18 e 19/07/2014 I-Dados Estatísticos - O Brasil ocupa

Leia mais

Fundada em 1986. Gestão Comportamental. Educação para a saúde Gestão de crise

Fundada em 1986. Gestão Comportamental. Educação para a saúde Gestão de crise MISSÃO Educar para a prevenção e condução de crises, visando a saúde emocional individual, da família e da organização. Gestão Comportamental Fundada em 1986 PAP - Programa de Apoio Pessoal Atuações em

Leia mais

DADOS ESTATÍSTICOS SOBRE DROGAS: notas internacionais

DADOS ESTATÍSTICOS SOBRE DROGAS: notas internacionais O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes. (UNODC, na sigla em inglês) estima que, em 2009, entre 172 milhões e 250 milhões de pessoas que usaram drogas ilícitas; dentre estas, entre 18 milhões

Leia mais

Drogas de Abuso. Equipe de Biologia

Drogas de Abuso. Equipe de Biologia Drogas de Abuso Equipe de Biologia Drogas Qualquer substância capaz de alterar o funcionamento do organismo ilícitas lícitas Drogas de abuso Drogas utilizadas sem indicação médica, tendo por objetivo alterar

Leia mais

O USO DO ÁLCOOL ENTRE OS JOVENS: HISTÓRIA, POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS, CONSEQÜÊNCIAS SOCIAIS E TRATAMENTO.

O USO DO ÁLCOOL ENTRE OS JOVENS: HISTÓRIA, POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS, CONSEQÜÊNCIAS SOCIAIS E TRATAMENTO. ANTONIO WILKER BEZERRA LIMA O USO DO ÁLCOOL ENTRE OS JOVENS: HISTÓRIA, POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS, CONSEQÜÊNCIAS SOCIAIS E TRATAMENTO. 1ª Edição Arneiroz Edição do Autor 2013 [ 2 ] Ficha catalográfica. Lima,

Leia mais

Drogas A prevenção como medida de proteção. Professor Maurino Prim

Drogas A prevenção como medida de proteção. Professor Maurino Prim Drogas A prevenção como medida de proteção. Professor Maurino Prim Introdução. O abuso de drogas é considerado, atualmente, um dos maiores problemas da nossa sociedade. A situação vem se agravando cada

Leia mais

Seja bem vindo! Quais Especificidades da Dependência de Álcool na Mulher? Dia 07 de Agosto de 2013 Das 19:30 às 20:30

Seja bem vindo! Quais Especificidades da Dependência de Álcool na Mulher? Dia 07 de Agosto de 2013 Das 19:30 às 20:30 Seja bem vindo! Quais Especificidades da Dependência de Álcool na Mulher? Dia 07 de Agosto de 2013 Das 19:30 às 20:30 Quais Especificidades da Dependência de Álcool na Mulher? Hewdy Lobo Ribeiro Psiquiatra

Leia mais

DESAFIOS DA INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA PSICOSSOCIAL NO MUNDO DO TRABALHO

DESAFIOS DA INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA PSICOSSOCIAL NO MUNDO DO TRABALHO DESAFIOS DA INCLUSÃO Romeu Sassaki DE PESSOAS COM romeukf@uol.com.br DEFICIÊNCIA PSICOSSOCIAL NO MUNDO DO TRABALHO Romeu Kazumi Sassaki 7ª Reabilitação, Inclusão e Tecnologia de Curitiba (Reatiba) Equidade

Leia mais

O Enquadramento da Osteogénese Imperfeita (OI)

O Enquadramento da Osteogénese Imperfeita (OI) PLANO ESTRATÉGICO 2012 O Enquadramento da Osteogénese Imperfeita (OI) A Osteogénese imperfeita (OI) é uma doença rara com uma incidência abaixo de 1:20 000. As pessoas com OI e as suas famílias vivem frequentemente

Leia mais

O que são drogas? Drogas Naturais Drogas Sintéticas Drogas Semi-sintéticas. Drogas. Prof. Thiago Lins do Nascimento. tiagolinsnasc@gmail.

O que são drogas? Drogas Naturais Drogas Sintéticas Drogas Semi-sintéticas. Drogas. Prof. Thiago Lins do Nascimento. tiagolinsnasc@gmail. Drogas Prof. Thiago Lins do Nascimento tiagolinsnasc@gmail.com 2014 1 / 41 Sumário O que são drogas? 1 O que são drogas? O que são drogas? 2 Maconha Nicotina 3 Ecstasy Anfetaminas 4 Cocaína Crack Krokodil

Leia mais

ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO

ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO no campo do álcool, tabaco e outras drogas - ATOD Geraldo Mendes de Campos ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO no campo do álcool, tabaco e outras drogas - ATOD OBJETIVOS: - impedir ou retardar

Leia mais

TUDO O QUE APRENDEMOS É BOM

TUDO O QUE APRENDEMOS É BOM VERDADEIRO? FALSO? TUDO O QUE APRENDEMOS É BOM VERDADEIRO? FALSO? A EDUCAÇÃO PODE ME PREJUDICAR VERDADEIRO? FALSO? APRENDO SEMPRE DE FORMA CONSCIENTE ESPAÇOS DE APRENDIZAGEM Podemos concordar que aprendemos

Leia mais

PRIMEIRA FRATURA. FAÇA COM que A SUA SEJA A SUA ÚLTIMA. www.spodom.org. www.iofbonehealth.org

PRIMEIRA FRATURA. FAÇA COM que A SUA SEJA A SUA ÚLTIMA. www.spodom.org. www.iofbonehealth.org FAÇA COM que A SUA PRIMEIRA FRATURA SEJA A SUA ÚLTIMA www.iofbonehealth.org Sociedade Portuguesa de Osteoporose e Doenças Ósseas Metabólicas www.spodom.org O QUE É A OSTEOPOROSE? A osteoporose é uma doença

Leia mais

FLAXIN finasterida Merck S/A comprimidos revestidos 5 mg

FLAXIN finasterida Merck S/A comprimidos revestidos 5 mg FLAXIN finasterida Merck S/A comprimidos revestidos 5 mg Flaxin finasterida MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA APRESENTAÇÃO Comprimidos revestidos de 5 mg em embalagem com 30

Leia mais

RESPOSTA RÁPIDA 363/2014 Informações sobre Depressão: Venlaxim

RESPOSTA RÁPIDA 363/2014 Informações sobre Depressão: Venlaxim RESPOSTA RÁPIDA 363/2014 Informações sobre Depressão: Venlaxim SOLICITANTE Drª Herilene de Oliveira Andrade Juíza de Direito Comarca de Itapecerica NÚMERO DO PROCESSO Autos nº 0335.14.1408-5 DATA 21/02/2014

Leia mais

Consumo problemático de álcool Resumo de diretriz NHG M10 (maio 2005)

Consumo problemático de álcool Resumo de diretriz NHG M10 (maio 2005) Consumo problemático de álcool Resumo de diretriz NHG M10 (maio 2005) Meerkerk GJ, Aarns T, Dijkstra RH, Weisscher PJ, Njoo K, Boomsma LJ traduzido do original em holandês por Luiz F.G. Comazzetto 2014

Leia mais

Doença de Parkinson. A atividade física é parte fundamental na preservação das funções motoras dos pacientes parkinsonianos.

Doença de Parkinson. A atividade física é parte fundamental na preservação das funções motoras dos pacientes parkinsonianos. Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira Doença de Parkinson Prof. Dr. Luiz Augusto Franco de Andrade 1) Como é feito o tratamento? Como é

Leia mais

Informação de Segurança para os Profissionais de Saúde

Informação de Segurança para os Profissionais de Saúde Agomelatina Informação de Segurança para os Profissionais de Saúde Monitorização da função hepática 03 Valdoxan está indicado para o tratamento de episódios de depressão major em adultos. Para assegurar

Leia mais

Portuguese version 1

Portuguese version 1 1 Portuguese version Versão Portuguesa Conferência Europeia de Alto Nível Juntos pela Saúde Mental e Bem-estar Bruxelas, 12-13 Junho 2008 Pacto Europeu para a Saúde Mental e Bem-Estar 2 Pacto Europeu para

Leia mais

SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE?

SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE? SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE? Ana Amélia Camarano* Solange Kanso** Daniele Fernandes** 1 INTRODUÇÃO Assume-se que idade avançada e invalidez resultam em perda da capacidade laboral, o que

Leia mais

BIOFÍSICA DAS RADIAÇÕES IONIZANTES

BIOFÍSICA DAS RADIAÇÕES IONIZANTES BIOFÍSICA DAS RADIAÇÕES IONIZANTES DANOS RADIOINDUZIDOS NA MOLÉCULA DE DNA Por ser responsável pela codificação da estrutura molecular de todas as enzimas da células, o DNA passa a ser a molécula chave

Leia mais

ATIVIDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA 3º E.M.

ATIVIDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA 3º E.M. Nome: n.º Barueri, / / 2009 1ª Postagem Disciplina: Educação Física 3ª série E.M ATIVIDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA 3º E.M. Orientações para desenvolvimento da atividade: Esse será um texto a ser utilizado no

Leia mais

Aula 1 Uma visão geral das comorbidades e a necessidade da equipe multidisciplinar

Aula 1 Uma visão geral das comorbidades e a necessidade da equipe multidisciplinar Aula 1 Uma visão geral das comorbidades e a necessidade da equipe multidisciplinar Nesta aula, apresentaremos o panorama geral das comorbidades envolvidas na dependência química que serão estudadas ao

Leia mais

Apnéia do Sono e Ronco Guia Rápido

Apnéia do Sono e Ronco Guia Rápido Homehealth provider Apnéia do Sono e Ronco Guia Rápido Ronco: atrás do barulho, um problema de saúde mais sério www.airliquide.com.br O que é Apnéia do Sono? Apnéia do sono é uma síndrome que pode levar

Leia mais

Dependência do Tabagismo

Dependência do Tabagismo Dependência do Tabagismo Jack E. Henningfield, PhD Johns Hopkins School of Medicine (Escola de Medicina Johns Hopkins) Pinney Associates 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health (Escola de

Leia mais

^=`ljfppíl=jrkaf^i=a^=j^`lke^= = `lk`irpîbp=b=ob`ljbka^ Îbp=

^=`ljfppíl=jrkaf^i=a^=j^`lke^= = `lk`irpîbp=b=ob`ljbka^ Îbp= PORTUGUESE ^`ljfppíljrkaf^ia^j^`lke^ `lk`irpîbpbob`ljbka^ Îbp COMISSÁRIOS: ROBIN ROOM BENEDIKT FISCHER WAYNE HALL SIMON LENTON PETER REUTER AMANDA FEILDING `lmvofdeq«qeb_b`hibvclrka^qflkommu qeb_b`hibvclrka^qflk

Leia mais

AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE

AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE WHOQOL-120 HIV AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE Genebra Versão em Português 1 Departamento de Saúde Mental e Dependência Química Organização Mundial da Saúde CH-1211 Genebra

Leia mais

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA GERAL E ANÁLISE DO COMPORTAMENTO PSICOLOGIA CLÍNICA NA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA GERAL E ANÁLISE DO COMPORTAMENTO PSICOLOGIA CLÍNICA NA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA GERAL E ANÁLISE DO COMPORTAMENTO PSICOLOGIA CLÍNICA NA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DEPENDÊNCIA E TRATAMENTO DO CONSUMO DE TABACO Andréia Souza Grespan

Leia mais

Neste texto você vai estudar:

Neste texto você vai estudar: Prevenção ao uso de drogas Texto 1 - Aspectos gerais relacionados ao uso de drogas Apresentação: Neste texto apresentamos questões gerais que envolvem o uso de drogas com o objetivo de proporcionar ao

Leia mais

PREVENÇÃO DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS PREVENIR É PRECISO MANUAL DE ORIENTAÇÕES AOS SERVIDORES VIGIAS DA PREFEITURA DE MONTES CLAROS

PREVENÇÃO DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS PREVENIR É PRECISO MANUAL DE ORIENTAÇÕES AOS SERVIDORES VIGIAS DA PREFEITURA DE MONTES CLAROS PREVENÇÃO DAS DOENÇAS MANUAL DE ORIENTAÇÕES AOS SERVIDORES CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS VIGIAS DA PREFEITURA DE MONTES CLAROS design ASCOM-PMMC PREVENIR É PRECISO DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS No

Leia mais

ASPECTOS TERAPÊUTICOS

ASPECTOS TERAPÊUTICOS ASPECTOS TERAPÊUTICOS Abordagens psicológicas Entrevista motivacional, treinamento de habilidades, aconselhamento Psicoterapias psicodinâmicas cognitivo-comportamentais PREVENÇÃO DA RECAÍDA Grupos de mútua

Leia mais

Assistência Farmacêutica na Depressão

Assistência Farmacêutica na Depressão Definição Assistência Farmacêutica na Depressão Grupo de atividades relacionadas com o medicamento, destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade, envolvendo o abastecimento de medicamentos

Leia mais

O uso de substâncias psicoativas (SPA) lícitas. nenhum controle sobre publicidade, preço e

O uso de substâncias psicoativas (SPA) lícitas. nenhum controle sobre publicidade, preço e CRACK DIMENSÃO 2 A política do MS é tímida e equivocada. Os CAPS AD são poucos e ineficientes. Os serviços comunitários, geralmente religiosos, são muitos, são precários, carecem de base científica e beneficiam

Leia mais

2 Teoria de desastres

2 Teoria de desastres Seção 2 Teoria de desastres Antes que um bom plano comunitário de gestão de desastres possa ser elaborado, é importante compreender o que é um desastre e quais são os riscos de desastres em um determinado

Leia mais

PERFIL DE IDOSOS USUÁRIOS DE ÁLCOOL ACOMPANHADOS EM UMA UNIDADE DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

PERFIL DE IDOSOS USUÁRIOS DE ÁLCOOL ACOMPANHADOS EM UMA UNIDADE DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA PERFIL DE IDOSOS USUÁRIOS DE ÁLCOOL ACOMPANHADOS EM UMA UNIDADE DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA Iluska Pinto da Costa Universidade Federal de Campina Grande; email: lucosta.ufcg@gmail.com Janaíne Chiara

Leia mais

FINASTIL (finasterida)

FINASTIL (finasterida) FINASTIL (finasterida) EMS SIGMA PHARMA LTDA Comprimido Revestido 5 mg IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO FINASTIL finasterida APRESENTAÇÕES Comprimidos revestidos de 5 mg de finasterida acondicionados em embalagem

Leia mais

A palavra Psiquiatria deriva do Grego e quer dizer "arte de curar a alma"

A palavra Psiquiatria deriva do Grego e quer dizer arte de curar a alma PSIQUIATRIA Psiquiatria é uma especialidade da Medicina que lida com a prevenção, atendimento, diagnóstico, tratamento e reabilitação das diferentes formas de sofrimentos mentais, sejam elas de cunho orgânico

Leia mais

Estudo Exploratório. I. Introdução. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Pesquisa de Mercado. Paula Rebouças

Estudo Exploratório. I. Introdução. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Pesquisa de Mercado. Paula Rebouças Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Pesquisa de Mercado Paula Rebouças Estudo Exploratório I. Introdução A Dislexia é uma síndrome caracterizada por problemas na leitura: ao ler a pessoa

Leia mais

Aspectos da Consciência

Aspectos da Consciência Consciência Aspectos da Consciência Consciência Muitos livros definem a consciência como a percepção atual do indivíduo em relação a estímulos externos e internos isto é, de eventos do ambiente e de sensações

Leia mais

O Consumo de Tabaco no Brasil. Equipe LENAD: Ronaldo Laranjeira Clarice Sandi Madruga Ilana Pinsky Ana Cecília Marques Sandro Mitsuhiro

O Consumo de Tabaco no Brasil. Equipe LENAD: Ronaldo Laranjeira Clarice Sandi Madruga Ilana Pinsky Ana Cecília Marques Sandro Mitsuhiro O Consumo de Tabaco no Brasil Equipe LENAD: Ronaldo Laranjeira Clarice Sandi Madruga Ilana Pinsky Ana Cecília Marques Sandro Mitsuhiro 1. Porque esse estudo é relevante? Segundo a Organização Mundial de

Leia mais

Stress. Saúde Mental. ão.

Stress. Saúde Mental. ão. Saúde Mental Stress Se dura o tempo necessário para proteger o organismo de uma situação de risco, é saudável. Quando passa dias e dias sem controle, vira doença. O Stress, além de ser ele próprio e a

Leia mais

20/08/2010 REABILITAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA NA PESSOA COM TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM

20/08/2010 REABILITAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA NA PESSOA COM TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM I Seminário de Reabilitação Cognitiva nos Transtornos de REABILITAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA NA PESSOA COM TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM Marina Nery 1 Conceito Transtorno de Transtorno de Dificuldade de Inteligência

Leia mais

Dossier Informativo. Osteoporose. Epidemia silenciosa que afecta 800.000 pessoas em Portugal

Dossier Informativo. Osteoporose. Epidemia silenciosa que afecta 800.000 pessoas em Portugal Dossier Informativo Osteoporose Epidemia silenciosa que afecta 800.000 pessoas em Portugal 2008 1 Índice 1. O que é a osteoporose? Pág. 3 2. Factores de risco Pág. 4 3. Prevenção Pág. 4 4. Diagnóstico

Leia mais

AFETA A SAÚDE DAS PESSOAS

AFETA A SAÚDE DAS PESSOAS INTRODUÇÃO Como vai a qualidade de vida dos colaboradores da sua empresa? Existem investimentos para melhorar o clima organizacional e o bem-estar dos seus funcionários? Ações que promovem a qualidade

Leia mais

Avaliação sobre o consumo de drogas por adolescentes nas escolas do município de Iporá-GO

Avaliação sobre o consumo de drogas por adolescentes nas escolas do município de Iporá-GO Avaliação sobre o consumo de drogas por adolescentes nas escolas do município de Iporá-GO Moreira, Izadora Cristina; Aquino, Valdirene Silva Rocha; RAMALHO, Letícia Carneiro; CUNHA, Marielton Passos; PINHEIRO,

Leia mais

CRACK. Alexandre de Araújo Pereira. Psiquiatra Mestre em Educação Médica ENSP/UECE Docente da Faculdade de Ciências Médicas UNIFENAS BH/ IPEMED

CRACK. Alexandre de Araújo Pereira. Psiquiatra Mestre em Educação Médica ENSP/UECE Docente da Faculdade de Ciências Médicas UNIFENAS BH/ IPEMED CRACK Alexandre de Araújo Pereira Psiquiatra Mestre em Educação Médica ENSP/UECE Docente da Faculdade de Ciências Médicas UNIFENAS BH/ IPEMED Breve histórico do uso de drogas Pré História 4.000 à 5.000

Leia mais

A ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA NA CIRURGIA BARIÁTRICA

A ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA NA CIRURGIA BARIÁTRICA A ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA NA CIRURGIA BARIÁTRICA 2012 Nara Saade de Andrade Psicóloga graduada pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais Charlisson Mendes Gonçalves Mestrando em Psicologia pela

Leia mais

Suicídio nos pacientes com Transtorno de Personalidade Borderline.

Suicídio nos pacientes com Transtorno de Personalidade Borderline. Suicídio nos pacientes com Transtorno de Personalidade Borderline. Instituto José Frota Messiano Ladislau Nogueira de Sousa Médico Psiquiatra - Formação no Hospital das Clínicas ( HUWC Fortaleza ) Maio

Leia mais

DROGAS DE ABUSO. Carlos Eduardo Biólogo Neuropsicólogo Mestre-Farmacologia UFC

DROGAS DE ABUSO. Carlos Eduardo Biólogo Neuropsicólogo Mestre-Farmacologia UFC DROGAS DE ABUSO Carlos Eduardo Biólogo Neuropsicólogo Mestre-Farmacologia UFC DROGAS DE ABUSO Substância Psicoativa qualquer substância química que, quando ingerida, modifica uma ou várias funções do SNC,

Leia mais

O TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUIMICA

O TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUIMICA O TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUIMICA Quase todos aqueles que sofrem com a drogadição de um parente ou amigo próximo perguntam se é possível tratar o uso de drogas de um jovem, e, caso este aceitar o tratamento

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de Santos, SP 30/07/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 281,35 km² IDHM 2010 0,840 Faixa do IDHM Muito Alto (IDHM entre 0,8 e 1) (Censo 2010) 419400 hab. Densidade

Leia mais

Dependência Química. Informação é grande aliada dos amigos e familiares.

Dependência Química. Informação é grande aliada dos amigos e familiares. Dependência Química Informação é grande aliada dos amigos e familiares. O QUE É DROGA-DEPENDÊNCIA? Droga-dependência é um transtorno psiquiátrico que se caracteriza pelo uso impulsivo e descontrolado de

Leia mais

BIOLOGIA - 1 o ANO MÓDULO 43 MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

BIOLOGIA - 1 o ANO MÓDULO 43 MÉTODOS CONTRACEPTIVOS BIOLOGIA - 1 o ANO MÓDULO 43 MÉTODOS CONTRACEPTIVOS Como pode cair no enem? (UFC) A pílula do dia seguinte é composta de hormônios, os mesmos da pílula anticoncepcional comum, só que em doses mais elevadas.

Leia mais

26 e 27 de NOVEMBRO Sede APSEI (Sacavém)

26 e 27 de NOVEMBRO Sede APSEI (Sacavém) 26 e 27 de NOVEMBRO Sede APSEI (Sacavém) Substância Psicoativas Despiste e Controlo Em Meio Laboral Terroristas terão realizado atentados em Paris drogas Segurança dos cidadãos e do Mundo DN 20 Nov 2015

Leia mais