Aula 8. Convenção sobre Diversidade Biológica. Biossegurança
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- Benedicto Sabrosa Flores
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1 Convenção sobre Diversidade Biológica Biossegurança
2 Convenção sobre Diversidade Biológica Biossegurança 2 1. Biodiversidade no Brasil 2. Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica (1992) 3. Protocolo de Nagoya (2010) 4. Política Nacional da Biodiversidade (Dec. Fed. 4339/2002) 5. Lei de Biossegurança (Lei Fed /2005)
3 Motivação: Biodiversidade no Brasil 3 Brasil é país detentor da maior biodiversidade do planeta! 9% 13% de toda biodiversidade conhecida no mundo está aqui ( mil espécies!) [Lewinsohn 2006]
4 Motivação: Biodiversidade no Brasil 4 Brasil tem a maior extensão de floresta tropical do mundo Sudoeste da Amazônia Rio Madeira
5 Motivação: Biodiversidade no Brasil Número de Espécies 5 Mamíferos: 658 spp. ~13% planeta Anfíbios: 877 spp. ~18 planeta Aves: 1832 spp. ~18% planeta Répteis: 721 spp. ~15% planeta Peixes: 3825 spp. ~10% planeta Plantas: ~ spp. ~19% planeta H 2 O doce [Reis et al. 2006; Soc. Bras. Herpetologia, Comitê Bras. Reg. Ornitológicos, Buckup et al. 2007; Joly & Bicudo 2007; Lewinsohn 2006]
6 Motivação: Biodiversidade no Brasil Número de Espécies 6 Invertebrados compõem >90% das spp. da fauna brasileira [Lewinsohn 2006] Insetos: ~25 mil spp. Microorganismos Até 600 spp. de bactérias foram encontradas sobre as folhas de uma planta da Mata Atlântica [Lambais, Projeto ESALQ- FAPESP]
7 Motivação: Biodiversidade no Brasil Outras espécies Espécies exóticas 7 Uso pleno da biodiversidade brasileira daria lucros na ordem de trilhões de reais Espécies ainda não-descobertas / não descritas
8 8 Em vista dessa biodiversidade...
9 Motivação: Biodiversidade no Brasil Em vista dessa biodiversidade: 9 Como deve se dar a proteção, acesso, utilização, e repartição dos benefícios do uso dessa biodiversidade? Convenção ONU Diversidade Biológica Protocolo de Nagoya Política Nacional da Biodiversidade (dec. 4339/02) Até que ponto podemos/devemos manipular geneticamente essa biodiversidade? Lei de Biossegurança (lei 11105/05)
10 10 Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica
11 Convenção ONU Biodiversidade Aspectos gerais 11 Tratado internacional apresentado na RIO-92 Entrou em operação em 29/Dez/1993 após a 30ª ratificação (Brasil ratificou em Fev/94) Brasil desempenha papel-chave na CBD, ao contrário da Convenção ONU Mudanças Climáticas
12 Convenção ONU Biodiversidade 12 Principais pontos Objetivos: (Art. 1) 1 Conservação da Biodiversidade 2 Uso sustentável da biodiversidade 3 Repartição justa e igualitária dos benefícios de uso da biodiversidade Protocolo de Nagoya Uso sustentável: (Art. 10) nacional com a incorporar conservação e uso sustentável dos recursos biológicos no processo decisório c proteger e encorajar a utilização da biodiversidade de acordo práticas/culturas tradicionais Política Nac. Biodiversidade Política Des. Sustentável Comunidades Tradicionais (Dec. 6040/07)
13 Convenção ONU Biodiversidade 13 Principais pontos Conservação in situ: (Art. 8) a Estabelecer sistema de áreas protegidas Brasil cumpriu sua parte com o SNUC! (Lei 9985/00) Acesso a recursos genéticos: (Art. 15) 1. Autoridade para determinar acesso a recursos genéticos é o governo nacional MP /2001 Lei / Distribuição equitativa dos benefícios Protocolo de Nagoya
14 14 Protocolo de Nagoya Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica
15 Protocolo de Nagoya 15 Principais pontos Objetivos (Art. 1): iguais ao objetivo nº3 da CDB... 3 Repartição justa e igualitária dos benefícios de uso da biodiversidade...mas com menção especial aos direitos sobre a biodiversidade Direitos sobre biodiversidade: países são soberanos sobre sua (Art. 6, I) biodiversidade e recursos genéticos.
16 Protocolo de Nagoya 16 Principais pontos Art. 5: I caso algum país crie, com recursos naturais de outro, novos produtos (p.ex. remédios) ambos devem ser sócios e dividir lucros II o mesmo vale para povos e comunidades tradicionais Países deixam de ser meros provedores para ser beneficiários! Protocolo será regulamentado no Brasil na forma de lei(s) interna(s)
17 17 Política Nacional da Biodiversidade Decreto 4339/02
18 Política Nacional da Biodiversidade 18 Fundamentada na Constituição de 1988: é dever do governo proteger o meio ambiente, (...) espécies e ecossistemas Arts. 23 (VI, VII), 225 (caput, I, II) Principais pontos (do Anexo) Objetivos: os mesmos da CDB! (Art. 5) Príncípios: Diretrizes: biodiversidade tem valor intrínseco independente do homem (Art. 2, I) é vital prever, prevenir e combater as causas de redução/perda da biodiversidade (Art. 4, IV)
19 Política Nacional da Biodiversidade 19 Componentes (eixos temáticos): (Art. 9) I. Conhecimento inventários, sistematização II. Conservação III. Uso Sustentável IV. Prevenção/Mitigação in(ex) situ, dentro(fora) UCs com. tradicionais, biotecnologia monitora/o e recuperação V. Acesso a rec. genéticos, conhecimento tradicional e repartição Lei Biossegurança e Protocolo de Nagoya VI. Educação e informação VII. Gestão programas de governo MMA, SISNAMA, financiamento
20 20 Lei de Biossegurança Lei /05
21 Lei de Biossegurança Aspectos Gerais 21 Fundamentada na Constituição de 1988, Art. 225, (Meio Ambiente) 1: II governo deve fiscalizar manipulação genética IV EIA/RIMA V governo deve controlar atividades que comportem risco para a vida e o meio ambiente Influenciada pelo Protocolo de Cartagena Biossegurança na CDB Revoga lei 8974/95 regulamentava atividades com organismos geneticamente modificados (OGM) e proibia manipulação de embriões Nova lei (11105/05) mantém isso, mas tb regulamenta atividades com células-tronco
22 Lei de Biossegurança 22 Principais pontos: Objetivos: (Art. 1) estabelecer normas de segurança e mecanismos de fiscalização sobre atividades com OGM construção, cultivo, produção, manipulação, transporte, transferência, importação, exportação, armazenamento, pesquisa, comercialização, consumo, liberação no meio ambiente e descarte Células-tronco: é permitida a pesquisa e terapia com células-tronco De embriões inviáveis, congelados há >3 anos, c/ consentimento dos genitores
23 Lei de Biossegurança 23 Principais pontos: CTNBio: (Arts. 10, 14). Comissão Técnica Nacional de Biossegurança. órgão técnico do MCT. competência: editar normas relativas a OGM, avaliação de riscos, permissão e certificação. composição: membros do governo e cientistas (só da área de biotecnologia!) Não conseguimos aprovar uma CTNBio de caráter ambientalista!
24 Lei de Biossegurança 24 Principais pontos: CIBio: (Art. 40). Comissão Interna de Biossegurança. Comissão interna do empreendedor. Segurança do das atividades com OGM. Comunicação com CTNBio
25 Lei de Biossegurança 25 Principais pontos: Informação: alimentos contendo OGM devem ser rotulados como tal! (Art. 40, e Dec. 4680/2003) Porco que come soja transgênica é rotulado???? OGM e UCs:. plantio de OGM deve ser feito a distância X a X m dos limites de UCs [Dec. 5950/06]
26 26 Recapitulando... Biodiversidade brasileira Convenção Diversidade Biológica / Prot. Nagoya Política Nacional da Biodiversidade Lei de Biossegurança
27 Lembretes 27 Aula disponível no site: Dúvidas na minha sala ou Toda legislação federal está disponível em:
28 Bibliografia 28 Brasil Decreto Federal 4339/2002. Institui princípios e diretrizes para a implementação da Política Nacional da Biodiversidade. Diário Oficial da União, 23/Ago/2002. Brasil Lei Federal 11105/2005. Regulamenta os incisos II, IV e V do 1o do art. 225 da Constituição Federal, estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam organismos geneticamente modificados OGM e seus derivados, cria o Conselho Nacional de Biossegurança CNBS, reestrutura a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança CTNBio, dispõe sobre a Política Nacional de Biossegurança PNB, revoga a Lei no 8.974, de 5 de janeiro de 1995, e a Medida Provisória no , de 23 de agosto de 2001, e os arts. 5o, 6o, 7o, 8o, 9o, 10 e 16 da Lei no , de 15 de dezembro de 2003, e dá outras providências. Diário Oficial da União, 28/Mar/2005. Brasil, Ministério do Meio Ambiente Diretoria do Programa Nacional de Conservação da Biodiversidade - DCBio. Quarto Relatório Nacional para a Convenção sobre Diversidade Biológica. Brasília: Ministério do Meio Ambiente. Lewinsohn, T. (coordenador) Avaliação do Estado do Conhecimento da Biodiversidade Brasileira. Volumes I e II. Ministério do Meio Ambiente. Série Biodiversidade no 15. Website da Convenção sobre Diversidade Biológica - CBD: com os textos da Convenção sobre Diversidade Biológica e do Protocolo de Nagoya
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