Aextinção de uma espécie é um processo natural na história e ciclos de extinção

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Aextinção de uma espécie é um processo natural na história e ciclos de extinção"

Transcrição

1 Caso de sucesso 10 Projeto Arara-azul Sandro Menezes Silva Wikipédia. Arara-azul. Aextinção de uma espécie é um processo natural na história e ciclos de extinção têm sido registrados normalmente na natureza ao longo dos últimos milhões de anos. Estima-se que tenha havido grandes ondas de extinção de espécies ao final da era Paleozóica1 há cerca de 250 milhões de anos, no período Cretáceo 2 90 milhões de anos atrás e mais recentemente no Pleistoceno 3 há aproximadamente um milhão de anos. Existem evidências de que esses eventos de megaextinção tenham ocorrido por causas naturais, como mudanças climáticas, eventos tectônicos e até mesmo colisões entre asteróides e a Terra. Muitos cientistas e pesquisadores têm afirmado que estamos diante de mais um ciclo de extinções em massa, mas dessa vez o principal agente causador é o próprio homem. As mudanças provocadas pela espécie humana nos ambientes naturais têm levado espécies à extinção em uma velocidade muito maior do que aquela registrada em eras passadas e, muitas vezes, sem sequer saber o que está sendo perdido. As principais causas da perda de biodiversidade A destruição e a fragmentação de habitats, a degradação ambiental, a poluição dos meios aéreo, aquático e terrestre, a exploração de espécies para uso hu- Paleozóica: uma das eras 1documentadas na história da vida da Terra. Iniciou há cerca de 550 milhões de anos no período Cambriano e durou cerca de 300 milhões de anos, terminando com o período conhecido como Permiano, quando houve um fenômeno de extinção em massa. Cretáceo: período da era 2Cenozóica que sucede a Paleozóica. Durou cerca de 180 milhões de anos e marca o surgimento das plantas com sementes e o desaparecimento de muitos grupos de répteis, como os dinossauros. Pleistoceno: período que 3marca o início da era Quaternária, que durou de 1,8 milhões a anos. É marcada por um período frio, quando muitas espécies de grandes mamíferos extinguiram-se.

2 Casos de Sucesso na Educação Ambiental mano e a introdução de espécies exóticas têm sido apontadas como as principais causas da perda de biodiversidade. As espécies reconhecidas oficialmente como ameaçadas de extinção são os reflexos desse processo e cada vez que é publicada uma atualização dessas listas, mais e mais espécies são relacionadas. Para se ter um exemplo dessa grandeza, a atual lista de espécies da fauna ameaçadas de extinção no Brasil relaciona 633 espécies, contra as 218 que eram conhecidas anteriormente. 4 A espécie é considerada em risco de extinção quando suas populações atingem tamanhos muito reduzidos, deixando a espécie geneticamente enfraquecida e conseqüentemente ameaçada. A redução drástica de uma população pode levar a um aumento nos acasalamentos entre parentes, ou até mesmo ao não-acasalamento, diminuindo a variabilidade genética e o número de descendentes a cada geração, provocando o gradual desaparecimento da espécie. A perda de habitats pode provocar o desaparecimento de populações inteiras de uma só vez, principalmente de espécies que têm distribuição geográfica restrita a um determinado tipo de ambiente. Pode provocar a perda de uma espécie que é vital para a sobrevivência de outras, como um vegetal que serve de alimento ou abrigo para a espécie animal ou um animal que é a presa de outra espécie, e que sem este não consegue sobreviver, só para citar exemplos bem simples. Mas é o tráfico de animais silvestres, outra importante causa de perda de biodiversidade, que tem representado a principal ameaça de extinção de muitas espécies da fauna brasileira, principalmente das aves, atraentes pelas suas cores e pelos seus diferentes cantos. A retirada de animais de seus ambientes naturais para serem vendidos como animais de estimação, para colecionadores, para fins científicos ou como produtos para serem beneficiados por diferentes setores industriais é crime pela legislação brasileira. Após a perda do habitat, a caça, para subsistência e comércio, é a segunda maior ameaça à fauna silvestre brasileira [...]. Atualmente, o comércio ilegal de vida silvestre, o qual inclui a fauna e seus produtos, movimenta de 10 a 20 bilhões de dólares por ano [...]. É a terceira atividade ilícita do mundo, depois das armas e das drogas. O Brasil participa com cerca de 5% a 15% do total mundial. (RENCTAS, 2006) A arara-azul, espécie que motivou a criação do projeto que estudamos agora, tem sido alvo dessa atividade ilícita, e embora os resultados que conheceremos apontam para um futuro promissor para a espécie, ainda há muito para ser feito, para garantir não só a proteção dessa, mas de várias outras espécies que se encontram em situação semelhante à da arara-azul Para saber mais sobre a fauna brasileira ameaçada de extinção consulte o trabalho: Machado, A. B; Martins, C. S. e; Drummond, G. M. (eds.) Lista da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Belo Horizonte, Fundação Biodiversitas, 2005, 160 p. O tráfico de animais silvestres Em um estudo realizado pela Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas), são apresentados alguns animais da fauna brasileira que são caçados para serem vendidos a colecionadores, ou como animais

3 Projeto Arara-azul de estimação, e seus respectivos preços no mercado internacional, conforme pode ser visto abaixo: Nome comum português / inglês Arara-azul-de-lear Lear s macaw Nome científico Valor em US$/unidade Anodorhynchus leari Arara-azul Hyacinthine macaw Arara-canindé Blue and yellow macaw Papagaio-de-cara-roxa Blue cheeked parrot Harpia Harpy eagle Mico-leão-dourado Golden lion tamarin Uacari-branco Uakari Anodorhynchus hyacinthinus Ara ararauana Amazona brasiliensis Harpia harpyja Lentopithecus rosalia Cacajao calvus Jaguatirica Leopardus pardalis Ocelot 1.º Relatório Nacional sobre o tráfico de fauna silvestre / Renctas. Só em 2005 foram apreendidos cerca de animais que estavam sendo vendidos por traficantes, o que para os leigos não passa de mais uma cena comum em nosso país: pessoas tentando se dar bem na vida com atividades ilícitas. Só que o tráfico de animais acontece junto com o tráfico de drogas, armas e até pedras preciosas, crimes considerados mais graves pela sociedade em geral. A legislação brasileira considera o tráfico de animais um crime de menor potencial ofensivo (até 1998 era inafiançável) e hoje, o indivíduo que for pego vendendo animais silvestres pega no máximo dois anos de prisão, podendo a pena ser substituída por ações comunitárias ou doação de cestas básicas. O valor das multas é de R$ 523,00 por animal não ameaçado de extinção, e pode chegar a mais de R$ 3.665,00, se for ameaçado. Se estiver ameaçado e fizer parte da convenção internacional de preservação de espécies, o valor chega a R$ 5.769,00. O valor máximo que a multa pode alcançar é de 150 mil reais, no estado de São Paulo. A lógica de toda venda ilegal é a mesma: se alguém está vendendo é porque existe alguém para comprar. Com penas brandas, os traficantes sentem-se à vontade para continuar suas atividades. Dos animais capturados para venda, apenas 40% vai para outros países, o restante fica no Brasil mesmo. A rede de tráfico é profissional, com caçadores e receptadores espalhados por todo o território nacional. Para piorar a situação, um papagaio verdadeiro, aquele que diverte a criançada repetindo palavras do nosso vocabulário, custa entre R$ 50,00 e R$ 100,00 quando comprado no mercado ilegal. Já quando vem de criadouros autorizados, o preço chega a R$ 1.000,00. 93

4 Casos de Sucesso na Educação Ambiental Em janeiro passado, a Polícia Ambiental recebeu denúncia de que um hóspede de uma pousada na cidade de Aparecida estava transportando pássaros. Com ele foram encontrados 16 canários-da-terra, 10 canários-da-terra peruanos e um canário-do-reino. Mesmo tendo uma documentação do Instituto do Meio Ambiente (Ibama) que permitiriam o transporte das aves, ele tentou soltar algumas pela janela. Desconfiados, os policiais vasculharam o quarto e acharam uma pistola 380, revólver calibre 38, dois Speed Louder e um porta Speed Louder com 18 cartuchos intactos de calibre 38. Nenhuma das armas tinha documentação. Em outubro do ano passado, a Polícia Militar Ambiental apreendeu no Morumbi, zona sul da capital, sete araras e um papagaio junto com um arsenal de armamentos e munições de uso restrito das Forças Armadas. (RENCTAS, 2006) E a arara-azul, o que tem a ver com isso? A arara-azul A arara-azul-grande, como é conhecida nos compêndios de Ornitologia 5, tem sido vítima do tráfico de animais silvestres, e foi justamente essa situação, percebida por uma pesquisadora chamada Neiva Robaldo Guedes, há 16 anos, que ocasionou o surgimento do Projeto Arara-azul. Também chamada de araraúna, (una, em tupi, significa negro), nome relacionado à coloração preta na parte interna de suas penas, que só pode ser vista durante o vôo, é a maior arara brasileira, podendo chegar a mais de um metro de comprimento e pesar entre 1 e 2 kg. Seu nome científico é Anodorhynchus hyacinthinus, cujo gênero possui mais duas espécies brasileiras, Anodorhynchus glaucus (ararinha-azul ou araracinza-azulada; já extinta na natureza) e Anodorhynchus leari (arara-azul-de-lear; ameaçada de extinção). Para conhecer um pouco mais sobre essas três espécies, veja o quadro a seguir. Arara-azulgrande Arara-azul-delear Ararinha-azul Ordem Psittaciformes Família Psittacidae Nome científico Anodorhynchus hyacinthinus Anodorhynchus leari Anodorhynchus glaucus Ornitologia: parte da 5Biologia que estuda as aves. Nome popular Nome em inglês Arara-azul-grande, Arara-azul-de-lear Ararinha-azul, araraúna arara-cinza-azulada Hyacinthine macaw Indigo macaw Glaucous macaw 94

5 Projeto Arara-azul Cor Plumagem totalmente azul com um anel amarelo em torno do olho e fita da mesma cor na base da mandíbula. Cabeça e pescoço azul-esverdeados, barriga azul-claro, apenas as costas e lado superior das asas e cauda azul-escuro. Anel em torno do olho amarelo-claro, pálpebra azul-claro, branca ou levemente azulada, íris castanha. Na barbela tem uma mancha amareloenxofre clara quase triangular, situada dos lados na base da mandíbula. Cabeça, pescoço, costas, asas, cauda e barriga são de azul desbotado esverdeado; a garganta é enegrecida. Peso 1,5 kg 940 g 800 g Comprimento 98 cm a 1,14 m 72 cm (aproximadamente) 68 cm Distribuição geográfica Região Norte, Central e parte da Região Nordeste do Brasil. Região semi-árida do nordeste da Bahia; endêmica da caatinga baiana. Era comum ao longo do Rio Paraguai e Paraná, na Argentina, Paraguai e Brasil, onde vivia nas baixadas com palmeiras (tucum, mucujá), margens de rios, fazendo ninhos nos barrancos do rio ou em ocos de árvore. Habitat Buritizais, florestas de galeria e cerrados adjacentes. Caatinga, em regiões de cânions e rochedos. Caatinga e cerrado Hábitos alimentares Sementes, frutas, insetos e pequenos vertebrados. Principalmente, sementes de licuri, mas também pinhão, umbu e mucumã. Frutas, grãos, frutos das palmeiras e insetos. Reprodução Postura de 1 a 2 ovos. Incubação de 30 dias. Período de incubação de 25 a 28 dias, botando de 1 a 3 ovos. Ninho Ocos de árvores, especialmente o manduvi. Locais rochosos em paredes íngremes dos cânions. Barrancos de rios e ocos de árvores. 95

6 Casos de Sucesso na Educação Ambiental Período de vida Em vida livre, entre 30 e 40 anos. Em cativeiro, aproximadamente 60 anos. Em cativeiro, aproximadamente, 60 anos. Situação atual Vulnerável. Tamanho populacional reduzido por causa da caça, do comércio ilegal e da degradação dos habitats. Com o trabalho de recuperação da população, o número de indivíduos subiu de (em 1987) para aproximadamente hoje na região do Pantanal. Criticamente ameaçada. Tamanho populacional reduzido ou em declínio, com probabilidade de extinção na natureza em pelo menos 50% em 10 anos ou 3 gerações. É uma das espécies de aves menos conhecidas e mais ameaçadas de extinção. Estimase que atualmente existem cerca de 180 indivíduos na natureza e 20 em cativeiro. Durante muitos anos não era encontrada em vida livre. Em 1978 foi localizada no Raso da Catarina, nordeste da Bahia, sendo a única arara em vida livre da região. Extinta na natureza. Uma suspeita de catástrofe natural causada por doença a possibilidade de esgotamento genético devido à caça intensiva para o comércio de animais são as causas da extinção dessa espécie. Era raramente encontrada em vida livre e pouco se sabe sobre seus hábitos e características. Obs.: Ainda existe outra espécie conhecida como ararinha-azul, que também está extinta na natureza. Seu nome científico é Cyanopsitta spixii. É bem menor (cerca de 54 cm), vivia na caatinga seca e matas ciliares abertas na bacia do São Francisco, desde o extremo norte da Bahia, até o sul do rio São Francisco, na região de Juazeiro. Seu desaparecimento também foi devido ao tráfico de animais e degradação do habitat. Atualmente, resta um único exemplar conhecido na natureza (um macho) e cerca de 20 em cativeiro. Desde o início da década de 1990, há um projeto para a localização de outros indivíduos e a recuperação da espécie pela reintrodução na natureza de animais provenientes de cativeiro. A tentativa de acasalamento do macho em liberdade com uma fêmea nascida em cativeiro, feita recentemente, não obteve sucesso. 96

7 Wikipedia Projeto Arara-azul Arara-azul-grande. A arara-azul-grande é encontrada no Pantanal, na Região Sul-amazônica, no oeste da Bahia, Tocantins, Piauí e sul do Maranhão, habitando áreas de matas ciliares e cerrado, além de buritizais6. Hoje, a população é pequena devido principalmente à destruição dos seus habitats, ao tráfico de animais e ao seu baixo sucesso reprodutivo em cativeiro. As maiores populações conhecidas estão relacionadas à existência de árvores grandes para nidificação, uma vez que elas fazem seus ninhos em troncos ocos de árvores e aos frutos de algumas espécies de palmáceas, que constituem sua preferência alimentar. Comumente vivem em famílias, pares ou bandos, que podem atingir até 60 indivíduos. Como é a vida da arara-azul A existência da espécie é hoje ameaçada por vários fatores, alguns dos quais já comentados anteriormente, comuns à maioria das espécies ameaçadas de extinção. Nas regiões onde a agricultura e a pecuária são as atividades principais, a situação das araras é ainda mais grave, ameaçada pelas queimadas constantes e pelo pisoteio do gado. As queimadas, muito utilizadas para o manejo do pasto e para a limpeza da roça, acabam se espalhando e alcançando as partes com vegetação mais alta, incluindo os capões onde estão os ninhos e os alimentos para as araras. Já o pisoteio do gado impede a germinação e o desenvolvimento de muitas espécies vegetais, incluindo aquelas que fazem parte da vida das araras, seja como alimento, seja como local de nidificação. No Pantanal, as araras-azuis usam espécies de árvores como a ximbuca (Enterolobium contortisiliquun) e o angico-branco (Albizia niopoides). Mas é o manduvi (Sterculia apetala) a predileta desses animais; cerca de 90% dos ninhos encontra-se em árvores desta espécie. Buritizais: formações onde 6o buriti, uma palmeira de nome científico Mauritia flexuosa, é a espécie mais típica. Em geral ocorrem em áreas úmidas, como em nascentes de rios e brejos permanentes, na região Centro Oeste e Nordeste do Brasil. 97

8 Casos de Sucesso na Educação Ambiental Wikipedia. Ninho de arara-azul em tronco de manduvi. O manduvi chega a ter de 50 a 60 centímetros de diâmetro no tronco e mais de 10 metros de altura, e tem madeira mole, proporcionando o desenvolvimento de ocos no interior do tronco, os quais são grandes o suficiente para acomodar o ninho dessa espécie. A arara não inicia um oco, mas pode aumentá-lo para seu uso, pois a força de seu bico é extraordinária. Produz frutos maduros entre maio e agosto, muito consumidos por aves, macacos e roedores. As araras-azuis são animais monogâmicos; vivem com o mesmo parceiro durante toda a vida. Para muitos, essa característica é desfavorável para a sobrevivência da espécie atualmente, pois com a perda do parceiro o animal fica sozinho e não se reproduz mais. Wikipédia. 98 Arara-azul. O casal divide a tarefa de preparo do ninho e cuidado dos filhotes. A fêmea coloca em média dois ovos (que são do tamanho de um ovo de galinha), que eclodem após dias. Os ovos precisam ser vigiados o tempo todo, pois servem de alimento para outros animais como a gralha (Cyanocorax sp), o tucano (Ramphastos toco), o carcará (Polyborus plancus), o quati (Nasua nasua), a irara (Eira barbara) e o gambá (Didelphis albiventris). Quando jovem, além da predação por animais como o gavião-relógio (Micrastur semitorquatus), o gavião-pernilongo (Geranospiza caerulescens), o gavião-preto (Buteogallus urubutinga) e a irara, os pais ainda precisam tomar cuidado com baratas e formigas, pois as pequenas araras são muito frágeis até os 45 dias de vida. Na maioria das vezes, apenas um filhote sobrevive.

9 Projeto Arara-azul A reprodução pode ainda ser dificultada pela disputa de ninhos com a arara-vermelha (Ara chloroptera), com o gavião-relógio, com o urubu (Coragyps atratus), com o pato-do-mato (Cairina moschata), com a marreca-cabocla (Dendrocygma autumanalis) e com o tucano. Em geral, o filhote permanece no ninho sob cuidado constante dos pais, por pouco mais de três meses, quando começa a dar os primeiros vôos. Depois disso, até uns seis meses, não fica mais no ninho, mas continua nas proximidades e é alimentado pelos pais. Com cerca de sete anos de idade a arara está madura o suficiente para começar sua própria família. Sua alimentação varia de acordo com sua região de ocorrência. No Pantanal, as araras se alimentam de castanhas de diferentes espécies de palmeiras, como o acuri (Scheelea phalerata), a bocaiúva (Acrocomia aculeata) e o carandá (Copernicia alba). Na Região Sul-amazônica, sua alimentação é principalmente de cocos de inajá (Maximiliana maripa) e Astrocaryum sp. No oeste da Bahia, Tocantins, sul do Maranhão e Piauí, alimentam-se dos cocos da piaçava (Orbygnia eichleri) e do catolé (Syagrus oleracea). Além da degradação do habitat, com a conseqüente perda das árvores que servem de ninho e alimento para a espécie, e da caça realizada por índios que vendem adornos feitos com suas penas, o tráfico desses animais contribuiu significativamente para a diminuição populacional dessa espécie. Estima-se que até a década de 1980 foram retirados ilegalmente da natureza mais de dez mil exemplares dessa ave, sendo levadas principalmente para os Estados Unidos, Europa e Japão, além do próprio mercado interno brasileiro. Em 1987, estimava-se haver apenas indivíduos no Pantanal, mas hoje se estima que existem na natureza cerca de aves, sendo o Pantanal a região onde a espécie encontra-se mais protegida e onde fica a maior população. Mas o que aconteceu para que houvesse essa mudança? O Projeto Arara-azul O Projeto Arara-azul nasceu de uma iniciativa pessoal da pesquisadora Neiva Robaldo Guedes, uma bióloga que ficou encantada com a ave desde a primeira vez que a viu na natureza. Sensibilizada pela sua beleza, e ao mesmo tempo chocada com o grau de ameaça de extinção que a espécie se encontrava, Neiva começou a pesquisar a arara e desde então nunca mais parou; isso foi em No ano seguinte, Neiva inscreveu-se e passou na seleção para o mestrado na Esalq/USP, e foi nessa época que ela conheceu o ornitólogo Lee Harper, que ensinou a ela técnicas de escalada em árvores para estudar ninhos de psitacídeos, experiência que trazia de estudos realizados na Amazônia. Não demorou muito e Neiva já estava dando cursos de escalada em árvores, usando as técnicas como ferramentas de seu trabalho diário no campo. Em 1991, começou sua pesquisa sobre a reprodução das araras-azuis durante o curso do mestrado e contou com apoio de uma bolsa de pesquisa e da WWF7. Após a conclusão do mestrado, em 1993, Neiva continuou o projeto por conta 99

10 Casos de Sucesso na Educação Ambiental própria, e o que era projeto de pesquisa passou a ser um projeto de vida. Em 1994, a pesquisadora ingressou no Centro de Ensino Superior de Campo Grande, instituição pela qual passou a desenvolver o projeto. Ao longo de toda a história do projeto foram vários apoios, como da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza e da Toyota do Brasil, e atualmente Neiva é professora na Universidade para o Desenvolvimento do Estado e Região do Pantanal (Uniderp), onde coordena o projeto. O projeto ainda mantém as parcerias com a WWF-Brasil e com a Toyota, contando ainda com o apoio da Pousada Caiman e patrocínio da Fundação Manoel de Barros, da Brasil Telecom, da Vanzin Escapamentos, da BR Tintas, do Criadouro Asas do Brasil, da Ecotrópica Alemanha / GNF e da Bradesco Capitalização. 100 WWF: abreviatura de 7World Wildlife Fund, organização não-governamental que apóia projetos de conservação da natureza em diversas regiões do mundo. Seu símbolo, um urso-panda, é bastante conhecido e tornou-se uma marca da conservação da biodiversidade. 8 Biometria: trabalho de medição e/ou pesagem de um animal, que pode ser feito tanto com o animal vivo como com ele morto. Em estudos ecológicos é mais comum a prática em animais contidos, com ou sem o uso de anestésicos, dependendo da espécie. As principais metas e atividades do Projeto Arara-azul Atualmente, as principais metas a serem atingidas pelo projeto são a manutenção de uma população viável de araras-azuis na natureza a médio e longo prazo e a conservação da biodiversidade. O Projeto Arara-azul desenvolve atividades de pesquisa, manejo e conservação da espécie, que vão desde o trabalho técnico de pesquisa sobre seus hábitos até atividades de educação ambiental para diferentes públicos. Participam do projeto biólogos, veterinários, assistentes, auxiliares de campo, fazendeiros e estudantes universitários, em um dia-a-dia que envolve um conjunto diverso de atividades. Podem ser citados a recuperação de ninhos naturais e artificiais; o monitoramento de ovos e filhotes; a biometria8; a coleta de material biológico; a marcação de filhotes (anilhas ou microchips); o monitoramento dos filhotes após deixarem os ninhos; a realização de palestras para hóspedes do Refúgio Ecológico (R.E.) Caiman e da Pousada Araraúna, locais onde o projeto é desenvolvido; o atendimento no Centro de Visitantes do projeto, localizado no R.E. Caiman; o trabalho de educação voltado para a conservação com fazendeiros e peões; o trabalho de educação e de resgate da cultura pantaneira; o artesanato com crianças no R.E. Caiman; a realização de visitas monitoradas de turistas nos locais de realização do projeto. Na época da reprodução, de julho a março, os ninhos são monitorados mais intensamente para garantir que os filhotes cheguem com saúde à vida adulta. Os ninhos que não estão em condições para abrigar o casal e seus filhotes são consertados conforme as suas respectivas necessidades; se o oco é muito grande, facilitando a entrada de predadores, a equipe diminui; se entra água, conserta-se; se é muito raso, aprofunda-se; ou seja, é um trabalho constante em prol da sobrevivência da maior arara do mundo. Além disso, há os ninhos artificiais, que não foram bem aceitos de início pelas araras-azuis. Em 1997, foram instalados os primeiros ninhos artificiais em fazendas do pantanal sul-mato-grossense. Mesmo não sendo muito bem aceitos pelas ararasazuis, esses ninhos foram ocupados pelas espécies que disputam o manduvi com a arara-azul, como os tucanos, as araras-vermelhas, gaviões, corujas, patos e urubus, colaborando indiretamente com a arara-azul, pois aumentou suas chances de conseguir um tronco de manduvi para fazer seu ninho.

11 Projeto Arara-azul Hoje, a equipe conseguiu acertar o material e a arquitetura dos ninhos artificiais para que eles fossem aceitos pelas araras-azuis. São cerca de 362 ninhos naturais e 198 artificiais em uma área de 450 mil hectares no Pantanal sul-matogrossense, em 47 fazendas. Com um total de mais de indivíduos monitorados, o projeto ainda conta com a colaboração de pesquisadores de outras instituições. Um exemplo é o trabalho desenvolvido pelas cientistas Cristina Y. Miyaki e Patrícia Faria, da Universidade de São Paulo, que identificaram um padrão genético característico das araras-azuis do Pantanal. Com isso, as aves poderão ser identificadas quando forem apreendidas pela fiscalização, auxiliando no mapeamento da rota do tráfico e permitindo a reintrodução da espécie no seu respectivo local de origem. O trabalho com os fazendeiros e peões foi feito através do desenvolvimento do orgulho e do privilégio de terem animais tão belos livres à sua volta. Esse apoio foi fundamental para o sucesso do projeto, pois além de não permitirem a caça em suas terras, eles preservam o manduvi e as palmeiras, espécies-chave para a arara-azul. Ver um bando de araras-azuis sobrevoando as fazendas é uma das recompensas que eles têm diariamente por ajudar a proteger esses animais. Depois de 16 anos de muito trabalho, a equipe do Projeto Arara-azul sentese orgulhosa, pois a população de araras triplicou. Hoje, são monitorados mais de adultos e estima-se que exista um total de aves em vida livre no Pantanal. O tráfico de arara-azul diminuiu bastante, graças ao apoio da população local, que se conscientizou de que é muito melhor ver uma arara voando livre do que confinada a uma gaiola. Com isso, o foco principal, que era a conscientização para deixar o animal livre, hoje é para a preservação do seu ambiente natural. Com isso, o projeto consegue beneficiar não só a arara, mas também todos os outros seres vivos que compartilham com ela o Pantanal. Um resultado importantíssimo desse projeto foi o desenvolvimento de técnicas de monitoramento e proteção da ave, que atualmente servem de base para outros estudos de psitacídeos no Brasil e no exterior. Arara-azul ganha comitê exclusivo A partir de 2003, o Ibama separou a arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacintinus) em um comitê exclusivo; essa espécie fazia parte de um comitê junto com a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari). A separação ocorreu porque as duas espécies requerem manejos diferenciados, e com comitês exclusivos poderão receber mais atenção de instituições envolvidas no manejo e conservação de cada espécie. O comitê da arara-azul-grande é composto pelo Ibama, pela Sociedade de Zoológicos do Brasil (SZB) e a Sociedade Brasileira de Ornitologia (SOB), além dos especialistas Neiva Guedes (Projeto Arara-azul), Yara de Melo Barros (Ibama), Ricardo Bonfim Machado (Conservação Internacional) e Pedro Scherer Neto (Museu Capão da Imbuia-PR). O comitê tem caráter consultivo e atuará no estabelecimento de estratégias para estudo, manejo e conservação da arara-azul-grande. O objetivo é restabelecer populações geneticamente viáveis da espécie, evitando que seja extinta, como já 101

12 Casos de Sucesso na Educação Ambiental aconteceu com a ararinha-azul (Cyanopsitta spiixi) e com a arara-cinza-azulada (Anodorhynchus glaucus). Apesar da arara-azul-grande também ser encontrada nos estados de Tocantins, Pará, Maranhão e na região norte da Bahia, pouco se sabe sobre as populações dessas regiões; as pesquisas ainda estão no início, colocando-as como prioridade de conservação nas discussões do comitê. Além disso, o levantamento do número de aves que estão em poder dos criadouros científicos e conservacionistas é outro objetivo do comitê, pois podem ser manejadas e fazer parte das pesquisas sobre comportamento e genética da espécie. Atualmente, o Projeto Arara-azul é um exemplo bem sucedido de pesquisa associada à conscientização e mobilização para a conservação e transformou a arara azul em um símbolo do Pantanal. Ela tem inspirado artistas, biólogos, turistas e amantes da natureza em geral, e mais do que isso, tem garantido que a espécie continuará a existir em detrimento do que vem sendo feito com a mesma em outras regiões do Brasil. Histórico do tráfico (RENCTAS, 2006) A fauna silvestre sempre foi um importante elemento cultural das diversas tribos indígenas brasileiras. As mais variadas espécies eram utilizadas para a alimentação, que incluía quase todos os mamíferos, aves, répteis, anfíbios e insetos, como também seus ovos. De suas partes (dentes, ossos, garras, peles e outras) se fabricavam instrumentos e ferramentas, utilizadas para diversos fins. Os animais, principalmente as aves, eram essenciais para a ornamentação indígena, que usava penas coloridas de qualquer espécie para enfeitar as flechas, cocares, braçadeiras, colares, brincos e diversos outros itens. Muitas aves, como as araras e a harpia, eram capturadas e mantidas nas aldeias como fornecedoras de penas para ornamentação. Esses adornos eram utilizados pelos índios em seus rituais, festas e comemorações, e os que usavam as peças mais bonitas eram mais prestigiados pela tribo (CARVALHO, 1951; JÚNIOR, 1980; RAI, 1978a, b; MACHADO, 1992a; SICK, 1997b). As populações indígenas também incorporavam elementos faunísticos em seus mitos, lendas e superstições (muitos ainda presentes no folclore brasileiro atual), como também em suas canções, danças e obras de arte (Júnior, 1980; Andrade, 1993). Os índios também amansavam espécimes da fauna silvestre, sem nenhuma função útil, mas unicamente para diversão doméstica, alegria e curiosidade para os olhos. Esses animais eram mantidos nas aldeias como xerimbabos, que significa coisa muito querida, nome dado aos animais silvestres mantidos como de estimação, pelos índios brasileiros (CARVALHO, 1951; CASCUDO, 1973; SPIX e MARTIUS, 1981). Grande número de xerimbabos, das mais diferentes espécies, era encontrado nas aldeias indígenas, como araras, papagaios, periquitos, mutuns, bem-te-vi, diversos primatas, quatis, veados, jibóias e muitos outros. Os índios eram bastante apegados a esses animais, mas não se empenhavam em reproduzi-los. Domesticavam os espécimes e não as espécies. Os animais eram mantidos por motivos afetivos e circulavam livremente nas aldeias. Por terem perfeito conhecimento do 102

13 Projeto Arara-azul modo de vida das espécies, os índios se preocupavam em manter a alimentação correta de cada animal (NOGUEIRA-NETO, 1973; SICK, 1997b). É importante ressaltar que a utilização da fauna silvestre pelos índios era realizada com critérios, sem ameaçar a sobrevivência das espécies, atividade bastante lucrativa, se tornou um novo ramo de negócios, como, por exemplo, não abatiam fêmeas grávidas ou animais em idade reprodutiva. No entanto, esses índios mudaram após o contato com os colonizadores e exploradores europeus. Começaram a explorar os recursos naturais mais seletivamente e intensamente, e em muitos casos eram usados como agentes depredadores desses recursos. Começa aí a história da exploração comercial da fauna silvestre brasileira, que pela sua diversidade gerava idéia de ser abundante e inesgotável. O comércio de animais silvestres, como jacarés e sucuris oriundos da região amazônica, já era realizado pelos Incas, no Peru, mas só atingiu proporções maiores depois da chegada da exploração européia (REDFORD, 1992). Esse comércio se desenvolveu paralelamente com o crescimento do interesse das pessoas por esses animais. No século XVI, época da abertura do mundo para a exploração européia, era motivo de orgulho para os viajantes retornarem com animais desconhecidos, comprovando assim o encontro de novos continentes (SICK, 1997a). Em 27 de abril de 1500, pelo menos duas araras e alguns papagaios, frutos de escambo com os índios, foram enviados ao rei de Portugal, juntamente com muitas outras amostras de animais, plantas e minerais. A impressão que tais aves causaram foi tanta, que por cerca de três anos o Brasil ficou conhecido como Terra dos Papagaios (BUENO, 1998a). Em 1511, a nau Bertoa levou para Portugal 22 periquitos tuins e 15 papagaios (SANTOS, 1990). Em 1530 o navegador português Cristóvão Pires levou 70 aves de penas coloridas (POLI- DO e OLIVEIRA, 1997). Esses foram os primeiros registros de envio da fauna silvestre brasileira para a Europa. Esses animais, que chegavam à Europa por meio de poucos viajantes e exploradores, despertavam a curiosidade e interesse do povo europeu, e logo começaram a ser expostos e comercializados nas ruas (HAGENBECK, 1910). Passaram a ser cobiçados para estimação e no século XVI já eram encontrados primatas sul-americanos nas residências inglesas, como também era comum encontrar indígenas e animais brasileiros em residências pela França (KAVANAGH, 1983; BUENO, 1998b). Possuir animais silvestres sempre foi símbolo de riqueza, poder e nobreza, conferindo um certo status ao seu dono perante a sociedade (KLEIMAN et al., 1996). A partir do momento que o comércio de animais foi notado como uma atividade bastante lucrativa, se tornou um novo ramo de negócios, com viajantes especializados em obter animais para depois vendê-los (HAGENBECK, 1910). A comercialização da fauna silvestre ocidental, para a Europa, se sistematizou no final do século XIX, e a partir de então se iniciou o processo de extermínio de várias espécies de animais brasileiros para atender ao mercado estrangeiro. Os beija-flores eram exportados aos milhares para abastecerem a indústria de moda, como também eram utilizados, embalsamados, para ornamentação das salas européias (PAIVA, 1945; FITZGERALD, 1989; REDFORD, 1992; SICK, 1997a). As penas de garças e guarás eram utilizadas como adornos de chapéus femininos na Europa e na América do Norte, e o abate desses animais foi tão excessivo que, em 1895 e 1896, Emílio Goeldi (na época diretor do Museu Paraense de História e Etnografia), encaminhou duas representações ao governo do Estado do Pará, protestando contra a matança desses animais na Ilha de Marajó (ROCHA, 1995; POLIDO e OLI- VEIRA, 1997). No ano de 1932, cerca de (vinte cinco mil) beija-flores foram mortos no Pará e suas penas destinadas à Itália, onde eram utilizadas para enfeitar caixas de bombons. Em 1964, chegou-se ao absurdo de importar um canhão francês para se atirar nos bandos de marrecas na Amazônia, sendo registrada a morte de (sessenta mil) marrecas em apenas uma fazenda no Amapá (SICK, 1997a). 103

14 Casos de Sucesso na Educação Ambiental Não apenas a exportação, mas também o comércio interno no Brasil foi evoluindo, abastecido pelos avanços dos meios de transporte, comunicação, técnicas de captura dos animais, crescimento populacional e a urbanização, permitindo o acesso a áreas que antes não eram acessíveis para exploração da fauna (FITZGERALD, 1989; MUSITI, 1999). Na década de 1960, esse comércio se encontrava estabelecido e era comum encontrar animais silvestres e seus produtos sendo vendidos em feiras livres por todo o Brasil e no mercado da Praça Mauá, na cidade do Rio de Janeiro, que sempre foi um pólo comercial de fauna silvestre (SANTOS, 1990; SICK, 1997a; CAMPELLO, 2000). A proporção era tão grande que alguns locais se destacavam pelas suas enormes feiras de passarinhos. Esse comércio se encontrava estabelecido no Brasil e era muito grande, sobretudo o de aves. Era rara uma cidade brasileira que não possuísse uma feira ou loja que realizasse esse comércio (Carvalho, 1951; SICK e TEIXEIRA, 1979; VINÍCIUS e SOARES, 1998). Até então não havia um controle por parte do governo sobre a caça, a captura e a utilização de animais silvestres. No Brasil, a caça e o comércio predatório e indiscriminado da fauna silvestre são práticas antigas, que passaram a ser ilegais no ano de 1967, pois até então não havia legislação que proibisse essas atividades. No ano de 1967, junto com a criação do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal IBDF, foi baixada a Lei Federal 5 197, a Lei de Proteção à Fauna, declarando que todos os animais da fauna silvestre nacional e seus produtos eram de propriedade do Estado e não poderiam mais ser caçados, capturados, comercializados ou mantidos sob a posse de particulares. No entanto, não foram dadas alternativas econômicas às pessoas que até então viviam desse comércio e que da noite para o dia caíram na marginalidade. Como conseqüência surgiu um comércio clandestino (MARQUES e MENEGHETI, 1982). Começa a partir daí a história do tráfico da fauna silvestre brasileira. Apesar da ilegalidade, ainda é muito fácil encontrar animais, suas partes e produtos sendo comercializados. Atualmente, só no estado do Rio de Janeiro existem cerca de 100 feiras livres, onde também são comercializados animais ilegalmente (ROCHA, 1995; POLIDO e OLIVEIRA, 1997; BRAGA et al., 1998). A feira de Duque de Caxias (RJ) é considerada uma das maiores feiras de comércio ilegal do país. A permanência dessas feiras encoraja o comércio ilegal, pois demonstra impunidade a essa atividade, além de facilitar a posse, também ilegal, de animais por parte da sociedade. Não só as feiras, mas também algumas lojas e alguns criadouros legalizados e clandestinos, muitas vezes participam dessa atividade ilegal. A história do tráfico de animais silvestres não é apenas de desrespeito à lei, mas também de devastação e crueldade (TOUFEXIS, 1993). O comércio de animais silvestres capturados na natureza sempre foi uma atividade deletéria para a fauna, independente de ser legal ou ilegal. O processo de comercialização, técnicas de captura, transporte e manejo, de uma maneira geral, são os mesmos desde o início até hoje, com agravantes por atualmente ser uma atividade ilegal. Os animais sempre foram tratados de uma maneira desrespeitosa, vistos apenas como simples mercadorias, utilizados como fonte de renda. Do momento em que o comércio de fauna silvestre se estabeleceu na Europa, surgiram comerciantes e viajantes especializados em obter e revender esses animais. Os comerciantes faziam encomendas aos viajantes, que muitas vezes utilizavam intermediários no país de origem dos animais, para a obtenção destes. Os animais ao chegarem na Europa eram revendidos para zoológicos, colecionadores particulares, além de shows e exibições circenses (Hagenbeck, 1910). Atualmente esquemas especializados do tráfico ainda funcionam assim. O grande traficante, geralmente europeu ou norte-americano, possui uma rede de vendedores no país receptor e emprega coletores e contrabandistas no país exportador, que encaminham os animais até ele (Le Duc, 1996). O transporte se dava por navios e trens e os animais eram transportados amontoados de maneira que não dava para alimentá-los. Ficavam estressados e para acalmá-los e facilitar o trans- 104

15 Projeto Arara-azul porte, muitas vezes eram oferecidas aos animais bebidas alcoólicas, como rum com açúcar (Hagenbeck, 1910). Atualmente, apesar de existirem técnicas de manejo e transporte adequadas às espécies, no comércio ilegal os animais continuam sendo transportados confinados em pouco espaço, sem água e alimento, presos em caixas superlotadas, onde se estressam, brigam, se mutilam e se matam. Além da ingestão de bebidas alcoólicas, muitas vezes os animais são submetidos a práticas cruéis que visam a amortecer suas reações e fazê-los parecer mais mansos ao comprador e chamar menos atenção da fiscalização. É comum dopar animais com calmantes, furar ou cegar os olhos das aves, amarrar asas, arrancar dentes e garras, quebrar o osso esterno das aves, entre muitas outras técnicas cruéis (Jupiara e Anderson, 1991; Lopes, 1991). Os comerciantes e compradores não possuíam experiência e conhecimento necessário sobre a biologia dos animais e de como tratá-los, o que também acarretava uma elevada morte dos animais (Hagenbeck, 1910; Kleiman et al., 1996). Ainda hoje, apesar de todo estudo e conhecimento de manejo, muitos compradores ignoram as necessidades mínimas dos animais. Após consultar as referências recomendadas, responda às seguintes questões: 1. Qual a relação entre o tráfico de animais silvestres e a perda de biodiversidade? 2. Você acha que o tráfico de animais está relacionado a outras atividades ilícitas? Em caso positivo, com quais e de que forma? 3. Quais os itens básicos que um projeto de conservação de uma espécie ameaçada deve considerar para ser bem-sucedido? 4. Além do Arara-azul, quais outros exemplos de projetos no Brasil que são desenvolvidos com o intuito de proteger espécies ameaçadas? 5. O que você acha que pode fazer para ajudar a proteger espécies ameaçadas de extinção? 6. Discuta em grupo quais as ações do Projeto Arara-azul que, na sua opinião, foram mais eficazes para impedir que essa ave fosse extinta? 7. Faça uma pesquisa sobre outros psitacídeos brasileiros ameaçados de extinção, procurando investigar quais as principais causas desse processo, que tipo de trabalho vem sendo desenvolvido e quais os principais resultados obtidos. Compare os resultados obtidos com o Projeto Arara- Azul e discuta em grupo com os demais colegas. CALDAS, S. T.; CANDISANI, L. Arara-Azul. São Paulo: Dórea Books and Art, Esse livro mostra belas fotos de Luciano Candisani, fotógrafo de natureza, das araras-azuis em seu habitat natural. São mostrados o comportamento da espécie durante todas as fases da sua vida, desde o nascimento até o acasalamento e o surgimento de uma nova geração de araras. Também mostra os 105

16 Casos de Sucesso na Educação Ambiental esforços empreendidos para a preservação da espécie, em texto bilíngüe (português e inglês), de autoria de Sérgio Túlio Caldas. Esses mesmos autores já escreveram outros dois livros que também contam as histórias de luta dos biólogos para salvar espécies ameaçadas de extinção, o Peixe-Boi e o Muriqui. CORRÊA, M. S. Sinais da Vida: algumas histórias de quem cuida da natureza do Brasil. Curitiba: Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, Livro comemorativo dos 15 anos da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, que relata de forma simples e atraente alguns projetos apoiados pela Instituição ao longo de sua história. Entre eles, o Projeto Arara-azul. São informações atualizadas e contextualizadas na história que envolve a relação da bióloga Neiva Guedes e a arara-azul. MACHADO, A. B.; MARTINS, C. S.; DRUMMOND, G. M (Org.). Lista da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Belo Horizonte: Fundação Biodiversitas, A lista brasileira da fauna ameaçada de extinção é apresentada nessa publicação de forma crítica e comentada por especialistas nos diferentes grupos, juntamente com a história das listas no Brasil, marcos legais do tema e algumas informações sobre as espécies tratadas. A publicação e constante atualização das listas de espécies ameaçadas de extinção é um dos compromissos preconizados na Convenção da Diversidade Biológica (CDB) da qual o Brasil é signatário. UNIVERSIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESTADO E REGIÃO DO PANTANAL. Projeto Arara-Azul. Disponível em: <www2.uniderp.be/projetos/arara.html>. Acesso em: 2 jun Site institucional da Universidade para o Desenvolvimento do Estado e Região do Pantanal Uniderp instituição onde a bióloga Neiva Guedes desenvolve suas atividades de ensino, pesquisa e extensão. É proprietária da Pousada Ararauna, uma das bases de campo do Projeto. ZOOLÓGICO DE SÃO PAULO. Arara-Azul-Grande. Disponível em: < aves/araraazulgrande.htm>. Acesso em: 2 jun Site do Zoológico de São Paulo, no qual é possível encontrar informações mais detalhadas sobre as diferentes espécies de araras tratadas no texto. CORRÊA, M. S. Sinais da Vida: algumas histórias de quem cuida da natureza do Brasil. Curitiba: Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, LORENZI, H. Árvores Brasileiras: manual de identificação de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, v. 2. MACHADO, A. B.; MARTINS, C. S.; DRUMMOND, G. M (Org.). Lista da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Belo Horizonte: Fundação Biodiversitas, RENCTAS. Relatório da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres Disponível em: < Acesso em: 2 jun UNIVERSIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESTADO E REGIÃO DO PANTANAL. Projeto Arara-Azul. Disponível em: <www2.uniderp.be/projetos/arara.html>. Acesso em: 2 jun ZOOLÓGICO DE SÃO PAULO. Arara-Azul-Grande. Disponível em: < aves/araraazulgrande.htm>. Acesso em: 2 jun

EXTINÇÃO DA FAUNA BRASILEIRA. Djenicer Alves Guilherme 1, Douglas Luiz 2

EXTINÇÃO DA FAUNA BRASILEIRA. Djenicer Alves Guilherme 1, Douglas Luiz 2 37 EXTINÇÃO DA FAUNA BRASILEIRA Djenicer Alves Guilherme 1, Douglas Luiz 2 Resumo: Com a urbanização, o tráfico nacional e internacional de espécies e exploração dos recursos naturais de maneira mal planejada

Leia mais

Ensino Fundamental II

Ensino Fundamental II Ensino Fundamental II Valor da prova: 2.0 Nota: Data: / /2015 Professora: Angela Disciplina: Geografia Nome: n o : Ano: 9º 3º bimestre Trabalho de Recuperação de Geografia Orientações: - Leia atentamente

Leia mais

importantes biomas Amazônia, Mata Atlântica, Pantanal, Serrado, rios, mares, e outros. Riqueza que continua a chamar atenção do mundo, dando

importantes biomas Amazônia, Mata Atlântica, Pantanal, Serrado, rios, mares, e outros. Riqueza que continua a chamar atenção do mundo, dando Reveste-se de valor incalculável a ação conjunta do Governo Federal, ONGs e cientistas nacionais e internacionais com objetivo de identificar e digitalizar o acervo biológico nacional. Como resultado,

Leia mais

GRUPO VIII 3 o BIMESTRE PROVA A

GRUPO VIII 3 o BIMESTRE PROVA A A GERAÇÃO DO CONHECIMENTO Transformando conhecimentos em valores www.geracaococ.com.br Unidade Portugal Série: 6 o ano (5 a série) Período: TARDE Data: 15/9/2010 PROVA GRUPO GRUPO VIII 3 o BIMESTRE PROVA

Leia mais

CIÊNCIAS PROVA 3º BIMESTRE 7º ANO

CIÊNCIAS PROVA 3º BIMESTRE 7º ANO PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SUBSECRETARIA DE ENSINO COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO CIÊNCIAS PROVA 3º BIMESTRE 7º ANO 2010 Questão 1 O reino Animalia, ou reino dos

Leia mais

Recomendada. A coleção apresenta eficiência e adequação. Ciências adequados a cada faixa etária, além de

Recomendada. A coleção apresenta eficiência e adequação. Ciências adequados a cada faixa etária, além de Recomendada Por quê? A coleção apresenta eficiência e adequação metodológica, com os principais temas relacionados a Ciências adequados a cada faixa etária, além de conceitos em geral corretos. Constitui

Leia mais

VULNERABILIDADE À EXTINÇÃO. Algumas espécies são mais vulneráveis à extinção e se enquadram em uma ou mais das seguintes categorias:

VULNERABILIDADE À EXTINÇÃO. Algumas espécies são mais vulneráveis à extinção e se enquadram em uma ou mais das seguintes categorias: VULNERABILIDADE À EXTINÇÃO Algumas espécies são mais vulneráveis à extinção e se enquadram em uma ou mais das seguintes categorias: 1) Espécies com área de ocorrência limitada; 2) Espécies com apenas uma

Leia mais

Até quando uma população pode crescer?

Até quando uma população pode crescer? A U A UL LA Até quando uma população pode crescer? Seu José é dono de um sítio. Cultiva milho em suas terras, além de frutas e legumes que servem para a subsistência da família. Certa vez, a colheita do

Leia mais

4 o ano Ensino Fundamental Data: / / Atividades de Ciências Nome:

4 o ano Ensino Fundamental Data: / / Atividades de Ciências Nome: 4 o ano Ensino Fundamental Data: / / Atividades de Ciências Nome: 1) Observe esta figura e identifique as partes do vegetal representadas nela. Posteriormente, associe as regiões identificadas às funções

Leia mais

Projeto de Ciências. Arara- Azul

Projeto de Ciências. Arara- Azul GRUPO 1 Projeto de Ciências Arara- Azul Arara- Azul Local onde vive: Buri+zais, matas ciliares e cerrado adjacente. Caracterís>cas: As araras têm um bico forte, língua carnosa e cauda longa com forma de

Leia mais

A Era dos Mosquitos Transgênicos

A Era dos Mosquitos Transgênicos A Era dos Mosquitos Transgênicos Depois das plantas geneticamente modificadas, a ciência dá o passo seguinte - e cria um animal transgênico. Seus inventores querem liberá-lo no Brasil. Será que isso é

Leia mais

Fogo. Melhor prevenir que apagar incêndios

Fogo. Melhor prevenir que apagar incêndios Fogo. Melhor prevenir 1 2 Fogo. Melhor prevenir Uso do fogo na Pré-história Há milhares de anos, o homem descobriu o fogo. Aos poucos, aprendeu maravilhas: iluminar cavernas, afastar o medo do escuro,

Leia mais

Leia com atenção o texto a seguir para responder às questões de TRÁFICO DE ANIMAIS

Leia com atenção o texto a seguir para responder às questões de TRÁFICO DE ANIMAIS 5 o ano Ensino Fundamental Data: / / Atividades Integradas (revisão) Matemática e Ciências Nome: 1 a 4. Leia com atenção o texto a seguir para responder às questões de TRÁFICO DE ANIMAIS 1 (...) O tráfico

Leia mais

Que ambiente é esse?

Que ambiente é esse? A U A UL LA Que ambiente é esse? Atenção Leia o texto abaixo: (...) Florestas bem verdes, cortadas por rios, lagos e corixos. Planícies extensas, que se unem ao horizonte amplo, cenário para revoadas de

Leia mais

FLORESTA AMAZÔNICA F 5 M A 2

FLORESTA AMAZÔNICA F 5 M A 2 FLORESTA AMAZÔNICA F 5 M A 2 Editora F-5MA2 Rua Floriano Peixoto Santos, 55 Morumbi CEP 05658-080 São Paulo - SP Tel.: (11) 3749 3250 Apresentação A população crescendo, florestas sumindo, calor aumentando,

Leia mais

Unidade 8. Ciclos Biogeoquímicos e Interferências Humanas

Unidade 8. Ciclos Biogeoquímicos e Interferências Humanas Unidade 8 Ciclos Biogeoquímicos e Interferências Humanas Ciclos Biogeoquímicos Os elementos químicos constituem todas as substâncias encontradas em nosso planeta. Existem mais de 100 elementos químicos,

Leia mais

Top Guia In.Fra: Perguntas para fazer ao seu fornecedor de CFTV

Top Guia In.Fra: Perguntas para fazer ao seu fornecedor de CFTV Top Guia In.Fra: Perguntas para fazer ao seu fornecedor de CFTV 1ª Edição (v1.4) 1 Um projeto de segurança bem feito Até pouco tempo atrás o mercado de CFTV era dividido entre fabricantes de alto custo

Leia mais

Prova bimestral 4 o ANO 2 o BIMESTRE

Prova bimestral 4 o ANO 2 o BIMESTRE Prova bimestral 4 o ANO 2 o BIMESTRE HISTÓRIA Escola: Nome: Data: / / Turma: Pedro Álvares Cabral foi o comandante da primeira expedição portuguesa que chegou ao território que mais tarde receberia o nome

Leia mais

Tem um gambá no galinheiro!

Tem um gambá no galinheiro! Tem um gambá no galinheiro! A UU L AL A Madrugada na fazenda, de repente ouve-se o cacarejar das galinhas e começa um rebuliço no galinheiro. Quando o fazendeiro sai para ver o que está acontecendo, um

Leia mais

ESTUDO PRELIMINAR DOS ANIMAIS SILVESTRES APREENDIDOS/RESGATADOS NA REGIÃO DE PONTA GROSSA/PR

ESTUDO PRELIMINAR DOS ANIMAIS SILVESTRES APREENDIDOS/RESGATADOS NA REGIÃO DE PONTA GROSSA/PR 0. ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( X) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA ESTUDO PRELIMINAR DOS ANIMAIS SILVESTRES APREENDIDOS/RESGATADOS

Leia mais

ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO II ETAPA LETIVA CIÊNCIAS 3.º ANO/EF 2015

ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO II ETAPA LETIVA CIÊNCIAS 3.º ANO/EF 2015 SOCIEDADE MINEIRA DE CULTURA MANTENEDORA DA PUC Minas E DO COLÉGIO SANTA MARIA ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO II ETAPA LETIVA CIÊNCIAS 3.º ANO/EF 2015 Caro(a) aluno(a), É tempo de conferir os conteúdos estudados

Leia mais

EDUCAÇÃO AMBIENTAL, RESGATAR A IMPORTÂNCIA DO BIOMA CAATINGA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL, RESGATAR A IMPORTÂNCIA DO BIOMA CAATINGA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ CERES DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA DGEO PROJETO EDUCAÇÃO AMBIENTAL, RESGATAR A IMPORTÂNCIA DO BIOMA CAATINGA Caicó/RN 2015 UNIVERSIDADE

Leia mais

JOGO GALÁPAGOS: A EXTINÇÃO E A IRRADIAÇÃO DE ESPÉCIES NA CONSTRUÇÃO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA

JOGO GALÁPAGOS: A EXTINÇÃO E A IRRADIAÇÃO DE ESPÉCIES NA CONSTRUÇÃO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA ISSN 1980-3540 03.01, 49-57 (2008) www.sbg.org.br JOGO GALÁPAGOS: A EXTINÇÃO E A IRRADIAÇÃO DE ESPÉCIES NA CONSTRUÇÃO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA Marcus Vinícius de Melo Oliveira, Walter Santos de Araújo,

Leia mais

DESMATAMENTO DA MATA CILIAR DO RIO SANTO ESTEVÃO EM WANDERLÂNDIA-TO

DESMATAMENTO DA MATA CILIAR DO RIO SANTO ESTEVÃO EM WANDERLÂNDIA-TO DESMATAMENTO DA MATA CILIAR DO RIO SANTO ESTEVÃO EM WANDERLÂNDIA-TO Trabalho de pesquisa em andamento Sidinei Esteves de Oliveira de Jesus Universidade Federal do Tocantins pissarra1@yahoo.com.br INTRODUÇÃO

Leia mais

Pesquisa Pantanal. Job: 13/0528

Pesquisa Pantanal. Job: 13/0528 Pesquisa Pantanal Job: 13/0528 Objetivo, metodologia e amostra Com objetivo de mensurar o conhecimento da população sobre o Pantanal, o WWF solicitou ao Ibope um estudo nacional para subsidiar as iniciativas

Leia mais

NOME DA DUPLA: ELIS E RAFAEL

NOME DA DUPLA: ELIS E RAFAEL 2 ano C - Unidade I 2015 NOME: LOBO-GUARÁ PESO: 20 A 25 KG TAMANHO: ENTRE 70 E 90 CM ONDE VIVE: FLORESTAS ABERTAS ALIMENTAÇÃO: ORNÍVORO TEMPO DE VIDA: 20 ANOS TEMPO DE GESTAÇÃO: 62 A 66 DIAS NÚMERO DE

Leia mais

Levantamento e caracterização das populações de Macacos Guariba (Alouatta sp.) ocorrentes no município de Bambuí-MG

Levantamento e caracterização das populações de Macacos Guariba (Alouatta sp.) ocorrentes no município de Bambuí-MG Levantamento e caracterização das populações de Macacos Guariba (Alouatta sp.) ocorrentes no município de Bambuí-MG ¹Eriks T. VARGAS; ²Jéssyka M. PARREIRA; 2Leandro A. MORAES; ³Éverton B. SILVA; ³Tamires

Leia mais

Análise Econômica do Mercado de Resseguro no Brasil

Análise Econômica do Mercado de Resseguro no Brasil Análise Econômica do Mercado de Resseguro no Brasil Estudo encomendado a Rating de Seguros Consultoria pela Terra Brasis Resseguros Autor: Francisco Galiza Sumário 1. Introdução... 3 2. Descrição do Setor...

Leia mais

O Estado da Biodiversidade Brasileira: Genes, Espécies e Biomas

O Estado da Biodiversidade Brasileira: Genes, Espécies e Biomas O Estado da Biodiversidade Brasileira: Genes, Espécies e Biomas Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada IPEA Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais DIRUR Eixo Temático: Sustentabilidade

Leia mais

Averiguar a importância do Marketing Ambiental numa organização cooperativista de agroindustrial de grande porte da região de Londrina.

Averiguar a importância do Marketing Ambiental numa organização cooperativista de agroindustrial de grande porte da região de Londrina. INTRODUÇÃO No mundo globalizado a disciplina de Marketing se torna cada dia mais evidente e importante para as decisões das organizações do mundo contemporâneo. Numa mudança constante de estratégias para

Leia mais

4º ano. Atividade de Estudo - Ciências. Nome:

4º ano. Atividade de Estudo - Ciências. Nome: Atividade de Estudo - Ciências 4º ano Nome: 1- Imagine que o quadriculado abaixo seja uma representação da composição do ar. No total, são 100 quadradinhos. PINTE, de acordo com a legenda, a quantidade

Leia mais

Sistema de Recuperação

Sistema de Recuperação Colégio Visconde de Porto Seguro Unidade I - 2º ano 2011 Sistema de Recuperação ATIVIDADES EXTRAS DE RECUPERAÇÃO PARALELA E CONTÍNUA FAÇA UMA CAPA PERSONALIZADA PARA SUA APOSTILA DE ESTUDOS Nome: Classe:

Leia mais

Município de Colíder MT

Município de Colíder MT Diagnóstico da Cobertura e Uso do Solo e das Áreas de Preservação Permanente Município de Colíder MT Paula Bernasconi Ricardo Abad Laurent Micol Julho de 2008 Introdução O município de Colíder está localizado

Leia mais

A SEGUIR ALGUMAS DICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO CIENTÍFICO

A SEGUIR ALGUMAS DICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO CIENTÍFICO A SEGUIR ALGUMAS DICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO CIENTÍFICO DESENVOLVENDO UM PROJETO 1. Pense em um tema de seu interesse ou um problema que você gostaria de resolver. 2. Obtenha um caderno

Leia mais

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO.

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO. AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO. Autor: José Marcos da Silva Instituição: UFF/CMIDS E-mail: mzosilva@yahoo.com.br RESUMO A presente pesquisa tem como proposta investigar a visão

Leia mais

ENTREVISTA Questões para Adauto José Gonçalves de Araújo, FIOCRUZ, em 12/11/2009

ENTREVISTA Questões para Adauto José Gonçalves de Araújo, FIOCRUZ, em 12/11/2009 FGV CPDOC 29/10/2010 Disciplina: Pesquisas Qualitativas - Prof. Mariana Cavalcanti Aluna: Adriana Maria Ferreira Martins Matrícula 091401001 ENTREVISTA Questões para Adauto José Gonçalves de Araújo, FIOCRUZ,

Leia mais

3) As afirmativas a seguir referem-se ao processo de especiação (formação de novas espécies). Com relação a esse processo é INCORRETO afirmar que

3) As afirmativas a seguir referem-se ao processo de especiação (formação de novas espécies). Com relação a esse processo é INCORRETO afirmar que Exercícios Evolução - parte 2 Professora: Ana Paula Souto Nome: n o : Turma: 1) Selecione no capítulo 7 duas características de defesa de plantas. a) DESCREVA cada característica. b) Para cada característica,

Leia mais

[ meio ambiente ] 68 ecoaventura l Pesca esportiva, meio ambiente e turismo. Por: Oswaldo Faustino

[ meio ambiente ] 68 ecoaventura l Pesca esportiva, meio ambiente e turismo. Por: Oswaldo Faustino [ meio ambiente ] Ameaçado de extinção, o Pirarucu, o maior peixe de escamas de nossas águas, ganhou programa de manejo e seus exemplares voltam a atingir número e tamanhos que permitem anualmente sua

Leia mais

Que peninha! Introdução. Materiais Necessários

Que peninha! Introdução. Materiais Necessários Intro 01 Introdução Somente aves possuem penas. Outros animais podem cantar, fazer ninhos, voar, migrar ou colocar ovos, mas nenhum outro possui penas. Elas são importantes para a ave realizar muitas atividades,

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2016

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2016 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2016 Institui a Política de Desenvolvimento Sustentável da Caatinga. O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1º Esta Lei institui a Política de Desenvolvimento Sustentável da

Leia mais

Secretaria do Meio Ambiente

Secretaria do Meio Ambiente Secretaria do Meio Ambiente PORTARIA SEMA n 79 de 31 de outubro de 2013. Reconhece a Lista de Espécies Exóticas Invasoras do Estado do Rio Grande do Sul e demais classificações, estabelece normas de controle

Leia mais

CIÊNCIAS PROVA 1º BIMESTRE 7º ANO

CIÊNCIAS PROVA 1º BIMESTRE 7º ANO PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SUBSECRETARIA DE ENSINO COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO CIÊNCIAS PROVA 1º BIMESTRE 7º ANO 2010 PROVA DE CIÊNCIAS 7º ANO Questão 1 A idade

Leia mais

Fauna Silvestre no Ambiente Urbano: licenciamento ambiental. Dra. Renata Cardoso Vieira

Fauna Silvestre no Ambiente Urbano: licenciamento ambiental. Dra. Renata Cardoso Vieira Fauna Silvestre no Ambiente Urbano: licenciamento ambiental Dra. Renata Cardoso Vieira Tipologia de Estudos EIA /RIMA laudo de fauna monitoramento de fauna resgate de fauna IN 146/2007 IBAMA Licenciamento

Leia mais

b) Ao longo da sucessão ecológica de uma floresta pluvial tropical, restaurada rumo ao clímax, discuta o que ocorre com os seguintes fatores

b) Ao longo da sucessão ecológica de uma floresta pluvial tropical, restaurada rumo ao clímax, discuta o que ocorre com os seguintes fatores Questão 1 Leia o seguinte texto: Com a oportunidade de colocar em prática a nova lei do código florestal brasileiro (lei 12.631/12) e estabelecer estratégias para a recuperação de áreas degradadas, o Ministério

Leia mais

Entre 1998 e 2001, a freqüência escolar aumentou bastante no Brasil. Em 1998, 97% das

Entre 1998 e 2001, a freqüência escolar aumentou bastante no Brasil. Em 1998, 97% das INFORME-SE BNDES ÁREA PARA ASSUNTOS FISCAIS E DE EMPREGO AFE Nº 48 NOVEMBRO DE 2002 EDUCAÇÃO Desempenho educacional no Brasil: O que nos diz a PNAD-2001 Entre 1998 e 2001, a freqüência escolar aumentou

Leia mais

História. Programação 3. bimestre. Temas de estudo

História. Programação 3. bimestre. Temas de estudo História Olá, pessoal! Vamos conhecer, entre outros fatos, como era o trabalho escravo no Brasil? CHIQUINHA GONZAGA Programação 3. bimestre Temas de estudo O trabalho escravo na formação do Brasil - Os

Leia mais

Amanda Aroucha de Carvalho. Reduzindo o seu resíduo

Amanda Aroucha de Carvalho. Reduzindo o seu resíduo Amanda Aroucha de Carvalho Reduzindo o seu resíduo 1 Índice 1. Apresentação 2. Você sabe o que é Educação Ambiental? 3. Problemas Ambientais 4. Para onde vai o seu resíduo? 5. Soluções para diminuir a

Leia mais

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br A U A UL LA O céu Atenção Aquela semana tinha sido uma trabalheira! Na gráfica em que Júlio ganhava a vida como encadernador, as coisas iam bem e nunca faltava serviço. Ele gostava do trabalho, mas ficava

Leia mais

O homem transforma o ambiente

O homem transforma o ambiente Acesse: http://fuvestibular.com.br/ O homem transforma o ambiente Vimos até agora que não dá para falar em ambiente sem considerar a ação do homem. Nesta aula estudaremos de que modo as atividades humanas

Leia mais

campanha nacional de combate ao tráfico de animais selvagens

campanha nacional de combate ao tráfico de animais selvagens campanha nacional de combate ao tráfico de animais selvagens CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA SISTEMA CFMV/CRMVs Campanha Nacional de Combate ao Tráfico de Animais *O tráfico de animais é a terceira

Leia mais

DESCRIÇÃO DAS PRÁTICAS DE GESTÃO DA INICIATIVA

DESCRIÇÃO DAS PRÁTICAS DE GESTÃO DA INICIATIVA DESCRIÇÃO DAS PRÁTICAS DE GESTÃO DA INICIATIVA Como é sabido existe um consenso de que é necessário imprimir qualidade nas ações realizadas pela administração pública. Para alcançar esse objetivo, pressupõe-se

Leia mais

Processo Seletivo 2009-2

Processo Seletivo 2009-2 Processo Seletivo 2009-2 GRUPO 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO CENTRO DE SELEÇÃO UFG CADERNO DE QUESTÕES 14/06/2009 Matemática SÓ ABRA QUANDO AUTORIZADO LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES

Leia mais

Os animais. Eliseu Tonegawa mora com a família - a. www.interaulaclube.com.br. nova

Os animais. Eliseu Tonegawa mora com a família - a. www.interaulaclube.com.br. nova A U A UL LA Os animais Atenção Eliseu Tonegawa mora com a família - a esposa, Marina, e três filhos - num pequeno sítio no interior de São Paulo. Para sobreviver, ele mantém algumas lavouras, principalmente

Leia mais

Eclipse e outros fenômenos

Eclipse e outros fenômenos Eclipse e outros fenômenos Oficina de CNII/EF Presencial e EAD Todos os dias vários fenômenos ocorrem ao nosso redor, muito próximo de nós. Alguns são tão corriqueiros que nem percebemos sua ocorrência.

Leia mais

DataSenado. Secretaria de Transparência DataSenado. Março de 2013

DataSenado. Secretaria de Transparência DataSenado. Março de 2013 Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher DataSenado Março de 2013 Mulheres conhecem a Lei Maria da Penha, mas 700 mil ainda sofrem agressões no Brasil Passados quase 7 desde sua sanção, a Lei 11.340

Leia mais

APARECIDA DE GOIÂNIA, DE DE 2016

APARECIDA DE GOIÂNIA, DE DE 2016 APARECIDA DE GOIÂNIA, DE DE 2016 ALUNO(A) : SÉRIE: 6º ano TURNO: Matutino PROFESSOR(A): Lindinaldo Torres Lista de Ciências 1º Bimestre Questão 1- A devastação da Mata Atlântica teve início quando: Data

Leia mais

Profa. Maria Fernanda - Química nandacampos.mendonc@gmail.com

Profa. Maria Fernanda - Química nandacampos.mendonc@gmail.com Profa. Maria Fernanda - Química nandacampos.mendonc@gmail.com Estudo de caso Reúnam-se em grupos de máximo 5 alunos e proponha uma solução para o seguinte caso: A morte dos peixes ornamentais. Para isso

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2015. (Do Sr. Fausto Pinato)

PROJETO DE LEI Nº, DE 2015. (Do Sr. Fausto Pinato) PROJETO DE LEI Nº, DE 2015. (Do Sr. Fausto Pinato) Dispõe sobre a recuperação e conservação de mananciais por empresas nacionais ou estrangeiras especializadas em recursos hídricos ou que oferecem serviços

Leia mais

Identificação do projeto

Identificação do projeto Seção 1 Identificação do projeto ESTUDO BÍBLICO Respondendo a uma necessidade Leia Neemias 1 Neemias era um judeu exilado em uma terra alheia. Alguns dos judeus haviam regressado para Judá depois que os

Leia mais

Cotagem de dimensões básicas

Cotagem de dimensões básicas Cotagem de dimensões básicas Introdução Observe as vistas ortográficas a seguir. Com toda certeza, você já sabe interpretar as formas da peça representada neste desenho. E, você já deve ser capaz de imaginar

Leia mais

ECOLOGIA GERAL ECOLOGIA DE POPULAÇÕES (DINÂMICA POPULACIONAL E DISPERSÃO)

ECOLOGIA GERAL ECOLOGIA DE POPULAÇÕES (DINÂMICA POPULACIONAL E DISPERSÃO) Aula de hoje: ECOLOGIA GERAL ECOLOGIA DE POPULAÇÕES (DINÂMICA POPULACIONAL E DISPERSÃO) Aula 07 Antes de iniciarmos os estudos sobre populações e seus componentes precisamos conhecer e conceituar as estruturas

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2007 (Da Sra. Thelma de Oliveira) Art. 1º Ficam suspensas, pelo período de três anos, as autorizações para

PROJETO DE LEI Nº, DE 2007 (Da Sra. Thelma de Oliveira) Art. 1º Ficam suspensas, pelo período de três anos, as autorizações para PROJETO DE LEI Nº, DE 2007 (Da Sra. Thelma de Oliveira) Suspende as autorizações para queimadas e desmatamentos ou, supressão de vegetação na Amazônia Legal. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Ficam

Leia mais

PLANO DE TRABALHO DOCENTE CIÊNCIAS 3º ANO Professor Vitor

PLANO DE TRABALHO DOCENTE CIÊNCIAS 3º ANO Professor Vitor PLANO DE TRABALHO DOCENTE CIÊNCIAS 3º ANO Professor Vitor CELESTE: PRODUÇÃO DO UNIVERSO 1. Componentes básicos do Universo matéria e energia: - Matéria e energia dos astros luminosos e iluminados; - Sol:

Leia mais

Água, fonte de vida. Aula 1 Água para todos. Rio 2016 Versão 1.0

Água, fonte de vida. Aula 1 Água para todos. Rio 2016 Versão 1.0 Água, fonte de vida Aula 1 Água para todos Rio 2016 Versão 1.0 Objetivos 1 Analisar a quantidade de água potável disponível em nosso planeta 2 Identificar os diferentes estados da água 3 Conhecer o ciclo

Leia mais

'Cachoeira da Onça' é opção de ecoturismo próximo a Manaus

'Cachoeira da Onça' é opção de ecoturismo próximo a Manaus 'Cachoeira da Onça' é opção de ecoturismo próximo a Manaus Reserva particular de proteção natural mantém preservadas flora e fauna. Local está situado no município de Presidente Figueiredo. A reserva particular

Leia mais

Educação Patrimonial Centro de Memória

Educação Patrimonial Centro de Memória Educação Patrimonial Centro de Memória O que é história? Para que serve? Ambas perguntas são aparentemente simples, mas carregam uma grande complexidade. É sobre isso que falarei agora. A primeira questão

Leia mais

7 perguntas para fazer a qualquer fornecedor de automação de força de vendas

7 perguntas para fazer a qualquer fornecedor de automação de força de vendas 7 perguntas para fazer a qualquer fornecedor de automação de força de vendas 1. O fornecedor é totalmente focado no desenvolvimento de soluções móveis? Por que devo perguntar isso? Buscando diversificar

Leia mais

NEJAD EXAME SUPLETIVO 2016 ENSINO FUNDAMENTAL DISCIPLINA DE ARTE

NEJAD EXAME SUPLETIVO 2016 ENSINO FUNDAMENTAL DISCIPLINA DE ARTE NEJAD EXAME SUPLETIVO 2016 ENSINO FUNDAMENTAL DISCIPLINA DE ARTE ARTE RUPESTRE Arte rupestre é o nome da mais antiga representação artística da história do homem. Os mais antigos indícios dessa arte são

Leia mais

1. Nome da Prática inovadora: Coleta Seletiva Uma Alternativa Para A Questão Socioambiental.

1. Nome da Prática inovadora: Coleta Seletiva Uma Alternativa Para A Questão Socioambiental. 1. Nome da Prática inovadora: Coleta Seletiva Uma Alternativa Para A Questão Socioambiental. 2. Caracterização da situação anterior: O município de Glória de Dourados possui 9.927 habitantes (IBGE-2011),

Leia mais

2- (0,5) O acúmulo de lixo é um grave problema dos ambientes urbanos. Sobre o lixo responda: a) Quais são os principais destino do lixo?

2- (0,5) O acúmulo de lixo é um grave problema dos ambientes urbanos. Sobre o lixo responda: a) Quais são os principais destino do lixo? Data: /11/2014 Bimestre: 4 Nome: 7 ANO Nº Disciplina: Geografia Professor: Geraldo Valor da Prova / Atividade: 2,0 (DOIS) Nota: GRUPO 9 1- (0,5) Sobre o ecossistema da caatinga do sertão do Nordeste, responda.

Leia mais

ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO DE CIÊNCIAS

ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO DE CIÊNCIAS ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO DE CIÊNCIAS Nome: Nº 7º Ano Data: / / 2015 Professor(a): Nota: (Valor 1,0) 3º Bimestre A - Introdução Neste bimestre começamos a estudar o reino animal com toda sua fantástica diversidade.

Leia mais

Instrumentos Econômicos de Gestão Ambiental. Subsídio Ambiental

Instrumentos Econômicos de Gestão Ambiental. Subsídio Ambiental Instrumentos Econômicos de Gestão Ambiental Subsídio Ambiental Acabamos de perceber que um tributo sobre emissões funciona como se estivéssemos estabelecendo um preço pelo uso do patrimônio ambiental que

Leia mais

Reaproveitamento de Máquinas Caça-Níqueis

Reaproveitamento de Máquinas Caça-Níqueis Reaproveitamento de Máquinas Caça-Níqueis Gustavo Rissetti 1 1 Acadêmico do Curso de Ciência da Computação Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) rissetti@inf.ufsm.br Resumo. Este artigo trata sobre

Leia mais

. a d iza r to u a ia p ó C II

. a d iza r to u a ia p ó C II II Sugestões de avaliação Geografia 7 o ano Unidade 5 5 Unidade 5 Nome: Data: 1. Complete o quadro com as características dos tipos de clima da região Nordeste. Tipo de clima Área de ocorrência Características

Leia mais

Sumário ÁGUA, SOLO E SER HUMANO...52 AMBIENTE E SERES VIVOS... 10

Sumário ÁGUA, SOLO E SER HUMANO...52 AMBIENTE E SERES VIVOS... 10 Sumário 1 AMBIENTE E SERES VIVOS... 10 Módulo 1 Explorar o Pantanal...10 O que já sei......11 Atividade prática...11 Uma visão panorâmica do ambiente...12 Hora da leitura Águas comandam a vida no Pantanal...15

Leia mais

Exercícios Teóricos Resolvidos

Exercícios Teóricos Resolvidos Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Exatas Departamento de Matemática Exercícios Teóricos Resolvidos O propósito deste texto é tentar mostrar aos alunos várias maneiras de raciocinar

Leia mais

GRUPO IV 2 o BIMESTRE PROVA A

GRUPO IV 2 o BIMESTRE PROVA A A GERAÇÃO DO CONHECIMENTO Transformando conhecimentos em valores www.geracaococ.com.br Unidade Portugal Série: 6 o ano (5 a série) Período: MANHÃ Data: 12/5/2010 PROVA GRUPO GRUPO IV 2 o BIMESTRE PROVA

Leia mais

O selo verde garante que o produto respeita rios e nascentes

O selo verde garante que o produto respeita rios e nascentes O selo verde garante que o produto respeita rios e nascentes Secretária executiva do FSC, ONG que gerencia a principal certificação de florestas, diz que o desafio agora é ampliar atuação na Mata Atlântica

Leia mais

Tabela 01 Mundo Soja Área, produção e produtividade Safra 2009/10 a 2013/14

Tabela 01 Mundo Soja Área, produção e produtividade Safra 2009/10 a 2013/14 Soja Análise da Conjuntura Agropecuária Novembro de 2013 MUNDO A economia mundial cada vez mais globalizada tem sido o principal propulsor responsável pelo aumento da produção de soja. Com o aumento do

Leia mais

AVALIAÇÃO BIMESTRAL DE CIÊNCIAS 2 O BIMESTRE

AVALIAÇÃO BIMESTRAL DE CIÊNCIAS 2 O BIMESTRE REELABORAÇÃO DA AVALIAÇÃO BIMESTRAL Nome: Nº 5 a Série/6 o ano: Data: 27/06/ 2007 Professor(a): Amanda M. M. Ciente Nota: (Valor: 10,0) 2 o Bimestre CONTEÚDO: Assinatura do Responsável AVALIAÇÃO BIMESTRAL

Leia mais

Caracterização dos sistemas solares térmicos instalados nas residências do programa Minha Casa Minha Vida no município de Teresina

Caracterização dos sistemas solares térmicos instalados nas residências do programa Minha Casa Minha Vida no município de Teresina Caracterização dos sistemas solares térmicos instalados nas residências do programa Minha Casa Minha Vida no município de Teresina Mateus de Melo Araujo (Aluno de ICV), Marcos Antonio Tavares Lira (Orientador,

Leia mais

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA DE ESTADO DE PRODUÇÃO SECRETARIA EXECUTIVA DE ESTADO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E MEIO AMBIENTE

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA DE ESTADO DE PRODUÇÃO SECRETARIA EXECUTIVA DE ESTADO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E MEIO AMBIENTE GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA DE ESTADO DE PRODUÇÃO SECRETARIA EXECUTIVA DE ESTADO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E MEIO AMBIENTE. CONSELHO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE-COEMA Câmara Técnica Especial PROCESSO

Leia mais

Planejamento de PIE- Guilherme de Almeida. 2º EM Biologia Frente B. Prof. Jairo José Matozinho Cubas

Planejamento de PIE- Guilherme de Almeida. 2º EM Biologia Frente B. Prof. Jairo José Matozinho Cubas Planejamento de PIE- Guilherme de Almeida 2º EM Biologia Frente B Prof. Jairo José Matozinho Cubas Lista de exercícios referentes ao primeiro trimestre: CONTEÚDO: Cordados 1. (Uel 2014) Nos últimos 10.000

Leia mais

Infra estrutura precária Máquinas e Equipamentos

Infra estrutura precária Máquinas e Equipamentos Variável: Infra estrutura precária Máquinas e Equipamentos Participantes do Aprofundamento da Variável: Coordenador: Mário Vinícius Bueno Cerâmica Betel - Uruaçu-Go Colaboradores: Juarez Rodrigues dos

Leia mais

Marco legal, definições e tipos

Marco legal, definições e tipos Unidades de conservação Marco legal, definições e tipos Prof. Me. Mauricio Salgado " Quando vier a Primavera, Se eu já estiver morto, As flores florirão da mesma maneira E as árvores não serão menos verdes

Leia mais

O Tráfico Internacional de Animais Silvestres

O Tráfico Internacional de Animais Silvestres O Tráfico Internacional de Animais Silvestres Raul González Acosta * Aproximadamente cinco mil espécies de animais encontram-se ameaçadas de extinção em todo o mundo. Somente no Brasil, por exemplo, este

Leia mais

Guia de. Compras PARAGUAI. Dicas

Guia de. Compras PARAGUAI. Dicas Guia de Compras PARAGUAI 19 Dicas 19 melhores dicas para comprar o seu importado nas fronteiras com o Paraguai Verifique se o produto que foi adquirido e retirado do pacote é o mesmo que foi escolhido

Leia mais

12 DE JUNHO, DIA DE COMBATE A EXPLORAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL: RELATO DE EXPERIÊNCIA NO PIBID DE GEOGRAFIA

12 DE JUNHO, DIA DE COMBATE A EXPLORAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL: RELATO DE EXPERIÊNCIA NO PIBID DE GEOGRAFIA 12 DE JUNHO, DIA DE COMBATE A EXPLORAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL: RELATO DE EXPERIÊNCIA NO PIBID DE GEOGRAFIA Resumo O presente trabalho tem como objetivo relatar uma experiência desenvolvida no Programa

Leia mais

OLIMPIADAS DE MATEMÁTICA E O DESPERTAR PELO PRAZER DE ESTUDAR MATEMÁTICA

OLIMPIADAS DE MATEMÁTICA E O DESPERTAR PELO PRAZER DE ESTUDAR MATEMÁTICA OLIMPIADAS DE MATEMÁTICA E O DESPERTAR PELO PRAZER DE ESTUDAR MATEMÁTICA Luiz Cleber Soares Padilha Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande lcspadilha@hotmail.com Resumo: Neste relato apresentaremos

Leia mais

Objetivo principal: aprender como definir e chamar funções.

Objetivo principal: aprender como definir e chamar funções. 12 NOME DA AULA: Escrevendo músicas Duração da aula: 45 60 minutos de músicas durante vários dias) Preparação: 5 minutos (se possível com introduções Objetivo principal: aprender como definir e chamar

Leia mais

Exercício de cidadania

Exercício de cidadania 1 2 Exercício de cidadania Na década de 1980, tivemos no Brasil as primeiras experiências de Conselhos Comunitários de Segurança, sendo o Paraná precursor na constituição de CONSEGs e Mobilização Social.

Leia mais

Aula5 LEGISLAÇÃO PATRIMONIAL. Verônica Maria Meneses Nunes Luís Eduardo Pina Lima

Aula5 LEGISLAÇÃO PATRIMONIAL. Verônica Maria Meneses Nunes Luís Eduardo Pina Lima Aula5 LEGISLAÇÃO PATRIMONIAL META Indicar as leis preservacionistas que recomendam a proteção do patrimônio. OBJETIVOS Ao final desta aula, o aluno deverá: detectar as principais referências internacionais

Leia mais

Ferrarezi News. Setembro/2015. News. Ferrarezi. Onda de virose? Tudo é Virose? Programa - PRO Mamãe & Bebê. Depressão

Ferrarezi News. Setembro/2015. News. Ferrarezi. Onda de virose? Tudo é Virose? Programa - PRO Mamãe & Bebê. Depressão Setembro/2015 3 Onda de virose? 6 Tudo é Virose? 10 Programa - PRO Mamãe & Bebê 11 Depressão Setembro/2015 Onda de virose? O virologista Celso Granato esclarece Ouço muita gente falar em virose. Procurei

Leia mais

PROJETO DE LEI N o, DE 2006

PROJETO DE LEI N o, DE 2006 PROJETO DE LEI N o, DE 2006 (Do Sr. Antônio Carlos Biffi) Altera dispositivos da Lei nº 5.197, de 03 de janeiro de 1967. O Congresso Nacional decreta: janeiro de 1967. Art. 1 o Fica revogado o art. 2º

Leia mais

como a arte pode mudar a vida?

como a arte pode mudar a vida? como a arte pode mudar a vida? LONGE DAQUI, AQUI MESMO 1 / 2 Longe daqui, aqui mesmo 1 Em um caderno, crie um diário para você. Pode usar a escrita, desenhos, recortes de revista ou jornais e qualquer

Leia mais

Identificação. v Nome: Data: / / SIMULADO Nº 13

Identificação. v Nome: Data: / / SIMULADO Nº 13 Identificação v Nome: Data: / / SIMULADO Nº 13 1. Quanto mais desenvolvida é uma nação, mais lixo cada um de seus habitantes produz. Além de o progresso elevar o volume de lixo, ele também modifica a qualidade

Leia mais

4 A UM PASSO DO TRAÇO

4 A UM PASSO DO TRAÇO 4 A UM PASSO DO TRAÇO Coleção Fascículo 4 A um passo do traço Índice A um passo do traço...05 Capriche na dosagem...09 Rodando o traço... 14 Depois das matérias-primas, os ajustes finais...16 Corrigindo

Leia mais

Exercícios de Revisão RECUPERAÇÃO FINAL/ 2015 8º ANO

Exercícios de Revisão RECUPERAÇÃO FINAL/ 2015 8º ANO Nome: Exercícios de Revisão RECUPERAÇÃO FINAL/ 2015 8º ANO Componente de Geografia Série e Turma: 8º (A) (B) Data: Professora: Ana Lúcia Questão 01 (UEFS 2012.2) Sobre as consequências da queda do regime

Leia mais

PEDAGOGIA EM AÇÃO: O USO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS COMO ELEMENTO INDISPENSÁVEL PARA A TRANSFORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA AMBIENTAL

PEDAGOGIA EM AÇÃO: O USO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS COMO ELEMENTO INDISPENSÁVEL PARA A TRANSFORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA AMBIENTAL PEDAGOGIA EM AÇÃO: O USO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS COMO ELEMENTO INDISPENSÁVEL PARA A TRANSFORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA AMBIENTAL Kelly Cristina Costa de Lima, UEPA Aline Marques Sousa, UEPA Cassia Regina Rosa

Leia mais

Domínios Florestais do Mundo e do Brasil

Domínios Florestais do Mundo e do Brasil Domínios Florestais do Mundo e do Brasil Formações Florestais: Coníferas, Florestas Temperadas, Florestas Equatoriais e Florestas Tropicais. Formações Herbáceas e Arbustivas: Tundra, Pradarias Savanas,

Leia mais