CARLA CRISTINA ULRICH SILVA

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1 UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CARLA CRISTINA ULRICH SILVA PROPOSIÇÃO DE UM SISTEMA DE CUSTO E ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PRODUÇÃO LEITEIRA Ijuí, RS 2013

2 2 CARLA CRISTINA ULRICH SILVA PROPOSIÇÃO DE UM SISTEMA DE CUSTO E ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PRODUÇÃO LEITEIRA Trabalho de Conclusão de Curso para a obtenção do título de graduação no Curso de Ciências Contábeis da Universidade do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul UNIJUI. ORIENTADORA: PROFª EUSÉLIA PAVÉGLIO VIEIRA IJUI (RS), Dezembro de 2013

3 3 AGRADECIMENTOS Primeiramente agradeço a Deus, pois sem ele nada seria. Aos meus pais, que amo muito, e que são os pilares da minha vida, em que me espelho, sem eles eu não seria a pessoa que sou. Ao meu esposo que me deu força, me apoiou nos momentos difíceis, me acompanhou e entendeu o tempo que dediquei aos estudos e em especial na realização deste trabalho, tempo este que não pude estar ao seu lado, obrigada pelo carinho e amor. Aos professores pelos ensinamentos, e em especial a professora Eusélia que me orientou na elaboração deste trabalho. Muito obrigada a todos!

4 4 RESUMO Este trabalho teve como principal objetivo, propor um sistema de controle de custos e análise dos resultados da produção leiteira de uma propriedade rural, foi efetuada uma pesquisa em busca dos dados os quais foram obtidos com os proprietários e em documentos disponíveis na propriedade. Com os dados colhidos foram elaboradas planilhas, com informações de todos os custos fixos e variáveis incidentes na produção e onde eles incidem em maior volume e valor, a margem de contribuição, métodos de custeio, ponto de equilíbrio, margem de segurança e ainda a demonstração do resultado. Após concluídas as planilhas de controles, foram elaboradas análises dos resultados obtidos visando facilitar o entendimento e também a auxiliar os proprietários no controle e gerenciamento da propriedade. A pesquisa realizada é classificada como aplicada, exploratória e descritiva, os dados foram coletados por meio de entrevistas e observação. PALAVRAS CHAVES: Contabilidade, custos, análise de custos, produção leiteira.

5 5 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Comparação entre o método de custeio variável e custeio por absorção...23 Quadro 2: Quantidade de animais...34 Quadro 3: Custo da silagem por hectare e por animal...35 Quadro 4: Custo da pastagem de verão...37 Quadro 5: Custo da pastagem de inverno...38 Quadro 6: Custo da quirera vacas em lactação...39 Quadro 7: Custos diretos variáveis...39 Quadro 8: Custos indiretos variáveis por litro...42 Quadro 9: Custo da quirera vacas secas...44 Quadro 10: Custo da quirera novilhas...44 Quadro 11: Custos com depreciação...46 Quadro 12: Custos indiretos fixos...47 Quadro 13: Custo total pelo método de custeio por absorção...48 Quadro 14: Custo total pelo método de custeio variável...49 Quadro 15: Composição do preço pago pelo litro de leite...50 Quadro 16: Receita líquida recebida...51 Quadro 17: Demonstração do resultado pelo valor unitário...52 Quadro 18: Demonstração do resultado pelo valor total...54 Quadro 19: Ponto de equilíbrio...56 Quadro 20: Margem de segurança operacional...57

6 6 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Custo da silagem por hectare...36 Gráfico 2: Custos diretos variáveis por litro...41 Gráfico 3: Custos indiretos variáveis por litro...45 Gráfico 4: Margem de contribuição unitária...53 Gráfico 5: Margem de contribuição total...55 Gráfico 6: Margem de segurança operacional...57

7 7 SUMÁRIO RESUMO... 4 LISTA DE QUADROS... 5 LISTA DE GRÁFICOS... 6 INTRODUÇÃO CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO Área do estudo contemplada Caracterização da propriedade Problematização do Tema Objetivos Objetivo Geral Objetivos Específicos Justificativa REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Contabilidade Contabilidade Rural Contabilidade de custos Classificação dos custos Custo com pessoal Custos com depreciação Métodos de custeio Custeio por absorção Custeio variável Análise do custo, volume e resultado Formação do preço de venda Formação e cálculo de Mark-Up Margem de contribuição Ponto de equilíbrio contábil Margem de segurança operacional METODOLOGIA Classificação da pesquisa Coleta de dados Instrumentos de coleta de dados... 31

8 8 3.3 Análise dos resultados ANÁLISE DOS RESULTADOS Descrição do processo de produção Custos diretos da produção leiteira Custos indiretos da produção leiteira Custos indiretos variáveis Custo total da produção leiteira Custeio por absorção Custeio variável Análise do custo, volume e resultado Preço de venda e receitas Margem de contribuição Ponto de equilíbrio Margem de segurança operacional Informações do sistema de custos CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA... 61

9 9 INTRODUÇÃO A contabilidade rural é uma área de muita importância para a gestão das propriedades rurais que estão cada vez mais modernas, pois a contabilidade gera informações relevantes, informações de nível gerencial que auxiliam na tomada de decisão e no controle e gerenciamento das atividades. A agropecuária é um dos setores da contabilidade rural, este setor trabalha com preços dos produtos estabelecidos pelo mercado consumidor, e a quantidade produzida varia de acordo com as mudanças climáticas, o que dificulta um controle e planejamento das atividades e a tomada de decisão. A propriedade em estudo que tem como principal atividade a produção leiteira, não possui um sistema de controle dos custos. Assim o objetivo deste trabalho foi a proposição de um sistema de custos para que os proprietários possam analisar os custos, receitas e despesas e por consequência, melhorar o resultado da propriedade. Este sistema de controle é muito importante para que o produtor possa ter um bom planejamento de suas atividades. Inicialmente, na elaboração deste trabalho, consta no capítulo um a contextualização do estudo, com uma breve descrição da história da propriedade, o tema, o problema estudado, os objetivos alcançados e a justificativa da realização do mesmo. Na sequência consta a revisão bibliográfica que foi baseada em livros e demais meios de pesquisa, onde foi apresentada a base teórica do estudo como a conceituação da contabilidade, contabilidade rural, contabilidade de custos, as formas de custeio, os diversos custos, entre outros aspectos relevantes, conceitos estes fundamentais para o entendimento do assunto abordado, apoiando e servindo de base para a realização das atividades práticas. A metodologia que foi utilizada no estudo vem em seguida no terceiro capítulo, onde foi apresentada a classificação da pesquisa, a forma da coleta de dados assim como a análise dos mesmos e seus resultados. Em seguida é apresentado o quarto e último capítulo onde são relatados os resultados do estudo, no qual foram colocados em prática os conhecimentos teóricos assimilados. Foram descritos os processos de produção e levantados e analisados os custos diretos e indiretos incidentes na produção leiteira da propriedade, após foram apurados os valores nos métodos de custeio variável e por absorção. Também consta a apuração e análise da margem de contribuição e do ponto de equilíbrio, assim como da margem de segurança, auxiliando na análise dos resultados da produção.

10 10 Após todos os levantamentos e cálculos é apresentada a conclusão deste estudo, onde são colocadas as considerações dos pontos abordados pelo mesmo, indicando possíveis melhorias e a análise final. Por fim estão relacionadas as bibliografias consultadas durante a realização do estudo.

11 11 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO Nesta primeira parte do trabalho de conclusão de curso apresenta-se a contextualização do estudo que contemplou a caracterização da propriedade, definição do tema, problema, objetivos e a justificativa da realização do mesmo. 1.1 Área do estudo contemplada Este estudo foi realizado na área Contábil que é responsável pelo estudo do patrimônio das entidades, mais especificamente em um dos campos de atuação profissional que é a contabilidade de custos, área fundamental em todos os empreendimentos. Assim sendo, o estudo tem como tema a proposição de um sistema de custos e análise dos resultados da produção leiteira de uma pequena propriedade rural. 1.2 Caracterização da propriedade Este trabalho foi realizado em uma pequena propriedade rural do interior da cidade de Panambi, Rio Grande do Sul. A propriedade além da produção leiteira que é realizada à 22 anos, trabalha com o cultivo de grãos como soja, milho e trigo, produção esta realizada em uma extensão de 126 hectares de terra, deste total 20 hectares são arrendados e 106 hectares são dos proprietários. Mas o enfoque deste trabalho foi o custo da produção leiteira que é desenvolvida em uma área de terras de 46 hectares sendo destes 4 hectares de potreiro, 35 hectares de pastagens, 12 hectares utilizados para a plantação de milho destinado a produção de silagem. A propriedade possui em média um rebanho de 69 animais, destes, 18 são novilhas, um touro destinado a reprodução dos animais e a produção leiteira é desenvolvida com um plantel de 50 vacas em média que nos últimos doze meses produziram em média litros de leite por mês. A propriedade possui uma infraestrutura moderna, praticamente tudo é mecanizado. Possui sala de ordenha recém construída e maquinários são utilizados em quase todas as atividades necessitando pouca mão de obra terceirizada.

12 Problematização do Tema O leite é um dos alimentos fundamentais para a alimentação das pessoas, conforme Globo Rural (2012) o Brasil é um dos principais produtores do mundo. Devido a sua importância é necessário avaliar o desempenho de uma propriedade de produção leiteira, visando o seu crescimento para acompanhar o desenvolvimento mundial. A contabilidade tem o objetivo de observar e registrar os fatos econômicofinanceiros ocorridos nas entidades, e em seguida, fornecer diversas informações úteis para a tomada de decisões. Por meio da contabilidade é que se pode conhecer e analisar todas as movimentações financeiras da entidade. Sendo um dos ramos da contabilidade, a contabilidade de custos, auxilia as propriedades rurais no controle e gerenciamento das atividades visando o seu crescimento econômico, um sistema de custos fornece todas as informações relativas a custos, despesas e receitas ao proprietário, este sistema se for bem estruturado fornece informações confiáveis e de qualidade necessária para os proprietários gerirem sua propriedade. Cada vez mais a área rural está se modernizando, com tecnologias mais avançadas, mão de obra especializada e os proprietários estão em busca de aumentar os seus resultados, mas no mercado da produção leiteira não é o proprietário que define o preço de venda, mas sim o mercado, é nesse momento que a contabilidade tem um papel fundamental, pois um dos seus ramos, a contabilidade de custos, auxilia os gestores do planejamento mostrando onde incide o maior custo e despesas e a forma de controlá-los e reduzi-los. Pois a contabilidade de custos produz informações para os diversos níveis gerenciais de uma entidade. Em vista disso, percebeu-se que a propriedade em questão não utiliza um sistema de controle e gerenciamento de custos, não sabendo os custos incidentes na produção leiteira, e devido a importância destes controles, este estudo se propôs a responder a seguinte pergunta: De que forma a estruturação de um sistema de custos e análise dos resultados poderá auxiliar os gestores da propriedade no gerenciamento da atividade leiteira? 1.4 Objetivos estudo. Diante das questões descritas, foram definidos os objetivos gerais e específicos deste

13 Objetivo Geral O objetivo geral é estruturar um sistema de custos da produção leiteira para a propriedade, bem como avaliar os impactos da sua composição nos resultados da atividade contribuindo com a gestão da mesma Objetivos Específicos - Revisar a literatura referente a contabilidade e a Contabilidade de custos aplicados na área rural, sistemas e métodos de custeio, análise do custo e resultado. - Levantar os custos da propriedade; - Estruturar um sistema de custos para a propriedade; - Analisar a composição dos custos e dos resultados da propriedade; - Identificar as informações para o gerenciamento da propriedade. 1.5 Justificativa Com o desenvolvimento das atividades rurais surge a necessidade da estruturação de controles de gerenciamento para auxiliar os proprietários na gestão da sua propriedade, especialmente nas propriedades rurais de produção leiteira, pois a quantidade de leite produzida varia de acordo com as estações do ano, sofrendo influência direta da chuva, do frio e do calor. Um dos controles fundamentais em qualquer entidade é um controle de custos assim, para os proprietários, este trabalho é importante, pois com as informações dele, é possível ter o conhecimento da composição dos custos, e assim podem melhor gerir as atividades da propriedade visando melhorar os resultados. Para a Unijui este trabalho é importante, pois é mais um material de pesquisa na área, que fica disponível em seu acervo para consulta aos interessados. Para mim na condição de formanda do Curso de Ciências Contábeis, este trabalho é importante porque por meio dele, pode-se colocar em prática muitos dos conhecimentos construídos durante o curso, sendo mais um momento de pesquisa em uma das áreas da contabilidade de meu maior interesse que é a contabilidade de custos na atividade rural, bem

14 14 como uma oportunidade de analisar e calcular os custos da propriedade onde os meus pais dedicam a maior parte do seu tempo e na qual eu também morei por muitos anos.

15 15 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Neste capítulo, apresenta-se a revisão bibliográfica que foi baseada na leitura e pesquisa de livros, revistas, sites e outros meios de pesquisa. Dando sustentação teórica para o desenvolvimento do estudo e proporcionando melhor entendimento do assunto. 2.1 Contabilidade A contabilidade surgiu nos tempos primitivos quando o ser humano sentiu a necessidade de registrar aquilo que possuía e foi se desenvolvendo e evoluindo ao longo do tempo, a contabilidade passou por vários períodos, desde o registro primitivo de elementos até a atual contabilidade informatizada e moderna, utilizada como ferramenta de gestão dos mais diversos ramos de negócios. A Contabilidade é uma ciência que estuda o patrimônio das entidades que é o objetivo do seu estudo segundo Basso (2005) O patrimônio das entidades é formado por bens direitos e obrigações e é enfocada sob o aspecto qualitativo que considera o patrimônio sob o ponto de vista de sua natureza e sob o aspecto quantitativo que considera o patrimônio sob o ponto de vista do valor monetário. Entendemos que Contabilidade, conjunto ordenado de conhecimentos, leis, princípios e método de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetário) e qualitativo (físico) e que, como conjunto de normas, preceitos e regras gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar os fatos que nele ocorrem, bem como de acumular, resumir e revelar informações de suas variações e situação, especialmente de natureza econômico-financeira. (BASSO, 2005, p. 22). Ainda conforme Franco (apud BASSO, 2005, p. 22). Contabilidade é a ciência que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a relação desses fatos, com o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial. A contabilidade através do registro e análise dos fatos relacionados com a formação e movimentação do patrimônio, fornece informações relevantes através de seus relatórios e demonstrativos para os diversos usuários de suas informações facilitando a tomada de decisão e o gerenciamento do negócio. Os usuários das informações contábeis são os mais diversos, podem ser internos e externos a entidade os internos são os sócios e os gestores que a utilizam para a tomada de

16 16 decisão, acionistas que precisam saber se suas ações estão dando retorno. Os externos são fornecedores, clientes, investidores, bancos e também o governo que utiliza os dados fornecidos pela contabilidade para avaliar a condição da empresa de pagar suas dívidas. Os campos de atuação dos profissionais de contabilidade são muitos a seguir alguns ramos onde os profissionais podem se especializar, segundo Basso (2005, p. 27) - Contabilidade Comercial; - Contabilidade Industrial; - Contabilidade Pública; - Contabilidade Bancária; - Contabilidade Rural (Agrícola ou Agropecuária); - Contabilidade de Cooperativas; Em vista disso se percebe a importância da contabilidade, pois ela é utilizada em todos os ramos de atividade auxiliando os gestores na tomada de decisão. 2.2 Contabilidade Rural A contabilidade rural é um dos ramos da contabilidade, ela é fundamental para as empresas rurais, pois auxilia os proprietários no conhecimento de suas atividades e na tomada de decisão. Para Marion (2005) a contabilidade pode ser estudada de modo geral ou de modo particular. O mesmo autor ainda explica: Quando estudada de forma genérica, a contabilidade é denominada Contabilidade Geral ou Contabilidade Financeira. Quando aplicada a um ramo específico, normalmente é denominada de acordo com a atividade daquele ramo. Assim há: Contabilidade Rural: é a Contabilidade Geral aplicada ás empresas rurais; (MARION, 2005, p. 25). O mesmo autor ainda destaca que a contabilidade rural é a contabilidade de empresas rurais que... são aquelas que exploram a capacidade produtiva do solo por meio do cultivo da terra, da criação de animais e da transformação de determinados produtos agrícolas. Marion (2005, p. 24). Estas empresas rurais vão desde pequenas propriedades á grandes fazendas. A contabilidade rural fornece informações específicas para cada atividade da área rural como a produção leiteira, produção de grãos, horticultura, criação de diversos animais e as demais atividades.

17 17 A contabilidade é defina por Crepaldi (2011, p. 82) como... um método universal utilizado para registrar todas as transações de uma empresa rural, que possam ser expressas em termos monetários. O mesmo autor ainda destaca as finalidades da contabilidade Rural: - orientar as operações agrícolas e pecuárias; - medir o desempenho econômico-financeiro da empresa e de cada atividade produtiva individualmente; -controlar as transações financeiras; - apoiar as tomadas de decisões no planejamento da produção, das vendas e dos investimentos; - auxiliar as projeções de fluxos de caixa e necessidade de crédito; - permitir a comparação da performance da empresa no tempo e desta com outras empresas; - conduzir as despesas pessoais do proprietário e de sua família; - justificar a liquidez e a capacidade de pagamento das empresas junto aos agentes financeiros e outros credores; - servir de base para seguros, arrendamentos e outros contratos; - gerar informações para a elaboração do Imposto de Renda. (CREPALDI, 2011 p. 81). Neste contexto se percebe a importância da contabilidade nas empresas rurais, pois ela gera informações relevantes sobre o patrimônio e mostra todas as transações realizadas pela entidade rural facilitando a tomada de decisão por parte dos proprietários. 2.3 Contabilidade de custos Segundo Bornia (2010) a contabilidade de custos surgiu na revolução industrial, quando começaram a aparecer empresas e elas sentiram a necessidade de determinar os custos dos seus produtos, pois antes disso a produção era artesanal e era feita por pessoas físicas que não constituíam uma empresa. A contabilidade de custos coleta informações e as organiza de forma a auxiliar na tomada de decisão, segundo Leone (2008, p. 23) A contabilidade de custos colhe dados internos e externos, monetários e não monetários, mas quantitativos. Atualmente, em virtude de suas crescentes responsabilidades, diante das novas exigências por parte dos administradores, a contabilidade de custos está cada vez mais utilizando dados quantitativos não monetários colhendo-os, trabalhando-os, organizando-os, combinando-os e produzindo informações gerenciais de alta relevância, baseadas nesses dados. A contabilidade de custos é um dos ramos da contabilidade que gerencia e controla os custos e demais despesas das entidades visando aumentar o seu resultado. Toda entidade para melhor ser gerida precisa de um sistema de custos bem estruturado e com informações

18 18 confiáveis, pois assim pode controlar todos os seus gastos e ver em que atividade eles mais incidem e trabalhar na sua redução. O sistema de custo é defino conforme Santos, Marion, Segatti (2002, p. 34) Sistema de custos é um conjunto de procedimentos administrativos que registra, de forma sistemática e contínua, a efetiva remuneração dos fatores de produção empregados nos serviços rurais. O mesmo autor ainda escreve o seguinte: O sistema consiste num conjunto de informações que proporcionará ao administrador a tomada das decisões mais corretas. O sistema permitirá ao administrador apontar eficiente e sistematicamente a existência de gastos não necessários que estejam reduzindo a lucratividade da exploração, (SANTOS, MARION, SEGATTI 2002, p. 35). Segundo Leone (2008, p. 21) A contabilidade de custos é uma atividade que se assemelha a um centro processador de informações, que recebe (ou obtém) dados, acumula-os de forma organizada, analisa-os, produzindo informações de custos para os diversos níveis gerenciais. O custo nada mais é que todos os gastos incorridos no processo de produção na atividade são todos os insumos utilizados na atividade. A finalidade da contabilidade de custos segundo Berti (2006) é auxiliar os usuários das informações na tomada de decisão, planejamento e controle, fornecer informações para a determinação da rentabilidade e do desempenho das atividades. A contabilidade de custos também possui o seu objeto de estudo que é assim definido: Define-se objeto de custo o elemento do qual se deseja ter o custo específico apurado. Em outras palavras, objeto de custo é o elemento que será objeto de mensuração monetária, com finalidade de se obter o custo unitário ou total desse elemento. Um objeto de custo pode ser um produto, um serviço, uma mercadoria, uma atividade, um departamento, uma divisão, um processo, um recurso etc. (PADOVEZE, 2003, p. 40). Assim diferente da contabilidade geral a contabilidade de custos tem como objeto o elemento do qual será calculado o custo, assim qualquer elemento da entidade pode ser o objeto de estudo da contabilidade de custos. 2.4 Classificação dos custos Os custos são classificados como diretos, indiretos, fixos e variáveis. Para efetuar os cálculos de custos é fundamental saber a diferença entre eles para poder classificar cada custo incidente na produção de forma correta.

19 19 Os custos diretos Segundo Santos, Marion e Segatti (2002, p. 43) Custos Diretos são os identificados com precisão no produto acabado [...] como: horas de mão de obra; quilos de sementes ou rações; gastos com funcionamento e manutenção de tratores. Padoveze tem a seguinte visão de conceito de custos diretos: Custos diretos são aqueles que podem ser fisicamente identificados para um segmento particular em consideração. Assim, se o que está em consideração é uma linha de produtos, então os materiais e a mão de obra envolvidos na sua manufatura seriam custos diretos[...] um custo é direto se: a) é possível verificar ou estabelecer uma ligação direta com o produto final; b) é possível de ser visualizado no produto final; c) é clara e objetivamente específico do produto final e não se confunde com os outros produtos; d) é possível ser medida objetivamente sua participação no produto final etc. (PADOVEZE, 2003, p. 41). Já os custos indiretos são os que não podem ser alocado de forma direta, mas que precisam de critérios de rateio para a sua atribuição ao produto....o custo indireto é parte integrante como resultante da participação das atividades de apoio ou auxiliar ao processo de transformação, produção e comercialização de um bem ou serviço. (Nascimento 2001, p. 28) Segundo Santos, Marion e Segatti (2002, p. 43) os custos indiretos são definidos conforme a seguir. Custos indiretos. São aqueles necessários à produção, geralmente de mais de um produto, mas alocáveis arbitrariamente, através de um sistema de rateio, estimativas e outros meios. Ex.: salários dos técnicos e das chefias; materiais e produtos de alimentação, higiene e limpeza (pessoal e instalações). Os custos variáveis são os custos que variam de acordo com o volume de produção e os custos fixos ao contrário, são os custos que não se alteram independente do volume de produção e os custos fixos vão existir mesmo que não haja produção no período. Em seguida a definição de custo fixo conforme Padoveze: Um custo é considerado fixo quando seu valor não se altera com as mudanças, para mais ou para menos, do volume produzido ou vendido dos produtos finais. A pesar da possibilidade de classificarmos uma série de gastos como custos fixos, é importante ressaltar que qualquer custo é sujeito a mudanças. Mas os custos que tendem a manter-se constantes nas alterações do volume das atividades operacionais são tidos como custos fixos. (PADOVEZE, 2003, p. 54). Custos variáveis, segundo Berti (2006) são diretamente proporcionais ao volume de produção, quanto maior o volume de produção maior será o custo da produção assim estes custos sofrerão mudanças todos os meses. Leone (2008, p. 73) ainda complementa dizendo

20 20 que Os custos variáveis somente aparecem quando a atividade ou a produção é realizada. Nesse sentido eles são evitáveis porque se pode comandar o volume da atividade ou da produção. Segundo Santos, Marion e Segatti (2002, p. 43) custos variáveis da atividade rural são aqueles que variam em proporção direta com o volume de produção ou área de plantio, ex.: mão de obra direta, materiais diretos (fertilizantes, sementes, rações), horas-máquina. Assim se variar o volume produzido também os custos vão variar. 2.5 Custo com pessoal Mão de obra são todos os gastos e despesas com salários e encargos sociais. A mão de obra é classificada em direta e indireta, a mão de obra direta segundo Crepaldi é definida a seguir: Trata-se dos custos com os trabalhadores utilizados diretamente na produção agrícola. Sabendo-se quanto tempo cada um trabalhou no produto e o preço da mão de obra, é possível apropriá-la diretamente ao produto. (CREPALDI, 2011, p. 100). Já a mão de obra indireta são os salários de chefes que não tem ligação direta com a produção. Segundo Padoveze (2003, p. 25) Considera-se mão de obra indireta os gastos com o pessoal que desempenha as atividades de apoio aos setores diretos (onde está agrupada a mão de obra direta). Os trabalhadores na atividade rural são normalmente pessoas físicas que: dependendo do meio adotado para sua contratação, pode ser caracterizado como empregado, eventual ou avulso, e o seu contrato de trabalho pode ser por tempo indeterminado, temporário, prazo determinado, safra ou de acordo com o acordo ou convenção coletiva de trabalho. (COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO, 2010, p. 40). Eles podem ser contratados por tempo determinado ou indeterminado dependendo da necessidade de mão de obra da propriedade. Quando o proprietário contratar empregados por tempo indeterminado ele terá o benefício de no final do contrato não precisar pagar o aviso prévio e a indenização de 40% sobre o FGTS mas no final do contrato o trabalhador será remunerado pela saldo de salário, 13º salário e férias, estes proporcionais ao tempo que trabalhou, Companhia Nacional de Abastecimento (2010). Todos estes encargos sociais e trabalhistas e os demais incidentes na contratação devem ser incluídos no custo da atividade rural.

21 Custos com depreciação A maioria das entidades necessitam de máquinas e equipamentos que compõem o seu patrimônio, e são utilizados para desempenhar as atividades normais que irão gerar receita por vários exercícios sociais conforme (CREPALDI, 2011, p. 27) Os elementos desses componentes patrimoniais servem a vários ciclos operacionais de uma entidade, sendo ás vezes, por toda sua vida. E estes itens sofrem uma perda de valor ao decorrer dos anos que é chamada de depreciação. Normalmente a perda de valor dá-se pelo uso e desgaste ou pela obsolescência. [...] Essa perda de valor é um gasto e, sendo da área industrial, é um custo de fabricação. A cada queda de valor do bem, quanto mais usado ele é ou quanto mais transcorre o tempo, contabiliza-se um valor a título de depreciação, (PADOVEZE, 2003, p. 25 e 26). A depreciação:...é a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo de sua vida útil (PEREZ JR., OLIVEIRA E COSTA 2005, p. 128). No caso das propriedades rurais os bens que sofrem depreciação são: a casa, o galpão, depósitos, os animais, tratores e outros equipamentos. São vários os métodos de depreciação, método linear, método da soma dos dígitos dos nos, método das taxas decrescentes e o método das taxas variáveis. Neste trabalho será utilizado o método linear, pois será estimado a vida útil de cada bem e o valor residual para o cálculo da depreciação. Assim precisamos entender a definição de valor residual e de vida útil. Valor residual é definido por Crepaldi o bem ou direito, após o término de vida útil, ainda assim apresenta valor monetário, real e compatível com o mercado. Tal valor é levado em consideração para os cálculos da amortização, depreciação e exaustão... (CREPALDI, 2011, p. 127). A Vida útil está diretamente relacionada com o período de tempo no qual o bem ou direito será utilizado na operação da entidade (CREPALDI, 2011, p. 127). A vida útil varia de bem para bem. Valor residual de um ativo é o valor estimado que a entidade obteria com a venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil. Vida útil é: (a) o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o ativo; ou (b) o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter pela utilização do ativo, (CFC, 2009)

22 22 A depreciação é um custo onde não há desembolso dos valores apurados, mas estes precisam ser contabilizados para a correta mensuração dos componentes do Ativo. 2.7 Métodos de custeio Os métodos de custeio são técnicas utilizadas para calcular o custo de produção ou serviço. Na contabilidade de custos são utilizados vários métodos de custeio, entre eles os mais usuais são os métodos de custeio por absorção e o custeio variável também conhecido como direto Custeio por absorção O custeio por absorção segundo Berti (2006, p. 59 e 60) o custeio por absorção, por sua aceitação fiscal e, ainda, por identificação com os princípios fundamentais de contabilidade, é o método de apuração de custos de produção mais utilizado no País. Segundo Nascimento (2001) este método consiste em atribuir ao produto final todos os custos variáveis e fixos e forma o valor de estoque mais real. Neste método segundo Leone (2008) são apropriados todos os custos sejam eles diretos, indiretos, fixos ou variáveis, de estrutura ou operacionais, cada produto absorve uma parcela de todos os custos. Wernke (2001, p. 21) destaca as vantagens da utilização deste método. Atende a legislação fiscal e deve ser usado quando a empresa busca o uso do sistema de custo integrado a contabilidade; Permite a apuração do custo por centro de custos, visto que sua aplicação exige a organização contábil nesse sentido [...] Ao absorver todos os custos de produção, permite a apuração do custo total de cada produto. Mas apesar de ser o mais indicado e ser o método aceito fiscalmente este método também recebe críticas as quais foram apresentadas por Crepaldi (2011, p. 249): Os custos dos produtos agropecuários não podem ser comparados em bases unitárias quando houver alterações no volume de produção. A forma de atribuição de custos indiretos é feita através de rateios, o que complica e aumenta o trabalho administrativo, além de conferir um grau de subjetividade a essa atribuição. Não fornece informações suficientes para a tomada de decisão, já que muitas das decisões se baseiam em análise separada dos custos fixos e variáveis: não permite análise do tipo relação Custo/Volume/Lucro. Dificulta o controle orçamentário e determinação de padrões.

23 Custeio variável Sobre o método de custeio variável Padoveze (2003, p. 78) escreve o seguinte: Essa metodologia de apuração de custo unitário dos produtos e serviços considera tão somente os custos e despesas variáveis de cada produto ou serviço, sejam eles diretos ou indiretos. Esse método busca um custo unitário do produto ou serviço sem nenhuma dúvida em termos de mensuração monetária, já que, ao utilizar apenas elementos variáveis e, portanto, com valor unitário para cada unidade de produto perfeitamente definido, não usa nenhum conceito de cálculo médio. Este método é considerado o mais adequado, pois reflete melhor as operações, pois não faz rateios, mas geralmente não é legalmente aceito. Leone (2008). Ainda segundo o mesmo autor este sistema de custeamento é assim denominado porque trata dos custos que variam com o parâmetro operacional que foi escolhido para ser a base de volume ou da atividade ou segmento, cujos custos e operações estamos querendo estudar. Os pontos positivos deste método segundo Wernke (2001, p. 30) são apresentados a seguir: Prioriza o aspecto gerencial ao enfatizar a rentabilidade de cada produto sem as distorções ocasionadas pelos rateios de custos fixos aos produtos ; Não envolve rateios e critérios de distribuição de gastos, facilitando o cálculo; Com a elevação do valor dos custos fixos, não considerados neste método, a análise de desempenho pode ser prejudicada e deve merecer considerações mais acuradas. O mesmo autor ainda coloca as desvantagens que são a não aceitabilidade pela legislação tributária para a avaliação de estoques e exige uma estrutura de classificação mais rígida na separação dos custos fixos e variáveis. O autor Leone em uma de suas publicações faz uma comparação entre o método de custeio por absorção e o variável. Quadro 1: Comparação entre o método de custeio variável e custeio por absorção Custeamento variável Custeamento por absorção 1. Classifica os custos em fixos e variáveis. 1. Não há preocupação por essa classificação. 2. Classifica os custos em diretos e indiretos 3. Debita ao segmento, cujo custo está sendo apurado, apenas os custos que são diretos ao segmento e variáveis em relação ao parâmetro escolhido como base. 4. Os resultados apresentados sofrem influência direta do volume de vendas. 2. Também classifica os custos em diretos e indiretos. 3. Debita o pagamento cujo custo está sendo apurado os seus custos diretos e também os custos indiretos através de uma taxa de absorção. 4. Os resultados apresentados sofrem influência direta do volume de produção. 5. É um critério administrativo, gerencial, interno. 5. É um critério legal, fiscal, externo.

24 24 6. Aparentemente sua filosofia básica contraria os preceitos geralmente aceitos de contabilidade, principalmente os fundamentos do regime de competência. 7. Apresenta a contribuição marginal diferença entre as receitas e os custos diretos e variáveis do segmento estudado. 8. O custeamento variável destina-se a auxiliar, sobretudo, a gerência no processo de planejamento e de tomada de decisões. 9. Como o custeamento variável trata dos custos diretos e variáveis de determinado segmento, o controle da absorção dos custos da capacidade ociosa não é bem exploração. Fonte: (LEONE, 2008, p. 406). 6. Aparentemente, sua filosofia básica alia-se aos preceitos contábeis geralmente aceitos, principalmente aos fundamentos do regime de competência. 7. Apresenta a margem operacional diferença entre as receitas e os custos diretos e indiretos do segmento estudado. 8. O custeamento por absorção destina-se a auxiliar a gerência no processo de determinação da rentabilidade e de avaliação patrimonial. 9. Como o custeamento por absorção trata dos custos diretos e indiretos de determinado segmento, sem cogitar de perquirir se os custos são variáveis ou fixos, apresenta melhor visão para o controle da absorção dos custos da capacidade ociosa. Esta comparação mostra as diferenças dos dois métodos de custeio, e assim se percebe que o método que apresenta os valores mais reais é o método de custeio por absorção, pois todos os custos são absorvidos no produto. 2.8 Análise do custo, volume e resultado Na análise do custo, volume e resultado foram considerados a formação do preço de venda, o cálculo de Mark-Up, a margem de contribuição, o ponto de equilíbrio e a margem de segurança Formação do preço de venda A formação do preço de venda é uma etapa muito importante nas entidades, este cálculo precisa levar em conta não somente o custo do produto, mas também as condições de mercado, os concorrentes e o lucro pretendido. De acordo com Bornia (2010) devido a concorrência e a competição acirrada entre as empresas elas não podem mais determinar o preço de venda baseado somente em seus custos e o lucro desejado, os gestores precisam analisar o mercado. Em algumas atividades que isto fica mais evidente, como na produção leiteira onde, se o produtor quiser aumentar o seu lucro ele precisa aumentar a produção ou buscar diminuir os seus custos. A fórmula do preço de venda conforme Bornia (2010, p. 39) é a seguinte:

25 25 PREÇO = CUSTO + LUCRO (2001, p. 127). Com esta fórmula o preço de venda será o desejado pela entidade. Segundo Wernke na formação do preço de venda devem ser observadas algumas condições, inicialmente calcula-se um preço orientativo fazendo uso exclusivamente de dados internos da empresa. Critica-se tal preço orientativo em relação às características existentes no mercado de atuação. Em algumas atividades como é o caso da produção leiteira. Mas na atividade rural de commodities não são os proprietários que definem o preço de venda mas sim o mercado. Assim os produtores precisam reduzir os seus custos para poderem aumentar o seu lucro Formação e cálculo de Mark-Up O Mark-Up é segundo Padoveze (2003, p. 161) A técnica mais utilizada para a formação de preço de venda a partir do custo unitário... Para o mesmo autor, Padoveze (2003, p. 162) O Mark-up normalmente é construído com uma estrutura padrão de custos e despesas em relação a um volume de atividade de produção e vendas considerado normal. Para efetuar o cálculo, segundo Padoveze, (2003, p.315) O cálculo do Mark-up é extraído da estrutura da demonstração de resultados, partindo-se do custo dos produtos vendidos. A forma de cálculo do preço de venda utilizando o mark-up pode ser feito pelo método divisor ou multiplicador, nos dois métodos o preço de venda vai ser o mesmo. Neste trabalho este método não será utilizado, pois na atividade da produção leiteira o preço de venda é definido pelos compradores do produto tendo em vista a demanda Margem de contribuição A margem de contribuição pode ser calculada considerando o total de vendas, custos e despesas variáveis que é a margem de contribuição total, ou de cada produto separadamente que é a margem de contribuição unitária.

26 26 Margem de contribuição é um conceito de extrema importância para o custeio variável e para a tomada de decisões gerenciais. Em termos de produto, a margem de contribuição é a diferença entre o preço de venda e a soma dos custos e despesas variáveis, (PEREZ JR., OLIVEIRA e COSTA, 2001, p. 190). Ainda abaixo a definição de margem de segurança segundo Padoveze (2003, p. 278): Representa o lucro variável. É a diferença entre o preço de venda unitário do produto ou serviço e os custos e despesas variáveis por unidade de produto ou serviço. Significa que, em cada unidade vendida, a empresa lucrará determinado valor. Multiplicado pelo total vendido, teremos a margem de contribuição total do produto para a empresa. A margem de contribuição, segundo os autores Perez Jr., Oliveira e Costa (2005) pode ser obtida pela seguinte fórmula: Onde: MC: margem de contribuição; PV: preço de venda; CV: soma dos custos variáveis; DV: soma das despesas variáveis. MC= PV (CV + DV) A margem de contribuição representa quanto que a empresa tem para pagar as despesas fixas e gerar o lucro líquido Ponto de equilíbrio contábil Para a empresa saber quanto ela precisa produzir e vender para não ter prejuízo e alcançar o lucro desejado ela precisa calcular o seu ponto de equilíbrio. O ponto de equilíbrio mostra o nível de atividade ou volume operacional, quando a receita total das vendas se iguala ao somatório dos custos variáveis totais mais os custos e as despesas fixas. Assim, o ponto de equilíbrio evidencia os parâmetros que mostram a capacidade mínima em que a empresa deve operar para não ter prejuízo, mesmo que a custo de um lucro zero, (PADOVEZE 2003, p. 282). O Ponto de equilíbrio na empresa rural para Crepaldi (2011, p. 169) é aquele momento em que a empresa rural atinge um volume de vendas que lhe permite cobrir seus custos operacionais. Sem lucro nem prejuízo.

27 27 Para Berti (2006, p. 147) Ponto de equilíbrio é o momento em que o resultado das operações da empresa é nulo, ou seja, a receita total é igual a soma dos custos e despesas totais. 51): A fórmula do ponto de equilíbrio contábil em unidade é conforme Wernke (2001, p. PEC valor = Custos fixos $ Margem de contribuição unitária O ponto de equilíbrio também possui vantagens e desvantagens as vantagens segundo Wernke (2001) o cálculo do ponto de equilíbrio e sua análise é uma indispensável ferramenta de gestão de curto prazo para as empresas e é útil para o planejamento do volume de vendas. Ainda segundo ele A informação do ponto de equilíbrio da companhia, tanto do total global, como por produto individual, é importante porque identifica o nível mínimo de atividade que a entidade ou cada divisão devem operar (WERNKE, 2001, p. 55). Em relação as limitações da utilização deste método o autor ainda menciona que sua utilização pode ocorrer somente no curto prazo, que não se pode levar em conta este indicador para planejamentos a longo prazo. Assim entende-se que a empresa alcançou o ponto de equilíbrio no momento em que o total das receitas se iguala ao total dos custos e despesas Margem de segurança operacional A margem de segurança é um importante cálculo para o planejamento das receitas para que a empresa não tenha prejuízo e para saber a partir de que ponto ela está gerando lucros para a entidade. seguinte: A margem de segurança pode ser definida como o volume de vendas que excede às vendas calculadas no ponto de equilíbrio. O volume de venda excedente para se analisar a margem de segurança, pode ser tanto das vendas orçadas, como o valor real das vendas, PADOVEZE (2003, p. 290). Ainda segundo o mesmo autor a fórmula para o cálculo da Margem de segurança é a Margem de segurança (MS) = vendas reais/orçadas (-) vendas no PE

28 28 Para calcular a margem de segurança é preciso calcular o ponto de equilíbrio, e com estes dois índices calculados a empresa sabe a partir de que nível de vendas ela tem lucro e pode se programar para não trabalhar com volume abaixo evitando prejuízos.

29 29 3 METODOLOGIA Neste capítulo é apresentada a metodologia do trabalho realizado, abrangendo a sua classificação, o plano de coleta de dados e os instrumentos de coleta de dados. 3.1 Classificação da pesquisa Este estudo foi realizado na área de custos mais especificamente na área de custos da atividade da produção leiteira. Na sequência apresenta-se a classificação da pesquisa conforme a natureza, quanto aos objetivos, quanto à abordagem do problema e quanto aos procedimentos técnicos. a) Conforme a natureza Conforma a natureza, o estudo se classifica como uma pesquisa aplicada, que segundo Gil (1999, p. 43)...tem como característica fundamental o interesse na aplicação, utilização e consequências práticas dos conhecimentos. Para complementar Vergara (1997, p. 45) diz que a pesquisa aplicada é motivada pela necessidade de resolver problemas mais concretos. Assim, este trabalho se classificou desta forma, pois foi elaborado um diagnóstico de custos e uma avaliação dos resultados da produção leiteira e os dados deste estudo serão utilizados pelos proprietários no gerenciamento das atividades. b) Quanto aos objetivos Quanto aos objetivos este trabalho se classifica como uma pesquisa exploratória e descritiva, a pesquisa exploratória é realizada em áreas pouco estudadas, segundo Gil (1999, p. 43) As pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, tendo em vista, a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. E a pesquisa descritiva segundo Vergara (1997, p. 45) A pesquisa descritiva expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno ainda segundo ele este tipo de pesquisa não tem o compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação. Informação complementada por Andrade (2003, p.

30 30 124) relata que nesse tipo de pesquisa, os fatos são observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, sem que o pesquisador interfira neles.. Este trabalho foi assim classificado, pois foi feito uma pesquisa exploratória porque foi desenvolvido um assunto escolhido e foi descritiva pois, foram descritos os fenômenos que compõem a atividade da propriedade. c) Quanto a abordagem do problema Classifica-se também quanto à abordagem do problema como qualitativa, pois conforme Beuren (2004, p. 92) na pesquisa qualitativa concebe-se análises mais profundas em relação ao fenômeno que está sendo estudado. Este estudo se classifica como qualitativa, pois não se utilizou dados estatísticos, mas sim descreveu e analisou um problema. d) Quanto aos procedimentos técnicos Quanto aos procedimentos técnicos o trabalho se classifica como pesquisa bibliográfica, documental, levantamento de dados e estudo de caso. A Pesquisa bibliográfica segundo Vergara (1997, p. 46) é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas. A pesquisa bibliográfica Segundo Marconi e Lakatos (2003) tem o objetivo de colocar o pesquisador em contato com tudo o que já foi escrito sobre o assunto pesquisado bem como auxiliar a conhecer novas áreas. Neste estudo foram consultadas diversas bibliografias, tanto eletrônicas como impressas, o que caracteriza a pesquisa bibliográfica. A pesquisa documental segundo Gil (1999, p. 66) vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa. Neste trabalho foram utilizados dados extraídos de documentações informais dos proprietários, caracterizando a pesquisa documental. O levantamento de dados e á investigação de fatos e informações por meio de entrevistas com as pessoas ligadas diretamente com o assunto em questão no estudo. E o estudo de caso segundo Gil (1999) é o estudo aprofundado de um assunto para o seu melhor entendimento e conhecimento, isto fica caracterizado pelas entrevistas realizadas com os proprietários.

31 Coleta de dados Para a coleta dos dados foram realizadas pesquisas bibliográficas visitas a propriedade para o acompanhamento das atividades bem como entrevistas com os proprietários, também foram analisados os documentos onde os funcionários registram algumas informações a cerca das atividades desenvolvidas Instrumentos de coleta de dados Para a coleta de dados os instrumentos utilizados foram a observação que foi sistemática, não participante, individual e na vida real e a entrevista despadronizada, que serão descritos a seguir: Observação: A observação é um meio de pesquisa, segundo Gil (1999, p. 110) A observação constitui elemento fundamental para a pesquisa. Desde a formulação do problema, passando pela construção de hipóteses, coleta, análise e interpretação dos dados, a observação desempenha papel imprescindível no processo de pesquisa.. Dentre as formas de observação foi utilizada a observação sistemática que ocorre segundo Gil (1999, p. 114) quando...o pesquisador sabe quais os aspectos da comunidade ou grupo que são significativos para alcançar os objetivos pretendidos. Por essa razão, elabora previamente um plano de observação. Ou seja, ocorre um planejamento para o registro das informações. A observação foi feita também de forma individual e não participante pois foi realizado por apenas uma pessoa que não participou dos fatos. A observação ocorreu na vida real que segundo Marconi e Lakatos (2003, p. 195)...as observações são feitas no ambiente real, registrando-se os dados á medida que forem ocorrendo, espontaneamente, sem a devida preparação. Entrevista: A entrevista que foi realizada é do tipo despadronizada ou não estruturada pois não seguiu um roteiro pré estabelecido. A entrevista segundo Gil (1999, p. 117) é uma técnica em que o investigador se apresenta frente ao investigado e lhe formula perguntas, com o objetivo de obtenção de dados que interessem a investigação. E segundo Andrade (2003, p. 146) Consiste em uma conversação informal, que pode ser alimentada por perguntas abertas, proporcionando maior liberdade para o informante.

32 32 Foram realizadas visitas a propriedade para observar as atividades desenvolvidas na produção leiteira bem como, foram feitas entrevistas com o proprietário e seus funcionários para melhor conhecer as suas atividades e melhor descrevê-las neste estudo, assim como o levantamento das informações para a confecção do sistema de custos e análise dos resultados. 3.3 Análise dos resultados O plano de análise dos resultados adotado na elaboração deste trabalho seguiu os tópicos mencionados a seguir: - Consolidações teóricas como base para realização do estudo; - Levantamento do processo de produção; - Coleta e análise dos dados; - Sistematização do sistema de custos; - Análise dos resultados.

33 33 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS Neste capítulo é apresentada a parte prática deste estudo, descrição das atividades rotineiras da propriedade, bem como o levantamento dos custos e a análise dos resultados obtidos após os cálculos. 4.1 Descrição do processo de produção As atividades na propriedade são iniciadas as 5:30h da manhã quando são preparados os equipamentos para a retirada do leite das vacas, os animais são retirados do potreiro e ficam em uma sala de espera de onde saem de dez em dez e entram na sala de ordenha para a retirada do leite. La dentro cinco vacas ficam de um lado e cinco do outro lado, como a propriedade possui cinco conjuntos de ordenha, são ordenhadas cinco vacas de cada vez. Depois disso os animais vão para um galpão onde recebem silagem e a ração preparada com produtos especiais para vacas em lactação. Depois que as vacas entram na sala de ordenha o teto é limpo com panos umedecidos que ficam em uma solução com um detergente especial durante toda a noite. O leite retirado vai direto por canos até o resfriador que tem capacidade de litros onde fica armazenado a uma temperatura de no máximo 3,5C. O caminhão da empresa que adquire o leite vem a cada dois dias quando o volume de leite não é muito grande, mas em épocas que o volume aumenta eles vem buscar o leite todos os dias, sempre que o leite é levado é feito uma limpeza no resfriador que é esfregado com uma escova com detergente. Depois de todas as vacas ordenhadas o proprietário aguarda que todas se alimentem e em seguida as solta para que vão para a pastagem onde ficam em torno de uma a duas horas, dependendo do volume de pasto disponível no período. E enquanto isso a esposa do proprietário providencia a limpeza das ordenhas e da sala de ordenha. A lavagem das ordenhas é feita de forma automática, somente é preciso encher o tanque com água e colocar o ácido e ligar o equipamento, esta água é trocada três vezes para garantir a boa limpeza, na primeira vez se passa água fria e nas duas seguintes, água quente, que chega a temperatura de 70C para garantir a eficiência do detergente utilizado. Esta mesma água é aproveitada na limpeza do piso da sala, economizando um volume considerável de água. Depois de tudo limpo e as vacas em lactação na pastagem, são tratados as demais animais que são vacas secas, ou seja, as vacas que estão a menos de dois meses de dar cria e não produzem leite, que estão em um local separado das demais pois elas recebem junto com

34 34 a ração um suplemento especial que facilita o parto, além da silagem. Também são tratadas separadas as novilhas que recebem além da silagem também uma ração com um suplemento especial para novilhas. Também é tratado um touro que é utilizado para a reprodução dos animais. Depois deles terem se alimentado o proprietário ainda distribui alguns fardos de feno de aveia. Depois que as vacas em lactação são retiradas da pastagem elas ficam o resto do dia no potreiro onde se alimentam de grama e tem água abundante a sua disposição, aguardando a próxima ordenha. 4.2 Custos diretos da produção leiteira Para calcular o custo da produção da propriedade, primeiramente foi necessário levantar o número de animais existentes no período analisado, em seguida é apresentado um quadro com a composição dos animais de junho de 2012 á maio de 2013 que foi o período analisado. Quadro 2: Quantidade de animais. Animais jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 Média Vacas em lactação Vacas secas Novilhas Touro Total Fonte: Dados conforme pesquisa. A propriedade além das vacas destinadas a produção de leite e as novilhas, possui um touro o qual é utilizado para fertilizar as vacas, somente são fertilizadas pelo touro as vacas mais velhas e que não são muito boas produtoras as demais vacas e as novilhas são inseminadas artificialmente utilizando os serviços de um veterinário. No levantamento dos custos com alimentação foram consideradas a silagem, o feno, a quirera, a ração, a pastagem e demais suplementos utilizados na alimentação dos animais da propriedade.

35 35 A silagem é produzida pelos próprios proprietários duas vezes por ano, em dezembro e em maio, a silagem feita em cada etapa dura aproximadamente oito meses e a área plantada é de seis hectares. A silagem é tratada a todos os animais da propriedade e para se calcular o custo da silagem é preciso analisar desde o início do cultivo, onde o primeira passo é a preparação da terra, que são utilizados dessecantes e após é efetuado o plantio da semente de milho acrescentada do adubo, depois de trinta dias plantados são acrescentados fertilizantes como a ureia para que a planta se desenvolva melhor, e ainda são utilizados herbicidas para o controle das ervas daninhas e pragas. Após 4 meses do plantio a planta está pronta para ser cortada. O corte é efetuado com ensiladeira, o processo do corte é terceirizado, e a massa verde que resulta do corte é despejada diretamente em caminhões caçamba os quais levam o milho até o silo que é um buraco feito no chão, onde um trator é utilizado para socar o milho e depois de aproximadamente 36 cargas o silo está cheio e o milho é coberto por uma lona e ainda é colocado uma camada de terra para garantir que o oxigênio não entre em contato com o milho. Depois de aproximadamente 3 semanas a silagem está pronta para ser utilizada no trato dos animais, mas ela pode ficar armazenada por um tempo ainda maior se o proprietário preferir A seguir é apresentado o quadro com a composição do custo com a silagem total e também por animal. Quadro 3: Custo da silagem por hectare e por animal. Silagem por hectare Unidade Hectare R$ Total por há % Semente de Milho SC 1 300,00 300,00 18,19 Standak LT 0,20 265,00 53,00 3,21 Inoculante LT 0,20 200,00 40,00 2,43 Dessecante Glifosato LT 2 17,00 34,00 2,06 Adubo Formula DAP KG 250 1,20 300,00 18,19 Herbicida KG 0,085 65,00 5,53 0,34 Ureia Cloretada KG 100 0,87 87,00 5,28 Combustível Plantio LT 12 2,30 26,45 1,60 Mão de obra plantio HR 1 7,50 7,50 0,45 Mão de obra preparação silagem Unidade 4 50,00 200,00 12,13 Lona MT 7 12,00 84,00 5,09 Aluguel máquina corte de silagem Horas 1 200,00 200,00 12,13 Combustível - trator socador LT 5 2,30 11,50 0,70

36 36 Cargas de silagem Carga 6 50,00 300,00 18,19 Total 1.648, Área Plantada Hectare 6 Custo Total do Plantado 9.893,85 Rendimento médio da silagem (kg) Duração da silagem Mês 8 Custo Total por mês 1.236,73 Total de animais 69 Custo silagem por animal 17,92 Total de vacas produtoras 43 Custo silagem das vacas 770,72 Fonte: Dados conforme pesquisa. Conforme o quadro anterior pode-se perceber que o custo total da silagem plantada é de R$ 9.893,85 isso em seis hectares de terra cultivados, como esta silagem dura em torno de oito meses o custo por mês é de R$ 1.236,73, considerando que a média de animais no período analisado foi de 69 animais, tendo um custo por animal de R$ 17,92, esta quantidade produzida gera um rendimento de mil quilos de massa verde. A composição do custo da silagem está representada no gráfico a seguir. Gráfico 1: Custo da silagem por hectare. Custo da Silagem por hectare Semente de Milho Standak 18,19% 0,70% 12,13% 18,19% 3,21% 2,43% 2,06% Inoculante Dessecante - Clifosato Adubo Formula DAP Herbecida Uréia Cloretada Combustível Plantio 5,09% 18,19% Mão de obra plantio Mão de obra preparação silagem 12,13% 0,45% 5,28% 1,60% 0,34% Lona Aluguel máquina corte de silagem Combustível - trator socador Cargas de silagem Fonte: Dados conforme quadro 2.

37 37 Analisando o gráfico pode-se ter uma visão de onde incidiram os maiores custos no momento da produção da silagem, a maior incidência de custo ficou na semente de milho, o adubo e as cargas de silagem com 18,19% do total gerando um custo de R$ 300,00 cada. Em segundo lugar temos o custo com a mão de obra da preparação da silagem e o aluguel da máquina de corte com uma representatividade de 12,13% com um valor de R$ 200,00 os demais custos representam menos de 6% cada. A pastagem é outro alimento fundamental para a alimentação dos animais, ela é destinada somente para as vacas em lactação, é cultivada tanto no inverno como no verão, para o plantio da pastagem também é necessário o preparo da terra, e após é plantado a semente juntamente com o adubo, depois de um alguns dias é acrescentado a ureia e depois de 45 dias do plantio as vacas já podem pastar. As pastagens de inverno são compostas por aveia e asevem e são plantadas nos meses de março, abril e maio e duram aproximadamente seis meses, na propriedade são plantados 35 hectares. As pastagens de verão compostas por aveia de verão (capim sudão) são plantadas nos meses de setembro, outubro e novembro e duram aproximadamente quatro meses e são plantados 4hectares, a pastagem é plantada uma parte em cada mês para garantir que as vacas tenham capim novo e mais nutritivo por mais tempo. Em seguida é apresentado o quadro três com a composição do custo da pastagem de verão. Quadro 4: Custo da pastagem de verão. Custo da pastagem de verão Unidade Por Hectare R$ Custo Hectare % Dessecante L 2 9,30 18,60 4,07 Aveia de Verão (capim sudão) KG 40 0,70 28,00 6,13 Adubo Fórmula Dap KG 250 1,20 300,00 65,70 Ureia Nitrogênio KG 100 0,87 87,00 19,05 Combustível plantio LT 10 2,30 23,00 5,04 Total por hectare 456, Hectare plantado 4 Total pelo plantio 1.826,40 Tempo de duração da pastagem Mês 5 Total por Mês 365,28 Total de vacas produtoras 43 Custo pastagem por vaca 8,49 Fonte: Dados conforme pesquisa.

38 38 O custo com a pastagem de verão em relação os quatro hectares plantados é de R$ 1.826,40, considerando que a pastagem dura cinco meses o custo por mês fica em R$ 365,28, neste caso o item que tem a maior representatividade no custo da pastagem de verão é o adubo que representa 65,70% em segundo lugar vem a uréia com 19,05% do total. A seguir é apresentado o quadro 4 com a composição do custo da pastagem de inverno. Quadro 5: Custo da pastagem de inverno. Custo da pastagem de inverno Unidade Por Hectare R$ Custo Hectare % Dessecante L 2 9,30 18,60 5,40 Herbicida Nicosulfuron KG 0,06 65,00 3,90 1,13 Aveia e asevem KG 64 0,50 32,00 9,29 Adubo Fórmula Dap KG 150 1,20 180,00 52,25 Ureia KG 100 0,87 87,00 25,25 Combustível plantio LT 10 2,30 23,00 6,68 Total por Hectare 344, Hectare plantado 35 Total por plantio ,50 Tempo de duração da pastagem Mês 7 Total por Mês 1.722,50 Total de vacas produtoras 43 Custo pastagem por vaca 40,06 Fonte: Dados conforme pesquisa. Já na pastagem de inverno onde são plantados 35hectares o custo total é de R$ ,50 e considerando que a pastagem dura sete meses o custo por mês é de R$ 1.722,50. Dentre os custos o de maior representatividade é como na de verão o adubo, com 52,25% do total, em segundo lugar também ficou a ureia com 25,25%. A quirera tratada aos animais é produzida na propriedade, é preparada em separado para as vacas em lactação, vacas secas e novilhas, pois são utilizados suplementos alimentares específicos para os animais em cada ciclo de sua vida. Ela é preparada uma vez por semana e a composição da quirera das vacas em lactação está relacionada no quadro a seguir.

39 39 Quadro 6: Custo da quirera vacas em lactação. Custo da quirera vacas em lactação Unidade Quantidade Preço Total Farelo de trigo 30kg/Sc 4 40,74 162,96 Semente de aveia 25kg/Sc 12 15,00 180,00 Sal mineral 1kg/sc 3 2,41 7,23 Custo por semana 350,19 Semanas Semanas 4 Custo da Quirera ao mês 1.400,76 Vacas 43,00 Custo da quirera por vaca 32,58 Fonte: Dados conforme pesquisa. O custo com a quirera das vacas em lactação ficou em um valor mensal de R$ 1.400,76, mas considerando que a média de animais no período foi de 43 então o custo por animal ficou em R$ 32,58. Os demais produtos são comprados, o feno é adquirido de outros produtores, são adquiridos em torno de fardos de feno por ano a um preço de R$ 4,00 o fardo. A ração é adquirida na cooperativa onde os proprietários são sócios, é adquirida uma carga de ração a granel uma vez por mês, no período analisado somente no mês de março não foi adquirido nenhuma carga, pois houve uma redução de vacas em lactação, assim o proprietário diminui a quantidade tratada aos animais e economizou uma carga. Além da ração as vacas também recebem o feno como uma suplementação da alimentação, mas somente nos meses de novembro, dezembro e janeiro onde o pasto verde está mais escasso. Depois de analisados todos os custos com alimentação eles foram reunidos no quadro a seguir e acrescentando o custo com a depreciação das vacas, formam os custos diretos variáveis. Quadro 7: Custos diretos variáveis. Custos Diretos Variáveis jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 Silagem 663,17 752,79 896,18 896,18 842,41 842,41 Pastagem 1.482, , , ,91 314,31 356,79 Ração 5.978, , , , , ,57 Quirera 1.205, , , , , ,06

40 40 Feno ,56 Depreciação Vacas 1.406, , , , , ,25 Total Custos Diretos , , , , , ,63 Produção mensal/litros CD por Litro 0,44 0,43 0,31 0,32 0,31 0,36 Custos Diretos Variáveis dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 Silagem 806,56 752,79 734,87 699,02 681,10 734,87 Pastagem 424,74 424,74 399,26 399, , ,50 Ração 6.335, , ,00 456, , ,36 Quirera 1.465, , , , , ,61 Feno 725,32 676, Depreciação Vacas 1.406, , , , , ,25 Total Custos Diretos , , , , , ,59 Produção mensal/litros CD por Litro 0,41 0,42 0,51 0,22 0,47 0,42 Fonte: Dados conforme pesquisa. Como custos diretos variáveis entende-se os custos que são diretamente ligados a produção, neste caso foi considerado a alimentação dos animais produtores e sua depreciação, o cálculo da depreciação está disponível no quadro 11. Somando todos os custos diretos chegou-se ao custo direto variável total de cada mês e dividindo pela quantidade de leite produzida no período, que está disponível no quadro 16, apurou-se o custo direto por litro de leite nos meses em estudo. Analisando o quadro pode-se perceber que o alimento de maior custo é a ração, somando no final do período analisado um custo total de R$ ,09. Os custos de menor representatividade foram a pastagem de verão que é colocada a disposição dos animais nos meses de outubro a março, e o feno que é tratado somente nos meses de novembro, dezembro e janeiro. O mês com o maior custo direto foi julho com um total de R$ ,54, seguido por setembro com R$ ,90. O mês com o menor custo foi março com apenas R$ 4.231,79 no total. Todos estes custos estão representados no gráfico a seguir.

41 41 Gráfico 2: Custos diretos variáveis por litro. Custos Diretos variáveis por Litro 0,60 0,50 0,40 0,30 0,44 0,43 0,31 0,32 0,31 0,36 0,41 0,42 0,51 0,22 0,47 0,42 0,20 0,10 - Fonte: Dados conforme quadro 6. Analisando o gráfico pode-se perceber que há uma razoável oscilação na composição do custo direto de um mês para o outro, isso ocorre principalmente porque a quantidade de leite produzida varia bastante. O mês com o menor custo direto variável foi o de março com R$ 0,22 por litro, mesmo neste mês em que se teve a menor produção de leite com litros, isto ocorreu devido a quantidade de vacas em lactação também ter sido menor, mas este mês foi uma exceção pois não foi adquirido uma carga de ração, o que fez o custo ficar menor. Já o custo maior foi no mês de fevereiro pois com a baixa produção de o custo do litro ficou alto chegando á R$ 0,51 por litro, e no mês de agosto, em que se teve a maior produção de leite com litros o custo ficou em R$ 0,31. Nos demais meses o custo variou de R$ 0,31 até R$ 0, Custos indiretos da produção leiteira Como custos indiretos entende-se todos os custos que não estão diretamente ligados a produção leiteira, eles podem ser fixos ou variáveis. Os custos indiretos fixos não variam conforme a produção de leite, tais como, a depreciação dos animais produtores, o pró-labore e neste caso também a água, pois é pago uma taxa por mês independente do consumo. Os custos variáveis são aqueles que variam conforme a oscilação da produção.

42 Custos indiretos variáveis Os custos indiretos variáveis incidentes na produção leiteira do período estão representados a seguir. Quadro 8: Custos indiretos variáveis por litro. Custos Indiretos Variáveis / litro jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 Manutenção ordenhadeiras 13,00 496,40 11,00 10,00 Energia Elétrica 340,00 380,00 400,00 345,00 347,00 355,00 Higiene e Limpeza da ordenhadeira e resfriador 279,46 349,14 461,69 460,45 364,20 328,47 Inseminação 115,00 373,00 89,00 91,00 209,00 264,00 Veterinária 591, ,07 384,49 549,23 590,45 628,05 Quirera novilhas 672,16 672,16 709,50 709,50 709,50 709,50 Quirera vacas secas 231,43 102,86 51,43 51,43 128,57 128,57 Feno novilhas 365,00 365,00 385,28 385,28 385,28 385,28 Feno vacas secas 312,86 139,05 69,52 69,52 173,81 173,81 Silagem novilhas 322,63 322,63 340,55 340,55 340,55 340,55 Silagem vacas secas 161,31 71,69 35,85 35,85 89,62 89,62 Total: 3.404, , , , , ,85 Produção por mês/ litro Custos Indiretos Variáveis / litro 0,14 0,15 0,07 0,08 0,11 0,12 Custos Indiretos Variáveis / litro dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 Manutenção ordenhadeiras 10,00 450,00 10,50 10,00 Energia Elétrica 350,00 342,00 335,00 330,00 340,00 345,00 Higiene e Limpeza da ordenhadeira e resfriador 313,09 270,64 229,59 218,67 238,48 267,11 Inseminação 63,00 275,00-134,00 95,00 441,00 Veterinária 451,72 453,53 534,24 913,92 754,07 892,98 Quirera novilhas 672,16 672,16 672,16 672,16 672,16 672,16 Quirera vacas secas 205,71 282,86 257,14 257,14 231,43 154,29 Feno novilhas 365,00 365,00 365,00 365,00 365,00 365,00 Feno vacas secas 278,10 382,38 347,62 347,62 312,86 208,57 Silagem novilhas 322,63 322,63 322,63 322,63 322,63 322,63 Silagem vacas secas 143,39 197,16 179,24 179,24 161,31 107,54 Total: 3.174, , , , , ,27 Produção por mês/ litro , , , , , ,00 Custos Indiretos Variáveis / litro 0,12 0,17 0,16 0,20 0,17 0,16 Fonte: Dados conforme pesquisa.

43 43 Os custos indiretos variáveis correspondem a manutenção da ordenhadeira, onde a cada seis meses são trocados todas as borrachas dos conjuntos de ordenha, isso ocorreu nos meses de julho de 2012 e janeiro de 2013 no valor de R$ 496,50 e R$ 450,00 respectivamente. E a cada dois meses é adquirido um tubo de lubrificante para o motor da ordenhadeira. Também são adquiridos produtos para a limpeza das ordenhas, processo esse que é feito sempre após a ordenha, e o resfriador também é limpo sempre após a empresa compradora do leite, buscar o leite produzido. A inseminação que é um processo de fertilização artificial da vaca, ocorre conforme cada vaca entra em cio, neste caso, foram consideradas o custo de deslocamento do veterinário que cobra R$ 30,00 por deslocamento e o valor do sêmen valor este que varia conforme a escolha da raça a ser feita. Como na propriedade muitas vacas não são bas reprodutoras e nestas a fertilização é feita pelo touro, o custo com a inseminação não foi tão alto se comparado com o volume de animais da propriedade. E ainda nos casos onde acontece o retorno mais de uma vez, ou seja, depois de feito o sêmen a vaca volta a entrar no cio indicando que ela não pegou cria, a vaca é colocada no touro, somente nos casos de ser uma vaca considerada ótima é chamado o veterinário para fazer um diagnóstico e dependendo do resultado, um tratamento. Nos custos com a loja veterinária foram considerados todos os custos com medicação das vacas e os deslocamentos dos veterinários para atender os animais enfermos. Este valor pode sofrer grandes variações, pois não se pode prever quando um animal vai ficar doente, por isso no mês de julho de 2012 se teve um custo alto chegando a R$1.332,07, pois neste mês várias vacas ficaram doentes. Na análise dos custos indiretos variáveis, o mês com o maior custo foi julho com R$ 4.603,99, seguido pelo mês de janeiro com R$ 4.013,35, esses meses foram os de maior custo pois foi nestes meses que ocorreu a manutenção das ordenhadeiras e julho ainda foi o mês com o maior custo com a loja veterinária. Já o mês com o menor custo foi agosto. O custo da alimentação das novilhas e vacas secas varia de acordo com a quantidade de animais. Como a quantidade de novilhas não variou muito no período, o custo com a alimentação também não se alterou muito. Foi considerado como custo da alimentação das vacas secas e novilhas a quirera que é preparada com aveia, farelo de trigo, sal mineral e a ração especial para cada uma no caso das novilhas é e a ração 16 que é especial para a fase da sua vida onde precisam se desenvolver, e para as vacas secas é utilizado a ração pré-parto, pois esta auxilia no parto da vaca.

44 44 secas e novilhas. A seguir é apresentado o quadro com a composição do custo da quirera das vacas Quadro 9: Custo da quirera vacas secas. Custo da quirera vacas secas Unidade Quantidade Preço Total Semente de aveia 40kg/Sc 3 15,00 45,00 Ração pré parto 25kg/sc 3 29,84 89,52 Sal mineral 4,2 2,41 10,12 Custo por semana 45,00 Semanas Semanas 4 Custo de Quirera ao mês 180,00 Vacas 7 Custo da quirera por vaca 25,71 Fonte: Dados conforme pesquisa. Quadro 10: Custo da quirera novilhas. Custo da quirera novilhas Unidade Quantidade Preço Total Farelo de trigo 30kg/Sc 1 40,74 40,74 Semente de aveia 40kg/Sc 6 15,00 90,00 Ração novilhas 16 25kg/sc 1 22,84 22,84 Sal mineral 6 2,41 14,46 Custo por semana 168,04 Semanas Semanas 4 Custo de Quirera ao mês 672,16 Novilhas 18 Custo da quirera por novilha 37,34 Fonte: Dados conforme pesquisa. As novilhas tem o maior custo por mês com um valor de R$ 672,16 considerando a média de animais de 18, o custo por novilha ficou em R$ 37,24. Já as vacas em lactação te um custo de R$ 180,00 por mês, e considerando a média de 7 vacas no período o custo por vaca ficou em R$ 25,71, esta diferença se deve especialmente pelas vacas secas não receberem o farelo de trigo em sua alimentação. O feno é outro alimento utilizado, ele e feito com a planta da aveia, que é cortada e depois de seca é agrupada em fardos, este alimento é um complemento na alimentação dos animais, principalmente em períodos onde o pasto verde é mais escasso, este feno é adquirido

45 45 de terceiros. No caso das novilhas e vacas secas que não são colocadas para pastar nas pastagens, ele é tratado todos os dias do ano. A silagem também é tratada para as vacas secas e novilhas, neste caso elas são tratadas duas vezes ao dia, de manhã e de noite. Somando todos os custos, chegou-se ao custo total variável, e este quando dividido pela quantidade de litros produzida no mês, chegou-se ao valor do custo variável por litro, os quais estão representados no gráfico a seguir. Gráfico 3: Custos indiretos variáveis por litro. Custos Indiretos Variáveis por litro 0,20 0,18 0,16 0,14 0,12 0,10 0,08 0,06 0,04 0,02 0,00 0,14 0,15 0,07 0,08 0,11 0,12 0,12 0,17 0,16 0,20 0,17 0,16 Fonte: Dados conforme quadro 7. Analisando o gráfico, pode-se perceber que o mês que teve o maior custo variável foi março com R$ 0,20 por litro, isso ocorreu pois foi este o mês com a menor produção de litros de leite e o custo com inseminação foi o segundo mais alto do período analisado. O mês com o menor custo foi agosto com R$ 0,07, pois foi neste mês que se teve a maior produção de leite, confirmando que dependendo da quantidade produzida é que varia o custo indireto variável Custos fixos No cálculo dos custos fixos, foi considerada a depreciação que está representada no quadro a seguir. Para seu cálculo foram considerados todos os equipamentos e instalações

46 46 utilizados na produção leiteria bem como os animais da propriedade. A depreciação das vacas foi considerado como um custo direto, as demais como um custo indireto fixo. Para a realização deste cálculo foi considerado o valor dos bens, descontando seu valor residual e dividindo pelo número de meses a ser depreciado que seria sua vida útil, conforme consta no quadro a seguir. Quadro 11: Custos com depreciação. Máquinas e equipamentos Custo Valor Residual Valor a ser depreciado Número de meses Depreciação mensal Trator MF , , , ,00 Ensiladeira 9.000,00 900, , ,50 Desensiladeira 7.000,00 700, , ,50 Ordenhadeira , , , ,33 Resfriador à granel 2000L ,00 650, , ,92 2 Carretas 4.000,00 400, , ,00 Semeadeira , , , ,75 Gerador trifásico 3.100,00 155, , ,54 Instalações Galpão alimentação vacas , , , ,00 Sala de Ordenha , , , ,83 Abrigo das novilhas 5.000,00 250, , ,83 Total depreciação Estrutura , ,21 Animais Vacas , , , ,25 Novilhas , , , ,75 Touro 1.500,00 150, , ,25 Total depreciação Animais , ,25 Fonte: Dados conforme pesquisa. O total da depreciação das máquinas, equipamentos e instalações foi de R$1.365,21 por mês e o total das depreciações dos animais foi de R$ 1.806,25. Além dos custos com a depreciação, nos custos fixos também foi considerado o prólabore e a água conforme tabela a seguir.

47 47 Quadro 12: Custos indiretos fixos. Custos Fixos por litro de leite jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 Depreciação da Estrutura 1.365, , , , , ,21 Depreciação animais não produtores 400,00 400,00 400,00 400,00 400,00 400,00 Pró-labore 3.000, , , , , ,00 Água 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 Total Custos Fixos 4.765, , , , , ,21 Produção por mês/ litro Custos Fixos por litro de leite 0,20 0,16 0,12 0,12 0,15 0,17 Custos Fixos por litro de leite dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 Depreciação da Estrutura 1.365, , , , , ,21 Depreciação animais não produtores 400,00 400,00 400,00 400,00 400,00 400,00 Pró-labore 3.000, , , , , ,00 Água 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 Total Custos Fixos 4.765, , , , , ,21 Produção por mês/ litro Custos Fixos por litro de leite 0,18 0,20 0,24 0,25 0,23 0,21 Fonte: Dados conforme pesquisa. Analisando o quadro anterior percebe-se que o maior custo indireto foi no mês de março com R$ 0,25 por litro, isso ocorreu porque neste mês se teve a menor produção de leite. Os meses com o menor custo foram agosto e setembro com R$ 0,12. Constatou-se que o custo fixo total é igual em todos os meses, o que faz com que o custo por litro seja diferente é em função da quantidade de leite produzida. 4.4 Custo total da produção leiteira Para efetuar o cálculo do custo total da produção leiteira, foram utilizados dois métodos de custeio, o método de custeio por absorção e o variável Custeio por absorção No método de custeio por absorção foram considerados todos os custos sejam elas fixos ou variáveis conforme o quadro a seguir.

48 48 Quadro 13: Custo total pelo método de custeio por absorção. Custos jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 Custos Diretos , , , , , ,63 Custos Indiretos Variáveis 3.404, , , , , ,85 Total dos Custos Variáveis , , , , , ,49 Custos Indiretos Fixos 4.765, , , , , ,21 Custo Total , , , , , ,69 Produção de Leite Custo Total por Litro Leite 0,78 0,74 0,50 0,52 0,57 0,65 Custos dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 Custos Diretos , , , , , ,59 Custos Indiretos Variáveis 3.174, , , , , ,27 Total dos Custos Variáveis , , , , , ,86 Custos Indiretos Fixos 4.765, , , , , ,21 Custo Total , , , , , ,07 Produção de Leite Custo Total por Litro Leite 0,70 0,79 0,92 0,67 0,87 0,79 Fonte: Dados conforme pesquisa. Conforme o quadro anterior é possível visualizar a oscilação do custo total por litro de leite, neste método, o mês com o maior custo foi fevereiro com um custo de R$ 0,92 por litro de leite produzido em seguida foi abril com R$ 0,87, isso ocorreu porque nestes meses se teve uma baixa produção leiteira, o mês que teve o menor custo foi agosto com R$ 0, Custeio variável Na análise do custo total pelo método de custeio variável não são considerados os custos fixos, somente são considerados os custos variáveis, sendo que o valor total por litro está representado no quadro a seguir.

49 49 Quadro 14: Custo total pelo método de custeio variável. Custos jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 Custos Diretos , , , , , ,63 Custos Indiretos Variáveis 3.404, , , , , ,85 Total dos Custos Variáveis , , , , , ,49 Custos Indiretos Fixos Custo Total , , , , , ,49 Produção de Leite Custo Total por Litro Leite 0,58 0,59 0,38 0,40 0,42 0,48 Custos dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 Custos Diretos , , , , , ,59 Custos Indiretos Variáveis 3.174, , , , , ,27 Total dos Custos Variáveis , , , , , ,86 Custos Indiretos Fixos Custo Total , , , , , ,86 Produção de Leite Custo Total por Litro Leite 0,53 0,59 0,68 0,42 0,64 0,58 Fonte: Dados conforme pesquisa. Conforme os dados do quadro anterior pode-se verificar que o mês que teve o maior custo por litro foi fevereiro com R$ 0,68 por litro, seguido por abril com R$ 0,64 por litro que foram também, uns dos meses com a menor produção, o mês com o menor custo foi agosto com R$ 0,38 por litro, pois este foi o mês com a maior produção de leite, assim se percebe que quanto maior for a produção menor o custo por litro leite produzido. 4.5 Análise do custo, volume e resultado. Na análise do custo volume e resultado foram analisados o preço pago pelo litro de leite, o volume da produção leiteira por mês, a margem de contribuição, o ponto de equilíbrio em valores e em quantidade, e a margem de segurança operacional.

50 Preço de venda e receitas O leite vendido pelos proprietários é entregue há uma cooperativa, são os próprios caminhões tanque da cooperativa que buscam o leite na propriedade. O preço do leite é estipulado pelo comprador e não pelo vendedor, não existe contrato entre eles assim se o produtor não concordar com o preço oferecido naquele mês pode mudar de comprador, bastando um telefonema para as partes se acertarem. A seguir é apresentado um quadro com a composição do preço do leite pago pela cooperativa. Quadro 15: Composição do preço pago pelo litro de leite. Mês jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 Preço base Volume Gordura 0,525 0,514 0,609 0,615 0,623 0,661 0,120 0,130 0,140 0,140 0,130 0,130 0,010 0,020 0,020 0,015 Proteína 0,009 0,009 0,009 Complemento de mercado 0,221 0,197 0,052 0,056 0,067 0,064 Total por litro/valor bruto 0,865 0,85 0,82 0,84 0,84 0,87 FUNRURAL 2,3% FUNDESA 0,05% 0,0199 0,0196 0,0189 0,0193 0,0193 0,0200 0,0400 0,0004 0,0004 0,0004 0,0004 0,0004 Valo Líquido 0,81 0,83 0,80 0,82 0,82 0,85 Mês dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 Preço base Volume Gordura 0,677 0,686 0,690 0,692 0,720 0,742 0,130 0,114 0,110 0,110 0,120 0,080 0,003 0,010 0,015 0,020 0,025 0,026 Proteína 0,006 Complemento de mercado 0,059 0,060 0,039 0,048 0,025 0,057 Total por litro/valor bruto 0,875 0,87 0,854 0,87 0,89 0,91 FUNRURAL 2,3% FUNDESA 0,05% Valo Líquido 0,02 0,0200 0,0196 0,0200 0,0205 0, ,85 0,85 0,83 0,85 0,87 0,88 Fonte: Dados conforme pesquisa.

51 51 Além do preço base pago pelo litro de leite, os produtores recebem um complemento no preço, esse complemento depende do volume de vendas, da quantidade de gordura e proteína contida no leite. Mas também tem um desconto referente ao Funrural e ao Fundesa, o Funrural (Contribuição Social Rural) é uma contribuição social destinada à seguridade (INSS), o Fundesa é um fundo criado pelas cadeias de produção da avicultura, suinocultura, pecuária de corte, pecuária de leite, com o intuito de desenvolver programas para auxiliar estas cadeias no estado do Rio Grande do Sul, o percentual do Funrural descontado é de 2,3% do valor bruto e o Fundesa é de aproximadamente 0,05%. No período analisado, o mês onde foi recebido o maior valor pelo litro de leite foi o mês de maio com R$ 0,88, seguido por abril com R$ 0,87. O mês com o menor preço pago foi agosto com R$ 0,80, e este foi o mês com o maior volume de produção o que mostra mais uma vez a importância dos controles de custos, pois as empresas adquirentes do leite não possuem um critério de pagamento assim, nem sempre quando tiver o maior volume de leite vai receber o maior valor por litro, dependendo também da demanda do período e da quantidade de leite disponível no mercado. A seguir é apresentado um quadro com o valor líquido recebido pela venda do leite, bem como, o valor dos descontos e a quantidade vendida. Quadro 16: Receita líquida recebida. Mês jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 Produção mensal litros Preço de venda/ litro 0,865 0,850 0,82 0,84 0,84 0,87 Total: , , , , , ,77 FUNRURAL 2,3% 481,92 591,62 754,74 771,06 609,89 569,70 FUNDESA 0,05% 9,69 12,10 16,01 15,96 12,63 11,39 TOTAL LÍQUIDO: , , , , , ,68 Mês dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 Produção mensal litros , , , ,00 Preço de venda/ litro 0,88 0,87 0,85 0,87 0,89 0,91 Total: , , , , , ,56 FUNRURAL 2,3% 546,15 469,39 390,88 379,27 423,14 481,91 FUNDESA 0,05% 10,86 10,09 8,56 8,15 8,89 9,96 TOTAL LÍQUIDO: , , , , , ,69 Fonte: Dados conforme pesquisa.

52 52 Conforme o quadro 15, o mês que teve o melhor resultado foi o mês de setembro com um total de R$ ,38 líquido recebido, seguido por agosto com R$ ,01, mas isto não quer dizer que o mês com o maior valor recebido também é o de maior produção, pois o preço do leite varia de um mês para o outro, a maior quantidade produzida não foi em setembro com o maior valor recebido, mas em agosto. O mês com o menor valor recebido foi março com R$ ,56 e este foi o mês com a menor produção e a média recebida nos doze meses analisados foi de R$ 0,86 por litro produzido Margem de contribuição A margem de contribuição é um importante indicador, e representa o valor que a propriedade tem para pagar os custos fixos e ainda gerar o resultado. A seguir apresenta-se o quadro com a demonstração do resultado do valor unitário, contemplando a margem de contribuição unitária e o resultado de cada mês. Quadro 17: Demonstração do resultado pelo valor unitário. Descrição jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 Receitas 0,865 0,85 0,82 0,84 0,84 0,87 Custo Variável 0,58 0,59 0,38 0,40 0,42 0,48 Despesa Variável - FUNRURAL 0,0199 0,0196 0,0189 0,0193 0,0193 0,0200 Despesa Variável - FUNDESA 0,0400 0,0004 0,0004 0,0004 0,0004 0,0004 Margem de Contribuição Unitária 0,22 0,24 0,42 0,42 0,40 0,37 Custo Fixo 0,20 0,16 0,12 0,12 0,15 0,17 Resultado 0,02 0,09 0,30 0,30 0,25 0,20 Litros ao Mês Resultado Final 597, , , , , ,98 Descrição dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 Receitas 0,875 0,87 0,854 0,87 0,89 0,905 Custo Variável 0,53 0,59 0,68 0,42 0,64 0,58 Despesa Variável - FUNRURAL 0,0201 0,0200 0,0196 0,0200 0,0205 0,0208 Despesa Variável - FUNDESA 0,0004 0,0004 0,0004 0,0004 0,0004 0,0004 Margem de Contribuição Unitária 0,33 0,26 0,16 0,43 0,23 0,30 Custo Fixo 0,18 0,20 0,24 0,25 0,23 0,21 Resultado 0,15 0,06 (0,08) 0,18 (0,003) 0,09 Litros ao Mês Resultado Final 4.084, ,25 (1.623,14) 3.365,19 (71,20) 2.155,62 Fonte: Dados conforme pesquisa.

53 53 A margem de contribuição foi bem variada nos doze meses estudados, mas o resultado foi muito bom na maioria dos meses, a margem de contribuição unitária só foi baixa nos meses de fevereiro e abril com os valores de R$ 0,16 e R$ 0,23 respectivamente. Nestes meses com como a margem de contribuição baixa o resultado também foi negativo unitário de R$ 0,08 e R$ 0,003 por litro, mas isto não significa que a propriedade não vai conseguir pagar seus custos, pois a depreciação que compõem os custos fixos não é desembolsável e o seu valor já foi maior que o valor negativo dos meses analisados. A seguir é apresentado um gráfico com a demonstração da margem de contribuição unitária. Gráfico 4: Margem de contribuição unitária. Margem de Contribuição Unitária 0,45 0,40 0,35 0,30 0,25 0,20 0,15 0,10 0,05-0,22 0,24 0,42 0,42 0,40 0,37 0,33 0,26 0,16 0,43 0,23 0,30 Fonte: Dados conforme quadro 17. Conforme o gráfico se percebe que o mês com a maior margem de contribuição foi março com R$ 0,43 por litro, seguido por agosto e setembro com R$ 0,42 em cada mês. Da mesma forma, foi analisada a demonstração do resultado e a margem de contribuição total que está representada em seguida.

54 54 Quadro 18: Demonstração do resultado pelo valor total Descrição jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 Receitas , , , , , ,77 Custo Variável , , , , , ,49 Despesa Variável - FUNRURAL 481,92 591,62 754,74 771,06 609,89 569,70 Despesa Variável - FUNDESA 968,92 12,10 16,01 15,96 12,63 11,39 Margem de Contribuição Total 5.362, , , , , ,19 Custo Fixo 4.765, , , , , ,21 Resultado Final 597, , , , , ,98 Resultado comercialização de animais 600,00 500,00 500,00 300,00-200,00 Resultado final da propriedade 1.197, , , , , ,98 Resultado em % 5,72% 12,20% 37,96% 36,91% 29,90% 23,72% Descrição dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 Receitas , , , , , ,56 Custo Variável , , , , , ,86 Despesa Variável - FUNRURAL 546,15 469,39 390,88 379,27 423,14 481,91 Despesa Variável - FUNDESA 10,86 10,09 8,56 8,15 8,89 9,96 Margem de Contribuição Total 8.849, , , , , ,83 Custo Fixo 4.765, , , , , ,21 Resultado Final 4.084, ,25 (1.623,14) 3.365,19 (71,20) 2.155,62 Resultado comercialização de animais 200,00 300,00-800,00 300,00 400,00 Resultado final da propriedade 4.284, ,25 (1.623,14) 4.165,19 228, ,62 Resultado em % 18,04% 8,20% -9,55% 25,26% 1,24% 12,20% Fonte: Dados conforme pesquisa. No demonstrativo do valor total ainda foram consideradas as receitas com vendas de animais, pois os bezerros nascidos machos, e as fêmeas que não são da raça holandesa são vendidos a um preço de R$ 100,00 cada o que deve ser somado no resultado da propriedade, as fêmeas da raça Holandesa são criadas para se tornarem vacas produtoras. Com este acréscimo de receita o mês que pela demonstração do resultado unitário havia dado um resultado negativo de R$ 71,20 agora está positivo em R$ 228,80 pois neste mês foram vendidos três bezerros. A seguir é apresentado um gráfico com a margem de contribuição total.

55 55 Gráfico 5: Margem de contribuição total. Margem de Contribuição Total , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,83 Fonte: Dados conforme quadro 18. Analisando o gráfico, é possível perceber a oscilação da margem de um mês para o outro que vai de R$ 3.142,06 em fevereiro até ,67 em setembro. Com a soma da receita com a venda de bezerros, os meses com o melhor resultado total foram agosto e setembro com um resultado de R$ ,79 e R$ ,47 respetivamente, o mês de fevereiro continuou com o mesmo resultado negativo de R$ 1.623,14, pois não houve venda de bezerros no período. Pode ocorrer grandes variações de um mês para o outro na produção leiteira, até certo ponto é normal, pois o resultado depende muito das condições climáticas de cada período e da quantidade e da qualidade dos alimentos disponíveis Ponto de equilíbrio O ponto de equilíbrio é o número mínimo de litros de leite que devem ser vendidos para cobrir todos os custos e despesas fixas, gerando um resultado nulo quer dizer que a empresa conseguiu cobrir todos os seus custos e despesas fixas. A seguir está demonstrado o quadro 18 com o cálculo do ponto de equilíbrio em litros e em reais.

56 56 Quadro19: Ponto de equilíbrio. Ponto de equilíbrio jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 Custo fixo total 4.765, , , , , ,21 Margem contribuição unitária 0,22 0,24 0,42 0,42 0,40 0,37 Ponto equilíbrio em litros Ponto equilíbrio em R$ , , , , , ,57 Ponto de equilíbrio dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 Custo fixo total 4.765, , , , , ,21 Margem contribuição unitária 0,33 0,26 0,16 0,43 0,23 0,30 Ponto equilíbrio em litros Ponto equilíbrio em R$ , , , , , ,49 Fonte: Dados conforme pesquisa. Analisando o quadro anterior, verifica-se que o mesmo demonstra a quantidade de litros que a propriedade precisaria produzir para atingir seu ponto de equilíbrio. Percebe-se que o mês que exige a maior produção, é o de fevereiro com litros e um valor de R$ ,76 seguido por abril com litros e R$ ,26. Isso ocorreu porque nestes meses se teve uma baixa contribuição unitária que resultou de um alto custo fixo e variável. O mês onde se poderia produzir o menor volume e ainda conseguir pagar todas as contas é março com litros necessitando apenas de R$ 9.664, Margem de segurança operacional A margem de segurança operacional é a diferença da quantidade vendida e da quantidade no ponto de equilíbrio. Ou seja, quanto maior a diferença positiva, maior será a margem de segurança. O resultado da margem de segurança está demonstrada no quadro a seguir.

57 57 Quadro 20: Margem de segurança operacional. Margem de segurança Operacional jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 Quantidade vendida Quantidade no PE MSO MSO % 11% 36% 72% 72% 62% 54% Margem de segurança Operacional dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 Quantidade vendida Quantidade no PE MSO (10.280) (314) MSO % 46% 22% -52% 41% -2% 31% Fonte: Dados conforma pesquisa. Conforme o quadro pode-se perceber que a margem de segurança foi muito boa, especialmente nos meses de agosto e setembro com 72% mas ficou negativa nos meses de fevereiro com (-52%) e em abril com (-2%). Mas na média dos meses gerou uma margem positiva de 30% o que é um bom resultado médio. No gráfico seguinte consta a variação mensal, visualmente está melhor representada, facilitando o entendimento. Gráfico 6: Margem de segurança operacional. Margem de segurança operacional Quantidade vendida Quantidade no PE Fonte: Dados conforme quadro 19.

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