Estudo de Viabilidade de Transporte Aquaviário no Canal de Marapendi
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- Ana Beatriz Marina Estrela Alcântara
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1 Estudo de Viabilidade de Transporte Aquaviário no Canal de Marapendi CIV1730 Estágio de Campo Professor José Araruna - Rodrigo Gaudie-Ley - Phillipe Senez - Victor Costa - Denise Torres - Ana Luiza Moreira - Matheus Sartori - Vivian Oliver - Ana Carolina Lara - Bruno Negreiros - Felipe Portela
2 Conteúdo 1. Introdução e Objetivos Localização e Caracterização da Área do Estudo Serviços Executados Serviços de Campo Serviços de Escritório Resultados Conclusão e Recomendações Referências Julho - 13
3 1. Introdução e Objetivos O estudo em questão foi desenvolvido no Canal de Marapendi, situado no bairro da Barra da Tijuca, na região metropolitana da cidade do Rio de Janeiro. Os estudos de campo foram realizados no dia 29 de Junho de 2013, abrangendo o trecho do canal entre o nº 500 da Avenida das Américas e a entrada da Lagoa de Marapendi. A cidade do Rio de Janeiro passa atualmente por grandes transformações, grande parte é oriunda dos investimentos em infraestrutura para a copa do mundo de 2014 e as olimpíadas em 2016 e todo o aquecimento imobiliário ocasionado por esses eventos. Um dos investimentos mais importantes na região da cidade onde o estudo foi realizado é empregado no sistema de transportes, que já mostra sinais de sobrecarga e tem sua expectativa de melhora focada na linha 4 do metrô e o BRT. Como forma de auxilio a integração aos dois novos sistemas de transporte da região, o estudo propõe o transporte aquaviário, usando o Canal de Marapendi e o sistema lagunar da Barra da Tijuca como uma via alternativa de ligação entre o Terminal Alvorada, responsável pela integração entre BRT e ônibus comuns e a estação do Jardim Oceânico, da linha 4 do metrô. Para o estudo de viabilidade do modelo de transporte no sistema lagunar da Barra da Tijuca foi empregada a batimetria, ferramenta que visa identificar se as profundidades no Canal de Marapendi, principal gargalo para o sistema, comportam o trafego de embarcações, orientando intervenções em trechos onde a navegação apresenta barreiras.. 3 Julho - 13
4 Estudo de Viabilidade de Transporte Aquaviário no Canal de Marapendi Estágio de Campo Localização e Caracterização da Área do Estudo O estudo em questão foi desenvolvido no Canal de Marapendi, situado no bairro da Barra da Tijuca, na região metropolitana da cidade do Rio de Janeiro. Os estudos de campo foram realizados no dia 29 de Junho de 2013, abrangendo o trecho do canal entre o nº 500 da Avenida das Américas e a entrada da Lagoa de Marapendi. O Canal de Marapendi apresenta uma extensão de aproximadamente 4 quilômetros e uma largura média de 40 metros. A Figura 1 abaixo apresenta o mapa de localização da área de estudo. 4 Julho - 13
5 A Figura 2 mostra em destaque o trecho do estudo no Canal de Marapendi. A região em que a área de estudo está inserida é caracterizada por ocupação mista, com uma maior presença de empreendimentos residenciais de alta densidade. Mais especificamente nas margens do Canal de Marapendi, há grande presença de condomínios de casas e prédios, que devido à deficiência no sistema de esgotamento sanitário e fiscalização, são os grandes agentes de degradação uma vez que são responsáveis pelo lançamento de esgoto, que além de contaminar a água, contribuem para o assoreamento do canal. Por outro lado, a norte do Canal de Marapendi e as margens da Lagoa da Tijuca há presença de comunidades carentes, com grandes densidades de moradias desprovidas totalmente de sistema de esgotamento sanitário e coleta de lixo, que assim como as moradias do entorno do canal, prejudicam ainda mais o sistema lagunar. Assim como em todo o sistema lagunar, o Canal e a Lagoa de Marapendi são usados para diversos fins, dentre eles os mais comuns são esportes aquáticos e transportes locais. Muitos desses condomínios já possuem um sistema de transporte aquaviário com a utilização de balsas para atravessar os moradores à outra margem onde é possível acessar a praia e alguns serviços como supermercado e restaurantes. Porém, nenhum desses sistemas realiza grandes trajetos como o proposto neste estudo. Ainda, como forma de subexistência das comunidades de pescadores locais, o sistema lagunar é utilizado para pesca e criação de peixes e mariscos. 5 Julho - 13
6 Estudo de Viabilidade de Transporte Aquaviário no Canal de Marapendi Estágio de Campo v Figura 3: Canal de Marapendi com a pedra da Gávea ao fundo. É possível observar a mata ciliar aparentemente preservada. v Figura 4: Canal de Marapendi sentido Lagoa de Marapendi e Ponte Lúcio Costa. É possível observar os condomínios do entorno e a mata ciliar aparentemente preservada. v Figura 5: Embarcação utilizada para pequenos deslocamentos entre os condomínios e comércio e lazer da área. 6 Julho - 13
7 Estudo de Viabilidade de Transporte Aquaviário no Canal de Marapendi Estágio de Campo v Figura 6: Esgoto aparentemente em natura sendo lançado no Canal de Marapendi. v Figura 7: Lixo depositado nas margens do Canal de Marapendi. v Figura 8: Exemplo da fauna encontrada no local. Além de mamíferos como a capivara, é possível encontrar uma variedade de espécies aves e répteis no Canal de Marapendi. 7 Julho - 13
8 Estudo de Viabilidade de Transporte Aquaviário no Canal de Marapendi Estágio de Campo Serviços Executados 3.1 Serviços de Campo Os serviços de campo foram realizados no dia 29 de Junho de 2013, no trecho compreendido entre o nº 500 da Avenida das Américas e o início da Lagoa de Marapendi, e foi realizado com auxilio de um veículo anfíbio e um GPS náutico equipado com sonar. As figuras abaixo mostram os equipamentos utilizados nos serviços de campo. v Figura 9: Veículo anfíbio Argo 8x8 Avenger utilizado para a coleta dos dados e transporte ao longo do Canal de Marapendi. v Figura 10: GPS e sonar Raymarine A50D utilizado para coleta dos dados (coordenadas e profundidade). 8 Julho - 13
9 A metodologia de coleta de pontos consistiu na movimentação em zig-zag do veículo anfíbio, procurando atingir pontos uniformemente distribuídos entre as duas margens, passando o mais próximo possível da vegetação. A rota utilizada pode ser observada na Figura 11. No total foram capturados 1150 pontos ao longo da trajetória. Cada captura gerou, como mostrado na Figura 10, um ponto georeferenciado em coordenadas náuticas e a profundidade em metros do mesmo (xx xx.xxx s ; xx xx.xxx w; x,x m). Como importante informação para análise dos dados gerados é importante o registro das condições de maré no dia do serviço de campo. Sendo a tábua de marés da Marinha do Brasil, no dia 29 de Junho, no horário em que os dados foram coletados (aproximadamente 14:00) a maré se encontrava baixa e a lua cheia, conforme a tabela abaixo: 9 Julho - 13
10 3.2 Serviços de Escritório Após a captura dos pontos, os mesmos foram transferidos do GPS e organizados em uma planilha para posterior conversão em coordenadas UTM e importação no programa de modelagem espacial. Para a modelagem espacial foi utilizado o Surfer, software especializado em modelagem de superfícies. Com os dados já convertidos, foi realizada a importação dos pontos para o Surfer e os mapas do modelo 3D do Canal de Marapendi foram gerados para melhor observação das profundidades e possíveis áreas em que a navegação seja impossibilitada por assoreamentos ou pouca profundidade. 10 Julho - 13
11 4. Resultados Para melhor visualização dos pontos capturados durante o serviço de campo, fez-se uma sobreposição com uma imagem aérea do local de interesse. A Figura 12 mostra a sobreposição entre os pontos e a imagem aérea. A modelagem 3D gerada com auxilio do Surfer pode ser observada nas figuras abaixo: Como é possível observar, em destaque na Figura 12, alguns pontos ficaram fora da área de estudo. O problema provavelmente foi ocasionado pela sombra imposta pelas edificações ao redor do canal. Essa sombra, consiste na interferência que os prédios causam no sinal entre o GPS e os satélites que cobrem a área. O resultado da modelagem do canal pode ser observado nas Figuras 13, 14, 15 e 16 abaixo. 11 Julho - 13
12 Figura 13 Figura Julho - 13
13 Figura 15 Figura Julho - 13
14 Nas Figuras 13 e 14 podemos observar o modelo 3D gerado, que incorpora o mesmo problema gerado pela sombra gerada pelos prédios, fato que impossibilita que o modelo matemático do software utilizado modele corretamente o canal. A Figura 15 mostra as curvas de nível geradas, com auxilio de uma escala de cores que indica a profundidade em cada ponto. A Figura 16 mostra os pontos que se aproximaram da área de interesse. A forma gerada por eles se aproxima mais corretamente ao canal, porém não possibilita a geração correta do modelo. 5. Conclusão e Recomendações Os objetivos propostos pelo estudo foram em parte realizados, tendo em vista que a impossibilidade de geração do modelo não permitiu o estudo de viabilidade. Apesar do modelo gerado ser inconclusivo, durante os serviços de campo foi possível observar que o trafego de barcos no canal indica a viabilidade do modelo. Para completar o estudo, seria necessário o emprego de outro tipo de GPS, que possibilitasse ultrapassar a sombra gerada pelos prédios do entorno e a captura correta dos pontos. 14 Julho - 13
15 6. Referências Diretoria de Hidrografia e Navegação, Marinha do Brasil, Previsão das Marés - Porto do Rio de Janeiro, 29 de Junho de Julho - 13
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