DIVULGAÇÃO DE RESULTADOS 4T16. Viver Anuncia os Resultados do Quarto Trimestre e do Ano de Destaques

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1 DIVULGAÇÃO DE RESULTADOS 4T16 Teleconferência de Resultados Quarta-feira, 30 de março de 2017 Português - com tradução simultânea para o inglês 10h00 (horário de Brasília) 09h00 (horário de Nova York) Telefone: +55 (11) (11) Código: Viver Telefone Replay: +55 (11) Código Replay: Inglês Telefone: +1 (516) Código: Viver Telefone Replay: +55 (11) Código Replay: Viver Anuncia os Resultados do Quarto Trimestre e do Ano de 2016 São Paulo, 29 de março de 2017 A Viver Incorporadora e Construtora S.A. (VIVR3) anuncia seus resultados operacionais e financeiros relativos ao quarto trimestre e ano encerrados em 31 de dezembro de 2016 (4T16 e FY2016). Destaques O ano de 2016 foi marcado por uma forte deterioração dos fundamentos do setor, aliado as dificuldades que a Companhia encontrava para honrar suas obrigações junto a instituições financeiras, o Grupo entendeu que o pedido de recuperação judicial era a melhor alternativa para preservar a continuidade das suas atividades. A companhia entregou nos últimos 24 meses 10 empreendimentos, equivalente a unidades e a um VGV de R$ 347,2 milhões (%Viver), sendo que 5 projetos em 3 sites permanecem para serem finalizados. Repasses ultrapassaram R$ 192,4 milhões no ano de 2016, considerando R$ 21,5 milhões do 4T16. Vendas brutas totalizaram R$ 93,1 milhões, no ano de 2016, as vendas líquidas foram negativas em R$ 47,6 milhões no mesmo período. No 4T16 as vendas líquidas atingiram R$ 8,7 milhões. A companhia encerrou o ano com aproximadamente R$ 490,2 milhões de recebíveis e R$ 403,1 milhões de estoque a valor de mercado, sendo R$ 305,9 milhões e R$ 288,9 milhões respectivamente provenientes de unidades concluídas. As informações operacionais e financeiras da Companhia, exceto onde estiver indicado de outra forma, são apresentadas com base em números consolidados e em Reais (R$) e seguem as normas internacionais de contabilidade (IFRS) aplicáveis a entidades de incorporação imobiliária no Brasil, conforme aprovadas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Comprovada redução de Despesas gerais e administrativas, finalizando o trimestre em R$ 3,1 milhões, indicando um valor anualizado de R$ 12,4 milhões, excluindo custos de reestruturação. 1

2 Após o encerramento do quarto trimestre a Companhia apresentou 17 Planos de Recuperação Judicial, mais uma etapa alcançada nessa nova fase do processo de restruturação da Companhia 2

3 Índice Mensagem da Administração Indicadores Operacionais e Financeiros Desempenho Operacional Desempenho Econômico-Financeiro Balanço Patrimonial Demonstrações Financeiras

4 Mensagem da Administração A crise econômica brasileira agravou-se nos últimos anos, sendo que a deterioração do cenário macroeconômico brasileiro afetou de maneira significativa o setor de construção civil. A alta nos índices de desemprego, as altas taxas de juros e a inflação acima da meta acarretaram em uma menor disposição dos consumidores em gastar ou investir, sobretudo em imóveis, bens de alto valor agregado com forte comprometimento de renda, pois ocorreu uma queda na renda real das famílias e o aumento nas restrições na concessão de crédito, acarretando em uma redução expressiva no volume de lançamentos e um aumento no nível de distratos e demandas judiciais. Com o maior número de distratos e a menor velocidade de vendas, as incorporadoras tiveram um aumento inesperado nos estoques, e por consequência um aumento no ciclo de vida dos empreendimentos, acarretando em mais custos e dificultando a geração de caixa. Com objetivo de sanar dívidas e gerar receita, as incorporadoras têm recorrido a promoções e descontos nos preços das unidades, o que acrescenta certo grau de desvalorização ao preço dos imóveis que já seguem uma tendência negativa de preços. Esses fatores específicos do setor, como o aumento do nível de distrato, o alto nível de estoque e a redução de preços, somados aos pobres indicadores econômicos brasileiros, acabaram por diminuir o apetite de investidores, incorporadoras e bancos financiadores para novos lançamentos. Nesse contexto, a Companhia, desde 2012, optou por reestruturar suas atividades e passou a conduzir seu negócio norteada em 5 pilares: (i) redução de custos e preservação de caixa; (ii) desalavancagem/venda de ativos; (iii) entrega de projetos; (iv) fortalecimento da estrutura de capital; e (v) geração de valor. Esse movimento resultou em uma redução de 75% dos custos gerais e administrativos, venda de ativos em torno de R$ 500 milhões, redução de aproximadamente 60% das dívidas corporativas, representando mais de R$ 400 milhões e, por fim, e de extrema importância, entrega de praticamente a totalidade dos empreendimentos. Nada obstante, todos os esforços e o sucesso na implementação dos pilares norteadores, o cenário macroeconômico trouxe enormes impactos no modelo de negócios que estava sendo desenvolvido na nova gestão e que resultam na crise atual enfrentada pela Companhia:(i) a expectativa de ganho de preço não se confirmou, pelo contrário, o mercado imobiliário vem recrudescendo drasticamente desde então;(ii) velocidade de vendas em níveis muito abaixo da série histórica; (iii) volume de repasse altamente impactado pela perspectiva macroeconômica bancos muito restritivos ao crédito à pessoa física; (iv) aumento brutal de devolução de unidades por meio de distratos entre adquirentes; (v) aumento exponencial do número de ações, especialmente relativas a distratos de promessas de compra e venda de unidades imobiliárias, que afetaram e ainda afetam a geração de caixa das SPEs. No ano 2016, a Companhia realizou uma série de reestruturações operacionais bem-sucedidas que permitiram melhorar sua estrutura e, consequentemente, a estrutura das demais controladas. Dentre os projetos realizados estão: (i) esforço específico de venda e monetização de ativos; (ii) projeto para monetização de ativos complexos caixa livre, com baixa conversão de vendas em caixa; (iii) renegociação das despesas com fornecedores e advogados;(iv)negociação com credores financeiros, com fechamento de operações de quitação de dívida financeira com desconto;(v) reestruturação operacional de áreas chave na estrutura administrativa, resultando na reorganização de áreas e 4

5 redução do quadro de colaboradores; (vi) equalização das ações judiciais para redução do passivo contingente. No entanto, no âmbito financeiro, a Companhia não logrou êxito em implementar as medidas planejadas, que resultou no agravamento da sua crise financeira e das demais controladas: (i) as tentativas de renegociação de dívidas esbarraram na resistência de seus principais credores quanto aos termos propostos; e (ii) sem a solução junto a seus credores, a Companhia novamente perdeu atratividade quanto a ingresso de novo capital. Diversas conversas com esse intuito foram encerradas devido à falta de acordo com os bancos. Com recursos insuficientes em caixa, a Companhia passou a repactuar as parcelas do pagamento de suas dívidas com bancos e fornecedores, o que precipitou a redução no montante de crédito disponível para a mesma. A Companhia se encontrava em um ciclo de deterioração de valor. Para reverter este ciclo, foi ajuizada a Recuperação Judicial em 16 de setembro de 2016, o qual foi homologado em 28 de setembro de 2016, foi a medida mais adequada para preservar valor para todos os stakeholders, permitindo a equalização dos passivos, a restauração da relação de confiança com seus clientes, fornecedores e bancos, a retomada dos lançamentos e, enfim, a superação da momentânea crise econômicofinanceira. Em 09 de novembro de 2016, o Juiz proferiu decisão acolhendo o relatório apresentado pela Administradora Judicial deferindo o pedido de consolidação substancial de 48 controladas, e, que as 16 controladas com patrimônio de afetação constituído apresentem plano de recuperação individual. Em 06 de fevereiro de 2016, foram protocolados os 17 planos de recuperação judicial para as 64 empresas que solicitaram. Para 2017, manteremos nossa postura conservadora no que tange a disciplina de capital. Continuaremos adotando rigorosos mecanismos de controle e redução de custos, sendo que os objetivos principais são: (i) fechamento de um acordo com a maioria dos credores da Viver no processo de recuperação judicial e (ii) aprovação de um plano de recuperação judicial pela maioria dos credores e a confirmação desse plano pelo Tribunal. A continuidade das operações da Companhia depende, em última análise, do êxito do processo de recuperação judicial e da concretização de outras previsões da Viver. Assim seu soerguimento econômico, a Companhia poderá continuar exercendo seu objeto social, com o lançamento de empreendimentos imobiliários. Para retornar à lucratividade, a Companhia possui um banco de terrenos que representa cerca de R$ 2 bilhões e unidades, sendo que R$ 406 milhões são potenciais lançamentos já aprovados. Por fim, como parte da reestruturação que garantirá a perpetuidade da Companhia, o Juízo da Recuperação Judicial autorizou a captação de novo recursos para Viver, que permitirão que as recuperandas mantenham uma estrutura mínima de caixa para custear as suas despesas correntes até que os recursos provenientes do plano de recuperação judicial sejam vertidos para o caixa da Companhia. As conquistas alcançadas até o momento já representam um passo importante no processo de reestruturação da Viver. Olhando para frente, estaremos absolutamente focados na contínua implementação do plano estabelecido. Manteremos nossa postura conservadora no que tange a disciplina de capital e continuaremos adotando rigorosos mecanismos de controle e redução de custos com foco na manutenção das operações da Companhia e na retomada da lucratividade. 5

6 Indicadores Operacionais e Financeiros Destaques Operacionais (R$ milhões) 4T16 4T15 Var% Var% Lançamentos (100%) - - n.a. - - n.a. Lançamentos (% Viver) - - n.a. - - n.a. Lançamentos (Unidades) - - n.a. - - n.a. Preço Médio de Lançamentos (R$000) - - n.a. - - n.a. Vendas Contratadas (100%) 9,9 10,9-9,4% (46,4) 37,0-225,5% Vendas Contratadas (% Viver) 8,7 11,4-23,8% (47,6) 28,3-268,0% Vendas Contratadas (Unidades) ,2% (126) ,1% Preço Médio de Vendas (R$000) ,2% ,8% Destaques Financeiros (R$ milhões) 4T16 4T15 Var% Var% Receita Líquida (4,2) 10,5-140,0% (17,9) 112,0-116,0% Lucro Bruto (12,7) (7,3) 74,0% (76,4) (56,0) 36,4% Margem Bruta 299,1% -69,7% bps 426,3% -50,0% bps Lucro Bruto Ajustado 1 (3,3) (8,8) -62,5% (35,4) 10,2-446,7% Margem Bruta Ajustada 1 77,5% -83,6% bps 196,8% 9,2% bps EBITDA Ajustado 2 (96,1) (42,1) 128,3% (201,7) (87,5) 130,6% Margem EBITDA Ajustado ,4% -401,4% bps 1123,5% -78,1% bps Lucro (Prejuízo) Líquido (102,2) (91,7) 11,5% (347,1) (260,9) 33,1% Margem Líquida 2433,3% -874,9% bps 1937,5% -233,0% bps Receitas a Apropriar 89,2 89,8-0,7% 89,2 89,8-0,7% Resultados a Apropriar 16,3 30,5-46,6% 16,3 30,5-46,6% Margem dos Resultados a Apropriar 18,3% 33,9% bps 18,3% 33,9% bps Despesas com comercialização (0,7) (5,2) -87,3% (5,1) (12,3) -58,8% G&A³ (4,2) (6,2) -31,8% (18,8) (27,7) -32,1% ¹ Excluindo Juros capitalizados no custo operacional. 2 Excluindo itens que a Companhia considera como não recorrentes ³ Excluindo os custos de rescisão e de reestruturação o valor do G&A vai para R$ 3,1 representando uma redução de 50%. 6

7 Desempenho Operacional Lançamentos A Companhia não realizou lançamentos em 2016, em linha com sua estratégia de preservação de caixa, e direcionar os esforços no seu processo de reestruturação, na monetização dos recebíveis e do estoque vigente. Vendas Contratadas e Distratos No ano de 2016, as vendas contratadas brutas foram de R$ 93,1 milhões e as vendas contratadas líquidas foram negativas R$ 47,6 milhões. No quarto trimestre de 2016 as vendas contratadas brutas totalizaram R$ 17,9 milhões. O volume de distratos foi de R$ 9,2 milhões no 4T16, resultando em vendas líquidas de R$ 8,7 milhões no trimestre. As tabelas abaixo apresentam uma descrição detalhada das vendas contratadas (líquidas de distratos) no quarto trimestre e no ano de 2016, comparando com os mesmos períodos de 2015, bem como uma evolução da velocidade de vendas nos últimos trimestres: Vendas Contratadas 4T16 Vendas Contratadas % Viver (R$ milhões) # de unidades¹ Preço médio unidade (R$000)¹ Segmento 4T16 4T15 4T16 x 4T15 4T16 4T15 4T16 x 4T15 4T16 4T15 4T16 x 4T15 Super Economico 9,0 12,4-27,3% ,0% ,5% Economico (1,3) (3,3) -60,2% 2 (17) -111,8% ( ) ,5% Médio 0,3 2,4-88,3% ,4% (23.314) ,6% Médio-Alto 0,7 (1,0) -168,3% 2 2 0,0% ( ) -179,2% Alto - - n.a. - - n.a. - - n.a. Turismo e Comercial - 0,8-100,0% - 2 n.a n.a. TOTAL 8,7 11,4-24,1% ,2% ,2% Região 4T16 4T15 4T16 x 4T15 4T16 4T15 4T16 x 4T15 4T16 4T15 4T16 x 4T15 São Paulo 2,5 1,1 117,7% ,0% ,2% Sudeste (ex SP) 0,6 2,0-70,3% ,6% ,2% Sul 1,6 (4,3) -137,7% 27 (28) -196,4% ,9% Centro-Oeste 1,2 (1,8) -169,2% 7 (9) -177,8% ,1% Norte 2,5 14,9-83,1% ,0% ,6% Nordeste 0,3 (0,5) -152,1% ,0% (97.605) -304,1% TOTAL 8,7 11,4-24,1% ,2% ,2% Ano de lançamento 4T16 4T15 4T16 x 4T15 4T16 4T15 4T16 x 4T15 4T16 4T15 4T16 x 4T15 Lançamentos de n.a. - - n.a. - - n.a. Lançamentos de 2013 (0,8) 1,2-171,1% (2) ,4% ,9% Lançamentos de ,6 1,4-58,6% ,6% ,8% Lançamentos de ,5 (0,2) -1466,8% ,0% (21.338) -838,1% Lançamentos de ,9 8,2-64,6% ,4% ,3% Lançamentos anteriores a ,5 0,8 316,4% ,8% ,7% TOTAL 8,7 11,4-24,1% ,2% ,2% 7

8 Vendas Contratadas 2016 Vendas Contratadas % Viver (R$ milhões) # de unidades¹ Preço médio unidade (R$000)¹ Segmento x x x 2015 Super Economico (17,0) 21,1-180,6% (94) ,0% ,2% Economico (0,4) (13,9) -97,0% 20 (71) -128,2% ,9% Médio (14,3) 16,1-188,4% (32) ,1% ,3% Médio-Alto (16,3) 5,4-402,5% (25) ,3% ,0% Alto - - n.a. - - n.a. - - n.a. Turismo e Comercial 0,5 (0,5) -199,6% ,0% ( ) -299,2% TOTAL (47,6) 28,3-267,9% (130) ,9% ,8% Região x x x 2015 São Paulo (5,4) 3,2-266,9% (54) ,8% ,0% Sudeste (ex SP) (32,9) 8,5-486,2% (19) ,7% ,5% Sul 2,1 (3,0) -169,0% 5 (36) -113,9% ,6% Centro-Oeste (0,8) (3,2) -74,6% 4 (15) -126,7% ( ) ,7% Norte (15,1) 26,8-156,1% (88) ,3% ,9% Nordeste 4,5 (3,9) -213,3% 22 (18) -222,2% ,2% TOTAL (47,6) 28,3-267,9% (130) ,9% ,8% Ano de lançamento x x x 2015 Lançamentos de n.a. - - n.a. - - n.a. Lançamentos de 2013 (0,6) 1,3-148,6% ,0% ,0% Lançamentos de ,4 2,5-85,0% ,9% ,2% Lançamentos de 2011 (0,8) 5,7-114,5% (6) ,6% ( ) -202,9% Lançamentos de 2010 (31,7) 4,8-766,1% (120) ,3% ,8% Lançamentos anteriores a 2010 (14,8) 14,1-204,8% (8) ,8% ,7% TOTAL (47,6) 28,3-267,9% (130) ,9% ,8% Velocidade de Vendas (R$ mil) 4T15 1T16 2T16 3T16 4T16 Estoque Inicial Lançamentos Vendas Contratadas (79.993) VSO trimestral 3,1% 3,2% 3,6% -19,5% 2,2% VSO= Vendas Contratadas/(Estoque Inicial+Lançamentos) Projetos em Construção e Projetos Concluídos Em 31 de dezembro de 2016 a Companhia possuía 5 projetos em 3 sites a serem finalizados sob sua gestão, sendo que 2 deles já com habite-se parcial emitido. A Companhia apresentou dentro do plano de recuperação judicial as alternativas para finalização dos projetos. A tabela abaixo detalha a abertura de projetos concluídos e a entregar, bem como a previsão dos recebíveis e do estoque a valor de mercado da Companhia: R$ Mil Concluído À entregar Total Sites n.a. 5 5 Cronograma de recebíveis Estoque Banco de Terrenos Em 31 de dezembro de 2016, o banco de terrenos da Companhia representava um VGV estimado em R$ 2 bilhões. Do total do banco de terrenos, projetos com aproximadamente R$ 406 milhões em VGV estão aprovados para potenciais lançamentos, equivalente a unidades. 8

9 A tabela abaixo apresenta a composição de projetos do banco de terrenos de curto prazo atual da Companhia: VGV Potencial - Participação Viver (R$ milhões) Super Econômico Econômico Médio Médio-Alto Alto Comercial Total São Paulo (estado) ,6 166,2 450,0 136, ,2 Sudeste (ex SP) 34,3-486, ,5 560,2 Sul 186,0 84,6 62, ,9 Centro-Oeste Norte - 136, ,0 Nordeste Total do VGV (% Viver) 220,3 220,6 858,3 166,2 450,0 175, ,3 % do Total 10,5% 10,5% 41,0% 7,9% 21,5% 8,4% 100,0% # de unidades Desempenho Econômico-Financeiro Os resultados estão apresentados conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil, em reais (R$), de acordo com a legislação societária. Receita Líquida A receita operacional líquida foi negativa em R$ 4,2 milhões no 4T16. No ano de 2016, a receita operacional líquida foi negativa em R$ 17,9 milhões, em decorrência principalmente dos distratos ocorridos durante o ano que totalizaram R$ 140,7 milhões. Custos dos Imóveis No 4T16, o custo dos imóveis foi de R$ 8,4 milhões e, no ano de 2016 totalizou R$ 58,4 milhões, comparado a um custo de R$ 168,0 milhões em 2015, uma redução de 65,2% principalmente devido ao volume de projetos entregues no período. As amortizações dos encargos financeiros capitalizados totalizaram R$ 41,0 milhões em 2016, representando 70,2% do custo dos imóveis do período. A tabela abaixo apresenta a composição do custo dos imóveis: Custo dos Imóveis (R$ mil) 4T16 3T16 4T15 4T16x3T16 4T16x4T x 2015 Custo dos Imóveis (27.625) ,5% -52,6% ,2% Custo com terreno, incorporação e construção (952) (30.181) ,8% -104,9% ,9% Encargos Financeiros (1.460) 267,3% -743,1% ,1% Lucro Bruto e Receitas e Resultados a Apropriar No 4T16, o lucro bruto ficou negativo em R$ 12,7 milhões e, no ano de 2016, ficou negativo em R$ 76,4 milhões. Como já destacado, resultado principalmente pelo grande volume de distratos no ano, pela não realização de lançamentos e também pela amortização de despesas financeiras. 9

10 Lucro Bruto (R$ mil) 4T16 3T16 4T15 4T16x3T16 4T16x4T x 2015 Lucro Bruto (12.674) (26.440) (7.304) -52,1% 73,5% (76.356) (55.992) 36,4% Margem Bruta N/A N/A -69,7% N/A N/A N/A -50,0% N/A Margem Bruta Ajustada¹ N/A N/A -83,6% N/A N/A N/A 9,2% N/A No 4T16, as receitas a apropriar totalizaram R$ 89,1 milhões, enquanto os resultados a apropriar alcançaram R$ 16,3 milhões. A margem apropriar do trimestre foi de 18,3%, pontos base abaixo da margem registrada no 4T15. Os custos a apropriar não contemplam encargos financeiros e provisões de garantia, os quais são reconhecidos como custos operacionais, quando incorridos, na proporção das unidades vendidas. Receitas e Resultados a apropriar (R$ mil) (no final do período) 4T16 3T16 4T15 4T16x3T16 4T16x4T15 Receita a apropriar ,5% -0,7% Custo a apropriar (72.867) (62.989) (59.346) 15,7% 22,8% Resultado Bruto a apropriar ,1% -46,5% Margem a apropriar 18,3% 21,3% 33,9% -298 bps bps Despesas com Comercialização, Gerais e Administrativas No 4T16, as despesas com comercialização totalizaram R$ 0,7 milhões. No ano de 2016, essas despesas totalizaram R$ 5,0 milhões, mostrando uma redução de 58,6% em relação a As despesas gerais e administrativas líquidas de depreciação e amortização e custos de reestruturação foram de R$ 3,1 milhões no 4T16, uma redução de 50% em relação ao 4T15, demonstrando um valor anualizado de R$ 12,4 milhões. EBITDA O EBITDA da Companhia ficou negativo em R$ 96,1 milhões no 4T16. Em 2016, o EBTIDA foi negativo em R$ 201,7 milhões, resultado da não realização de lançamentos, grande volume de distratos, perda de VGV do Residencial Belvedere, reavaliação no preço de terrenos do landbank, re-precificação de unidades em estoque de projetos concluídos e novas provisões relativas a demandas judiciais. A tabela abaixo mostra a evolução do EBIT, EBITDA e da margem EBITDA ao longo dos últimos trimestres e acumulado no ano de

11 EBITDA e EBITDA Ajustado (R$ mil) 4T16 3T16 2T16 1T EBT ( ) (83.517) (73.761) (89.490) ( ) (+) Resultado Financeiro Despesa financeira (Líquida) (3.626) Despesa financeira (SFH) Despesa financeira (Corporativa) (3.161) EBIT (97.096) (45.759) (17.953) (44.870) ( ) Depreciação Amortização EBITDA (96.111) (44.765) (16.958) (43.872) ( ) Margem EBITDA 2268,4% 82,8% -72,9% -256,9% 1123,5% Itens não recorrentes EBIT Ajustado (97.096) (45.759) (17.953) (44.870) ( ) EBITDA Ajustado (96.111) (44.765) (16.958) (43.872) ( ) Margem EBITDA ajustada 2268,4% 82,8% -72,9% -256,9% 1123,5% Resultado Financeiro O resultado financeiro foi positivo em R$ 3,6 no 4T16, impactado pela não apropriação de encargos financeiros das dívidas, pois o valor das dívidas concursais estão congeladas desde de o pedido de Recuperação Judicial realizado no final do 3T16. O prazo para pagamento e os encargos serão ajustados após a aprovação do Plano de Recuperação Judicial. Em 2016, as despesas financeiras líquidas foram de R$ 102,9 milhões, comparadas a R$ 101,6 milhões em Prejuízo Líquido No 4T16, a Viver apresentou um prejuízo líquido de R$ 102,2 milhões, sendo um montante de R$ 72,2 milhões reflexo principalmente por perdas geradas pela re-precificação de unidades em estoque de projetos concluídos, ocasionadas pela piora do cenário econômico para o setor e também pela reavaliação no preço de terrenos do landbank, Em 2016 reportamos um prejuízo líquido de R$ 347,2 milhões, o resultado negativo recorrente deve-se principalmente a não realização de lançamento nos últimos anos, também pelas medidas com foco na preservação de liquidez da Companhia, grande volume de distratos, perda de VGV do Residencial Belvedere, perdas geradas pela re-precificação de unidades em estoque de projetos concluídos e pelo teste de impairment em terrenos do Landbank e além do alto volume de provisões relativas a demandas judiciais. 11

12 Balanço Patrimonial Caixa e Equivalentes de Caixa e Títulos e valores mobiliários Em 31 de dezembro de 2016, as contas de caixa e equivalentes de caixa totalizou R$ 33,1 milhões, contra um saldo de R$ 24,6 milhões apurado em 30 de setembro de Vale destacar que somente 15% do caixa estão disponíveis para manutenção da operação nas spes e na Holding, devido à restrição de operações de crédito. Gestão de Carteira e Repasse Encerramos o quarto trimestre de 2016 com uma carteira total de R$ 490,2 milhões de recebíveis, sendo que R$ 305,9 milhões são relativos a projetos concluídos e R$ 184,3 milhões a entregar, conforme detalhado no gráfico abaixo. 4T16 3T16 4T15 4T16x3T16 4T16x4T15 Curto Prazo ,0% -32,0% Longo Prazo ,7% -29,8% Total on balance ,1% -31,9% Total "off balance ,5% -0,7% Total de Contas a Receber ,6% -27,8% R$ 490 milhões de recebíveis Concluídos À entregar Os recursos gerados por repasses e gestão de carteira atingiram R$ 21,5 milhões no 4T16 e R$ 193 milhões no ano de

13 Recebíveis Set/2016 Correção Monetária Carteira / Vendas Recebíveis Dez/2016 Repasse 4T16 Líquidas 4T16 Estoque (imóveis para desenvolvimento e venda) Em 31 de dezembro de 2016, o saldo do estoque da Viver era de R$ 443,1 milhões. O estoque da Companhia inclui terrenos adquiridos em dinheiro e via permuta, construções em andamento, adiantamentos a fornecedores e unidades concluídas, como detalhado abaixo. Estoque a Valor de Custo (R$ mil) 4T16 3T16 4T15 4T16x3T16 4T16x4T15 Terrenos ,1% -28,4% Construções em andamento ,1% -36,1% Unidades prontas ,2% 3,5% Adiantamento a fornecedores ,7% -93,0% Total ,1% -17,8% Estoque a Valor de Mercado O gráfico abaixo apresenta a composição do VGV de nosso estoque a valor de mercado considerando o cronograma de entrega dos projetos: R$ 403 milhões de estoque Concluídos À entregar 13

14 Em 31 de dezembro, o estoque a valor de mercado de unidades concluídas representava um VGV de R$ 289 milhões. Segmento Unidades Concluídas À entregar Total Alto Médio Alto Médio Econômico e Super Econômico Turismo e Comercial TOTAL % 71,7% 28,3% 100,0% Endividamento Ao final de 2016, a Viver possuía uma dívida total de R$ 1,17 bilhões (incluindo dívidas com partes relacionadas e a debenture conversível), como detalhado na tabela abaixo. A reestruturação dessas dívidas está sendo tratada dentro do processo de recuperação judicial. Evolução do Endividamento 4T16 3T16 2T16 1T16 4T15 Corporativa + Produção 919,5 909,3 906,1 903,6 891,0 Dívida Corporativa 276,1 271,0 261,4 249,1 238,4 Dívida de SFH e Projetos 643,4 638,3 644,7 654,4 652,6 Securitização 30,4 30,1 30,0 37,7 57,4 Coobrigação 14,2 14,2 14,7 15,6 16,5 Emissão de CRI 16,2 15,9 15,3 22,1 40,9 Sub-total Endividamento (I) 949,9 939,4 936,1 941,2 948,4 Partes Relacionadas + Conversível 223,3 257,1 247,8 237,2 228,2 Partes Relacionadas 100,8 102,6 98,1 92,6 88,3 Debêntures Conversível 122,5 154,5 149,7 144,6 139,9 Endividamento Total 1.173, , , , ,6 Disponibilidades de Caixa Total 33,1 24,6 25,5 24,4 22,7 14

15 Sobre a Viver Incorporadora e Construtora S.A. A Viver é uma incorporadora e construtora fundada há mais de 20 anos e conhecida por seus empreendimentos de alta qualidade e pelo pioneirismo na tecnologia de construção. A Companhia tem seu foco de atuação no mercado residencial, nos segmentos de médio e médio alto padrão, principalmente nos estados de São Paulo e na região da grande Porto Alegre. A Companhia adota um modelo de gestão baseado na proximidade entre Diretoria, Conselho de Administração e acionistas e rígidos padrões de governança corporativa. A Viver integra o Novo Mercado da BM&FBOVESPA e é negociada sob o código VIVR3. Relações com Investidores Tel: (55 11) ri.viver@viverinc.com.br 15

16 Demonstrações Financeiras Demonstrações consolidadas de Resultados (R$000) 4T16 3T16 4T16 x 3T16 4T15 4T16 x 4T15 Receita Operacional Bruta (4.006) (55.627) -92,8% ,6% Impostos sobre serviços e receitas (231) ,8% ,6% Receita operacional líquida (4.237) (54.065) -92,2% ,4% Custos dos imóveis (8.437) ,5% (17.783) -52,6% Lucro Bruto (12.674) (26.440) -52,1% (7.304) 73,5% Receitas (Despesas) Operacionais (93.810) (21.876) 328,8% (34.316) 173,4% Despesas com comercialização (660) (1.232) -46,4% (5.160) -87,2% Despesas gerais e administrativas (4.231) (4.357) -2,9% (6.213) -31,9% Depreciações e amortizações (974) (983) -0,9% (1.005) -3,0% Outras receitas e (despesas) operacionais (87.903) (15.475) 468,0% (21.200) 314,6% Resultado de equivalência patrimonial (42) ,6% (738) -94,3% Prejuízo antes do resultado financeiro ( ) (48.316) 120,4% (41.620) 155,8% Resultado financeiro líquido (35.201) -110,3% (50.870) -107,1% Despesas financeiras 625 (36.265) -101,7% (54.795) -101,1% Receitas financeiras ,0% ,5% Prejuízo antes do imposto de renda e contribuição social ( ) (83.517) 23,2% (92.490) 11,2% Imposto de renda e contribuição social (133) ,8% ,1% Prejuízo líquido do período ( ) (81.559) 26,3% (92.062) 11,9% Participação de não controladores ,8% ,5% Prejuízo líquido do exercício ( ) (81.306) 25,7% (91.680) 11,5% Demonstrações consolidadas de Resultados (R$000) x 2015 Receita Operacional Bruta (17.782) ,4% Impostos sobre serviços e receitas (172) (3.454) -95,0% Receita operacional líquida (17.954) ,0% Custos dos imóveis (58.402) ( ) -65,2% Lucro Bruto (76.356) (55.992) 36,4% Receitas (Despesas) Operacionais ( ) ( ) 67,3% Despesas com comercialização (5.066) (12.250) -58,6% Despesas gerais e administrativas (18.775) (27.691) -32,2% Depreciações e amortizações (3.930) (4.020) -2,2% Outras receitas e (despesas) operacionais ( ) (62.361) 128,5% Resultado de equivalência patrimonial (103) ,3% Prejuízo antes do resultado financeiro ( ) ( ) 56,3% Resultado financeiro líquido ( ) ( ) 1,3% Despesas financeiras ( ) ( ) -4,2% Receitas financeiras ,1% Prejuízo antes do imposto de renda e contribuição social ( ) ( ) 34,8% Imposto de renda e contribuição social (2.182) -147,2% Prejuízo líquido do período ( ) ( ) 33,3% Participação de não controladores ,1% Prejuízo líquido do exercício ( ) ( ) 33,1% 16

17 Balanço Patrimonial Consolidado (R$000) Dez 16 Set 16 Jun 16 Mar 16 Dez 2016 x Set 16 Dez 15 Dez 2016 x Dez 15 ATIVO Circulante ,2% ,5% Caixa e equivalentes de caixa ,5% ,5% Contas a receber ,1% ,8% Imóveis a comercializar ,7% ,9% Créditos diversos ,1% ,8% Impostos e contribuições a compensar ,6% ,2% Despesas com vendas a apropriar ,2% 819 4,0% Não circulante ,4% ,0% Realizável a longo prazo ,6% ,9% Contas a receber ,7% ,8% Imóveis a comercializar ,0% ,3% Contas correntes com parceiros nos empreendimentos ,8% ,2% Partes relacionadas ,7% ,2% Impostos e contribuições a compensar ,7% ,2% Despesas com vendas a apropriar ,0% 648-5,1% ,3% ,0% Investimentos ,5% ,3% Imobilizado líquido ,2% ,3% Intangível ,7% ,6% Total do ativo ,3% ,7% PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Circulante ,3% ,8% Empréstimos e financiamentos ,4% ,2% Debêntures ,6% ,3% Coobrigação na cessão de recebíveis ,2% ,1% Certificados de recebíveis imobiliários ,9% ,8% Obrigações com investidores ,0% ,0% Fornecedores ,0% ,1% Obrigações trabalhistas e tributárias ,4% ,8% Contas a pagar ,1% ,2% Credores por imóveis compromissados ,0% ,0% Adiantamentos de clientes e outros ,8% ,1% Partes relacionadas ,7% ,2% Provisões ,9% ,6% Provisões para perdas em investimentos ,0% ,1% Não Circulante ,4% ,7% Empréstimos e financiamentos ,5% ,6% Coobrigação na cessão de recebíveis ,9% ,3% Certificados de recebíveis imobiliários nc ,0% Obrigações com investidores ,0% ,0% Obrigações trabalhistas e tributárias ,4% ,7% Contas a pagar ,3% ,2% Adiantamentos de clientes e outros ,0% ,8% Provisões ,1% ,5% Patrimônio Líquido ( ) ( ) ( ) ( ) 18,8% ( ) 175,8% Capital social ,7% ,8% Prejuízos acumulados ( ) ( ) ( ) ( ) 6,1% ( ) 24,0% Total do passivo e patrimônio líquido ,3% ,7% 17