MARCOS HISTÓRICOS, POLÍTICOS E LEGISLATIVOS DA SOCIOEDUCAÇÃO BRASILEIRA: UMA ANÁLISE HISTÓRICA DAS INSTITUIÇÕES DE INTERNAÇÃO

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1 MARCOS HISTÓRICOS, POLÍTICOS E LEGISLATIVOS DA SOCIOEDUCAÇÃO BRASILEIRA: UMA ANÁLISE HISTÓRICA DAS INSTITUIÇÕES DE INTERNAÇÃO Felícia Aparecida Fernandes 1 Resumo: O objetivo deste trabalho é caracterizar as leis vigentes em cada período da história brasileira, as quais regiam a forma de tratamento de crianças e adolescentes considerados autores de ato infracional, para que seja possível compreender a cultura criada dentro das unidades de internação, bem como a forma como a sociedade entende a Socioeducação no Brasil. Por meio dos marcos históricos e legislativos referentes ao tratamento de crianças e adolescentes autores de atos infracionais, será possível compreender as dificuldades e a complexidade do tema abordado, bem como a importância do estudo e pesquisa sobre o assunto na área da educação. Palavras-chave: Socioeducação. ECA. SINASE. Ato infracional. Introdução Neste trabalho iremos perpassar os marcos políticos, legislativos e históricos da Socioeducação e das instituições de atendimento de crianças e adolescentes considerados autores de ato infracional. Dentro dessa perspectiva, se faz necessário conhecer as legislações e as concepções de tratamento destinada às crianças e adolescentes brasileiros que eram considerados infratores, para que possamos compreender como foi construída a cultura das unidades de internação responsáveis pelo tratamento desses sujeitos. 1 Acadêmica do curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Ponta Grossa. fhe.ap.fernandes92@gmail.com;

2 Nesta revisão de biografia será possível perceber a concepção de criança e de adolescente em cada um dos períodos abordados, bem como suas transformações com o passar do tempo e, principalmente, com as mudanças na legislação vigente no país. Será possível observar, também que, mesmo com grandes mudanças na legislação, a cultura punitiva adotada nas unidades de internação permanecia sem mudanças significativas. Mesmo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, ratificada em 1948, e a Declaração Universal dos Direitos da Criança, de 1959, somente a partir da década de 1970 que aumentaram as discussões referentes aos direitos da criança e do adolescente no Brasil, por conta da luta pelos Direitos Humanos. Neste contexto as crianças e adolescentes passam a ser vistos como sujeitos de direitos e parte integrante da sociedade. Ao contrário do que acontecia antes, pois eram vistos como meros objetos sob proteção do Estado. Leis que norteavam o tratamento de crianças e adolescentes autores de ato infracional Para compreender a organização das instituições socioeducativas brasileiras e as ações realizadas por elas na atualidade, faz-se necessário revisitar o processo histórico e os marcos políticos e legais que nortearam o atendimento de crianças e adolescentes em conflito com a lei desde o brasil Colônia. O estudo feito por Almeida e Mansano (2012), oferece uma rica contribuição neste sentido, pois apresenta uma revisão consistente e detalhada do processo histórico e dos marcos que transformaram as instituições e a forma de tratamento das crianças e adolescentes no Brasil. No quadro a seguir podemos observar as transformações e marcos políticos apontados no referido estudo e uma síntese de como era o tratamento das crianças e adolescentes em cada período. Período/ Ano Lei Regente Instituição Características Período Colonial Leis da Metrópole Ordenações Filipinas Casas de Meninos (1554) Casas de Meninos - Primeira instituição fundada no Brasil; - O objetivo era corrigir os comportamentos julgados inadequados; - A educação e a catequese se tornaram uma forma de normatizar e adequar a população; - Prevaleciam as ações punitivas. - Ações punitivas continuavam; - Eram estipuladas severas punições, como pena de

3 (1606) morte e mutilações. Período Imperial República Velha ( ) Era Vargas ( ) Código Penal do Império (1830) Código Penal da República (1890) Código de Menores do Brasil (1927) Decreto- Lei 3.799/41 Casas de Correção (1830) Casas de Correção Casas de Correção Serviço de Assistência ao Menor (1941) - Instituições destinadas ao acolhimento e à correção de menores de 14 anos acusados de cometer algum crime; - O tratamento era pautado no tipo de crime cometido pelo interno; - Criadas as Escolas para Meninos Desvalidos; - No inicio era apenas para os internos, depois é aberta para crianças e adolescentes considerados - Inicialmente era uma concepção punitiva e de correção; - Após algum tempo se torna uma ideia de transformação técnica dos indivíduos : Políticas e Leis destinadas à crianças e adolescentes acusados de terem cometido algum ato infracional passam a adotar uma concepção paternalista; - Identificação dos indivíduos que necessitavam de proteção e reforma; : O trabalho dos internos dentro das instituições se tornou um elemento disciplinador e reabilitador; - As instituições ganharam um novo conjunto de funções com caráter educativo (escola), profissional (fábrica) e punitivo (prisão) : Novo marco nas políticas destinadas à infância: Código de Mello Mattos; - Proibição do uso da mão de obra de menores; - Serviço Social instituído como uma profissão; - Maioridade fixada em 18 anos; - Abrigos destinados a receber menores em situação de delinquência ou abandono; - SAM: órgão do Ministério da Justiça que previa orientações de correção e repressão; - Tratamento diferenciado para os dois grupos: delinquentes e abandonados; - Irregularidades, problemas administrativos e denúncias de maus tratos; - Conhecido como Fábrica de criminosos ; - Concepção punitiva prevalecia.

4 Ditadura Militar ( ) Lei Federal 4.513/64 Constituição Brasileira de 67 Fundação Nacional do Bem-estar do Menor (FUNABEM) : - Tinha como objetivo substituir a concepção presidiária pela concepção educacional; - Substituição da concepção punitiva só ocorreu na legislação; - A forma de tratamento e a cultura dentro das instituições não acompanhou as transformações na legislação : - Aumentam as discussões referentes aos direitos das crianças e dos adolescentes no Brasil por conta das lutas pelos Direitos Humanos; - Crianças e adolescentes vistos como sujeitos de direitos e parte integrante da sociedade; - Código de Menores é revisado e reformulado; - Permanece o caráter repressivo e autoritário nas instituições; - A reformulação trouxe consigo a expressão Menor em situação irregular ; - Criminalização da pobreza; - Início do Sistema Sócio Penal; - Surgimento do Educador Social de Rua. Nova República (1985-hoje) Constituição Federal de 88 FUNABEM CBIA - Art. 227: declara crianças e adolescentes como prioridade do Estado; : aprovação da Convenção Internacional dos Direitos da Criança; - FUNABEM transformada no Centro Brasileiro para a Infância e Adolescência (CBIA). Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Unidades de Atendimento Socioeducativo Quadro 1: Marcos históricos da Socioeducação no Brasil. Fonte: Elaboração da autora a partir dos estudos de Almeida e Mansano (2012). - Doutrina de Proteção Integral de crianças e adolescentes; - Modifica completamente a organização das instituições de internamento; - Ficam para trás as instituições e medidas de recuperação de menores infratores e são implantadas as Unidades de Atendimento Socioeducativo, distanciandose do caráter punitivo e opressor que percorreu as décadas de institucionalização. É possível perceber que, desde o início da institucionalização das crianças e adolescentes no Brasil, a educação se faz presente de formas e objetivos diferenciados. Inicialmente a educação era entendida como um instrumento para moldar o comportamento da população da época, para que se portassem adequadamente como julgava a concepção daquele contexto.

5 Com o passar dos anos e as transformações na legislação, a educação foi tornando-se cada vez mais presente e mais importante dentro das instituições de correção. Os objetivos também se transformavam de maneira lenta. Mesmo com o caráter educativo, o que prevalecia nas instituições eram as severas punições dadas aos internos. Primeiramente com um julgamento feito por aparência e penas iguais para crianças e adultos, posteriormente com uma postura que envolvia duras rotinas de trabalho, além de castigos e recompensas. Somente após a década de 1980, como é possível observar no Quadro 1, que as reflexões e discussões acerca da forma de tratamento das crianças e adolescentes institucionalizados se tornam mais fortes e alcançam grandes transformações em relação às políticas e as Leis destinadas às crianças e adolescentes. Os movimentos sociais organizados em prol da causa da infância associados aos altos custos da internação, aos estudos sobre as consequências da institucionalização no desenvolvimento do jovem, bem como às rebeliões e denúncias constantemente vinculadas a elas, resultaram em consideráveis mudanças no contexto institucional até então apresentado. Foram, portanto, o prenúncio das mudanças de paradigmas nas concepções de tratamento à infância e adolescência, incluindo aquele destinado aos jovens institucionalizados. (ALMEIDA e MANSANO, 2012, p. 172) Como podemos perceber os movimentos sociais e os estudos da época iniciaram uma nova forma de entender e pensar o tratamento de crianças e adolescentes em todas as situações e não apenas os que estavam nas instituições. Porém as mudanças significativas no trabalho dentro das instituições de acolhimento ainda persistiam, mesmo com as mudanças ocorridas na legislação nacional. Mesmo com todas as lutas, mudanças e Organizações Não Governamentais (ONG s) atuando em prol da infância e adolescência, o caráter punitivo das instituições e de seus funcionários ainda era muito forte, ou seja, mudaram-se as Leis, porém não mudou a concepção das pessoas envolvidas. Com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em 13 de junho de 1990 trazendo como dever da família, da sociedade e do Estado assegurar os direitos de crianças e adolescentes, compreendendo estes sujeitos como sua absoluta prioridade. Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos

6 referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. (ECA, 2010, p. 1). Com isto ocorrem várias mudanças em relação ao tratamento de crianças e adolescentes e também causa divergências em relação à responsabilização dos adolescentes autores de atos infracionais e a maioridade penal estabelecida em 18 anos. Neste contexto, a Escola, sendo um dos espaços de interação social e difusor de conhecimento tem o papel de divulgar o conteúdo do ECA à comunidade escolar, tendo como objetivo principal a sua efetivação, justamente porque neste ambiente encontram-se os sujeitos desta temática. As crianças e os adolescentes precisam ter conhecimento de seus direitos e deveres para compreender as regras e o funcionamento do grupo social em que estão inseridos. A escola é um dos principais canais para esta propagação e efetiva. A Escola, justamente por sua função social, tem grande responsabilidade no desenvolvimento das relações, concepções, práticas e valores intrínsecos de cada sujeito, levando em consideração que estas podem ser formadas, reformadas ou desconstruídas. O ECA traz, também, a mudança na forma de tratamento dos adolescentes que cometeram algum ato infracional. De acordo com o Art. 101 do ECA a criança, entendida como sujeito até 12 anos de idade incompletos, autora de ato infracional receberá uma medida protetiva. Já os adolescentes, sujeito entre 12 e 18 anos de idade, que praticar um ato infracional receberá uma medida socioeducativa segundo o Art O Estatuto declara que os sujeitos menores de 18 anos são considerados penalmente inimputáveis, ou seja, são isentos de pena em razão da idade e por serem considerados incapazes de compreender o caráter ilícito de suas ações no momento em que foram executadas. Mesmo não sendo submetido a pena, o adolescente poderá receber diferentes medidas referentes ao ato por ele cometido, como podemos observar no Art. 112 do ECA: Art Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas: I - Advertência;

7 II - Obrigação de reparar o dano; III - Prestação de serviços à comunidade; IV - Liberdade assistida; V - Inserção em regime de semiliberdade; VI - Internação em estabelecimento educacional; VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI. (BRASIL, 1990) Ao contrário do que uma grande parte da população pensa, ser penalmente inimputável, não significa que o adolescente não vai ser responsabilizado pelo ato que cometeu. Como podemos observar, o ECA, em seus Art. 101 e 112, desconstrói a concepção punitiva e opressora que era empregada nas instituições destinadas aos autores de ato infracional até então. No lugar das punições e castigos, entram em vigor as medidas socioeducativas. Em janeiro de 2012 surge a Lei nº , que institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) e regulamenta a execução das medidas socioeducativas destinadas aos adolescentes que sejam autores de ato. O atendimento dos adolescentes que sofrem medidas socioeducativas é baseado no conjunto de direitos e deveres dispostos no ECA e na Lei do SINASE nº /2012, ou seja, o adolescente não deixa de ser um sujeito de direitos por cometer um ato infracional. O ato infracional é uma circunstância em que o sujeito se encontra naquele determinado momento, por isso não deve ser tomado com a identidade do adolescente que o cometeu. Segundo o Art. 98, sempre que os direitos reconhecidos pelo ECA forem ameaçados ou violados: I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável; III - em razão de sua conduta, podem ser aplicadas medidas que estão definidas pelo Art. 101 do ECA, que seriam: Art Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a autoridade competente poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas: I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade; II - orientação, apoio e acompanhamento temporários; III - matrícula e freqüência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental; IV - inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da família, da criança e do adolescente; V - requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial; VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; VII - acolhimento institucional;

8 VIII - inclusão em programa de acolhimento familiar; IX - colocação em família substituta. (BRASIL, 1990) Como está previsto no ECA, todo o atendimento socioeducativo deve estar em consonância com as áreas da educação, saúde, assistência social, cultural e a capacitação para o trabalho e esporte. As medidas que podem ser aplicadas em casos de atos infracionais cometidos por adolescentes são divididas em dois grupos as Medidas de Meio Aberto e as Medidas Privativas e Restritivas de Liberdade. Tais medidas poderão ser aplicadas de acordo com a gravidade do ato cometido, em casos de descumprimento de medida anterior ou de reincidência. Cada medida socioeducativa apresenta desenhos e funções específicas, ao passo que também segue objetivos gerais, definidos em lei. (BRASIL, 2015, p. 9). As medidas não devem ser entendidas ou executadas sem levar em consideração suas especificidades, bem como a situação e a particularidade do adolescente ao qual serão aplicadas. Conforme a Lei do SINASE nº /2012, medidas socioeducativas em Meio Aberto são ações que devem ser desenvolvidas e realizadas junto à comunidade, ou seja, são atividades realizadas para ajudar e/ou melhorar a comunidade e são de responsabilidade do Poder Executivo Municipal. Já as medidas Privativas e Restritivas acontecem em instituições especializadas no atendimento à adolescentes em conflito com a lei e são de responsabilidade do Poder Executivo Estadual. A primeira medida que podemos observar no Artigo 112 é a Advertência, que consiste em uma repreensão verbal e o aconselhamento feitos ao adolescente por um representante do Ministério Público. A advertência é geralmente aplicada em casos de atos infracionais leves, aos quais presume-se que apenas a repreensão verbal será suficiente. A segunda medida é a obrigação de reparar o dano causado, esta medida consiste na restituição da coisa ou ressarcimento do dano causado por meio de pagamento caso haja possibilidade de ser feito. A medida de prestação de serviço à comunidade, tendo como prazo máximo de seis meses de duração, consiste na prestação de serviços gratuitos à comunidade, podendo ser cumprido em diversas instituições, programas e órgãos públicos como escolas e hospitais. A carga horária máxima, prevista em lei, é de oito horas semanais que não podem prejudicar a frequência escolar do adolescente.

9 A medida de Liberdade Assistida (LA) consiste no acompanhamento individual do adolescente por um técnico ou programa social que possui a duração mínima de seis meses, na qual o adolescente será inserido em projetos e ações comunitários. As medidas de Restrição e Privação de liberdade previstas na Lei do SINASE são divididas em três grupos: Regime de Semiliberdade; Internação Provisória e Internação em estabelecimento educacional. A medida de Internação Provisória, ao contrário das outras, tem natureza cautelar, que garante o princípio constitucional da presunção do estado de inocência (BRASIL, 2015, p. 17), o qual proíbe que o adolescente receba o tratamento de culpado. O período máximo da Internação Provisória é de 45 dias e durante todo o período de internação os direitos do adolescente devem ser assegurados, com exceção da liberdade, incluindo a educação, que deve ser viabilizada seja em instituição externa ou dentro da unidade de internação. A Semiliberdade, prevista no Art. 120 do ECA, é uma medida com grandes particularidades, primeiramente esta medida, ao contrário das outras, não possui um prazo de duração definido, ou seja, não existe um tempo mínimo ou máximo estipulado em lei ou diretriz. Por ser uma medida que viabiliza e incentiva o contato com a comunidade externa à unidade de internação, as atividades externas realizadas pelos internos são o ponto forte da medida. Como há apenas a restrição da liberdade do adolescente e por permitir o desenvolvimento de atividades fora da unidade de internação, a escolarização em instituição regular independe do parecer da equipe técnica responsável pelo adolescente ou do juiz. As medidas de Internação em instituição educacional, prevista no Art. 121 do ECA, devem ser cumpridas em instituições especializadas e de acordo com a especificidade do ato infracional cometido pelo adolescente. Durante todo o período em que estiver cumprindo a medida socioeducativa deve ter seus direitos assegurados, pois mesmo estando em situação de conflito com a lei, o adolescente não se torna um objeto em proteção do Estado. Considerações finais

10 Sendo um sujeito de direitos o adolescente em medida socioeducativa, seja ela qual for, tem direito à educação, entendida como um direito fundamental de formação e de sobrevivência prevista na Constituição Federal, deve ser ofertado em instituição regular de ensino ou dentro da unidade de internação. É a função da escola formar o sujeito integralmente de forma que compreenda o contexto e as regras do grupo social em que está inserido de forma ativa. O adolescente em medida socioeducativa de internação não deixa de ser sujeito de direitos e parte da sociedade e por isso tem direito à educação, que, segundo o ECA, deve ser assegurado pelo Estado e pela sociedade em geral. Romanowski (2015, p.7) afirma que é imprescindível a inclusão do ECA no Projeto Político Pedagógico da Escola (PPP), eis que o PPP é uma espécie de constituição da Escola, e deve traduzir os propósitos de toda a comunidade escolar, desta forma o PPP deve ser fundamentado a partir da Doutrina de Proteção Integral, como está previsto no ECA. Em relação à ocorrência de ato infracional, cometido por alunos, cabe também à escola compreender e identificar situações que podem ser consideradas ato infracional ou que possam tê-lo como consequência. Porém não cabe ao professor ou à equipe gestora da escola tipificar ou estereotipar o aluno. Crianças e adolescentes estão em fase de experimentação e descoberta do mundo à sua volta, com estas experimentações podem ocorrer casos em que uma situação ensaística, as quais possibilitam que o sujeito se afaste da situação, pode se tornar permanente e resultar em um ato infracional e gerar consequências permanentes, mas isto não é uma regra. A visão que os professores e a escola como um todo tem de seus alunos influencia de forma direta em seu comportamento, um exemplo disso são os casos de evasão escolar de adolescentes em medida socioeducativa se tornarem uma característica recorrente. Referências BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. São Paulo: Cortez, BRASIL. Lei nº de 18 de janeiro de Institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), regulamenta a execução das medidas socioeducativas. Disponível em: <

11 -2012?OpenDocument> Acesso em : 02 de agosto de BRASIL. Código Penal. Decreto Lei de 07 de dezembro de BRASIL. Diretrizes Nacionais para a educação escolar dos adolescentes e jovens em atendimento socioeducativo. Distrito Federal ALMEIDA, Thayane Carolina de. MASANO, Sonia Regina Vargas. Corpos marcados: uma análise histórica sobre a institucionalização de adolescentes em conflito com a lei. Mnemosine. Vol. 8, nº 2, p , CHRISPINO, Alvaro. CHRISPINO, Raquel S. P. A judicialização das relações escolares e a responsabilidade civil dos educadores. Ensaio: aval.pol.públ.educ. vol.16, nº58. Rio de Janeiro, Jan/Mar ROMANOWSKI, Darlusa. ECA na escola: orientações frente à doutrina da proteção integral na prática de atos de indisciplina e atos infracionais. Revista de Educação do IDEAU. Vol. 10 Nº21 Janeiro Julho 2015.

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