Mercados. informação regulamentar. Polónia Condições Legais de Acesso ao Mercado
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- Thereza de Sá
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1 Mercados informação regulamentar Polónia Condições Legais de Acesso ao Mercado Outubro 2012
2 Índice 1. Regime Geral de Importação 3 2. Regime de Investimento Estrangeiro 4 3. Quadro Legal 7 2
3 1. Regime Geral de Importação Com a entrada na União Europeia em 1 de maio de 2004, a Polónia passou a fazer parte integrante da União Aduaneira, caracterizada, nomeadamente, pela livre circulação de mercadorias e pela adoção de uma política comercial comum em relação a países terceiros. O Mercado Único ( instituído em 1993 entre os Estados-membros da UE, criou um grande espaço económico interno, traduzido na liberdade de circulação de bens, de capitais, de pessoas e de serviços, tendo sido eliminadas as fronteiras internas físicas, fiscais e técnicas. Deste modo, as mercadorias com origem na UE ou colocadas em livre prática no espaço comunitário, encontram-se isentas de controlos alfandegários, sem prejuízo, porém, de uma fiscalização no que respeita à respetiva qualidade e características técnicas. Neste contexto, a rede SOLVIT ( é um mecanismo criado pela União Europeia para resolver problemas entre os Estados-membros resultantes da aplicação incorreta das regras do Mercado Único, evitando-se, assim, o recurso aos tribunais. A União Aduaneira implica, para além da existência de um território aduaneiro único, a adoção da mesma legislação neste domínio Código Aduaneiro Comunitário bem como a aplicação de iguais imposições alfandegárias aos produtos provenientes de países terceiros Pauta Exterior Comum (PEC). A regra geral de livre comércio com países exteriores à UE não impede que as instâncias comunitárias determinem restrições às importações (como seja a existência de contingentes anuais), quando negociadas no seio da Organização Mundial de Comércio (OMC). A PEC baseia-se no Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias (SH), sendo os direitos aduaneiros na sua maioria ad valorem, calculados sobre o valor CIF das mercadorias. Para além dos referidos encargos, há, também, lugar ao pagamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA): Taxa normal 23%, aplicável à generalidade de bens e serviços; Taxas reduzidas 8%, sobre serviços de restauração e hotelaria, construção e habitação social; 5% sobre livros, revistas e alguns produtos básicos de alimentação; 0% nas exportações e serviços de transporte internacional. Os serviços relacionados com a educação, a saúde e o bem-estar social, serviços financeiros e culturais estão isentos de IVA ( / Determinados produtos encontram-se, também, sujeitos ao pagamento de Impostos Especiais sobre o Consumo, como sejam o álcool, as bebidas alcoólicas ou o tabaco. 3
4 A informação sobre os impostos e taxas pode ser encontrada na página da União Europeia em 2. Regime de Investimento Estrangeiro O promotor externo encontra neste país um regime jurídico adaptado ao ordenamento comunitário; com a adesão à UE e por forma a criar um clima favorável à captação de investimento estrangeiro e a reduzir os entraves à implementação de negócios na Polónia, foi publicada a Lei sobre a Liberdade de Acesso à Atividade Económica (2 de julho de 2004) que permite ao investidor externo aceder à maioria dos setores de atividade; nos últimos anos verificaram-se reformas adicionais para facilitar, ainda mais, o ambiente de negócios, nomeadamente a possibilidade de constituição de Sociedades de Responsabilidade Limitada (tipo social mais frequentemente utilizado pelo investidor externo) por via eletrónica (desde 1 de janeiro de 2012). Ao abrigo do referido diploma, o empresário estrangeiro beneficia de um tratamento idêntico ao conferido ao empresário nacional, podendo as empresas ser detidas na sua totalidade por capital estrangeiro. Com esta reforma legislativa, o Governo pretendeu: Facilitar o desenvolvimento de atividades económicas / estabelecimento de empresas; Simplificar os procedimentos envolvidos, nomeadamente através da redução do número de documentos necessários para iniciar uma atividade económica e o tempo dispendido para o cumprimento das respetivas formalidades; Reduzir os poderes discricionários das autoridades competentes através do estabelecimento de um quadro legal de maior transparência no relacionamento entre agentes económicos e a Administração Pública, favorável à criação de um ambiente mais estável para o desenvolvimento da atividade económica; Simplificar os procedimentos de registo de uma empresa (apresentação de formulários via Internet); Introduzir o Número Único de Identificação Fiscal (NIP); Criar condições mais eficazes para a prossecução de projetos de investimento; 4
5 Limitar o número de atividades objeto de concessões/permissões a áreas de relevante interesse público (ex.: prospeção/exploração de depósitos minerais e extração de minerais e armazenagem de substâncias em depósitos abertos; produção/comercialização de explosivos, armas e munições e produtos e tecnologias para fins militares e policiais; fabricação, armazenagem, transmissão, distribuição e comercialização de combustíveis e energia; proteção de pessoas e bens; transmissão de programas de rádio e televisão; transportes aéreos). As formalidades a cumprir dependem do tipo de empresa a constituir. O empresário estrangeiro que pretenda estabelecer uma Sucursal apenas pode exercer a sua atividade económica no setor da atividade que constitui o objeto da sua empresa no país de origem; a Sucursal inicia a sua atividade logo após a inscrição no Registo Nacional de Empresários (tradução à letra Tribunal de Registo Nacional, em polaco KRS Krajowy Rejestr Sądowy), sendo obrigatória a nomeação de um representante do empresário estrangeiro. Já o Escritório de Representação tem uma atividade muito limitada, pois apenas pode tratar de aspetos relacionados com a promoção da atividade da empresa-mãe. A abertura de uma representação comercial está obrigatoriamente sujeita a inscrição prévia no Registo das Representações dos empresários estrangeiros efetuada junto do Ministério da Economia. Os promotores estrangeiros também podem optar pela criação de uma empresa de raiz, optando por uma das formas sociais previstas na lei; de um modo geral, e como sucede em Portugal, as sociedades comerciais na Polónia podem ser divididas em dois grupos: sociedades de pessoas (Sociedade em Nome Coletivo; Sociedade em Comandita Simples; Sociedade em Comandita por Ações) e sociedades de capitais (Sociedade de Responsabilidade Limitada; Sociedade Anónima). Os interessados podem consultar informação sobre como criar uma empresa na Polónia no Portal do Banco Mundial, página Doing Business in Poland / Starting a Business ( Também no Site da aicep Portugal Global estão disponíveis, no tema Mercados Externos, entre outras, as seguintes publicações: Polónia Guia Prático sobre a Legislação Laboral, ( 826c-65366cadc095) e Polónia Criação de Empresas Guia Prático ( 9e95-af1ccbfe9433). A Polónia assegura a livre transferência de capitais relacionados com a execução de investimentos diretos ou com a liquidação e repatriação dos mesmos, bem como de todos os lucros resultantes do exercício da atividade empresarial. 5
6 Relativamente à estrutura orgânica de apoio ao investimento direto estrangeiro no país, cabe ao organismo governamental Polish Information and Foreign Investment Agency (PAIiIZ) promover e desenvolver a política nacional em matéria de investimento, bem como prestar assistência ao promotor externo (ex.: disponibilização de informação económica e regulamentar; listas de contactos para constituição de parcerias com empresas locais; assessoria em todas as fases do processo de investimento). No que respeita aos incentivos importa referir que a Polónia oferece uma diversidade de ajudas financeiras ao investimento (de caráter regional, fiscal, sectorial, etc.), que variam de acordo com o capital envolvido, o número de postos de trabalho criados, a inovação tecnológica e o impacto ambiental, entre outros aspetos. Neste contexto destacam-se: Apoios Estatais ao Investimento Fundos Estruturais (Quadro Comunitário de Apoio ) Zonas Económicas Especiais / SEZ Special Economic Zones Parques Industriais e Tecnológicos / Industrial and Technology Parks Os interessados podem aceder a mais informação regulamentar sobre investir na Polónia através da consulta da publicação Legal Aspects of Doing Business in Poland (2012) Com vista a promover e a reforçar o desenvolvimento das relações de investimento entre os dois países, foram assinados entre Portugal e a Polónia o Acordo sobre a Promoção e Proteção Mútuas de Investimentos e a Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, ambos em vigor. 6
7 3. Quadro Legal Regime de Importação Regulamento (CEE) n.º 2454/93, JOCE n.º L253, de 11 de outubro (com alterações posteriores) Fixa determinadas disposições de aplicação do Regulamento (CEE) n.º 2913/92, que estabelece o Código Aduaneiro Comunitário ( Regulamento (CEE) n.º 2913/92, JOCE n.º L302, de 19 de outubro (com alterações posteriores) Estabelece o Código Aduaneiro Comunitário ( Notas: O Código Aduaneiro Modernizado Regulamento (CE) n.º 450/2008, JOUE n.º L145, de 4 de junho substituirá o Código Aduaneiro Comunitário de 1992, quando as disposições de execução necessárias forem adotadas e aplicadas, o mais tardar em 24 de junho de Regime de Investimento Estrangeiro Quadro Nacional Estratégico de Referência Define as prioridades e as áreas de atuação, assim como a forma de implementação dos Fundos Comunitários na Polónia, para o período ( Lei sobre a Liberdade de Acesso à Atividade Económica, de 2 de julho de 2004 Regula o estabelecimento de atividades económicas na Polónia ( Nota: Os interessados podem consultar legislação polaca (ex.: impostos, formas de sociedades, quadro legal laboral, incentivos) no Site da Polish Information and Foreign Investment Agency (PAIiIZ), tema Polish Law Acordos Relevantes Decreto n.º 9/2004, de 29 de abril Aprova o Acordo de Cooperação no Domínio do Turismo entre Portugal e a Polónia ( Resolução da Assembleia da República n.º 57/97, de 9 de setembro Aprova a Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, entre Portugal e a Polónia ( 7
8 Decreto n.º 35/93, de 9 de outubro Aprova o Acordo sobre a Promoção e Proteção Mútuas de Investimentos, entre Portugal e a Polónia ( Para mais informação sobre mercados externos, os interessados podem consultar o Site da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. Av. 5 de Outubro, 101, LISBOA Tel. Lisboa: Contact Centre: aicep@portugalglobal.pt Capital Social Euros Matrícula CRC Porto Nº 1 NIPC
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