Mercados. informação regulamentar. Austrália Condições Legais de Acesso ao Mercado
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- Igor Ferreira Vasques
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1 Mercados informação regulamentar Austrália Condições Legais de Acesso ao Mercado Novembro 2010
2 Índice 1. Regime Geral de Importação 3 2. Regime de Investimento Estrangeiro 4 3. Quadro Legal 5 2
3 1. Regime Geral de Importação Face ao liberalismo que caracteriza as trocas comerciais com o exterior, as autoridades australianas não exigem licenças para a importação da generalidade das mercadorias, embora para determinados produtos seja necessário obter autorizações junto das entidades competentes (como sejam os produtos químicos e primários, narcóticos, psicotrópicos e substâncias terapêuticas, produtos perigosos e armas). Estas limitações justificam-se: por razões de saúde, segurança e ambiente; para o controlo das exigências ao nível da embalagem, etiquetagem e especificações técnicas; ou para o cumprimento de acordos internacionais. Os interessados podem aceder, no Site dos serviços alfandegários australianos, à listagem dos produtos sujeitos a restrições ou proibições na importação, na página O Australian Quarentine and Inspection Service DAFF ( está encarregue de efectuar análises laboratoriais de inspecção das mercadorias que entram no país ( tendo estabelecido um regime de quarentena, nomeadamente na introdução de produtos animais, com o objectivo de proteger a introdução e propagação de doenças. Assim, é necessária a apresentação de certificados sanitários e fitossanitários, emitidos pelos organismos competentes no país de expedição, quando se trate da importação de produtos cárneos, da pesca e plantas, sujeitos a períodos de quarentena e ao cumprimento de requisitos técnicos, muitas vezes, mais exigentes que os europeus. De referir que os bens expedidos em contentores de madeira deverão ser acompanhados de um certificado que comprove que se encontram livres de parasitas e foram sujeitos a tratamento de fumigação antes do embarque. No que respeita ainda à regulamentação técnica de produtos importa mencionar que o Standards Australia ( é o organismo responsável pela elaboração de normas e requisitos relativos à composição e etiquetagem dos produtos que, em parte, estão alinhados com a normalização internacional. Contudo, alguns sectores (ex.: construção; saúde; e segurança) estão sujeitos a normas nacionais. Entre os produtos submetidos a regulamentação técnica destacam-se, fundamentalmente, os bens alimentares ( mas, também, os veículos, os produtos farmacêuticos e alguns bens de consumo. 3
4 A Pauta Aduaneira australiana (que sofreu, nas últimas décadas, uma reforma progressiva com vista à redução das tarifas alfandegárias) baseia-se no Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias (SH), sendo os direitos de importação calculados numa base ad valorem sobre o valor FOB das mercadorias. Contudo, determinados bens, tais como as bebidas alcoólicas e certos produtos do tabaco, estão sujeitos a uma tributação cujo montante resulta de uma combinação de direitos ad valorem e em espécie (os produtos do açúcar e do petróleo são tributados exclusivamente em espécie). A média das taxas aduaneiras situa-se nos 3,5%, prevendo este país continuar a implementar o plano de redução das tarifas, nomeadamente, para produtos como os têxteis e o calçado que, em 2015, não deverão ultrapassar os 5%. Para mais informação os interessados deverão consultar o Site dos serviços alfandegários australianos ( Para além dos direitos aduaneiros, recai ainda sobre a maioria dos bens importados na Austrália, bem como sobre as produzidas localmente, um imposto sobre o valor acrescentado, designado Imposto sobre Bens e Serviços Goods and Services Tax (GST), com uma taxa uniforme de 10%. Sobre as bebidas alcoólicas, tabaco, produtos petrolíferos e carros de luxo incidem, também, Impostos Especiais de Consumo. As taxas aplicadas na importação de cada produto na Austrália podem ser consultadas na página «Market Access Database», da responsabilidade da União Europeia (clicar em «Applied Tariffs Database»). 2. Regime de Investimento Estrangeiro Com base no plano de liberalização económica desencadeado pelas autoridades australianas, o regime de investimento estrangeiro sofreu algumas transformações, promovendo o Governo a captação de capital externo que não contrarie o interesse nacional e contribua para o desenvolvimento estratégico da economia do país. Neste contexto, foram simplificadas as formalidades administrativas, no sentido de facilitar os investimentos em determinados sectores de actividade e de minimizar os procedimentos de avaliação dos projectos. Com a introdução destas medidas pretendeu-se diversificar as respectivas actividades económicas, aumentar a produtividade e adaptar a economia à concorrência externa. Não existem sectores vedados ao investimento estrangeiro, embora sejam impostas algumas restrições em áreas consideradas estratégicas ou mais sensíveis (limitações ao nível da aquisição de capital social mínimo), como sejam a banca, a aviação civil, os meios de comunicação social (rádio, televisão e jornais), as telecomunicações, o sector mineiro e a aquisição de imóveis urbanos. 4
5 As operações de investimento realizadas em conformidade com a legislação australiana não se encontram sujeitas a restrições, gozando o respectivo titular do direito de repatriar o capital investido e de transferir para o exterior os rendimentos aí obtidos, após o cumprimento de todas as obrigações fiscais. A política de investimento estrangeiro é conduzida pelo Ministério das Finanças, através do Foreign Investment Review Board (FIRB) em colaboração com outras entidades estatais. No que toca às formalidades a cumprir, as empresas estrangeiras devem registar-se, como tal, no Australian Securities and Investments Commission (ASIC) Relativamente a incentivos ao investimento, estes podem ter a sua origem no Governo Federal ou Governos Estaduais e, ocasionalmente, nos Governos Municipais. Atendendo às potencialidades dos projectos para o desenvolvimento da área em que se inserem, alguns Estados atribuem incentivos especiais. Entre os diversos apoios existentes, podem-se destacar isenções fiscais, assistência financeira e apoio para a contratação de pessoal qualificado. A promoção da internacionalização e o incremento da investigação e desenvolvimento tecnológico são domínios de aposta governamental. A Austrade Australian Trade Commission, organismo que tem por missão informar os promotores estrangeiros sobre as oportunidades de investimento e incentivos existentes, disponibiliza no seu Site informação relevante Entre Portugal e a Austrália não foram celebrados quaisquer acordos para a promoção e protecção recíproca dos investimentos ou para evitar a dupla tributação sobre os rendimentos. 3. Quadro Legal Regime de Importação Customs Tariff Act, de 1995 (com alterações posteriores) Relativo ao Código Aduaneiro. Trade Practices Act, de 1974 Proíbe os actos de comércio restritivos e a actuação monopolística. 5
6 Regime de Investimento Estrangeiro Fair Work Act, de 2009 Regula as relações laborais (em vigor a 1 de Janeiro de 2010). Corporations Act, de 2001 Aprova o Código das Sociedades. New Tax System (Goods and Services Tax) Act, de 1999 Relativo ao Imposto incidente sobre Bens e Serviços. Airports Act, de 1996 Limita a participação estrangeira no sector da aviação civil. Broadcasting Services Act, de 1992 Fixa limites de participação de investimento estrangeiro no sector televisivo. Foreign Acquisitions and Takeovers Act, de 1975, modificado em 1989 Estabelece normas gerais para o investimento estrangeiro. Banking Act, de 1959 Regula o enquadramento legal do investimento estrangeiro no sector bancário. No Site LEXADIN Legislation Australia ( também é possível consultar legislação relevante por temas. Acordo Relevante Decreto n.º 11/2002, de 13 de Abril Aprova a Convenção sobre Segurança Social e o Acordo Administrativo relativo às Modalidades de Aplicação entre Portugal e a Austrália (em vigor desde ). Para mais informação legislativa sobre mercados externos, consulte o Site da aicep Portugal Global em: Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. Av. 5 de Outubro, 101, LISBOA Tel. Lisboa: Contact Centre: aicep@portugalglobal.pt Capital Social 110 milhões de Euros Matrícula CRC Porto Nº 1 NIPC
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