Mercados. informação regulamentar. Estónia Condições Legais de Acesso ao Mercado
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- Fábio Palhares Leal
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1 Mercados informação regulamentar Estónia Condições Legais de Acesso ao Mercado Novembro 2009
2 Índice 1. Regime Geral de Importação 3 2. Regime de Investimento Estrangeiro 3 3. Quadro Legal 5 2
3 1. Regime Geral de Importação Com a entrada na União Europeia, em 1 de Maio de 2004, a Estónia passou a fazer parte integrante da União Aduaneira, caracterizada, nomeadamente, pela livre circulação de mercadorias e pela adopção de uma política comercial comum em relação a países terceiros. O Mercado Único, instituído em 1993 entre os Estados-membros da UE, criou um grande espaço económico interno, traduzido na liberdade de circulação de bens, de capitais, de pessoas e de serviços, tendo sido eliminadas as fronteiras internas, fiscais e técnicas. Deste modo, as mercadorias com origem na UE ou colocadas em livre prática no espaço intracomunitário, encontram-se isentas de controlos alfandegários, sem prejuízo, porém, de uma fiscalização no que respeita à respectiva qualidade e características técnicas. A União Aduaneira implica, para além da existência de um território aduaneiro único, a adopção da mesma legislação neste domínio Código Aduaneiro Comunitário bem como a aplicação dos mesmos direitos alfandegários aos produtos provenientes de países terceiros Pauta Exterior Comum (PEC). A PEC baseia-se no Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias (SH), sendo que os direitos aduaneiros na sua maioria ad valorem, são calculados sobre o valor CIF das mercadorias. As importações, as vendas intracomunitárias, assim como as transacções de bens e a prestação de serviços a título oneroso, encontram-se, também, sujeitas ao pagamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) cujas taxas variam entre 20% (taxa normal), 9% e 0% (taxas reduzidas). Para além do IVA incidem, ainda, sobre certas mercadorias, como sejam as bebidas alcoólicas, o tabaco e os produtos petrolíferos Impostos Especiais de Consumo. 2. Regime de Investimento Estrangeiro O Tratado da União Europeia consagra, entre outros princípios, a liberdade de circulação de capitais de onde resulta um quadro geral do investimento estrangeiro comum entre todo o espaço comunitário, nos limites decorrentes do princípio da subsidiariedade, sem prejuízo dos instrumentos legislativos estabelecidos pelos Estados-membros. 3
4 A legislação da Estónia não estabelece restrições ao investimento externo, ou quaisquer controlos cambiais, permitindo o estabelecimento de empresas detidas na sua totalidade por capital externo e garantindo ao promotor estrangeiro o mesmo tratamento que o conferido aos nacionais, incluindo o direito de propriedade de terrenos. Para criar uma empresa na Estónia é necessário solicitar uma autorização de estabelecimento, variando as formalidades a seguir em função do tipo de actividade. Uma vez obtida a autorização (algumas vezes depende de licença emitida pelo Ministério da Economia - exercício de actividades de transporte e telecomunicações, produção de energia e exploração mineira) é preciso formar e registar a nova entidade. Quanto às formas legais de constituição estas são muito semelhantes às que existem a nível europeu: sociedades de pessoas (ex.: Sociedade em Nome Colectivo e Sociedade em Comandita) e de capitais (Sociedade de Responsabilidade Limitada e Sociedade Anónima). No momento de se inscreverem no Registo Comercial, as empresas devem apresentar a documentação necessária, nomeadamente: redacção dos Estatutos assinados pelos fundadores; escritura pública da nova sociedade perante notário; e documento comprovativo da abertura de conta numa entidade bancária em nome da nova sociedade onde foram depositadas as entradas. A promoção do investimento estrangeiro na Estónia realiza-se, fundamentalmente, através da Estonian Investment & Trade Agency ( integrada no Enterprise Estonia (EAS - A EAS (entidade governamental) tem como objectivo apoiar o desenvolvimento da economia e da actividade empresarial do país, competindo-lhe prestar assistência técnica e legal ao promotor externo, designadamente no que toca ao desenvolvimento dos projectos de investimento, divulgar informação quanto às oportunidades existentes, e estabelecer contactos com entidades dos sectores público e privado, De referir, ainda, a existência de Centros Regionais de Desenvolvimento que proporcionam apoio técnico na criação de novas empresas e também facultam incentivos de ordem financeira. Em matéria de incentivos ao investimento a EAS procura incentivar a criação e o desenvolvimento da actividade empresarial, disponibilizando ajuda financeira (ex.: empréstimos a juros bonificados) à abertura de novas empresas e ao desenvolvimento de entidades já constituídas em projectos de investimento realizados na área da tecnologia, da inovação industrial e do conhecimento e formação dos recursos humanos. Estas ajudas beneficiam, muitas vezes, de co-financiamento comunitário. 4
5 Neste contexto, os empresários (nacionais e estrangeiros) podem, também, aceder aos incentivos comunitários para o período que visam o aumento da coesão económica e social entre os Estados-membros e a redução das disparidades regionais. Os programas operacionais da Estónia foram aprovados pelo Governo e pela Comissão Europeia: Programa Operacional para o Desenvolvimento Económico; Programa Operacional para a Capacitação dos Recursos Humanos; e Programa para o Desenvolvimento do Meio Ambiente. Por fim, de referir que foi celebrada entre Portugal e a Estónia uma Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, que entrou em vigor em Julho de Quadro Legal Regime de Importação Regulamento (CEE) n.º 2454/93, JOCE n.º L253, de 11 de Outubro (com alterações posteriores, nomeadamente o Regulamento n.º 414/2009) Fixa determinadas disposições de aplicação do Regulamento (CEE) n.º 2913/92, que estabelece o Código Aduaneiro Comunitário. Regulamento (CEE) n.º 2913/92, JOCE n.º L302, de 19 de Outubro (com alterações posteriores) Estabelece o Código Aduaneiro Comunitário. Regime de Investimento Estrangeiro Employment Contracts Act, de Dezembro de 2008 Define o regime legal aplicável aos contratos de trabalho. Alcohol, Tobacco, Fuel and Electricity Excise Duty Act, de Junho de 2007 (com alterações posteriores) Aprova o regime jurídico dos Impostos Especiais sobre o Consumo, de acordo com legislação comunitária. Value Added Tax Act, de 10 de Dezembro de 2003 (com alterações posteriores) Aprova o Imposto Sobre o Valor Acrescentado (IVA), em consonância com a legislação comunitária. Taxation Act, de Fevereiro de 2002 (com alterações posteriores) Especifica os direitos e as obrigações das autoridades fiscais e dos contribuintes. 5
6 Commercial Code, de 15 de Fevereiro de 1995 (com alterações posteriores) Aprova o Código Comercial. Nota: Estes e outros diplomas da Estónia estão disponíveis, em inglês, no Site do Estonian Legal Language Centre Acordo Relevante Resolução da Assembleia da República n.º 47/2004, de 8 de Julho Aprova a Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento. Para mais informação, consulte o Site da aicep Portugal Global, no sub canal Sobre Mercados Externos Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. Av. 5 de Outubro, 101, LISBOA Tel. Lisboa: Contact Centre: aicep@portugalglobal.pt Capital Social 110 milhões de Euros Matrícula CRC Porto Nº 1 NIPC
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