Comprometendo-se a proteger a Comunidade do comércio desleal e ilegítimo apoiando a actividade económica legítima.
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- Nathalia Vilanova Canejo
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1 Sendo o objectivo dos Regulamentos (CE) nº 1005/2008 do Conselho e (CE) nº1010/2009, da Comissão, assegurar que todos os produtos de pesca comercializados e importados ou exportados pela comunidade, tenham sido capturados de acordo com as medidas internacionais de conservação e de gestão, instituindo, para o efeito, um regime de certificação aplicável a todas as trocas comerciais, de produtos da pesca com a Comunidade. No mesmo sentido e em conformidade com o enunciado de missão da DGAIEC cabe a esta exercer o controlo da fronteira externa comunitária e do território aduaneiro nacional, Comprometendo-se a proteger a Comunidade do comércio desleal e ilegítimo apoiando a actividade económica legítima. Assim, no âmbito das suas atribuições, em cumprimento das medidas regulamentares, compete aos serviços aduaneiros: A recepção dos certificados de captura correspondentes aos produtos da pesca presentes; O controlo formal de todos os documentos de certificação, nomeadamente, a conformidade da validação efectuada pelas autoridades com competência atribuída pelo país emissor e os elementos constantes na base de dados, comunitária; Comunicar aos serviços competentes da DGPA, as situações que suscitem dúvidas e as não conformidades com as medidas regulamentares; Teresa Almeida/DGAIEC Página 1
2 Sendo imperativo normativo que: Os produtos da pesca capturados após 01 de Janeiro, só podem ser importados para a comunidade se forem acompanhados de um certificado de captura Este será o preceito base para as nossas obrigações Definição de produtos da pesca Os Produtos da pesca Quaisquer produtos classificáveis no capítulo 03 e nas posições pautais e da Nomenclatura Combinada estabelecida pelo Regulamento (CEE) nº 2658/87 do Conselho, excepto os indicados, em anexo ao Regulamento Só podem ser importados Importação A definição do Regulamento (CE) nº 1005/2008 indica que é a Introdução de produtos da pesca no território da comunidade Ao enquadrar esta definição em termos aduaneiros, encontramos: No manual da Declaração Aduaneira de entrada, encontramos a seguinte definição: Teresa Almeida/DGAIEC Página 2
3 IMPORTAÇÃO: a chegada de mercadorias não comunitárias expedidas de outro Estado-membro, provenientes de um Estado-membro ou provenientes de um país terceiro Encontramos ainda, na legislação aduaneira base, o Código Aduaneiro Comunitário, precisamente no artigo 38º, uma disposição que nos vai ajudar: 1. As mercadorias introduzidas no território aduaneiro da Comunidade devem ser conduzidas, no mais curto prazo, pela pessoa que procedeu a essa introdução, utilizando, se for caso disso, a via determinada pelas autoridades aduaneiras e com conformidade com as regras fixadas por essas autoridades: a) Quer à estância aduaneira designada pelas autoridades aduaneiras ou a qualquer outro local designado ou autorizado por essas autoridades; 2. Quem tomar a seu cargo o transporte das mercadorias após a sua introdução no território aduaneiro da Comunidade, nomeadamente na sequência de um transbordo, torna-se responsável pelo cumprimento da obrigação referida no nº O no 1 não se aplica às mercadorias que se encontrem a bordo de navios ou aeronaves que atravessem o mar territorial ou o espaço aéreo dos Estados-membros, sem ter como destino um porto ou um aeroporto situado nesses Estados-membros. Concluímos o seguinte: Teresa Almeida/DGAIEC Página 3
4 Os produtos da pesca, provenientes de um país terceiro, devem ser apresentados, no mais curto prazo, a uma estância aduaneira, devidamente autorizada para os produtos em causa. Falta ainda referir o último conceito da frase que sustenta este percurso: Os produtos da pesca capturados após 01 de Janeiro, só podem ser importados para a comunidade se forem acompanhados de um certificado de captura Certificado de captura Este conceito já aqui foi referido, Documento emitido no estado de pavilhão do navio de captura, com a informação relevante sobre o produto da pesca e validado pelas entidades dotadas de poderes para certificar a exactidão das informações nele inscritas. Procedimentos No território nacional há 3 grandes portos, Lisboa, Leixões e Sines, em que os procedimentos já se encontram informatizados / os documentos são transmitidos por via electrónica e, até 2013, o mesmo será aplicado aos restantes pontos de entrada. Tratando-se de um novo procedimento e carecendo, ainda, de alguns ajustes, a apresentação dos Certificados será em formato de papel. Teresa Almeida/DGAIEC Página 4
5 1. Antes da chegada da mercadoria e no prazo indicado, o operador ou o seu representante é responsável pela apresentação, na estância aduaneira autorizada para a entrada de produtos da pesca, do certificado de captura e, quando se tratar de importação indirecta, dos restantes documentos e, na minha perspectiva, deve ser enviada cópia dos certificados aos serviços competentes da DGPA. 2. Na estância aduaneira será efectuada a verificação formal dos elementos de certificação, e os documentos que apresentem não conformidade com os elementos constantes da base de dados comunitária são devolvidos ao operador, para que este efectue a diligências necessárias e apresente novo documento. 3. Nas declarações aduaneiras respeitantes à mercadoria, deve ser inscrito, na casa nº 44, a identificação do documento de captura respectivo, ao qual corresponde o código C641 Certificado de captura a) Recomendam as boas práticas que não é necessário, mas será elemento facilitador, de forma a agilizar a tramitação da declaração aduaneira, que deverá ser apresentada, como documento de suporte à declaração aduaneira, cópia do certificado de captura. A mercadoria só poderá ser desalfandegada se estas formalidades estiverem cumpridas. Teresa Almeida/DGAIEC Página 5
6 RECUSA de IMPORTAÇÂO Em cumprimento das medidas regulamentares será recusada a importação de produtos da pesca que não se encontrem acompanhados de certificados devidamente validados, ou se não forem cumpridas as formalidades exigidas. TRÂNSITO Relativamente ao regime de trânsito, o tipo de controlo depende do destino da mercadoria, assim sendo, - Se a mercadoria apresentar como destino, um local situado noutro Estado Membro, na declaração de trânsito deve ser indicado o certificado de captura, continuando o original na posse do operador, para ser presente no destino final da mercadoria. - Sempre que o seu desalfandegamento se efectuar noutro local nacional, que não o ponto de entrada, as formalidades inerentes ao controlo do certificado de captura serão efectuadas na Estância Aduaneira de entrada/partida do trânsito. Exportação e reexportação Quanto à exportação e reexportação de produtos da pesca, os certificados de captura não constituem uma exigência comunitária, devendo o operador/exportador cumprir a obrigação imposta pelo país de destino. Teresa Almeida/DGAIEC Página 6
7 Não poderá ser descurado o facto de que, caso a mercadoria retorne ao território comunitário, ex. sempre que solicitado o regime de aperfeiçoamento passivo, serão exigidos os documentos de exportação e/ou reexportação. EM RESUMO 1. Operador/importador tem que ter na sua posse os documentos exigidos para os produtos relativos a cada remessa. 2. No prazo previsto apresenta na estância aduaneira competente os certificados correspondentes à mercadoria. 3. Na Declaração Aduaneira correspondente aos produtos da pesca, o campo nº 44, deve conter os elementos do respectivo Certificado de captura. Teresa Almeida/DGAIEC Página 7
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