POLÍTICA DE CONTEÚDO LOCAL Situação atual e perspectivas futuras
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1 POLÍTICA DE CONTEÚDO LOCAL Situação atual e perspectivas futuras Alberto Machado Neto Diretor Executivo São Paulo, 25 de julho de 2017
2 Contexto A crise tem levado os países a estimularem a produção interna - Ociosidade Queda no patamar dos preços do petróleo redução de investimentos Redução no nível de investimentos da Petrobras - Endividamento - Cancelamento de encomendas e suspensão de pagamentos. Investimentos realizados para atender demandas do setor com capacidade ociosa e redução de empregados. Forte movimento contra o Conteúdo Local. Renovação do REPETRO. Alterações no ambiente de negócios afetam as condições para que novos investimentos industriais aconteçam no país e até mesmo para a manutenção dos existentes.
3 O CL é fator de inibição do investimento dos operadores O custo do não Conteúdo Local pode ser maior Alterações das regras de Conteúdo Local vão inviabilizar os investimentos na indústria nacional e fragilizar as empresas que investiram, especialmente em um momento extremamente crítico de crise em que o país se encontra. Com a regra atual de Conteúdo Local os efeitos do Plano de Negócios da Petrobras (cerca de R$ 206,0 bilhões) em exploração e produção de petróleo e gás podem gerar ao longo de cinco anos (matriz insumo-produto): R$ 257,8 bilhões de valor de produção na economia R$ 113,5 bilhões em PIB R$ 107,4 bilhões em receitas com Tributos Federais e em ICMS 315 mil empregos diretos e indiretos R$ 60,5 bilhões em salários
4 O próximo leilão só terá sucesso com a flexibilização das regras de CL O sucesso do leilão depende prioritariamente do cenário internacional e da qualidade das áreas a serem ofertadas: As medidas adotadas pelo governo pretendem atrair novos investimentos, mas estão deixando para trás os investimentos já realizados por empresas nacionais e multinacionais fornecedoras de bens e serviços. A Rodada 11, de 2013, é um exemplo claro de sucesso. Demonstra que não é a regra de conteúdo local que afugenta os investidores. Dos 289 blocos ofertados, 50% foram arrematados, com pagamento de bônus no valor de R$2,9 Bi. A excelente geologia do Pré-sal, aliada à alta produtividade e óleo de melhor qualidade, minimiza riscos inerentes ao negócio.
5 A indústria, os epecistas e os estaleiros não são capazes de competir com preço e prazo Fatores como preço e prazo são resultados diretos de planejamento Falta de isonomia tributária Grandes atrasos em encomendas sem exigência Conteúdo Local Não temos conhecimento de atrasos que tenham sido de responsabilidade exclusiva da indústria. Causas: Sinalizações otimistas Editais mal especificados Projetos com escopo mal definido EVTEs mal avaliados
6 A indústria, os epecistas e os estaleiros não são capazes de competir com preço e prazo Fatores como preço e prazo são resultados diretos de planejamento bem executado Aumento de custos na RENEST, empreendimento sem exigência de Conteúdo Local
7 O MOVIMENTO VISA: promover condições de competitividade da indústria de bens e serviços no país; obter tratamento isonômico entre fornecedores nacionais e internacionais, inclusive quanto à ampla oportunidade de participação em licitações; valorizar o papel do setor produtivo de bens e serviços da cadeia de valor do setor de petróleo e gás na geração de emprego e renda locais.
8 AUTORIDADES CONTATADAS Executivo: Ministros e Secretários: Presidência, MME, MINFAZ, MDIC, Casa Civil, Planejamento e Secretaria Geral. Senado e Câmara dos Deputados - Oito Frentes Parlamentares TCU Audiências Públicas ANP Comissões
9 Relatório do TCU Plenário TC / de 30/11/2016 Natureza: Auditoria Operacional Responsáveis: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e Ministério de Minas e Energia (MME) SUMÁRIO: AUDITORIA OPERACIONAL. AVALIAÇÃO DA SISTEMÁTICA VIGENTE DA POLÍTICA DE CONTEÚDO LOCAL. ANÁLISE DAS IMPLICAÇÕES E DOS IMPACTOS DA AUSÊNCIA DE REGULAMENTAÇÃO DO INTRUMENTO DE WAIVER. DETERMINAÇÕES E RECOMENDAÇÕES.
10 Relatório do TCU Número elevado de pedidos de Waiver A quantidade de pedidos de waiver não indica distorções na sistemática; 117 pedidos entre julho de 2011 e setembro de 2015 em um universo de mais de de itens e subitens existentes; Falta de parâmetros para avaliar os reais motivos dos pedidos de waiver; Os pedidos de waiver podem se tornar importante fonte para o estabelecimento de uma política industrial.
11 Relatório do TCU Avaliação do impacto de políticas de CL Os resultados podem ser avaliados pela empresas que aqui se instalaram; A ausência de métricas existe em praticamente todas as iniciativas semelhantes; Não há métricas para avaliação do Repetro; Não há mecanismos de avaliação, considerando o tratamento isonômico entre os fornecimentos locais e importados.
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13 Relatório do TCU Consulta do TCU não levou em conta todo o encadeamento produtivo Houve uma desproporcionalidade entre o levantamento de informações entre os stakeholders; Apenas as operadoras, o Governo e a ONIP foram ouvidos; A indústria não foi ouvida (a ONIP, não é entidade de classe e sim instituição mobilizadora); As versões preliminares foram submetidas apenas aos órgãos consultados, não tendo havido oportunidade para manifestação de partes importantes do processo.
14 Relatório do TCU Parametrização pelas sondas da Sete Brasil Sonda não é um item representativo do setor; São equipamentos de uso temporal; Dinâmica de mercado de sondas é diferenciada; Não são intensivas em máquinas e equipamentos; Ocorreram diversos fatores fora do controle da indústria.
15 Relatório do TCU Comparação equivocada de preços e prazos Não foram considerados: Custo Brasil e assimetrias ao longo do encadeamento produtivo; O Relatório compara os preços no Brasil com médias mundiais, confundindo áreas e realidades diferentes; A afirmação de que houve atrasos também não foi adequadamente avaliada, pois não considerou que houve atrasos também nas sondas importadas (CL ZERO); É normal ocorrerem extensões de prazo decorrentes de revisões e alterações contratuais.
16 Relatório do TCU Bases para definir competitividade Capacidade do fornecedor nacional atuar em bases competitivas sem indicar em que bases a análise foi realizada; Bases regulatórias e práticas em países consultados; Custos considerados juros, impostos, câmbio, encargos, logística, burocracia, segurança, ambiente de negócios, entre outros; Confusão entre competitividade e produtividade; Empresas brasileiras são competitivas quando exportam e não o são no Brasil.
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18 Conclusões sobre o Relatório Existe a necessidade de estabelecimento de uma Política industrial para o setor e não apenas índices serem obtidos; As conclusões não podem ser generalizadas; As multas aplicadas até o momento dizem respeito à fase de exploração que tem características diferentes da fase de desenvolvimento, não necessariamente servindo como parâmetros para avaliação do todo.
19 Lei nº Em 30/06/2016 foi sancionada a Lei nº ( Lei das Estatais ), que dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Art. 28. Os contratos com terceiros destinados à prestação de serviços às empresas públicas e às sociedades de economia mista, inclusive de engenharia e de publicidade, à aquisição e à locação de bens, à alienação de bens e ativos integrantes do respectivo patrimônio ou à execução de obras a serem integradas a esse patrimônio, bem como à implementação de ônus real sobre tais bens, serão precedidos de licitação nos termos desta Lei. Reunião com a Petrobras agendada para Agosto para tratar do assunto
20 DECRETO Nº 8.637, DE 15 DE JANEIRO DE 2016 Art. 1º Fica instituído o Programa de Estímulo à Competitividade da Cadeia Produtiva, ao Desenvolvimento e ao Aprimoramento de Fornecedores do Setor de Petróleo e Gás Natural - Pedefor, com os seguintes objetivos: I - elevar a competitividade da cadeia produtiva de fornecedores no País; II - estimular a engenharia nacional; III - promover a inovação tecnológica em segmentos estratégicos; IV - ampliar a cadeia de fornecedores de bens, serviços e sistemas produzidos no País; V - ampliar o nível de conteúdo local dos fornecedores já instalados; e VI - estimular a criação de empresas de base tecnológica.
21 DECRETO Nº 8.637, DE 15 DE JANEIRO DE 2016 Art. 2º A implementação do Programa ocorrerá por meio de: I - incentivo aos fornecedores no País, a partir da valoração, no âmbito da política de conteúdo local do setor de petróleo e gás, de um percentual de conteúdo local superior ao efetivamente existente para os bens, serviços e sistemas de caráter estratégico, incluindo: a) engenharia desenvolvida localmente; b) desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País; c) elevado potencial de geração de empregos qualificados; e d) promoção de exportações
22 CNPE RESOLUÇÃO No 7, DE 11 DE ABRIL DE 2017 CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA ENERGÉTICA Estabelece diretrizes para definição de Conteúdo Local em áreas unitizáveis e aprova as exigências de Conteúdo Local para Rodadas de Licitações de áreas para exploração e produção de petróleo e gás natural a serem conduzidas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP.
23 CNPE RESOLUÇÃO No 7, DE 11 DE ABRIL DE 2017 Art. 4o O Conteúdo Local mínimo obrigatório...para Blocos em Terra, os percentuais mínimos de Conteúdo Local obrigatório serão os seguintes: a) Fase de Exploração com mínimo obrigatório global de cinquenta por cento; e b) Etapa de Desenvolvimento da Produção com mínimo obrigatório global de cinquenta por cento; III - para Blocos em Mar, os percentuais mínimos de Conteúdo Local obrigatório serão os seguintes: Resolução CNPE no 7, de 11 de abril de fl. 3 a) Fase de Exploração com mínimo obrigatório global de dezoito por cento; e b) Etapa de Desenvolvimento da Produção: de vinte e cinco por cento para Construção de Poço; de quarenta por cento para o Sistema de Coleta e Escoamento; e de vinte e cinco por cento para a Unidade Estacionária de Produção; IV - não aplicabilidade do mecanismo de isenção de cumprimento dos compromissos
24 Consulta e Audiência Públicas Já realizadas: Waiver de Libra - 30 de março de ª Rodada de Blocos Exploratórios 27 de junho de 2017
25 Consulta e Audiência Públicas nº 15/2017 Consulta e Audiência Públicas nº 15/2017 OBJETIVO: Obter subsídios e informações adicionais sobre os pré-editais e as minutas de contrato das 2ª e 3ª Rodadas de Licitações de Partilha de Produção. Período da Consulta Pública: 15 dias, de 05/07/2017 a 21/07/2017. Data da Audiência Pública: 25/07/2017.
26 Consulta e Audiência Públicas nº 20/2017 OBJETIVO: Recolher subsídios para disciplinar os critérios, requisitos e procedimentos aplicáveis à Isenção de cumprimento da obrigação de Conteúdo Local, bem como as regras gerais dos Ajustes de percentual de Conteúdo Local comprometido e das Transferências de Excedente de Conteúdo Local a partir da sétima rodada. Período da Consulta Pública: 30 (trinte) dias, de 19/7/2017 a 18/8/2017. Data da Audiência Pública: 1/9/2017, das 8h às 12:00h.
27 PROJETO DE LEI DO SENADO nº 218, de 2017 Autoria: Senador Lindbergh Farias Ementa: Dispõe sobre o conteúdo local obrigatório nas aquisições de bens e serviços para as atividades, em todos os regimes, de exploração e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos e dá outras providências. Explicação da Ementa: Dispõe que o aproveitamento das jazidas de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos do Brasil deve ser realizado em benefício do desenvolvimento econômico e social, do adensamento das cadeias produtivas, do desenvolvimento tecnológico, da inovação e do bem-estar dos brasileiros.
28 ONIP Organização Nacional da Indústria do Petróleo A ONIP é o único Local que congrega todos os atores do setor de Petróleo e Gás. Ao longo do tempo se afastou de seus objetivos originais. Há interesse que a ONIP retome seu papel original - Órgão mobilizador e um fórum de articulação e networking entre os diversos atores. O novo cenário: mudanças radicais - exigências de conteúdo local rearranjo do mercado - financiamentos externos - alterações no modo de contratar novos atores. O esperado é que a Onip volte a cumprir o seu papel original devidamente adaptado ao novo cenário. Os efeitos da participação da Abimaq na ONIP vão além dos interesses dos fornecedores diretos ao setor de petróleo e gás.
29 RETOMADA DOS INVESTIMENTOS AGORA SERIA A HORA DE DAR ÊNFASE AO CONTEÚDO LOCAL: INVESTIMENTOS JÁ FEITOS INSTALAÇÕES CONCLUÍDAS E PESSOAL TREINADO DISPONIBILIDADE (OCIOSIDADE) FASE DE DESENVOLVIMENTO DE BLOCOS JÁ LICITADOS.
30 OBRIGADO! Alberto Machado Neto Cel: Tel:
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