Mestrado Profissionalizante em Finanças as e Economia Empresarial FGV / EPGE Prof. Eduardo Ribeiro Julho Setembro 2007

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Mestrado Profissionalizante em Finanças as e Economia Empresarial FGV / EPGE Prof. Eduardo Ribeiro Julho Setembro 2007"

Transcrição

1 Projeções de Séries S Temporais Econometria dos Mercados Financeiros Mestrado Profissionalizante em Finanças as e Economia Empresarial FGV / EPGE Prof. Eduardo Ribeiro Julho Setembro 2007 Objetivo do curso Capacitar o aluno a realizar previsões de séries s de tempo financeiras e econômicas 1

2 Previsão de séries s Tipos de previsão E(Y t Ω t ) E(Y t Ω t-1 ) V(Y t Ω t-1 ) Previsão de séries s Exemplos E(Y t Ω t )= α + β x t E(Y t Ω t-1 ) = α + β x t-1 E(Y t Ω t-1 ) = α + β y t-1 V(Y t Ω t-1 ) = α + β σ 2 t-1 2

3 Modelo Clássico de séries s Decomposição da série s em Ciclo (C), Tendência(T), Sazonalidade (estacionalidade)) (S) e Irregular (I). Y = C + T + S + I (linear) Y = C T S I (multiplicativo) lny = lnc + lnt + lns + lni y = c + t + s + i Modelo Clássico de séries s Ciclo é relativamente pouco estudado pois exige séries s que envolvem décadas d (problema de quebras estruturais), ou é incluído na tendência (não linear). Modelo básico: b ruído branco Y = I onde ε t ~iid(0, σ 2 ) y t = α + ε t 3

4 Modelo Clássico de séries s Componentes fixos (não estocásticos): sticos): T= β t S = Σ α s d st onde d st =1 se mês / trimestre / dia da semana = s e d st =0 em outros casos. Modelo Clássico de séries s exemplo simples y t = α + β t + Σ α s d st + ε t Série sem tendência: z t = y t α + β t Série sem sazonalidade: z t = y t α Σ α s d st Série sem tendência nem sazonalidade ε t = y t α β t Σ α s d st 4

5 Modelo Clássico de séries s exemplo simples Gráficos Avaliação do Modelo de Previsão Considera-se se um bom modelo de previsão aquele Com previsões não viesadas; Eficiente (menor erro de previsão); Usa toda a informação disponível; Parcimonioso (lâmina de Occam). 5

6 Outro modo de ver o problema O Objetivo é exaurir a informação disponível em y,, a partir das informações de Ω,, de modo que o erro não tenha nenhuma informação sistemática. tica. Em outras palavras, para Ω=x, sabendo que V(y) = β 2 V(x) + V(ε) queremos ter um modelo onde: V( V(ε) ) <<V(y), e ε seja ruído branco. Medidas de avaliação de modelos Para avaliar se as previsões são não viesadas, avaliar graficamente; Para avaliar se o erro de previsão (dentro e fora da amostra) é pequeno, considera-se se as seguintes medidas: MSE = Σ (y t ÿ t ) 2 /T MAE =Σ = y t ÿ t /T AIC= T ln (SQR) + 2 k SIC= T ln (SQR) + k ln(t) 6

7 Medidas de avaliação de modelos Para avaliar se toda a informação está sendo empregada, usamos Testes de especificação (autocorrela( autocorrelação); e Teste de variáveis veis omitidas. Para avaliar se o modelo é parcimonioso, usamos critérios rios de informação como SIC e/ou R 2 -ajustado. Lembrando as Hipóteses do Modelo 1. Relacionamento linear entre as variáveis veis 2. E(ε i ) = 0 3. E(ε i2 ) = σ 2 (constante) 4. Os erros são independentes entre si: E(ε i ε j ) = 0, i j i j = 1, 2, Os erros e as variáveis veis explicativas são independentes: E(x ki ε i ) = 0 6. Distribuição Normal dos erros: ε ι ~iid N(0, σ 2 ) 7. As variáveis veis explicativas não podem ser combinações lineares entre si. 7

8 Testes dos Resíduos 1. Autocorrelação Correlação no tempo (ontem ajudando a prever hoje), i.e., Cor(e t, e t-s ) 0. Problemas da autocorrelação ão: : inferência errada (desvios padrões dos coeficientes calculados de modo errôneo). Diagnóstico: Correlograma Diagnóstico: Test Serial Correlation LM: significância da regressão de e t em função de e t-1, e t- 2,..., e t-p Solução: incluir termos autoregressivos,, MQG ou corrigir desvios padrões (Método Newey-West West.) Modelo de séries s Componentes aleatórios (não estocásticos): sticos): I = β 1 y t-1 + β 2 y t-2, onde β <1 <1 T= β y t-1, onde β=1 S = β s y t-s onde s=4, se dados trimestrais, s=12 se dados anuais, etc... 8

9 Modelo de séries s Modelo com tendência estocástica stica (random( walk): ou y t = α + y t-1 + ε t y t = y t - y t-1 = α + ε t (retornos, ao invés s de preços) Modelo de séries s Modelo com tendência e sazonalidade estocástica: stica: z t = y t z t = α + β s z t-4 + ε t ou (1- L)(1- β s L 4 ) y t = α + ε t A(L) y t = α + ε t Onde L é o operador de defasagens e A(L) é um polinômio em L. 9

10 Propriedades do operador de defasagem L i y t = y t-i L -i y t = y t+i Lc = c (L i + L j )y t = y t-i + y t-j L i L j y t = y t-(i+j) Se α <1, <1, (1-αL-α 2 L 2 -α 3 L )= 1/(1-αL) Se α >1, >1, (1-αL-α 2 L 2 -α 3 L )= -αl/(1-αl) L) Propriedades de uma série s de tempo Uma série s de tempo apresenta a peculiaridade de que temos amostras de tamanho 1 apenas para cada data t. Para podermos empregar o instrumental estatístico stico usual em uma série s de tempo, algumas condições tem de ser verificadas, para que a série s seja estacionária (fracamente estacionária / estac.. de 2a ordem / estac.. na covariância). 10

11 Estacionariedade de uma série de tempo Condições para estacionariedade E(y t )= µ V(y t ) = σ 2 Cov(y t, y t-s ) = γ s Note que a média, m variância e covariância não dependem da data em que está sendo avaliada (t).( Desta forma qualquer período é representativo do comportamento da série. s Estacionariedade de uma série de tempo As propriedades da série s de tempo A(L)y t = α + ε t dependem do polinômio A(L),, que faz com que a série s seja uma equação em diferenças. Uma equação em diferenças expressa o valor de uma variável vel em termos de seus valores defasados, do tempo e outras variáveis veis. As raízes do polinômio (propriedades) influenciam as propriedades estatísticas sticas das séries. s 11

12 Estacionariedade de uma série de tempo As propriedades da série s de tempo A(L)y t = α + ε t dependem do polinômio A(L), que faz com que a série seja uma equação em diferenças. Uma equação em diferenças expressa o valor de uma variável vel em termos de seus valores defasados, do tempo e outras variáveis veis. 12

Notas de Aulas Econometria I ** Eduardo P. Ribeiro, 2010 PARTE II

Notas de Aulas Econometria I ** Eduardo P. Ribeiro, 2010 PARTE II Notas de Aulas Econometria I ** Eduardo P Ribeiro, 00 PARTE II Autocorrelação Autocorrelação: violação da hipótese: E [ε t ε t-s ] = 0, para s > 0, como por exemplo, ε t = ε t- + υ t, onde υ t é ruído

Leia mais

Econometria IV Modelos Lineares de Séries Temporais. Fernando Chague

Econometria IV Modelos Lineares de Séries Temporais. Fernando Chague Econometria IV Modelos Lineares de Séries Temporais Fernando Chague 2016 Estacionariedade Estacionariedade Inferência estatística em séries temporais requer alguma forma de estacionariedade dos dados Intuição:

Leia mais

Modelo de Regressão Múltipla

Modelo de Regressão Múltipla Modelo de Regressão Múltipla Modelo de Regressão Linear Simples Última aula: Y = α + βx + i i ε i Y é a variável resposta; X é a variável independente; ε representa o erro. 2 Modelo Clássico de Regressão

Leia mais

Análise e Previsão de Séries Temporais Aula 1: Introdução às séries temporais. Eraylson Galdino

Análise e Previsão de Séries Temporais Aula 1: Introdução às séries temporais. Eraylson Galdino Análise e Previsão de Séries Temporais Aula 1: Introdução às séries temporais egs@cin.ufpe.br Agenda Séries Temporais: Definições Exemplos Modelos simples com média zero: Ruído I.I.D Processo Binário Random

Leia mais

Notas de Aulas Econometria I ** Eduardo P. Ribeiro, 2011 PARTE II

Notas de Aulas Econometria I ** Eduardo P. Ribeiro, 2011 PARTE II Notas de Aulas Econometria I ** Eduardo P Ribeiro, 0 PARTE II Autocorrelação Autocorrelação: violação da hipótese: E [ε t ε t-s ] = 0, para s > 0, como por exemplo, ε t = ρ ε t- + υ t, onde υ t é ruído

Leia mais

4 Modelos de Regressão Dinâmica

4 Modelos de Regressão Dinâmica 4 Modelos de Regressão Dinâmica Nos modelos de regressão linear (Johnston e Dinardo, 1998) estudados comumente na literatura, supõe-se que os erros gerados pelo modelo possuem algumas características como:

Leia mais

Econometria Semestre

Econometria Semestre Econometria Semestre 2010.01 174 174 21.4. PROCESSOS ESTOCÁSTICOS INTEGRADOS O passeio aleatório é apenas um caso particular de uma classe de processos estocásticos conhecidos como processos integrados.

Leia mais

Aula 1. Wilson Correa. June 27, 2017

Aula 1. Wilson Correa. June 27, 2017 Aula 1 Definições Básicas Wilson Correa June 27, 2017 Série de Tempo Definição Uma série de tempo é qualquer conjunto de observações ordenadas no tempo. Podem ser: Discretas. Ex: Valores Diários de Poluição,

Leia mais

Séries Temporais e Modelos Dinâmicos. Econometria. Marcelo C. Medeiros. Aula 9

Séries Temporais e Modelos Dinâmicos. Econometria. Marcelo C. Medeiros. Aula 9 em Econometria Departamento de Economia Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Aula 9 Data Mining Equação básica: Amostras finitas + muitos modelos = modelo equivocado. Lovell (1983, Review

Leia mais

Regressões: Simples e MúltiplaM. Prof. Dr. Luiz Paulo Fávero 1

Regressões: Simples e MúltiplaM. Prof. Dr. Luiz Paulo Fávero 1 Regressões: Simples e MúltiplaM Prof. Dr. Luiz Paulo FáveroF Prof. Dr. Luiz Paulo Fávero 1 1 Técnicas de Dependência Análise de Objetivos 1. Investigação de dependências entre variáveis. 2. Avaliação da

Leia mais

LES0773 Estatística Aplicada III

LES0773 Estatística Aplicada III LES0773 Estatística Aplicada III Prof. Luciano Rodrigues Aula 6 Departamento de Economia, Administração e Sociologia Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz-ESAQ Universidade de São Paulo-USP lurodrig2209@gmail.com

Leia mais

Econometria em Finanças e Atuária

Econometria em Finanças e Atuária Ralph S. Silva http://www.im.ufrj.br/ralph/especializacao.html Departamento de Métodos Estatísticos Instituto de Matemática Universidade Federal do Rio de Janeiro Maio-Junho/2013 Modelos condicionalmente

Leia mais

Conceitos Básicos de Séries Temporais para Modelagem Macroeconômica

Conceitos Básicos de Séries Temporais para Modelagem Macroeconômica Conceitos Básicos de Séries Temporais para Modelagem Macroeconômica Material de apoio à aula de RBC Referencia bibliográfica: Introduction to Econometrics G S Maddala e Kajal Lahiri 4a. Edição, John Wiley

Leia mais

Séries Temporais Tendência e sazonalidade.

Séries Temporais Tendência e sazonalidade. Séries Temporais Tendência e sazonalidade. Fernando Lucambio Departamento de Estatística Universidade Federal do Paraná Curitiba/PR, 81531 990, Brasil email: lucambio.ufpr@gmail.com Agosto de 2015 DECOMPOSIÇÃO

Leia mais

AULA 9 - MQO em regressão múltipla: Propriedades Estatísticas (Valor Esperado)

AULA 9 - MQO em regressão múltipla: Propriedades Estatísticas (Valor Esperado) AULA 9 - MQO em regressão múltipla: Propriedades Estatísticas (Valor Esperado) Susan Schommer Econometria I - IE/UFRJ Valor esperado dos estimadores MQO Nesta aula derivamos o valor esperado dos estimadores

Leia mais

Aula 2 Tópicos em Econometria I. Porque estudar econometria? Causalidade! Modelo de RLM Hipóteses

Aula 2 Tópicos em Econometria I. Porque estudar econometria? Causalidade! Modelo de RLM Hipóteses Aula 2 Tópicos em Econometria I Porque estudar econometria? Causalidade! Modelo de RLM Hipóteses A Questão da Causalidade Estabelecer relações entre variáveis não é suficiente para a análise econômica.

Leia mais

Análise de Regressão Linear Simples e

Análise de Regressão Linear Simples e Análise de Regressão Linear Simples e Múltipla Carla Henriques Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia de Viseu Introdução A análise de regressão estuda o relacionamento entre uma variável

Leia mais

Análise de regressão linear simples. Diagrama de dispersão

Análise de regressão linear simples. Diagrama de dispersão Introdução Análise de regressão linear simples Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia de Viseu A análise de regressão estuda o relacionamento entre uma variável chamada a variável dependente

Leia mais

Metodologia de Box-Jenkins. Metodologia de Box-Jenkins. Metodologia de Box-Jenkins

Metodologia de Box-Jenkins. Metodologia de Box-Jenkins. Metodologia de Box-Jenkins Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção Análise de séries temporais: Modelos de Box-Jenkins Profa. Dra. Liane Werner Metodologia de Box-Jenkins Para os modelos de decomposição e os modelos

Leia mais

Testes de Raiz Unitária para Dados em Painel

Testes de Raiz Unitária para Dados em Painel Aula 7 Bibliografia: Stata, 2017. help xtunitroot. From Stata/SE 13 (accessed on Oct. 23, 2018). Pesaran, M.H. (2015). Time series and panel data econometrics. Oxford: Oxford University Press. Rafael S.

Leia mais

Séries Temporais e Modelos Dinâmicos. Econometria. Marcelo C. Medeiros. Aula 4

Séries Temporais e Modelos Dinâmicos. Econometria. Marcelo C. Medeiros. Aula 4 em Econometria Departamento de Economia Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Aula 4 O Processo Média-Móvel Muitas vezes, a estrutura auto-regressiva não é suficiente para descrever totalmente

Leia mais

EXAME NACIONAL DE SELEÇÃO 2010

EXAME NACIONAL DE SELEÇÃO 2010 EXAME NACIONAL DE SELEÇÃO 2010 PROVA DE ESTATÍSTICA 1 o Dia: 30/09/2009 - QUARTA FEIRA HORÁRIO: 10h 30m às 12h 45m (horário de Brasília) EXAME NACIONAL DE SELEÇÃO 2010 PROVA DE ESTATÍSTICA 1º Dia: 30/09

Leia mais

ECONOMETRIA. Prof. Patricia Maria Bortolon, D. Sc.

ECONOMETRIA. Prof. Patricia Maria Bortolon, D. Sc. ECONOMETRIA Prof. Patricia Maria Bortolon, D. Sc. Cap. 8 Análise de Regressão Múltipla: o Problema da Inferência Fonte: GUJARATI; D. N. Econometria Básica: 4ª Edição. Rio de Janeiro. Elsevier- Campus,

Leia mais

Análise e Previsão de Séries Temporais Aula 2: Introdução às séries temporais. Eraylson Galdino

Análise e Previsão de Séries Temporais Aula 2: Introdução às séries temporais. Eraylson Galdino Análise e Previsão de Séries Temporais Aula 2: Introdução às séries temporais egs@cin.ufpe.br Análise e Previsão de Séries Temporais Aula 1 Agenda Resumo da Aula anterior; Estimação e eliminação dos componentes

Leia mais

Modelos para Séries Temporais Aula 1. Morettin e Toloi, 2006, Capítulo 2 Morettin, 2011, Capítulo 2 Bueno, 2011, Capítulo 2

Modelos para Séries Temporais Aula 1. Morettin e Toloi, 2006, Capítulo 2 Morettin, 2011, Capítulo 2 Bueno, 2011, Capítulo 2 Modelos para Séries Temporais Aula 1 Morettin e Toloi, 2006, Capítulo 2 Morettin, 2011, Capítulo 2 Bueno, 2011, Capítulo 2 Modelos para Séries Temporais Os modelos utilizados para descrever séries temporais

Leia mais

Econometria. Econometria ( ) O modelo de regressão linear múltipla. O modelo de regressão linear múltipla. Aula 2-26/8/2010

Econometria. Econometria ( ) O modelo de regressão linear múltipla. O modelo de regressão linear múltipla. Aula 2-26/8/2010 Aula - 6/8/010 Econometria Econometria 1. Hipóteses do Modelo de RLM O modelo de regressão linear múltipla Estudar a relação entre uma variável dependente e uma ou mais variáveis independentes. Forma genérica:

Leia mais

ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS

ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS Ralph S. Silva http://www.im.ufrj.br/ralph/seriestemporais.html Departamento de Métodos Estatísticos Instituto de Matemática Universidade Federal do Rio de Janeiro Referências

Leia mais

Econometria. Econometria MQO MQO. Resíduos. Resíduos MQO. 1. Exemplo da técnica MQO. 2. Hipóteses do Modelo de RLM. 3.

Econometria. Econometria MQO MQO. Resíduos. Resíduos MQO. 1. Exemplo da técnica MQO. 2. Hipóteses do Modelo de RLM. 3. 3. Ajuste do Modelo 4. Modelo Restrito Resíduos Resíduos 1 M = I- X(X X) -1 X Hipóteses do modelo Linearidade significa ser linear nos parâmetros. Identificação: Só existe um único conjunto de parâmetros

Leia mais

Séries Temporais e Modelos Dinâmicos. Econometria. Marcelo C. Medeiros. Aula 2

Séries Temporais e Modelos Dinâmicos. Econometria. Marcelo C. Medeiros. Aula 2 em Econometria Departamento de Economia Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Aula 2 O Modelo Estrutural Seja z t = (z 1t,...,z mt ) R m um vetor composto das variáveis de interesse. Considere

Leia mais

teoria de probabilidade e estatística, uma sequência de palavra série de tempo é usada alternativamente para

teoria de probabilidade e estatística, uma sequência de palavra série de tempo é usada alternativamente para Na teoria de probabilidade e estatística, uma sequência de variáveis aleatórias é independente e indenticamente distribuida (i.i.d) se cada variável aleatória tem a mesma distribuição de probabilidade

Leia mais

Nome: Número: Espaço reservado para classificações

Nome: Número: Espaço reservado para classificações Instituto Superior de Economia e Gestão Universidade de Lisboa Licenciaturas em Economia e em Finanças Econometria - Época Normal - 07/01/2015 Duração 2 horas Nome: Número: Notas: A utilização do telemóvel

Leia mais

ANÁLISE DE REGRESSÃO. Ralph S. Silva. Departamento de Métodos Estatísticos Instituto de Matemática Universidade Federal do Rio de Janeiro

ANÁLISE DE REGRESSÃO. Ralph S. Silva. Departamento de Métodos Estatísticos Instituto de Matemática Universidade Federal do Rio de Janeiro ANÁLISE DE REGRESSÃO Ralph S. Silva Departamento de Métodos Estatísticos Instituto de Matemática Universidade Federal do Rio de Janeiro Referências Referências (livros) A Modern Approach to Regression

Leia mais

Aula 4. Wilson Correa. August 5, 2015

Aula 4. Wilson Correa. August 5, 2015 Aula 4 Raíz Unitária e Cointegração Wilson Correa August 5, 2015 Introdução e Implicações Não estacionariedade possui possivelmente diversas origens em economia como resultado do progresso tecnológico

Leia mais

ECONOMETRIA. Prof. Patricia Maria Bortolon, D. Sc.

ECONOMETRIA. Prof. Patricia Maria Bortolon, D. Sc. ECONOMETRIA Prof. Patricia Maria Bortolon, D. Sc. Cap. 9 Modelos de Regressão com Variáveis Binárias Fonte: GUJARATI; D. N. Econometria Básica: 4ª Edição. Rio de Janeiro. Elsevier- Campus, 2006 Variáveis

Leia mais

Ralph S. Silva

Ralph S. Silva ANÁLISE ESTATÍSTICA MULTIVARIADA Ralph S Silva http://wwwimufrjbr/ralph/multivariadahtml Departamento de Métodos Estatísticos Instituto de Matemática Universidade Federal do Rio de Janeiro Sumário Revisão:

Leia mais

Estimação no Domínio do tempo: Covariâncias e modelos ARIMA

Estimação no Domínio do tempo: Covariâncias e modelos ARIMA Estimação no Domínio do tempo: Covariâncias e modelos ARIMA Airlane Pereira Alencar 8 de Março de 2019 Alencar, A.P., Rocha, F.M.M. (IME-USP) Processos Estocásticos 8 de Março de 2019 1 / 26 Índice 1 Estacionariedade

Leia mais

Instituto Superior de Economia e Gestão Universidade Técnica de Lisboa Econometria Época de Recurso 2/Julho/2013 Duração 2 horas

Instituto Superior de Economia e Gestão Universidade Técnica de Lisboa Econometria Época de Recurso 2/Julho/2013 Duração 2 horas Instituto Superior de Economia e Gestão Universidade Técnica de Lisboa Econometria Época de Recurso 2/Julho/2013 Duração 2 horas NOME: Processo Espaço Reservado para Classificações A utilização do telemóvel

Leia mais

Fundação Oswaldo Cruz Escola Nacional de Saúde Pública Departamento de Epidemiologia. Estatística espacial. Áreas

Fundação Oswaldo Cruz Escola Nacional de Saúde Pública Departamento de Epidemiologia. Estatística espacial. Áreas Fundação Oswaldo Cruz Escola Nacional de Saúde Pública Departamento de Epidemiologia Estatística espacial Áreas Áreas Na análise de áreas o atributo estudado é em geral resultando de uma contagem ou um

Leia mais

Modelos de Regressão Linear Simples - parte III

Modelos de Regressão Linear Simples - parte III 1 Modelos de Regressão Linear Simples - parte III Erica Castilho Rodrigues 20 de Setembro de 2016 2 3 4 A variável X é um bom preditor da resposta Y? Quanto da variação da variável resposta é explicada

Leia mais

Econometria Financeira

Econometria Financeira Ralph S. Silva http://www.im.ufrj.br/ralph/econometriafinanceira.html Departamento de Métodos Estatísticos Instituto de Matemática Universidade Federal do Rio de Janeiro Setembro-Dezembro/2015 Análise

Leia mais

Análise de Séries Temporais. Modelos estacionários Processos puramente aleatórios, AR(p), MA(q) ARIMA(p,q)

Análise de Séries Temporais. Modelos estacionários Processos puramente aleatórios, AR(p), MA(q) ARIMA(p,q) UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto Análise de Séries Temporais. Modelos estacionários Processos puramente aleatórios, AR(p), MA(q) ARIMA(p,q)

Leia mais

Séries Temporais e Modelos Dinâmicos. Econometria. Marcelo C. Medeiros. Aula 12

Séries Temporais e Modelos Dinâmicos. Econometria. Marcelo C. Medeiros. Aula 12 em Econometria Departamento de Economia Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Aula 12 Regressão com Variáveis Não-Estacionárias Considere três processos estocásticos definidos pelas seguintes

Leia mais

Capítulo 3. Modelos Probabilísticos

Capítulo 3. Modelos Probabilísticos Capítulo 3 Modelos Probabilísticos 3.1 Introdução Neste capítulo serão descritos vários modelos adequados para dados de séries temporais. Tais modelos são chamados de processos estocásticos. Matematicamente

Leia mais

ECONOMETRIA AVANÇADA Prova Intermediária - 09/04/2015

ECONOMETRIA AVANÇADA Prova Intermediária - 09/04/2015 ECONOMETRIA AVANÇADA Prova Intermediária - 09/04/2015 Solução Questão I (2,0 pontos): Para o modelo y t = 0, 7y t 1 + ɛ t, com ruído branco ɛ t (0, 1), (a) (0,5) Obtenha a previsão h-passos a frente, ŷ

Leia mais

Econometria. Séries Temporais Lista de Exercícios

Econometria. Séries Temporais Lista de Exercícios Econometria Séries Temporais Lista de Exercícios 1. Estimação da Autocovariância e da Autocorrelação Tome a série de dados da planilha estimacao.xlsx e estime o que se pede sobre a série de tempo dada.

Leia mais

Vetores Auto-Regressivos (VAR) Cristian Rafael Pelizza Estágio de docência

Vetores Auto-Regressivos (VAR) Cristian Rafael Pelizza Estágio de docência Vetores Auto-Regressivos (VAR) Cristian Rafael Pelizza Estágio de docência Forma estrutural e reduzida O método VAR busca capturar a interdependência entre múltiplas séries de tempo. Estrutura-se equações

Leia mais

b χ 2 (a 1)(b 1), sob H 0,

b χ 2 (a 1)(b 1), sob H 0, ISTITUTO SUPERIOR DE AGROOMIA ESTATÍSTICA E DELIEAMETO 3 de ovembro, 014 PRIMEIRO TESTE 014-15 Uma resolução possível I Tem-se uma tabela de contingências de dimensão 4. 1. O problema colocado corresponde

Leia mais

Aula 2 Uma breve revisão sobre modelos lineares

Aula 2 Uma breve revisão sobre modelos lineares Aula Uma breve revisão sobre modelos lineares Processo de ajuste de um modelo de regressão O ajuste de modelos de regressão tem como principais objetivos descrever relações entre variáveis, estimar e testar

Leia mais

3 Modelo estocástico para os fatores de risco

3 Modelo estocástico para os fatores de risco Modelo estocástico para os fatores de risco 35 3 Modelo estocástico para os fatores de risco 3.1. Conceitos básicos Um dos principais problemas de um ALM é a modelagem da incerteza sobre os valores futuros

Leia mais

Análise de Dados Longitudinais Aula

Análise de Dados Longitudinais Aula 1/35 Análise de Dados Longitudinais Aula 08.08.2018 José Luiz Padilha da Silva - UFPR www.docs.ufpr.br/ jlpadilha 2/35 Sumário 1 Revisão para dados transversais 2 Como analisar dados longitudinais 3 Perspectiva

Leia mais

Paulo Jorge Silveira Ferreira. Princípios de Econometria

Paulo Jorge Silveira Ferreira. Princípios de Econometria Paulo Jorge Silveira Ferreira Princípios de Econometria FICHA TÉCNICA TÍTULO: Princípios de Econometria AUTOR: Paulo Ferreira ISBN: 978-84-9916-654-4 DEPÓSITO LEGAL: M-15833-2010 IDIOMA: Português EDITOR:

Leia mais

Análise de Dados Longitudinais Aula

Análise de Dados Longitudinais Aula 1/20 Análise de Dados Longitudinais Aula 13.08.2018 José Luiz Padilha da Silva - UFPR www.docs.ufpr.br/ jlpadilha 2/20 Sumário 1 Modelos Marginais 2 3/20 Modelos Marginais Modelos Marginais para Dados

Leia mais

ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS

ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS Ralph S. Silva http://www.im.ufrj.br/ralph/seriestemporais.html Departamento de Métodos Estatísticos Instituto de Matemática Universidade Federal do Rio de Janeiro Estimação

Leia mais

Instituto Superior de Economia e Gestão Universidade de Lisboa Econometria Época Normal 08/06/2017 Duração 2 horas

Instituto Superior de Economia e Gestão Universidade de Lisboa Econometria Época Normal 08/06/2017 Duração 2 horas 1 NOME: Instituto Superior de Economia e Gestão Universidade de Lisboa Econometria Época Normal 08/06/2017 Duração 2 horas Espaço Reservado para Classificações A utilização de qualquer meio de telecomunicação

Leia mais

Modulo I. Séries Temporais: ARIMA

Modulo I. Séries Temporais: ARIMA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS FACULDADE DE ESTATÍSTICA Modulo I Séries Temporais: ARIMA Curso: Bacharelado em Estatística Disciplina: Estatística Aplicada Nome: Verena

Leia mais

Estimação e Modelagem de Volatilidade - Eduardo Ribeiro 1

Estimação e Modelagem de Volatilidade - Eduardo Ribeiro 1 Discutiremos agora diferentes métodos de estimação de volatilidade de ativos. Volatilidade pode ser entendido como o risco de um ativo (retorno incerto). Volatilidade é chave para precificar opções e calcular

Leia mais

ESTATÍSTICA COMPUTACIONAL

ESTATÍSTICA COMPUTACIONAL ESTATÍSTICA COMPUTACIONAL Ralph dos Santos Silva Departamento de Métodos Estatísticos Instituto de Matemática Universidade Federal do Rio de Janeiro Sumário Motivação Por exemplo, queremos analisar a série

Leia mais

Modelos de Regressão Linear Simples - Análise de Resíduos

Modelos de Regressão Linear Simples - Análise de Resíduos 1 Modelos de Regressão Linear Simples - Análise de Resíduos Erica Castilho Rodrigues 27 de Setembro de 2016 2 3 O modelo de regressão linear é dado por 3 O modelo de regressão linear é dado por Y i = β

Leia mais

Modelos de Regressão Linear Simples - Análise de Resíduos

Modelos de Regressão Linear Simples - Análise de Resíduos Modelos de Regressão Linear Simples - Análise de Resíduos Erica Castilho Rodrigues 1 de Setembro de 2014 3 O modelo de regressão linear é dado por Y i = β 0 + β 1 x i + ɛ i onde ɛ i iid N(0,σ 2 ). O erro

Leia mais

Análise de dados em Geociências

Análise de dados em Geociências Análise de dados em Geociências Decomposição de séries temporais Susana Barbosa Mestrado em Ciências Geofísicas 2014-2015 Resumo Motivação Métodos de decomposição de séries temporais Decomposição clássica

Leia mais

Gabarito e resolução da prova de seleção PPGE FURG Estatística

Gabarito e resolução da prova de seleção PPGE FURG Estatística Gabarito e resolução da prova de seleção PPGE FURG 2019. Questão 1) Resposta: letra c) i. (FALSO) Estatística Variáveis de interação sempre podem ser incluídas mos modelos de regressão, se isso não gerar

Leia mais

Regressão Linear - Parte I

Regressão Linear - Parte I UFPE - Universidade Federal de Pernambuco Curso: Economia Disciplina: ET-406 Estatística Econômica Professor: Waldemar Araújo de S. Cruz Oliveira Júnior Regressão Linear - Parte I 1 Introdução Podemos

Leia mais

Análise de dados em Geociências

Análise de dados em Geociências Análise de dados em Geociências Regressão Susana Barbosa Mestrado em Ciências Geofísicas 2014-2015 Resumo Introdução Regressão linear dados independentes séries temporais Regressão de quantis Regressão

Leia mais

Modelagem do comportamento da variação do índice IBOVESPA através da metodologia de séries temporais

Modelagem do comportamento da variação do índice IBOVESPA através da metodologia de séries temporais Modelagem do comportamento da variação do índice IBOVESPA através da metodologia de séries temporais João Eduardo da Silva Pereira (UFSM) jesp@smail.ufsm.br Tânia Maria Frighetto (UFSM) jesp@smail.ufsm.br

Leia mais

Regressão Linear Simples

Regressão Linear Simples Regressão Linear Simples Capítulo 16, Estatística Básica (Bussab&Morettin, 8a Edição) 10a AULA 18/05/2015 MAE229 - Ano letivo 2015 Lígia Henriques-Rodrigues 10a aula (18/05/2015) MAE229 1 / 38 Introdução

Leia mais

Gabarito Trabalho 1. onde 1 refere-se ao salário quando a variável branco = 1. Teremos, então:

Gabarito Trabalho 1. onde 1 refere-se ao salário quando a variável branco = 1. Teremos, então: Professor: Eduardo Pontual Monitor: Tiago Souza Econometria MFEE Gabarito Trabalho 1 Exercício 1 Queremos estimar a diferença salarial entre trabalhadores brancos e não brancos. Assim, calcularemos a diferença

Leia mais

AULA 09 Regressão. Ernesto F. L. Amaral. 17 de setembro de 2012

AULA 09 Regressão. Ernesto F. L. Amaral. 17 de setembro de 2012 1 AULA 09 Regressão Ernesto F. L. Amaral 17 de setembro de 2012 Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH) Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Fonte: Triola, Mario F. 2008. Introdução à

Leia mais

Módulo 2 AVALIAÇÃO DA DEMANDA EM TRANSPORTES

Módulo 2 AVALIAÇÃO DA DEMANDA EM TRANSPORTES Módulo 2 AVALIAÇÃO DA DEMANDA EM TRANSPORTES Conceitos Iniciais Prever é a arte e a ciência de predizer eventos futuros, utilizandose de dados históricos e sua projeção para o futuro, de fatores subjetivos

Leia mais

Variável dependente Variável independente Coeficiente de regressão Relação causa-efeito

Variável dependente Variável independente Coeficiente de regressão Relação causa-efeito Unidade IV - Regressão Regressões Lineares Modelo de Regressão Linear Simples Terminologia Variável dependente Variável independente Coeficiente de regressão Relação causa-efeito Regressão correlação Diferença

Leia mais

Homocedasticidade? Exemplo: consumo vs peso de automóveis

Homocedasticidade? Exemplo: consumo vs peso de automóveis REGRESSÃO Análise de resíduos Homocedasticidade? Exemplo: consumo vs peso de automóveis 60 50 Consumo (mpg) 40 30 0 10 0 1500 000 500 3000 3500 4000 4500 Peso 0 Diagrama de resíduos 15 10 Resíduos 5 0-5

Leia mais

3 Modelos Comparativos: Teoria e Metodologia

3 Modelos Comparativos: Teoria e Metodologia 3 Modelos Comparativos: Teoria e Metodologia Para avaliar o desempenho do modelo STAR-Tree, foram estimados os modelos Naive, ARMAX e Redes Neurais. O ajuste dos modelos ARMAX e das redes neurais foi feito

Leia mais

Análise Multivariada Aplicada à Contabilidade

Análise Multivariada Aplicada à Contabilidade Mestrado e Doutorado em Controladoria e Contabilidade Análise Multivariada Aplicada à Contabilidade Prof. Dr. Marcelo Botelho da Costa Moraes www.marcelobotelho.com mbotelho@usp.br Turma: 2º / 2016 1 Agenda

Leia mais

Séries Temporais. Fernando Lucambio. Agosto de Departamento de Estatística Universidade Federal do Paraná Curitiba/PR, , Brasil

Séries Temporais. Fernando Lucambio. Agosto de Departamento de Estatística Universidade Federal do Paraná Curitiba/PR, , Brasil Séries rais Autocorrelação Fernando Lucambio Departamento de Estatística Universidade Federal do Paraná Curitiba/PR, 81531 990, Brasil email: lucambio.ufpr@gmail.com Agosto de 2015 AUTOCORRELAÇÃO Uma importante

Leia mais

Quiz Econometria I versão 1

Quiz Econometria I versão 1 Obs: muitos itens foram retirados da ANPEC. Quiz Econometria I versão 1 V ou F? QUESTÃO 1 É dada a seguinte função de produção para determinada indústria: ln(y i )=β 0 + β 1 ln( L i )+β 2 ln( K i )+u i,

Leia mais

Modelos de Regressão Linear Simples - parte II

Modelos de Regressão Linear Simples - parte II Modelos de Regressão Linear Simples - parte II Erica Castilho Rodrigues 14 de Outubro de 2013 Erros Comuns que Envolvem a Análise de Correlação 3 Erros Comuns que Envolvem a Análise de Correlação Propriedade

Leia mais

AULA 4 - MQO Simples: Propriedades algébricas e Estatísticas

AULA 4 - MQO Simples: Propriedades algébricas e Estatísticas AULA 4 - MQO Simples: Propriedades algébricas e Estatísticas Susan Schommer Econometria I - IE/UFRJ Estimação: MQO recapitulando Na aula passada aprendemos estimação por MQO. Recapitulando brevemente Em

Leia mais

Capítulo 9 - Regressão Linear Simples (RLS): Notas breves

Capítulo 9 - Regressão Linear Simples (RLS): Notas breves Capítulo 9 - Regressão Linear Simples RLS: Notas breves Regressão Linear Simples Estrutura formal do modelo de Regressão Linear Simples RLS: Y i = β 0 + β 1 x i + ε i, 1 onde Y i : variável resposta ou

Leia mais

ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS

ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS Ralph S. Silva http://www.im.ufrj.br/ralph/seriestemporais.html Departamento de Métodos Estatísticos Instituto de Matemática Universidade Federal do Rio de Janeiro Definição

Leia mais

Aula 6. Modelo de Correção de Erros Vetorial. Wilson Correa. August 23, Wilson Correa August 23, / 16

Aula 6. Modelo de Correção de Erros Vetorial. Wilson Correa. August 23, Wilson Correa August 23, / 16 Aula 6 Modelo de Correção de Erros Vetorial Wilson Correa August 23, 2017 Wilson Correa August 23, 2017 1 / 16 Equações Simultâneas e Modelos VAR/VEC Frequentemente o interesse em economia é centrado na

Leia mais

Avaliação da produção de cana-de-açúcar no Brasil através do estudo de séries temporais

Avaliação da produção de cana-de-açúcar no Brasil através do estudo de séries temporais Avaliação da produção de cana-de-açúcar no Brasil através do estudo de séries temporais 1 Introdução Micherlania da Silva Nascimento 1 Leila Maria Ferreira 2 Tatiane Carvalho Alvarenga 3 4 O Brasil é o

Leia mais

AULA 1 - Modelos determinísticos vs Probabiĺısticos

AULA 1 - Modelos determinísticos vs Probabiĺısticos AULA 1 - Modelos determinísticos vs Probabiĺısticos Susan Schommer Econometria I - IE/UFRJ O que é Econometria? Aplicação de métodos estatísticos e matemáticos para analisar os dados econômicos, com o

Leia mais

AULA 8 - MQO em regressão múltipla:

AULA 8 - MQO em regressão múltipla: AULA 8 - MQO em regressão múltipla: Definição, Estimação e Propriedades Algébricas Susan Schommer Econometria I - IE/UFRJ Regressão Múltipla: Definição e Derivação A partir de agora vamos alterar o nosso

Leia mais

EPGE / FGV MFEE - ECONOMETRIA. Monitoria 01-18/04/2008 (GABARITO)

EPGE / FGV MFEE - ECONOMETRIA. Monitoria 01-18/04/2008 (GABARITO) EGE / FGV MFEE - ECONOMETRIA Monitoria 01-18/04/008 (GABARITO) Eduardo. Ribeiro eduardopr@fgv.br ofessor Ilton G. Soares iltonsoares@fgvmail.br Monitor Tópicos de Teoria: 1. Hipóteses do Modelo Clássico

Leia mais

Modelos de Regressão

Modelos de Regressão Renato Martins Assunção DCC - UFMG 2015 Renato Martins Assunção (DCC - UFMG) 2015 1 / 19 Exemplo de preço de apto Y = y 1 y 2 y 1499 y 1500 b 0 1 1 1 1 + b 1 área 1 área 2 área 1499 área 1500 + b 2 idade

Leia mais

Séries Temporais e Modelos Dinâmicos. Econometria. Marcelo C. Medeiros. Aula 6

Séries Temporais e Modelos Dinâmicos. Econometria. Marcelo C. Medeiros. Aula 6 em Econometria Departamento de Economia Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Aula 6 O Teorema de Wold O Teorema de Wold Lei dos Grandes Números Teorema Central do Limite -M O Teorema de Wold

Leia mais

FICHA DE DISCIPLINA/PROGRAMA

FICHA DE DISCIPLINA/PROGRAMA Programa de Pós-Graduação em Economia Mestrado/Doutorado Av. João Naves de Ávila, nº 2121 Campus Stª Mônica Bloco J. CEP 38.400-902 Uberlândia/MG. Telefax: (034) 3239-4315 E-Mail: ppge@ufu.br FICHA DE

Leia mais

AULA 11 - Normalidade e Inferência em Regressão Múltipla - Parte 1

AULA 11 - Normalidade e Inferência em Regressão Múltipla - Parte 1 AULA 11 - Normalidade e Inferência em Regressão Múltipla - Parte 1 Susan Schommer Econometria I - IE/UFRJ Distribuições amostrais dos estimadores MQO Nas aulas passadas derivamos o valor esperado e variância

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS fonte de graus de soma de quadrado variação liberdade quadrados médio teste F regressão 1 1,4 1,4 46,2 resíduo 28 0,8 0,03 total 2,2 A tabela de análise de variância (ANOVA) ilustrada acima resulta de

Leia mais

AULA 10 - MQO em regressão múltipla: Propriedades Estatísticas (Variância)

AULA 10 - MQO em regressão múltipla: Propriedades Estatísticas (Variância) AULA 10 - MQO em regressão múltipla: Propriedades Estatísticas (Variância) Susan Schommer Econometria I - IE/UFRJ Variância dos estimadores MQO Vamos incluir mais uma hipótese: H1 [Linear nos parâmetros]

Leia mais

QMRE = n (p+1) R 2. 1 R 2 (p,n (p+1)), sob H 0.

QMRE = n (p+1) R 2. 1 R 2 (p,n (p+1)), sob H 0. INSTITUTO SUPERIOR DE AGRONOMIA ESTATÍSTICA E DELINEAMENTO 4 de Janeiro, 205 SEGUNDO TESTE 204-5 Uma resolução possível I. O valor R 2 =0.528 significa que esta regressão linear múltipla explica quase

Leia mais

Endogeneidade, Variáveis Instrumentais e Modelos de Equações Estruturais

Endogeneidade, Variáveis Instrumentais e Modelos de Equações Estruturais 1 Endogeneidade, Variáveis Instrumentais e Modelos de Equações Estruturais Ernesto F. L. Amaral Magna M. Inácio 21 de outubro de 2010 Tópicos Especiais em Teoria e Análise Política: Problema de Desenho

Leia mais

4 Base de dados, métricas estatísticas e metodologia

4 Base de dados, métricas estatísticas e metodologia 4 Base de dados, métricas estatísticas e metodologia 4.1. Base de dados Foram coletados dados do boletim estatístico do Ministério da Previdência Social de forma temporal para os meses de dezembro de 2002

Leia mais

(iv) Ausência de correlação serial nos erros, dados dois valores quaisquer de X, X i e X j (i j), a correlação entre ε i e ε j é zero,, /,

(iv) Ausência de correlação serial nos erros, dados dois valores quaisquer de X, X i e X j (i j), a correlação entre ε i e ε j é zero,, /, 4 Metodologia O método de estimação por mínimos quadrados está fundamentado em algumas premissas, que são necessárias para realizar inferências estatísticas sobre a variável dependente Y. As principais

Leia mais

Modelos ARCH e GARCH Aula 8. Morettin e Toloi, 2006, Capítulo 1 e 14 Morettin, 2011, Capítulo 1 e 5 Bueno, 2011, Capítulo 8

Modelos ARCH e GARCH Aula 8. Morettin e Toloi, 2006, Capítulo 1 e 14 Morettin, 2011, Capítulo 1 e 5 Bueno, 2011, Capítulo 8 Modelos ARCH e GARCH Aula 8 Morettin e Toloi, 2006, Capítulo 1 e 14 Morettin, 2011, Capítulo 1 e 5 Bueno, 2011, Capítulo 8 Motivação Pesquisadores que se dedicam a prever séries temporais, tais como preços

Leia mais

Esse material foi extraído de Barbetta (2007 cap 13)

Esse material foi extraído de Barbetta (2007 cap 13) Esse material foi extraído de Barbetta (2007 cap 13) - Predizer valores de uma variável dependente (Y) em função de uma variável independente (X). - Conhecer o quanto variações de X podem afetar Y. Exemplos

Leia mais

Regressão geograficamente ponderada (GWR): análise de fenômenos com

Regressão geograficamente ponderada (GWR): análise de fenômenos com Regressão geograficamente ponderada (GWR): análise de fenômenos com Click to edit Master subtitle style heterogeneidade espacial Marcos Wellausen Dias de Freitas freitas@dsr.inpe.br Sumário Regressão linear

Leia mais

2. Séries Temporais Definição

2. Séries Temporais Definição 23 2. Séries Temporais 2.1. Definição Um processo estocástico é uma função aleatória que evolui no tempo (e/ou no espaço), definida sob um espaço de probabilidades. Mais precisamente, um processo estocástico

Leia mais

A Metodologia de Box & Jenkins

A Metodologia de Box & Jenkins A Metodologia de Box & Jenins Aula 03 Bueno, 0, Capítulo 3 Enders, 009, Capítulo Morettin e Toloi, 006, Capítulos 6 a 8 A Metodologia Box & Jenins Uma abordagem bastante utilizada para a construção de

Leia mais

= Assim, toma-se ˆp= x m =

= Assim, toma-se ˆp= x m = INSTITUTO SUPERIOR DE AGRONOMIA ESTATÍSTICA E DELINEAMENTO de Outubro, 06 PRIMEIRO TESTE 06-7 Uma resolução possível I Seja X a variável aleatória que conta o número de parcelas onde cada genótipo da casta

Leia mais

Modelos de Regressão Linear Simples - parte I

Modelos de Regressão Linear Simples - parte I Modelos de Regressão Linear Simples - parte I Erica Castilho Rodrigues 19 de Agosto de 2014 Introdução 3 Objetivos Ao final deste capítulo você deve ser capaz de: Usar modelos de regressão para construir

Leia mais