CONFERÊNCIA RETINOPATIA DIABÉTICA

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1 ESTE ESPECIAL É DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DO DEPARTAMENTO COFINA EVENTOS E FAZ PARTE INTEGRANTE DA REVISTA SÁBADO CONFERÊNCIA RETINOPATIA DIABÉTICA 451 milhões de pessoas (com mais de 18 anos) de portadores de diabetes 693 milhões de pessoas em ,7% das pessoas que vivem com diabetes não são diagnosticadas. 850 mil milhões de dólares de gastos globais em saúde com diabéticos. Fonte: Atlas de Diabetes da InternationalDiabetes Federation (IDF)-2018

2 No Dia Mundial da Retina, 29 de Setembro o Jornal de Negócios a Sábado e a Optivisão realizaram a Conferência Retinopatia Diabética Uma Visão de Futuro, uma iniciativa que reuniu especialistas para debater esta que é a principal causa de cegueira em idade activa. A RETINOPATIA DIABÉTICA CAUSA CEGUEIRA NA VIDA ACTIVA É a complicação mais temida pelos doentes diabéticos. José ManuelBoavida, Médico Endocrinologista e Presidente da Associação Protectora dos Doentes Diabéticos Aretinopatiadiabéticaéaprincipalcausa de cegueira na vida activa, considera Rita Flores, médica oftalmologista no Centro Hospitalar Lisboa Central e professora na NOVA Medical School. A retinopatia diabética é um drama, porque continua a sera principal causa de cegueira e perda de visão na população activa. Estas pessoas ficam incapacitadas para o trabalho e acabam porserumacargaparao sistema de segurança social, refere João Figueira, médico oftalmologista, Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra, investigadorno AIBILI, e professornafaculdade Medicina da Universidade Coimbra. Segundo dados publicados em 2015 pelasociedade Portuguesade Oftalmologia, pelo menos 25 mil indivíduos têm perdade visão devido à diabetes e 13 mil estão cegos por Retinopatia Diabética em Portugal. Todos os anos maisde3milpessoascegamdeformairreversível no nosso país devido a esta doença. Avisãoeoolhosão,muitasvezes,subvalorizados porque é um órgão pequeno, não é considerado vital porque a vida de uma pessoa não depende dele. Mas se perguntarmos aum diabético qual é acomplicação que mais temeéacegueiraoufaltadevisão,sublinha João Figueira. II Os tipos de diabéticos eavisão A DIABÉTICO DE TIPO 1,quesurge em doentes mais jovens, é caracterizada por uma destruição autoimune das células no pâncreas e conduz a uma deficiência grave de insulina. Em termos de visão, merecem uma atenção especial na vertente isquémica. Podem ter uma acuidade visual, com uma mácula saudável, sem edema, mas com umas alterações proliferativas muito marcadas na sua retina periférica. A diabetes é considerada uma pandemia, atinge uma população mais idosa e caracteriza-se por doenças que varia da resistência à insulina, à deficiência relativa de insulina. Os doentes de tipo 2 são mais idosos, têm uma vertente edomatosa mais agressiva do que as complicações proliferativas, que também podem aparecer mas que, de uma forma geral, não são tão agressivas. O que a diabetes faz ao olho Hávários tipos de diabetes, mas é o aumentodeglicemia,doaçúcarnosangue,queprovoca as grandes complicações oculares ao atingir um tecido muito específico do olho, que é aretinopatiadiabética. Tem um envolvimento mais central, em que predominam os fenómenos de edema macular, ou mais periférico, predominam as complicações da isquemia, explica Rita Flores. No primeiro caso, a incompetência dos vasos da retina, que deixam de funcionar correctamente, e permitem extravasar líquido do seu interior dessesvasosparaoespaçodaretina,oque provocaoespessamentoeoedemadaretina, resume João Figueira. No caso da isquemia dá-se a é oclusão destes vasos, que ficam semsangueearetinasemnutriçãooqueprovocaaisquemia, aretinopatiadiabéticaproliferativa. O edema macular e a retinopatia diabéticaproliferativasãoasprincipaiscausas de perda de visão nestes diabéticos, conclui João Figueira. Este professor universitário e investigador alerta para o facto de que muitas vezes estes doentes poderem ter edema macular ou formas isquémicas, e não tersintomas. É importante identificar essas pessoas, mesmo sem sintomas, para que se possa fazer atempadamente os tratamentos disponíveis, que se modificarammuitonosúltimostemposeque dão outra esperança e outros resultados em termos funcionais paraestes doentes, assinala João Figueira. Nagéneseestáadiabetes A diabetes é uma doença heterogénea, e complexa. Dizemos, até, que a diabetes não é uma doença mas um saco onde metemos hoje todo um conjunto de situações que se caracterizam pela glicemia elevada, explica José Manuel Boavida, médico endocrinologista e Presidente da APDP. Na sua origem haveráseguramente muitos genes, que têm vindo a ser identificados, mas não mostram claramente uma possibilidade de identificação precoce. ParaJoão Figueira, adiabetes atinge uma larga população, é uma doença cruel porquenãodói,esãoascomplicaçõesdadiabetes é que nos trazem os grandes problemas como as amputações, os enfartes, os AVC, a insuficiência renal. É uma doença com um pesomuitograndeemtermossociais,degastosdesaúde,eédoençaquetemdeserabordada de uma forma multidisciplinar.

3 25% DOS DIABÉTICOS PODE TER RETINOPATIA DIABÉTICA Hoje no mundo existem mais de 450 milhões de diabéticos e a diabetes é a doença mais mortal com 5 milhões de mortos por ano contra 1,5 milhões com HIV ou a tuberculose. A diabetes é uma pandemia e, além da mortalidade elevada, «continua a ser relevante pela morbilidade associada de outras doenças e complicações, como retinopatia diabética», referiu Marco Dutra Medeiros, Médico Oftalmologista, CHLC; APDP; NOVA Medical School. A nível mundial com base em dados entre 1980 a 2008, a prevalência global de retinopatia diabética foi de 35%, mas é fundamental perceber que o estudo se baseia em estudoscommétodosdeinclusãodiferentes nos quatro continentes, tanto em idades como em tempo com a doença da diabetes. A retinopatia diabética proliferativa, e que é amaisagressivaequesenãofortratada leva à cegueira, tem uma prevalência total de 7% e o edema ocular diabético de 6,8%, referiu Marco Dutra Medeiros. Em relação a Portugal, Marco Dutra Medeiros citou vários estudos. O Estudo de prevalência, incidência e progressão da retinopatia diabética e edema macular diabético na região de Lisboa e Vale do Tejo (Retinodiab), que foi publicado em 2015, apresentava uma prevalência de 16,3% ao nível de retinopatia diabética global. Um outro estudofeitonoâmbitodaapdpemsechegava a uma prevalência em torno dos 20%. Nas previsões do GER Grupo de Estudos da Retina,dequeépresidenteJoséHenriques, a prevalência cifra-se em torno dos 25%. O estudo da Retinodiab O estudo da Retinodiab juntou a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP)eaFaculdadedeCiênciasMédicas, para aferir a prevalência da retinopatia diabética em Lisboa e Vale do Tejo. Foi feito a partir de 103 mil retinografias feitas entre 2009 e outubro de 2014, que correspondem a cerca de 53 mil pessoas rastreadas através do programa de rastreio da retinopatia diabética implementado pela APDP desde 2008, tendo sido validadas 96 mil retinografias, o que demonstra a qualidade do rastreio, refere Marco Dutra Medeiros. A retinopatia diabética foi referenciada em 6,1% das pessoas, que «tiveram que ir para umaconsultadaespecialidadenohospital centralounohospitaldaáreademodoa serem monitorizados de forma mais apertada e mesmo submetidos a algum tipo de tratamento». Foi feito um estudo de incidência de progressão, nesse mesmo rastreio, que envolveu 110 mil retinografias classificáveis, validadas em 57 mil doentes. A incidência cumulativa começou em 4,6% e, no final de cincoanos,erade15%.«éumapatologia quedeanoparaanoaumentaderiscode agravamento, por isso os doentes têm de estar sensibilizados para a doença e para o rastreio», concluiu Marco Dutra Medeiros. A importância do rastreio Este estudo e a prática efectiva em outros países mostra que a eficácia e o efeito a médio e longo prazo da implementação de um rastreio rigoroso e efectivo. Os países de referência são,nãosóosnórdicos,comoo Reino Unido. Este começou, nos anos 60, a fazer o rastreio da retinopatia diabética de forma nacional e transversal. Comparando os biénios e conclui-se que no biénio , pela primeira vez, a retinopatia diabética não foi Diabetes em Portugal NASPESSOAS com mais de 60 anos temos uma prevalência próxima dos 30% de diabetes, o que são números assustadores, diz José Manuel Boavida, médico endocrinologista e presidente da APDP (Associação Protectora dos Doentes Diabéticos). Recordou que a diabetes passou de uma prevalência de 3% no anos 1980 para 13%, segundoumestudode2009feitopela Direcção-Geral da Saúde. Adianta que a incidência da diabetes em Portugal tem a alguma estabilidade mas com números elevados que não se vão reduzir nos próximos anos. José Manuel Boavida refere que a diabetes que aparecia depois dos 60 anos, hoje aparece aos 30 /40 anos. O que quer dizer é que as pessoas vão viver trinta ou quarenta anos com diabetes em vez dos quinze ou vinte anos. aprimeiracausaparaoatestadodeincapacidade para cegueira visual em idade activa em Inglaterra e País de Gales, passados 40 anos da implementação do rastreio. Quando implementamos políticas públicas ao nível da diabetes e da retinopatia diabética não é expectável ter resultados a 3 ou 4 anos, estes resultados que só serão visíveis a médioelongoprazo, a 10, 20 ou 30 anos, conclui Marco Dutra Medeiros. Marco Dutra Medeiros, Médico Oftalmologista, CHLC; APDP; NOVA MedicalSchool III

4 O RASTREIO É A CHAVE PARA O TRATAMENTO A tecnologia, nomeadamente com base na inteligência artificial, está ajudar a melhorar o rastreio da retinopatia diabética. Em Portugal foi desenvolvido o Retmarker, uma metodologia de Inteligência Artificial que foi desenvolvida no AIBILI, e, num estudo independente inglês, foi comparada com outros sistemas e foi a que teve melhor performance, referiu João Figueira. O tratamento de diabetes é um pouco como um iceberg. Metade da população é diabética, se a que sabe ésilenciosa,aquenãosabeépior, diz João Figueira. Por isso temos de encontrar fórmulas para encontrar precocemente as pessoas que são diabéticasequenãoosabemetrazê-los para o sistema de controlo e terapêutico para evitar mais tarde as complicações. A retinopatia diabética tem uma fase geral, que existe em muitos doentes e que é a retinopatia diabéticanãoproliferativa,queéumafase inicial e que não tem consequências para a visão. Não tem sintomas, tem umasqueixasvagas,e,porisso,é enganosa para o doente. De repente, pode, em qualquer altura da sua diabetes, pode aparecer o edema macular e a retinopatia proliferativa, descreve José Cunha-Vaz, Coordenador, Secção de Retinopatia Diabética e de Doenças Vasculares da Retina do EVICR.net. Obrigação de rastreio Mas para João Figueira, é uma obrigaçãodosistemadesaúdeencontrar essas pessoas. E este tem de encontrar modelos para fazer o rastreio. A monitorização da retinopatia João Figueira, Médico Oftalmologista, CHUC, AIBILI; Faculdade Medicina da Universidade Coimbra diabética consiste num controlo anual através de uma consulta oftalmológica,oquetemumcargaeumcustoelevado tanto para o doente como para o sistema porque têm de ir a centros referenciados em oftalmologia para fazer esse controlo. Por outro lado, também o rastreio tinha uma estrutura pesada, como recorda João Figueira. Países como os escandinavos e o Reino Unido, por exemplo, desenvolveramumprogramaderastreioderetinopa- tia diabética. Estes baseiam-se em visualizar a retina, tirar uma fotografia que depois é analisada por pessoas com essa competência, que vão fazer a classificação e determinar quem tem retinopatia e se tem necessidade de tratamento. O Retmarker Em Portugal existe o Retmarker, uma tecnologia de Inteligência Artificial que foi desenvolvida no AIBILI, e, num estudo independente inglês, foi comparada com outros sistemas e foi a que teve melhor performance, referiu João Figueira. Desde 2011 que está instalado em algumasarsdocentroevaledotejo(2016)e estão a aplicar este sistema de classificação automática. Faz a seriação de doentes e 85 a 90% dos doentes que vão a um rastreio, em média, não têm retinopatia. Os restantes 10 a 15% em que foi detectada a doença são tratados por especialistas e estes decidem as que têm de ser tratadas que têm edema macular e retinopatia diabética proliferativa. Como deve ser o rastreio EM SETEMBRO deste ano a Direcção- Geral Saúde emitiu as Normas de Orientação Clínica para a realização do rastreio da retinopatia diabética, que definem o esquema de seguimento e orientação até ao tratamento, que implica a criação de centros de diagnóstico e tratamento integrado (CDTI). Os exames devem ser realizados por profissionais de saúde treinados na técnica de retinografia, preferencialmente técnicos de diagnóstico e rastreio. Consiste em duas fotografias, uma centrada na mácula e outra na pupila. O retinógrafo deve ter câmara não midriática, para que não seja necessária a dilatação da pupila, e os dados devem ser colocado na plataforma digital da gestão da retinopatia diabética. O Programa nacional da diabetes tem como objectivo que, em 2020, todos os diabetes em Portugal, independentemente da sua residência tenham acesso ao rastreio da retinopatia diabéticaeestápodeserumaformade ajudar a cumprir a meta. IV

5 Futuro AINVESTIGAÇÃOem curso que se procura caracterizar melhor os diferente fenótipos de retinopatia diabética vem permitir, pela primeira vez, identificar os doentes cuja retinopatia diabética oferece risco de progressão e pode desenvolver complicações, edema e/ou proliferação vascular. Só cerca de um quarto dos pacientes que têm lesões de retinopatia diabética desenvolvem estas complicações num período de 5 anos. José Cunha-Vaz, coordenador da secção de Retinopatia Diabética e de Doenças Vasculares da Retina do EVICR.net, professor catedrático emérito de Oftalmologia da Universidade de Coimbra, e presidente da AIBILI - Associação para Investigação Biomédica e Inovação em Luz e Imagem O MILAGRE DOS FÁRMACOS INJECTÁVEIS Com o tratamento a laser tentava conter-se a perda de visão, com os fármacos injectáveis intravítreas pode recuperar-se a visão Rita Flores, Médica Oftalmologista, CHLC, Nova MedicalSchool O primeiro passo no tratamento da retinopatia diabética foi a utilização e a generalização do laser. Era a arma terapêutica contra a retinopatia diabética, assegurou Rita Flores. Provou-se eficaz no tratamento dos doentes diabéticos, tendo sido aplicada na periferia da retina, destruindo as áreas isquémicas. Atéhá10anos,tambémse aplicava na região central para reduzir o edema, poupando os 500 micra centrais, queéazonamaisnobrequedeveserprivada de fotocoagulação, explica Rita Flores. «O laser era muito económico mas não era muito bom. Os estudos mostram que com laser perdia-se menos visão mas raramente se ganhava visão. Dizíamos aos doentes: se não fizer laser vão cegar mais depressa», recorda João Figueira. A mudança de paradigma A partir de 2005, surgiram fármacos injectáveisintravítreas,comafunçãodebaixar os níveis e na redução do edema macular. O tratamento do edema macular com intravítreo foi eficaz e trouxe a esperança no controlo a longo prazo no tratamento destes doentes, assinala Rita Flores. Um plano de injecções,mesmoagressivo,implica,no primeiro ano, cerca de 7 injecções, mas três anos seguintes, são suficientes uma a duas injecções. Os doentes ficam relativamente controlados a partir do quarto ano. As injecções vieram mudar o paradigma, garante João Figueira. Os doentes são injectados e muitos melhoram a sua visão. Hoje deixou-se praticamente de utilizar o laser nos edemas, é marginal, refere Rita Flores. O laser tem também alguma eficácia no controlo da isquemia periférica, assevera Rita Flores. Para a doença proliferativa, o laser ainda é uma realidade mas que pode ser feito com tratamentos de associação. Existemoutrosfármacosquetêmumpapel no tratamento do edema macular diabético que são os corticóides de aplicação intravítrea. E a cirurgia surge para as complicações dohemovítreoeodeslocamentoderetina traccional. Em termos de custos, os novos fármacos têm impacto para o sistema de saúde. Segundo João Figueira, o laser custa 15 mil euros e da para tratar os doentes todos de um hospital durante 15 anos. Mas com as injecções gasta-se 15 mil euros num mês em tratamentos no hospital. Contudo compensa pois trata-se de população activa que vai melhorar a sua capacidade de visão para trabalhar e pagar impostos, vai evitar mais casos de cegueira, com a carga familiar, social, psicológica que acarreta. João Figueira insiste que se a retinopatia diabética for tratada precocemente não vai ser necessário passar para as cirurgias, para coisas mais complexas que ainda vão ser mais caras. V

6 OPAPEL DOS PRIVADOS NO RASTREIO Em Portugal as ópticas com serviços de optometria tem muitos anos e prestam um serviço de cuidados primários da saúde da visão ao nível da retinopatia diabética, do glaucoma e de outras patologias. Hoje em dia com a rede de ópticas, já com mais de 2 mil optometristas espalhados pelo país, é uma rede com uma capilaridade interessante, de fácil acesso à população em geral, é um meio fundamental, rápido, simples, fácil acesso, para este rastreio e para um diagnóstico muito precoce, refere Elísio Lopes, optometrista na Optivisão Marinha Grande, durante a mesa-redonda Saúde Visual: Proteger a Visão para o futuro, que foi moderada por AndréVeríssimoecontouaindacoma presença de Arnaud Lambert, CEO da aivision health, e Sérgio Cabanas, director tecnologias de informação e vice-presidente da Associação Nacional de Ópticas (ANO). O optometrista é um profissional de cuidados básicos de saúde visual. Para além de prescrever e executar as próteses visuais como os óculos também faz umadespistagemeorastreiodeoutros problemas. Se estes existirem deve encaminhar obrigatoriamente para os médicos especialistas, os oftalmologistas, considera Elísio Lopes. A proximidade e a facilidade com que se chega a um optometrista ou óptico optometrista para fazer um exame optométrico até pela capilaridade da rede de ópticas. «Actualmente cerca de 20% a 25% dos consultórios de Optometria em Portugal têm retinógrafos, e aproximadamente metade deste já fazem a avaliação das imagens obtidas com recurso a inteligência artificial, através de um protocolo estabelecido entre 3 entidades portuguesas a AIBILI, a RetMarker e a I3O», como adianta Sérgio Cabanas. Mais idas ao optometrista Os privados podem ter um papel nas campanhas de sensibilização para rastreio da retinopatia diabética e de outras doenças do olho. Mas é necessária uma maior articulação entre optometristas e oftalmologistas, e a integração da rede de optometristasnarededecuidadosde saúde primários da visão. Como diz Elíseo Lopes, dos 13% de diabéticos em Portugal um terço foi ao oftalmologista, massecalharmaisdemetadejáfoiao optometrista. A retinopatia diabética tem de ser diagnosticada por um médico oftalmologista, mas o rastreio da população no que se refere à retinopatia diabética tem de ser alargada e não ficar apenas focada nos oftalmologistas, defende Arnaud Lambert. No entanto, José González-Méijome, optometrista e professor e investigador da Universidade do Minho, tem uma ideia diferente. Em entrevista por , explicou que nenhuma alternativa deve ser excluída, desde que beneficie o acesso dos utentes ao rastreio, mas os optometristas deveriam estar no Sistema Nacional de Saúde para se poder articular melhor com toda a rede de cuidados primários eespecializadosdavisãoepoderassim desenvolver o seu máximo potencial na luta contra esta patologia que pode prejudicar muito severamente a visão. Os Números André Veríssimo, ArnautLambert, Elisio Lopes e Sérgio Cabanas na mesa redonda Saúde Visual: Protegera Visão para o futuro 20% a 25% dos consultórios de Optometria em Portugal tem retinógrafos 3millojas na rede nacional de ópticas 2miloptometristas 2 milhões de consultas feitas pelos optometristas 200 mil consultas de oftalmologia em lista de espera VI

7 O IMPLUSO DA TECNOLOGIA As tecnologias digitais e a inteligência artificial têm um papel cada vez mais central no rastreio e diagnóstico precoce das doenças do olho, nomeadamente, a retinopatia diabética. ParaArnaudLambertestapresençadatecnologia é muito relevante porque Nos próximos25anosvaihaverumaumentode 54% de diabéticos, e, simultaneamente, temos o número de oftalmologistas a crescer 2%, e ainda por cima, com uma má repartição geográfica destes especialistas. Acrescenta que a componente técnica consiste em obter a imagem ou a fotografia do fundo doolhoenãoénecessárioquesejafeitapor um oftalmologista. Entende que com alguma formação os profissionais de saúde podem operar com esta tecnologia. Em França para obter um rastreio de retinopatia diabética pode demorar entre 6 e 8 mesesparaseterumaconsultadeoftalmologia. O tempo médio fora dos grandes centros em Portugal é de mais de 12 meses. A aivision consegue que o exame feito sob prescrição de um médico de clínica geral tenha em 12 dias os resultados e o diagnóstico, refere Arnaud Lambert. Retinógrafos nas ópticas Entre 10% a 20% das ópticas a nível nacional devem estar equipadas com retinógrafo, que representa um investimento mínimo de dez mil euros, e que depois aumenta em valor conformeograudesofisticação dos equipamentos, diz Sérgio Cabanas, que faz partedadirecçãodaassociação Nacional dos Ópticos que representa o maior número de ópticas a nível nacional. A rede nacional de ópticas, cerca de 3 mil, onde estão optometristas, tem uma proximidade mais directa das populações, estando algumas ligadas à Retmarker. Outras, como a rede Optivisão relacionam-se com Aivision Health, uma start-up de origem francesa. Sérgio Cabanas, DirectorTecnologias de Informação, ANO Arnaud Lambert, CEO, aivision Tudo numa máquina A inovação que a aivision traz é dupla, diz Arnaud Lambert. A primeira componente é acelerar o diagnóstico, com algoritmos de inteligência artificial, que foram trabalhadoscomprofessoresdeoftalmologia e de matemática aplicadaàretinadefaculdades de universidades francesas e, simultaneamente, reinventar todo o acesso ao cuidado de saúde que o paciente diabético vai ter e abrirocaminhodorastreio a outras áreas fora do gabinete do médico oftalmologista. A tecnologia está a evoluir de uma forma bastante rápida e os equipamentos quevãoficandodisponíveis na área da óptica e da oftalmologia são cada vez mais eficientes e exactos a fazer as medições e mais facilitadores para os especialistas, assinala Sérgio Cabanas. Aoutratendênciaéqueosváriosequipamentos se integrem numa única máquina. Antigamente tinha de se ter um retinógrafo, um aparelho para medir a tensão ocular, uma máquina para fazer um exame refractivo, para tirar um topografia ou mapa da córnea. Hoje estes começam a ser integrados num único aparelho. Aumenta o preço mas reduz o investimento, conclui Sérgio Cabanas. O que é a tecnologia aivision A TECNOLOGIA aivision visa reduzir a cegueira evitável pelo que abrange o Patient Pathway Fluxo Paciente? completo desde da prevenção,passandopelodiagnóstico automático até à monitorização do tratamento. A nossa tecnologia permite melhorar a coordenação dos cuidados de saúde entre todos os profissionais de saúde envolvidos no rastreio das doenças retinianas (oftalmologistas, médicos de clínica geral ou endocrinologistas, optometristas e ortoptistas). A aivision também desenvolveu um companheiro digital no smartphone do paciente que permite fazer rastreios oftalmológicos de prevenção de doenças oculares. Arnaud Lambert, CEO da Aivision Health VII

8 A RETINOPATIA DIABÉTICA NA VISÃO DE UM OPTOMETRISTA ElísioLopesélicenciadoemFísica-Aplicada(RamodeOptometria)pelaUniversidade da Beira Interior, e optometrista na Optivisão da Marinha Grande Elísio Lopes, Optometrista Optivisão Marinha Grande A Retinopatia Diabética constitui a principal causa de cegueira na população profissionalmente activa. Este facto égravíssimo,nãosópelassuasimplicações pessoais, sociais e económicas, mas também, porque poderia ser evitado, se fosse diagnosticado e tratado atempadamente. O rastreio da Retinopatia Diabética é a forma economicamente menos dispendiosaeamaisefectivaparaalcançar o objectivo de um diagnóstico precoce. O papel do optometrista O Optometrista é um profissional habilitado a examinar e avaliar o sistema visual. Sendo um especialista no diagnóstico e compensação, através de próteses oculares, de alterações visuais de origem refrativa. Assim, é um prestador de cuidados primários de saúde visual que prescreve soluções para melhorar o desempenho visual, contribuindo desta formaparaamelhoriadaqualidadede vida das populações. Em Portugal, o papel do Optometrista assume uma importância ainda maior na sociedade, uma vez que o Sistema Nacional de Saúde (SNS) não apresenta uma estrutura capaz de responder à procuradosseusutentes. Verificando-se que a acessibilidade aos serviços especializados continuam a ser um grave problema, quer pela presença VIII muito reduzida de Optometristas no SNS,querpeloacessoaosServiçosdeOftalmologia, provocando listas de espera inadmissíveis. A prestação dos cuidados primários de saúde visual realizada pelos Optometristas apresenta claros benefícios para o SNS,nãosópelaproximidadeefacilidade de acesso das populações, como pela triagem que executa. A prestação dos cuidados primários de saúde visual realizada pelos Optometristas apresenta claros benefícios para o SNS Elísio Lopes Orastreio A retinografia não midriática é um exame também realizado por Optometristas, que permite captar um conjunto de imagensdofundodoolho,equeposteriormente são analisadas por oftalmologistas. Se diagnosticada a Retinopatia Diabética,apessoaéinformadaeaconselhada a visitar o seu Médico de Família ou o seu Oftalmologista. Este tipo de examediagnosticoébastanteeficaz,e dada a capilaridade da rede de Ópticas em Portugal, poderá ser o melhor meio paraarealizaçãodorastreiodaretinopatia Diabética. Optometristas não contam na saúde visual SEGUNDOJosé González-Méijome, optometrista e professor e investigador da Universidade do Minho, a rede de cuidados primários de saúde visual em Espanha conta com o contributo essencial dos 17 mil optometristas existentes, tal como no Reino Unido, com os 15 mil, e nos Estados Unidos, com os 35 mil. No entanto, como assinala José González-Méijome, em Portugal os mais de dois mil optometristas não foram considerados na Estratégia Nacional para a Saúde Visual, que esteve recentemente em discussão pública. Este investigador considera que os optometristas poderiam libertar os especialistas em oftalmologia de muitas das tarefas rotineiras como os testes de diagnósticos básicos e avançados, refracção, prescrição e ajudas ópticas, etc. e concentrar todo o seu potencial de tratamento médico-cirúrgico na atenção a estes e outros pacientes que tanto precisam deles.

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