A PREVENÇÃO faz a diferença
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- Ísis Galvão
- 5 Há anos
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1 A Visão é um dos órgãos dos sentidos mais importantes Teve uma importância essencial no processo de desenvolvimento humano. A relação do homem com o mundo ganhou maior abrangência e segurança ao adquirir a perceção de profundidade e de cálculo das distâncias. A visão tem um papel essencial de referência e controlo do mundo exterior. Cerca de 80% das informações sensoriais que nos dão a perceção do mundo que nos rodeia provêm da visão. É o sentido mais importante para as recordações mentais. 1 É essencial preservar a visão e prevenir as doenças que levam á diminuição da acuidade visual ou à cegueira.
2 Doenças oftalmológicas que podem causar perda de visão: Nos adultos: Catarata Glaucoma Degenerescência macular Retinopatia diabética Presbiopia vista cansada, dificuldade de ver ao perto devido à perda de elasticidade do cristalino devido à idade. Surge entre os anos. Defeitos refrativos (miopia, hipermetropia, astigmatismo) 2 Nas crianças: Ambliopia Estrabismo Doenças congénitas (catarata, glaucoma) Doenças relacionadas com a prematuridade Doenças genéticas, metabólicas Com o envelhecimento da população a cegueira relacionada com a idade está a aumentar. A prevalência da retinopatia relacionada com a diabetes está a aumentar. A cegueira é uma causa importante de incapacidade. ¾ dos casos de cegueira podem ser prevenidos ou tratados. A deteção precoce e o tratamento são determinantes para a redução da das doenças oculares em todas as idades.
3 A importância da avaliação oftalmológica regular Quando recorrer ao Oftalmologista mesmo sem queixas? ADULTOS Todas a pessoas a partir dos 40 anos. Pessoas com doenças que aumentam o risco de patologia ocular. Porquê? Há doenças oculares que podem progredir sem queixas. Caso sejam diagnosticadas tardiamente, podem já ter causado danos irreversíveis. Não basta uma prescrição de óculos, há mais na saúde ocular para além dessa avaliação. Apenas os oftalmologistas estão adequadamente preparados para o seu diagnóstico. 3 CRIANÇAS Devem ser levadas ao oftalmologista a partir dos 3 anos: Esta avaliação chamada de rastreio - permite prevenir a ambliopia. Quando a criança pequena necessita de óculos e não os usa, o olho ainda em fase de formação não é adequadamente estimulado, pelo fica preguiçoso. Fica com uma visão inferior ao dito normal. A isto chama-se ambliopia funcional. O seu oftalmologista determinará a periodicidade da vigilância
4 O QUE DEVE SABER SOBRE ALGUMAS DOENÇA OFTALMOLÓGICAS 1. Catarata É a principal causa de cegueira mundial 51% dos casos de cegueira, embora seja tratável O que é? A catarata é a perda da transparência do cristalino. Este é uma lente natural que se encontra atrás da pupila. A perda da transparência do cristalino não permite a passagem nítida da luz e o doente perde a visão progressivamente. 4 Quais são os sintomas? Numa fase inicial não há queixas. Com a sua progressão aparece a visão turva. A visão nocturna degrada-se e pode haver necessidade de mudança repetida de graduação.
5 Qual é o tratamento? O tratamento é cirúrgico. Deve considerar a cirurgia quando a diminuição da visão limita as actividades diárias. Actualmente a catarata é operada em fase mais precoce o que permite uma cirurgia com menos complicações. Há alternativa à cirurgia? Não há. Mas se optar por não ser operado deverá manter uma vigilância regular. Deve ter presente que o retardar a cirurgia poderá dificultar a sua realização futura Glaucoma O ladrão silencioso da visão O que é? É uma doença do nervo óptico. Este é semelhante a um cabo de fibra óptica que liga a retina ao cérebro e é composto por filamentos designados por fibras nervosas (são mais de um milhão). Cada fibra transporta parte da informação visual. No glaucoma as fibras nervosas vão morrendo de forma progressiva e irreversível. A perda destas fibras cria lacunas na imagem recebida pelo cérebro. Regra geral é causado por um aumento da pressão intra-ocular. Esta pressão - é um factor de risco, tal como, a hipertensão arterial é um factor de risco para tromboses e enfartes. Quais são os sintomas? Numa fase inicial não há queixas. Mesmo quando já há alguma lesão do nervo óptico não há percepção da existência de lacunas na imagem.
6 À medida que mais fibras são lesadas as lacunas aumentam. Comprometem primeiro a área da visão periférica, sem alteração da visão central (visão em frente e a leitura) o doente continua a não ter queixas. E numa fase mais tardia (final) atinge quase todo ou todo o nervo visão em túnel ou cegueira. Qual é o tratamento? O tratamento começa por ser feito com recurso a colírios (gotas oculares). Qual 6? Só em caso dos colírios não serem suficientes para evitar a progressão da doença, se recorre ao laser ou à cirurgia. O tratamento evita a doença? Não. O tratamento evita ou limita a progressão da doença. Tem de ser mantido, quando interrompido o seu efeito desaparece. Quem se encontra em risco de desenvolver glaucoma? Qualquer um. Há um risco acrescido para as pessoas com mais de 60 anos, indivíduos de raça negra com mais de 40 anos e familiares de doentes com glaucoma. Após os 40 anos deve iniciar-se uma avaliação oftalmológica regular.
7 3. Degenerescência Macular Relacionada com a Idade DMRI O que é a DMRI? A degenerescência macular é uma das principais causas de perda de visão nas pessoas com mais de 50 anos. Para compreender a DMRI é importante ter algumas noções da anatomia do olho. Na parte de trás do olho existe uma camada chamada retina, que recebe a imagem e a transmite ao cérebro. 7 Visão normal Visão com DMRI No centro, desta, encontramos uma pequena área mácula - que é responsável pela visão de pormenor (leitura e reconhecimento de caras). Na DMRI, é a mácula que é atingida, provocando a perda de visão central. Quais são os sintomas? A queixa inicial mais frequente é a dificuldade em ver pormenores letra pequena, mesmo com recurso a óculos.
8 Outros sintomas podem ser: A imagem aparecer distorcida (linhas distorcidas); Dificuldade em distinguir cores parecidas; Dificuldade em medir distâncias ou alturas (faltar um degrau); 8 Qual é o tratamento? Apenas alguns casos têm tratamento. Há duas formas da doença: A DMRI Seca (atrófica) e a DM Molhada (exsudativa). Esta última tem uma evolução mais rápida, mas tem tratamento. O tratamento permite controlar a doença, quando iniciado em fase inicial. Não há cura. Os tratamentos disponíveis são: Suplementos vitamínicos; Injecções oculares de anti-angiogénicos.
9 Quem se encontra em risco de ter DMRI? É uma doença relacionada com a idade. Por ocorrer, maioritariamente em idosos é chamada degenerescência relacionada com a idade. Uma em cada quatro pessoas com mais de 50 anos pode ter DMRI. Há uma componente hereditária. 4. Retinopatia Diabética 9 - A diabetes pode atingir os olhos - Nos olhos, a diabetes leva ao crescimento dos vasos e à alteração das suas paredes. Estas alterações levam à perda da visão quando não são tratadas. A prevalência em Portugal da Retinopatia Diabética é de 16% A retinopatia pode atingir qualquer diabético? Sim. Há algumas pessoas mais resistentes que outras, mas todos podem desenvolver a doença. A sua frequência depende dos anos de evolução; após os 20 anos a possibilidade de a desenvolver é muito elevada. A retinopatia pode ser mais grave se associada ao mau controlo da diabetes, à hipertensão ou ao colesterol elevado.
10 Quando e com que frequência deve ir ao oftalmologista? De uma forma geral deve ir quando a diabetes lhe for diagnosticada. Deve ir anualmente para realizar o rastreio da retinopatia diabética. Se lhe forem diagnosticadas alterações o seu médico informá-lo-á da regularidade com que deve ir à consulta. Quais são os sintomas? 10 Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) Pode não ter sintomas, mesmo que as lesões já sejam extensas. Qual é o tratamento? O tratamento pode ser o laser, injecções intra-oculares ou cirurgia, de acordo com as características da doença.
11 Tratamento e Prevenção das Doenças dos Olhos nos Serviços Sociais Centros Clínicos dos SSCGD Centro Clínico de Lisboa: Consulta de Oftalmologia diárias Consulta para adaptação de lentes de contacto: Terças- feiras de manhã Centro Clínico do Porto: Centro Clínico de Coimbra: 11 Rede de Prestadores Convencionados Av. João XXI, 63 2º andar Lisboa Telefone: dss-portal@cgd.pt
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