O MÚSCULO COMO UM ÓRGÃO DE SECREÇÃO HORMONAL REGULADO PELO ESTÍMULO MECÂNICO

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1 Rev. bras. fisioter. Yol. 5 No. 2 (2001), Associação Brasileira de Fisioterapia O MÚSCULO COMO UM ÓRGÃO DE SECREÇÃO HORMONAL REGULADO PELO ESTÍMULO MECÂNCO Minamoto, V. B. 1 e Salvini, T. F. 2 1 Programa de Pós-graduação em Ciências Fisiológicas, Universidade Federal de São Carlos 2 Departamento de Fisioterapia, Universidade Federal de São Carlos Correspondência para: Tania Fátima Salvini, Departamento de Fisioterapia, Universidade Federal de São Carlos, Rodovia Washington Luiz, km 235, CEP , São Carlos, SP, tania@power.ufscar.br Recebido: 28/02/00- Aceito: 29/09/00 RESUMO O objetivo dessa revisão é apresentar estudos recentes que identificaram a relação entre o estímulo mecânico aplicado ao músculo e a expressão gênica de fatores de crescimento pelo próprio músculo. Os fatores de crescimento, secretados pelos músculos esqueléticos, quando submetidos a um aumento de tensão muscular, são similares ao fator de crescimento insulínico (GF-) e regulam a síntese protéica e a hipertrofia muscular. Estudos recentes sugerem que um desses fatores, denominado "mechanical growth factor" (MGF), seja o sinal molecular para a hipertrofia, isto é, o elo de ligação entre o estímulo mecânico ao qual o músculo é submetido e o aumento da síntese protéica que resulta na hipertrofia muscular. Acredita-se que ele seja o principal fator de crescimento que controla o crescimento e a reparação muscular esquelética e cardíaca. Serão também abordadas algumas implicações entre o efeito desses hormônios e a realização dos diferentes tipos de exercícios físicos. Palavras-chave: hipertrofia, estímulo mecânico, MGF, GF. ABSTRACT The aim of this review is present recent studies which identified the relation between a mechanical stimulus submitted to the muscle and the gene expression of growth factors by the own muscle and also discuss its implications in the rehabilitation area. The growth factors, secreted by the skeletal muscle when submitted to an increase muscle tension, are similar to the insulin-like growth factor (GF-) and they regulate the protein synthesis and the muscle hypertrophy. Recent studies suggest that one of these factors, denominate "mechano growth factor" (MGF), is the molecular signal for lhe muscle hypertrophy, that is, it is the link between the mechanical signal submitted to the muscle and the protein synthesis increase, which result in a muscle hypertrophy. t is believed that it is the main growth factor which control the growth and repair in the skeletal and cardiac muscle. Key words: hypertrophy, mechanical signal, MGF, GF. NTRODUÇÃO O objetivo desta revisão é apresentar estudos recentes que identificaram a relação entre o estímulo mecânico aplicado ao músculo (por exemplo, exercício excêntrico) e a expressão gênica de fatores de crescimento pelo próprio músculo. Esses fatores de crescimento regulariam a síntese protéica e a hipertrofia muscular. A grande novidade desses trabalhos é que revelaram um aspecto pouco estudado do músculo esquelético: sua função secretora hormonal. Particularmente, foi interessante a observação de que essa ação secretora pode ser regulada pelo estímulo mecânico. Artigos publicados em revistas de divulgação têm especulado que esses fatores de crescimento produzidos pelo músculo e considerados como "anabolizantes fisiológicos" podem ser, em um futuro próximo, utilizados de modo comercial para estimular a hipertrofia do músculo esquelético. Essa especulação tem fundamento, pois a hipertrofia muscular é um objetivo freqüente a ser atingido no tratamento e na reabilitação de diferentes patologias do sistema locomotor, assim como para a melhora no desempenho de diversas atividades esportivas. Além disso, não há como negar que um bom desempenho muscular tem sido objeto de desejo de boa parte da população mundial.

2 88 Minamoto, V B. e Salvini, T. F. Rev. bras..fisiota HPERTROFA DO MÚSCULO ESQUELÉTCO A hipertrofia do músculo esquelético pode ser considerada um aumento do número de miofibrilas que compõem a fibra muscular, aumentando o diâmetro muscular e gerando uma maior capacidade de produção de força contrátil. A hipertrofia ocorre durante o crescimento do músculo e em resposta a exercícios intensos de sobrecarga muscular, como, por exemplo, nos exercícios contra-resistidos, nos quais o indivíduo executa um movimento contra uma resistência. Há muita controvérsia na literatura sobre os mecanismos relacionados a esse fenômeno e as formas mais apropriadas para sua obtenção por meio do treinamento físico. A hipertrofia da fibra muscular, associada, por exemplo, ao treinamento contra-resistido, é considerada como resultado do aumento da taxa de síntese protéica muscular e tem sido observada em diversas espécies animais e em humanos. De modo geral, a hipertrofia muscular tem sido associada a duas alterações estruturais: a hipertrofia da fibra muscular (aumento do diâmetro de uma fibra preexistente) e a hiperplasia (aumento do número de fibras musculares). Em relação à hiperplasia muscular, os resultados e as interpretações da literatura são mais polêmicos porque, embora ela tenha sido observada em gatos submetidos ao treinamento contra-resistido (Gonyea, 1980), esse mesmo efeito não foi observado em músculos de ratos (Gollnick et al., 1981) e camundongos (Timson et al., 1985), nos quais um treinamento similar levou à hipertrofia das fibras, mas não à hiperplasia. Em humanos, alguns estudos mostraram hiperplasia somente após treinamento contra-resistido realizado com intensa sobrecarga muscular (Larsson & Tesch, 1986; McCall et al., 1996). De modo geral, a fragmentação das fibras musculares em músculos submetidos à sobrecarga não é uniforme, ocorrendo principalmente em uma das porções do músculo e não no músculo como um todo (Vaughan & Goldspink, 1979). Assim, postula-se que a hiperplasia da fibra muscular possa ocorrer no músculo esquelético dos mamíferos, sendo a tensão imposta às fibras musculares considerada um fator-chave nesse processo. Como ocorreria a hiperplasia no músculo esquelético? Tem sido proposto que a fibra muscular submetida ao treinamento intenso seja capaz de se dividir e que cada um desses novos fragmentos possa se desenvolver e tornar-se uma nova unidade funcional, após receberem inervação própria. Sabese que as células satélites, que estão intimamente relacionadas à regeneração dos músculos esqueléticos após lesão, também estão envolvidas no processo de hiperplasia da fibra muscular (Antonio & Gonyea, 1993). As células satélites são células miogênicas quiescentes, localizadas entre a lâmina basal e o sarcolema. Elas apresentam a habilidade de se diferenciarem em mioblastos, sendo sua principal função a regeneração da fibra muscular após a lesão (Mauro, 1961 ). É importante ressaltar que, embora as alterações estruturais, como a hipertrofia e a hiperplasia, tenham sido observadas no músculo esquelético após treinamento contraresistido, o ganho de força muscular também está associado a adaptações neurais. Ou seja, a força muscular não tem, necessariamente, uma relação direta com o grau de hipertrofia do músculo, podendo ocorrer aumento da força de modo independente do aumento da massa muscular (McDonagh & Davies, 1984; Staron et al., 1994 ). Além disso, o ciclo circadiano também parece estar relacionado à hipertrofia muscular. Um estudo recente, que analisou a hipertrofia dos músculos esqueléticos em quatro espécies de pássaros, identificou que eles apresentaram significativa hipertrofia do músculo peitoral no período prémigração, mesmo quando os animais eram submetidos à restrição de movimentos (Dietz et al., 1999). Ou seja, os animais desenvolveram hipertrofia independentemente da atividade física. O CONTROLE HORMONAL DA HPERTROFA MUSCULAR O crescimento muscular durante a fase pós-natal é regulado por meio de um controle hormonal sistêmico, principalmente pela insulina e pelo hormônio do crescimento (GH). Já a hipertrofia observada no músculo do indivíduo adulto, associada ao treinamento físico, é decorrente do aumento da tensão muscular e ocorre por um controle local. Apesar da importância dos hormônios para a hipertrofia muscular, sabe-se que há uma complexa interação de outros fatores no crescimento do músculo esquelético, como, por exemplo: fatores genéticos, nutricionais e atividade física (Vandenburgh, 1987). Como exemplo dessa complexa interação entre os fatores relacionados à hipertrofia muscular, podemos dizer que a hipertrofia não ocorreria de forma eficiente se o indivíduo apresentasse níveis hormonais normais e desenvolvesse atividade física adequada, mas se tivesse uma deficiência nutricional importante, o que inviabilizaria o fomecimento dos diversos aminoácidos necessários à síntese protéica. A insulina é um hormônio de ação metabólica sintetizada nas células do pâncreas (na forma de pró-insulina) e age principalmente no fígado, no músculo esquelético e no tecido adiposo. Esse hormônio é responsável pela estocagem de carboidrato, gordura e proteína nas células teciduais. Há evidências de que seu efeito no crescimento celular é diminuído ou mesmo abolido na ausência do GH, uma vez que estes hormônios promovem a entrada de diferentes aminoácidos nas células (Guyton & Hall, 1996). O GH é um hormônio secretado pela hipófise anterior, que atua em quase todos os tecidos do corpo, promovendo o aumento do tamanho das células e do número de mitoses (Florini et al., 1996). Diversos estudos sugerem que sua ação

3 Vol. 5 No. 2, 2001 Função Secretora do Músculo Regulada pelo Estímulo Mecânico 89 em promover o crescimento muscular não seja direta, mas ocorra via estimulação do fator de crescimento insulínico (insulin-like growthfactor: /GF-1). Ou seja, a hipófise secreta o GH, que quando se liga a receptores encontrados, por exemplo, no fígado, promove a síntese do GF-1 (Fiorini et al., 1996; Guyton & Hall, 1996). O GF-1 atuaria, então, na síntese protéica de diversos tecidos, entre eles os músculos esqueléticos. Tem sido sugerido também que o GH possa ter uma ação direta nas células satélites, ativando sua proliferação e levando à adição de mionúcleos na fibra muscular (Halevy et al., 1996). FATOR DE CRESCMENTO NSULÍNCO-GF A) Ação sistêmica Crescimento somático 8) Ações autócrina/parácrina Células-satélite l.gf-1 7 MGF Dú l.gf-1 1 Miofibras MGF \. D O GF é um fator de crescimento que, juntamente com a insulina, compõe o que se denomina família GF, uma vez que apresentam, aproximadamente, 50% de similaridade entre seus aminoácidos. Assim, essa família possui pelo menos três componentes: insulina, GF-1 e GF- (Ciemmons, 1989; Roith, 1997). Ambos, GFs e li, possuem várias funções nos diferentes tecidos, as quais podem ser resumidas em duas principais ações biológicas: uma ação metabólica, como a da insulina, e uma ação que estimula o crescimento, como, por exemplo, a divisão celular (Clemmons, 1989; Goldspink & Yang, 1999). O GF-1 apresenta 70 aminoácidos, sendo 48% deles homólogos à insulina. É sintetizado no fígado e provavelmente em outros tecidos, inclusive na fibra muscular, via ativação do GH, conforme descrito. Sua ação no metabolismo celular ocorre de duas formas: estimula o aumento da síntese protéica e diminui a degradação protéica (Adams, 1998; Clemmons, 1989). Como pode ser observado na Figura, além de sua síntese ser regulada por via endócrina, por meio do GH, o GF-1 também pode ser regulado de maneira autócrina/ parácrina (Adams, 1998). O GF- é um fator de crescimento que apresenta 67 aminoácidos, sendo que 50% deles são homólogos à insulina e ao GF-1 (Clemmons, 1989). Suas funções são similares às do GF-1, sendo que sua atividade mitótica é muito importante na determinação do número de células no músculo e em outros tecidos. Sua importância é mais significativa durante a embriogênese, quando apresenta maior concentração na circulação sangüínea, sendo, portanto, conhecido como a forma embriônica do GF-1 (Goldspink & Yang, 1999). Estudos também relacionaram uma maior concentração do GF- em estados cancerígenos (Roith, 1997). Figura 1. O GF-1 pode ser visto em dois diferentes contextos: (A) GF-1 como intermediário no controle regulado pelo hormônio do crescimento (GH), ou (B) GF-1 agindo como fator de crescimento autócrino e/ou parácrino, com ação local na fibra muscular. (Adaptação de Adams, 1998.) No sistema muscular, tanto o GF-1 quanto o GF-11 estimulam o crescimento, a regeneração e a diferenciação celular (Roith, 1997). Atualmente, o GF-1 é o mais estudado, e trabalhos recentes mostraram que a hipertrofia e as alterações no fenótipo da fibra muscular, induzidas por ele, são mediadas pelos íons cálcio e ocorrem por meio da ativação da proteína calcineurina por esses íons (Musaro et al., 1999; Semsarian et al., 1999). Sabe-se também que o mecanismo pelo qual o GF-1 produz hipertrofia muscular envolve pelo menos dois fatores: a ativação das células satélites e o aumento da síntese protéica nas fibras musculares (Barton-Davis et al., 1999). GF - MUSCULAR E MECHANO GROWTH FACTOR (MGF): FATORES DE CRESCMENTO ASSOCADOS AO ESTÍMULO MECÂNCO Sabe-se que algumas células têm capacidade de responder a estímulos mecânicos e possuem mecanismos locais para o controle de crescimento, remodelamento e reparação celular. Essas células, denominadas mecanócitos, conseguem estabelecer uma relação entre um sinal mecânico e a regulação do crescimento muscular. As fibras musculares esqueléticas e cardíacas, os fibroblastos e os osteoblastos, são alguns exemplos de mecanócitos (Goldspink, 1998, 1999a). Recentemente, foram identificadas e clonadas duas isoformas ou variações ( splices) do GF- que são expressas no músculo, sendo que esta expressão é também regulada por estímulos mecânicos.

4 90 Minamoto, V. B. e Salvini, T. F. Rev. bras..fisiota Uma dessas isoformas, denominada!cf- muscular é expressa no músculo em condições normais, por meio de uma ação endócrina ou sistêmica, também via hormônio do crescimento. A expressão do GF- muscular também ocorre por meio de uma ação parácrina local, quando o músculo é submetido a um aumento da tensão, como, por exemplo, induzida pelo alongamento e pela eletroestimulação (Goldspink, 1998). Sabe-se que o fígado dos mamíferos é a principal fonte de origem do GF- circulante, exceto durante exercício intenso, quando o músculo produz e usa a maioria do GF- circulante (Brahm et al., 1997). Assim, durante a realização de exercícios físicos o GF- muscular é o principal contribuinte do aumento dos níveis circulantes do GF- produzido pelo fígado (McKoy et al., 1999). Essa contribuição do músculo ativo com os níveis circulantes do GF- é muito importante, uma vez que o GF- tem sua concentração sérica diminuída com a idade (Figura 2), e acredita-se que o GF- muscular produzido durante exercício seja muito importante para a manutenção da massa muscular(coleman etal., 1995; Goldspink, 1998, 1999b). A outra isoforma muscular identificada, denominada mechano growth jactar (MGF), é expressa somente em músculos submetidos a aumento de tensão, como, por exemplo, durante a realização de alongamento excêntrico ou exercício contra-resistido intenso e apresenta um modo de ação parácrina (Yang et al., 1996; Goldspink, 1998, 1999b). É interessante notar que a síntese do MGF é independente do GH e, assim, ele é expresso mesmo em condições de hipofisectomia. Recentemente, foi demonstrado que o processo de hipertrofia muscular, decorrente do aumento da tensão muscular, é dependente do MGF, sendo este o responsável pela interação entre o sinal mecânico (carga ou alongamento) e a regulação do crescimento muscular (Goldspink, 1999a; McKoy et al., 1998). Estudos recentes sugerem que o MGF seja o sinal molecular para a hipertrofia, isto é, seria o elo de ligação entre o estímulo mecânico ao qual o músculo é submetido e o aumento da síntese protéica que resulta na hipertrofia muscular (Figura 3). Em outras palavras, o MGF é um fator de crescimento produzido pelo músculo submetido ao aumento de tensão. Acredita-se que ele seja o principal fator que controla o crescimento e a reparação muscular esquelética e cardíaca (Skarli et a!., 1998). Sarcolema -Mulheres Homens s o < dade (anos) Sinalização parácrina Sinalização autócrina Figura 2. Média de concentrações séricas do GF-1 em indivíduos normais desde o nascimento até a vida adulta. O número de indivíduos em cada grupo variou de 40 a 195. (Adaptação de Roith, 1997.) A Figura 3. Função proposta para o MGF no processo de hipertrofia do músculo esquelético. (A) Sobrecarga muscular estimula (B) a produção e a secreção do MGF. Este MGF pode agir como um fator autócrino (C), possibilitando a estimulação dos processos anabólicos da fibra muscular, e como um fator de crescimento parácrino (D), atuando sobre as células-satélite e, possivelmente, sobre outras miofibras. (Adaptação de Adams, 1998.)

5 Yol. 5 No. 2, 2001 Função Secretora do Músculo Regulada pelo Estímulo Mecânico 91 A maneira pela qual este sinal molecular traduz um estímulo mecânico em síntese protéica ainda não está bem determinado, mas, como pode-se observar na Figura 4, sabese que o citoesqueleto e a matriz extracelular estão envolvidos nesse processo (Goldspink, 1998). De modo contrário ao GF- muscular, o MGF apresenta somente uma ação local, não tendo sido detectado no sangue. O MGF liga-se a uma proteína específica denominada BP5, cuja presença foi confirmada somente nos espaços intersticiais do músculo e nos tecidos nervoso e ósseo (Goldspink, 1999b). Já foi demonstrado que o MGF é expresso em músculos de humanos (Yang et al., 1996), camundongos (Goldspink et al., 1996) e coelhos (Yang et al., 1997; McKoy et al., 1999) quando submetidos à imobilização com o músculo em posição de alongamento. Também pode-se observar que quanto maior a tensão muscular, maior será a expressão protéica, induzida pelo MGF. Assim, a imobilização de músculos de coelhos em posição de alongamento e excitado com eletroestimulação (modelo de exercício excêntrico intenso) provocou uma maior síntese protéica quando comparado ao grupo submetido somente ao alongamento (Goldspink et al., 1992; Figura 5). Outro resultado interessante foi observado em músculos de animais distróficos (com ausência ou deficiência da proteína distrofina) que, mesmo após serem submetidos ao alongamento intenso, não apresentaram expressão do MGF (Goldspink et al., 1996), sugerindo que a distrofina tenha um papel importante no sistema mecano-tradutor do músculo esquelético. É importante lembrar que a ausência da distrofina leva à alteração no citoesqueleto, o que também sugere um possível papel do citoesqueleto no mecanismo de mecanotradução da fibra muscular. Embora algumas dúvidas relacionadas ao papel do MGF no crescimento celular tenham sido esclarecidas, mais estudos serão necessários para identificar outros mecanismos com os quais o MGF possa estar relacionado, como, por exemplo, na regeneração muscular, que também envolve o aumento da síntese protéica. MPLCAÇÕES PARA A REABLTAÇÃO Durante o processo de envelhecimento são observadas alterações cardiovasculares, respiratórias, na força muscular e na composição corpórea (Wilmore & Costill, 1999), o que implica a redução da capacidade funcional e a autonomia do indivíduo para realizar suas atividades da vida diária. Além disso, estudos indicam que, embora haja um declínio significativo do desempenho individual, entre anos, essas alterações são significativamente menos pronunciadas nos indivíduos idosos ou em fase de envelhecimento que praticam regularmente atividades físicas (Frontera et al., 1988; Cress et al., 1991; Wilmore & Costill, 1999). De modo geral, após os 50 anos inicia-se a sarcopenia (perda de sarcômeros e de fibras musculares) e a atrofia das fibras musculares. Estima-se que ocorra uma perda de 10% do número de fibras musculares a cada década (Lexell et al., 1988). Assim, um indivíduo sedentário perderia em média 30% do número de fibras musculares entre 50 e 80 anos de idade. A literatura tem indicado que exercícios aeróbios tem pouco efeito sobre a perda de massa muscular durante o desenvolvimento (Trappe et a!., 1996). Posição alongada Posição relaxada Membrana Matriz extra-celular Sinal molecular Figura 4. Esta figura ilustra a maneira pela qual o citoesqueleto está envolvido no mecanismo de mecano-tradução em diferentes tipos de célula. No sistema muscular, este mecanismo é mais complexo e envolve a distrofina, a qual é ligada à actina dentro da fibra, mas cruza a membrana e é ligada à matriz extracelular via laminina (merosina). A deficiência na distrofina ou na laminina resulta em distrofia. (Adaptação de Goldspink, 1998.)

6 92 Minamoto, V. B. e Salvini, T. F. Rev. bras. fisiotej: Por outro lado, os exercícios para aumento de força muscular, como os contra-resistidos, tanto reduzem a atrofia durante o envelhecimento como estimulam a hipertrofia muscular nesses indivíduos (Lexell et al., 1988). A quantidade de indivíduos idosos envolvidos com alguma atividade física tem aumentado dramaticamente nos últimos 25 anos (Wilmore & Costill, 999). Os resultados de vários estudos evidenciam que os benefícios obtidos com a atividade física estão relacionados não somente ao exercício aeróbio (Cress et al., 199 ; Warren e! al., 1993), mas também à atividade anaeróbia (Costil et al., 979; Frontera et al., 1988; Lexell et al., 995; Tracy et al., 1999). Assim, embora indivíduos idosos devam realizar exercícios aeróbios, que promovem benefícios em vários sistemas, como o cardiovascular, o respiratório, o imunológico etc., esses indivíduos devem também executar exercícios para o aumento da força muscular, como os exercícios contraresistidos, pois eles são mais efetivos tanto na manutenção da massa muscular como no desenvolvimento da hipertrofia muscular (Wilmore & Costill, 1999). Como a quantidade circulante de GF-1 diminui com a idade (Figura 3), fica fácil compreender como a realização de exercícios contra-resistidos e/ou exercícios excêntricos são fundamentais tanto para a manutenção como para estimular a hipertrofia muscular, uma vez que só o aumento da tensão intramuscular estimula a expressão do GF-1 muscular e do MGF. Assim, é fortemente recomendável que esse tipo de treinamento seja realizado ao longo de toda a vida do indivíduo, particularmente após os 40 anos, com objetivo de evitar a atrofia muscular e manter o tecido muscular esquelético em condições ideais. O fortalecimento muscular obtido, bem como a manutenção da massa muscular, será fundamental para o indivíduo executar suas atividades físicas com autonomia durante o processo de envelhecimento. REFERÊNCAS BBLOGRÁFCAS ADAMS, G. R., 1998, Role of insulin-like growth factor- in the regulation of skeletal muscle adaptation to increassed loading. Review. Exerc. Sport. Sei. Rev., 26: ANTONO, A. & GONYEA, W. J., 1993, Skeletal muscle fiber hyperplasia. Med. Sei. Sports. Exerc., 25( 12): BARTON-DAVS, E. R., SHOTURMA, D.. & SWEENEY, H. L., 1999, Contribution of satellite cells to GF-1 induced hypertrophy of skeletal muscle. Acta. Physiol. Scand., 164(4): BRAHM, H., PEHL-AULN, K., SALTN, 8. & LJUNGHALL, S., 1997, Net fluxes over working thigh of hormones, growth factor and biomarkers of bone metabolism during lasting dynamic exercise. Ca/cified Tissue, 60: CLEMMONS, D. R., 1989, Structural and functional analysis of insulin-like growth factors. British Medica! Bulletin, 45(2): %síntese protéica do músculo por dia o 5 10 Músculo tibial anterior de coelho J Controle Não alongado Controle Alongado Controle Alo ngamento e ele troestimulação Figura 5. Efeito do alongamento e alongamento associado à eletroestimulação no porcentual de síntese protéica do músculo tiial an_terir de coelho adulto. O alongamento foi realizado por meio de imobilização da extremidade inferior da pata do ammal em pos1çao de flexao plantar. A estimulação foi feita por meio de implantação de eletrodos conectados a um pequeno circuito de estimulação, que gerava pulsos bifásicos à freqüência de 5 Hz. (Adaptação de Goldspink & Goldspink, 1986.)

7 Vol. 5 No. 2, 2001 Função Secretora do Músculo Regulada pelo Estímulo Mecânico 93 COLEMAN, M. E., DEMAYO, F., YN, K. C., LEE H. M., GESKE, R., MONTGOMERY, C. & SCHWARTZ, R. J., 1995, Myogenic vetor expression of insulin-like growth facto r stimulates muscle cell differentiation and myofiber hypertrophy in transgenic mice. 1. Biol. C hem., 270: COSTLL, D. L., COYLE, E. F., FNK, W. F., LESMES, G. R. & WTZMANN, F. A., 1979, Adaptations in skeletal muscle following strength training. 1. Appl. Physiol., 46(1 ): CRESS, M. E., THOMAS, D. P., JOHNSON, 1., KASCH, F. W., CASSENS, R. G., SMTH, E. L. & AGRE, 1. C., 1991, Effect of training on V02max, thigh strenght, and muscle morphology in septuagenarian women. Med. Sei. Sports. Exerc., 23: DETZ, M. W., PERSMA, T. & DEKNGA, A., 1999, Body-building without power training: endogenously regulated pectoral muscle hypertrophy in confined shorebirds. 1. Exp. Biol., 202: FLORN, 1. R., EWTON, D. Z. & COOLCAN, S. 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