Agroenergia e Agricultura Familiar
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- João Pedro Barros Sanches
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1 Agroenergia e Agricultura Familiar V Congresso Brasileiro de Mamona (CBM) II Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas (SIOE) I Fórum Capixaba de Pinhão-Manso Guarapari - ES Julho/2012
2 ÍNDICE Agricultura familiar Coordenação de biocombustíveis e a experiência do PNPB Avanços e desafios do PNPB e SCS Outras ações do MDA ligadas à agroenergia Desafios e oportunidades para a participação da agricultura familiar na produção de agroenergia
3 Instrumentos legais de enquadramento da agricultura familiar 1) Lei nº /2006 Estabelece as diretrizes para a formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais. 2) Seção 2, Capítulo 10, do Manual de Crédito Rural (MCR) Trata do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e de seus beneficiários. 3) Portaria SAF nº 12 / 2010 Trata da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) 4) Portaria MDA nº 17 / 2010 Trata da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) E_17.pdf
4 Declaração de Aptidão ao Pronaf A função da DAP é atestar o enquadramento do beneficiário no Pronaf e nos grupos; É instrumento básico para identificação do agricultor familiar e sua família; Instrumento básico para acessar as políticas públicas da agricultura familiar crédito, biodiesel,paa, PNAE, etc. Emitida por entidades credenciadas na SAF/MDA (empresa pública estadual de ATER, INCRA, sindicatos, FUNAI, etc).
5 Lei nº de 2006 Art. 3o Para os efeitos desta Lei, considera-se agricultor familiar e empreendedor familiar rural aquele que pratica atividades no meio rural, atendendo, simultaneamente, aos seguintes requisitos: I - não detenha, a qualquer título, área maior do que 4 (quatro) módulos fiscais; II - utilize predominantemente mão-de-obra da própria família nas atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento; III - tenha renda familiar predominantemente originada de atividades econômicas vinculadas ao próprio estabelecimento ou empreendimento; IV - dirija seu estabelecimento ou empreendimento com sua família.
6 Agricultura Familiar no Brasil IBGE (2006)
7 Agricultura Familiar no Brasil (%) IBGE (2006)
8 Agricultores familiares em situação de miséria Agricultores familiares em transição Agricultores familiares dinâmicos Cardápio de políticas públicas da SAF PBSM, PRONAF, Mais Alimentos, SEAF, Garantia Safra, PGPAF, ATER, PAA, PNAE, PNPB, Plano Sociobio, PS Leite, PS Café, Mais Gestão...
9 Papel do Departamento de Geração de Renda e Agregação de Valor da SAF/MDA Agricultura familiar A família detém o controle dos meios de produção e executa as atividades produtivas. Objetiva remunerar o capital investido mas também a reprodução de sua família e unidade produtiva
10 Possibilidades de geração de renda via inclusão produtiva para a agricultura familiar Alimentos Fibras Artesanato Turismo rural Serviços ambientais Plantas medicinais AGROENERGIA
11 Agricultura Familiar no Brasil Papel fundamental nas seguintes questões: Segurança alimentar; Mudanças climáticas; Agroenergia.
12
13 A experiência do MDA com o PNPB e Selo Combustível Social
14 Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) Segurança e norte criado por instrumentos legais: Lei nº de 13 de janeiro de 2005; Lei nº de 18 de maio de 2005; Decreto nº de 6 de dezembro de 2004; Resolução nº 05 de 03 de outubro de 2007 do Conselho Nacional de Políticas Energéticas (CNPE), Instrução Normativa nº 01, do MDA, de 19 de fevereiro de 2009; Instrução Normativa Nº 01, do MDA, de 20 de junho de Mistura obrigatória: Antecipação de metas pelo CNPE Mercado controlado e monitorado por meio de leilões: Leilões trimestrais organizados pela ANP. Inclusão produtiva da agricultura familiar Selo Combustível Social; Política de aquisições e tributária; Organização da base produtiva.
15 Selo Combustível Social Componente de identificação criado para viabilizar a estratégia social do PNPB; É concedido pelo MDA à empresa produtora de biodiesel que voluntariamente decide cumprir os critérios descritos em sua normativa vigente (Instrução Normativa Nª 01, do MDA, de 19 de fevereiro de 2009), e que confere ao seu possuidor o caráter de promotor de inclusão social dos agricultores familiares enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar PRONAF.
16 Papel da Coordenação Geral de Biocombustíveis do DGRAV/SAF/MDA
17 Números e avanços do Selo Combustível Social
18 39 usinas produtoras de biodiesel detentoras (69% do total de usinas no Brasil) 2,5 bilhões de litros/ano (+95% do volume de biodiesel produzido no Brasil) famílias beneficiadas; 65 cooperativas da agricultura familiar beneficiadas;
19 1,9 milhão de toneladas de matéria primas da agricultura familiar; R$ 1,5 bilhão em aquisições; R$ 36,2 milhões em assistência técnica; R$ 6,4 milhões em fomento (doação de insumos); técnicos contratados; 131 entidades prestadoras de ASTEC contratadas.
20 Aumento do número de famílias Aproximadamente 370 mil pessoas* (homens, mulheres, jovens e crianças) do meio rural beneficiadas. Nº de estabelecimentos da agricultura familiar beneficiados (mil famílias) 100,4 104,3 27, * Baseado no números médio de membros em estabelecimentos da agricultura familiar Censo IBGE (2006)
21 Aumento das compras da agricultura familiar Atratividade e alternativa econômica para milhares de famílias. Quantidade (mil toneladas) 1.652, ,28 857,01 361,
22 Aumento das compras da agricultura familiar Um dos maiores mercados para a agricultura familiar; Valor (milhões de R$) R$ 1.519,16 R$ 1.058,70 R$ 677,34 R$ 276,
23 Aumento do número de cooperativas Aumento da participação organizada da agricultura familiar; 93 cooperativas habilitadas a participar do PNPB (IN cooperativas 01/2011) Nº de cooperativas da agricultura familiar beneficiadas
24 Alternativa econômica para assentamentos da reforma agrária Centro Oeste/soja: 80 PAs participantes e 50 em prospecção; Norte/dendê: maior participação da agricultura familiar se dará com enquadrados no grupo A ; Estudo e conhecimento da cadeia produtiva da mamona no semiárido Atenção específica para a cadeia da mamona; Cadastro de 65 mil estabelecimentos da agricultura familiar no Nordeste e Semiárido; 700 técnicos contratados; Identificação de pólos desenvolvidos e pólos com potencial;
25 Modelo para o pilar social do Programa da Palma de Óleo Indústria de óleo de palma: contratos, assistência técnica e compras da agricultura familiar; 649 estabelecimentos da agricultura familiar contratados (R$ 30 milhões PRONAF Eco); Geração de aproximadamente 2 mil empregos e contratação de mais de 130 entidades de assistência técnica Valorização de profissionais e entidades e dinamização das economias locais; Aprendizado do setor Empresas: técnicos e estrutura voltados para a agricultura familiar; Agricultura familiar: entendimento da lógica produtiva e de negócios; Governo: avaliação e monitoramento do PNPB, e criação de outros programas.
26 Desafios da inclusão social e produtiva da agricultura familiar no PNPB
27 Nº de famílias beneficiadas pelo PNPB no Nordeste Dispersão geográfica Baixas produtividades e nível tecnológico Baixa organização econômica Alto custo de assistência técnica Baixo acesso ao crédito Assistencialismo x profissionalismo Ausência de incentivo para a indústria Ricinoquímica x biodiesel DESAFIOS NORDESTE/MAMONA: Mutirão pelo avanço tecnológico: Governos, Embrapa, OEPAs, ATER pública, escolas agrícolas de nível médio e superior, PBIO, ricinoquímica Nucleação e organização econômica Fomento: recursos privados SCS e fundo de apoio à participação da agricultura familiar Maior envolvimento dos agentes financeiros Criação de benefícios para a indústria vinculado à sua finalidade (alimento+química+biocombustível) Programa com foco na mamona e sua utilização (Garantia de compra+crédito+ater).
28 Nº de famílias beneficiadas pelo PNPB no Norte DAP A Problemas fundiários Problemas ambientais Baixa organização econômica Ausência de incentivo para a indústria Assentados da reforma agrária sem a DAP A DESAFIOS NORTE/PALMA DE ÓLEO: Cooperação Terra Legal/MDA e iniciativa privada Fortalecimento de iniciativas de organização econômica Aproveitamento de efeitos multiplicadores da cadeia da palma de óleo Criação de benefícios para a indústria vinculado à sua finalidade (alimento+química+biocombustível); Monitoramento e fortalecimento dos instrumentos do Programa da Palma.
29 Diversificação 98% do volume adquirido da agricultura familiar é soja (grão + óleo); Foco em culturas perenes (produção de óleo, balanço energético e de emissões) Canola (duas rendas ao ano para famílias) Gergelim, amendoim, girassol, algodão... Difusão de conhecimento, benefícios tributários, recursos para reestruturação produtiva, organização da cadeia, organização produtiva e econômica da agricultura familiar.
30 Outras ações do MDA ligadas à agroenergia
31 Plano Plurianual 12-15: Programa de Energia com objetivos sob responsabilidade do MDA; Ação orçamentária da Coordenação de Biocombustíveis do MDA ampliada: de apoio à cadeia do biodiesel para apoio à produção de energia a partir de fontes renováveis; Projetos e Acordos de Cooperação Técnica MDA/PNUD, MDA/FAO, MDA/Itaipu Binacional. Programa de biogás a partir do tratamento de dejetos animais em construção, alinhado às metas assumidas pelo Governo Federal dentro do programa ABC: Geração de renda com energia evitada, energia exportada, biofertilizantes e crédito de carbono. Ações em estudo para avaliação de viabilidade (produção individual e formas de produção coletiva), proposta de alteração/revisão de marco regulatório e adequações em instrumentos de crédito (PRONAF) e ATER;
32 Desafios e oportunidades ligados à produção de agroenergia pela agricultura familiar
33 Oportunidades: Protagonismo do Brasil em energia de fontes renováveis; Versatilidade e diversificação produtiva da agricultura familiar; Enorme potencial de produção de biomassa e multifuncionalidade do espaço agrário; Avanços nas regras de acesso da micro e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica (Resolução Normativa ANEEL nº 482/2012); Crescente envolvimento do MDA na pauta da agroenergia e mudanças climáticas; Aprendizado e consolidação do Selo Combustível Social; Aprendizado da agricultura familiar e suas representações; Cardápio de políticas públicas.
34 Desafios: Polêmicas (alimento x energia / balanço energético / balanço de emissões); Aumentar a oferta de óleos vegetais, biomassa e coprodutos; Geração e principalmente difusão de conhecimento para a agricultura familiar (diversificação, uso de coprodutos, agregação de valor, sinergia de processos, visão sistêmica e compreensão de mercado); Fortalecimento da organização econômica e da gestão da agricultura familiar; Alinhamento das políticas públicas para a produção de agroenergia com inclusão social (aproveitar experiência do SCS); Alinhamento das políticas públicas acompanhando os avanços do conceito de biorrefinarias no Brasil, com ampliação das possibilidades de utilização de biomassa.
35 MUITO OBRIGADO! André Grossi Machado Coordenador de Biocombustíveis CGBIO/DGRAV/SAF/MDA /0275
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