Os três papéis do conceito de capital fixo nos Grundrisse de Marx 1
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- Maria de Begonha Jardim Vilanova
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1 1 IX Colóquio Internacional Marx e Engels IFCH Unicamp Campinas/SP GT 1 A obra teórica de Marx e Engels Os três papéis do conceito de capital fixo nos Grundrisse de Marx 1 RESUMO Olavo Antunes de Aguiar Ximenes 2 (oaaximenes@gmail.com) Doutorando em Filosofia IFCH - Unicamp Esta comunicação mostra como Marx concebeu o capital fixo como índice de desenvolvimento do modo de produção capitalista nos Grundrisse (1857-8). É neste momento de sua trajetória intelectual que Marx desenvolve os conceitos de mais-valia, parte constante e variável do capital. Contudo, nos Grundrisse, Marx não extraí as consequências de suas novas categorias. Em larga medida, o autor mobiliza a noção de capital fixo para conceituar o modo de produção capitalista e, de forma mais determinada, o modo de produção especificamente capitalista. Procuraremos apontar os passos gerais desse movimento teórico. Introdução Desde a publicação completa entre 1939 e 1941 dos cadernos conhecidos por Grundrisse 3 (1857-8), surgiu uma série de comentários críticos da relação desses cadernos com O Capital (1867). Um desses estudos clássicos é o livro Gênese e estrutura de O Capital de Marx escrito por Rosdolsky. Nesse livro, Rosdolsky partia da trama categorial desenvolvida no Capital para reorganizar o material dos cadernos de Nesse esquema interpretativo, a trama categorial posterior seria uma espécie de gabarito de leitura dos Grundrisse. Para ficar apenas em um exemplo. Nos trechos nos quais Marx discorria longamente sobre o conceito capital fixo, Rosdolsky os qualificou como valiosos complementos ao segundo volume de O Capital. Essa leitura retrospectiva dos Grundrisse não permitiu a Rosdolsky entrever uma diferença crucial, para além de inúmeras continuidades, entre os textos de e os de Em sentido oposto, Postone, em Time, labor, and social Domination, parte da trama categorial dos Grundrisse, particularmente dos conceitos de riqueza material e de valor, para reorganizar a obra madura de Marx. 1 Os argumentos apresentados aqui apareceram em minha dissertação (Ximenes, 2017). Esse mestrado contou com o financiamento da CNPq (processo no /2015-0). 2 Agradece-se ao convênio FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa) e CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) pelo financiamento da pesquisa de doutorado (processo no. 2017/ ). Registra-se que as opiniões, hipóteses e conclusões ou recomendações expressas neste material são de responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a visão da FAPESP e da CAPES. 3 Alternamos entre cadernos de , manuscritos de ou simplesmente Grundrisse para nos referirmos aos cadernos editados.
2 2 Essas leituras das obras maduras de Marx possuem dois pressupostos. Primeiro, supõe-se que Marx trabalhava no mesmo horizonte teórico desde 1857 até o Capital. Esse pressuposto permite aos autores aproximar os dois textos. O segundo pressuposto é de que, apesar de os Grundrisse e O Capital compartilharem do mesmo horizonte teórico, haveria diferenças profundas entre eles. Se não fosse assim, não faria sentido, no caso de Postone, recorrer aos textos de para reorganizar a obra matura de Marx. No caso de Rosdolsky, não haveria a necessidade de corrigir o modo de apresentação dos Grundrisse a partir do modo de O Capital. 4 Parece-nos importante para compreender a letra dos Grundrisse operar com o segundo pressuposto e radicalizá-lo. Nesta comunicação, não partimos do pressuposto de que as formulações presentes no Capital (1867) são o índice de verdade das formulações dos Grundrisse, tampouco supomos que os Grundrisse são tão somente uma espécie de laboratório ou de método de pesquisa das obras posteriores. Tomamos por princípio ler os Grundrisse tal qual ele foi escrito. Isso significa que acompanharemos como Marx estabeleceu três papéis ao conceito de capital fixo nesses cadernos. Em resumo, acompanharemos a escrita marxiana sem retroprojetar os conceitos e o modo de apresentação de O Capital. Apresentar a caracterização do conceito de capital fixo nos Grundrisse implica: (i.) admitir a existência de diferenças substantivas na trama categorial dos Grundrisse em relação aos textos posterior; (ii.) conceder uma autonomia ao menos relativa aos próprios cadernos de ; (iii.) não os ler a partir do Capital. 5 Esses procedimentos fazem saltar como Marx concebeu o capital fixo como índice de desenvolvimento do modo de produção capitalista em três sentidos diferentes: 6 (i.) O capital fixo é a figura objetiva do próprio desenvolvimento das forças produtivas; (ii.) o capital fixo, em uma figura adequada, indica o momento do modo de produção capitalista; 7 (iii.) a produção 4 Não se trata de retomar o debate acerca do lugar teórico dos Grundrisse. Para isso e para uma defesa de uma leitura autônoma dos Grundrisse, cf. Ximenes (2017, p.12ss). 5 Não defendemos que um texto publicado como O capital teria o mesmo peso teórico de um conjunto de cadernos não publicados, como é o caso dos Grundrisse. Contudo, supor que a trama conceitual do Capital seria superior a da dos Grundrisse não serviria senão para esconder as diferenças mesmas entre essas tramas conceituais às quais cabe primeiramente elucidar. Cf. Ximenes (2017, p. 15). 6 (...) o capital fixo expressa a acumulação das forças produtivas objetivadas e igualmente do trabalho objetivado. (Marx, 2011, p. 583; MEGA 2 II/1.2, p. 574). (...)no momento em que o desenvolvimento do capital fixo atingiu certa extensão e essa extensão é, como sugerido, o índice do desenvolvimento da grande indústria em geral (...) (Marx, 2011, p ; MEGA 2 II/1.2 p ). 7 O capital produtivo, ou o modo de produção correspondente ao capital, só pode existir em duas formas: manufatura ou grande indústria. (...) na segunda [grande indústria], o capital fixo [Capital fixe] tem de ser grande em relação ao número dos muitos trabalhadores operando conjuntamente. (...) Nesse caso [no caso da Manufatura], o próprio modo de produção não é determinado pelo capital, mas ele o encontra pronto. (...)Por conseguinte, a sua reunião pelo capital é só formal (...) (Marx, 2011, p ; MEGA 2 II/1.2, p , grifos do autor).
3 3 de capital fixo indica que a sociedade não precisa dedicar-se inteiramente à produção de bens de consumo imediatos (produção indireta). Em outro lugar, defendemos 8 que a conceituação da categoria de modo de produção é feita primordialmente em vistas dessas três funções do capital fixo dentro do quadro categorial dos Grundrisse. Com isso, Marx pôde, já nos Grundrisse, diferenciar dois momentos do modo produção capitalista: o primeiro, modo de produção capitalista se refere ao momento no qual o capital fixo se estabelece na forma de manufatura. Encontramo-nos no âmbito da subsunção formal do trabalho e no nível da mais-valia absoluta. No segundo momento, modo de produção especificamente capitalista, o capital fixo se reveste da forma de grande indústria, correspondendo à subsunção real e à mais-valia relativa. Capital fixo e capital circulante 9 Um primeiro passo para introduzir o conceito de capital fixo é apontar que há uma variação na sua definição. Em alguns momentos o capital fixo é considerado meio de produção, 10 ; em outros, Marx considera o capital fixo mais precisamente meio de trabalho. 11 Paralelamente a definição do conceito de capital fixo é articulada em vista do seu duplo, o capital circulante. Esses dois modos de existência do capital podem ser analisados, por sua vez, por duas óticas distintas. A primeira, sob o signo do valor de uso, somente em uma forma dada (como a maquinaria ou a grande indústria) o capital fixo existe dentro do processo produtivo; a segunda, sob o signo do valor, as circulações das duas determinações do capital são distintas, uma vez que o capital fixo transfere gradualmente seu valor ao produto final, enquanto o capital circulante transfere seu valor totalmente. 12 Ressalta-se, contudo, que a distinção entre capital fixo e capital circulante não é a única distinção interna ao conceito de capital. Há uma outra que surge somente ao longo da redação dos cadernos de , qual seja, entre a parte constante e a variável do capital. Como defendemos em outro lugar, essa distinção não existia previamente à própria redação desses 8 Cf. Ximenes (2017). 9 Para indícios da centralidade do capital fixo, cf. Ximenes (2017, p.25ss) 10 O capital que se consome no próprio processo de produção capital ou capital fixo [Capital fixe] é, no sentido enfático do termo, meio de produção. (Marx, 2011, p. 579; MEGA2 II/1.2 p.570, grifo no original). 11 A diferença no interior do processo de produção, originalmente meio de trabalho e material de trabalho e, por fim, produto do trabalho, aparece agora como capital circulante [capital circulant] (os dois últimos) e capital fixo [capital fixe]. (Marx, 2011, p. 586; MEGA 2 II/1.2, p. 579). 12 (...) como valor, o capital fixo circula (ainda que apenas em partes, sucessivamente, como nós veremos). Como valor de uso, ele não circula. (...) O capital fixo, pelo contrário, só se realiza como valor enquanto permanece como valor de uso na mão do capitalista (...) (Marx, 2011, p. 569).
4 4 cadernos. Marx alcançou-a tão somente ao longo da redação. Por isso, o autor não mobiliza essa distinção entre parte constante e variável ao longo dos Grundrisse. 13 Em suma, Marx supõe que o capital fixo seja critério do desenvolvimento do modo de produção capitalista, pois o capital fixo, no modo de produção especificamente capitalista, deve se revestir de uma figura específica, a da grande indústria e, ao mesmo tempo, a produção de capital fixo indica até que ponto a produção deixa de se orientar para fruição imediata. Além disso, as considerações de Marx sobre o capital fixo acabam se ramificando em outras discussões centrais ao modo de produção capitalista: a necessidade da continuidade da produção e do sistema de crédito. * capital fixo [capital fixe], que, monstro animado, objetiva o pensamento científico e é, de fato, sua síntese (...) (Marx, 2011, p. 387, MEGA 2 II/1.2, p ). É com essa descrição do capital fixo como um monstro animado, resumo do pensamento científico, que Marx antecede a discussão do Formas que precederam... De certa forma, essa descrição serve-nos como fio condutor. O capital fixo é um monstro animado porque, em forma adequada, é maquinaria. A maquinaria, ao contrário dos instrumentos de trabalho pregressos que eram usados pelo ser humano, subjuga a atividade laboral ao seu próprio ritmo frenético. Com seu surgimento, impõe-se uma outra relação entre a atividade laboral e seus instrumentos. Entende-se o monstro. O capital fixo é também a síntese do pensamento científico porque é, em última instância, o resultado do próprio desenvolvimento humano. A maquinaria, figura adequada do capital fixo, é resultado do desenvolvimento científico em vistas de controlar o fogo, o carvão, o vapor, a água e a mecânica em um sentido produtivo. Entende-se porque monstro animado. O capital fixo é a síntese do pensamento científico voltado ao processo produtivo. Além disso, o capital fixo, para além de indicar como o capital global se decompõe em componentes distintos tanto no processo de produção e valorização quanto na circulação, indica o grau de desenvolvimento do capitalismo, mais precisamente, ele indica o surgimento do modo de produção especificamente capitalista. Em um primeiro momento, o capital fixo mostra que o capital alcançou um grau de desenvolvimento do modo de produção que lhe é adequado, isso se dá na grande indústria. Em outro sentido, o capital fixo é também a forma objetiva na qual se plasma o desenvolvimento 13 Para mais argumentos, cf. Ximenes (2017, cap.3).
5 5 das forças produtivas; e, por fim, ele indica até qual ponto frações crescentes da produção podem se voltar para a produção de bens não imediatamente utilizáveis. A força produtiva da sociedade é medida pelo capital fixo [Capital fixe], existe nele em forma objetiva e, inversamente, a força produtiva do capital se desenvolve com esse progresso geral de que o capital se apropria gratuitamente. (Marx, 2011, p. 582; MEGA 2 II/1.2, p.573, grifado no original). O primeiro papel do capital fixo no modo de produção capitalista é servir de medida para o desenvolvimento das forças produtivas. O capital tem a tendência de aumentar as forças produtivas e de rebaixar o trabalho necessário a um momento cada vez menor. 14 O capital fixo só indica o desenvolvimento das forças produtivas porque ele mesmo assume uma dada figura histórica. Portanto, o desenvolvimento pleno do capital só acontece ou o capital só terá posto o modo de produção que lhe corresponde quando o meio de trabalho é determinado como capital fixo [Capital fixe] não só formalmente, mas quando tiver sido abolido [aufgehoben] em sua forma imediata, e o capital fixo se defrontar com o trabalho como máquina no interior do processo de produção (...) (Marx, 2011, p. 583; MEGA 2 II/1.2, p. 574). Um dos critérios para o modo de produção especificamente capitalista é de que o capital fixo tenha se revestido da forma da maquinaria. O capital fixo serve como índice para o grau de dominação do capital: Por isso, a dimensão quantitativa e a eficácia (intensidade) com que o capital está desenvolvido como capital fixo [Capital fixe] indica o grau em que o capital está desenvolvido como capital, como o poder sobre o trabalho vivo, e em que submeteu a si o processo de produção como um todo. (Marx, 2011, p. 583; MEGA 2 II/1.2, p. 574, o destaque nosso). Essa é a forma adequada do capital como valor de uso no processo capitalista de produção, daí não se segue que o capital seja necessariamente a melhor relação social de produção para maquinaria em si. Essa observação é importante, pois diz respeito à possibilidade de relações de produções emancipadas. 15 O desenvolvimento do capital fixo indica até que ponto o saber social geral, conhecimento, deveio força produtiva imediata e, em consequência, até que ponto as próprias condições do processo vital da sociedade ficaram sob o controle do intelecto geral e foram reorganizadas em conformidade. Até que ponto as forças produtivas da sociedade são produzidas, não só na forma do saber, mas como órgãos 14 Como vimos, a tendência necessária do capital é o aumento da força produtiva do trabalho e a máxima negação do trabalho necessário. A efetivação dessa tendência é a transformação do meio de trabalho em maquinaria. (Marx, 2011, p. 581; MEGA 2 II/1.2 p. 573, Cad. VI). 15 Do fato de que a maquinaria é a forma mais adequada do valor de uso do capital fixo não se segue de maneira nenhuma que a subsunção à relação social do capital seja a melhor e mais adequada relação social de produção para a aplicação da maquinaria. (Marx, 2011, p. 583).
6 6 imediatos da práxis social; do processo real da vida. (Marx, 2011, p. 589; MEGA 2 II/1.2 p.582-3, destaque nosso). Isto é, o capital fixo como padrão de medida do desenvolvimento capitalista, como forma objetiva do desenvolvimento das forças produtivas, indica um processo mais geral de desenvolvimento do próprio domínio humano frente aos processos naturais. (...) é na produção do capital fixo [Capital fixe] que o capital se põe, em uma potência mais elevada que na produção de capital circulante [capital circulant], como fim em si mesmo e aparece efetivamente como capital. Em consequência, sob esse aspecto, a dimensão que o capital fixo [Capital fixe] já possui e que sua produção ocupa na produção total é igualmente critério do desenvolvimento da riqueza fundada no modo de produção do capital. (Marx, 2011, p. 592; MEGA 2 II/1.2 p , grifado no original, destaque nosso) Ademais, o grau de produção dedicada à produção do próprio capital fixo é também índice de desenvolvimento da sociedade em outro sentido, pois isso significa que uma parte da produção não precisa mais ser destinada ao consumo imediato da sociedade. 16 Isso significa que uma dada fatia da produção total já seria o suficiente para a carestia imediata da sociedade. Há ainda outro aspecto em que o desenvolvimento do capital fixo [capital fixe] indica o grau do desenvolvimento da riqueza em geral, ou do desenvolvimento do capital. (...) A parte da produção orientada para a produção do capital fixo [capital fixe] não produz objetos da fruição imediata nem valores de troca imediatos; muito menos [produz] valores de troca não imediatamente realizáveis. (Marx, 2011, p. 589; MEGA 2 II/1.2 p. 583, grifado no original, trad. modificada). Isto é, os valores de troca cristalizados na forma de capital fixo só são realizáveis se aplicados de forma capitalista em outro processo produtivo; ou seja, a produção voltada à produção de capital fixo não se destina a um consumo imediato. Marx conclui: Por conseguinte, o fato de que uma parte cada vez maior seja empregada na produção dos meios de produção depende do grau de produtividade já alcançado de que uma parte do tempo de produção seja suficiente para a produção imediata. Para tanto, é preciso que a sociedade possa esperar (...) (Marx, 2011, p. 589; MEGA 2 II/1.2 p. 583, grifado no original). Contudo, o processo capitalista pensado globalmente pressupõe que em algum momento todo capital deve circular para que a mais-valia se realize. Nesse sentido, há uma relação dialética entre capital fixo e capital circulante. O capital precisa se fixar para poder atuar produtivamente, no entanto, simultaneamente, o capital fixo precisa circular em um período longo de rotação para poder valorizar o capital. O processo de produção do capital presume: todo capital retorna somente na forma de um capital circulante [capital circulant]; por essa razão, o capital fixo [capital fixe] só pode ser renovado pelo fato de que uma parte do capital circulante [capital circulant] se fixa; ou seja, uma parte das matérias-primas criadas é utilizada e uma 16 Cf. Rosdolsky, 2001, p. 302
7 7 parte do trabalho é consumida (...) para produzir capital fixo [capital fixe]. (Marx, 2011, p. 614; MEGA 2 II/1.2 p. 609, grifado no original). Uma forma do capital é o pressuposto da outra: O capital fixo [Capital fixe] é pressuposto da produção do capital circulante [capital circulant], do mesmo modo que o capital circulante é pressuposto da produção de capital fixo. (Marx, 2011, p. 614, MEGA 2 II/1.2, p.609, grifado no original). Algumas linhas depois, Marx explica o que significa esse ser pressuposto da forma contraposta. O capital circulante [capital circulant] entra segundo seu valor de uso no capital fixo [capital fixe], exatamente como o trabalho, ao passo que o capital fixo entra segundo seu valor no capital circulante e, como movimento (onde é diretamente maquinaria), como movimento em repouso, como forma, entra no valor de uso. (Marx, 2011, p ; MEGA 2 II/1.2 p. 609). * Deste modo, recuperamos três momentos chaves do capital fixo no modo de produção capitalista. O capital fixo plasma o desenvolvimento das forças produtivas; ele também na forma da grande indústria indica o surgimento do modo de produção especificamente capitalista; por fim, o grau de produção de capital fixo indica que a produção não precisa mais estar totalmente voltada à produção de bens de consumo imediatos. Bibliografia MARX, K. ENGELS, F. Gesamtausgabe. Berlim: Dietz, v. II/1.1. [Grundrisse/ MEGA 2 ].. Gesamtausgabe. Berlim: Dietz, v. II/1.2.. Gesamtausgabe. Berlim: Dietz, v. II/1 Apparat. MARX, K. Grundrisse. Trad. Mario Duayer, Nélio Schneider. São Paulo: Boitempo, POSTONE, M. Time, Labor, and Social Domination. New York: Cambridge University Press, ROSDOLSKY, R. Gênese e estrutura de O Capital de Karl Marx. Rio de Janeiro: Contraponto, XIMENES, O.A.A. Aproximação à categoria de modo de produção nos Grundrisse ( ) de Karl Marx, Dissertação (Mestrado em Filosofia) Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Estadual de Campinas.
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