FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO DE SURDOS

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1 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO DE SURDOS LETRASLIBRAS 83

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3 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO DE SURDOS Wanilda Maria Alves Cavalcanti APRESENTAÇÃO Cara(o)aluna(o) Iniciandoumnovociclodeestudos,aUniversidadeFederaldaParaíbaincorporaaoscursosquejá oferecia,maisumquerepresentaaatençãoaoseupapelnasociedadeembuscadeoportunidadespara todos. OCursodeLetras/Librasincorporamaisincursõesnomundocientíficoatravésdaproduçãode pesquisaseelaboraçãodemateriaisvoltadosparaaeducaçãodesurdos,formandoprofissionaiscapazesde atuarnessecampo. AdisciplinaFundamentosdaEducaçãodeSurdostrazconsigoumabase,naqualosconteúdosse articularãoecomelesesperamosqueproduzamconhecimentosnosquaiscirculemosprincipaisaspectosque representamarealidadedossurdosnobrasil. Paraentenderessavisãodeformamaisclaraénecessárioconheceralgunsaspectosdatrajetóriade comoaeducaçãofoisendopropostaparaossurdostrazendoumcenárioquemantêmumaarticulaçãodireta comoconceitodehomem/surdoquefoivivenciadoemcadaocasião.estavisãofoiaproximandosedojeito desersurdo,substituindoapropostamaiscurativadadeficiênciaparaumaoutravoltadaparaaidentidade constituídapelosprópriossurdos. Portanto,podemosdizerqueateiadeaspectosquecompõeosfundamentosdaeducaçãosebaseia nahistóriacultural,nalínguadesinais,naidentidadesurda,nasleis,napedagogiasurdaqueremontama experiênciasjávivenciadasedelasforamtiradasliçõesparaquesejamadotadasformasrenovadasdevere trabalharcomaeducaçãodesurdos. LETRASLIBRAS 85

4 Afimdeofereceroportunidadesparatodosaquelesqueparticipemdessaformaçãoapontamosos seguintesaspectosquedirecionarãonossasreflexõesapartirdessemomento. Sumariamosessesestudosquetrazemosseguintespontos: 1.TRAJETÓRIAHISTÓRICADAEDUCAÇÃODESURDOS 2.LEGISLAÇÃOESURDEZ 3.POLÍTICASSOCIAISEEDUCACIONAISDEINCLUSÃOEEXCLUSÃO 4.MODELOSPARAEDUCAÇÃODESURDOS 5.CULTURA,IDENTIDADEXEDUCAÇÃODESURDOS Seguindo este desenho estaremos diante de noções que certamente nos levarão às principais dificuldadesqueatravessamasquestõeseducacionais/sociaisdavidadosurdo.poroutrolado,tentamos trazerumconteúdodeformaaproporcionarumafácilcompreensãoporpartedaquelesqueestarãocursando oletras/libras. DessemodoaUniversidadeFederaldaParaíbaesperaestarcumprindooseupapelnasociedade, resgatando as possibilidades restritas a poucos centros acadêmico contribuindo para a formação de profissionais,paraanovarealidadedavidaescolar,ouseja,ocontatocomadiversidade. Trazemosentãoosprincipaisobjetivosquenosorientarãonopercursoquepretendemosalcançarcom osestudosnessadisciplina. ObjetivoGeral Conhecer os fundamentos filosóficos, culturais, históricos, sociais que devem nortear a educaçãodesurdos,afimdequepossamosverificaralínguadesinaiscomoveiculadorada construção da identidade surda na aquisição de conhecimentos e na interação com a sociedade. LETRASLIBRAS 86

5 ObjetivosEspecíficos RefletirsobreaeducaçãodesurdosnoBrasil Destacaraimportânciadalínguadesinaiscomobaseparaaeducaçãodesurdos Apresentarosfundamentosdaeducaçãodesurdos Apresentaralegislaçãobrasileiravoltadaparaaeducaçãodesurdos Promoveradiscussãoentreaeducaçãodesurdos,cultura,línguadesinaiselíngua portuguesa. Estimularadiscussãosobreaconstruçãodaidentidadesurdaemumasociedadede ouvintes. LETRASLIBRAS 87

6 UNIDADE 1 TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO DE SURDOS Considerando que não há presente sem passado não poderíamos deixar de conhecer, embora brevemente,atrajetóriadaeducaçãodesurdosparaentendermelhorastendênciasqueatualmentesão adotadas. Osacontecimentosrefletemumarealidadesocial,políticaehistóricaqueinfluenciaramaadoçãode posiçõesesefizeramsentirnaformaçãodaidentidadedossurdos. Nomomentoemquenospropomosatrazerumavisãogeraldessahistóriaparatentarcompreender comoforamengendradas,estaremosresgatandopartedela. Naantiguidade,podemosfalarqueosgregoseromanosnãoconsideravamossurdoscomopessoas competentes.aocontrário,eleseramisoladosdasociedadesoboargumentodeque,segundomoura,2000, p.16: [...] o pensamento não podia se desenvolver sem linguagem e que esta não se desenvolvia sem a fala. Desde que a fala não se desenvolvia sem a audição, quem não ouvia, não falava e não pensava, não podendo receber ensinamentos e, portanto, aprender. NaIdadeModerna,noséculoXVI,omédicoitalianoGirolamoCardamo,declaraqueossurdospodiam receberinstrução.eleafirmavaqueessaspessoaspodiamserensinadasalereescreversemfala.muitos outroseducadoresprocuraramcriarcondiçõesparaqueosurdosecomunicassecomofoiocasodepedro PoncedeLeon,JuanPabloBonet,AbadeL Epéedentreoutros. Amaioriadesseseducadoresbuscoualternativasparaatenderdemandasdasociedadecomofoiocaso deponcedeleon,porexemplo,queensinousurdosafalar,ler,escrever,rezar,etc.nessaocasiãoapessoa muda nãoerareconhecidaperantealei,poisnocasodeseremprimogênitosperderiamodireitoaotítuloe a herança. Por conseguinte a força do poder financeiro, e, dos títulos se constituíram os grandes impulsionadoresdooralismo,naépoca,poiseraatravésdafalaqueoindivíduotinharepresentaçãona sociedade. Seguiuseaessapropostaaquelasquetrouxeramossinaiscomoformadecomunicação,e,emoutros casosiriamrepresentarossonsdafaladeumaformavisívelatravésdoquesechamoualfabetodigital,usado paraensinaraler,associadoàleituradoslábioseamanipulaçãodosórgãosfonoarticulatóriosepeloensino dediferentesposiçõesparaaemissãodosom. LETRASLIBRAS 88

7 AIdadeContemporâneatrouxeavisãoclínica[...]equivocadaquantoaosseusprincípios,queprocurava atodocustoacabarcomaquiloquenãopodiasertratado,curadonamaioriadasvezes(moura,2000,p.26). Aúnicaformade salvar osurdoseriaatravésdousodafala,pelarestauraçãodaaudição,poisseelafosse restaurada,afalatambémoseria. Noentanto,osinsucessosobtidosatravésdessapropostanãoforamsuficientesparaconvencera maioriadesseseducadoresoralistas.apesardisso,omédicojeanitardapósdezesseisanosdetentativase experiênciasfrustradasdeoralizaçãodesurdossemconseguiratingirosobjetivosdesejados,rendeuseao fatodequeosurdopodesereducadoatravésdalínguadesinais. OCongressodeMilãorealizadoem1880declarouasuperioridadedométodooralpurosobreousode sinaisoqueprovocouumagrandepolêmicaentreprofessoresouvintesesurdos(aestesnãofoipermitido votar),emdefesadooralismoedalínguadesinais,tendoestaúltimasidobatidanapreferênciadagrande maioriadeprofessoresouvintes. Apartirdesseeventoqueteveomaiorimpactonaeducação,seconsiderarmososcemanosdesua hegemonia,ossurdosforamsubjugadosàspráticasouvintistas.ficoulegitimadoqueapenasalínguaoral deveria ser aprendida pelos surdos, sendo a língua de sinais considerada como prejudicial para o desenvolvimentodessacriança. Umgrandeprocessodemudançasedesencadeouefoilogoadotadopelamaioriadasescolas,em oposiçãoàeducaçãodoséculoxviii.naquelemomentoacreditavasequeosurdopoderiadesenvolverse comoosouvintesaprendendoapenasalínguaoral.dessemodo,aoralizaçãopassouaseroprincipalobjetivo daeducaçãodacriançasurdaeparaqueelapudessedominaressaformadecomunicaçãopassavaamaior partedeseutemporecebendotreinamentooralesededicandoaesteaprendizado(goldfeld,1998). Estamosdiantedeumaperspectivaquedestacavaavisãoclínicadasurdezeatravésdareabilitaçãodafalae treinamentoauditivobuscavam curar ossurdos. Portanto,essaidéiadeuorigemaomodeloeducacionaldenominadooralismoqueduranteumséculo semantevecomopropostaprincipalparaaeducaçãodesurdos.comaadoçãodessemodeloeducacional foramabandonadasculturaeidentidadesurdas.dessemodo,asidéiaspregadaspelooralismoorientavam queossurdosdeveriamterumaidentidadecomumcomosouvintes,ouseja,alíngua. O2º,o3ºe4ºCongressosInternacionaisdoSurdorealizadosemChicago,GenèveeemParis,em 1893,1896e1900,respectivamente,decidiramseafavordeumsistemacombinadodeinstruçãoe/oupelo oralismopuro,mantendoasituaçãopreconizadapelocongressodemilão. No começo do século XX já se ouvia falar dos insucessos do oralismo, trazendo consigo outras conotaçõesparaossurdos,ouseja,quandonãoprogrediamnaoralidade,eramconsideradosdeficientes LETRASLIBRAS 89

8 mentais.essaconstataçãonossugerequeoproblemadasurdezesuasconseqüênciasestavaligadaao própriosurdo. Somenteapartirdadécadade60desteséculoalínguadesinaiscomeçouaser(re)conhecida especialmentedepoisdostrabalhosdewilliamstokoe,lingüistaamericano,queretomouaquestãodossinais eapresentoualínguadesinais,comoumalíngualegítima,comestruturaprópria. O final do século XX e o início do século XXI parecem ter criado novas oportunidades para a reconstruçãodahistóriaculturaldossurdos,comavalorizaçãodalínguadesinais,comapossibilidadede construçãodaidentidadesurda,decorrentedorespeitoàsdiferenças. Reflexão Ahistóriadaeducaçãodesurdosmostradiversasmudançasqueocorreramaolongodo tempo.podemosafirmarqueosprimeirosmovimentosdeeducaçãodesurdosdatamdo séculoxvi.elessaíramdoisolamentoquelheseraimpostoeparticiparamdavidadasdemais pessoas.comessaatitudedesencadearamtransformaçõesqueresultaramnalegitimaçãodo seudireitoemviverdeacordocomsuasnecessidades,ouseja,usarsualíngua,manifestar suaidentidade. Conceitos OralismoOensinoparasurdosbaseadonacomunicaçãooral Visãoclínica Atravésdavisãoclínicaossurdossãocategorizadospelosgrausdesurdeze nãopelassuasidentidadesculturais.afalaseriaaúnicapossibilidadedeviverbemna sociedade.elavê(em)ossurdoscomopacientesquenecessitamseremtratadosatravésde exercícios terapêuticos ( treinamento auditivo, exercícios de preparação do órgãos do aparelhofonador,etc.) Ouvintismo (...)conjuntoderepresentaçõesdosouvintesapartirdoqualosurdoestá obrigadoaolharseenarrarsecomosefosseouvinte (SKLIAR,1998,p.15). LETRASLIBRAS 90

9 Referências para leituras complementares FERNANDES,E.(Org)SurdezeBilingüismo.PortoAlegre:Mediação,2005. LANE,H.Amáscaradabenevolência:acomunidadesurdaamordaçada.Lisboa:InstitutoPiaget,1992. SACKS,O.VendoVozes:umajornadapelomundodossurdos.RiodeJaneiro:ImagoEditora,1990. SKLIAR,C.Educação&exclusão:abordagenssócioantropológicasemeducaçãoespecial.PortoAlegre:Editora Mediação,1997. AtualidadedaEducaçãoBilíngüeparasurdos:interfacesentrePedagogiaeLingüística.Porto Alegre:Mediação,1999,v.2. LETRASLIBRAS 91

10 Unidade 2 LEGISLAÇÃO E SURDEZ Afasedeausênciaquasetotaldeleisqueamparassemprincipalmenteosdireitoslingüísticosdosurdo foiamplamentemodificada.comoreconhecimentodalibras(línguabrasileiradesinais)nopaís,observouse umaintensamovimentaçãoqueculminoucomdeterminaçõesgovernamentaisexpressaatravésdeleis, decretosquedessemodocomeçaramafazerpartedavidadetodososcidadãosquefreqüentamasociedade brasileira,renovandoplanejamentos. Osdireitoslingüísticosdossurdosestãoagoraamparadospelaspolíticaspúblicasquesemanifestam atravésdagarantiadeacessoepermanênciadessealunodentrodasescolasregularesdeensino,emborana práticanemsemprepossamosidentificálas. Portanto,apropostadeinclusãodesurdosnasescolasmaispróximasdesuasresidênciasrepresentou umprimeiropassoparaoexercíciodecidadania. A estruturação da educação de surdos nos moldes propostos pelo modelo inclusivista, traz o bilingüismo 3 comoorientadordasaçõesquedevemsedesdobrardaí,marcarammudançasradicaisnavidado surdoedaescolaqueteveaincumbênciadeimplantarumtrabalhopedagógicovoltadoparaaefetivação dessaproposta. ALei9394/96noseuartigo1ºpassaavigoraracrescidadoart.26Bqueafirma Será garantidaàspessoassurdasemtodasasetapasemodalidadesdaeducaçãobásica,nasredes públicaseprivadasdeensino,aofertadalínguabrasileiradesinais LIBRAS,nacondiçãode línguanativadaspessoassurdas. O MEC/SEESP promoveu reuniões e câmaras técnicas que tiveram como produto o documento DiretrizesparaaEducaçãodeSurdos quebuscaramviabilizarapropostapedagógicaquedeveriaser veiculadanasescolas. ALeiFederal10.436,de24deabrilde2002,reconhecealínguadesinaisemtodoopaís.Elafoi regulamentada e os fundamentos foram publicados através do decreto governamental de 22 de 3 Bilingüismo é o uso que as pessoas fazem de diferentes línguas em diferentes contextos sociais. O bilingüismo para surdos traduz-se na aquisição da Libras como primeira língua e da língua portuguesa como segunda. LETRASLIBRAS 92

11 dezembrode2005,tornandoobrigatórioousodalínguadesinaisnãosomenteparaossurdos,mastambém paraosprofessoresqueatendemessesalunosalémdedisciplinarapresençadeintérpretesdelibras. Essedecretoprovocoumuitasmudançasespecialmentenasinstituiçõesformadorasdeprofessores quetendodecumpriroqueessaleideterminava,foitrazendoalibrasparaasinstituiçõesdeensinosuperior, disseminandooseuuso,econhecendoacadavezmaisatravésdageraçãodepesquisas. EssedecretodeterminouainclusãodaLibrascomodisciplinacurricularassimproposto: Art.3 o ALibrasdeveserinseridacomodisciplinacurricularobrigatórianoscursosde formaçãodeprofessoresparaoexercíciodomagistério,emnívelmédioesuperior,e nos cursos de Fonoaudiologia, de instituições de ensino, públicas e privadas, do sistemafederaldeensinoedossistemasdeensinodosestados,dodistritofederale dosmunicípios. 2 o ALibrasconstituirseáemdisciplinacurricularoptativanosdemaiscursos deeducaçãosuperiorenaeducaçãoprofissional,apartirdeumanodapublicação destedecreto. Aindanestedecreto,nocapítuloIIIaparecemrecomendaçõessobreaformaçãodoprofessorde LibrasedoinstrutordeLibrasassimexplicitadas: Art.4 o AformaçãodedocentesparaoensinodeLibrasnassériesfinaisdoensino fundamental,noensinomédioenaeducaçãosuperiordeveserrealizadaemnível superior,emcursodegraduaçãodelicenciaturaplenaemletras/librasouemletras: Libras/LínguaPortuguesacomosegundalíngua. LETRASLIBRAS 93

12 Art.9 o ApartirdapublicaçãodesteDecreto,asinstituiçõesdeensinomédioque oferecem cursos de formação para o magistério na modalidade normal e as instituiçõesdeeducaçãosuperior queoferecemcursosdefonoaudiologiaou de formaçãodeprofessoresdevemincluirlibrascomodisciplinacurricular,nosseguintes prazosepercentuaismínimos: Iatétrêsanos,emvinteporcentodoscursosdainstituição; IIatécincoanos,emsessentaporcentodoscursosdainstituição; IIIatéseteanos,emoitentaporcentodoscursosdainstituição;e IVdezanos,emcemporcentodoscursosdainstituição. Parágrafoúnico.OprocessodeinclusãodaLibrascomodisciplinacurriculardeve iniciarse nos cursos de Educação Especial, Fonoaudiologia, Pedagogia e Letras, ampliandoseprogressivamenteparaasdemaislicenciaturas. Apardessasmedidasquedeterminavamorientaçõesparaaeducação,aLei10.098,de19de dezembro de 2000, cria condições de acessibilidade na comunicação. Ela se refere aos meios essenciaisdeparticipaçãosocial. Oartigo17destaleiexplicasobre[...]aeliminaçãodebarreirasnacomunicaçãoeacriação demecanismosquetornemacessíveisossistemasdecomunicaçãoparagarantirodireitodeacessoà informação,àcomunicação,aotrabalho,àeducação,aotransporte,àcultura,aoesporteeaolazer( PERLINeSTROBEL,2008,p.30). Vale salientar ainda que a acessibilidade para surdos também deve ser garantida pela presençadointérpretedelibrasqueconstadestamesmaleinoseuartigo18. LETRASLIBRAS 94

13 Outrasleisedecretoscomplementamessaaçãodegarantiadaacessibilidadetaiscomoo decreto5.626/2005,ecertamentesurgirãonovaspossibilidades,namedidaemqueascondições paraainserçãocadavezmaisampladesurdosnasociedadedeterminarãoànecessidadedenovas medidasquecomplementarãoasquejáexistem. Paraconhecermaisalgumasleis,decretos,pareceresedeclaraçõesvinculadasàquestãodos direitosdosurdo,podemosnomear: LEIS Lei9394/96 LeideDiretrizeseBasesdaEducação Leinº8069/90EstatutodaCriançaedoAdolescenteEducaçãoEspecial Lei10.098/94Estabelecenormasgeraisecritériosbásicosparaapromoçãoda acessibilidadedaspessoasportadorasdedeficiênciaoucommobilidadereduzida,e dáoutrasprovidências. Lei10.436/02DispõesobreaLínguaBrasileiradeSinaisLibrasedáoutras providências. DECRETOS DecretoNº186/08AprovaotextodaConvençãosobreosDireitosdasPessoascom DeficiênciaedeseuProtocoloFacultativo,assinadosem30demarçode2007. Decretonº6.949PromulgaaConvençãoInternacionalsobreosDireitosdasPessoascom DeficiênciaeseuProtocoloFacultativo,assinadosemNovaYork,em30demarçode2007 DecretoNº6.094/07DispõesobreaimplementaçãodoPlanodeMetas CompromissoTodospelaEducação DecretoNº6.215/07InstituioComitêGestordePolíticasdeInclusãodasPessoas comdeficiência CGPD DecretoNº6.571/08Dispõesobreoatendimentoeducacionalespecializado LETRASLIBRAS 95

14 Decretonº5.626/05RegulamentaaLei10.436quedispõesobreaLínguaBrasileira desinais LIBRAS Decretonº2.208/97RegulamentaLei9.394queestabeleceasdiretrizesebasesda educaçãonacional Decretonº3.298/99RegulamentaaLeino7.853,de24deoutubrode1989,dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências Decretonº914/93PolíticaNacionalparaaIntegraçãodaPessoaPortadorade Deficiência. Decreto nº 3.952/01 Conselho Nacional de Combate à Discriminação Decreto nº 5.296/04 Regulamenta as Leis n e com ênfase na PromoçãodeAcessibilidade Decreto nº 3.956/01 (Convenção da Guatemala) Promulga a Convenção InteramericanaparaaEliminaçãodeTodasasFormasdeDiscriminaçãocontraas PessoasPortadorasdeDeficiência PORTARIAS Portarianº976/06DeterminacritériosdeacessibilidadeaeventosdoMEC Portarianº1.793/94Dispõesobreanecessidadedecomplementaroscurrículosde formação de docentes e outros profissionais que interagem com portadores de necessidadesespeciaisedáoutrasprovidências Portaria nº 3.284/03 Dispõe sobre requisitos de acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências, para instruir os processos de autorização e de reconhecimentodecursos,edecredenciamentodeinstituições. LETRASLIBRAS 96

15 RESOLUÇÕES ResoluçãoCNE/CEBnº2/01NormalInstituiDiretrizesNacionaisparaaEducação EspecialnaEducaçãoBásica ResoluçãoCNE/CPnº1/02DiretrizesCurricularesNacionaisparaaFormaçãode Professores AVISO Aviso Circular nº 277/96 Dirigido aos Reitores das IES solicitando a execução adequada de uma política educacional dirigida aos portadores de necessidades especiais DOCUMENTOSINTERNACIONAIS ConvençãodaONUSobreosDireitosdasPessoascomDeficiência. CartaparaoTerceiroMilênio DeclaraçãodeSalamanca ConvençãodaGuatemala DeclaraçãodosDireitosdasPessoasDeficientes DeclaraçãoInternacionaldeMontrealsobreInclusão LETRASLIBRAS 97

16 Reflexão Aeducaçãoinclusivasignificaumnovomodelodeescolaemqueépossívelo acessoeapermanênciadetodososalunos,eondeosmecanismosdeseleçãoe discriminação, até então utilizados, são substituídos por procedimentos de identificaçãoeremoçãodebarreirasparaaaprendizagem.paratornarseinclusiva,a escola precisa formar seus professores e equipe de gestão, rever as formas de interaçãovigentesentretodosossegmentosqueacompõemenelainterferem. Precisarealimentarsuaestrutura,organização,seuprojetopolíticopedagógico,seus recursosdidáticos,metodologiaseestratégiasdeensino,bemcomosuaspráticas avaliativas. A proposta de educação inclusiva implica, portanto, um processo de reestruturaçãodetodososaspectosconstitutivosdaescola,envolvendoagestãode cadaunidadeedosprópriossistemaseducacionais.(glat,2007,p.16e17. Referências para leituras complementares MEC,LeideDiretrizeseBasesparaaEducação9394/96. DeclaraçãodeSalamanca ( Leinº10.172,de9dejaneirode2001 ( Leinº10.436,de24deabrilde2002 ( GLAT,R.(Org.)EducaçãoInclusiva:culturaecotidianoescolar.RiodeJaneiro:7Letras,2007. PERLIN,G.eSTOEBEL,K.FundamentosdaEducaçãodeSurdos.Florianópolis:EditoradaUFSC,2008. LETRASLIBRAS 98

17 Unidade 3 POLÍTICAS SOCIAIS E EDUCACIONAIS: DA EXCLUSÃO À INCLUSÃO As tendências adotadas pelo movimento inclusivista vieram no bojo das mudanças que foram ocorrendo,aolongodostempos.desdeagréciasepreconizavaaeliminaçãosumáriadaquelesquenão apresentavamcondiçõesfísicasementaissimilaresàsdemaispessoas,atéchegaraumareviravoltanessa concepção,naqualsetentavalorizar,acreditarnoserhumanocapazdesuperarosdesafiosdeviverna sociedade. Vivemosnonossopaísumarealidadequenãopodeserentendidasenãoconhecermosumpoucoda trajetória,pelaqual,pessoascomnecessidadesespeciaispassaramaolongodosséculos. Comosmovimentossociais,emboraocorrendopaulatinamente,algumasmudanças,foramsendo identificadasnahistóriadahumanidadequeaseumodo,enoseutempoforamsendodesencadeadorasde novasformasdeveressesindivíduos.passamosdaexclusãototalparaoutrasformasdeparticipaçãoquena época,nãorepresentaramorespeitoaodireitodesercidadão.nessaótica,podemosinterpretaraexclusão comoumprocessodinâmicodacalargrupossociais,totalouparcialmente.portanto,tratasedeaplicar políticasquedeterminam quemestádentroequemestáfora (FERNANDES,2005,p.89). Nessatrilha,asegregaçãofoisendoimposta,trazendoparaaquelesdequemestamosfalandoa possibilidade de sobreviver fisicamente, mas sem a qualidade de vida e participação esperada. Nesse momentoessaspessoaspodiamparticipardasociedadeemborasendosempremobilizadasparareunirseao grupodepessoasquecomoelaspossuíamamesmadificuldade. Seguiuseaessemovimento,aintegraçãoquerepresentouumpassoadiantenessacaminhadaem direçãoaumamaiorparticipaçãonasociedade.nessemomentoaindasepercebiaque estarjuntos não podiaacontecerdeformaplena. FinalmentenasegundametadedoséculoXX,aidéiadereuniãodetodoscomeçaasematerializar atravésdainclusãoentendidacomoodireitodetodosdeparticipardasociedadequedeveestarpreparada pararecebêlos. LETRASLIBRAS 99

18 Educação inclusiva se refere a educação para todos e não apenas para aqueles que apresentamalgumtipodenecessidadeespecial.ainclusãosupõequesejamoferecidaspara todos aqueles que vivem e participam da sociedade condições para superar limitações encontrandonovoscaminhos. Essamudançaradicalnaspropostasdeumasociedadeparatodosfoialavancadanoanode1994, quandorepresentantesdeoitentapaisesreunidosnaespanha,elaboraramaassinaramadeclaraçãode Salamancaquetrouxeparaasociedadeumanovaordemdeparticipaçãodosseusmembros. Asrecomendaçõescontidasnessadeclaraçãotrouxeramparaasescolasumanovaformadecombater adiscriminação,trazendoparaelasresponsabilidadeextensivaatodaasociedade.seantespareciaquea deficiênciaeraumproblemaindividualagoramudadefoco,ouseja,apontaparaumaresponsabilidade compartilhadaportodaasociedade,tendonaescolaumdosseusprincipaisrepresentantes. Essaescoladeveacolhertodasascrianças,independentementedesuacondiçõesfísicas,intelectuais, sociais,emocionaisoulingüísticas(perlinestroebel,2008). NaesteiradessasobservaçõesaLDB9394/96(LeideDiretrizeseBasesdaEducaçãocontemplaa maioriadessespontos. LDB9394/96 CAPÍTULOV DAEDUCAÇÃOESPECIAL Art.58Entendeseporeducaçãoespecial,paraosefeitosdestaLei,a LETRASLIBRAS 100

19 modalidadedeeducaçãoescolar,oferecidapreferencialmentenarederegularde ensino,paraeducandosportadoresdenecessidadesespeciais. 1ºHaverá,quandonecessário,serviçosdeapoioespecializado,naescolaregular, paraatenderaspeculiaridadesdaclienteladeeducaçãoespecial. 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados,sempreque,emfunçãodascondiçõesespecíficasdosalunos,nãofor possívelasuaintegraçãonasclassescomunsdeensinoregular. 3ºAofertadeeducaçãoespecial,deverconstitucionaldoEstado,teminícionafaixa etáriadezeroaseisanos,duranteaeducaçãoinfantil. Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: Icurrículos,métodos,técnicas,recursoseducativoseorganizaçãoespecíficos,para atenderàssuasnecessidades; IIterminalidadeespecíficaparaaquelesquenãopuderematingironívelexigidopara aconclusãodoensinofundamental,emvirtudedesuasdeficiências,eaceleração paraconcluiremmenortempooprogramaescolarparaossuperdotados; III professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados paraaintegraçãodesseseducandosnasclassescomuns; IVeducaçãoespecialparaotrabalho,visandoasuaefetivaintegraçãonavidaem sociedade,inclusivecondiçõesadequadasparaosquenãorevelaremcapacidadede inserçãonotrabalhocompetitivo,mediantearticulaçãocomosórgãosoficiaisafins, bemcomoparaaquelesqueapresentamumahabilidadesuperiornasáreasartística, intelectualoupsicomotora; LETRASLIBRAS 101

20 Vacessoigualitárioaosbenefíciosdosprogramassociaissuplementaresdisponíveis Paraorespectivoníveldoensinoregular. Art.60.Osórgãosnormativosdossistemasdeensinoestabelecerãocritériosde caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuaçãoexclusivaemeducaçãoespecial,parafinsdeapoiotécnicoefinanceiropelo PoderPúblico. Parágrafoúnico.OPoderPúblicoadotará,comoalternativapreferencial,aampliação doatendimentoaoseducandoscomnecessidadesespeciaisnaprópriaredepública regulardeensino,independentementedoapoioàsinstituiçõesprevistasnesteartigo. Diante dessas sugestões identificamos que a sociedade através da escola não tem cumprido as recomendações que essa lei sugere principalmente se considerarmos o capítulo de Educação Especial, destacando principalmente a questão da inserção dessas pessoas preferencialmente na rede regular de ensino,eaprovisãodecondiçõesqueprecisamacontecerparaquepossamosfalardequepossamser supridasasnecessidadesdeacessoepermanênciadepessoascomnecessidadesespeciaisnasescolas. Anãoobservânciadessesartigosalimentaamanutençãodaintolerância,sejaela,religiosa,étnica, sexual,política,sócioeconômica.umtraçofísicopodeserinterpretadotantocomoumaquestãocultural tantoquantoumaquestãomédica.e,diantedadiversidadededestinosqueelespodemterosqueforem pegosnasredesdesignificaçõesculturaispodemconstruirsuasidentificações(campelo,2002). Nocasodossurdosseremincluídosnasredesdesignificaçõespatológicas,provavelmente,serão excluídos,discriminadosecondenadosaserempessoasdeficientes. Natentativadeneutralizaressaperspectivaaescoladevepautarsuasaçõesnasdiferençasexpressas pelopertencimentoagruposculturaiseétnicos,nascrenças,idéiaseideologia,bemcomonascapacidades intelectuais e habilidades expressas pelos alunos. Nesse caso impõese o exercício de uma prática da diferença,reconhecendodessemodo,acomplexidadehumana.emcasocontrário,estamosdiantedeumdos LETRASLIBRAS 102

21 mecanismosdaintolerânciaquediantedeoutrosdiferentes,difundeseacrençadequeeles,ounãopensam, ounãosentem,ounãoreagemcomonós.(campelo,2001). Entendidaassimcomodesviante,atendênciaserásempreprocurarnascriançasossinaisesintomas doseudesvio.aocontrário,seacreditarmosetrabalharmosnosentidodesuperaçãodasdificuldadesdesse aluno,estaremosdescobrindonovasmaneirasderealização.portantonãoéapresençafísicadessaspessoas nas escolas/sociedade, que representa o atendimento das suas necessidades (sejam surdos, cegos, surdocegos,deficientesmentais,etc.). Éprecisoirmaisalém,poisumavisãoquemantenharestrições,poralgummotivo,depessoas diferentes,significaquetalvezestejamos criando barreirasmaisdifíceisdeseremsuperadasdoqueas limitaçõespodemlevaraquelesqueasapresentam. Odesvelamentodenovaspossibilidadesparaaeducaçãodosurdo,porexemplo,podesignificarna perspectivaadotadapelomodelobrasileironãoapenasumaquestãolingüística.paraalémdalínguadesinais edoportuguês.essaescolanãopodesertraduzidacomoespaçomonolingue,aocontrário,oconfrontosefaz necessárioparaqueseconstituaumaverdadeiraeducação:multilingüeemulticultural.nessesentidoas políticaspúblicasdevemnãoapenasprojetaraçõesquepossibilitemaexistênciadeumaestruturaque viabilizeaparticipaçãodessesalunosnassalasdeaula,masdevemserimpulsionadorasdoseucumprimento. Referências para leituras complementares GLAT,R.(Org,)EducaçãoInclusiva:culturaecotidianoescolar.RiodeJaneiro:7Letras,2007. PERLIN,G.eSTROEBEL,K.FundamentosdaEducaçãodeSurdos.Florianópolis:EditoradaUFSC,2008. SASSAKI,R.K.Inclusão:construindoumasociedadeparatodos.RiodeJaneiro:WVA,2002,4ed. SKLIAR,C.Asurdez:umolharsobreasdiferenças.PortoAlegre:Mediação,1998. SOARES,M.A.L.AeducaçãodosurdonoBrasil.Campinas:EDUSF,1999. WRIGLEY,O.PolíticadaSurdez.Washington:GallaudetUniversityPress,1996. LETRASLIBRAS 103

22 Unidade 4 MODELOS PARA EDUCAÇÃO DE SURDOS Ahistóriadeeducaçãodesurdosmostraquesuatrajetóriafoimarcadaporumadiversidadede opiniõesqueaolongodessetempofoisemodificando.sabemosqueossurdosforamalvosdesdeoinício daidademodernadedoistiposdeatenção:amédicaeareligiosa. Naquelaocasiãoachamada surdomudez seconstituía,conformecitasoares(1999)umdesafiopara amedicina,poisestavaligadaaanomaliaorgânica.poroutroladoaajudaparaaquelesquenãopodiam ouvir,nemfalar,faziapartedospreceitosreligiosos. No entanto, os avanços da ciência e a participação de pais e amigos dessas pessoas foram determinantes para que essa percepção fosse mudando. A atuação dos médicos que foram se interessandopelaeducaçãodesurdosfoimarcadaporumapráticaessencialmentepedagógicavoltada paraqueosurdoadquirissealgumtipodeconhecimento. GerolamoCardano,queeramatemático,médicoeastrólogoitaliano,desenvolveuinvestigaçõessobre acondutibilidadeóssea,foioprimeiroeducadordesurdos.segundosoares(1999,p.17)afirmou amudez nãoseconstituíaumimpedimentoparaqueosurdoadquirisseconhecimento.dessemodo,começaram aseremempregadasformasdiversasparatrabalharcomosurdo. Segundoessaautora,apesardasdiferençasentreosmotivosqueencaminharamasaçõeseducativas naitáliaenaespanha,noséculoxvi,enaholanda,inglaterraealemanha,noséculoxvii,einíciodo séculoxviiiaspráticasexercidasporessesmédicosereligiososnaeducaçãodesurdos,sãobastante semelhantes,noquedizrespeitoaoensinoatravésdaescrita.nessesentido,apresençadaescritanos diferentesmétodosutilizadospelooralismotevecomoobjetivoaaquisiçãodafala. Apartirdaímodificaçõesforamsendointroduzidasnaeducaçãodesurdosequepodemserresumidas nosseguintesmodeloseducacionais: ORALISMO COMUNICAÇÃOTOTAL BILINGUISMO LETRASLIBRAS 104

23 4.1. Oralismo OCongressodeMilão,em1880,representouomarcoparaaadoçãodooralismocomoaúnicaviade realizaçãodosurdo.nessecongressofoidecididoporvotaçãodosprofessores(excetuandoosprofessores surdos),segundogoldfeld(1998)queapenasalínguaoraldeveriaseraprendidapelossurdosealínguade sinaisnaquelaocasiãoeraconsideradaprejudicialparaodesenvolvimentodacriançasurda. Essa concepção gerou uma mudança radical nas escolas do mundo inteiro que abandonaram qualquerexpressãoatravésdesinaisparaconcentrarsenaoralização,principalobjetivodaeducaçãode criançassurdas. Paraatingiressefim,comojámencionamos,amaiorpartedotempoprevistoparaotrabalhocom essascriançaseradedicadoaotreinamentooral,afimdequepudessemdominaralínguanamodalidade oral.essaopçãofoidominantenomundointeiroatéadécadade60,ocasiãoemquewilliamstokoe, lingüísticaamericano,demonstrouquealínguadesinaiseraumalínguacomoqualqueroutra,comtodas ascaracterísticasdaslínguasoraisequeseriamadquiridasnaturalmentepelosurdo. Existemdiversasmetodologiasdeoralização,entretanto,umpontocomumentreelaséaestimulação daaudiçãoresidual,detectadaatravésdeexamesaudiológicosetrabalhadaapósaadaptaçãodeaparelho deamplificaçãosonoraindividual(aasi).esseaparelhoamplificaossons,possibilitandoqueosurdo consigamelhorarsuacapacidadedeescutar. Ousodessesaparelhosvaidependerdaavaliaçãoaudiométricaqueclassificaasurdezemdiversos graus: Leve Moderada Severa Profunda Audiometria:éumexamedaaudiçãorealizadopormeiodeinstrumentosdeavaliaçãoda capacidadeparaapreenderosdiferentessonsdafalaeclassificarasurdeznosdiversosgraus acimamencionados. Apósessaavaliaçãoosprofissionaisadotavamumdosdiversosmétodosdentreosquaispassamosacitar: LETRASLIBRAS 105

24 Osmétodosoraisincluemduasabordagens: 1) unissenssorial priorizaaaudiçãocomoprincipalviasensorialaserestimuladaedesse modoconseguirqueosurdooralize.tendoemvistaestaabordagempodemoscitar, dentreoutros,doismétodos:acupédicoeaudiofonatório. 2) multissensorial utilizaváriasviassensoriaiscomorecursosaseremtrabalhadospara chegaraoralidade.comométodos queadotaramessaperspectivapodemoscitar: aural,verbotonal. Essesmétodosapostamnotreinamentodaaudiçãocomoprincipalrecursoparaatingiroobjetivode oralizarosurdo. Maisrecentementepodemosfalardoimplantecoclear(chamadopopularmentedeouvidobiônico)que começaafazerpartedasopçõesdisponíveisparaossurdos.nessecaso,apósacirurgiaosurdopassaa ouvir setodaaintervençãoforbemsucedida. Asprincipaistécnicasaseremtrabalhadasnosmétodosoraissão: Treinamentoauditivo Leituraorofacial Desenvolvimentodafala Treinamentoauditivo Propõe que através da estimulação auditiva o surdo possa reconhecer e discriminar ruídos, sons ambientais,sonsdafala.associadoaessetrabalhoéessencialautilizaçãodeaasietambémdosaparelhosde amplificaçãodemesaduranteassessõesdeatendimento(goldfeld,1998). LETRASLIBRAS 106

25 Leituraorofacial Éautilizaçãoderecursosvisuaisnafalacomofacilitadoresdoprocessodecomunicação(GOLDFELD, 1998).Atravésdaleituraorofacialépossívelidentificarapalavrafaladaproduzidaatravésdemovimentos articulatóriosporpartedoemissor. Portanto,éuminstrumentonecessárioparaosurdo,e,comelatentasequeeleentendaamensagemdo interlocutor a partir da leitura que faça dos lábios, da face, dos movimentos e posições dos órgãos articulatórios. Éimportanteconsiderarquenãotemosvisibilidadedetodososfonemasproduzidosedessemodomuitos dossonsemitidosnãosãoidentificadosclaramente,portanto,somenteatravésdocontextodoqueédito, podesefazeracomplementaçãodaideia. Odesenvolvimentodafala Sãoexercíciosrealizadosparaamobilidadeetonicidadedosórgãosfonoarticulatóriosnafonação,lábios, mandíbula,etc,alémdeexercíciosderespiraçãoerelaxamento. Após a preparação dos órgãos fonatórios devese partir das produções espontâneas para irem se transformando essas produções em autênticas fonações e em palavras (AGUDO; MANSO; MÈNDES y MUÑOZ,2001). Odesenvolvimentodalinguagem Paralelamenteatodoessetrabalho,alinguagemsemantêmnessecontextocomooelementonoqual essasintervençõessãoefetivadas.poressemotivoalgunsdessesmétodossugeremestratégiasespecíficasque identificaremosdeformasucinta Dentrodaperspectivaoralista,SimonekeLemes(1990)afirmamqueodesenvolvimentodalinguagem teminícionosprimeirosmesesdevidaquandoacriançacomeçaaproduzirasprimeiraspalavras,sempre auxiliadapeloaasiepelaestimulaçãoauditiva.sualinguagemdeveseguirasmesmasetapasdacriança ouvinte. LETRASLIBRAS 107

26 Aindasegundoasautorasacimamencionadas,quesugeremnap.78(1990) Assimestimuladasas palavrasfrase,frasesdedoiselementos,verbosbásicoseaestruturagramaticalcorreta.seguindoestas etapas,acriançasurdachegaráaumrendimentolingüísticosatisfatório. UmaestratégiaqueperdurouduranteosanosáureosdooralismofoiaChavedeFitzgerald,quese propunhaaorganizaralinguagemordenandooselementosquecompunhamafrase,colocadasemum quadro,quedavaaideiadeumesquemaqueteriadeserseguido,emboranãoincluísseapossibilidadedeque oalunocriassenovasestruturas. Mais recentemente, outra forma utilizada por métodos orais, dentro desse mesmo modelo foi o Organograma da Linguagem que constituise de um conjunto de símbolos (figuras geométricas) que representamaestruturafrasal.segundogoldfeld(1998,p.79)ocírculorepresentaonúcleodosujeito;o quadradosimbolizaopredicadoeotriângulopoderepresentarocomplementoverbaloucomplemento nominal.dessaforma,aestruturadalínguavaisendoorganizadapartindoinicialmentedeassociaçõescom essasfiguras. Asuautilizaçãorepresentouumapossibilidadedecriarcondiçõesparaqueessacriançaentendessecomo a língua portuguesa se estruturava. No entanto, nem mesmo seu emprego conseguiu que os surdos chegassemacompreendercomoseorganizamasfrasesnalínguaportuguesadeformaclara. E,apartirdadécadade60doséculoXX,comojácomentamos,alínguadesinaiscomeçouaganharnovo espaçonacomunicaçãodesurdosespecialmentenosestadosunidoscomosurgimentodacomunicaçãototal quepretendeupromoverantesdetudo,acomunicaçãosurdoxouvinte. 4.2 Comunicação Total AComunicaçãoTotalsurgiudepoisqueapublicaçãodeWilliamStokoecomprovouquealínguade sinaiseraumalíngualegítimatalqualumalínguaoral. Elapropõeumamaneiradiferentedeperceberosurdo,ouseja,comoumindivíduodiferente, nãodeficientee,adenominação deficienteauditivo usadapelosoralistasfoisubstituída poroutra, Surdo. LETRASLIBRAS 108

27 AComunicaçãoTotaldefendeautilizaçãodequalquerrecursolingüístico,sejaalínguadesinais,a linguagemoraloucódigosmanuais,parafacilitaracomunicação(goldfeld,2002).oaprendizadodeuma línguanãoéobjetivoprincipaldacomunicaçãototal. NoBrasilaComunicaçãoTotal,alémdaLIBRAS(LínguaBrasileiradeSinais)utilizaaindaa datilologia(alfabetomanual),ocuedspeech(sinaismanuaisquerepresentamossonsda línguaportuguesa)oportuguêssinalizado(línguaartificialqueutilizaoléxicodalínguade sinaiscomaestruturasintáticadoportuguêsealgunssinaisinventadospararepresentar estruturas gramaticais do português que não existem na língua de sinais); o pidgin (simplificaçãodagramáticadeduaslínguasemcontato,nocaso,oportuguêsealínguade sinais)(goldfeld,2002,p.40e41). AComunicaçãoTotalrecomendaousosimultâneodestescódigosmanuaiscomalínguaoral.Essaopçãoé denominadabimodalismoecriaumaterceiramodalidade,queempregainadequadamentealínguadesinais, jáqueamesma,temgramáticadiferentedalínguaportuguesa Bilinguismo Opressupostoquenorteiaessemodeloéqueosurdodeveserbilíngüe,ouseja,eledeveadquirircomo línguamaternaalínguadesinais,queéconsideradaalínguanaturaldossurdose,comosegundalíngua,a línguanaoficialdeseupaísnamodalidadeorale/ouescrita.autorescomosanches(1993)acreditaser necessárioparaosurdoadquiriralínguadesinaisealínguaoficialdoseupaísapenasnamodalidadeescritae nãooral. Skliar(1999)comentaqueaeducaçãobilíngüenãopodeserneutranemopaca.Eladeveseconstituir comoconsciênciapolítica,paraentenderaeducaçãodossurdoscomoumapráticadedireitoshumanos concernentesaossurdos;acoerênciaideológicaparadiscutirasassimetriasdopoderedosaberentresurdos eouvinteseaanálisedenaturezaepistemológicadasrepresentaçõescolonialistassobresurdezesurdos. Essaslínguasnãodevemserutilizadassimultaneamenteparaquesuasestruturassejampreservadas. LETRASLIBRAS 109

28 Osurdo,paraosbilinguistasnãoprecisaalmejarumavidasemelhanteaoouvinte,podendo aceitareassumirasurdez(goldfeld,2002). Umdosprincípiosmaisimportantesdessemodelodeensinoéqueossurdosformamumacomunidade, comculturaelínguapróprias.alínguadesinaisdeveseraprendidaemcontatocomadultosfluentes. Muitosfatoresaindacomprometemaadoçãodobilingüismo,ouseja,faltaaestruturarecomendadaparasua utilização.aescolapública,geralmente,ministrasuasaulasemportuguês,porprofessoresouvintesquenasuagrande maiorianãodominaalínguadesinais.poroutroladoonúmeroinsuficientedeintérpretesquenãoestãopresentesem todasassalasdeaula,durantetodootempo,assinalaoutradificuldadenaviabilizaçãodessaformadepromovero conhecimentonassalasdeaula.aomesmotempotemosdeesclarecerquemesmocontandocomessapresençado profissionalintérprete,elanãogaranteaapreensãodoconhecimento. Paraobilinguismoodomíniodalínguadesinaisémaisfácilparaqueosurdopercebaestesaspectos nalínguaoral,jáquetemexemplosdalínguadesinaisparaseguiar. REFLEXÕES Dentre os modelos que foram expostos acima, o bilingüismo adotado nas últimas décadaspareceoferecermelhorescondiçõesparaaaquisiçãoda comunicaçãoporsurdos.sabemosqueessemodeloestáocupandoumgrandeespaçonocenário científicomundial,empaisescomoeua,canadá,suécia,venezuela,israel,entreoutrospaísesque desenvolvemmuitaspesquisassobresurdezeabordagembilíngüe(goldfeld,2002). ConsiderandoquenoBrasiloensinotardiodaLibras,nasescolasacrescentammais dificuldadesàquestãoprincipaldaperdaauditiva.segundofernandes(2005)ossurdos,em suagrandemaioria,crescememfamíliasdepaisquefalameouvemoportuguêsenão adquiremestalínguaprecocemente.dessemodo,freqüentandoescolasemqueoensinoé realizado em língua portuguesa, com pouquíssimos professores que dominam a Libras, resultamemaquisiçõesmaistardias.portanto,onãocompartilhamentodessasduaslínguas desdeainfância,nãoatendeasprincipaisrecomendaçõesdessemodeloumavezquea presençadointérpretedelibrasnãogaranteaaprendizagem. LETRASLIBRAS 110

29 Referênciasparaleiturascomplementares AGUDO,J.D.M.;MANSO,J.M.M;MÉNDEZ,M,J.R.;MUÑOZ,A.S.IntervenciónenAudiciónyLenguaje:casos prácticos.madrid:ed.eosuniversitária,2001. FERNANDES,E.(Org.)SurdezeBilingüismo.PortoAlegre:Mediação,2005. GOLDFELD,M.FundamentosdeFonoaudiologia.RiodeJaneiro:EditoraGuabaraKoogan,1998. SANCHES,C.Vidaparaossurdos.RevistaNovaEscola.RiodeJaneiro:Abril,1993. SIMONEK,M.C.&LEMES,V.P.SurdeznaInfância,DiagnósticoeTerapia.RiodeJaneiro:SoluçõesGráficas DesignStudio,1997. SKLIAR,C.Alocalizaçãopolíticadaeducaçãobilíngüeparasurdos.In:Atualidadesparaeducaçãobilíngüepara surdos.portoalegre:editoramediação,1999. LETRASLIBRAS 111

30 Unidade 5 CULTURA, IDENTIDADE x EDUCAÇÃO DE SURDOS Pensarnaeducaçãodesurdosnoslevadeprontoarefletirsobreaspeculiaridadesqueessegrupode pessoas apresenta diante da limitação auditiva que interfere largamente na visão de mundo que elas possuem.nãoestamostratandodeumaquestãoresolvidaquandofalamosdeidentidadesurda,comoafirma DORZIAT(2009). Aindasegundoaautora,odebateinócuoatéentãorealizadoorbitavaemtornodosconceitosde deficiênciaereabilitaçãoquenãotraziamquestõesquedevempermearaintervençãoeducacionalparaa surdez, considerando questões políticas, culturais, lingüísticas, e de identidade. Elas transmitem valores culturaisquemotivamatrocadeexperiênciassobresersurdo,mostrandoariquezadessacultura. Seguindo a sugestão de Perlin e Stroebel (2008) passamos a falar de concentrações de surdos, principalmente,destacandosuasprincipaiscaracterísticas.asdiversaslutasencetadasporessascomunidades sejamnoseulugardeorigeme/ouemoutraslocalidades,alavancaramosganhospolíticospelorespeitoaos seusdireitos. Sejamreunidosemfamília,associações,eminstituiçõesreligiosas,pequenosgruposdelazer,trabalho, trouxeramconquistasatébempoucotemponãopossíveisdeimaginar.dessemodocadagrupofoise constituindo como comunidade surda distinta de qualquer outra localidade. Reunidos, eles foram se fortalecendo e aos poucos foram ganhando espaço na sociedade hoje representada pelos seus órgãos representativos,naesteiradomovimentoinclusivistaque,commaiordivulgaçãocomeçouaserobjetode reflexõesemdiversasinstâncias. CapturandoainfluênciadainclusãoescolarcomocitouGlat(2007,p.16) oreconhecimentodesse movimento comodiretrizeducacionalprioritárianamaioriadospaíses,dosquaisobrasilpassouaser sentido.paratalfim,elaafirmaque: [...] o respeito à responsabilidade dos governos e dos sistemas escolares de cada país com a qualificação de todas as crianças e jovens no que se refere aos conteúdos, conceitos, valores e experiências materializadas no processo de ensino-aprendizagem escolar tendo como pressuposto o reconhecimento das diferenças individuais de qualquer origem. LETRASLIBRAS 112

31 Nessaóticaediferindodomodelomédico,omodeloeducacionalpropunhaoempregoderecursoe métodosdeensinomaiseficazesproporcionandoàspessoascomdeficiência,aindacomoafirmaglat(2007), maiores condições de adaptação social, auxiliandoa a superar, pelo menos em parte, as dificuldades cotidianas. CONCEITO Modeloeducacional Aênfasenãoeramaisnadeficiênciaintrínsecadoindivíduo,massimnascondiçõesdomeio em proporcionar recursos adequados que promovessem o desenvolvimento e a aprendizagem. Deixamos,portanto,alógicadobinarismo,normal/anormalcriandomovimentosquecontribuampara oapagamentodadiferençanamedidaemqueosdispositivosclínicossejamafastados.alógicaglobalnão auxiliamuitonesseprocesso.aocontrário,oespaçodascertezas,dasregrasedaspadronizaçõesinstigados pelaideologiadominante,fixaasculturaslocaisemidentidadesrígidasdisseminandoaideiadeculturas globaishegemônicasprovocandodesconfortofrenteaosdiversospapéisaseremassumidospelossujeitosna atualidade(dorziat,2009). Algumasconseqüênciassãoinevitáveisnocenárioatual,comomostraHall(1997)adesintegraçãodo conceitodeidentidadeúnica;reforçamentodas.identidadeslocaispelaviadaresistênciaàglobalizaçãoea aceitaçãodeuminevitávelhibridismonasidentidades.dessemodoreforçandoasidentidadeslocaisépossível desmistificaraimagemdeunificaçãoemtornodomodelocapitalistaliberal. Noentanto,ocontextomultifacetadocolocaessessujeitosfrenteasituaçõesmuitodiversificadas, exigindodelesaincorporaçãodediferentespapéissociais,oquedemandaumaorganizaçãomenosrígida ( DORZIAT,2009,p.18).Nessesentidoseadotamosumdiscursoquepossaevitaraexpressãodopoder, estaremosnatrilhaparainiciarumprocessodedesvendamentodassinuosidadesdopoder,desconstruindoa lógicaexistenteparacriarumanovalógicadeconvivênciasocial Seguindoaóticadaautora,asidentidadesaoinvésdeapagadas,sãovistasnocontextocomplexoque envolvecomportamentos,crenças,valores. LETRASLIBRAS 113

32 SegundoSkliar(2003,p47),aúnicaopçãopossívelparaqueaalteridadenãofiqueaprisionadaentrea condiçãoeoestadodoserounãoserdeveseradeumatemporalidadedenominadaestarsendo. Porapresentardificuldadesemseadequaraessepadrãobaseadonumouvinteúnico,apessoasurda foiaolongodotempopatologizado,obrigadoasesubmeteraosmaisdiferentestratamentosterapêuticos, visandosuanormalização.terapiasdefala,treinamentosderestosauditivos,técnicasparaadquiriraleitura orofacialsãoalgumasdasiniciativasparanormalizaressaspessoas(dorziat,2009). Nacontramãodesseconceito,aadoçãodomodeloinclusivistatrouxeapossibilidadeconcretade aceitação da diferença pelas políticas públicas. A possibilidade de uso da língua de sinais foi sendo paulatinamenteinseridanasescolas.apesardessainserçãoaindadetectamoscontradiçõesdecorrentesda culturamajoritária,e,nessesentidoalibrastomacorpoapenasnoaparatolegalquemascaraacontinuidade daspolíticashomogêneaseunilaterais. Incluirumacriançasurdaemsalasregulareséumdesafioparticularmentedifícil,devidoaoquepode serconsideradocomoumadiferençalingüísticairrecuperável,emrelaçãoaosdemaisalunos. Nosistemaeducacionalbrasileiroapesardeesforçosjáempreendidos,osprogramasdecapacitação deprofessoresparaatuarjuntoaossurdosserevelaramatéomomentocomoineficientes,seconsiderarmos, principalmente,acomunicaçãoempregadaporessascrianças,alínguadesinais. Semascondiçõesdefazeraleituraorofacialesperadapelosprofessoresqueporsuaveznãodominam osconhecimentosfundamentaisparaquepossacompreenderoaprendizadodeumacriançacomaudição ausente.estaremosassimdiantedeumobstáculoqueossistemasescolaresaindanãoconseguirameliminar, poisemsaladeaulaosconhecimentossãotransmitidosemlínguaportuguesa. Esseprofessoresperaqueoalunosurdopossadarcontadacomunicaçãoemlínguaportuguesa,seja tentando articular lentamente para que o aluno surdo possa fazer a leitura orofacial e, desse modo compreenderosaspectosdoléxicoedosemânticodalínguaportuguesa,ouaindadeixandoparaqueo intérpretedelibrasresolvaessaquestão.nessecasosemascondiçõesadequadasosurdonãopoderáobter desempenhoacadêmicoemníveissatisfatórios(fernandes,2005). Aescolaprecisairadquirindoospadrõespreconizadospelaspolíticaspúblicase,deixardecamuflar algunsdospadrõesquetentaencobrir.nessesentido, [...] as comunidades surdas devem propiciar um lugar de afirmação de política, de troca de experiências, que podem desfazer rótulos que por si só contribuem para a perpetuação de uma visão circunstancial das situações, mostradas nas falas dos próprios surdos (DORZIAT, 2009, p.25). LETRASLIBRAS 114

33 Aorganizaçãodeprocessosemdireçãoaumaverdadeirapolíticadadiferença,segundoLarrosae Skliar(2001)desconstroiasidéiasquevemdomundoouvinte. Emsendoassim,aescolaparececontinuarnegandoaexistênciadadiferença,sejanaformade comunicaçãosejanaformadeaquisiçãodossaberes,nãolevandoemconsideraçãoaculturadaquelas pessoasquemostrampeculiaridadesquecertamenteexigiriamdessainstituiçãoumaatençãoespecialparaas necessidadesdessealuno. Atarefaderessignificaçãodoatopedagógiconãoéfácil,porquerequerumarenovaçãodospadrões atéentãoadotados,poismuitasvezesconservandomodelostradicionais,deixamdeincorporarestratégias queserviriamparaqueosurdoavançassenoprocessodeaquisiçãodoconhecimento. Comojácomentamosanteriormente,algunsaspectosmerecemdestaqueespecial,poistemosde considerarque,porexemplo,nocasodalibras,adquiridacomoprimeiralínguavaiinfluenciardiretamentena aquisição da língua portuguesa. Nesse caso, a avaliação de textos escritos por surdos deve levar em consideraçãoofatodequeéumaprendizdesegundalínguaquesofreainfluênciadaprimeiralíngua especialmentequandosetratadeumalínguavisuo espacialcomcaracterísticasbemdistintasdalíngua portuguesa. Nãoconsiderandoessaperspectiva,deummodogeral,alínguaportuguesaéensinadapara surdoscomosefosseparaouvintes,oquecertamentevaiprovocarinterpretaçõesdistorcidassobreotexto escritoporele.apesardapresençadointérpretedelibrasnassalasdeaulaessasituaçãoaindanãofoi minimizada,poisdiantedoexercíciodeumpapelquenãofoidevidamenteesclarecido,eporessemotivogera expectativasincoerentescomaspossibilidadesdesuaatuação. Portanto,emumcenárioondeaindanãocontamoscomprofissionaisemnúmerosequerrazoável paraatuaremtodasassalasdeaula,sejam:intérpretesdelibras,professoresbilingues,professoressurdos, defatonãopodemosfalardeumcontextoinclusivista,nasuaessência. Odesafioquenoscolocamosconsistebasicamenteembuscaroutrosparâmetrosemque asações sejam reinventadas soboutra lógica que em nada contribuem para asmudanças que são necessárias. Portantotemosdesubstituirastendênciastecnicistasnaeducaçãodesurdosporumanovaversãonaquala línguadesinaisalcançaoverdadeirolugarquedeveocupar,juntamentecomprofissionaisquepossaminfluir definitivamenteparaaconcretizaçãodosprincípiosbilinguistas. Estudos de muitos teóricos tais como Quadros (1997, k2006,2007,2008,2009); Karnopp ( 2005); Fernandes(2005),FerreiraBrito,(1993)dentreoutros,mostramqueossurdospodemaprenderalere escreveremportuguêssemaprenderapronunciaresseidioma,damesmaformaqueseaprendeumalíngua estrangeiraescritasemsaberpronunciarsuaspalavras. LETRASLIBRAS 115

34 dossurdos. Dessemodo,estaremosdefendendoomulticulturalismo,comoumrealrespeitoàdiversidadecultural Para que as crianças surdas possam compartilhar as práticas culturais do contexto social dos ouvintes cujos símbolos que impregnam a cultura só vão se revestir de significado para as crianças surdas se houver interações sociais e comunicativas significativas que possam decodificar símbolos (FERNANDES, 2005, p.92). Osistemapúblicobrasileiroreconheceadiferençalingüísticadosurdocomoimportantefatorde identidadecultural,valorizandoalínguadesinais,masaindabuscaestratégiaseficazesparaensinálanas escolas,aexemplodetantosoutrospaíses. A escola deve, conhecer, aceitar e valorizar essas diferenças, entendendoas dentro do prisma multicultural. Desse modo foi necessário eliminar práticas exclusivistas que operaram tanto tempo nas escolas,dentrodaóticamédicoclínica,equeutilizavamapatologizaçãoindividualdoalunocomouma maneiradesegregaçãoeadotaraparticipaçãodesseserdiferentecomsuacultura,valores,epeculiaridades paraaprender,distintasdaquelesqueouvem. CONCEITOS Identidadecultural éumaformadedistinguirosdiferentesgrupossociaiseculturaisentre si.aidentidadeculturalpodesermelhorentendidaseconsiderarmosaproduçãodapolítica daidentidade,quetambémdáorigemaestametodologiadaeducaçãodesurdos. Multiculturalismo éoestabelecimentodeníveisderespeitabilidadee garantiadeigualdadededireitoshumanosàspessoascomdiferentesorigens,crenças,etnias, gêneros;umaconvivênciapacíficaentreosmembrospertencentesagruposminoritárioseos gruposmajoritáriosdeumacomunidadesocialsemqualquerdiscriminação(fernandes, 2005,P.91). Comunidadessurdas Nãoésomentecompostaporpessoassurdas,hátambémsujeitos ouvintes membrosdafamília,intérpretes,professoresdesurdos,amigoseoutrosque participam e compartilham os mesmos interesses em comuns em uma determinada localização(...)emquelugares?geralmenteemassociaçõesdesurdos,federaçõesdesurdos, igrejaseoutros(stroebel,2008,p.29). LETRASLIBRAS 116

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