A LÍNGUA PORTUGUESA NOS CONSULTÓRIOS GRAMATICAIS DOS SÉCULOS XIX-XX: UMA LÍNGUA DOENTE

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1 Anais do II Seminário Interno de Pesquisas do Laboratório Arquivos do Sujeito A LÍNGUA PORTUGUESA NOS CONSULTÓRIOS GRAMATICAIS DOS SÉCULOS XIX-XX: UMA LÍNGUA DOENTE Thaís de Araujo da Costa Doutorado/UFF Orientadora: Profª. Drª. Vanise Medeiros Introdução O saber (as instâncias que o fazem trabalhar) não destrói seu passado como se crê erroneamente com frequência; ele o organiza, o escolhe, o esquece, o imagina ou o idealiza, do mesmo modo que antecipa o seu futuro sonhando-o enquanto o constrói. Sem memória e sem projeto, simplesmente não há saber. (Auroux, 2009a, p. 12) Em nossa tese de doutoramento, a partir do suporte teórico-metodológico subsidiado pela Análise de Discurso, de Pêcheux (2009) e Orlandi (2007), na sua relação com a História das Ideias Linguísticas, de Auroux (2009a/ 2009b) e Orlandi (2001), tomando como objeto os dizeres de Evanildo Bechara sobre a língua portuguesa, buscamos compreender como os diferentes lugares sociais (Grigoletto, 2008) ocupados por Bechara se projetam no discurso nele se fazendo significar, e como os distintos instrumentos linguísticos (Auroux, 2009) produzidos a partir desses distintos lugares significam e são significados na história dos estudos linguísticos do/no Brasil. Para tanto, selecionamos como objeto de análise a primeira e a trigésima sétima edição da Moderna gramática portuguesa, publicadas, respectivamente, em 1961 e 1999, a Gramática Escolar da Língua Portuguesa, publicada em 2001, e 108 colunas metalinguísticas publicadas no jornal O Dia, entre 2010 e Tendo como objeto as colunas, propusemo-nos inicialmente a pensar como a língua portuguesa nelas é significada a partir da relação tensa estabelecida entre as dimensões nacional e transnacional, conforme distinção proposta por Zoppi-Fontana (2009), na conjuntura atual. Entretanto, ao nos debruçarmos sobre as colunas de Bechara, fomos levados a olhar para o passado, buscando a compreensão de como a memória daquilo que passaremos a chamar de espaços para se dizer da língua na mídia impressa se faz significar no objeto em estudo.

2 Conforme nos lembra Medeiros (2003), uma das preocupações do analista de discurso é proceder à depreensão de como se dá o funcionamento discursivo. De acordo com a autora, é tendo como norte essa preocupação que o analista é levado a não considerar metodologicamente o seu objeto de estudo como produto acabado e a- histórico, trazendo para a sua análise a reflexão sobre como se dá o seu processo de constituição, a sua historicidade. Assim sendo, deixando temporariamente nosso objetivo inicial em suspenso, propomo-nos aqui a refletir a respeito de como se deu a constituição desse espaço onde se diz da língua no jornal, situando-o na história da produção dos saberes linguísticos no/do Brasil e buscando compreender o sentido de língua com que se trabalha nesses espaços. Uma língua doente A prática de se publicar colunas sobre língua portuguesa em jornais remonta no Brasil ao final do século XIX e início do século XX, quando ganharam popularidade os famigerados Consultórios Gramaticais. Entende-se comumente por consultório gramatical, conforme Marcondes (2008), a coluna publicada na mídia impressa, seja em jornais ou revistas, que visa à prescrição de uma norma gramatical que reflete numa determinada época o ideal de correção estabelecido socialmente. Nesse tipo de coluna, há marcada a interlocução entre consulente, o leitor do periódico e do consultório que remete suas dúvidas à sessão, e o consultor, especialista em língua portuguesa que escreve a seção tendo como mote a pergunta enviada pelo consulente. Tal caracterização, contudo, bem como a sua nomeação como Consultório Gramatical, é uma construção histórica, que se naturalizou, tornando-se uma evidência ao longo dos séculos. Enquanto analistas do discurso, como pontuamos anteriormente a partir de Medeiros (2003), preocupamo-nos com a depreensão de como se dá o funcionamento discursivo do objeto em análise, interrogando, para tanto, como se dá o seu processo de constituição. Daí, com vistas a reafirmar o processo de desnaturalização dessa prática, optarmos por designar os textos que dela resultam como espaços de se dizer da língua na mídia impressa. Pensando sobre o funcionamento desses espaços, sentimos, então, a necessidade de voltarmos o nosso olhar para o momento de fundação dessa prática no Brasil. Em Nascentes ([1939] 2003), Silva Neto (1963), Elia (1975), Guimarães (1996/ 2004) e Marcondes (2008) são apontados como precursores no Brasil dos chamados Consultórios Gramaticais o filólogo português Cândido de Figueiredo e o filólogo 148

3 brasileiro Cândido Lago, os quais mantinham, na mesma época, seções em jornais de grande circulação, a saber, respectivamente, no Jornal do Commercio, sob o título de O que se não deve dizêr, e no jornal Correio da manhã, sob o título de O que é correcto. Para melhor compreendermos os efeitos de sentidos engendrados por essa prática, então, além de nos debruçarmos sobre a literatura especializada, buscamos também os textos originais desses colunistas 1. Sobre Figueiredo, comenta Nascentes (2003 [1939]), retomando Clóvis Monteiro, que, embora tenha sido fortemente combatido, suas publicações exerceram influência positiva principalmente sobre os jovens da época, nos quais despertou o interesse pelos estudos linguísticos e, principalmente, pelos chamados bons modelos de vernaculidade (Monteiro apud Nascentes, idem, p. 196). Traçando um paralelo com o plano literário, é a esta época que, de acordo com Teyssier (2001), com o movimento Romântico, que perdurou no Brasil até 1870, a questão da língua nacional se coloca para os escritores. O autor cita, para ilustrar tal afirmação, os embates entre o português Pinheiro Chagas e o escritor brasileiro José de Alencar, que, no prefácio de Iracema, reivindicara não uma língua diferente da de Portugal, mas o direito a certa originalidade na escrita, principalmente no que tange à colocação dos pronomes átonos. É preciso observar que, como nos explica Teyssier (idem, p. 111), José de Alencar fora alvo não só de Pinheiro Chagas, mas também de outros censores dos dois países, que o acusaram de escrever uma língua incorreta. Assim sendo, tais embates nos revelam não só uma disputa pela língua entre Brasil e Portugal, mas também no território nacional, em relação aos usos que podem e devem ser legitimados socialmente. Devemos lembrar aqui que, no final do século XIX, tem-se, como propõe Orlandi (2002), o deslocamento do lugar de produção de conhecimento sobre a língua de Portugal para o Brasil a Grammatica portugueza, de Julio Ribeiro, primeira gramática publicada no Brasil, data de Os estudos linguísticos sobre língua portuguesa a que se tinha acesso até então eram oriundos de Portugal, mas a esta época alguns intelectuais brasileiros, influenciados pelos ideais românticos, começaram a pensar a língua portuguesa e, mais do que isso, passaram a pensá-la na sua relação com As colunas de Cândido Figueiredo foram reunidas no livro Falar e escrever: Novos estudos práticos da língua portuguêsa ou consultório popular de enfermidades da linguagem; e as de Cândido Lago em O que é correcto A verdade na Analyse: respostas a consulentes.

4 os falantes brasileiros, isto é, em relação ao uso que aqui se fazia dela. Assim sendo, com tal deslocamento, não se trata mais tão somente de uma relação, no que tange à disputa pela legitimidade de determinados usos linguísticos, conforme Orlandi (idem, p. 161), entre portugueses e brasileiros, e entre teorias científicas sobre a linguagem, mas também entre brasileiros e brasileiros, que incluem, excluem, valorizam, hierarquizam, estigmatizam, explicam etc. determinados usos. É preciso observar também que, como vimos em Teyssier (2001), Alencar fora acusado de escrever uma língua incorreta. Isto é, não havendo ainda legitimidade perante a sociedade, o uso defendido pelo escritor era significado como da ordem do erro, como algo que não era considerado língua portuguesa. É válido lembrar aqui que a noção de erro, com o desenvolvimento dos estudos linguísticos, sofreu um deslocamento. Muitas vezes, em vez de erro, atualmente, fala-se em variação ou em adequação a um determinado contexto sociocomunicativo, ficando a noção de erro restrita, na maioria dos casos, a questões puramente ortográficas. Essa noção de erro como algo que está fora da língua, contudo, sob a qual foi rotulado por muitos o dizer de Alencar, é recorrente nos consultórios gramaticais dos séculos XIX-XX. Assim sendo, a despeito da importância de Figueiredo no que tange à defesa dos considerados bons modelos de vernaculidade, conclui o filólogo Antenor Nascentes em 1939: Como se vê, estamos no pleno domínio do certo ou errado, o que não está nos clássicos está errado; a língua perdeu o direito de transformar-se (Nascentes, 2003 [1939], p ). Tal tensão entre o certo e o errado se materializa desde os títulos dos consultórios de Figueiredo e de Lago ( O que se não deve dizêr e O que é correcto ), mas também na forma como são nomeados a textualidade em questão (consultórios), o colunista (consultor), o leitor que remete suas perguntas ao colunista (consulente) e a sua prática (consulta) a partir da, como explica Medeiros (2010), significação da língua no discurso médico. De acordo com a autora, na coluna de Floriano Lemos, Crônica Científica, publicada no jornal Correio da manhã, durante o governo JK ( ), a língua era significada no discurso médico como algo a ser tratado, algo a ser curado (idem, p. 288). Por isso, o seu objetivo era justamente tratar dos problemas de saúde da língua (idem, ibidem). Embora a coluna de Lemos tenha o funcionamento um pouco distinto do das colunas de Lago e de Figueiredo visto que a sua temática não abordava somente problemas linguísticos, mas também, conforme Medeiros (2003), assuntos referentes a problemas de saúde, e que ter como mote a consulta de leitores que buscam respostas 150

5 para as suas dúvidas a respeito de usos próprios à norma culta da língua portuguesa não era uma constante, nas colunas de Lago e Figueiredo publicadas na mídia impressa no final do século XIX e início do século XX também se observa essa significação de questões linguísticas no discurso médico. A língua é vista como algo doente que precisa ser tratado, e os erros cometidos pelos usuários e pela imprensa são considerados empregos viciosos que a fazem adoecer. Assim materializa-se a oposição que mencionamos anteriormente entre o que é considerado, tanto da parte dos consulentes quanto dos consultores, incorreto e o que é considerado correto, entre o que é português e o que é erro, asneira, chacota, gramática de negro, desvio, corrupção. Medeiros e Oliveira (2012), ao se debruçarem sobre O dialeto caipira, de Amadeu Amaral, livro que, conforme os autores, inaugura a segunda fase dos estudos dialetais no Brasil, em 1920, lembram-nos que o fato de, com o deslocamento do lugar de produção das gramáticas de língua portuguesa de Portugal para o Brasil no século XIX, passar-se a ter, retomando Orlandi (2002), também uma relação entre brasileiros e brasileiros, não significa que não seja possível perceber um sujeito que, ainda que brasileiro, fala em grande medida do lugar do português (Medeiros; Oliveira, 2012, p. 154). É nesse sentido que os autores, seguindo seu raciocínio, afirmam que, na obra em questão, o dialeto caipira é considerado a partir de uma posição de quem fala do lugar do lusitano, significando o dialeto do lugar da corrupção, da contaminação, da falta, do inculto, dos roceiros ignorantes e atrasados (Amaral, 1920, p. 1 apud Medeiros; Oliveira, idem, ibidem). Ainda conforme Medeiros e Oliveira (idem), há na obra de Amadeu Amaral uma divisão que comparece com a denominação dialeto caipira, que é significado, por um lado, como dialeto bem pronunciado, por outro, como língua falada que se corrompeu. Logo, conforme os autores, em Amaral, não se fala da língua propriamente dita, mas de parte dela, de uma dialetação da língua portuguesa. O falar caipira é, pois, nesse sentido, resultado de deturpação daquilo que já era cópia ainda que bem feita de uma língua. Sob essa ótica, como destacam os autores, a língua falada no Brasil é posta como dialetação, reprodução (imperfeita) da língua-matriz lusitana. O dialeto caipira é da ordem do vício, da corrupção, do atraso. (Medeiros; Oliveira, 2012, p. 158). 151

6 Assim como Amaral, Cândido Lago, filólogo brasileiro que escreve colunas sobre língua num jornal de grande circulação no Brasil no final do século XIX e início do século XX, ao prescrever determinados usos em detrimento de outros, também fala do lugar do português. Fato este que pode ser comprovado pelas autoridades citadas pelo filólogo: tanto os exemplos retirados da literatura quanto de dicionários são de produção portuguesa (Camões, Alexandre Herculano, Almeida Garret, Caldas Aulete, entre outros). Portanto, a correção prescrita no seu consultório espelha na verdade uma certa norma escrita lusitana e não a escrita/falada no Brasil na época em questão, como podemos observar na sequência a seguir: (...) a fórma há tempo que te não vejo, é seguida hodiernamente por bons escriptores portugueses. Diz o Sr. T.C. que agrada mais ao seu ouvido ouvir dizer há tanto tempo que não te vejo. A isto, respondo, que todos acham mais agradável ao ouvido, aquillo a que estão habituados; por conseguinte, esse argumento não tem valor algum; quem diz habitualmente no nosso meio viciado vou na cidade, cheguei em nossa casa, ele é tão surdo que não escuta nada, diz uma sucia de asneiras; e, entretanto, agrada-lhe isso mais do que o correcto vou à cidade, cheguei a casa, ele é tão surdo que não ouve nada. Portanto, sem receio de errar, póde dizer há tempo que te não vejo!, na certeza de que fala correctamente a sua língua. O ouvido de um ente que vive num meio viciado, póde, porventura, ter algum valor no caso de que se trata? (Lago, 1911, p. 126). [itálico do autor; sublinhado meu] 152 No inserto acima, note-se ainda que o consultor coloca a incorreção, o erro, no mesmo eixo semântico do vício ( meio viciado ) e da asneira ( sucia de asneira ). Lembremos que os consultórios de Lago são escritos de um brasileiro para brasileiros, porém, apesar disso, aquilo que incomoda o consulente a questão da colocação pronominal, que a esta época já havia sido debatida por nossos escritores românticos é comparado ao emprego da regência dos verbos ir e chegar com a preposição em em vez de a, emprego este tipicamente brasileiro. Ou seja, aquilo que Lago está chamando de vício consiste, na verdade, em empregos próprios, já naquela conjuntura, à modalidade brasileira da língua, os quais, entretanto, ainda causavam estranhamento em muitos especialistas da linguagem. Este lugar de que fala Lago lugar que dissemos ser o do português, e não o do brasileiro que fala sobre a sua língua, contudo, não é ocupado somente pelo consultor, mas por vezes também pelos consulentes que, em suas consultas, buscam deslegitimar a

7 fala dos gramáticos brasileiros 2. Seria ilusão, todavia, supor que essa norma portuguesa prescrita nos consultórios de Lago e de Figueiredo é unívoca. Ao contrário, havia também entre esses dois consultores divergências, de modo que o primeiro chegou a fazer um comentário em uma de suas colunas desautorizando o segundo 3, assim como havia também entre os gramáticos e filólogos portugueses. Do mesmo modo, a norma prescrita nos consultórios de Figueiredo passava a incomodar os estudiosos brasileiros que naquela época, de forma ainda incipiente, construíam o lugar do especialista brasileiro que fala sobre a sua própria língua, não mais a partir do olhar português. Referimo-nos aqui aos trabalhos de Mario Barreto e de Heráclito Graça, cujas críticas a Figueiredo, publicadas na mídia impressa na mesma época, foram reunidas, respectivamente, nos livros: Estudos da língua portuguesa e Factos da linguagem. Assim sendo, em conformidade com o que propõe Orlandi (2002, p. 161), a partir da leitura dos consultórios de Lago e Figueiredo é possível depreender a existência, nessa conjuntura, de um embate linguístico-teórico não só entre portugueses e brasileiros, mas também entre brasileiros e brasileiros e, nós completaríamos, visto que nem mesmo em Portugal havia ainda uma uniformidade, entre portugueses e portugueses, com a diferença de que, no que tange à literatura e aos estudos gramaticais, os portugueses já tinham um lugar social de saber configurado, ao passo que os brasileiros ainda buscavam, a partir da depreensão dos usos feitos pelos escritores da nossa literatura, que tinha então menos de um século, instituir e legitimar os estudos sobre língua aqui desenvolvidos. Tal fato foi o que, a nosso ver, acarretou o silenciamento, salvo raríssimas exceções, dos estudiosos do Brasil, até mesmo nas colunas do filólogo brasileiro. Como materialização dessa distinção de lugares de se dizer da língua e sob a ilusão de unidade linguística entre Brasil e Portugal, criou-se uma dicotomia (imaginária) entre o certo e o errado, entendendo-se como o que é certo a própria língua O Sr. P. Sarmento consulta, se é correcto dizer, como se lê em ilustrado artigo do moço Dr. Mario Barreto (...) (Lago, 1911, p. 106). [itálico do autor; sublinhado meu] O Sr. Vincentius consulta: a) -- Se é correcto o seguinte trecho, que se lê nas cartas philológicas do Sr. Mario Barreto (...). b) Se não são errôneas as três expressões seguintes (que se acham na grammatica dos finados Pacheco Junior e Lameira Andrade) (...) (idem, p. 119). [itálico do autor; sublinhado meu] 3 Se podér, se podéres, poderá, podésse, etc., estão bem escriptos com o, porque são derivados de podéste, (e não de pude, como se julgava em tempos idos). Para provar que esta é a verdade, basta ver que é de foste (e não de fui ), que se derivam fôra, fosse, for. Na minha opinião, pois, erra Candido de Figueiredo, escrevendo pudeste, etc., com u, graphia antiquada, que está hoje provado ser erronea". (idem, p. 114) [itálico do autor; sublinhado meu]

8 portuguesa ou, como vemos em Figueiredo, o bom português (1906, p. 64), português este que, como dissemos anteriormente, reflete o uso feito pelos escritores e a grafia aceita pelos lexicógrafos lusitanos. O errado, por sua vez, não é português, é gramática de negro (idem, p. 146), é asneira, chacota, vício, desvio, corrupção, incluindo-se aí algumas construções próprias da modalidade brasileira, como muitas vezes vimos nos consultórios de Lago e Figueiredo. Desse modo, assim como observaram Medeiros e Oliveira (2012) a respeito d O dialeto caipira, de Amadeu Amaral, os consultórios gramaticais do final do século XIX e início do século XX, embora se propusessem a falar sobre a língua portuguesa, ao prescreverem aquilo que se julgava ser correto, abordavam uma certa dialetação da língua portuguesa, tomando-a como se fosse toda a língua, isto é, a única possibilidade de se dizer em português. Em oposição a essa dada dialetação, estava, pois, aquilo que se julgava ser vício, corrupção, ou seja, tudo aquilo que destoasse dessa dialetação tida como perfeita, inclusive alguns usos próprios da dialetação brasileira. Para fechar e pensar novos percursos a se traçar A partir da reflexão que tecemos aqui, foi-nos possível observar a constituição, nos séculos XIX-XX, de espaços de se dizer da língua que, na mídia impressa, consagraram-se historicamente como consultórios gramaticais, bem como o modo como a língua portuguesa neles é significada a partir de distintos lugares na conjuntura em questão. Como desdobramentos possíveis para a nossa análise das colunas de Bechara publicadas no século XXI no Jornal O Dia, uma vez que nelas, com exceção do termo consulta, que é empregado uma única vez, não comparecem as designações consultório, consulente e consultor, pretendemos pensar se há e, se houver, como se dá a filiação da coluna assinada por Bechara a essa memória. É de nosso interesse também, levando-se em consideração que no contexto de produção das colunas de Bechara já se tem o préconstruído da Sociolinguística, refletir a respeito dos efeitos produzidos a partir do deslocamento da noção de erro. Além disso, retomaremos nossa reflexão a respeito de como a significação da língua portuguesa na sua dimensão transnacional (Zoopi- Fontana, 2009) produz efeitos na sua dimensão nacional, materializando-se nos instrumentos linguísticos produzidos no Brasil por brasileiros para brasileiros. 154

9 Referências Bibliográficas AUROUX, Sylvain. A revolução tecnológica da gramatização. Trad. Eni P. Orlandi. 2ª. ed. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2009a.. Filosofia da linguagem. Trad. Marcos Marcionilo. SP: editora Parábola, 2009b. ELIA, S. Os estudos filológicos no Brasil. In: Ensaios de filologia e linguística. Rio de Janeiro: Grifo, 1975, pp FIGUEIREDO, Cândido de. Falar e escrever: Novos estudos práticos da língua portuguêsa ou consultório popular de enfermidades da linguagem. 2ª. Série. Lisboa, Livraria Clássica Editora, Lições práticas da língua portuguêsa. Vol. I 5ª.ed. Lisboa, Livraria Clássica Editora, 1911 [1891].. O que se não deve dizer. Lisboa: Livraria editora Tavares Cardoso & Irmão, GRIGOLETTO, Evandra. Do lugar discursivo à posição-sujeito: os movimentos do sujeito-jornalista no discurso de divulgação científica. In: MITTMANN, S., GRIGOLETTO, E. e CAZARIN, E. (Orgs.). Práticas discursivas e identitárias: sujeito e língua. Porto Alegre: Nova Prova, 2008, p GUIMARÃES, Eduardo. Sinopse dos estudos do português no Brasil: a gramatização brasileira. Campinas, SP: Pontes, Separata de: GUIMARÃES; ORLANDI (org.). Língua e Cidadania: o português do Brasil. Campinas, SP: Pontes, p Metodologia: história do saber e instituições. In: História da Semântica. Campinas, SP: Pontes, 2004, p Panorama e Periodização. In: História da Semântica. Campinas, SP: Pontes, 2004, p Acontecimentos institucionais e estudos do português. In: História da Semântica. Campinas, SP: Pontes, 2004, p MARCONDES, Iara Lúcia. Os consultórios gramaticais: um estudo de preconceito e intolerância linguística. Dissertação (Mestrado Programa de Pós-Graduação do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas) Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. São Paulo, f. LAGO, Cândido. O que é correcto A verdade na Analyse: respostas a consulentes. Rio de Janeiro: Pap. Moderna Parreira & C., MARIANI, Bethania. Entre a evidência e o absurdo: sobre o preconceito linguístico. In: Revista Letras, Santa Maria, v.18, n.2, p , jul./dez

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