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1 Assembleia Parlamentar Euro-Latino-Americana Euro-Latin American Parliamentary Assembly Assemblée Parlementaire Euro-Latino Américaine Asamblea Parlamentaria Euro-Latinoamericana Comissão dos Assuntos Económicos, Financeiros e Comerciais DOCUMENTO DE TRABALHO Globalização e Crise Financeira Co-relator: Manuel António dos Santos DT\ doc AP v01-00

2 Introdução A crise financeira mundial, detonada pela crise do mercado hipotecário dos Estados Unidos em 2007, tomou dimensões extremamente preocupantes a partir do segundo semestre de A falta de liquidez dos mercados internacionais e a desestabilização do sector bancário produziram efeitos negativos que já se sentem com maior ou menor intensidade em todas as economias do mundo, sendo os mais graves a desaceleração da produção e do crescimento global, resultando no aumento do desemprego. Segundo o Banco Mundial, a crise financeira vai transformar-se rapidamente numa crise de desemprego. Ao mesmo tempo em que o mundo tenta compreender as causas e consequências da maior crise financeira desde 1929, os governos nacionais tomaram medidas de emergência para estabilizar o sistema bancário internacional. Os especialistas apontam para a necessidade de regular os mercados financeiros, de modo a torná-los mais seguros e previsíveis. Esta é a primeira vez em que surge, a nível global, um forte consenso em torno de iniciativas de regulação de fluxos de capital, fluxos estes que se vêm intensificando cada vez mais na medida em que o mundo se torna mais globalizado. A raiz da crise, portanto, está ligada à intensificação do processo de globalização que não foi acompanhada pela implementação de um sistema de regras e controles adequados aos contornos do sistema financeiro actual. Ao mesmo tempo em que as raízes da crise estão ligadas aos fluxos globais de capital, as respostas à crise também estão a ser procuradas a nível mundial e com base na abertura de mercados, evitando medidas proteccionistas e de isolamento, e favorecendo a coordenação de acções e políticas de forma continuada. A globalização portanto possui uma profunda relação com a actual crise financeira e económica mundial, uma vez que está na sua origem e estará também na sua solução. Crise Financeira: antecedentes e contextualização O panorama recente da crise financeira A presente crise vem gerando repercussões em todo o mundo e produziu um ambiente de insegurança financeira e económica generalizada. Começou entre os anos 2006 e 2007 quando os preços dos imóveis nos Estados Unidos caíram drasticamente, afectando todo o sistema financeiro do país que se vinha sustentando com base em empréstimos que tinham como garantia hipotecas cujos valores estavam sujeitos às flutuações do mercado. No meio da crise, que ficou conhecida como a crise do "sub-prime", o sistema financeiro entrou em colapso, levando à quebra de instituições financeiras e a uma drástica restrição do acesso ao crédito. Com a internacionalização dos mercados e do sistema financeiro, a crise alastrou-se rapidamente, tomando em pouco tempo uma dimensão global. Os líderes das maiores economias mundiais, reunidos em Novembro de 2008 no encontro do G-20, identificaram como bases da crise a insuficiente coordenação das políticas macroeconómicas, reformas estruturais inadequadas e consequentes resultados macroeconómicos insustentáveis. Após experimentarem uma fase de estabilidade prolongada e sólido crescimento económico global, caracterizada pelo crescimento de fluxos de capitais, os agentes do mercado começaram a procurar lucros cada vez maiores em detrimento de uma apreciação de riscos responsável. Entre os factores específicos que permitiram o desencadeamento da crise estão falhas nos parâmetros para análise de créditos e controle de riscos, assim como a falta de transparência do sistema financeiro 1. Sintetizando, as duas principais causas da crise são a liberalização dos mercados ocorrida no final dos anos 80 e a 1 G-20, Declaration of the Summit on Financial Markets and the World Economy. Washington, 15 de Novembro de AP v /9 DT\ doc

3 incapacidade do sistema de supervisão ao nível global. Apesar de as consequências da crise já serem sentidas com alguma intensidade em finais de 2008, os piores prognósticos estão voltados para os próximos anos. As previsões do Banco Mundial apontam para um encolhimento do comércio mundial de 2,1% em 2009, o primeiro desde 1982, em consequência da diminuição da procura global e da restrição do crédito. Os especialistas também prevêem uma queda no crescimento global do PIB, que deve passar de 2,5% em 2008 para 0,9% em No entanto, o impacto deve ser sentido de forma diferenciada nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Os primeiros devem apresentar um crescimento negativo em 2009, enquanto os países em desenvolvimento passarão de uma taxa de crescimento significativa de 7,9% em 2007 para 4,5% em Em grande medida esta diminuição é causada pela restrição ao crédito que afecta directamente os investimentos, responsáveis por parte significativa do crescimento observado nos países em desenvolvimento nos últimos 5 anos 3. Provavelmente esta crise marcará o fim da era do mercado livre e não regulado, ou insuficientemente regulado. No final de 2008, poucos meses após o desencadeamento da crise nos Estados Unidos, o desemprego começou a aumentar em alguns países da Europa 4. Na Estónia, por exemplo, a taxa de desemprego passou de 4,7% em 2007 para 5,0% em 2008, com previsões de chegar a 7,7% até Na Lituânia, o desemprego deve subir de 4,3% para 8,4% entre 2007 e Na Espanha, as previsões são para um aumento de 8,3% para 15,5% no mesmo período, e na Irlanda, de 4,6% para 7,4% 5. A queda nas exportações é um dos principais indicadores da crise. No caso da Alemanha, por exemplo, a economia foi afectada fortemente pela diminuição da procura mundial por bens de capital, que representam os itens de exportação dominantes no país. A desaceleração da produção e do consumo é mais um elemento que dificulta a dinamização da economia europeia: na zona do Euro o crescimento tem sido particularmente baixo, uma tendência que se agrava com a crise. A região teve um crescimento do PIB de 2,9% e 2,6% em 2006 e 2007, respectivamente, sofrendo uma queda para 1,1% em A previsão para 2009 é de -0,6%, com alguma recuperação em 2010 com crescimento de 1,6% 6. Na América Latina, a crise financeira também teve graves repercussões na economia real sobretudo a partir do início de O efeito negativo na evolução das exportações começa agora a sentir-se e aponta para a entrada em recessão da maioria das economias da América Latina. A região tem apresentado uma tendência de crescimento baixo em relação aos demais países em desenvolvimento e esta tendência deve permanecer em 2009 e Para 2009, enquanto as previsões de crescimento geral para países em desenvolvimento é de 4,5%, a América Latina deve crescer apenas 2,1% 7. A crise manifesta-se fortemente através da queda 1 World Bank, "Global Economic Prospects 2009". Dezembro de Disponível em: 2 Ibid. 3 Hans Timmer, in Banco Mundial, "Historic commodity price boom ends with slowing global growth". Disponível em: 4 Comissão Europeia Presidente José Manuel Durão Barroso. Disponível em: 5 Comissao Europeia, "Economic Forecast Autumn 2008". Novembro de Disponível em: 6 Banco Mundial, Regional forecast detail. Previsoes elaboradas em Outubro de Disponível em: 0&menuPK=612532&piPK= Ibid. DT\ doc 3/9 AP v01-00

4 nas exportações e nos investimentos no sector produtivo, da diminuição dos volumes das remessas de dinheiro por parte dos emigrantes e das dificuldades encontradas pelos países emergentes no mercado financeiro internacional 1. Segundo a CEPAL, os países mais afectados serão aqueles mais dependentes das remessas dos seus emigrantes; cujas economias estejam mais ligadas ao mercado dos Estados Unidos; e cuja pauta de exportações seja menos diversificada e mais concentrada em bens que tiveram os seus mercados especialmente afectados pela crise 2. Os países latino-americanos estão, na sua maioria, entre os países que possuem menores condições para realizar investimentos públicos de grande porte com vista a salvar as suas economias. A queda nos preços dos commodities, como petróleo e alimentos, também afecta negativamente as receitas latino-americanas. Em consequência da desaceleração do crescimento, do aumento da oferta e da revisão das previsões em resultado da crise financeira, a tendência dos últimos anos de aumento de preços dos commodities sofreu uma inversão a partir do final de 2008, com uma queda significativa das receitas para os países exportadores destas matérias. Por outro lado, há também países na região que vêm resistindo aos efeitos da crise global, como é o caso do Brasil. Os dados do Banco Mundial apontam para uma leve queda no crescimento brasileiro de 5,4% em 2007 para 5,2% em 2008, dados que, comparados com a queda no crescimento de outros grandes países em desenvolvimento no mesmo período, como a China (de 11,9% para 9,4%), a Índia (de 9,0% para 6,3%) e a África do Sul (de 5,1% para 3,4%) 3, mostram o relativo isolamento do país face à crise. Apesar de as previsões para as diminuições do crescimento económico serem mais negativas para os países desenvolvidos, é nos países em desenvolvimento que os desdobramentos da crise podem afectar de maneira mais crítica as populações vulneráveis, revertendo uma tendência de diminuição da pobreza e da miséria nessas regiões. Potencialmente, o desemprego e o aumento da pobreza são as consequências mais nocivas da crise para a população latino-americana. Entre os mais vulneráveis estão os trabalhadores independentes e aqueles que actuam na chamada economia informal. No contexto de luta contra a pobreza e a desigualdade, os efeitos da crise podem representar um obstáculo à continuação dos avanços obtidos nos últimos anos. É estimado que, em 2008, 46,1% da população latino-americana (equivalente a 253 milhões de pessoas) viva em condições de pobreza (33,2%) ou pobreza extrema ou indigência (12,9%) 4. Entre 2003 e 2007, a pobreza e a indigência foram consideravelmente reduzidas na região, efeitos do crescimento económico e da melhora na distribuição do rendimento nos países 5. Em 2008, no 1 Comissão Económica para América Latina e Caraíbas (CEPAL), Comunicado de impensa: "Según informe de la CEPAL: Pobreza disminuye levemente en América Latina y el Caribe, pese a crisis financiera internacional". Disponível em: prensa/tpl/p6f.xsl&base=/tpl/top-bottom.xsl 2 Ibid. 3 Banco Mundial, "Country-Specific Historical Data". Disponível em: ontentmdk: ~menupk:612532~pagepk: ~pipk: ~thesitepk:612501,00.html. 4 Comissão Económica para América Latina e Caraíbas (CEPAL), op.cit. O estudo classifica como indigentes aqueles que não conseguem satisfazer as suas necessidades de alimentação, enquanto pobres são aqueles que não são capazes de satisfazer as suas necessidades essenciais (pág. 4, nota de rodapé 2). 5 Comissão Económica para América Latina e Caraíbas (CEPAL), disponível em: AP v /9 DT\ doc

5 entanto, os avanços foram mais limitados, situação que pode ser interpretada como consequência do aumento da inflação observado desde 2007, do aumento dos preços dos alimentos e da desaceleração económica mundial observada neste ano. A diminuição do crescimento económico prevista para 2009, como consequência da crise, afectará de forma ainda mais negativa a luta contra a pobreza na América Latina. Os especialistas estimam que a crise pode não ter ainda atingido o seu auge e que a recessão económica em que o mundo se encontra pode durar um longo período. Respostas à crise financeira mundial Os desafios que se apresentam em consequência da crise financeira exigiram e ainda exigem respostas urgentes dos governos nacionais e das organizações internacionais. A gravidade dos acontecimentos gerou um consenso em torno da necessidade de remediar as suas causas estruturais, de forma a evitar a repetição de uma crise de tamanhas proporções. As medidas para conter a crise estão a ser tomadas a diferentes níveis e envolvem organismos multilaterais, organizações de integração regional e instituições nacionais. As intervenções mais significativas têm sido executadas pelos governos nacionais que em todo o mundo tomaram medidas de emergência e excepção para estabilizar os mercados financeiros e conter os danos ao crescimento. Diversos governos em todo o mundo lançaram programas de estímulo ao crescimento com o intuito de minimizar os impactos da crise e acelerar a recuperação da economia. As políticas de emergência visaram aumentar a liquidez nas economias, reforçar o capital das instituições financeiras, proteger poupanças e depósitos, lidar com as deficiências reguladoras e dinamizar o mercado de crédito 1. No contexto da UE, a crise vem sendo combatida por meio de intervenções públicas no nível nacional, no âmbito de uma coordenação europeia. Acções significativas também vêm sendo tomadas no âmbito europeu, concretamente a partir da aprovação do plano de relançamento da economia europeia pelo Conselho Europeu em Dezembro de O plano conta com um orçamento de 1,5% do PIB europeu (cerca de 200 mil milhões de Euros) e representa um quadro comum para coordenar e optimizar as acções dos Estados membros e da UE perante a crise. As instituições latino-americanas também vêm emitindo declarações a favor de uma maior coordenação entre os países para combater os efeitos da crise. No âmbito do Mercosul, o Parlasul emitiu em Novembro de 2008 a Recomendação ao Conselho do Mercado Comum Sobre a Criação de um Grupo de Monitoramento da Crise Financeira. Os países do Mercosul sublinham a importância da união entre os membros do bloco e do aprofundamento da integração regional para enfrentar as dificuldades económicas, uma posição que também é observada no "Plano de Medidas Urgentes para Lidar na Região com o Impacto da Crise Financeira Internacional" aprovado pelo Sistema da Integração Centro-Americana, assim como na "Declaração do Conselho Assessor de Ministros da Fazenda ou Finanças, Bancos Centrais e Responsáveis pelo Planeamento Económico da Comunidade Andina", adoptada em Novembro de A Comunidade Andina delegou a um Grupo Técnico Permanente a tarefa de avaliar e acompanhar os impactos da crise sobre a economia real, estudar meios para obter recursos de organismos internacionais e criar mecanismos de contenção de uma possível situação de emergência. Tanto na Europa quanto na América Latina, os bancos regionais de desenvolvimento são 1 G-20, Declaration of the Summit on Financial Markets and the World Economy. Washington, 15 de Novembro de DT\ doc 5/9 AP v01-00

6 citados como actores centrais no plano de recuperação das economias. Os recursos do Banco Europeu de Investimento (BEI), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco do Sul, Corporação Andina de Fomento (CAF) e Banco Centro-Americano de Integração Económica (BCIE) devem ser utilizados em toda a sua capacidade na manutenção do crédito, com os objectivos principais de estabilizar os mercados e retomar o crescimento, afim de proteger empregos e manter níveis de rendimento. Ao nível multilateral, os países estão a organizar-se de forma a criar um ambiente propício às reformas do sistema financeiro internacional. Ao mais alto nível, essas reformas foram discutidas no contexto do G-20 que ressaltou, em especial, o papel das instituições financeiras internacionais, particularmente do Fundo Monetário Internacional (FMI), assim como do Banco Mundial, em impulsionar a retoma do crescimento global por meio do emprego das suas capacidades no apoio aos países em condições financeiras desfavoráveis, principalmente os países emergentes e em desenvolvimento 1. Um dos maiores desafios que se apresentam com a crise financeira é combater as tendências proteccionistas e de intervenções estatais excessivas na economia. Com efeito o proteccionismo e o nacionalismo económico apresentam um perigo para a recuperação económica mundial, na medida em que a criação de entraves adicionais ao comércio internacional agravaria a difícil situação actualmente vivida. Por outro lado, não se afigura suficiente remediar as causas conjunturais ou tomar medidas paliativas para diminuir os efeitos da crise financeira e económica. O cenário de instabilidade e recessão generalizada exige como reacção um projecto abrangente que vise atacar as causas estruturais da crise, complementando as medidas de curto prazo tomadas pelos governos até ao momento. Os especialistas alertam para o facto de que as dimensões e repercussões da crise estarem a ser subestimadas pelos governos de diversos países, incluindo o dos Estados Unidos. Enquanto as taxas de desemprego continuam a crescera uma velocidade preocupante, os economistas avaliam as medidas de contenção da crise até agora apresentadas pelos países desenvolvidos como insuficientes 2. Com este objectivo, são apresentadas as seguintes recomendações: Recomendações 1. Como sugere a Comissão Europeia, na sua Comunicação sobre a crise, os países atingidos devem transformar os desafios em oportunidades. Em vista dos desafios que se apresentam actualmente a todos os países da Associação Estratégica Bi-regional UE- ALC, um estreitamento da cooperação em assuntos financeiros e macroeconómicos é altamente recomendável. As soluções para a crise devem ser encontradas ao nível global e por meio de negociações multilaterais. Ainda que as medidas centrais para conter e minimizar os efeitos da crise, assim como para retomar o crescimento económico, devam vir dos governos nacionais, a coordenação destas medidas multiplicará os seus efeitos positivos sobre as economias e, portanto, deve ser procurada activamente pelos seus membros. Uma coordenação efectiva entre a Europa e a América Latina no planeamento das medidas de curto e médio prazo, assim como no processo de adaptação das suas agendas de reformas estruturais para torná-las mais eficientes no combate aos efeitos da crise seria de grande valor para ambos os lados. 1 Ibid. 2 James K. Galbraith, Universidade do Texas, em palestra por videoconferência para o Parlamento Europeu em 3 de Março de AP v /9 DT\ doc

7 2. O trabalho coordenado entre a Europa, a América Latina e as Caraíbas deve levar em consideração a desigualdade das capacidades orçamentais dos países para reagir à crise e estimular o regresso das suas economias ao crescimento. 3. Em concordância com as declarações do G-20, as medidas tomadas no âmbito da Associação deverão respeitar e fortalecer os princípios do livre comércio, rejeitando fortemente qualquer forma de proteccionismo. É de fundamental importância o apoio mútuo na adaptação dos países à nova realidade financeira e económica internacional, especialmente na execução do Plano de Acção para Implementar Princípios para Reforma, aprovado pelo G-20, que prevê: fortalecer a transparência e a responsabilidade; melhorar a regulação; supervisão prudente; gestão de riscos; promover a ética nos mercados financeiros; reforçar a cooperação internacional; e reformar as instituições financeiras internacionais. 4. O comércio internacional deve ser facilitado por meio de acordos bi-regionais e multilaterais. Deve ser prioridade a conclusão da Ronda de Doha no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), de modo a gerar um acordo abrangente e equilibrado que permita dinamizar o comércio internacional com vantagens para todas as partes. Da mesma forma, as negociações UE-Mercosul, UE-América Central e UE- Comunidade Andina necessitam de ganhar novo impulso para serem concluídos os respectivos acordos o mais rapidamente possível. As iniciativas de associação bilaterais são também bem-vindas e devem funcionar de forma complementar aos diálogos biregionais. 5. A cooperação económica bi-regional deve ser estimulada com base nos princípios de livre comércio, mas também levando em consideração a existência de falhas no mercado que devem ser compensadas. Nesse sentido, a Associação poderá fazer uso de mecanismos compensatórios por países, de forma a criar o consenso necessário para a realização de acordos abrangentes de liberalização do comércio bi-regional. 6. No espírito de recusa do proteccionismo, devem ser rejeitados todos os tipos de subsídios à produção que criem entraves ao livre comércio e dificultem a realização de acordos biregionais. 7. No curto prazo, devem ser mantidas e, se necessário, reforçadas as medidas para restaurar a confiança no sector bancário. Assim sendo, impõe-se restaurar o normal funcionamento do sistema bancário, com vista a facilitar a concessão de crédito. Por outro lado, é também necessário que as medidas em questão não possuam um carácter discriminatório e que não ponham em causa o level playing field nos mercados. Deste modo, urge estabelecer linhas comuns para a intervenção estatal nos bancos, nomeadamente quanto à utilização de fundos públicos para garantia de depósitos ou para operações de recapitalização. 8. Os planos de salvamento do sector bancário devem igualmente estar sujeitos ao cumprimento de algumas condições, designadamente, no que respeita à distribuição de dividendos, à política de remuneração de gestores, à concessão de crédito e às condições de empréstimo. 9. Deve ser garantido o acesso ao crédito por parte dos particulares e das empresas, especialmente as pequenas e médias empresas (PME), assim como a agricultores de pequeno e médio porte. 10. Todos os mercados financeiros, produtos e participantes devem ser sujeitos a regulação e DT\ doc 7/9 AP v01-00

8 supervisão, sem excepção e independentemente do país de origem. Por isso torna-se necessária a criação e aprovação, pela generalidade dos países, de uma lista de sanções contra os paraísos fiscais (off-shores) e a regulação urgente para os hedge funds, os fundos especulativos e as agências de notação. 11. Os países da Associação UE-ALC devem posicionar-se a favor da transparência e da responsabilidade das instituições financeiras. As falhas na gestão dos riscos, que se encontram na origem da crise, devem ser consertadas. A melhoria da gestão dos riscos deve encontrar-se na base da reforma do sistema financeiro. 12. Devem receber prioridade os investimentos em infra-estruturas para dinamizar a economia e impulsionar o desenvolvimento e a integração regionais. 13. Entre as medidas de longo prazo, devem estar o aumento do investimento em investigação e desenvolvimento, em inovação tecnológica e em educação. Nesse sentido, a cooperação EU-LAC deve apoiar a intensificação dos programas de intercâmbio académico e de transferência de tecnologia já existentes e trabalhar com a comunidade académica e científica para a criação de novas formas de cooperação. Com a apresentação pela Comissão Europeia de um Plano Europeu para a Inovação, ocorre um momento propício para discutir a intensificação da cooperação UE-ALC na área da inovação tecnológica centrada no desenvolvimento sustentável e nas tecnologias do futuro Devem ser apoiadas as iniciativas de maior coordenação macroeconómica e financeira não apenas entre a Europa e a América Latina e as Caraíbas, mas também dentro dos próprios blocos da Associação EU-LAC. Nesse sentido, seria bem-vindo o apoio técnico europeu aos seus pares latino-americanos para que estes possam elaborar as suas estratégias de coordenação regional e também de interacção com os diversos organismos financeiros e de desenvolvimento multilaterais. 15. A cooperação UE-ALC deve também auxiliar no controle da dívida pública. Neste sentido, estando criadas as condições políticas, é recomendada a criação de instituições regionais para a administração da dívida pública na Europa e na América Latina e Caraíbas e das necessidades do seu financiamento. 16. No contexto das acções a favor da transparência financeira internacional, a Europa, a América Latina e as Caraíbas são chamadas a assumir posições regionais em relação às jurisdições fiscais não cooperantes, ou paraísos fiscais. Deve ser iniciado um movimento em direcção à proibição dos paraísos fiscais que tenha em conta possíveis compensações para os países e territórios em questão. 17. O papel da Associação UE-ALC e das organizações ligadas à mesma, como a EUROLAT, deve ser o de apoiar a implementação bem sucedida dos planos elaborados pelos blocos regionais para a sua recuperação económica e, ao mesmo tempo, chamar a atenção dos governos para as questões de maior relevância para as suas populações. No entanto, as respostas à crise não podem deixar de levar em conta temas como as migrações, a segurança alimentar, a democracia e o estado de direito, o meio ambiente, a luta contra a pobreza e a segurança energética, entre outros. 18. Deve ser facilitado o movimento de trabalhadores entre os países da Associação, 1 Conselho da União Europeia, Conclusões da Presidência, pag /12/2008. Entre as tecnologias do futuro o documento cita a energia, as tecnologias da informação, as nanotecnologias, as tecnologias do espaço e os serviços delas decorrentes e as ciências da vida. AP v /9 DT\ doc

9 facilitando assim a recuperação do dinamismo económico na Europa, na América Latina e nas Caraíbas. 19. Deve ser garantido o bem-estar da população, devendo ser adoptadas medidas destinadas a proteger os cidadãos, os sectores económicos e as regiões geográficas em situação de extrema vulnerabilidade face à crise. 20. Uma nova estratégia de reestruturação económica deve basear-se no aumento da produtividade e do crescimento que levarão à melhoria das condições de vida dos cidadãos e à redução do desemprego e da pobreza. O crescimento de longo prazo baseado no livre comércio deverá ser o foco da cooperação económica EU-ALC. 21. A protecção do meio ambiente e a luta contra as mudanças climáticas devem continuar a ser prioridades. Com base numa visão ampla de desenvolvimento, os países da Associação EU-ALC devem investir em tecnologias limpas, fontes alternativas de energia (incluindo biocombustíveis) e medidas para proteger o meio ambiente, especialmente conter a desflorestação e alcançar um compromisso mais abrangente para diminuir as emissões de carbono. 22. Estando a contenção das alterações climáticas intimamente ligada ao sucesso de projectos de desenvolvimento sustentável, um plano abrangente de recuperação económica biregional deve dedicar especial atenção às medidas necessárias para suster o aquecimento global. Nesse sentido, os países da Associação são chamados a dedicar todos os seus esforços na aplicação do Plano de Acção de Bali, no âmbito da Convenção sobre as Alterações Climáticas das Nações Unidas (UNFCCC), e na busca de um consenso em torno das negociações para um acordo pós-kyoto em Copenhaga em Os esforços para atingir os Objectivos do Milénio da Organização das Nações Unidas (ONU) devem ser mantidos e reforçados. A importância de perseguir estes objectivos fazse ainda mais clara face aos desafios trazidos pela crise, na medida em que os países emergentes e em desenvolvimento sofrem os impactos mais dramáticos e as populações mais vulneráveis se encontram em situação crítica. 24. A reestruturação do sistema financeiro global e os investimentos para a recuperação económica devem ter em linha de conta o respeito pelos direitos políticos dos cidadãos e a defesa do Estado de direito democrático. Devem igualmente ser respeitados e promovidos os direitos económicos, sociais e culturais dos cidadãos, por intermédio do incentivos à criação de emprego e dos investimentos na educação e saúde. 25. Com o objectivo de implementar as resoluções anteriormente apresentadas, a Associação Estratégica Bi-regional UE-ALC deverá lançar uma iniciativa baseada na Estratégia de Lisboa da UE que deverá estabelecer metas para o crescimento e o emprego e guiar a cooperação bi-regional relativa ao meio ambiente, ciência e tecnologia e educação. Esta iniciativa deverá estar ligada à consecução dos Objectivos do Milénio. DT\ doc 9/9 AP v01-00

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