O Pacto e o(s) PEC(s), mecanismos de exploração e a ofensiva do capital - o exemplo português no contexto europeu

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O Pacto e o(s) PEC(s), mecanismos de exploração e a ofensiva do capital - o exemplo português no contexto europeu"

Transcrição

1 O Pacto e o(s) PEC(s), mecanismos de exploração e a ofensiva do capital - o exemplo português no contexto europeu Por Pedro Carvalho O sistema capitalista mundial encontra-se mergulhado numa crise sistémica profunda, que tem se vindo a agravar desde o retorno visível da crise nos anos 70 do século passado, entre sucessivos episódios de crise e ciclos de inflação/deflação de activos, para a qual não parece encontrar saídas nem soluções. Isto num contexto de declínio da hegemonia económica dos Estado Unidos, de sobre-extensão do sistema ao nível planetário, com um desenvolvimento cada vez mais assimétrico e a delapidação acelerada dos recursos naturais, nomeadamente dos hidrocarbonetos. 1 Um contexto de forte abrandamento das taxas de acumulação ao nível mundial, com um desemprego crescente e de cariz estrutural, assente numa «montanha» de crédito e capital fictício, onde o grau atingido de financeirização, concentração e centralização do capital, não tem precedentes nos dois séculos de vigência do capitalismo. Austeridade e Exploração Da resposta keynesiana clássica à ortodoxia (neo)liberal, que triunfou na última reunião do G20 em Toronto (26 e 27 de Junho de 2010), reavivando o «consenso de Washington» e impondo um plano de austeridade mundial, a verdade é que o sistema não consegue retomar o processo de valorização do capital. Não consegue restaurar as condições de rentabilidade - as taxas médias de lucro, de forma ao capital encontrar oportunidades de investimento rentáveis que permitam absorver a massa de mais-valias existente e fazer arrancar o «motor» da acumulação de capital. Isto, apesar do aumento da taxa de exploração ao nível mundial e da forte redução das taxas de juro que se verificou nos últimos 20 anos. A austeridade imposta ao nível mundial, pelos centros de decisão do capitalismo comandados por Washington, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), é um mecanismo ao serviço da exploração do trabalho e da ofensiva em curso do capital, nomeadamente ao nível europeu, para reverter as conquistas sociais obtidas pelos trabalhadores no pós-segunda guerra mundial - o «Estado Providência». O Pacto de Estabilidade e os Programas de Estabilidade e Crescimento (PEC) são a tradução europeia da austeridade e a resposta do capital multinacional europeu à crise, que alicerça as orientações económicas emanadas na União Europeia, numa subserviência aos interesses imperialistas da Alemanha e do capital financeiro. Um espartilho cada vez mais apertado, entre avisos prévios e vetos do Conselho ECOFIN, numa ingerência na política económica e social dos diversos países que compõem esta área de círculos concêntricos numa vasta região pan-europeia mediterrânica. Para os países da Zona Euro, do qual Portugal faz parte, a perda da soberania monetária para o Banco Central Europeu (BCE) e a restrição orçamental e fiscal com o Pacto de Estabilidade, torna o trabalho, por via dos salários e do emprego, a única variável para fazer face aos choques económicos externos. E por isso, a agenda política da União Europeia e os instrumentos que detém, incluindo o próprio orçamento comunitário e os fundos estruturais, visam a redução dos custos unitários do trabalho, a transferência dos ganhos de produtividade do trabalho para o capital, tentando por essa via incrementar a taxa de exploração e restaurar as taxas de lucro, o grande orientador do processo de acumulação de capital. Entretanto, o capital prossegue com a mercantilização de todas as

2 esferas da vida social. Esta é a resposta à crise do capital, não só na Europa, mas ao nível mundial. A aprovação da Estratégia 2020 ao nível da União Europeia, confirma assim a continuação por mais uma década da grande agenda do patronal que (é) foi a Estratégia de Lisboa, apontando a continuação da desregulamentação dos mercados públicos e do «mercado» de trabalho. A par da política monetária seguida pelo BCE, que com o objectivo estrito da dita «estabilidade dos preços», promove a «moderação» salarial (que os salários reais cresçam pelo menos abaixo da produtividade do trabalho) e os interesses dos detentores de dívida (os credores europeus e internacionais), sustentada num Pacto de Estabilidade, que em nome da consolidação orçamental, promove um ataque ao sector público e aos seus trabalhadores, com repercussões sobre todos os trabalhadores, ao mesmo tempo que mantém e reforça benefícios ao nível orçamental para o capital, sobretudo o financeiro. Estas, conjuntamente com a liberalização do comércio e da [libertina] circulação de capitais a nível mundial, cumpre as orientações estabelecidas no «consenso de Washington», emanadas dos principais centros de decisão do sistema capitalista mundial. 2 Este é o quadro da crise do capitalismo nacional e do seu enquadramento ao nível do sistema capitalista mundial. Portugal é um dos países na Europa que se encontra na linha da frente da ofensiva de classe em curso, com vista a responder aos interesses do capital monopolista multinacional que opera no mercado interno europeu. O capital, concertado a nível europeu e internacional, implementa paulatinamente a sua agenda no sentido do aumento da exploração do trabalho, da conquista de novos mercados e da melhoria das condições de (re)financiamento, utilizando a crise e a ingerência, a «dramatização» da inexistência de alternativas e a variável estratégica de sempre o desemprego (crescente), para vencer resistências, num quadro de recrudescimento das lutas sociais por toda a Europa e também em Portugal. Importa pois por isso analisar o pacote de austeridade em Portugal, cujo Orçamento do Estado (OE) para 2011 e as sucessivas «versões» do PEC tem sido os principais instrumentos, compreender a inserção do capitalismo nacional no contexto europeu e mundial e questionarmo-nos sobre uma a economia nacional cada vez mais frágil e dependente, onde a desigualdade e o desemprego são as principais marcas. Mas para compreender o presente, temos obrigatoriamente que ir ao passado, nessa situação atípica nacional que foi a revolução de Abril, que apontou um modelo de desenvolvimento económico e social endógeno alternativo para Portugal. Ir ao passado, para compreender o(s) PEC(s) de então, o papel dos Programas Estruturais do FMI na afirmação da contra-revolução em Portugal. Hoje, como ontem, a austeridade serve a exploração. Do 25 de Abril à adesão de Portugal a CEE - O papel dos Programas de Estabilização do FMI Muito se tem falado em Portugal da necessidade do «retorno» do FMI. No quadro de uma das maiores ofensivas contra os trabalhadores e os direitos económicos e sociais saídos da Revolução de Abril, é importante recordar a «passagem» do FMI em Portugal e suas consequências, não só ao nível económico e social, como também para a soberania e a independência nacional. A austeridade que hoje se consubstancia no(s) PEC(s), sobre a batuta do Conselho

3 ECOFIN e da Comissão Europeia, tem similitudes à vivenciada no final dos anos 70 e início dos anos 80 do século passado, altura em que Portugal aplicava os denominados programas de ajustamento estrutural do FMI. Como hoje, a questão fundamental que se colocava ao país era a capacidade do seu aparelho produtivo em satisfazer as necessidades da sua população. A diferença entre o consumo e a produção nacional, traduzia-se num elevado défice da balança corrente, o que, por seu lado, se traduzia no aumento do endividamento, sobretudo externo e na venda de activos nacionais a estrangeiros, ou seja, um aumento da dependência externa do país. Mas ao contrário de hoje, Portugal ainda tinha a sua soberania ao nível da política monetária e cambial, a possibilidade de emitir moeda - o escudo. Portugal ainda não estava na integração capitalista europeia, a então Comunidade Económica Europeia (CEE). 3 Como hoje, o sistema capitalista mundial encontrava-se mergulhado numa crise profunda, de natureza sistémica, só que então esta voltava a tornar-se visível, após o interregno dos anos 50 e 60, enquanto hoje «colhemos» o fruto da resposta então do capitalismo à crise, expressa no denominado «consenso de Washington». Como hoje, o capital procurava restaurar as condições de rentabilidade perdidas, assegurar taxas de lucro que permitiriam dar continuidade ao processo de valorização de capital, por via do aumento da exploração do trabalho, da conquista de novos mercados e pela melhoria das suas condições de (re)financiamento. Quadro 1 - Portugal, Indicadores Económicos PIB real, média % de variação anual 0,0 6,4 3,0 0,5 Produtividade, média % de variação anual 0,8 6,1 3,5 1,4 Investimento, FBCF, média % de variação anual -7,1 9,9 3,8-5,2 Desempregados, (1.000) Taxa de Desemprego 4,1 7,7 7,4 8,7 Lucros Brutos, % do PIB 6,1 15,7 23,9 32,1 Salários reais, média % de variação anual 7,8-1,2 2,8-3,9 Quota Salarial Ajustada, % do PIB 87,7 78,2 70,7 62,2 CUTR, média % de variação anual 7,1-6,9-0,6-5,3 Produção Industrial, média % de variação anual 0,4 9,1 5,2 2,2 Balança Corrente, % do PIB -7,8-7,1-13,0-7,6 Taxas de Juro nominais 6,8 14,2 16,4 21,5 Défice Público, % do PIB -5,5-7,7-6,3 Dívida Pública, % do PIB 19,6 31,0 37,1 51,5 Nota: A compensação salarial inclui as remunerações do trabalho mais os encargos para a segurança social. (NACE C, D e E). A produção industrial exclui o sector da construção (NACE C, D e E) A quota salarial é o quociente entre a compensação salarial real e a produtividade do trabalho. A balança corrente incluí a balança comercial, a de serviços, os rendimentos de investimentos e as transferências unilaterais. CUTR=Custos Unitários do Trabalho Reais Fonte: AMECO/Comissão Europeia Como hoje, a ofensiva contra o trabalho acentuava-se, mas ao contrário dos trabalhadores de outros países da Europa, cuja mudança de correlação de forças entre capital e trabalho, ameaçava as conquistas sociais por estes obtidas no pós-segunda

4 guerra mundial, os trabalhadores portugueses tiveram a afirmação dessas conquistas com a revolução de Abril, em plena crise do sistema capitalista mundial. O processo revolucionário então encetado em Portugal, não só derrubou 48 anos de ditadura fascista e de condicionamento económico e social do país aos ditames das grandes famílias, que controlavam os principais monopólios nacionais, como abriu portas a um modelo de desenvolvimento económico e social endógeno para o país, afirmando um rumo ao socialismo, cuja matriz ainda se encontra inscrita na Constituição da República Portuguesa. 4 Talvez um dos elementos mais significativos da Revolução de Abril foi o aumento do poder de compra dos trabalhadores portugueses. Entre 1973 e 1975, a compensação salarial real (que contém também os encargos para a segurança social) aumentou quase 23%, contribuindo para o peso mais elevado de sempre dos salários no produto (como no rendimento nacional), quase 92% em 1975 (medidos em termos da quota salarial ajustada, quociente entre a compensação salarial e o PIB, por pessoa empregada). Não só a repartição da riqueza nacional se tornava mais justa, como se reduzia de forma significativa a taxa de exploração, com efeito sobre evolução da taxa de lucro. Mas o aumento dos rendimentos das camadas trabalhadoras respondia também à crise internacional, «segurando» a procura interna. O capital monopolista nacional, cujas condições de rentabilidade tinham sido afectadas pela crise sistémica, reagiu de forma directa, por via da sabotagem económica e da fuga de capitais. O processo de nacionalizações da banca a importantes segmentos da indústria transformadora, encetado no pós-11 de Março de 1975, pelo Governos Provisórios liderados por Vasco Gonçalves, foi fulcral para evitar o desmembramento de importantes sectores económicos nacionais e torná-los alavancas do desenvolvimento económico e social do país. Entre 1975 e 1977, a produção industrial nacional cresceu 17,5%. Os centros de decisão do sistema capitalista mundial, sobretudo a sua potência

5 hegemónica, os Estados Unidos, não podiam permitir um processo revolucionário em Portugal. A vontade dos Estados Unidos (e do capital multinacional) acabaria por encontrar o seu «delfim» - Mário Soares, que seria o rosto mais importante da consolidação do processo contra-revolucionário em Portugal no pós-25 de Novembro de E essa era a questão. Era necessário, face à memória viva da revolução de Abril, enquadrar rapidamente Portugal no sistema capitalista mundial. Criar as teias de interdependência que permitissem reverter paulatinamente o modelo económico e social inscrito constitucionalmente. Ao mesmo tempo, restauravam-se as condições de rentabilidade ao capital monopolista, alterando a correlação de forças entre capital e trabalho saída da revolução, usando a crise provocada pelo «saneamento» financeiro e o desemprego como variáveis estratégicas. 5 O 1º Programa de Estabilização ( ) O ano de 1977 foi um ponto de viragem para Portugal. O ano em que o défice da balança corrente portuguesa atingiu os 10,3% do PIB. Para garantir o pagamento de empréstimos de curto prazo obtidos junto de bancos centrais de diversos países, o I Governo Constitucional, liderado por Mário Soares, obtém com a iniciativa do embaixador dos Estados Unidos, Frank Carlucci, um empréstimo de médio prazo de 750 milhões de dólares organizado entre vários países sobre a liderança dos Estados Unidos. Empréstimo que tinha como contrapartida a negociação de um acordo de «estabilização» com o FMI. Por outro lado, a 28 de Março de 1977, o governo português lançava a sua candidatura de adesão à então CEE, o mercado comum. Internamente, a lei Barreto impunha o «fim» da reforma agrária, dando um passo para a liberalização dos mercados agrícolas e para o fomento das importações dos países excedentários da Europa e dos Estados Unidos. E a legislação laboral já tinha sofrido alterações, no sentido do aumento da precariedade dos vínculos laborais, com a introdução dos contratos a prazo em O acordo com o FMI foi concluído em Maio de 1978, com o II Governo Constitucional, desta vez com Mário Soares liderando uma coligação PS/CDS (sendo Ministro das Finanças, Victor Constâncio). O programa de ajustamento estrutural de continha as medidas tradicionais de contracção da procura interna, ao mesmo tempo que se estimulavam e especializavam subsectores da economia portuguesa, para servir as necessidades das cadeias de produção e distribuição dos grandes grupos industriais multinacionais e suas estratégias de localização produtiva. O programa preconizava medidas como desvalorizações cambiais (o escudo, então), limites ao crédito, aumento das taxas de juro, imposição de tectos salariais, aumento de impostos, redução dos investimentos do Sector Empresarial do Estado e do consumo do sector público. As repercussões sobre o trabalho fizeram-se logo sentir. Em termos médios, a compensação salarial real decresceu 1,2% ao ano durante o período e o número de desempregados médios ultrapassou as 320 mil pessoas, quase o dobro do período O peso dos salários no produto reduziu-se em 10 pontos percentuais, ao contrário do peso dos lucros que aumentou 10. Tal como hoje, com o(s) PEC(s), o programa de ajustamento estrutural foi um mecanismo de exploração do capital. Uma estratégia na ofensiva de classe, subserviente

6 ao capital estrangeiro. O que mostra também o papel a que estaria dotada a economia portuguesa e o capital nacional, no sistema capitalista mundial. O 2º Programa de Estabilização ( ) Como hoje, o problema financeiro, o elevado endividamento, resulta de um problema económico. Os efeitos do programa de estabilização na redução do défice da balança corrente foram de muito curto prazo mas as suas consequências económicas e sociais perenes. Em 1983, os governos da Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM) deixavam um défice da balança corrente de 10,5% do PIB. A economia nacional estava mais vulnerável às repercussões do segundo choque petrolífero e da crise da dívida de 1982, assim como mais dependente do capital estrangeiro. Por outro lado, o PIB crescia a menos de metade da taxa média anual verificada no período Em Outubro de 1983, Portugal concluía um novo acordo com o FMI, outorgado pelo IX Governo Constitucional, uma coligação PS/PSD liderada por Mário Soares, o «bloco central». Mas se este segundo programa de ajustamento estrutural de continha lato sensu as mesmas medidas do primeiro, as repercussões económicas e sociais foram mais gravosas, com o país a entrar em recessão em 1984 (pela primeira vez desde 1975) e o número de desempregados a ultrapassar os 400 mil (um máximo histórico até então). O crescimento do PIB desacelerou rapidamente em termos médios de triénio para triénio, a par com o crescimento da produção industrial. Mas a questão mais evidente foi o aumento da taxa de exploração, com a forte redução da compensação salarial no período (quase 4% ao ano), bastante abaixo da produtividade do trabalho (que cresceu 1,4% ano), o que implicou a transferência dos ganhos de produtividade do trabalho para o capital pelo terceiro triénio consecutivo desde o 25 de Abril. O resultado foi um aumento da exploração do trabalho, com o peso dos salários no produto a reduzir-se consecutivamente de triénio para triénio, de 87,7% para 62,2% e, em contrapartida, o peso dos lucros no produto a aumentar, de 6,1% para 32,1% (Gráfico 1). Os dois programas de ajustamento estrutural do FMI foram assim determinantes para restaurar as condições de rentabilidade do capital e para a inversão progressiva da repartição e distribuição do rendimento saída do período revolucionário, quase anulando os ganhos salariais reais obtidos desde Mas o «saneamento» nacional operado pelo FMI, preparava também o caminho da adesão de Portugal à CEE, com o IX Governo Constitucional ainda a assinar o Tratado de Adesão a 12 de Junho de Os acordos de pré-adesão à CEE (1980) e as transformações que implicavam na legislação nacional para dita transição para uma «economia de mercado funcional», reforçavam-se mutuamente com as orientações e políticas implementadas por via dos programas do FMI. Ao mesmo tempo ia-se desarticulando o Sector Empresarial do Estado, com o progressivo desinvestimento, preparando o caminho para o processo de privatizações que iria ser aberto com a revisão constitucional de Entregava-se assim o «país» quase «virgem» à gula do capital europeu. A redução de custos unitários do trabalho reais obtida preparava o modelo económico nacional baseado nos baixos salários e especializado em sectores de actividade de baixo valor acrescentado. Ou seja, um re-exportador nas cadeias de subcontratação dos grandes produtores industriais europeus, como a Alemanha. Uma posição «descartável», como ficou demonstrado com as crescentes deslocalizações

7 verificadas nos últimos anos com o alargamento da União Europeia aos países da Europa de Leste e a assinatura de inúmeros acordos comerciais multilaterais e bilaterais, que servem os interesses das multinacionais das grandes potências capitalistas europeias e suas lógicas de internacionalização e internalização dos mercados europeu e mundial. 25 anos de integração contribuíram para a progressiva desindustrialização do país e a liquidação do sector primário. A dependência, essa, continuou a crescer. Como o desemprego em termos estruturais e as desigualdades na repartição e distribuição do rendimento. 7 Este foi o resultado da austeridade de então, não muito longe de austeridade de hoje, a do(s) PEC(s). Austeridade comandada também pelos especuladores financeiros internacionais, e sempre contribuindo para a intensificação da exploração do trabalho. Dissequemos o(s) PEC(s)... Do Pacto de Estabilidade à presente crise, - O papel do PEC como mecanismo de exploração Para compreender o PEC temos de identificar o seu carácter instrumental, ao serviço de um interesse de classe, de um objectivo concreto. O PEC é um instrumento ao serviço duma estratégia que visa restaurar as condições de rentabilidade dos grandes grupos económicos e financeiros, nacionais e estrangeiros, cujas medidas têm como objectivo central a redução dos custos unitários do trabalho. O PEC é, por isso, um mecanismo do capital para intensificar a exploração do trabalho. Um mecanismo de cariz europeu, pois o(s) PEC(s) estão a ser aplicados a todos os países da União Europeia, sobre a égide do Pacto de Estabilidade estabelecido em O Pacto de Estabilidade e o(s) PEC(s) precisam de ser enquadrados na resposta do capital europeu à crise sistémica, conjuntamente com o Euro, a Estratégia Europeia de Emprego e a Estratégia de Lisboa/2020. Elementos que contribuem para a criação das condições institucionais e políticas, para incentivar o crédito e a inflação dos activos mobiliários e imobiliários, na tentativa de contrariar artificialmente a crise de rentabilidade do sector produtivo, ao mesmo tempo que se antecipa o resultado do processo de circulação de capital.

8 O Pacto é também um elemento central de suporte do Euro e da política monetária seguida pelo BCE, por isso um elemento central no reforço da integração política da União Europeia, condicionando a política orçamental e fiscal dos Estados aos ditames do grande capital europeu (representado pela Business Europe e a ERT - Mesa Redonda dos Industriais Europeus). O Pacto é por isso mesmo um elemento de «governação» económica e concertação capitalista. Um elemento de ingerência e pressão sobre os trabalhadores de todos os países que compõem a União Europeia, estejam dentro ou fora da Zona Euro. 8 O objectivo da consolidação orçamental que consubstancia o(s) PEC(s), suporta o objectivo central de redução dos custos unitários do trabalho, quer por via da compressão da massa salarial dos funcionários públicos, quer por via da desregulamentação do emprego público, com as repercussões que ambos tiveram e têm ao nível dos trabalhadores do sector privado. Por outro lado, o(s) PEC(s) contribuíram para as ditas parcerias público privadas (as PPP) e para o processo de privatizações, entregando-se paulatinamente os «mercados» públicos, incluindo funções sociais do Estado, a lógicas de rentabilização privada, a par de um aproveitamento crescente dos sistemas de pensões nacionais e dos impostos de rendimento cobrados aos trabalhadores, para as estratégias de (re)financiamento do capital, sobretudo financeiro. Quadro 2 - Portugal, Indicadores Económicos valor médio anual Défice Público, % do PIB -2,9-4,3-2,8-2,9-3,4-6,1-3,9-2,6-2,8-9,4-8,5-5,0-4,7 Défice Público, mil milhões de euros -3,6-5,5-3,8-4,0-4,8-9,1-6,1-4,2-4,7-15,4-14,2-7,9-7,2 Dívida Pública, % do PIB 50,5 52,9 55,6 56,9 58,3 63,6 64,7 63,6 66,3 76,8 85,8 67,0 64,4 Dívida Pública, mil milhões de euros 61,8 68,4 75,2 78,8 84,0 94,8 100,5 103,7 110,4 125,9 142,8 107,1 98,5 Investimento Público, % de variação anual -5,4 6,5-6,5-11,5 2,7-5,9-18,3-0,4-1,8 8,3-10,0-3,6-3,8 Compensação Salarial Real, Função Pública, % de variação anual 8,1 3,2 3,6-4,9 1,5 3,4-4,5-3,5-0,3 3,4-1,1-0,3 0,1 PIB real, % de variação anual 3,9 2,0 0,8-0,8 1,5 0,9 1,4 1,9 0,0-2,7 0,5 0,3 0,6 Taxa de Desemprego 4,0 4,1 5,1 6,4 6,7 7,7 7,8 8,1 7,7 9,6 9,9 8,2 7,3 RNB real, % de variação anual 3,1 1,5 1,7-0,1 1,3 0,5-0,3 1,7-0,3-2,7 0,4-0,2 0,4 Produção Industrial, % de variação anual 0,5 2,0 0,5-1,2-4,1-3,8 3,2 0,3-4,1-8,6-2,6-1,8 Balança Corrente, mil milhões de euros -13,1-13,5-11,5-8,9-11,3-14,6-16,2-16,0-20,1-17,2-16,9-16,8-14,6 Balança Corrente, % do PIB -10,7-10,4-8,5-6,4-7,8-9,8-10,4-9,8-12,1-10,5-10,1-10,5-9,6 Produtividade, % de variação anual 4,5 1,0 0,7 0,4 1,3 1,3 1,4 2,8-0,3-0,7 1,3 0,9 0,9 Compensação Salarial Real, % de variação anual 3,3 0,3-0,3 0,3 0,2 2,1-0,7 0,4 1,2 3,1 0,6 1,2 0,7 Ganhos de Produtividade, (+) Patronato, (-) Trabalho 1,2 0,7 1,0 0,1 1,1-0,8 2,1 2,4-1,5-3,8 0,8-0,3 0,2 CUTR, % de variação anual 1,4 0,1-0,5 0,5-1,4 0,8-1,5-1,5 1,6 3,3-0,5 0,5 0,1 Lucros Líquidos, % de variação anual -8,0 6,7 1,0-6,5 19,7-12,6 8,3 18,6-6,9-5,1-1,0 0,5 2,2 Quota Salarial Ajustada, % do PIB 62,7 62,8 62,5 62,8 61,9 62,4 61,5 60,6 61,5 63,5 63,2 61,9 62,3 Nota: A compensação salarial inclui as remunerações do trabalho mais os encargos para a segurança social. (NACE C, D e E). A produção industrial exclui o sector da construção (NACE C, D e E) A quota salarial é o quociente entre a compensação salarial real e a produtividade do trabalho. A balança corrente incluí a balança comercial, a de serviços, os rendimentos de investimentos e as transferências unilaterais. A compensação salarial da função pública real foi obtida usando o deflator do PIB. O investimento público a preços constantes foi obtido usando o deflator do investimento privado (FBCF). CUTR=Custos Unitários do Trabalho Reais, RNB=Rendimento Nacional Bruto Fonte: AMECO/Comissão Europeia O Pacto é, por isso, uma opção de classe (uma escolha política), que surtiu os seus efeitos, juntamente com a constituição do Euro. Entre 1998 e 2007, em termos médios anuais os salários reais quase estagnaram em Portugal e na Zona Euro, os custos unitários do trabalho reais reduziram-se e os lucros líquidos cresceram 8 e 6 vezes mais que os salários reais respectivamente (ver Gráfico 2). A estratégia por detrás do(s) PEC(s) Como atrás já ficou exposto, o(s) PEC(s) tem vindo a ser aplicado(s) desde 1997, com os

9 resultados que são conhecidos, em Portugal e na União Europeia. Em Portugal, mesmo de outras formas, já tinham sido aplicados, com os dois programas de ajustamento estrutural do FMI ou no processo de convergência nominal encetado no «caminho» para o Euro e que depois foi reforçado com o Pacto de Estabilidade (ver Quadro 2). Vejamos então a estratégia... Em cada PEC, aplicado pelos sucessivos Governos em Portugal desde 1997 (PS/António Guterres , PSD/CDS - Durão Barroso/Santana Lopes/Paulo Portas , PS/José Sócrates 2005 ao presente), entre procedimentos de défice excessivo impostos por Bruxelas, ao contrário do proclamado objectivo de consolidação orçamental, a verdade é que o défice público tem vindo sempre a aumentar no fim de cada ciclo governativo, de -4,3% do PIB em 2001, para -6,1% em 2005 e agora -9,4% (ajustado pelo INE para 9,3%) em 2009 (15,4 mil milhões de euros). 9 Entre 2001 e 2009, o défice público quase que triplicou em valor e a dívida pública quase duplicou, a par com um crescimento económico quase nulo (0,6%) e uma taxa de desemprego que mais que duplicou (9,6% em 2009). E porquê este crescimento do défice? Para mais quando o investimento público no mesmo período se reduziu a uma média anual superior a 3%, o consumo público desacelerou e o crescimento médio anual da compensação salarial da função pública foi quase nulo, confirmando uma década de perda de poder de compra (uma redução média de 0,3% ao ano entre ). O défice cresceu devido às operações de «salvamento» orçamental do capital, sobretudo financeiro. Cresceu à conta do custo de inúmeras concessões, PPPs e operações de garantia dos lucros a privados. Cresceu à conta de mais de 15,6 mil milhões de euros de benefícios fiscais concedidos pelo Estado desde 2005 (já incluindo os previstos no OE de 2010), dos quais quase 70% dados em sede de IRC e mais de 9 mil milhões de euros só para as empresas que operam no off-shore da Madeira. Em paralelo, a nossa produção industrial caiu a um ritmo de -1,8% ao ano e o défice da balança corrente aumentou quase 28%. Ou seja, um país mais dependente e mais endividado.

10 Mas nos primeiros anos de aplicação de cada PEC, o objectivo de classe foi cumprido. Os lucros líquidos aumentaram (quase 20% em 2004 e quase 28% em 2006 e 2007), com a redução dos custos unitários do trabalho reais e a transferência dos ganhos de produtividade do trabalho para o capital. Em 2005 e 2007, ocorreu uma das maiores quedas do peso dos salários no produto, quase 2 pontos percentuais, o que é indicador de um dos maiores aumentos da taxa de exploração em Portugal desde a adesão de Portugal à União Europeia. 10 Depois, quando os efeitos acumulados da quebra dos rendimentos do trabalho, do investimento e consumo públicos, potenciam a entrada em (nova) recessão, o Estado intervêm com medidas de «salvamento» que no fundo transformam a dívida privada em dívida pública. O que faz disparar o défice público, encetando-se um novo ciclo, um novo PEC, com a exigência de mais e novos sacrifícios aos trabalhadores, aos pensionistas e das camadas mais desfavorecidas da população.

11 Esta tem sido a estratégia ao serviço do capital nacional e estrangeiro, ao serviço dos credores externos da economia portuguesa, que se traduziu numa economia com cada vez menor capacidade produtiva (de bens transaccionáveis), com a desaceleração das taxas de crescimento do produto de década para década (Gráfico 3), com um crescimento quase nulo do produto por habitante e dos salários reais na última década, em divergência com a União Europeia (Gráfico 4), agravando a sua dependência externa, com um défice da balança corrente superior a 17 mil milhões de euros em 2009 e um consequente crescimento do endividamento das empresas não financeiras (151% do PIB em 2009) (Gráfico 5), das famílias (99%) e do Estado (77%). 11 O problema estrutural e a ruptura necessária O problema estrutural da economia portuguesa tem a ver com o modelo de desenvolvimento económico e social seguido nos últimos 35 anos, com as lógicas de divisão internacional de trabalho impostas pelo sistema capitalista mundial. Um sistema com um desenvolvimento desigual e com desequilíbrios crescentes, cujo ajustamento terá fortes repercussões económicas e, com a existência de países importadores «líquidos» e de países exportadores «líquidos», respectivamente devedores (com crescente endividamento) e credores (detentores da dívida dos importadores). Portugal é um importador «líquido», o que explica o nosso crescente endividamento externo. O problema de Portugal é económico, do qual resulta um problema financeiro. Se não houver uma ruptura com o modelo seguido até aqui, não existe uma saída sustentável e socialmente justa para crise que o país atravessa. Desde os anos 70 que as taxas de crescimento da produção industrial têm vindo a desacelerar, tornando-se, em média anual, negativas desde a nossa adesão ao Euro. Este processo de desindustrialização, a par da progressiva destruição do sector primário, nomeadamente da agricultura e pescas, traduziram-se num aumento do défice comercial português em termos médios de década para década, nomeadamente no que toca a balança de bens (transaccionáveis) (ver Gráfico 6).

12 A par de uma mistificadora terciarização da economia portuguesa, potenciou-se também um modelo exportador assente em sectores de baixo valor acrescentado e, por isso, assente em baixos salários. Modelo exportador, com uma forte componente de importação de matérias-primas e outros consumos intermédios, tendo em conta que o valor acrescentado a nível nacional se prende apenas com o trabalho. Modelo exportador, assim duplamente dependente da procura externa e sem conexão ou base de apoio no mercado interno nacional. Este modelo conduziu a défices crescentes da balança comercial/corrente que tem de ser financiados por via externa (tendo em conta o grau de poupança interna), ou pela venda de activos nacionais ou pelo crescente endividamento. 12 Isto também, porque o modelo assenta numa competição salarial com outros países da União Europeia e outras regiões do mundo (nomeadamente da periferia do sistema), promovendo assim a desvalorização progressiva dos salários, sendo o poder de compra mantido artificialmente pelo crescimento do crédito (e consequentemente do endividamento). Endividamento crescente também das empresas não financeiras, entre as dificuldades de tesouraria das micro e pequenas empresas, até aos empréstimos obrigacionistas de grandes grupos económicos «portugueses» para investir no estrangeiro. Face à ofensiva do capital para restaurar as condições de rentabilidade, a «saída» para crise dos trabalhadores, num primeiro momento, tem que passar pela valorização dos rendimentos (salários e pensões) e por uma aposta clara no desenvolvimento aparelho produtivo nacional, na indústria transformadora, o que implica um maior investimento público em infra-estruturas de apoio à produção e distribuição. Ou seja, uma política de dinamização do mercado interno. Política que contribuiria, não só para potenciar o desenvolvimento económico e social endógeno nacional, reduzindo as suas dependências e défices, como para aumentar a receita fiscal e da segurança social, ao mesmo tempo que reduziria a despesa (mais emprego e melhores rendimentos, implica menos transferências sociais). Este é um primeiro passo para a ruptura necessária. Combater a exploração. A luta dos trabalhadores por melhores salários e em defesa da produção nacional, não é só uma luta pela melhoria das condições de vida e pela criação de empregos, é uma condição sine qua non para acabar com asfixia da dependência externa nacional, que condiciona a soberania e independência nacional. Não existe «saída» para a crise, sem valorização do trabalho e da produção nacional, sem criar as condições que ponham em causa a base do modelo económico instituído. Sem a redução do horário de trabalho. O PEC é uma «receita» para a recessão continuada da economia portuguesa, para uma cada vez mais injusta repartição e distribuição do rendimento nacional e para o alastramento da mancha de pobreza. O PEC e os orçamentos que lhe dão suporte põe também em causa a coesão do território nacional, agravando as assimetrias regionais, entre o urbano e o rural, entre o interior e o litoral. O PEC depaupera os activos do Estado, retira do controlo público alavancas fundamentais para o desenvolvimento económico nacional e reduz as funções sociais do Estado, nomeadamente a segurança social, a saúde e a educação. É com esta lógica de desenvolvimento, assente na relação de exploração decorrente do modo de produção capitalista, que tem que haver uma ruptura. Ruptura com o primado do financeiro sobre o produtivo. Com o primado do lucro sobre as necessidades humanas.

13 Ruptura com a propriedade que permite a apropriação privada das condições de produção, a relação que o capital corporiza. Hoje, como ontem, a austeridade serve a exploração do trabalho. Independentemente das denominações, o(s) PEC(s) de hoje e do passado, sobre égide das organizações internacionais do sistema capitalista, como o FMI, ou dos seus agrupamentos regionais, como a União Europeia, servem o mesmo propósito estratégico, restaurar as condições de rentabilidade do capital por via do incremento exploração do trabalho, numa luta incessante pela conquista de novas quotas de mercado. O(s) PEC(s) de hoje e do passado são uma resposta do capital aos episódios de crise que atravessa. 13 Após 35 anos de consolidação da contra-revolução, protagonizada pelas mais diversas combinações governativas PS/PSD/CDS, com vários PECs depois, Portugal está mais dependente, mais endividado. Num momento em que povo português se vê confrontando com a mais grave e violenta ofensiva de classe, o que está em causa é a reversão de conquistas sociais que são o património de décadas de luta dos trabalhadores portugueses e a descaracterização do regime democrático constitucional que resultou da revolução de Abril. É neste quadro, que a consciencialização dos trabalhadores para a estratégia de exploração que o PEC consagra para os próximos anos é fundamental, a par da disponibilidade e mobilização para a luta, porque só a luta de massas e o reforço da organização dos trabalhadores poderão derrotar a ofensiva em curso. Hoje como ontem, o que é necessário é que os trabalhadores e o povo tomem nas suas mãos a afirmação da alternativa, por Abril. Mas o actual episódio de crise nacional não pode ser descontextualizado de crise sistémica, que se pode depreender das dificuldades crescentes do sistema em restaurar as condições de valorização do capital, ou seja, as taxas de lucro. E a(s) crise(s) só serão resolvidas pela superação do sistema. E o sistema não cairá por si. O sistema só será superado pela luta dos trabalhadores e dos povos, pela criação das condições subjectivas de transformação das relações sociais de produção, na continuação da construção da alternativa que germina dos limites do sistema - o socialismo. Serpa, Outubro de 2010.

ELEMENTOS PARA A CARACTERIZAÇÃO DA DEPENDÊNCIA ECONÓMICA DE PORTUGAL

ELEMENTOS PARA A CARACTERIZAÇÃO DA DEPENDÊNCIA ECONÓMICA DE PORTUGAL ELEMENTOS PARA A CARACTERIZAÇÃO DA DEPENDÊNCIA ECONÓMICA DE PORTUGAL Por Pedro Carvalho* O desenvolvimento das relações sociais de produção em Portugal decorre do papel que a economia nacional desempenha

Leia mais

Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (3, 4 e 5 de Maio de 2012)

Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (3, 4 e 5 de Maio de 2012) I Congresso «Marx em Maio» Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (3, 4 e 5 de Maio de 2012) Intervenção Pedro Carvalho A crise sistémica e suas repercussões em Portugal O desenvolvimento das relações

Leia mais

O Abafador Europeu, as consequências da austeridade e do Euro para Portugal

O Abafador Europeu, as consequências da austeridade e do Euro para Portugal O Abafador Europeu, as consequências da austeridade e do Euro para Portugal Pedro Carvalho* Na sequência do resultado das eleições legislativas do passado dia 4 de outubro, muito se tem falado do respeito

Leia mais

Estagnação e os «balões de oxigénio»

Estagnação e os «balões de oxigénio» A incerteza parece ser a palavra que determina o nosso futuro colectivo, enquanto o sistema capitalista mundial mergulha numa crise sistémica profunda, para qual parece não encontrar saídas nem soluções,

Leia mais

O instrumento de classe

O instrumento de classe A verdade é que as promessas feitas a 2 de Maio de 1998, quando foi aprovada a lista dos 11 países fundadores da Zona Euro, não vieram a concretizar-se. Afirmava-se que o Euro traria taxas de crescimento

Leia mais

ÍNDICE. Prefácio à presente edição 7. Prefácio à 3. 8 edição 9. Prefácio à 2.- edição 13. Prefácio à 1.* edição 15

ÍNDICE. Prefácio à presente edição 7. Prefácio à 3. 8 edição 9. Prefácio à 2.- edição 13. Prefácio à 1.* edição 15 ÍNDICE Prefácio à presente edição 7 Prefácio à 3. 8 edição 9 Prefácio à 2.- edição 13 Prefácio à 1.* edição 15 1. Introdução e fases do crescimento português 19 Resumo 19 1.1. As fases do crescimento económico

Leia mais

As consequências do Euro e das políticas de austeridade para os países do sul

As consequências do Euro e das políticas de austeridade para os países do sul 1 Derrotar a União Europeia para construir o futuro As consequências do Euro e das políticas de austeridade para os países do sul Pedro Carvalho* Retornámos a um período de crise sistémica. Um período

Leia mais

Os problemas de crescimento da economia portuguesa

Os problemas de crescimento da economia portuguesa ISEG, 4 de Maio de 2017 Sessão Plenária do Seminário da Licenciatura em Economia Os problemas de crescimento da economia portuguesa Visões alternativas sobre as origens do mau desempenho da economia

Leia mais

Documento de Estratégia Orçamental Errata

Documento de Estratégia Orçamental Errata Documento de Estratégia Orçamental 2014-2018 Errata Notas prévias: 1. No final da presente errata é incluído um quadro que procede à decomposição do Quadro II.9. Medidas de Consolidação Orçamental em 2015

Leia mais

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO VERSÃO 1

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO VERSÃO 1 EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO 10.º/11.º ou 11.º/12.º Anos de Escolaridade (Decreto-Lei n.º 286/89, de 29 de Agosto Programas novos e Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março) PROVA 712/12 Págs. Duração

Leia mais

Evolução da situação económica

Evolução da situação económica #EURoad2Sibiu Maio de 219 Evolução da situação económica PARA UMA UNIÃO MAIS UNIDA, MAIS FORTE E MAIS DEMOCRÁTICA A ambiciosa agenda da UE em matéria de emprego, crescimento e investimento e o seu trabalho

Leia mais

ORÇAMENTO DO ESTADO 2018

ORÇAMENTO DO ESTADO 2018 APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA DE ORÇAMENTO DO ESTADO 2018 10/14/17 4:40 PM 13.10.2017 1 CRESCIMENTO, EMPREGO E CONSOLIDAÇÃO ORÇAMENTAL Défice 2016 2,0 2017 1,4 1 2018 1,0 0.9 0.8 0.7 0.6 0.5 Dívida Pública

Leia mais

ORÇAMENTO DO ESTADO 2018

ORÇAMENTO DO ESTADO 2018 APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA DE ORÇAMENTO DO ESTADO 2018 13.10.2017 13/10/2017 22:49:53 1 Um orçamento para preservar e projetar um futuro com confiança e com previsibilidade. CRESCIMENTO, EMPREGO E CONSOLIDAÇÃO

Leia mais

Agrupamento de Escolas de Cascais

Agrupamento de Escolas de Cascais 1º PERÍODO -74 TEMPOS LETIVOS ENSINO SECUNDÁRIO Disciplina: Economia A 11.º Ano Planificação Apresentação mútua e da disciplina Estabelecimento de regras e de métodos de trabalho Apresentação/negociação

Leia mais

Contas Nacionais Trimestrais por Sector Institucional

Contas Nacionais Trimestrais por Sector Institucional Contas Nacionais Trimestrais Por Sector Institucional (Base 2006) 4º Trimestre de 2010 31 de Março de 2011 Contas Nacionais Trimestrais por Sector Institucional No ano acabado no 4º trimestre de 2010,

Leia mais

GRÁFICO 1 PRODUTIVIDADE DO TRABALHO NO PERÍODO E PRODUTIVIDADE MULTIFACTORIAL NO PERIODO

GRÁFICO 1 PRODUTIVIDADE DO TRABALHO NO PERÍODO E PRODUTIVIDADE MULTIFACTORIAL NO PERIODO A OCDE acabou de apresentar o seu relatório sobre Portugal referente ao ano de 2008. Esta organização que agrupa 36 países, e que gosta de se apresentar como uma organização independente, neutral e com

Leia mais

Disciplina Economia A Módulo 4,5,6

Disciplina Economia A Módulo 4,5,6 Escola Secundária Cacilhas-Tejo MATRIZ DE EXAME (AVALIAÇÃO DO REGIME NÃO PRESENCIAL E AVALIAÇÃO DE RECURSO) Disciplina Economia A Módulo 4,5,6 ENSINO RECORRENTE MÓDULOS CAPITALIZÁVEIS Duração da Prova:

Leia mais

Investimento, Poupança e Competitividade Os três pilares do crescimento

Investimento, Poupança e Competitividade Os três pilares do crescimento Investimento, Poupança e Competitividade Os três pilares do crescimento Teodora Cardoso Conferência Investimento em Portugal, Fundação Calouste Gulbenkian, 15 Março 2017 Princípios básicos: investimento

Leia mais

CONJUNTURA ECONÓMICA. - Novembro

CONJUNTURA ECONÓMICA. - Novembro CONJUNTURA ECONÓMICA - Novembro 2006 - (elaborado com a informação disponível até 08/11/2006) MUNDO - Estados Unidos da América A taxa de juro de referência (Fed Funds), que já foi aumentada por quatro

Leia mais

9. ALTERAÇÕES GEOESTRATÉGICAS, TENSÕES POLÍTICAS E TRANSFORMAÇÕES SOCIOCULTURAIS ATUAL 3. PORTUGAL NO NOVO QUADRO INTERNACIONAL 3.1. A 1.

9. ALTERAÇÕES GEOESTRATÉGICAS, TENSÕES POLÍTICAS E TRANSFORMAÇÕES SOCIOCULTURAIS ATUAL 3. PORTUGAL NO NOVO QUADRO INTERNACIONAL 3.1. A 1. 1. A evolução económica: 1986 1992 - Integração na CEE: em vigor a partir de 1.jan.1986 - Fundos Estruturais / Fundo de Coesão: vinda de capitais da CEE para Portugal - Melhoria da situação económica internacional

Leia mais

Lições da experiência portuguesa. Fernando Teixeira dos Santos. Ministro de Estado e das Finanças. Universidade do Minho Maio

Lições da experiência portuguesa. Fernando Teixeira dos Santos. Ministro de Estado e das Finanças. Universidade do Minho Maio Ministério das Finanças as e da Administração PúblicaP Euro@10 Lições da experiência portuguesa Fernando Teixeira dos Santos Ministro de Estado e das Finanças as Universidade do Minho Maio 2009 1 Índice

Leia mais

Necessidade de financiamento da economia diminui. Poupança das famílias aumenta.

Necessidade de financiamento da economia diminui. Poupança das famílias aumenta. 29 de junho de 2012 Contas Nacionais Trimestrais Por Sector Institucional (Base 2006) 1º Trimestre de 2012 Necessidade de financiamento da economia diminui. Poupança das famílias aumenta. No ano terminado

Leia mais

Políticas económicas e sociais do Estado português

Políticas económicas e sociais do Estado português Políticas económicas e sociais do Estado português Políticas Conjunturais Políticas (exemplos): Fiscal Orçamental Monetária De preços De combate ao desemprego De redistribuição dos rendimentos Social Política

Leia mais

PT Unida na diversidade PT A8-0309/12. Alteração

PT Unida na diversidade PT A8-0309/12. Alteração 21.10.2016 A8-0309/12 12 João Ferreira, João Pimenta Lopes, Miguel Viegas, Neoklis Sylikiotis, Takis Hadjigeorgiou, Matt Carthy N.º 2-A (novo) 2-A. Reitera que a introdução de indicadores sociais, a edificação

Leia mais

B8-0557/2018 } B8-0558/2018 } RC1/Alt. 23

B8-0557/2018 } B8-0558/2018 } RC1/Alt. 23 B8-0558/2018 } RC1/Alt. 23 23 João Ferreira, Miguel Viegas, João Pimenta Lopes N.º 1-G (novo) 1-G. Salienta que, em vários Estados-Membros, o euro significou um aumento do desemprego, uma queda dos salários,

Leia mais

PROPOSTA DE LEI DO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA Medidas do Ministério da Economia

PROPOSTA DE LEI DO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA Medidas do Ministério da Economia PROPOSTA DE LEI DO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2016 Medidas do Ministério da Economia 23 de fevereiro de 2016 1 ÍNDICE 1. Diagnóstico da Economia Portuguesa. 3 2. Estratégia de crescimento e de competitividade

Leia mais

Conferência Vamos avaliar a TROIKA V Painel Alguma luz ao fundo do túnel?

Conferência Vamos avaliar a TROIKA V Painel Alguma luz ao fundo do túnel? Conferência Vamos avaliar a TROIKA V Painel Alguma luz ao fundo do túnel? Sérgio Gonçalves do Cabo Mestre em Direito das Comunidades Europeias Professor no IDEFF e no IE 1 Os programas de assistência financeira

Leia mais

PRODUTO INTERNO BRUTO REGISTOU UMA QUEBRA DE 1,1% EM VOLUME

PRODUTO INTERNO BRUTO REGISTOU UMA QUEBRA DE 1,1% EM VOLUME CONTAS NACIONAIS PROVISÓRIAS 2003 31 de Janeiro de 2005 PRODUTO INTERNO BRUTO REGISTOU UMA QUEBRA DE 1,1% EM VOLUME Em 2003, o Produto Interno Bruto (PIB) português apresentou uma taxa de variação em volume

Leia mais

ESFERAS DE EQUILÍBRIOS MÚLTIPLOS

ESFERAS DE EQUILÍBRIOS MÚLTIPLOS ESFERAS DE EQUILÍBRIOS MÚLTIPLOS CONGRESSO DA ORDEM DS ECONOMISTAS 8 DE JULHO 2015 1. GRANDE RECESSÃO OU ESTAGNAÇÃO SECULAR? as previsões desmentidas pelos factos 3 4 2. A CRISE E A ESTRATÉGIA FINANCIAMENTO

Leia mais

MATRIZ DE EXAME (AVALIAÇÃO DO REGIME NÃO PRESENCIAL E AVALIAÇÃO DE RECURSO)

MATRIZ DE EXAME (AVALIAÇÃO DO REGIME NÃO PRESENCIAL E AVALIAÇÃO DE RECURSO) MATRIZ DE EXAME (AVALIAÇÃO DO REGIME NÃO PRESENCIAL E AVALIAÇÃO DE RECURSO) Escola Secundária Cacilhas-Tejo ENSINO RECORRENTE MÓDULOS CAPITALIZÁVEIS Disciplina: Economia A Duração da Prova: 135 minutos

Leia mais

A Crise e o Novo Paradigma Económico e Social no Horizonte 2020: O Caso da Europa Periférica, Augusto Mateus (2010)

A Crise e o Novo Paradigma Económico e Social no Horizonte 2020: O Caso da Europa Periférica, Augusto Mateus (2010) A CRISE E O NOVO PARADIGMA ECONÓMICO E SOCIAL NO HORIZONTE 2020 O Caso da Europa Periférica Augusto Mateus Santander antander, 11y12deNoviembrede 12 2010 A Crise e o Novo Paradigma Económico e Social no

Leia mais

Da Dependência do Petróleo à Caminho da Diversificação Económica

Da Dependência do Petróleo à Caminho da Diversificação Económica Da Dependência do Petróleo à Caminho da Diversificação Económica SUMÁRIO 1 2 3 4 5 Caracterização e Desempenho da Economia Nacional Sector Real Sector Fiscal e Dívida Pública Sector Monetário e Cambial

Leia mais

O ORÇAMENTO DE ESTADO para Um programa de retrocesso

O ORÇAMENTO DE ESTADO para Um programa de retrocesso O ORÇAMENTO DE ESTADO para 2014. Um programa de retrocesso Um documento para os credores verem, um documento para a continuação do processo de enfraquecimento da democracia portuguesa e da reconstituição

Leia mais

Orçamento do Estado para 2003

Orçamento do Estado para 2003 MINISTÉRIO DAS FINANÇAS Orçamento do Estado para 2003 Síntese Outubro 2002 1 I. Enquadramento Económico I.1 Enquadramento Internacional em 2002 Retoma da actividade económica não se concretizou com a prevista

Leia mais

CONSOLIDAÇÃO E CRESCIMENTO

CONSOLIDAÇÃO E CRESCIMENTO XIV ENCONTRO GESVENTURE EMPREENDER EM 2013 CONSOLIDAÇÃO E CRESCIMENTO FERNANDO FARIA DE OLIVEIRA ÍNDICE União Europeia: Da Crise ao Crescimento e ao Aprofundamento da Integração Europeia Portugal: Programa

Leia mais

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GABINETE DO MINISTRO DE ESTADO E DAS FINANÇAS

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GABINETE DO MINISTRO DE ESTADO E DAS FINANÇAS 20º Encontro de Lisboa com as Delegações dos Bancos Centrais dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e de Timor Leste à Assembleia Anual do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial 04

Leia mais

P L A N I F I CA ÇÃ O ANUAL

P L A N I F I CA ÇÃ O ANUAL P L A N I F I CA ÇÃ O ANUAL DEPARTAMENTO: CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS ÁREA DISCIPLINAR: 430 - CIÊNCIAS SOCIAIS E GESTÃO DISCIPLINA: Economia A NÍVEL DE ENSINO: Secundário CURSO: Ciências SócioEconómicas

Leia mais

Relatório Política Monetária. Maio de 2011

Relatório Política Monetária. Maio de 2011 Relatório Política Monetária Maio de 2011 1 Enquadramento Externo 2 Economia global reforça trajectória de recuperação em 2010 (cresce 5%) Trajectória de recuperação díspar: países emergentes e em desenvolvimento

Leia mais

Seminário de Economia Europeia

Seminário de Economia Europeia UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA Faculdade de Economia Seminário de Economia Europeia Ficha de Revisão de Conceitos Ano lectivo 2007-2008 Nome: Número: Leia com atenção e seleccione a alternativa que lhe parece

Leia mais

P L AN I F I C AÇ Ã O AN U AL

P L AN I F I C AÇ Ã O AN U AL P L AN I F I C AÇ Ã O AN U AL DEPARTAMENTO: CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS ÁREA DISCIPLINAR: 430 - CIÊNCIAS SOCIAIS E GESTÃO DISCIPLINA: Economia A NÍVEL DE ENSINO: Secundário CURSO: Ciências SócioEconómicas

Leia mais

PORTUGAL E A EUROPA: OS PRÓXIMOS ANOS

PORTUGAL E A EUROPA: OS PRÓXIMOS ANOS FERNANDO TEIXEIRA DOS SANTOS (Faculdade de Economia do Porto) F. Teixeira dos Santos 1 Ordem de trabalhos: 1 - Os factos Breve descrição da situação económica e financeira do país 2 - Os desafios, os desequilíbrios

Leia mais

Poupança e Investimento

Poupança e Investimento Poupança e Investimento Fernando Alexandre Ordem dos Economistas, Lisboa 19 de abril 2017 Poupança e Financiamento da Economia Portuguesa 1. A importância da poupança 2. Desequilíbrios e estagnação: uma

Leia mais

Relatório do Orçamento do Estado para 2014 Errata

Relatório do Orçamento do Estado para 2014 Errata Relatório do Orçamento do Estado para 2014 Errata Nota Prévia: Foi introduzida na secção do Sumário Executivo a versão final da intervenção da Senhora Ministra de Estado e das Finanças, conforme proferida

Leia mais

Do PEC a uma economia política do crescimento e do emprego

Do PEC a uma economia política do crescimento e do emprego Do PEC a uma economia política do crescimento e do emprego José Reis jreis@fe.uc.pt Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Centro de Estudos Sociais 1 Sumário I. A economia portuguesa: dados

Leia mais

Crescimento Económico: experiência recente e perspectivas

Crescimento Económico: experiência recente e perspectivas Sessão de Homenagem ao Dr. Silva Lopes Crescimento Económico: experiência recente e perspectivas VÍTOR CONSTÂNCIO Maio de 2003 ÍNDICE I. Recessões e crises passadas de Balança de Pagamentos II. Problemas

Leia mais

O ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2012 A POLÍTICA DA DESPESA EM DEBATE

O ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2012 A POLÍTICA DA DESPESA EM DEBATE O ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2012 A POLÍTICA DA DESPESA EM DEBATE O ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2012 A POLÍTICA DA DESPESA EM DEBATE O enquadramento Europeu, os mecanismos de apoio existentes e as medidas do

Leia mais

RESOLUÇÃO DO SECRETARIADO NACIONAL

RESOLUÇÃO DO SECRETARIADO NACIONAL RESOLUÇÃO DO SECRETARIADO NACIONAL 1. Uma Situação Preocupante O nosso País tem tido um crescimento económico inferior à média da União Europeia desde 2002. Seis anos continuados de crise económica fizeram

Leia mais

A Economia Portuguesa Dados Estatísticos Páginas DADOS ESTATÍSTICOS

A Economia Portuguesa Dados Estatísticos Páginas DADOS ESTATÍSTICOS DADOS ESTATÍSTICOS A Economia Portuguesa Dados Estatísticos Páginas I. DADOS NACIONAIS 1. POPULAÇÃO 1.1 População Residente por Sexo e Grupo Etário: Censos 1 1.2 População Residente - Estimativas 1 2.

Leia mais

NOTAS SOBRE O DESAFIO ORÇAMENTAL

NOTAS SOBRE O DESAFIO ORÇAMENTAL NOTAS SOBRE O DESAFIO ORÇAMENTAL Congresso para Crescimento Sustentável November 12 Cristina Casalinho ISCSP: Lisboa 9 Novembro 2013 Índice NOTAS SOBRE O DESAFIO ORÇAMENTAL 1) Evolução recente das contas

Leia mais

CIP - Europa Laboral em Síntese

CIP - Europa Laboral em Síntese CIP - Europa Laboral em Síntese Nº 5 janeiro de 2015 DESTAQUES Relatório sobre o emprego e desenvolvimentos sociais na Europa (2014) A Comissão Europeia publicou, em janeiro, o seu relatório sobre o emprego

Leia mais

Quatro anos de governo Sócrates Agravamento da situação económica é anterior à crise internacional

Quatro anos de governo Sócrates Agravamento da situação económica é anterior à crise internacional 4 anos de governo de Sócrates na economia Pág. 1 Quatro anos de governo Sócrates Agravamento da situação económica é anterior à crise internacional RESUMO Uma das mensagens que Sócrates e todo o governo

Leia mais

Portugal : Retrato Económico e Social em gráficos

Portugal : Retrato Económico e Social em gráficos Portugal 198-1: Retrato Económico e Social em gráficos E.E.F. Mercados Financeiros Setembro 15 Perante o processo de ajustamento efectuado nos últimos quatro anos, é nosso propósito mostrar e realçar que

Leia mais

A economia cabo-verdiana está num bom momento.

A economia cabo-verdiana está num bom momento. Económico Sustentável Discurso do Primeiro-ministro no Debate Mensal sobre Crescimento A economia cabo-verdiana está num bom momento. Hoje podemos estar aqui e afirmar, factualmente, que sim, o crescimento

Leia mais

Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública. Vítor Gaspar

Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública. Vítor Gaspar Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública Vítor Gaspar Lisboa, 24 de outubro 2012 Figura 1. Progressos significativos nos mercados de financiamento Taxas de juro das Obrigações do Tesouro

Leia mais

O ORÇAMENTO DO ESTADO 2019 COMO SE ENQUADRA NUMA ESTRATÉGIA DE CRESCIMENTO A MÉDIO PRAZO

O ORÇAMENTO DO ESTADO 2019 COMO SE ENQUADRA NUMA ESTRATÉGIA DE CRESCIMENTO A MÉDIO PRAZO O ORÇAMENTO DO ESTADO 2019 COMO SE ENQUADRA NUMA ESTRATÉGIA DE CRESCIMENTO A MÉDIO PRAZO Joaquim Miranda Sarmento Professor de Finanças do ISEG Porta-voz do PSD para a área das Finanças https://sites.google.com/view/joaquim-miranda-sarmento/home

Leia mais

PORTUGAL - INDICADORES ECONÓMICOS. Evolução Actualizado em Março Unid. Fonte Notas

PORTUGAL - INDICADORES ECONÓMICOS. Evolução Actualizado em Março Unid. Fonte Notas Evolução 2007-2013 Actualizado em Março 2013 Unid. Fonte 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Notas População a Milhares Hab. INE 10.604 10.623 10.638 10.636 10.647 10.600 População tvh % INE 0,2 0,2 0,1

Leia mais

E depois da troika? Viver com o memorando. Fernando Faria de Oliveira. Caixa Geral de Depósitos

E depois da troika? Viver com o memorando. Fernando Faria de Oliveira. Caixa Geral de Depósitos E depois da troika? Viver com o memorando. Fernando Faria de Oliveira Caixa Geral de Depósitos Centro de Congressos de Lisboa, 4 de Julho 2011 A comportamento do mercado em relação ao risco da dívida soberana

Leia mais

Lisboa, 3 de Maio de José Manuel Durão Barroso Mario Draghi Christine Lagarde

Lisboa, 3 de Maio de José Manuel Durão Barroso Mario Draghi Christine Lagarde Lisboa, 3 de Maio de 2013 José Manuel Durão Barroso Mario Draghi Christine Lagarde Na nossa carta de 10 de Abril assumimos o compromisso de identificar medidas de consolidação orçamental para 2014 e 2015

Leia mais

RESOLUÇÃO DO SECRETARIADO NACIONAL 30/9/10 ORÇAMENTO 2011 MEDIDAS CONTRA OS TRABALHADORES, OS PENSIONISTAS E O EMPREGO

RESOLUÇÃO DO SECRETARIADO NACIONAL 30/9/10 ORÇAMENTO 2011 MEDIDAS CONTRA OS TRABALHADORES, OS PENSIONISTAS E O EMPREGO RESOLUÇÃO DO SECRETARIADO NACIONAL 30/9/10 ORÇAMENTO 2011 MEDIDAS CONTRA OS TRABALHADORES, OS PENSIONISTAS E O EMPREGO O Governo acaba de anunciar as principais medidas para o Orçamento de 2011, que se

Leia mais

MACROECONOMIA I - 1E201 Licenciatura em Economia 2011/2012. Normas e indicações: 1E201, 1º Teste, Versão 1 21 Outubro º Teste - 21 Outubro 2011

MACROECONOMIA I - 1E201 Licenciatura em Economia 2011/2012. Normas e indicações: 1E201, 1º Teste, Versão 1 21 Outubro º Teste - 21 Outubro 2011 MACROECONOMIA I - 1E201 Licenciatura em Economia 2011/2012 1º Teste - 21 Outubro 2011 Normas e indicações: A prova tem a duração de 70 minutos. Não é permitida a consulta de elementos de estudo e não serão

Leia mais

Candidatura de Exame de Economia. Tempo para a realização da prova: 2 horas Tolerância: 30 minutos 1/5

Candidatura de Exame de Economia. Tempo para a realização da prova: 2 horas Tolerância: 30 minutos 1/5 Provas de Acesso ao Ensino Superior Para Maiores de 3 Anos Candidatura de 04 Exame de Economia Tempo para a realização da prova: horas Tolerância: 30 minutos Orientações para o exame: Todas as respostas

Leia mais

X. Japão: do crescimento acelerado à recessão internacionalizada

X. Japão: do crescimento acelerado à recessão internacionalizada X. Japão: do crescimento acelerado à recessão internacionalizada 1. A economia japonesa após a guerra - Esforço de guerra destruiu a indústria local pela falta de estoques de reposição e investimentos

Leia mais

Economia do País. Análise de conjuntura económica trimestral. Investimento. Variações trimestrais homólogas

Economia do País. Análise de conjuntura económica trimestral. Investimento. Variações trimestrais homólogas Investimento Variações trimestrais homólogas Entre 2013 e o 3º trimestre de 2015, o Investimento em Portugal superou o existente na Zona Euro, devido não só às perspectivas de crescimento económico, mas

Leia mais

Senhor Presidente Senhoras e Senhores Deputados Senhor Presidente do Governo Senhora e Senhores Membros do Governo

Senhor Presidente Senhoras e Senhores Deputados Senhor Presidente do Governo Senhora e Senhores Membros do Governo do Governo As propostas de Plano e Orçamento para 2005 e das Orientações de Médio Prazo para 2005-2008, agora em discussão, assinalam um novo ciclo para os Açores, após a fase do ciclo da Nova Autonomia

Leia mais

SAG GEST SOLUÇÕES AUTOMÓVEL GLOBAIS, SGPS, SA Sociedade Aberta

SAG GEST SOLUÇÕES AUTOMÓVEL GLOBAIS, SGPS, SA Sociedade Aberta SAG GEST SOLUÇÕES AUTOMÓVEL GLOBAIS, SGPS, SA Sociedade Aberta Sede: Estrada de Alfragide, 67, Amadora Capital Social: 169.764.398,00 NIPC 503 219 886 Matriculada na Conservatória do Registo Comercial

Leia mais

Economia do País. Análise de conjuntura económica trimestral. Produto Interno Bruto. Variações trimestrais homólogas

Economia do País. Análise de conjuntura económica trimestral. Produto Interno Bruto. Variações trimestrais homólogas Produto Interno Bruto Variações trimestrais homólogas Mediante reformas introduzidas na economia portuguesa, entre 2011 e 2015, nomeadamente quanto á competitividade das empresas, foi possível estimular

Leia mais

Economia do País. Análise de conjuntura económica trimestral. Produto Interno Bruto. Variações trimestrais homólogas

Economia do País. Análise de conjuntura económica trimestral. Produto Interno Bruto. Variações trimestrais homólogas Produto Interno Bruto Variações trimestrais homólogas Mediante reformas introduzidas na economia portuguesa, entre 2011 e 2015, nomeadamente quanto à competitividade das empresas, foi possível estimular

Leia mais

Não vou apresentar uma intervenção estruturada, mas apenas uma reflexão baseada num conjunto de notas soltas segundo o esquema orientador seguinte:

Não vou apresentar uma intervenção estruturada, mas apenas uma reflexão baseada num conjunto de notas soltas segundo o esquema orientador seguinte: Não vou apresentar uma intervenção estruturada, mas apenas uma reflexão baseada num conjunto de notas soltas segundo o esquema orientador seguinte: 1. O Crescimento económico, a Produtividade e a Competitividade

Leia mais

BANCO CENTRAL EUROPEU

BANCO CENTRAL EUROPEU L 276/32 Jornal Oficial da União Europeia 17.10.2008 II (Actos aprovados ao abrigo dos Tratados CE/Euratom cuja publicação não é obrigatória) ORIENTAÇÕES BANCO CENTRAL EUROPEU ORIENTAÇÃO DO BANCO CENTRAL

Leia mais

Maputo, 14 de Abril de 2011 Rogério P. Ossemane

Maputo, 14 de Abril de 2011 Rogério P. Ossemane Maputo, 14 de Abril de 2011 Rogério P. Ossemane As fases da crise Impacto em Moçambique Desafios Primeira fase: Crise financeira internacional Segunda fase: Crise económica global Terceira fase: Crise

Leia mais

PLANO DE ACÇÃO REGIONAL ALENTEJO 2020

PLANO DE ACÇÃO REGIONAL ALENTEJO 2020 FORUM REGIONAL ALENTEJO 2020 DESAFIOS E OPORTUNIDADES PLANO DE ACÇÃO REGIONAL ALENTEJO 2020 COMISSÃO DE COORDENAÇÃO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL DO ALENTEJO Joaquim Fialho joaquim.fialho@ccdr-a.gov.pt Vendas

Leia mais

SEMINÁRIO AS REFORMAS DAS LEIS LABORAIS EM PORTUGAL E NA EUROPA. Hotel Intercontinental 20 de Março de Discurso de Encerramento

SEMINÁRIO AS REFORMAS DAS LEIS LABORAIS EM PORTUGAL E NA EUROPA. Hotel Intercontinental 20 de Março de Discurso de Encerramento SEMINÁRIO AS REFORMAS DAS LEIS LABORAIS EM PORTUGAL E NA EUROPA Hotel Intercontinental 20 de Março de 2018 Discurso de Encerramento Tivemos oportunidade de ouvir o Presidente da CIP, sobre as matérias

Leia mais

Barómetro das Crises

Barómetro das Crises Barómetro das Crises 30-10-2013 Nº 7 Orçamentos 2011-2014: destruição duradoura Em três anos 2011, 2012 e 2013 os governos quiseram cortar à despesa pública 10 mil milhões de euros e aumentar a receita

Leia mais

GRUPO I (7 valores) 1. Qual dos seguintes elementos não constitui um agregado económico estudado no âmbito da macroeconomia?

GRUPO I (7 valores) 1. Qual dos seguintes elementos não constitui um agregado económico estudado no âmbito da macroeconomia? INSTITUTO POLITÉCNICO DE VIANA DO CASTELO Unidade Orgânica: Escola Superior de Ciências Empresariais Prova de de acesso ao Regime Especial Maiores de 23 anos para o ano letivo 2012/2013 (Realizada em 2012)

Leia mais

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA PROPOSTA DE LEI N. O 144/IX ALTERA A LEI N.º 107-B/2003, DE 31 DE DEZEMBRO (ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2004). Exposição de Motivos Pela presente proposta de alteração à Lei do Orçamento do Estado para 2004

Leia mais

Os fundos estruturais e o Fundo de Coesão surgem no âmbito da política comunitária que visa reduzir as diferenças de desenvolvimento entre as regiões

Os fundos estruturais e o Fundo de Coesão surgem no âmbito da política comunitária que visa reduzir as diferenças de desenvolvimento entre as regiões FUNDOS COMUNITÁRIOS Os fundos estruturais e o Fundo de Coesão surgem no âmbito da política comunitária que visa reduzir as diferenças de desenvolvimento entre as regiões dos Estados-membros da União Europeia,

Leia mais

Portugal subiu nove lugares no ranking do desemprego com o Governo PS/ Sócrates. Desemprego aumentou desde que o Governo PS/Sócrates tomou posse

Portugal subiu nove lugares no ranking do desemprego com o Governo PS/ Sócrates. Desemprego aumentou desde que o Governo PS/Sócrates tomou posse Portugal subiu nove lugares no ranking do desemprego com o Governo PS/ Sócrates Desemprego aumentou desde que o Governo PS/Sócrates tomou posse Portugal passou do 14º para o 5º lugar do ranking do desemprego

Leia mais

Políticas Económicas e Sociais

Políticas Económicas e Sociais Políticas Económicas e Sociais Conjunto de medidas implementadas pelo Estado, nas áreas económica e social, recorrendo a diferentes instrumentos, tendo como finalidade alcançar objectivos previamente traçados.

Leia mais

Análise da proposta de 1.ª Alteração ao Orçamento do Estado para 2013

Análise da proposta de 1.ª Alteração ao Orçamento do Estado para 2013 Análise da proposta de 1.ª Alteração ao Orçamento do Estado para 2013 Relatório n.º4/2013 do CFP Audição COFAP 14 de junho de 2013 Estrutura do Relatório APRECIAÇÃO GLOBAL 1 INTRODUÇÃO 2 CENÁRIO MACROECONÓMICO

Leia mais

INFORMAÇÃO-PROVA PROVA DE AVALIAÇÃO DE CONHECIMENTOS E CAPACIDADES Componente Específica Economia. Código da Prova /2015

INFORMAÇÃO-PROVA PROVA DE AVALIAÇÃO DE CONHECIMENTOS E CAPACIDADES Componente Específica Economia. Código da Prova /2015 INFORMAÇÃO-PROVA PROVA DE AVALIAÇÃO DE CONHECIMENTOS E CAPACIDADES Componente Específica Economia Código da Prova 6300 2014/2015 O presente documento divulga informação relativa à Prova de Avaliação de

Leia mais

UNIÃO EUROPEIA TRATADO DE MAASTRICHT

UNIÃO EUROPEIA TRATADO DE MAASTRICHT UNIÃO EUROPEIA TRATADO DE MAASTRICHT (OU TRATADO DA UNIÃO EUROPEIA) Assinado a 7 de Fevereiro de 1992 Entrou em vigor a 1 de Novembro de 1993 Instituiu a União Europeia Passa-se de uma integração meramente

Leia mais

TRATADO INTERGOVERNAMENTAL

TRATADO INTERGOVERNAMENTAL TRATADO INTERGOVERNAMENTAL TRATADO DE ESTABILIDADE, COORDENAÇÃO E GOVERNANÇA NA UNIÃO ECONÓMICA E MONETÁRIA José da Silva Lopes IDEFF, 17 de Fevereiro, 2012 1 O TRATADO Basicamente o que Tratado traz é

Leia mais

Implicações da subida do IVA no sector alimentar

Implicações da subida do IVA no sector alimentar Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares Implicações da subida do IVA no sector alimentar Junho 2011 Agenda 1. Enquadramento estratégico do sector 2. Análise de competitividade da Indústria

Leia mais

Provas de Acesso ao Ensino Superior

Provas de Acesso ao Ensino Superior Provas de Acesso ao Ensino Superior Para Maiores de 3 Anos Candidatura de 08 Exame de Economia Tempo para a realização da prova: horas Tolerância: 30 minutos Material admitido: material de escrita, caneta

Leia mais

Crescimento sustentado e desenvolvimento da economia portuguesa

Crescimento sustentado e desenvolvimento da economia portuguesa Crescimento sustentado e desenvolvimento da economia portuguesa Carlos da Silva Costa Congresso Nacional dos Economistas Reinventar Portugal na Nova Economia Global 8 outubro 2013 Crescimento sustentado

Leia mais

G PE AR I. Boletim Mensal de Economia Portuguesa. N.º 03 março 2011

G PE AR I. Boletim Mensal de Economia Portuguesa. N.º 03 março 2011 Boletim Mensal de Economia Portuguesa N.º 3 março 211 Gabinete de Estratégia e Estudos Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento G PE AR I Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação_

Leia mais

DESEMPREGO DA CONSTRUÇÃO: O PIOR AINDA ESTÁ PARA VIR?

DESEMPREGO DA CONSTRUÇÃO: O PIOR AINDA ESTÁ PARA VIR? (%) (%) DESEMPREGO DA CONSTRUÇÃO: O PIOR AINDA ESTÁ PARA VIR? É possível evitar o colapso e as suas consequências para o País? 1) DESEMPREGO NA CONSTRUÇÃO: UM FLAGELO SOCIAL O desemprego global da economia

Leia mais

Conjuntura Macroeconómica Portugal. Setembro 2018

Conjuntura Macroeconómica Portugal. Setembro 2018 Conjuntura Macroeconómica Portugal Setembro 2018 Evolução Macroeconómica Momento Atual Desde o final do ano passado, o crescimento económico apresenta-se mais moderado, em linha com os outros mercados

Leia mais

Apresentação 1. O que é a Macroeconomia?

Apresentação 1. O que é a Macroeconomia? Aula Teórica nº 1 Sumário: Apresentação 1. O que é a Macroeconomia? Objectivos da aula: No final desta aula o aluno deverá ser capaz de: Identificar os principais problemas abordados pela Macroeconomia.

Leia mais

PORTUGAL - INDICADORES ECONÓMICOS. Evolução Actualizado em Dezembro de Unid. Fonte Notas 2010

PORTUGAL - INDICADORES ECONÓMICOS. Evolução Actualizado em Dezembro de Unid. Fonte Notas 2010 Evolução 2004-2010 Actualizado em Dezembro de 2010 Unid. Fonte 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Notas 2010 População a Milhares Hab. INE 10.509 10.563 10.586 10.604 10.623 10.638 10.638 3º Trimestre

Leia mais

DEPARTAMENTO CURRICULAR DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS. PLANO CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ECONOMIA MÓDULOS 1, 2, 3 e 4 10º ANO. Ano Letivo

DEPARTAMENTO CURRICULAR DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS. PLANO CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ECONOMIA MÓDULOS 1, 2, 3 e 4 10º ANO. Ano Letivo DEPARTAMENTO CURRICULAR DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS PLANO CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ECONOMIA MÓDULOS 1, 2, 3 e 4 10º ANO Ano Letivo 2017-2018 TEMAS/ CONTEÚDOS Módulo 1 A Economia e o Problema Económico

Leia mais

Parecer do Conselho sobre o Programa de Estabilidade actualizado de Malta

Parecer do Conselho sobre o Programa de Estabilidade actualizado de Malta CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA Bruxelas, 10 de Março de 2009 (12.03) (OR. en) 7320/09 UEM 76 NOTA de: para: Assunto: Secretariado-Geral do Conselho Delegações Parecer do Conselho sobre o Programa de Estabilidade

Leia mais

MATRIZ DE EXAME (AVALIAÇÃO DO REGIME NÃO PRESENCIAL E AVALIAÇÃO DE RECURSO)

MATRIZ DE EXAME (AVALIAÇÃO DO REGIME NÃO PRESENCIAL E AVALIAÇÃO DE RECURSO) MATRIZ DE EXAME (AVALIAÇÃO DO REGIME NÃO PRESENCIAL E AVALIAÇÃO DE RECURSO) Escola Secundária Cacilhas-Tejo ENSINO RECORRENTE MÓDULOS CAPITALIZÁVEIS Disciplina: Economia A Duração da Prova: 90 minutos

Leia mais

Imperialismo. Estudo dos Capítulos 9 e 10 da obra Economia Política: uma introdução Crítica para o Curso de Economia Política

Imperialismo. Estudo dos Capítulos 9 e 10 da obra Economia Política: uma introdução Crítica para o Curso de Economia Política uma introdução Crítica para o Curso de Economia Política Rosa Luxemburgo Vladimir Lênin Nikolai Bukharin capitalismo mobilidade e transformação atividade econômica desenvolvimento das forças produtivas

Leia mais

Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal, Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Municipal, Exmos. Senhores Presidentes das Juntas de Freguesia,

Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal, Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Municipal, Exmos. Senhores Presidentes das Juntas de Freguesia, Coligação Democrática Unitária Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal, Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Municipal, Exmos. Senhores Presidentes das Juntas de Freguesia, Exmas. Senhoras Vereadoras

Leia mais

UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES

UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES Boletim de Conjuntura 4º Trimestre de 2017 Nº 01/2018 Março 2018 Reino Unido Dinamarca Itália Noruega Luxemburgo Grécia Bélgica Suiça Croácia Finlândia UE28 Alemanha Portugal

Leia mais

do Banco de Portugal na Assembleia da República

do Banco de Portugal na Assembleia da República Apresentação do Relatório Anual do Banco de Portugal na Assembleia da República Banco de Portugal Eurosistema VÍTOR CONSTÂNCIO 17 de Julho de 2006 I. EVOLUÇÃO DA ECONOMIA PORTUGUESA EM 2005 1. Crescimento

Leia mais

Economia do País. Análise de conjuntura económica trimestral. Investimento. Variações trimestrais homólogas

Economia do País. Análise de conjuntura económica trimestral. Investimento. Variações trimestrais homólogas Investimento Variações trimestrais homólogas Entre 2013 e o 3º trimestre de 2015, o Investimento em Portugal superou o existente na Zona Euro, devido não só às perspectivas de crescimento económico, mas

Leia mais

Nota de Informação Estatística Lisboa, 23 de abril de 2012

Nota de Informação Estatística Lisboa, 23 de abril de 2012 Nota de Informação Estatística Lisboa, de abril de Banco de Portugal divulga estatísticas das contas financeiras das administrações públicas e da dívida pública Principais destaques No final de, a dívida

Leia mais