B8-0557/2018 } B8-0558/2018 } RC1/Alt. 23

Transcrição

1 B8-0558/2018 } RC1/Alt João Ferreira, Miguel Viegas, João Pimenta Lopes N.º 1-G (novo) 1-G. Salienta que, em vários Estados-Membros, o euro significou um aumento do desemprego, uma queda dos salários, uma deterioração das funções sociais do Estado, o desinvestimento, a deterioração da capacidade de produção, o endividamento externo, a estagnação e a recessão; recorda que, nestes Estados-Membros, no espaço de cerca de 20 anos houve um crescimento médio inferior a 1% por ano e um afastamento tanto em relação à média europeia como à média mundial; observa que isto significou e ainda significa dependência económica e subordinação política através de mecanismos como o Semestre Europeu, a governação económica, o Pacto Orçamental ou o Pacto de Estabilidade;

2 B8-0558/2018 } RC1/Alt N.º 1-H (novo) 1-H. Exorta à criação de um programa de apoio para os Estados-Membros que pretendam negociar uma saída do euro, com o fundamento de que a sua adesão ao euro se tornou insustentável e insuportável; salienta que um programa desse tipo deveria prever uma indemnização adequada pelos prejuízos sociais e económicos causados;

3 B8-0558/2018 } RC1/Alt N.º 1-I (novo) 1-I. Salienta que a União Bancária enfraqueceu ainda mais a capacidade dos Estados-Membros de controlarem os seus sistemas bancários e também encorajou e conduziu a várias fusões e aquisições no setor bancário de diferentes Estados-Membros; considera, portanto, que a União Bancária tem funcionado como um instrumento político para forçar um processo de centralização e concentração de capital e que, na realidade, a criação de um oligopólio pan-europeu no setor bancário é uma das principais consequências da União Bancária, que não resolve o problema das instituições «demasiado grandes para falir» mas antes o amplifica; lamenta, a este respeito, a interferência da Comissão e do BCE nos sistemas financeiros dos Estados-Membros especialmente no que diz respeito à prevenção da nacionalização de bancos ou à promoção duma maior concentração do setor no sentido de um sistema bancário pan-europeu e apela à revogação da União Bancária;

4 B8-0558/2018 } RC1/Alt , Emmanuel Maurel N.º 1-J (novo) 1-J. Observa que a União dos Mercados de Capitais foi lançada como uma iniciativa para enfrentar as dificuldades de financiamento que as PME enfrentam com instituições bancárias; salienta, no entanto, que o verdadeiro objetivo era a revitalização dos mercados de capitais, cuja rendibilidade e níveis de confiança foram afetados consideravelmente pela crise financeira; considera que ao aprofundar o nível de «financeirização» das economias dos Estados-Membros e, portanto, aumentar a rentabilidade dos mercados financeiros a União dos Mercados de Capitais serve exclusivamente os interesses do capital de investimento; apela, portanto, à suspensão imediata do processo de criação duma União dos Mercados de Capitais;

5 B8-0558/2018 } RC1/Alt N.º 1-K (novo) 1-K. Salienta que a criação dum mercado único dos serviços financeiros de retalho terá como principais consequências a intensificação da circulação de capitais, que provocará problemas no setor financeiro, bem como a liquidação das empresas mais pequenas que operam no setor e a consequente concentração de capital e de riqueza nos maiores grupos financeiros a nível da UE, aumentando a sua hegemonia e provocando a perda de autonomia e soberania dos Estados-Membros;

6 B8-0558/2018 } RC1/Alt N.º 1-L (novo) 1-L. Rejeita o mercado interno da energia da UE e solicita a revogação da União Europeia da Energia, uma vez que conduzirá a uma maior liberalização, monopolização e privatização; solicita o controlo público deste setor estratégico, uma vez que a propriedade pública e a gestão pública da produção e distribuição da energia representam a melhor forma de assegurar a sustentabilidade ambiental e social; reitera que a energia é um bem público e que o acesso à energia deve constituir um direito social básico; lamenta que a Comissão tenha negligenciado este aspeto;

7 B8-0558/2018 } RC1/Alt João Ferreira, Miguel Viegas, João Pimenta Lopes, Emmanuel Maurel N.º 1-M (novo) 1-M. Salienta que as diferentes iniciativas no setor dos transportes como o Céu Único Europeu, os diferentes pacotes ferroviários e o recente pacote de mobilidade incentivam a liberalização e a privatização no setor dos transportes, bem como a intensificação da exploração dos trabalhadores do setor dos transportes;

8 B8-0558/2018 } RC1/Alt N.º 1-N (novo) 1-N. Considera que o mercado único digital irá promover principalmente a liberalização do mercado digital, subordinando a questão do acesso à Internet aos interesses das empresas, em vez de ser orientado para a defesa do interesse geral, do domínio público e do livre acesso do público;

9 B8-0558/2018 } RC1/Alt , Emmanuel Maurel N.º 1-O (novo) 1-O. Salienta que as regras da UE em matéria de auxílios estatais constituem um ataque à própria democracia, abrindo portas à ditadura do mercado; recorda que as limitações impostas à intervenção estatal são particularmente prejudiciais para as regiões menos desenvolvidas, impedindo-as de superar as divergências entre elas e as regiões mais desenvolvidas;

10 B8-0558/2018 } RC1/Alt N.º 2-A (novo) 2-A. Salienta que o pacote do mercado único anunciado servirá apenas os objetivos capitalistas de aprofundar ainda mais a concentração da riqueza nas mãos dos elementos e grupos económicos mais poderosos, ao insistir em fazer da desregulação, da liberalização e da exploração a norma nas economias dos Estados-Membros e através da imposição ao povo e aos trabalhadores dum modelo socioeconómico único que vai contra os seus interesses, direitos e aspirações legítimas;