PT Unida na diversidade PT A8-0238/10. Alteração. Helmut Scholz, Eleonora Forenza, Kateřina Konečná, Curzio Maltese, Martina Michels,

Transcrição

1 A8-0238/10 10 Helmut Scholz, Eleonora Forenza, Kateřina Konečná, Curzio Maltese, Martina Michels, Kostadinka Kuneva, Marisa Matias, Barbara Spinelli, Miloslav Ransdorf Considerando E E. Considerando que a UE está empenhada em promover um comércio livre, justo e aberto, que seja equilibrado e mutuamente benéfico para todos; que a OMC constitui o quadro natural para prosseguir e reafirmar estes princípios; E. Considerando que a UE deve contribuir para um comércio justo, bem como para a solidariedade e o respeito mútuo entre todos os povos; que as relações comerciais devem ser equilibradas e mutuamente benéficas para todos; que a OMC deve constituir parte de um quadro multilateral para reafirmar estes princípios;

2 A8-0238/11 11 Kuneva, Marisa Matias, Barbara Spinelli, Miloslav Ransdorf N.º 1 1. Congratula-se com os resultados da 9.ª Conferência Ministerial da OMC, realizada em dezembro de 2013, em que os 160 membros da OMC concluíram as negociações sobre o Acordo de Facilitação do Comércio; considera que este acordo constitui um marco importante, já que se trata do primeiro acordo multilateral desde a criação da OMC, em 1995, e irá estabelecer um modelo para a modernização aduaneira entre os 161 membros da OMC; 1. Toma nota dos resultados da 9.ª Conferência Ministerial da OMC, realizada em dezembro de 2013, em que os 160 membros da OMC concluíram as negociações sobre o Acordo de Facilitação do Comércio; lamenta que não tenha sido abordada na Conferência Ministerial de Bali a necessária reorientação da Ronda de Doha, incluindo questões relacionadas com as alterações climáticas, o emprego e a redução das discrepâncias entre os países ricos e pobres e entre as pessoas ricas e pobres dos países em causa;

3 A8-0238/12 12 Kuneva, Marisa Matias, Barbara Spinelli, Miloslav Ransdorf, Paloma López Bermejo N.º 2 2. Salienta que a UE continua a ser favorável a que as decisões do pacote de Bali sejam integral e escrupulosamente aplicadas por todos os membros da OMC, permitindo assim que a atenção se centre em concluir com sucesso as negociações levadas a cabo no âmbito da Agenda de Desenvolvimento de Doha (ADD); 2. Salienta que a UE deve assegurar que os resultados das negociações levadas a cabo no âmbito da Agenda de Desenvolvimento de Doha (ADD) sejam verdadeiramente equilibrados e positivos, a fim de reduzir a discrepância entre países ricos e pobres e de, simultaneamente, garantir a existência de economias diversificadas, preservar e criar empregos dignos e proteger os direitos sociais, o ambiente e a diversidade cultural; lamenta que o Acordo de Facilitação do Comércio não inclua quaisquer disposições que promovam o comércio justo; insta a Comissão a destacar o comércio justo na agenda para a Conferência Ministerial de Nairobi, em conformidade com as suas obrigações previstas no TUE;

4 A8-0238/13 13 Kuneva, Marisa Matias, Barbara Spinelli, Miloslav Ransdorf, Kateřina Konečná, Paloma López Bermejo N.º 3 3. Reconhece os benefícios que advirão da execução do presente acordo para os países em desenvolvimento, dado que contribuirá para criar um ambiente mais favorável para as empresas, em especial para as PME; salienta, em particular, que o acordo, desde que cabalmente aplicado, deveria reduzir a incerteza sobre as condições de entrada no mercado e os custos do comércio entre 12,5% e 17,5% de acordo com as estimativas, nomeadamente da OCDE, permitindo desta forma aos consumidores aceder a uma gama mais vasta e mais barata de produtos e as empresas aceder a mais novos mercados e a melhorar a sua competitividade através do aumento da eficácia e da redução de burocracia desnecessária e dos custos associados; 3. Está consciente dos benefícios que advirão da execução do presente acordo para os exportadores da UE e de outros países desenvolvidos, em especial para as empresas comerciais; salienta que a análise do Banco Mundial associa a maior parte dos ganhos à construção bem-sucedida de portos e de outros grandes projetos de infraestruturas para exportação, que permitem desta forma às empresas da UE aceder a novos mercados e melhorar a sua competitividade através da redução de burocracia e dos custos associados;

5 A8-0238/14 14 Kuneva, Marisa Matias, Barbara Spinelli, Miloslav Ransdorf N.º 5 5. Insta todos os membros da OMC a tentarem encontrar uma solução rápida para a execução do pacote de Bali em todos os seus aspetos, de modo a que a Agenda de Desenvolvimento de Doha possa ser concluída antes da 10.ª Conferência Ministerial da OMC; 5. Insta todos os membros da OMC e a Comissão a defender o direito dos membros da OMC a regulamentar com vista a proporcionar segurança alimentar à sua população;

6 A8-0238/15 15 Kuneva, Marisa Matias, Barbara Spinelli, Miloslav Ransdorf, Kateřina Konečná N.º 5-A (novo) 5-A. Está consciente de que os EUA, assim como a Comunidade Europeia, tiveram, durante muitos anos, em vigor programas que lhes permitiam adquirir produtos aos seus agricultores a preços fixos e que esses programas se revelaram ferramentas essenciais para a provisão de segurança alimentar e o reforço do setor agrícola;

7 A8-0238/16 16 Kuneva, Marisa Matias, Barbara Spinelli, Miloslav Ransdorf, Kateřina Konečná N.º Apoia plenamente a iniciativa da UE de destinar 400 milhões de euros durante cinco anos para apoiar reformas e projetos com vista à facilitação do comércio, tais como melhorar os sistemas aduaneiros dos países em desenvolvimento e dos países menos desenvolvidos; recorda que este financiamento, que será principalmente prestado através dos programas indicativos regionais de dotações destinadas à integração económica regional, faz parte da iniciativa da UE muito mais vasta «Ajuda ao Comércio» (3.5 mil milhões de euros de subvenções da UE em 2013) e solicita que sejam transmitidas periodicamente informações ao Parlamento Europeu e aos Estados-Membros a este respeito; 10. Insiste em que os 400 milhões de euros de financiamento destinados a apoiar, durante 5 anos, reformas e projetos com vista à facilitação do comércio, tais como melhorar os sistemas aduaneiros dos países em desenvolvimento e dos países menos desenvolvidos, podem não provir de rubricas orçamentais relacionadas com a cooperação para o desenvolvimento e solicita que sejam transmitidas periodicamente informações ao Parlamento Europeu e aos Estados Membros a este respeito;

8 A8-0238/17 17 Eleonora Forenza, Kateřina Konečná, Curzio Maltese, Kostadinka Kuneva, Marisa Matias, Barbara Spinelli, Miloslav Ransdorf, Martina Michels N.º 10-A (novo) 10-A. Recorda que, por forma a atenuar os efeitos negativos da globalização sobre os trabalhadores, a UE criou o Fundo de Ajustamento à Globalização, enquanto o Presidente dos EUA propôs a criação de um instrumento semelhante para o «Trade Adjustment Assistance» (TAA) lidar com os efeitos do comércio globalizado sobre os trabalhadores norteamericanos; realça que, embora esses instrumentos sejam insuficientes para os trabalhadores da UE e dos EUA, os trabalhadores da grande maioria dos Estados signatários do Acordo de Facilitação do Comércio, continuam, infelizmente, a não ter recurso a um fundo comparável;