O Abafador Europeu, as consequências da austeridade e do Euro para Portugal

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1 O Abafador Europeu, as consequências da austeridade e do Euro para Portugal Pedro Carvalho* Na sequência do resultado das eleições legislativas do passado dia 4 de outubro, muito se tem falado do respeito pelos compromissos europeus por um futuro governo, nomeadamente dos que decorrem da União Económica e Monetária, em particular os do Tratado Orçamental. Estes instrumentos são apresentados de forma neutra, como algo que se tivesse escrupulosamente de cumprir, independentemente das consequências económicas e sociais, num sinal de apaziguamento dos mercados e na assunção não democrática que não existe(m) alternativa(s). Aliás, compromissos sempre para serem respeitados pelos ditos países mais pobres e dependentes, com a subserviência dos respetivos governos ao serviço dos interesses do grande capital multinacional, sobretudo financeiro, que opera no mercado interno europeu e das grandes potências capitalistas, como a Alemanha, que usam as regras para estender as suas relações de domínio. De uma forma simples, as relações atuais no seio da zona Euro (e, por extensão, da União Europeia) fazem-me lembrar, quando era miúdo, a situação dos berlindes e dos abafadores. Supostamente, existia uma regra de quem tinha um abafador poder espoliar terceiro dos berlindes que detinha. A regra criada e praticada pelos mais fortes para justificar a espoliação dos mais fracos que obviamente, mesmo que tivessem um abafador, não tinham isoladamente a força para implementar a regra. As relações de domínio desta zona Euro estão ao mesmo nível. Os berlindes são no fundo os salários e pensões de quem trabalha ou trabalhou. Os abafadores são os ditames inscritos em Tratados europeus e outras regras, como o Euro, o Tratado Orçamental e o Pacto de Estabilidade, o Semestre Europeu, a Estratégia 2020, o mecanismo de estabilidade europeu e mecanismo de desequilíbrios externos. Instrumentos que promovem a expropriação dos rendimentos do trabalho e sua transferência para o grande capital multinacional, sobretudo o financeiro. A austeridade permanente que é imposta a nível europeu tem que ser enquadrada na resposta à agudização da crise sistémica em que o capitalismo se encontra, uma crise de sobre-acumulação de capital sobre todas as formas. Uma crise de rentabilidade que teima em permanecer, apesar da aplicação da cartilha do Consenso de Washington de forma unânime pelas principais organizações internacionais capitalistas, onde se inclui a União Europeia. Por isso, o Euro e o Tratado Orçamental que o sustenta, não são instrumentos neutros, têm um cunho de classe claro. Visam contribuir para a restauração das condições de rentabilidade do capital, tendo como principal objetivo a redução dos custos unitários do trabalho, ou seja, aumentar a exploração do trabalho. Aliás, esse é o objetivo fundamental da política monetária do Banco Central Europeu, a estabilidade dos preços. Ou dito de outra forma, a moderação salarial que significa manter o crescimento dos salários reais abaixo do crescimento da produtividade do trabalho, com vista a garantir as transferências dos ganhos de produtividade do trabalho para o capital. Mas o euro responde também a outras prerrogativas, nomeadamente a redução dos custos de refinanciamento do capital, as taxas de juro, tornando rentáveis investimentos com menores taxas de lucro; a inflação dos ativos financeiros, promovendo a capitalização bolsista e a manutenção dos valores reais da dívida existente. O Gráfico 1 é exemplificativo da concretização destes objetivos fundamentais. Desde a entrada em circulação do Euro, os lucros líquidos cresceram a um ritmo anual quase 3 vezes superior aos salários reais

2 na zona Euro. Tendo as variações da evolução da produtividade do trabalho, levado à estagnação do crescimento dos custos unitários de trabalho reais. A situação é ainda mais nítida em Portugal, onde em média os lucros líquidos cresceram 4,7% ao ano, enquanto os salários reais tiveram uma redução média de 0,1%. Por outro lado, os custos unitários do trabalho reais tiveram uma redução de 0,9% ao ano, redução anual que passa para 1,6% se tivermos em consideração o período , demonstrativa de uma das maiores transferências dos ganhos de produtividade do trabalho para o capital desde o 25 de Abril. Com o efeito o peso dos salários no produto, a denominada quota salarial, no período , em termos médios anuais, representava 61,7% do PIB a custo de fatores, um dos valores mais baixos comparados com décadas anteriores e em 2014 encontrava-se ao nível de A este nível de exploração de trabalho a nível nacional, temos de contrapor as palavras do primeiro-ministro Passos Coelho que em jeito de balanço do seu mandato, afirmou que gostaria ainda de ter reduzido mais os custos unitários de trabalho! Claro que existem depois as consequências económicas e sociais decorrentes da constituição de uma União Económica e Monetária, entre Estados com níveis de desenvolvimento diferenciados e desequilíbrios significativos na sua balança de pagamentos, nomeadamente intracomunitária, cujas necessidades ao nível da política monetária e cambial seriam também diferentes e, por isso, incompatíveis com uma política monetária única. Aqui, mais uma vez, a política monetária única dará sempre resposta aos interesses das grandes potências, exacerbando os ajustamentos ao nível dos países da periferia da zona Euro e acentuando os desequilíbrios externos. Da análise clássica é claro que a União Económica e Monetária não é uma zona monetária ótima, por isso a decisão que esteve na sua génese foi sempre política. Ainda para mais num contexto, em que o orçamento comunitário representa cerca de 1% do RNB comunitário. Manifestamente insuficiente para ter qualquer cariz redistributivo e de resposta a choques assimétricos, se tivermos em conta a experiência existente em

3 Estados federados. O que se percebe é que nesta situação, um país que não tem a possibilidade de usar a sua política monetária e cambial, ao serviço das suas necessidades endógenas de desenvolvimento e na resposta a choques económicos externos, e que ainda por cima se encontra com constrangimentos sobre a sua política orçamental e fiscal, decorrentes do Tratado Orçamental e do Pacto de Estabilidade, a única solução que lhe resta em termos de resposta são os salários e os níveis de emprego. O que significa a redução dos salários e o aumento do desemprego, o que por sua vez gera também um efeito «disciplinador» sobre os salários, que concorre mais uma vez para o objetivo central de redução dos custos unitários de trabalho. Não deixa de ser significativo que o efeito de expropriação também se faz sentir em segmentos do próprio capital, nomeadamente a nível das micro e pequenas empresas. Os dados do INE neste domínio mostram também como esta orientação serviu o interesse das grandes empresas. Não existindo dados para 2014, a comparação dos balanços agregados entre 2010 e 2013, mostra que os resultados transitados positivos aumentaram quase 225% nas grandes empresas, em contraponto os resultados transitados negativos aumentaram quase 74%, nas pequenas e médias empresas. Apesar desta resposta de classe, a verdade é que a retoma do processo de valorização do capital teima em não acontecer, com a acumulação de capital a continuar a gripar. É significativo a tendência de abrandamento das taxas de crescimento do produto de década para década na zona Euro (Gráfico 2), acompanhadas pela desaceleração também das taxas de crescimento do investimento, com a queda abrupta depois de 2011 (Gráfico 3). Estas tendências assumem particular relevância nos países ditos do Sul e são mais marcadas na denominada década do Euro ( ). Ao contrário das previsões de crescimentos de 3% e superiores após a introdução do Euro, aliás transcritos na Agenda de Lisboa, a

4 verdade é que o crescimento médio anual entre 2001 e 2014 não chegou a 1%, ou seja, um crescimento anémico, de estagnação. É de salientar que só a Alemanha inverteu a tendência do produto e do investimento entre , ao contrário dos ajustamentos ocorridos nos países do Sul (a Irlanda em parte, com características muito próprias), com menor ou maior grau, mostram a queda abrupta do investimento e da produção industrial, agravando aquele que é hoje uma das questões centrais nestes países e, por consequência para o resto da zona euro, os seus desequilíbrios das contas externas. É insustentável uma política em que o excedente comercial alemão mimetiza o défice comercial nos restantes países do Sul, financiando-o com um crescente endividamento dos próprios. O caso de Portugal é exemplar neste domínio, onde a década do euro, em termos médios anuais, significou um aumento do défice na balança de bens de 9,8 mil milhões de euros na década de noventa para 17,7 mil milhões de euros na década do Euro, enquanto a produção industrial passou de um crescimento médio anual de 1,5%, para um decréscimo médio anual de -1,4% (Gráfico 4). Decréscimo que na prática se manteve entre , apesar da redução do défice da balança de bens registado no mesmo período. Explicado, não por qualquer mudança estrutural no nosso tecido produtivo, mas por uma queda média anual de 2,1% no consumo privado no mesmo período, consequência da política de empobrecimento nacional que esteve no cerne do programa de ajustamento imposto pela Troika, com fervor ativo do governo PSD/CDS. A situação nacional não deixa de ser paradigmática, não só na sua evolução neste período, mas também no recuo dos principais indicadores económicos e sociais. Entre 2010 para 2014, o produto (PIB) teve uma quebra de 11,6 mil milhões de euros. Foram destruídos mais de 358 mil empregos e o desemprego atingiu os níveis mais elevados de sempre. Os salários reais tiveram uma redução de 5,3%, prevendo-se que continuem a reduzir-se em 2015 e 2016, mais de 1%. A compensação salarial global, em termos nominais,

5 caiu 8,4 mil milhões de euros. A produção industrial caiu 5,2%. Ao contrário, a dívida pública e o próprio défice público cresceram. De 2010 para 2014, o pagamento de juros da dívida pública aumentou 3,3 mil milhões de euros, atingindo em 2014 o valor de 8,5 mil milhões de euros. A dívida pública aumentou 52,2 mil milhões de euros. No entanto, sem contar com os juros, as contas públicas estariam em superavit em 2013 e 2014.Contudo, com a retificação que o défice público sofreu em 2014, por causa da operação Novo Banco, o novo valor do défice irá situar-se em 7,2% do PIB. Dito de outra forma, em 2014 o nosso PIB encontrava-se ao nível de 2010, o investimento ao nível de 1989, o emprego ao nível de 1988, a produção industrial ao nível de 1989 e a quota salarial ao nível de Dizer que se está melhor é um eufemismo, ainda por cima quando o modelo de desenvolvimento do país se manteve, assente dos baixos salários, em sectores de baixo valor acrescentado e subordinado a redes de subcontratação externas, em regime de reexportação, num contexto de aprofundamento dos nossos défices, nomeadamente tecnológico. Estas são as consequências do abafador europeu e dos constrangimentos que encerra. As falsas regras que pretendem justificar a espoliação dos mais fracos, mantendo as relações de domínio e criar a TINA (there is no alternative) do nosso tempo, sobre o auge do imperialismo alemão. Estas são também as «velhas» respostas de um capitalismo em crise, que cultiva pobreza e desigualdades, sendo um travão ao progresso social e pondo em causa os recursos naturais indispensáveis a sustentação o próprio desenvolvimento económico e social. A União Europeia é um instrumento fundamental nesta resposta de classe. Um instrumento não reformável, criado e desenvolvido pelo grande capital, que lança amarras que condicionam o nosso desenvolvimento económico e social e o aproveitamento cabal dos nossos recursos endógenos. Não existem, por isso, saídas no atual quadro que não passem por uma rutura com as políticas vigentes, o que implica uma rutura

6 com o processo de integração capitalista europeia. Sem o retorno dos instrumentos de política económica, monetária, orçamental e cambial e sem pôr no domínio público os sectores estratégicos que permitam alavancarem o desenvolvimento económico e social do país, não teremos os instrumentos para fazer as escolhas necessárias para construir o Portugal que queremos e precisamos, que Abril começou. Esta tem de ser, por isso, uma prioridade da luta dos trabalhadores e do povo. Libertemo-nos das amarras! *Economista

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