Sessão de Abertura do X Congresso. Ordem dos Revisores Oficiais de Contas. Ética e responsabilidade. 21 de outubro de 2010

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1 Sessão de Abertura do X Congresso Ordem dos Revisores Oficiais de Contas Ética e responsabilidade 21 de outubro de 2010 Intervenção do Ministro de Estado e das Finanças Fernando Teixeira dos Santos Senhor Bastonário da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, Senhor Governador do Banco de Portugal, Senhores Presidentes da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e do Instituto de Seguros de Portugal, Senhores Revisores Oficiais de Contas, Minhas Senhoras e meus Senhores, É com muito gosto que procedo à abertura deste 10.º Congresso da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, onde certamente haverá oportunidade de proceder a uma 1

2 discussão e reflexão profundas sobre temas da maior importância no atual contexto económico financeiro. Com efeito, a ética e a responsabilidade constituem fatores determinantes do sucesso, da confiança e da credibilidade na intervenção deste grupo de profissionais que desempenha um papel essencial na avaliação e monitorização de riscos de caráter contabilístico, fiscal e financeiro. No contexto turbulento que vivemos, espera se que os revisores oficiais de contas continuem a ser um garante da credibilidade dos sistemas de informação contabilística e de confiança no funcionamento da atividade económica. Em particular, a atuação dos revisores oficiais de contas deve produzir elementos de controlo que permitam minimizar a probabilidade de ocorrência, no futuro, de episódios de extrema gravidade como os que têm vindo a público a nível mundial. 2

3 Assim sendo, é meu entendimento que cabe aos revisores oficiais de contas uma atuação de carácter pedagógico, associada à aprendizagem dos empresários e à implementação de sistemas de informação adequados pelas empresas, e a aposição de um selo de confiança, de que muito carecem os agentes do mercado, como garantia de transparência e clareza da informação disponível. Mas falar de responsabilidade e de confiança, especialmente num contexto como o atual, com exigentes desafios pela frente, requer de todos nós uma atitude firme e um esforço significativo. Com efeito, vivemos, a nível nacional e internacional, um período de grande turbulência, onde os desequilíbrios orçamentais e macroeconómicos e a instabilidade financeira impõem rigor, exigência, coordenação, mas também coragem. O Governo tem estado ativamente empenhado, através das suas políticas, em assegurar condições de reforço da 3

4 confiança dos agentes económicos nacionais e internacionais na economia portuguesa e no País. O enfoque necessário na correção das contas públicas através da redução do défice e da dívida pública é uma prioridade imediata do Governo, fundamental para repor o ambiente de confiança dos investidores e, assim, assegurar condições de financiamento da economia portuguesa. A trajetória de consolidação orçamental retomada em 2010, permitirá uma redução estimada em 2 p.p. do défice público, para os 7,3% do PIB. Atingido este primeiro patamar, tornase agora premente a reafirmação deste esforço de consolidação, visando alcançar, em 2011, a meta dos 4,6% do PIB para o défice. Nesse sentido, o Governo apresentou há dias a proposta de Lei do Orçamento do Estado para Uma proposta que vem no seguimento da estratégia de 2010 e que assenta claramente na contenção de despesa, mas também em 4

5 medidas de aumento de receita, dado o esforço de consolidação em causa. Uma proposta que visa, assim, garantir o cumprimento das metas de consolidação exigentes mas essenciais para devolver a confiança aos mercados financeiros e assegurar o regular funcionamento da atividade económica. Não podemos esquecer que a manutenção de um fluxo adequado de financiamento à economia e o normal funcionamento dos mercados financeiros são, efetivamente, fatores de importância instrumental na promoção de um crescimento económico sustentado. Minhas Senhoras e meus Senhores, Para além da estratégia de consolidação orçamental, que o Governo pretende seguir escrupulosamente, gostaria de salientar a manutenção de um sistema financeiro robusto, transparente e bem supervisionado, enquanto condição necessária para assegurar a estabilidade financeira. 5

6 A este respeito, o reforço da confiança dos agentes económicos nos mercados e nas economias coloca ênfase no diagnóstico das debilidades reveladas durante a crise e na definição de reformas adequadas. O setor bancário em Portugal tem vindo a demonstrar resiliência, em resultado não apenas da exposição limitada a ativos tóxicos e da ausência de uma bolha no mercado imobiliário, como também pelo apoio prestado pelo Estado e pelos supervisores. Durante o período em que os efeitos da crise financeira internacional criaram mais turbulência nos mercados, o Governo português foi o primeiro na União Europeia a avançar com o esquema de garantias, através da Iniciativa de Reforço da Estabilidade Financeira. Foram ainda acionados esquemas de recapitalização, assim como medidas de reforço de coordenação na supervisão, transparência e disponibilização de informação. No que respeita aos casos problemáticos do sistema bancário nacional BPN e BPP o Governo atuou de modo 6

7 adequado, circunscrevendo e resolvendo de modo diferenciado as situações, e evitando riscos de contágio. Porém, a intervenção do Governo no domínio das políticas e reformas financeiras não pode ser dissociada de um contexto global, seja pela forte integração dos mercados internacionais, seja pelo estatuto de Portugal enquanto membro da zona euro. Pelo contrário, a coordenação de políticas nacionais e a reforma dos mecanismos de governação europeia são fundamentais para o reforço do enquadramento institucional e de reafirmação do euro como moeda de referência internacional. No campo do sistema financeiro, e aproveitando o impulso das reformas comunitárias na quais Portugal tem participado desde o início, não posso deixar de mencionar importantes processos em curso como i) a reforma de supervisão, no sentido de melhorar a sua eficácia, eficiência e rapidez nos processos de decisão e ii) a agenda regulatória ambiciosa, 7

8 com vista a reforçar os direitos dos consumidores de serviços bancários e promover a eficiência do mercado em geral. Minhas Senhoras e meus Senhores, Não tenho dúvidas que atravessamos um momento particularmente difícil de instabilidade, com consequências nas finanças públicas que, nos tempos que correm nos obrigam a um esforço significativo e eficaz de ajustamento orçamental, mas que exigem também a continuação de reformas estruturais de resposta às debilidades da crise financeira e económica global. Gostaria de deixar, em nome do Governo, uma mensagem de confiança, em como estamos a trabalhar ativa e determinadamente no sentido de implementar essa estratégia e aguardamos, da parte da oposição, o necessário sentido de responsabilidade na viabilização dessas opções que entendemos inadiáveis. 8

9 O desafio que enfrentamos é sério, exigente e requer coragem para que se superem riscos óbvios e significativos que comprometem a possibilidade de financiar a economia e, consequentemente o normal desenrolar da sua actividade produtiva. Camilo Castelo Branco afirmou que o tempo chega sempre, mas há casos em que não chega a tempo. Ora este é, decididamente, um tempo em que não podemos falhar. É um tempo de dar pleno sentido ao nosso sentido de ética e de responsabilidade. É tempo de termos a coragem de avançarmos com uma estratégia de resposta adequada a estas difíceis circunstâncias com que o país se confronta. E porque é tempo em que acima de tudo só pode importar o interesse do país, claramente, não é este o tempo para estratégias que sirvam as nossas conveniências. Estou certo, por isso, que poderemos contar com o sentido de responsabilidade de todos os que estão empenhados no progresso do país. Portanto, continuaremos a contar com o 9

10 forte empenho dos revisores oficiais de contas, dado o papel relevante que a sua intervenção pode representar junto do setor financeiro e do tecido empresarial português, nomeadamente na definição de estratégias que ajudem as empresas a ultrapassar, de forma consistente, os constrangimentos expectáveis nos próximos tempos, designadamente ao nível do seu financiamento. Muito obrigado. 10

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