Pneumonia Adquirida na comunidade em Adultos (PAC)

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Pneumonia Adquirida na comunidade em Adultos (PAC)"

Transcrição

1

2 Pneumonia Adquirida na comunidade em Adultos (PAC) Definição Infecção aguda do parênquima pulmonar, associada a um novo infiltrado ao Raio X de tórax. Quadro clínico habitual Febre, tosse com secreção, dispnéia, dor torácica. Sintomas inespecíficos: fadiga, mialgia, cefaléia, anorexia Ausculta pulmonar: estertoração localizada, frêmito tóraco-vocal aumentado. Em idosos taquipnéia (>26) taquicardia (>100) e confusão mental podem preceder outros achados clínicos. Etiologia Agentes habituais: Streptococcus pneumoniae (60%); Haemophylus influenzae (3%-10%); germes atípicos (20%): Mycoplasma pneumoniae, Clamydophilia pneumoniae, Legionella pneumophila; Vírus (4%-20%); bacilos gram negativos (1-9%); S.aureus (1-6%). O Pneumococo é o agente mais freqüente da PAC em todas as faixas etárias, mesmo em pacientes com outros fatores de risco associados. O termo Pneumonia atípica Não deve ser usado, pois não é possível distinguir o agente etiológico, baseando-se no quadro clínico e no achados radiológicos. 25% dos pacientes podem ter infecções mistas (p.ex: pneumococo + germe atípico). Pneumococo com alta resistência à penicilina no Brasil ainda é pequena a prevalência(<5%), e deve ser considerado resistente as cefalosporinas e aos macrolídeos. Está associado ao uso de beta-lactâmico, idade >65 anos, morar em asilos, a presença de múltiplas co-morbidades. É ainda pouco importante, neste momento, no contexto do tratamento da PAC. Fatores de risco para Pneumonia por gram-negativos e Pseudomonas spp: bronquiectasia, uso de corticosteróides >10mg/dia, uso de antibiótico de largo espectro por >7 dias; neutrófilos <500 cel/ml. Diagnóstico Raio X de tórax o Necessário para o diagnóstico e para avaliar a extensão da doença. o Pode sugerir outros diagnósticos: neoplasias, hemorragia, edema pulmonar, ICC, processos não-infecciosos. o Padrão radiológico não pode ser usado para presumir o agente causal. Progressão radiológica o Ocorre com qualquer etiologia na primeira semana e não deve ser usado para mudança terapêutica, desde que haja melhora clínica. o Pode identificar complicações: derrame pleural, cavitações.

3 o Não repetir para definir cura ou melhora clínica. o Normalização radiológica pode levar de 4-12 semanas. Pacientes com PAC, que necessitam internação. o Avaliar oxigenação (oximetria capilar ou gasometria) o Colher hemocultura (2 amostras) o Hemograma, Na, K, Uréia, Glicemia e PCR. Em pacientes com infecção pelo HIV colher DHL (se elevado, sugere pneumocistose). Pesquisar BAAR no escarro. Se internar sempre colocar em isolamento respiratório. Prognóstico: Avaliação de Gravidade A mortalidade varia de 1% a 30%, por isto todo paciente com diagnóstico de PAC deve ter a gravidade clínica avaliada e Anotada no prontuário. Isto definirá o local do tratamento e a escolha antibiótica. Critério de CURP-65 de Avaliação de Gravidade Consciência-Uréia-frequência Respiratória-Pressão A presença de 2 dos achados, sugere Pneumonia com necessidade de internação. A presença de 3 ou mais destes achados sugere Pneumonia grave Idade > 65 anos Confusão mental aguda Uréia >40mg/dl Frequência respiratória >30/min PA sistólica <=90mmHg ou Diastólica <= 60mmHg Outros dados que também indicam gravidade e necessidade de internação Oximetria de pulso <90% ou po2 <60mmHg Comprometimento bilateral ou multilobar Doenças associadas descompensadas ou imunodepressoras (DM, AIDS, Neoplasias, Insuficiência Renal, ICC, cirrose hepática) Necessidade de UTI: Critério de Ewig Choque séptico ou necessidade de ventilação mecânica ou Presença de dois dos seguintes: Envolvimento de dois ou mais lobos ou PASistólica <90mmHg ou PAD<60mmHg Condições sociais ou impossibilidade de ingerir medicação por via oral, podem definir necessidade de internação, mas não são definidoras de gravidade. Trate como se em ambulatório. Tratamento Tratamento Ambulatorial: CURP=0 ou CURP=1 Tempo de tratamento 7-10 dias Amoxacilina 1g vo 8/8horas ou Amoxacilina 875 vo 12/12 ou

4 Eritromicina 500mg vo 4x/d ou Azitromicina 500 1x/dia ou Claritromicina 500 2x/dia ou Cefuroxima 500mg vo 12/12 hs ou Levofloxacina 500 mg 1x/dia (não use em pacientes sem doença de base) Tratamento Hospitalar CURP-65 2 Ampicilina 1g ev 6/6 +Azitromicina 500mg via oral 1x/dia Tratamento Hospitalar CURP-65 = >3: Pneumonia Grave Em enfermaria Ceftriaxone 2g ev 1x + Azitromicina 500mg VO 1x/dia Tratamento Hospitalar da PAC em paciente em UTI Ceftriaxone 2g ev 1x + Azitromicina 500mg EV 1x/dia por OU Ceftriaxone 2g ev 1x/d + Levofloxacina mg ev 1x/dia OU Ceftriaxone 2g ev 1x/d + Moxifloxacina 400mg ev 1x/dia Pacientes >65 anos a dose de Ceftriaxone é 1g ev 1x/dia Tratamento Hospitalar em paciente com risco de infecção para gram negativo/pseudomonas: Pacientes em uso de corticosteróide >10mg/dia, uso prévio de antibiótico por mais de 7 dias ou com bronquiectasia ou com neutrófilos <500 cel/ml o Ceftazidima 1g ev 8/8hs + Azitromicina 500mg EV ou VO 1x/dia Se o paciente estiver internado na enfermaria e recebendo medicações via oral a Azitromicina pode ser dada via oral. O tempo de uso da Azitromicina é de 5 a 7 dias. Pneumonia Aspirativa Domiciliar Não supervalorize a sua ocorrência. Considerar o diagnóstico se :regurgitação observada ou referida em pacientes com risco de aspiração: sequelados de AVC, com doença neurológica, alcoolismo, rebaixamento da consciência. o Tratamento Clindamicina 600 ev 6/6h ou 900mg ev 8/8 horas Resposta Terapêutica: Deve ser avaliada após 3 a 5 dias do tratamento, quando há melhora dos parâmetros Clínicos: tosse, dispnéia, febre. Laboratorial: normalização ou melhora de leucócitos, po2 RaioX: piora na 1º semana. Não é critério de cura

5 Causas associadas à não melhora da Pneumonia Se o diagnóstico estiver correto: o Fatores do paciente: empiema, resposta imune inadequada, obstrução, super-infecção. o Fatores do antibiótico: espectro, dose ou via de administração. o Fatores do microorganismo: vírus, fungus, micobactérias, agentes não usuais. Diagnóstico está errado: não é pneumonia o Exacerbação de DPOC, exacerbação de asma, Bronquiectasia o Tuberculose, Pneumocistose o Edema Pulmonar, Insuficiência cardíaca, Embolia pulmonar,neoplasia Trocar antibiótico parenteral para oral quando Houver melhora clínica: T< 37º8C, FC< 100/min, FR <24/min, PA >90mmHg, Sat O2 >90% Capaz de ingerir medicação oral Está 48 a 72 horas afebril Realizar a troca do antibiótico para via oral e observar 24 horas. Alta: tão logo esteja clinicamente estável e sem outro problema clinico que necessite hospitalização Tempo de tratamento: 7-10 dias; nos casos de pneumonias por germes atípicos e gram negativos. Antibióticos via oral: Amoxacilina ou Amoxacilina + Doxiciclina ou Amoxacilina + Eritromicina ou Amoxacilina +Azitromicina ou quinolonas o Amoxacilina 500mg a 1000g vo 8/8horas ou 875mg vo 12/12 hs o Amoxacilina 875mg vo 12/12 h +doxiciclina 100mg vo 12/12h ou o Azitromicina 500mg Via oral 1x/dia o Claritromicina 500mg vo 12/12 o Cefuroxima 500mg vo 12/12hs o Quinolonas (não devem ser usadas em jovens sem doenças de base associadas): Levofloxacina 500mg vo 1x/dia ou Moxifloxacina 400mg vo 1x/dia

6 Bibliografia ARMITAGE, K.; WOODHEAD, M. New guidelines for the management of adult community-acquired pneumonia. Curr. Opin. Infect. Dis., Hagerstown, v. 20, n. 2, p , Apr BRITISH THORACIC SOCIETY STANDARDS OF CARE COMMITTEE. BTS guidelines for the management of community acquired pneumonia in adults. Thorax, London, v. 56, p. vi1-64, Dec Supplement 4. EWIG, S. et al. Severe community-acquired pneumonia: assessment of severity criteria. Am. J. Respir. Crit. Care Med., New York, v. 158, n. 4, p , Oct MacFARLANE, J. T.; BOLDY, D update of BTS pneumonia guidelines: what's new? Thorax, London, v. 59, n. 5, p , May MANDELL, L. A. et al. Update of practice guidelines for the management of communityacquired pneumonia in immunocompetent adults. Clin. Infect. Dis. Chicago, v. 37, n. 11, p , Dec MENÉNDEZ, R. et al. Influence of deviation from guidelines on the outcome of community-acquired pneumonia. Chest, Northborrk, v. 122, n. 2, p , Aug MORAN, G. Approaches to treatment of community-acquired pneumonia in the emergency department and the appropriate role of fluoroquinolones. J. Emerg. Med., New York, v. 30, n. 4, p , May SADER, H. S. et al. Sensibilidade a antimicrobianos de bactérias isoladas do trato respiratório de pacientes com infecções respiratórias adquiridas na comunidade: resultados brasileiros do Programa SENTRY de Vigilância de Resistência a Antimicrobianos dos anos 1997 e J. Pneumol., Brasília, v. 27, n. 1, p , jan./fev SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA. Consenso brasileiro de pneumonias em indivíduos adultos imunocompetentes. J. Pneumol., Brasília, v. 27, p. S1-S40, abr Suplemento 1. YEALY, D. M. et al. Effect of increasing the intensity of implementing pneumonia guidelines: a randomized, controlled trial. Ann. Intern. Med., Philadelphia, v. 143, n. 12, p , Dec

Pneumonias como quando e porque referenciar? Cecilia Longo longo.cecilia@gmail.com

Pneumonias como quando e porque referenciar? Cecilia Longo longo.cecilia@gmail.com Pneumonias como quando e porque referenciar? Cecilia Longo longo.cecilia@gmail.com Visão global do problema 1 Mortalidade 2012 d. respiratórias 13.908 +4.012 neoplasia traqueia, brônquios e pulmão 50 portugueses/

Leia mais

TERAPÊUTICA ANTIBIÓTICA DA PNEUMONIA DA COMUNIDADE

TERAPÊUTICA ANTIBIÓTICA DA PNEUMONIA DA COMUNIDADE TERAPÊUTICA ANTIBIÓTICA DA PNEUMONIA DA COMUNIDADE Todos os indivíduos com suspeita de Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) devem realizar telerradiografia do tórax (2 incidências)(nível A). AVALIAÇÃO

Leia mais

Pneumonia na Pediatria

Pneumonia na Pediatria Pneumonia na Pediatria Universidade Católica de Brasília Nome: Gabriela de Melo Souza da Silva Costa Matrícula: UC11045029 Orientadora: Drª Carmem Lívia Faria da Silva Martins Pneumonias São doenças inflamatórias

Leia mais

Pneumonia e Derrame Pleural Protocolo Clínico de Pediatria

Pneumonia e Derrame Pleural Protocolo Clínico de Pediatria 2012 Pneumonia e Derrame Pleural Protocolo Clínico de Pediatria UNIPAC-Araguari Santa Casa de Araguari 2012 2 INTRODUÇÃO Pneumonia é uma inflamação ou infecção dos pulmões que afeta as unidades de troca

Leia mais

Condutas. Sarah Pontes de Barros Leal

Condutas. Sarah Pontes de Barros Leal Condutas Sarah Pontes de Barros Leal Caso 1 I: J.A.M., 32 anos, feminino, natural e procedente de Fortaleza, solteira, arquiteta. QP: febre, dor no tórax direito e tosse produtiva. HDA: sentia-se bem até

Leia mais

Pneumonia Adquirida na Comunidade

Pneumonia Adquirida na Comunidade artigo de revisão Pneumonia Adquirida na Comunidade Community-Acquired Pneumonia Filipe Teixeira Piastrelli ¹, Isabella Mendonça Velloso¹, Leonardo Ambrósio Toledo¹, Maarmedi Cunha¹, Nayara Peluzio Rocha¹,

Leia mais

Pneumonias Comunitárias

Pneumonias Comunitárias Pneumonias Comunitárias Diagnóstico e Tratamento Prof. Alex G. Macedo Mestre em Pneumologia UNIFESP-EPM Prof. de Pneumologia e Medicina de Urgência Faculdade de Medicina UNIMES - Santos Declaração sobre

Leia mais

P N E U M O N I A UNESC ENFERMAGEM ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO ADULTO PROFª: FLÁVIA NUNES 10/09/2015 CONCEITO

P N E U M O N I A UNESC ENFERMAGEM ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO ADULTO PROFª: FLÁVIA NUNES 10/09/2015 CONCEITO UNESC ENFERMAGEM ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO ADULTO PROFª: FLÁVIA NUNES P N E U M O N I A CONCEITO Processo inflamatório do parênquima pulmonar que, comumente, é causada por agentes infecciosos. 1 Uma

Leia mais

Pneumonia Adquirida na Comunidade U F M A. Prof. EDSON GARRIDO

Pneumonia Adquirida na Comunidade U F M A. Prof. EDSON GARRIDO Pneumonia Adquirida na Comunidade U F M A Prof. EDSON GARRIDO Pneumonia Adquirida na Comunidade O QUE É PNEUMONIA? Pneumonia Adquirida na Comunidade Infecção aguda do parênquima pulmonar distal ao bronquíolo

Leia mais

CONDUTAS: EDEMA AGUDO DE PULMÃO

CONDUTAS: EDEMA AGUDO DE PULMÃO Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina Programa de Educação Tutorial PET Medicina CONDUTAS: EDEMA AGUDO DE PULMÃO Paulo Marcelo Pontes Gomes de Matos OBJETIVOS Conhecer o que é Edema Agudo

Leia mais

PAC Pneumonia Adquirida na Comunidade

PAC Pneumonia Adquirida na Comunidade PAC Pneumonia Adquirida na Comunidade Definição O diagnóstico baseia-se na presença de sintomas de doença aguda do trato respiratório inferior: tosse e um mais dos seguintes sintomas expectoração, falta

Leia mais

03/07/2012 PNEUMONIA POR INFLUENZA: PREVENÇÃO, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO, ONDE ESTAMOS? Encontro Nacional de Infecções Respiratórias e Tuberculose

03/07/2012 PNEUMONIA POR INFLUENZA: PREVENÇÃO, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO, ONDE ESTAMOS? Encontro Nacional de Infecções Respiratórias e Tuberculose Encontro Nacional de Infecções Respiratórias e Tuberculose PNEUMONIA POR INFLUENZA: PREVENÇÃO, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO, ONDE ESTAMOS? Encontro Nacional de Infecções Respiratórias e Tuberculose Goiânia

Leia mais

Doente do sexo feminino, obesa, com 60 anos apresenta insuficiência venosa crónica, febre, sinais inflamatórios numa perna e não é diabética.

Doente do sexo feminino, obesa, com 60 anos apresenta insuficiência venosa crónica, febre, sinais inflamatórios numa perna e não é diabética. REVISÃO INTEGRADA DOS ANTIBACTERIANOS Casos clínicos Caso 1 infecções da pele Doente do sexo feminino, obesa, com 60 anos apresenta insuficiência venosa crónica, febre, sinais inflamatórios numa perna

Leia mais

PNEUMONIA. Internações por Pneumonia segundo regiões no Brasil, 2003

PNEUMONIA. Internações por Pneumonia segundo regiões no Brasil, 2003 PNEUMONIA Este termo refere-se à inflamação do parênquima pulmonar associada com enchimento alveolar por exudato. São infecções das vias respiratórias inferiores gerando um processo inflamatório que compromete

Leia mais

A pneumonia é uma doença inflamatória do pulmão que afecta os alvéolos pulmonares (sacos de ar) que são preenchidos por líquido resultante da

A pneumonia é uma doença inflamatória do pulmão que afecta os alvéolos pulmonares (sacos de ar) que são preenchidos por líquido resultante da 2 A pneumonia é uma doença inflamatória do pulmão que afecta os alvéolos pulmonares (sacos de ar) que são preenchidos por líquido resultante da inflamação, o que dificulta a realização das trocas gasosas.

Leia mais

03/07/2012. Mauro Gomes. Mauro Gomes. Mauro Gomes

03/07/2012. Mauro Gomes. Mauro Gomes. Mauro Gomes Início agudo Febre alta Dor pleurítica Tosse com expectoração purulenta EF: consolidação pulmonar Leucocitose com desvio à esquerda 1 semana de antibiótico Início lento Síndrome consumptiva Febre vespertina

Leia mais

Pneumonia adquirida na comunidade. Autores Bruno do Valle Pinheiro 1 Júlio César Abreu de Oliveira 2 Publicação: Jun-2006 Revisão: Fev-2007

Pneumonia adquirida na comunidade. Autores Bruno do Valle Pinheiro 1 Júlio César Abreu de Oliveira 2 Publicação: Jun-2006 Revisão: Fev-2007 Pneumonia adquirida na comunidade Autores Bruno do Valle Pinheiro 1 Júlio César Abreu de Oliveira 2 Publicação: Jun-2006 Revisão: Fev-2007 1 - Qual a definição de pneumonia adquirida na comunidade (PAC)?

Leia mais

Vigilância Epidemiológica de Pneumonias no Brasil

Vigilância Epidemiológica de Pneumonias no Brasil Vigilância Epidemiológica de Pneumonias no Brasil COVER/CGDT/ DEVEP/SVS/MS São Paulo,, setembro de 2007 Classificações das Pneumonias Local de aquisição Tempo de evolução Tipo do comprometimento Comunitária

Leia mais

Hospital Universitário Pedro Ernesto Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. Guia de Antibioticoterapia 2014

Hospital Universitário Pedro Ernesto Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. Guia de Antibioticoterapia 2014 Hospital Universitário Pedro Ernesto Comissão de Controle de Infecção Hospitalar Guia de Antibioticoterapia 2014 Situação Clínica Situações Especiais Erisipela ou Celulite Clavulim Oxacilina sepse ou sepse

Leia mais

PROTOCOLO GERENCIADO DE SEPSE PACIENTE COM CONDUTA PARA SEPSE (OPÇÃO 2 E 3 - COLETA DE EXAMES/ANTIBIÓTICO)

PROTOCOLO GERENCIADO DE SEPSE PACIENTE COM CONDUTA PARA SEPSE (OPÇÃO 2 E 3 - COLETA DE EXAMES/ANTIBIÓTICO) DADOS DO PACIENTE PROTOCOLO GERENCIADO DE SEPSE PACIENTE COM CONDUTA PARA SEPSE (OPÇÃO 2 E 3 - COLETA DE EXAMES/ANTIBIÓTICO) Iniciais: Registro: Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino Data de nascimento: / /

Leia mais

Diretriz para Pneumonias Adquiridas na Comunidade (PAC) em Adultos Imunocompetentes

Diretriz para Pneumonias Adquiridas na Comunidade (PAC) em Adultos Imunocompetentes Jornal Brasileiro de Pneumologia 30(Supl 4) Novembro de 2004 Diretriz para Pneumonias Adquiridas na Comunidade (PAC) em Adultos Imunocompetentes RESUMO EXECUTIVO A presente versão é fruto da análise criteriosa

Leia mais

Actualizado em 28-09-2009* Definição de caso, de contacto próximo e de grupos de risco para complicações

Actualizado em 28-09-2009* Definição de caso, de contacto próximo e de grupos de risco para complicações Definição de caso, de contacto próximo e de grupos de risco para complicações 1. Introdução A evolução da epidemia causada pelo vírus da gripe pandémica (H1N1) 2009 implica que as medidas sejam adaptadas

Leia mais

Protocolo de Condutas na Avaliação de Infecções de Vias Aéreas Inferiores no Idoso em Instituição de Longa Permanência

Protocolo de Condutas na Avaliação de Infecções de Vias Aéreas Inferiores no Idoso em Instituição de Longa Permanência Protocolo de Condutas na Avaliação de Infecções de Vias Aéreas Inferiores no Idoso em Instituição de Longa Permanência Versão eletrônica atualizada em Junho 2010 Autores do protocolo: Fernando Gatti de

Leia mais

EDITORIAL. (PACs) Profa. Dra. Margareth da Eira

EDITORIAL. (PACs) Profa. Dra. Margareth da Eira Diagnóstico Digite para introduzir e Tratamento texto de Pneumonias Adquiridas em Comunidade (PACs) Médica Infectologista do Ambulatório Didático do Instituto de Infectologia Emílio Ribas Mestre em Ciências

Leia mais

DISCIPLINA DE EMERGÊNCIAS CLÍNICAS - HC-FMUSP

DISCIPLINA DE EMERGÊNCIAS CLÍNICAS - HC-FMUSP DISCIPLINA DE EMERGÊNCIAS CLÍNICAS - HC-FMUSP PROTOCOLO DE ABORDAGEM E TRATAMENTO EMPÍRICO DA PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE EM ADULTOS Disciplina de Emergências Clínicas do HC-FMUSP São Paulo - Brasil

Leia mais

Diretrizes Assistenciais

Diretrizes Assistenciais Diretrizes Assistenciais Manuseio da Meningite Bacteriana Aguda Versão eletrônica atualizada em Novembro 2008 Manuseio da Meningite Bacteriana Aguda Introdução A meningite bacteriana aguda é um processo

Leia mais

GUIA DE ANTIBIOTICOTERAPIA EMPÍRICA PARA O ANO DE 2011

GUIA DE ANTIBIOTICOTERAPIA EMPÍRICA PARA O ANO DE 2011 UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR GUIA DE ANTIBIOTICOTERAPIA EMPÍRICA PARA O ANO DE 2011 INFECÇÕES S SITUAÇÃO CLÍNICA

Leia mais

Pneumonia comunitária e pneumo- nia hospitalar em adultos

Pneumonia comunitária e pneumo- nia hospitalar em adultos Simpósio: Condutas em enfermaria de clínica médica de hospital de média complexidade - Parte 2 Capítulo III Pneumonia comunitária e pneumo- nia hospitalar em adultos Community-acquired pneumonia and nosocomial

Leia mais

b) indique os exames necessários para confirmar o diagnóstico e avaliar o grau de comprometimento da doença. (8,0 pontos)

b) indique os exames necessários para confirmar o diagnóstico e avaliar o grau de comprometimento da doença. (8,0 pontos) 01 Um homem de 30 anos de idade, que morou em área rural endêmica de doença de Chagas até os 20 anos de idade, procurou banco de sangue para fazer doação de sangue e foi rejeitado por apresentar sorologia

Leia mais

Parte I Pneumonia adquirida na comunidade (PAC)

Parte I Pneumonia adquirida na comunidade (PAC) Parte I Pneumonia adquirida na comunidade (PAC) PAC é aquela que acomete o paciente fora do ambiente hospitalar ou que surge nas primeiras 48 horas da admissão (1). Entre as internações por doenças respiratórias,

Leia mais

SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE HOSPITAL INFANTIL JOANA DE GUSMÃO

SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE HOSPITAL INFANTIL JOANA DE GUSMÃO SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE HOSPITAL INFANTIL JOANA DE GUSMÃO PROTOCOLO DE ATENDIMENTO ROTINA: NÚMERO 06 2013 TÍTULO: PNEUMONIA COMUNITÁRIA FLUXOGRAMA IMPLANTAÇÃO: SETOR: EMERGÊNCIA EXTERNA HIJG VERSÃO:

Leia mais

Recomendações de abordagem diagnóstica e terapêutica da pneumonia da comunidade em adultos imunocompetentes

Recomendações de abordagem diagnóstica e terapêutica da pneumonia da comunidade em adultos imunocompetentes REV PORT PNEUMOL IX (5): 435-461 RECOMENDAÇÕES/GUIDELINES Recomendações de abordagem diagnóstica e terapêutica da pneumonia da comunidade em adultos imunocompetentes Portuguese Respiratory Society guidelines

Leia mais

Pneumonia Comunitária no Adulto Atualização Terapêutica

Pneumonia Comunitária no Adulto Atualização Terapêutica Pneumonia Comunitária no Adulto Carlos Alberto de Professor Titular de Pneumologia da Escola Médica de PósGraduação da PUC-Rio Membro Titular da Academia Nacional de Medicina Chefe do Serviço de Pneumologia,

Leia mais

Pneumonia Comunitária

Pneumonia Comunitária Dr Alex Macedo Pneumonia Comunitária Pneumonias Conceito Processo patológico complexo que resulta na acumulação de fluído (edema) e células inflamatórias nos alvéolos, em resposta à proliferação de micro-organismos

Leia mais

SÍNDROME DE LADY WINDERMERE. Identificação: 45 anos, feminina, branca, natural e procedente de São Paulo, representante comercial.

SÍNDROME DE LADY WINDERMERE. Identificação: 45 anos, feminina, branca, natural e procedente de São Paulo, representante comercial. SÍNDROME DE LADY WINDERMERE Identificação: 45 anos, feminina, branca, natural e procedente de São Paulo, representante comercial. Novembro de 2012: Tosse persistente, dispnéia e cefaléia, quando suspeitaram

Leia mais

Pneumonia adquirida na comunidade no adulto. Autor(es) Bruno do Valle Pinheiro 1 Júlio César Abreu de Oliveira 2 Jan-2010

Pneumonia adquirida na comunidade no adulto. Autor(es) Bruno do Valle Pinheiro 1 Júlio César Abreu de Oliveira 2 Jan-2010 Pneumonia adquirida na comunidade no adulto Autor(es) Bruno do Valle Pinheiro 1 Júlio César Abreu de Oliveira 2 Jan-2010 1 - Qual a definição de pneumonia adquirida na comunidade (PAC)? PAC é a infecção

Leia mais

27/04/2016. Diferenças na exacerbação infecciosa na DPOC vs. DPOC com pneumonia. Mara Figueiredo

27/04/2016. Diferenças na exacerbação infecciosa na DPOC vs. DPOC com pneumonia. Mara Figueiredo Diferenças na exacerbação infecciosa na DPOC vs. DPOC com pneumonia Mara Figueiredo Conflitos de Interesse CFM nº 1.59/00 de 18/5/2000 e ANVISA nº 120/2000 de 30/11/2000 Nos últimos doze meses recebi apoio

Leia mais

Infecções do Sistema Nervoso Central

Infecções do Sistema Nervoso Central Infecções do Sistema Nervoso Central Doenças graves com risco de vida. Podem ter evolução aguda (< 24horas), subaguda ( 4 semanas). Principais Infecções: Meningites, Meningoencefalites,

Leia mais

ESTUDO DIRIGIDO - PNEUMONIA

ESTUDO DIRIGIDO - PNEUMONIA ESTUDO DIRIGIDO - PNEUMONIA Leia os dois casos clínicos abaixo e as perguntas que fizemos sobre eles. Mas não comece a responder ainda. Depois de analisar bem os dois casos, abra o texto Pneumonia Diretriz

Leia mais

INVERNO GAÚCHO. ções respiratórias rias agudas (IRAs) em pessoas com 60 anos e mais

INVERNO GAÚCHO. ções respiratórias rias agudas (IRAs) em pessoas com 60 anos e mais INVERNO GAÚCHO - 2008 Norma Técnica T e Operacional para infecçõ ções respiratórias rias agudas (IRAs) em pessoas com 60 anos e mais GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DA SAÚDE PROGRAMA

Leia mais

As disfunções respiratórias são situações que necessitam de intervenções rápidas e eficazes, pois a manutenção da função

As disfunções respiratórias são situações que necessitam de intervenções rápidas e eficazes, pois a manutenção da função As disfunções respiratórias são situações que necessitam de intervenções rápidas e eficazes, pois a manutenção da função respiratória é prioritária em qualquer situação de intercorrência clínica. O paciente

Leia mais

CARLA DISCACCIATI SILVEIRA

CARLA DISCACCIATI SILVEIRA CARLA DISCACCIATI SILVEIRA AVALIAÇÃO DOS CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO E MORTALIDADE DE PACIENTES COM PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE ADMITIDOS NO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG NO PERÍODO DE 2005 A 2007 Belo

Leia mais

PNEUMONIAS COMUNITÁRIAS

PNEUMONIAS COMUNITÁRIAS PNEUMONIAS COMUNITÁRIAS A maior parte dos casos são as chamadas comunitárias ou não nosocomiais Típica Não relacionada à faixa etária. Causada por S. pneumoniae, H. influenzae e S. aureus. Sintomatologia

Leia mais

Antibioticoterapia NA UTI. Sammylle Gomes de Castro PERC 2015.2

Antibioticoterapia NA UTI. Sammylle Gomes de Castro PERC 2015.2 Antibioticoterapia NA UTI Sammylle Gomes de Castro PERC 2015.2 O uso racional de Antimicrobianos 1) Qual antibiótico devo escolher? 2) Antibióticos dão reações alérgicas? 3) Vírus fica bom com antibiótico?????????

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOCIÊNCIAS APLICADAS À FARMÁCIA Perfil de Sensibilidade de Staphylococcus aureus e conduta terapêutica em UTI adulto de Hospital Universitário

Leia mais

Passos para a prática de MBE Elaboração de uma pergunta clínica Passos para a prática de MBE

Passos para a prática de MBE Elaboração de uma pergunta clínica Passos para a prática de MBE Passos para a prática de MBE Elaboração de uma pergunta clínica Dr. André Deeke Sasse 1. Formação da pergunta 2. Busca de melhor evidência resposta 3. Avaliação crítica das evidências 4. Integração da

Leia mais

DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA DPOC.

DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA DPOC. DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA DPOC. Objetivos Ao final desta aula o aluno deverá: Ser capaz de definir a DPOC, e seus dois tipos: enfisema pulmonar e bronquite crônica. Reconhecer os sintomas e sinais

Leia mais

DENGUE. Médico. Treinamento Rápido em Serviços de Saúde. Centro de Vigilância Epidemiológica Prof. Alexandre Vranjac

DENGUE. Médico. Treinamento Rápido em Serviços de Saúde. Centro de Vigilância Epidemiológica Prof. Alexandre Vranjac DENGUE Treinamento Rápido em Serviços de Saúde Médico 2015 Centro de Vigilância Epidemiológica Prof. Alexandre Vranjac O Brasil e o estado de São Paulo têm registrado grandes epidemias de dengue nos últimos

Leia mais

Protocolos Não Gerenciados

Protocolos Não Gerenciados Protocolos Não Gerenciados Unidade de Pediatria FEBRE SEM SINAIS LOCALIZATÓRIOS EM CRIANÇAS ATÉ 3 ANOS Versão eletrônica atualizada em Dezembro 2005 SBIB Hospital Albert Einstein Page 1 of 7 Protocolo

Leia mais

Diretrizes brasileiras para pneumonia adquirida na comunidade em adultos imunocompetentes - 2009*

Diretrizes brasileiras para pneumonia adquirida na comunidade em adultos imunocompetentes - 2009* Diretrizes da SBPT Diretrizes brasileiras para pneumonia adquirida na comunidade em adultos imunocompetentes - 2009* Brazilian guidelines for community-acquired pneumonia in immunocompetent adults - 2009

Leia mais

CASO 7 PNEUMONIA COMUNITÁRIA

CASO 7 PNEUMONIA COMUNITÁRIA CASO 7 PNEUMONIA COMUNITÁRIA DR BERNARDO MONTESANTI MACHADO DE ALMEIDA SERVIÇO DE EPIDEMIOLOGIA COMPLEXO HOSPITAL DE CLÍNICAS CURITIBA, 15 DE AGOSTO DE 2017 CASO CLÍNICO Masculino, 26 anos, previamente

Leia mais

PROFILAXIA CIRÚRGICA. Valquíria Alves

PROFILAXIA CIRÚRGICA. Valquíria Alves PROFILAXIA CIRÚRGICA Valquíria Alves INFECÇÃO DO LOCAL CIRÚRGICO (ILC) Placeholder for your own subheadline A infecção do local cirúrgico (ILC) é uma complicação comum da cirurgia, com taxas de incidência

Leia mais

TREINAMENTO CLÍNICO EM MANEJO DA DENGUE 2016. Vigilância Epidemiológica Secretaria Municipal de Saúde Volta Redonda

TREINAMENTO CLÍNICO EM MANEJO DA DENGUE 2016. Vigilância Epidemiológica Secretaria Municipal de Saúde Volta Redonda TREINAMENTO CLÍNICO EM MANEJO DA DENGUE 2016 Vigilância Epidemiológica Secretaria Municipal de Saúde Volta Redonda DENGUE O Brasil têm registrado grandes epidemias de dengue nos últimos 10 anos com aumento

Leia mais

PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO H1N1

PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO H1N1 PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO H1N1 ORIENTAÇÕES GERAIS SANTA CASA DE MISERICÓRIDA DE CAPÃO BONITO COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR JULHO 2009 PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO DA INFLUENZA Em atendimento

Leia mais

PASSOS PARA A PRÁTICA DE MBE. ELABORAÇÃO DE UMA PERGUNTA CLÍNICA André Sasse sasse@cevon.com.br PASSOS PARA A PRÁTICA DE MBE ELABORAÇÃO DA PERGUNTA

PASSOS PARA A PRÁTICA DE MBE. ELABORAÇÃO DE UMA PERGUNTA CLÍNICA André Sasse sasse@cevon.com.br PASSOS PARA A PRÁTICA DE MBE ELABORAÇÃO DA PERGUNTA PASSOS PARA A PRÁTICA DE MBE Curso Avançado MBE ELABORAÇÃO DE UMA PERGUNTA CLÍNICA André Sasse sasse@cevon.com.br 1. Formação da pergunta 2. Busca de melhor evidência resposta 3. Avaliação crítica das

Leia mais

Doença falciforme: Infecções

Doença falciforme: Infecções Doença falciforme: Infecções Célia Maria Silva Médica Hematologista da Fundação Hemominas celia.cmaria@gmail.com Eventos infecciosos Importância Incidência Faixa etária mais acometida (6m - 5a) Internações

Leia mais

(Richard Digite G. Wunderink, para introduzir MD, e Grant texto W. Waterer, MB, BS, Ph.D. )

(Richard Digite G. Wunderink, para introduzir MD, e Grant texto W. Waterer, MB, BS, Ph.D. ) Uma mulher de 67 anos de idade com doença de Alzheimer leve e história de 02 dias de tosse, febre e aumento de confusão mental, é transferida de uma casa de repouso para o serviço de emergência. De acordo

Leia mais

Caso Clínico. Emanuela Bezerra - S5 28/04/2014

Caso Clínico. Emanuela Bezerra - S5 28/04/2014 Caso Clínico Emanuela Bezerra - S5 28/04/2014 IDENTIFICAÇÃO: M.P.B.S, sexo feminino, 27 anos, solteira, procedente de Nova Olinda-CE, Q.P.: " pele amarelada e com manchas vermelhas" HDA: Paciente relata

Leia mais

Quadro Clínico O idoso, ao oposto do paciente jovem, não apresenta o quadro clássico (febre, tosse e dispnéia), aparecendo em apenas 30,7%. Alteração status mental 44,6%. A ausculta não é específica e

Leia mais

Fluxograma sistema respiratório

Fluxograma sistema respiratório Fluxograma sistema respiratório Lucieni Conterno & Oscar Chagas QUADRO RESPIRATÓRIO EM PACIENTES HIV Pacientes com infecção pelo HIV possuem risco maior que a população geral para desenvolverem Pneumonia,

Leia mais

Indicações e Cuidados Transfusionais com o Paciente Idoso

Indicações e Cuidados Transfusionais com o Paciente Idoso Indicações e Cuidados Transfusionais com o Paciente Idoso Dra. Maria Odila Jacob de Assis Moura Centro de Hematologia de São Paulo Setembro/2006 Guidelines 1980 National Institutes of Health 1984 American

Leia mais

CONSULTA EM PNEUMOLOGIA CÓDIGO SIA/SUS: 03.01.01.007-2. Motivos para encaminhamento:

CONSULTA EM PNEUMOLOGIA CÓDIGO SIA/SUS: 03.01.01.007-2. Motivos para encaminhamento: CONSULTA EM PNEUMOLOGIA CÓDIGO SIA/SUS: 03.01.01.007-2 Motivos para encaminhamento: 1. Dor torácica 3. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica 4. Nódulo pulmonar 5. Pneumonia Adquirida na Comunidade 6. Tosse

Leia mais

A ÉDIC A M IC CLÍN CSI INFECTOLOGIA VOL. 1

A ÉDIC A M IC CLÍN CSI INFECTOLOGIA VOL. 1 SIC CLÍNICA MÉDICA INFECTOLOGIA VOL. 1 Autoria e colaboração Durval Alex Gomes e Costa Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Especialista em Infectologia pelo Hospital

Leia mais

Insuficiência respiratória aguda. Prof. Claudia Witzel

Insuficiência respiratória aguda. Prof. Claudia Witzel Insuficiência respiratória aguda O que é!!!!! IR aguda Incapacidade do sistema respiratório de desempenhar suas duas principais funções: - Captação de oxigênio para o sangue arterial - Remoção de gás carbônico

Leia mais

Circulação sanguínea Intrapulmonar. V. Pulmonar leva sangue oxigenado do pulmão para o coração.

Circulação sanguínea Intrapulmonar. V. Pulmonar leva sangue oxigenado do pulmão para o coração. DOENÇAS PULMONARES Árvore Brônquica Circulação sanguínea Intrapulmonar V. Pulmonar leva sangue oxigenado do pulmão para o coração. A. Pulmonar traz sangue venoso do coração para o pulmão. Trocas Histologia

Leia mais

Hemoglobinopatias. Dra. Débora Silva Carmo

Hemoglobinopatias. Dra. Débora Silva Carmo Hemoglobinopatias Dra. Débora Silva Carmo Hemoglobinopatias O que é hemoglobina É a proteína do sangue responsável em carregar o oxigênio para os tecidos Qual é a hemoglobina normal? FA recém-nascido AA

Leia mais

Nota Técnica: Prevenção da infecção neonatal pelo Streptococcus agalactiae (Estreptococo Grupo B ou GBS)

Nota Técnica: Prevenção da infecção neonatal pelo Streptococcus agalactiae (Estreptococo Grupo B ou GBS) Prefeitura do Município de São Paulo Secretaria Municipal da Saúde Áreas Técnicas da Saúde da Mulher e da Criança e Assistência Laboratorial Nota Técnica: Prevenção da infecção neonatal pelo Streptococcus

Leia mais

DOENÇA POR LEGIONELLA

DOENÇA POR LEGIONELLA SESSÃO CLÍNICA DOENÇA POR LEGIONELLA DIVA TRIGO, JOANA BATISTA, PATRÍCIA PACHECO S.INFECCIOLOGIA 13 NOVEMBRO 2014 Doença por Legionella 12-11-2014 3º maior surto na Europa 302 casos 49 UCI 9 óbitos Doença

Leia mais

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO MATERNIDADEESCOLAASSISCHATEAUBRIAND Diretrizesassistenciais INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO Gilberto Gomes Ribeiro Francisco Edson de Lucena Feitosa IMPORTÂNCIA A infecção do trato

Leia mais

Paciente de 89 anos, vem à consulta médica relatando nauseas e vômitos há 2 dias. Previamente à consulta encontravase bem, assintomática.

Paciente de 89 anos, vem à consulta médica relatando nauseas e vômitos há 2 dias. Previamente à consulta encontravase bem, assintomática. Paciente de 89 anos, vem à consulta médica relatando nauseas e vômitos há 2 dias. Previamente à consulta encontravase bem, assintomática. Faz tratamento para hipertensão arterial e insuficiência cardíaca

Leia mais

Infecções Respiratórias. Pneumonias TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR

Infecções Respiratórias. Pneumonias TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR c SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA I Curso de Pneumologia na Graduação Infecções Respiratórias. Pneumonias Faculdade de Medicina da Bahia 29 a 31 Maio de 2008 Ricardo de Amorim Corrêa Departamento

Leia mais

Diretrizes Assistenciais PREVENÇÃO DA DOENÇA ESTREPTOCÓCICA NEONATAL

Diretrizes Assistenciais PREVENÇÃO DA DOENÇA ESTREPTOCÓCICA NEONATAL Diretrizes Assistenciais PREVENÇÃO DA DOENÇA ESTREPTOCÓCICA NEONATAL Versão eletrônica atualizada em fev/2012 O agente etiológico e seu habitat A doença estreptocócica neonatal é causada por uma bactéria,

Leia mais

O QUE VOCÊ PRECISA SABER

O QUE VOCÊ PRECISA SABER DIAGNÓSTICO DE INFLUENZA E OUTROS VIRUS RESPIRATÓRIOS NO HIAE. O QUE VOCÊ PRECISA SABER Maio de 2013 Laboratório Clínico Serviço de Controle de Infecção Hospitalar Apenas para lembrar alguns aspectos das

Leia mais

Resposta: Dilatação dos brônquios na tomografia (bronquiectasia) e nível hidro-aéreo na radiografia do tórax (abscesso).

Resposta: Dilatação dos brônquios na tomografia (bronquiectasia) e nível hidro-aéreo na radiografia do tórax (abscesso). 1 a Questão: (20 pontos) Um paciente de 35 anos, com história de sarampo na infância, complicada por pneumonia, informa que há mais de cinco anos apresenta tosse com expectoração matinal abundante e que

Leia mais

PROTOCOLO DE ATENDIMENTO AOS PACIENTES COM INFECÇÃO DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR

PROTOCOLO DE ATENDIMENTO AOS PACIENTES COM INFECÇÃO DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR PROTOCOLO DE ATENDIMENTO AOS PACIENTES COM INFECÇÃO DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR 2015 Paula Schmidt Azevedo Gaiolla Liana Ssa Coelho Ricardo de Sza Cavalcante Disciplina de Clínica Médica e Disciplina

Leia mais

PNEUMONIAS NA INFÂNCIA

PNEUMONIAS NA INFÂNCIA PNEUMONIAS NA INFÂNCIA Hiargo Siqueira Hugo Santos EPIDEMIOLOGIA 4-6 Infecções respiratórias agudas (IRA s)/ano; 2-3% evoluem para pneumonia; Mundo (< 5 anos): 150,7 milhões/ano. 11-20 milhões de internações

Leia mais

Resultados de estudos sobre pneumonia na infância

Resultados de estudos sobre pneumonia na infância Universidade Federal da Bahia Faculdade de Medicina da Bahia Departamento de Pediatria Resultados de estudos sobre pneumonia na infância Métodos Específicos e Não Invivos em Crianç Brileir Hospitalizad

Leia mais

Pneumonia adquirida na comunidade em crianças e adolescentes

Pneumonia adquirida na comunidade em crianças e adolescentes TE-5 REMESSA DE documentos de CAIXA, EXTRA-CAIXA E CONTABILIDADE PARA MICROFILMAGEM DIBAN/DPSAG - Depto. de Processos e Suporte às Agências Tipo Documental Pneumonia adquirida na comunidade em crianças

Leia mais

DOENÇAS INFECCIOSAS DO CORAÇÃO

DOENÇAS INFECCIOSAS DO CORAÇÃO UNESC ENFERMAGEM SAÚDE DO ADULTO PROFª: : FLÁVIA NUNES DOENÇAS INFECCIOSAS DO CORAÇÃO ENDOCARDITE REUMÁTICA O desenvolvimento da endocardite reumática é atribuído diretamente à febre reumática, uma doença

Leia mais

Rotina para Prevenção de Transmissão de Tuberculose Nosocomial

Rotina para Prevenção de Transmissão de Tuberculose Nosocomial MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE HOSPITAL FEDERAL DE BONSUCESSO COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR ROTINA A13 elaborada em 09/12/2010 Rotina para Prevenção de Transmissão de Tuberculose

Leia mais

Atualização do Congresso Americano de Oncologia 2014. Fabio Kater

Atualização do Congresso Americano de Oncologia 2014. Fabio Kater Atualização do Congresso Americano de Oncologia 2014 Fabio Kater Multivitaminas na prevenção do câncer de mama, próstata e pulmão: caso fechado! Revisão da literatura para tipos específicos de câncer

Leia mais

Tema da Aula Teórica: Pneumonias Autor(es): Maria Inês Ribeiro Equipa Revisora:

Tema da Aula Teórica: Pneumonias Autor(es): Maria Inês Ribeiro Equipa Revisora: Anotadas do 5º Ano 2008/09 Data: 26 Novembro 2008 Disciplina: Medicina Prof.: Dr. Germano do Carmo Tema da Aula Teórica: Pneumonias Autor(es): Maria Inês Ribeiro Equipa Revisora: Nota 1: O professor incidiu

Leia mais

O pulmão na Artrite Reumatoide

O pulmão na Artrite Reumatoide O pulmão na Artrite Reumatoide Dr. Alexandre de Melo Kawassaki Grupo de Doenças Intersticiais Pulmonares, InCor HC-FMUSP Pneumologista do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo - ICESP e do Hospital

Leia mais

DEFINIÇÃO: É a inflamação aguda das estruturas do parênquima pulmonar.

DEFINIÇÃO: É a inflamação aguda das estruturas do parênquima pulmonar. PNEUMONIAS DEFINIÇÃO: É a inflamação aguda das estruturas do parênquima pulmonar. Doenças respiratórias são responsáveis por aproximadamente 12% das mortes notificadas no país, sendo as pneumonias responsáveis

Leia mais

Bronquiectasia. Bronquiectasia. Bronquiectasia - Classificação

Bronquiectasia. Bronquiectasia. Bronquiectasia - Classificação Bronquiectasia Bronquiectasia É anatomicamente definida como uma dilatação e distorção irreversível dos bronquíolos, em decorrência da destruição dos componentes elástico e muscular de sua parede Prof.

Leia mais

Meningite Bacteriana

Meningite Bacteriana Meningite Bacteriana Conceito Infecção aguda que acomete as leptomeninges (aracnóide e pia-máter), envolvendo o cérebro e a medula espinhal. Page 2 Epidemiologia Doença comum, de alta mortalidade e morbidade

Leia mais

- Miocardiopatias. - Arritmias. - Hipervolemia. Não cardiogênicas. - Endotoxemia; - Infecção Pulmonar; - Broncoaspiração; - Anafilaxia; - Etc..

- Miocardiopatias. - Arritmias. - Hipervolemia. Não cardiogênicas. - Endotoxemia; - Infecção Pulmonar; - Broncoaspiração; - Anafilaxia; - Etc.. AULA 13: EAP (EDEMA AGUDO DE PULMÃO) 1- INTRODUÇÃO O edema agudo de pulmão é uma grave situação clinica, de muito sofrimento, com sensação de morte iminente e que exige atendimento médico urgente. 2- CONCEITO

Leia mais

PNEUMONIAS. Maria João Rocha Brito. Unidade de Infecciologia Hospital Dona Estefânia CHLC EPE joao.rochabrito@netcabo.pt

PNEUMONIAS. Maria João Rocha Brito. Unidade de Infecciologia Hospital Dona Estefânia CHLC EPE joao.rochabrito@netcabo.pt PNEUMONIAS Maria João Rocha Brito Unidade de Infecciologia Hospital Dona Estefânia CHLC EPE joao.rochabrito@netcabo.pt PNEUMONIAS Pneumonia Incidência 36 40:1000 < 5 anos Europa 2,5 milhões casos/ano PNEUMONIAS

Leia mais

DIRETRIZES BRASILEIRAS DE PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE EM ADULTOS IMUNOCOMPETENTES 2008

DIRETRIZES BRASILEIRAS DE PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE EM ADULTOS IMUNOCOMPETENTES 2008 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA COMISSÃO DE INFECÇÕES

Leia mais

DENGUE AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE SINAIS/SINTOMAS CLÁSSICOS SINAIS/SINTOMAS CLÁSSICOS MANIFESTAÇÕES HEMORRÁGICAS MANIFESTAÇÕES HEMORRÁGICAS

DENGUE AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE SINAIS/SINTOMAS CLÁSSICOS SINAIS/SINTOMAS CLÁSSICOS MANIFESTAÇÕES HEMORRÁGICAS MANIFESTAÇÕES HEMORRÁGICAS DENGUE AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE SINAIS/SINTOMAS SINAIS/SINTOMAS CLÁSSICOS CLÁSSICOS MANIFESTAÇÕES MANIFESTAÇÕES HEMORRÁGICAS HEMORRÁGICAS SINAIS SINAIS DE DE ALERTA ALERTA SINAIS SINAIS DE DE CHOQUE CHOQUE

Leia mais

Confira se os dados contidos na parte inferior desta capa estão corretos e, em seguida, assine no espaço reservado para isso.

Confira se os dados contidos na parte inferior desta capa estão corretos e, em seguida, assine no espaço reservado para isso. INSTRUÇÕES 1 Confira se os dados contidos na parte inferior desta capa estão corretos e, em seguida, assine no espaço reservado para isso. 2 3 4 Caso se identifique em qualquer outro local deste Caderno,

Leia mais

30/04/2014. Disfagia. Broncoaspiração X PNM (Pikus, Levine, Yang, 2003)

30/04/2014. Disfagia. Broncoaspiração X PNM (Pikus, Levine, Yang, 2003) MESA REDONDA IV Cuidados da fonoaudiologia: Diagnóstico e tratamento do paciente disfágico pós-estubação ou traqueostomizado Fga Luciana Passuello do Vale Prodomo Disfagia Qualquer problema no processo

Leia mais

A Pneumonia Nosocomial (PN) ou Pneumonia Adquirida em Meio Hospitalar é

A Pneumonia Nosocomial (PN) ou Pneumonia Adquirida em Meio Hospitalar é I INTRODUÇÃO I - INTRODUÇÃO A Pneumonia Nosocomial (PN) ou Pneumonia Adquirida em Meio Hospitalar é um tema de actualidade crescente, cuja incidência tem aumentado nas duas últimas décadas (1). É a segunda

Leia mais

Principais agentes causadores de pneumonia aguda adquirida na comunidade

Principais agentes causadores de pneumonia aguda adquirida na comunidade Principais agentes causadores de pneumonia aguda adquirida na comunidade Paôla Renate Barbosa Ortolan Resumo Os recentes tratamentos implantados no combate à pneumonia e demais infecções do trato respiratório

Leia mais

03/07/2012. Pneumonia Adquirida na Comunidade. Passos a Seguir Quando Ocorre Falha Terapêutica. Passos a Seguir Quando Ocorre Falha Terapêutica

03/07/2012. Pneumonia Adquirida na Comunidade. Passos a Seguir Quando Ocorre Falha Terapêutica. Passos a Seguir Quando Ocorre Falha Terapêutica Pneumonia Adquirida na Comunidade Passos a Seguir Quando Ocorre Falha Terapêutica Miguel Aidé UFF Goiana-2012 Pneumonia Adquirida na Comunidade Passos a Seguir Quando Ocorre Falha Terapêutica Miguel Aidé

Leia mais

Estimativa global de casos de Aids entre adultos e crianças, 2007. Pessoas vivendo com HIV/Aids, 2007. Total: 33 milhões (30 36 milhões)

Estimativa global de casos de Aids entre adultos e crianças, 2007. Pessoas vivendo com HIV/Aids, 2007. Total: 33 milhões (30 36 milhões) III Curso Nacional de Infecções Respiratórias Aids: Perfil atual da doença pulmonar na era pós-terapia anti-retroviral Dr. Unaí Tupinambás Dep. Clínica Médica da Faculdade de Medicina - UFMG Pessoas vivendo

Leia mais