Painel 1. Painel 1: Déficit de Mobilidade sobre trilhos e soluções para acelerar os investimentos

Transcrição

1 JORGE REBELO 1

2 Painel 1 Painel 1: Déficit de Mobilidade sobre trilhos e soluções para acelerar os investimentos 2

3 kms de linha por milhão de pop. urbana kms de linha Extensão da Rede Metroferroviária ,4 6340, Rede Metroferroviária dos BRICS 3180 Brasil Russia India China South Africa ,6 Densidade da Rede Trilhos /Milhão de Pop. Urbana 6,1 60,4 6,7 13 População Urbana (milhões) ,2 104,9 36,5 Brasil Russia India China South Africa 87,1 Brasil Russia India China South Africa 3

4 Ladaínha de Erros a Corrigir Para Implementar um Bom Projeto: Um Círculo Vicioso Má Governança nas RMs; Interferência de Orgãos de Controle Projetos de Engenharia Insatisfatórios Para Licitar Custos de Investimento muito altos /km Falta de Programa de Financiamento Federal Má Gestão de Projetos e Períodos de Implementação muito mais longos que estimado Fornecedores e Empreiteiros sem Capital de Trabalho Pouca Competividade Grandes Empreiteiros Falta de Capacidade Para obter Financiamento nas RMs 4

5 E então porque razão o Brasil não avançou mais nos Projetos de Transporte de Massa sobre Trilhos (PTMT)? Falta de Apoio Organizado do Governo Federal Má Governança das Regiões Metropolitanas (e.g. lutas entre município e estado, falta de Autoridade de Transporte) Falta de Bons Projetos de Engenharia prontos para licitar (que tristeza..) Licitações Demoradas Tradicionais (porque não mais turnkey?) Pouca Competição dos Grandes Empreiteiros Empreiteiros Sem Capital de Trabalho Demoras na Implementação por Má Gestão, falta de Boa Supervisão e Maus projetos, falhas inaceitáveis de fornecedores muitos sem capital de trabalho Custos muito mais altos que a média da América Latina Muitas Interferências de órgãos de controle Falta de um Champion a nível federal para criar o ambiente propício para desenvolvimento de PTMT pelas RMs Falta de Financiamento para Projetos Complexos que Duram mais de 4 anos Falta de Apoio Financeiro do Governo Federal às RMs 5

6 Retomada Descentralização BH, REC, Trensurb Prep. De Estandardes TMT Lançamento PTMT com metas e nomeação champion Governo Federal e o Programa de Transporte de Massa sobre Trilhos Lançamento PTMT para RMs médias Fundo Fin. Investimentos PTMT Fundo Fin. Projectos PTMT 6

7 Se eu fosse o conselheiro do candidato, proporia lançar os seguintes programas imediatamente I. Programa de Transporte de Massa Sobre Trilhos (PTMT) para alavancar mais projetos sobre trilhos nas grandes regiões metropolitanas e melhorar a sustentabilidade do setor. II. III. IV. Retomaria o Programa de Descentralização da CBTU em Belo Horizonte e Recife e ajudaria na expansão desses sistemas Negociaria com o Estado do Rio Grande do Sul/Mun. de Porto Alegre a estadualização e eventual concessão da Trensurb ao setor privado e a expansão da rede Lançaria o Programa das Cidades de Porte Médio que identificará e reservará Corredores para Inserção Metroferroviária V. Estabeleceria com a ANPTrilhos os standards para os sistemas metroferroviários do Brasil 7

8 Lançamento de Um Programa de Transporte de Massa Sobre Trilhos (PTMT) O programa definiria metas para os próximos 10 anos de governo em número de kms de linhas, passageiros transportados e redução de emissões de CO2 de Metrô, Ferrovias Suburbanas, Veículo Leve sobre Trilhos (VLTs) e outro Transporte Urbano Guiado Sobre Trilho (TUGT) Nomearia imediatamente um Champion e uma equipe de apoio para este programa Seria a Face do Governo encarregado de Implementar o Programa e responder pelo seu progresso. Personagem conhecida por todos como um Grande Implementador e Alavancador de Recursos. O Governo concederia poderes especiais para ele poder agir com rapidez e não se perder na burocracia dos Ministérios. Criaria um Fundo usando recursos Nacionais, Bilaterais e Multilaterais para ajudar na Preparação de Projetos Metroferroviários incluindo anteprojeto, avaliações ambientais e sociais, avaliação economica, projeto básico e projeto básico avançado requeridos pelas regiões metropolitanas. Encorajaria todas as Regiões Metropolitanas (RMs) a criar bancos de projetos viáveis 8

9 O Governo criaria um Fundo de Financiamento Parcial de PTMT com recursos federais e outros que poderão ser financiados por bilaterais e multilaterais. Definiria que projetos aprovados poderiam receber até 1/3 de financiamento federal a fundo perdido em troca de evidência que a RM cumpre com os 4 pilares de sustentabilidade: Ter uma Autoridade Pública de Transporte ou Mobilidade envolvendo pelo menos a Prefeitura mais importante da RM e o Governo do Estado. Ela deve ser aprovada por ambos governos e dotada de orçamento para racionalizar o Sistema de Transporte Público Ter Uma Estratégia Integrada de Transporte Urbano, Uso do Solo e Qualidade do Ar, com programas de DOT (Desenvolvimento Orientado para o Transporte de Massa) discutida em audiência pública e revista por um grupo de expertos Ter além dos orçamentos estadual e municipal, mecanismos de financiamento como impostos de melhoria, receitas de publicidade, aluguel de espaços, uso do direito de via para fibra ótica, receitas advindas de programas DOT, etc Ter um clima propício para encorajar a participação do setor privado em operações e investimento no setor com a devida regulação. 9

10 Retomaria o Programa de Estadualização da CBTU que parou em 2003: Retomaria a Estadualização do Metrô-BH como acordado no empréstimo federal de 1995 e poria isso como condição para financiamento federal parcial para as tão necesárias Linhas 2 e 3 da RMBH Retomaria a Estadualização do Metrô-REC como acordado no empréstimo federal de 1995 e poria isso como condição para financiamento parcial federal para a tão necessária ligação do Metrorec com o Centro de Recife Apoiaria tanto BH como Recife numa possível concessão ao setor privado dos sistemas existentes como forma de gerar fundos para as novas linhas. Em Fortaleza, renovaria o empréstimo original para Linha Oeste que foi drasticamente reduzido em Repensaria o papel da CBTU transformando-a em uma divisão da Secretaria de Mobilidade baseada no Nordeste para apoiar os sistemas de Maceió, João Pessoa, Natal e Teresina que são pequenos. Mesmo sendo pequenos deveria ser avaliado se uma concessão com subsídio ao setor privado não teria melhor resultado e desempenho financeiro que o atual 10

11 Negociaria com o Estado do Rio Grande do Sul a estadualização e concessão da Trensurb ao setor privado e sua expansão. Lançaria o Programa das Cidades de Porte Médio que identificará e reservará Corredores para Inserção Metroferroviária. Os corredores identificados receberiam fundos para estudos preliminares para definir as opções mais adequadas. Solicitaria ao Ministério de Transportes e à ANTT que considerara a importância de permitir acesso a trens intercidades nas malhas concessionadas aos operadores de carga, particularmente à volta de regiões metropolitanas muito densas como São Paulo e Rio. 11

12 Sumário O Governo Federal (GF)deverá sair da operação de sistemas metroferroviários e deixar essa função às Autoridades Locais O GF deverá reconhecer que sem sua ajuda financeira as Autoridades Locais carecem na maior parte dos casos dos recursos para implementar sistemas metroferroviários e buscam muitas vezes soluções menos adequadas. O GF deveria lançar um programa para as cidades de porte médio onde há corredores candidatos a sistemas de trilhos O GF deveria premiar as RMs que se estruturam com os 4 pilares O GF deveria ajudar a ANPTrilhos na preparação de standards para sistemas metroferroviários O GF deveria estar atento à necessidade de trens intercidades num raio de 100 km de grandes regiões metropolitanas do Brasil 12