BRUNO BATISTA. Diretor Executivo da CNT
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- Tânia Varejão Amarante
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1 BRUNO BATISTA Diretor Executivo da CNT
2 Painel 1 Painel 1: Déficit de Mobilidade sobre trilhos e soluções para acelerar os investimentos
3 Mobilidade urbana O transporte sobre trilhos e a mobilidade urbana Transporte metroferroviário de passageiros Sistemas metroferroviários no Brasil Déficit de infraestrutura metroferroviária Como solucionar o déficit de infraestrutura Financiamento O papel do governo federal
4 Mobilidade urbana Política Nacional de Mobilidade Urbana Lei nº /2012 Art. 2 o A Política Nacional de Mobilidade Urbana tem por objetivo contribuir para o acesso universal à cidade, o fomento e a concretização das condições que contribuam para a efetivação dos princípios, objetivos e diretrizes da política de desenvolvimento urbano, por meio do planejamento e da gestão democrática do Sistema Nacional de Mobilidade Urbana
5 Mobilidade urbana Política Nacional de Mobilidade Urbana Lei nº /2012 Art. 7 o A Política Nacional de Mobilidade Urbana possui os seguintes objetivos: I - reduzir as desigualdades e promover a inclusão social; II - promover o acesso aos serviços básicos e equipamentos sociais; III - proporcionar melhoria nas condições urbanas da população no que se refere à acessibilidade e à mobilidade; IV - promover o desenvolvimento sustentável com a mitigação dos custos ambientais e socioeconômicos dos deslocamentos de pessoas e cargas nas cidades; e V - consolidar a gestão democrática como instrumento e garantia da construção contínua do aprimoramento da mobilidade urbana.
6 Mobilidade urbana Política Nacional de Mobilidade Urbana Lei nº /2012 Integração com a política de desenvolvimento urbano (planejamento e gestão dos usos do solo); Política Nacional de Mobilidade Urbana PNMU (Lei n.º /2012) Priorização dos serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado; Integração entre os modos e os serviços de transporte urbano; Priorização de projetos de transporte público coletivo estruturadores do território e indutores do desenvolvimento urbano integrado.
7 O transporte sobre trilhos e a mobilidade urbana Quando a melhor opção para a cidade é o transporte sobre trilhos? Fonte: Transporte Metroferroviário de Passageiros Transporte & Desenvolvimento, CNT.
8 Transporte metroferroviário de passageiros Modalidade Trem metropolitano Metrô Monotrilho Nº de carros por composição Capacidade da composição (passageiros) Capacidade da linha (passag./sentido/hora) Distância média entre estações (m) Intervalo entre veículos na hora de pico (s) Veículo leve sobre trilhos VLT Automated people mover APM 8 a 12 4 a 10-1 a a a a a a a a a a a a a a a a a 180 Observações - Ligam municípios periféricos nas regiões metropolitanas; - Zonas centrais: segregação total; - Zonas periféricas: podem circular com segregação parcial. - Segregação total; - Transporte interno ao município. - Trilho único; por ser delgado, ocupa menos espaço e tem menor impacto visual na cidade e menores custos de construção. - Segregação total ou parcial; - Intervalos entre veículos depende do nível de direito de tráfego. - Alimentação elétrica. - Implantado em circuitos fechados de pequena extensão.
9 Transporte metroferroviário de passageiros Promove igualdade social Permite que pessoas que não têm acesso ao transporte individual possam se locomover adequadamente e ter acesso aos diversos mercados de bens e serviços; Amplia a concorrência no mercado de trabalho, pois permite deslocamentos facilitados aos trabalhadores; e Ao garantir acesso universal aos mercados de trabalho e consumo, reduz a desigualdade social. Contribui para melhor utilização do espaço urbano Ao permitir acessibilidade para a população e unir áreas, possibilita que as pessoas ocupem novos espaços urbanos; Viabiliza o maior adensamento populacional ao reduzir os congestionamentos ; e Modifica a estruturação da cidade ao altera os preços dos imóveis (aqueles próximos ao serviço de transporte tendem a ser apreciados). Reduz a emissão de material particulado e CO 2 Os sistemas metroferroviários emitem menor quantidade de poluentes atmosféricos e permitem maior eficiência energética; e Por terem uma emissão por usuário até 36 vezes menor que a do automóvel, os sistemas metroferroviários contribuem para o desenvolvimento sustentável das cidades.
10 Transporte metroferroviário de passageiros no Brasil Aumento de 8,5% do número de passageiros transportados por ano no modal metroferroviário entre 2013 e 2017* *ANPTRILHOS
11 Transporte metroferroviário de passageiros no Brasil Entrada de passageiros/ano (mil) e modalidades por operador 2015 São Paulo representa cerca de 70,0% das entradas de passageiros/ano Fonte: Elaborado pela CNT a partir dos dados da ANPTrilhos e Operadores.
12 Déficit de infraestrutura metroferroviária Plano CNT de Transporte e Logística Déficit atual de infraestrutura 850 km R$167,13 bilhões, ou seja, 69,7% do que é recomendado para projetos de mobilidade urbana Crédito: Divulgação (R$ 239,75 bilhões).
13 Como solucionar o déficit de infraestrutura Planejamento Planejar a implantação de sistemas de mobilidade urbana considerando as necessidades da cidade e o perfil das viagens demandadas pela população; e Antes de se saber como financiar, é preciso saber o que efetivamente deve ser financiado. Conexão com outras políticas Considerar no planejamento e na execução das intervenções, físicas ou institucionais, os impactos em outros setores e aqueles sofridos de outros setores; e Avaliar o impacto das cidades vizinhas sobre a demanda por transporte urbano. Financiamento Diante do perfil das ações necessárias, avaliar as opções de financiamento factíveis; Compor a carteira de ativos utilizando recursos públicos e privados; e Verificar efeitos possíveis em outros segmentos, como o imobiliário, e compartilhar gastos.
14 Financiamento Grandes volumes de recursos e retorno de longo prazo O governo tem papel decisivo nesses projetos, quer seja no financiamento direto via bancos públicos ou privados, quer seja no auxílio para alavancagem financeira Participação dos financiadores no sistema metroferroviário 5% 62% 9% 24% Fonte: Adaptado de ITDP (2016), p.31, Gráfico 5. ¹O estudo considerou a análise de financiamento de sete projetos. O percentual é a proporção média na amostra.
15 Financiamento Parcerias Público Privadas Lei nº /2004 Concessões comuns Lei nº 8.987/1995 Vantagens Maior participação da iniciativa privada na alocação de recursos; Menor pressão sobre o orçamento público (moderado); Ganhos com a celeridade das intervenções privadas; e Melhor alocação de riscos. Desvantagens Necessidade de contrapartida pública. Vantagens Maior participação da iniciativa privada na alocação de recursos; Redução da pressão sobre o orçamento público; e Ganhos com a celeridade das intervenções privadas. Desvantagens Alocação de riscos pode não ser a mais eficiente; e Eventuais pagamentos de outorgas podem comprometer o valor da tarifa cobrada do usuário.
16 Financiamento Debêntures de infraestrutura As debêntures incentivadas instituídas pela Lei nº /2011 usufruem de benefícios tributários* e constituem um mecanismo de funding de longo prazo, via mercado de capitais, em alternativa às fontes tradicionais de financiamento. Volume de recursos nos projetos, por ano (R$ milhões) * Pessoas físicas e investidores estrangeiros são isentos de IR. Pessoas jurídicas têm redução para 15% na alíquota de IR.
17 Financiamento Debêntures de infraestrutura O volume total captado, de 2012 até maio de 2018, é de R$ 34,8 bilhões em 133 ofertas. O setor de transporte é o segundo no ranking das emissões: Volume de recursos nos projetos, por tipo de infraestrutura (R$ milhões) Energia: R$ 19,9 bilhões (57,2%); Transporte: R$ 13,3 bilhões (38,3%); Telecomunicações: R$ 0,9 bilhão (2,7%); e Saneamento: R$ 0,6 bilhão (1,8%).
18 O papel do governo federal Um dos elementos fundamentais na estratégia de desenvolvimento de um país é o apoio aos governos locais em iniciativas destinadas a preparar o espaço urbano para os impactos ambientais e sociais do presente e do futuro.
19 O papel do governo federal IPI IPI IPI Entre 2009 e 2018, a frota brasileira de automóveis cresceu 54,8%
20 O papel do governo federal Evolução dos investimentos públicos federais em sistemas metroferroviários 2004 a 2016 Quase R$ 1 bilhão autorizado e não investido só em 2012 Fonte: Elaborado pela CNT com dados de Siga Brasil. Para 2017, não há registros de autorização ou pagamentos destinados aos sistemas metroferroviários com base no Siga Brasil. Em 2012, o governo federal gastou somente 13,09% dos recursos que haviam sido autorizados.
21 O papel do governo federal O governo federal deve oferecer apoio técnico e financeiro para que os municípios possam desenvolver de forma adequada e célere seus planos de mobilidade e os estudos de viabilidade técnica e financeira da implantação das soluções; Além disso, linhas de financiamento especiais são fundamentais no processo de expansão de sistemas metroferroviários que exigem elevado volume de recursos e longo prazo de retorno e, por isso devem ser ofertadas pelo Estado; e Disponibilizar assessoria jurídica e financeira para que os municípios façam escolhas ótimas de obras e modelos de negócio de exploração da infraestrutura de transporte, destacadamente a metroferroviária.
22 O papel do governo federal A melhoria no desempenho dos sistemas não decorre apenas da ampliação da sua extensão, mas também do aumento da oferta de capacidade na malha existente. Ex.: MetrôRio e linha 4-Amarela do metrô de São Paulo (operada pela ViaQuatro). Com o aumento da qualidade do serviço prestado e, em particular, a diminuição do tempo de viagem, o transporte metroferroviário se tornará ainda mais competitivo em relação ao transporte individual e mesmo a outros modais de transporte público e atrairá mais passageiros.
23 O papel do governo federal Investimento direto Condições institucionais para aplicação da PNMU Sistema de mobilidade adequado Apoio desenvolvimento e à implantação de planos de mobilidade
24 A ONU alerta que menosprezar problemas urbanos, como os relacionados ao transporte de passageiros, pode colocar o futuro social, ambiental e econômico dos países em risco. Assim, para que o Brasil retome sua trajetória de crescimento, solucionar os problemas de mobilidade é imprescindível.
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