TÍTULO: AUTORES: ÁREA TEMÁTICA: RESUMO
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- Marisa Penha Jardim
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1 TÍTULO: HORTA COMUNITÁRIA NOS ASSENTAMENTOS RURAIS NO MUNICÍPIO PITIMBU/PB. AUTORES: Wedja S.da Silva; Marcelo R.da Silva; Macilene S.da Silva; Analice M. da Silva; Francisco B. Silva; Jaidenilson V.de Lima; Justino F. Dourado Filho; Maria A. da Costa; Nivaldo S. de Souza; Anísio F.Soares. ÁREA TEMÁTICA: Trabalho RESUMO Sabe-se que a nutrição do indivíduo reflete em termo a nutrição da comunidade e que o bem estar desta, é influenciada pelos sistemas agrícola e econômico, pela disponibilidade do suprimento alimentar e segurança, dentre outros fatores. O crescente número de assentamentos da Reforma Agrária no Brasil acarreta a necessidade de uma política de uso da terra e habitação. O município de Pitimbu/PB, é um logradouro em que boa parte da zona rural é formada por comunidades assentadas, onde estas concentram a produção agrícola de batata doce, inhame e macaxeira e alguns agricultores também cultivam coco. Entretanto em nenhum assentamento foi detectado o hábito de culturas olerículas. Através do UniSol - Universidade Solidária - Módulo Nacional, realizado no período de maio de 2002, foram desenvolvidas ações nas comunidades de alguns assentamentos objetivando a implantação de hortas comunitárias, tendo em vista a importância dessas hortaliças na alimentação dos indivíduos, visando a integração e socialização das famílias, escola e comunidade, valorização da alimentação e complementação dos hábitos alimentares, na economia mensal, no que diz respeito a dispensa de compras destes produtos. Dentre os assentados visitados, aqueles onde houve receptividade da proposta a equipe acompanhou todas as etapas de implantação das hortas comunitárias, que consistiu na seleção das sementes, construção dos canteiros, semeadura e orientações para manutenção das mesmas.
2 OBJETIVOS(Introdução) O Município de Pitimbu, pertencente ao Estado da Paraíba, localiza-se no litoral sul a 60 km de João Pessoa e 90 km do Recife. É uma cidade pacata que sobrevive principalmente da pesca, de produtos agrícolas, do comércio e turismo. Nela registra-se o número de 4 creches, 15 escolas,1 hospital e 02 postos de saúde. A população de Pitimbú é caracterizada por comerciante, desempregados, assalariados e principalmente agricultores, concentrados nas áreas de assentamentos, destacando-se, alguns, ultrapassando o número de cem famílias. Nos assentamentos a produção agrícola de batata doce, inhame e macaxeira, com destaque de alguns produtores com a plantação de coco é a fonte de renda principal desta comunidade. Em sua maioria detectou-se entre crianças e adolescentes alguns sinais de desnutrição. Sabe-se que a nutrição do indivíduo reflete até certo ponto a nutrição da comunidade. A nutrição e saúde em geral desta comunidade são influenciadas pelos sistemas agrícola e econômico, pela segurança e disponibilidade de suprimento alimentar entre outros fatores (KRAUSE,1995). Devido ao seu alto valor nutritivo quanto ao conteúdo de vitaminas e sais minerais juntamente a simplicidade de cultivo as hortaliças certamente será uma ótima opção na dieta desta população, bem como uma alternativa para o enriquecimento, com baixo custo, podendo ser consumida com muito mais freqüência entre crianças e adolescentes fazendo parte de hábitos alimentares. (FILGUEIRA,2002;BUCHNER,1984). Um pedaço de terreno pode perfeitamente proporcionar verduras e legumes sempre frescos objetivando o abastecimento contínuo e suficiente para uma comunidade, onde o cultivo, o monitoramento e colheita será sempre coletivo. Para a implantação da horta comunitária, assim como outras é necessária a observação de alguns itens como: área necessária, ferramentas e equipamentos, instalações, localização, adubos, disponibilidade de água, pré-disposição para pragas e doenças, espécies e variedades, forma e reprodução das hortaliças (NETO,1995). A proposta de implantação de hortas para o cultivo de hortaliças oferecida aos agricultores, mesmo com alguma resistência pelas experiências anteriores não terem sido felizes, foi de trabalharem conjuntamente com a plantação de hortaliças evitando
3 gastos com estes produtos, sem contar que as verduras fornecidas às escolas eram compradas pela prefeitura aos produtores do município vizinho. Este trabalho foi realizado pelo Programa Universidade Solidária UniSol no período de maio de 2002, onde foram desenvolvidos com os assentados do município algumas técnicas de plantio para hortas comunitárias, no incentivo à integração de famílias e resgates de valores tanto na alimentação como na economia local, quanto a união para o avanço progressivo em comunidade. METODOLOGIA. Para a elaboração e realização das hortas comunitárias, as comunidades dos assentamentos foram reunidas e a equipe lançou a proposta, mostrando a vantagem e importância da produção coletiva de hortaliças, evidenciando seus valores nutritivos, complementação dos hábitos alimentares e a importância também na economia mensal dispensando a compra desses produtos. Nesta etapa a comunidade dos assentamentos participaram da instalação da horta como meio de aprendizado, exercendo as seguintes atividades: preparação do solo, adubação, elaboração da sementeira, confecção de canteiros, tratos culturais como irrigação, capinagem e controle de pragas e doenças. Para a confecção dos canteiros foram dimensionados em 1,20m de largura, como não ha restrição quanto ao comprimento de canteiros estes variaram de tamanho, 30cm de altura para facilitar a drenagem e 50cm de largura para passadouro facilitando o espaço para locomoção do agricultor e passagem do carro de mão (NETO, 1995), procedendo a demarcação com piquetes e barbantes dando uma compactaçao das laterais enxadas, destorrando e adubando com esterco curtido o canteiro (FABICHAK, 1983). A construção de sementeira foi necessária para cultivo de espécie mais precoces, visto que esta destina-se ao semeio de espécies que serão transplantadas (NETO, 1995), utilizando a semeadura direta para outras culturas. Após semeadas os canteiros e as sementeiras receberam coberturas mortas, mantendo a umidade, evitando que a luz forte do sol incidisse diretamente sobre o canteiro e afugentasse animais que comem as sementes (FABICHAK, 1983).
4 RESULTADOS Foram realizados canteiros em três assentamentos com o compromisso da comunidade de levar em diante a idéia para a produção de hortaliças para o consumo próprio. As atividades foram realizadas de forma educativa com o estímulo da prática de canteiros para horta, manifestando um sentimento nos professores de escolas locais para a aquisição de vivências com aulas práticas à partir do valor nutritivo e o hábito da boa alimentação de hortaliças. Como a área selecionada para a implantação da horta não dispunha de irrigação apropriada, fator importante para permanência dessas atividades, foram utilizados regadores manuais. Todas as práticas foram acompanhadas pela equipe de alunos do programa UniSol, dentre eles alunos do curso de agronomia, que juntos tornaram possível o implemento das hortas com a participação na prática de toda a comunidade. As culturas semeadas foram coentro com plantio direto nos canteiros, pimentão, alface, repolho, tomate, quiabo, cebolinho e cenoura, plantadas nas sementeiras para posteriormente serem passadas para os outros canteiros. Alguns líderes de assentamentos interessaram-se pela produção para o consumo próprio das hortaliças, compreendendo a importância não só pela redução no orçamento, mas também pela qualidade que passaram a ter na alimentação. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FIGUEIRA, F. A. Novo manual de Oleiricultura: Agrotecnoogia moderna na produção de hortaliças. Viçosa: editora UFV, 402p BUCHNER, G. Vitaminas. São Paulo: Editora Global, 158p NETO, J. F. Manual de horticultura ecológica: guia de auto-suficiência em pequenos espaços - São Paulo: Nobel, FABICHAK, I. Horticultura ao alcance de todos - São Paulo: Nobel, 1983.
5 KRAUSE, M. M; MAHAN, L. K. Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 9ª edição. São Paulo: Roca, 1998.
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