PROGRAMA FITOSSANITÁRIO DO MS BALANÇO GERAL SAFRA 2012/2013 RELATÓRIO SEMANAL DE 23 A 30 DE SETEMBRO DE 2013.
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1 ANO II / Nº56 PROGRAMA FITOSSANITÁRIO DO MS BALANÇO GERAL SAFRA 2012/2013 RELATÓRIO SEMANAL DE 23 A 30 DE SETEMBRO DE Uma safra inteira se passou desde o início dos trabalhos do Programa Fitossanitário do Algodoeiro no Mato Grosso do Sul. O Programa conseguiu, durante este período, atingir várias metas que tinha proposto inicialmente em seu cronograma. Segue abaixo uma sequência com alguns resultados. O Estado do Mato Grosso do Sul cultivou uma área de ha de algodão cultivados na safra 2012/13, distribuídos nos seguintes municípios: Município COSTA RICA CHAPADÃO DO SUL SÃO GABRIEL DO OESTE ALCINÓPOLIS SIDROLÂNDIA RIO VERDE ITAQUIRAI ARAL MOREIRA Área plantada ha 8620 ha 3024 ha 1740 ha 1276 ha 1024 ha 204 ha 180 ha Tabela 01. Área plantada de Algodão no Mato Grosso do Sul por municípios na safra 2013/2014. Houve uma adesão de todos (100%) os produtores de algodão do Estado no Programa Fitossanitário. Todos os cadastramentos e mapeamentos das áreas produtoras de algodão foram concluídos adequadamente. Ocorreu então o georreferenciamento de suas áreas através do uso de sistema GPS/GIS. Imagem 01. Fazendas mapeadas no município de Chapadão do Sul MS. Uma das principais ações do Programa fora iniciada com o ARMADILHAMENTO PRÉ SAFRA para o monitoramento do bicudo-doalgodoeiro, que consiste basicamente em monitorar e quantificar a população de bicudos no período de pré safra, através do uso de armadilhas de feromônios, visando saber se tem a praga, onde tem e qual o nível de infestação, para posteriormente definir estratégias de controle e alertas de monitoramento das equipes de campo. Os números das capturas foram surpreendentes: no geral os índices acusaram situação em vermelho de infestação em quase todo o Estado (alerta máximo), decorrente de atitudes de combate precário na safra anterior; este índice que indica que o Armadilhamento teve uma média final, após nove semanas de leituras, de mais que 2 bicudos por armadilha por semana (BAS). Em síntese, o Estado de Mato Grosso do Sul teve BAS final de 4,6 na pré-safra de Em maior detalhamento as regiões ficaram assim: 1
2 Município BAS COSTA RICA 5,30 CHAPADÃO DO SUL 3,06 SÃO GABRIEL DO OESTE 1,76 ALCINÓPOLIS 7,06 SIDROLÂNDIA 4,30 RIO VERDE 5,00 ITAQUIRAI 0,03 ARAL MOREIRA *Não informado Tabela 02. Resultado do BAS (bicudo por armadilha por semana) por municípios na safra 2013/2014. *a região de Aral Moreira não foi armadilhada, pois na data em que o Programa foi a campo na região, esta já estava a poucos dias do plantio da safra 2012/2013, inviabilizando o cálculo do BAS de pré-safra. Os números acima refletem com maior clareza e detalhamento a grandiosidade do problema e a ameaça que havia. Quando dispostos em um gráfico que ilustra a percentagem do BAS em relação à área, ou seja, o BAS em hectares. hectares x classificação do BAS safra 2012/13 no MS 78% 0% 8% 9% VERDE AZUL AMARELO VERMELHONÃO INFORMADO 5% 1905 Gráfico 01. Quantidade de hectares classificados em cada faixa de BAS (bicudo por armadilha por semana) sendo verde (0 BAS), azul (0-1 BAS), amarelo (1-2 BAS), vermelho (2 ou mais BAS) e preto não informado. O não informado é proveniente de áreas que somente plantaram na modalidade safrinha e outra que não tivemos tempo hábil para armadilhar devido calendário de plantio. Foi com este quadro que o Programa se iniciou. De posse destas informações foi necessário preparar e alertar os produtores de algodão, seus responsáveis técnicos e gestores, pois estava previsto um índice muito alto da ocorrência da praga bicudo em todo o Estado. Campanhas de conscientização foram criadas e as divulgações de informação foram o ponto chave para o sucesso dos produtores no controle da praga no decorrer da safra. A Ampasul coordenou várias reuniões de emergência com produtores em todo o Estado para alertá- 2
3 los sobre o risco eminente da praga e também disponibilizou treinamento de equipe técnicas para melhor identificação e monitoramento da praga. Situação semelhante ocorreu com a lagarta Helicoverpa armigera, pois em meados de outubro e novembro o Programa Fitossanitário já alertava simultaneamente os produtores de soja da ocorrência da lagarta do gênero Helicoverpa spp. na cultura da soja e que a mesma poderia surgir como praga-chave na cultura do algodão. Prontamente o Programa iniciou, juntamente com seus parceiros, a coleta e identificação das mariposas e lagartas nas microrregiões que posteriormente vieram a se confirmar da presença da lagarta Helicoverpa armigera no Estado. Novamente houve a mobilização para a formação de um Grupo de Trabalho visando discutir medidas de controle e manejo para a Helicoverpa armigera em todo o Estado abrangendo todas as grandes culturas, cujas orientações estão no anexo I deste documento. O Programa Fitossanitário também colocou à disposição aos interessados treinamentos, mediante agendamento/planejamento prévio sem custos e pode ser feito na propriedade, com duração aproximada de 3 horas. A Equipe de Gestão do Programa entende ser uma ótima oportunidade para estarmos treinando equipes de campo contratadas e atualizando equipe técnica já existente, conseguimos realizar este evento em algumas propriedades que representam 5878 ha da área cultivada, apenas 15% do total; o numero de produtores que aderiram foi baixo devido à época que foi disponibilizado. Nesta próxima safra os treinamentos continuam a ser ofertados, bastando comunicar a Ampasul para o agendamento de conveniência recíproca. Também, com o Programa foram criadas campanhas educativas durante o decorrer da safra que alertavam os produtores e interessados para manter as margens de rodovias e estradas limpas de plantas involuntárias de algodão, que nascem a partir de caroço ou algodão em caroço que caem de caminhões que seguem para as unidades de beneficiamento com a carga mal acondicionada. O Programa foi a cada algodoeira do Estado e apresentou soluções que eram cabíveis no sistema para minimizar este problema. Houve avanços, com resultado satisfatório, mas ainda temos muito a realizar neste tema. Esta ação foi também abrangida nos Estados vizinhos do Goiás e Mato Grosso, que fazem fronteira agrícola com o Mato Grosso do Sul. Com o estado do Goiás também criamos parcerias que promoveram reuniões entre entidades dos dois Estados para realização de palestras, dia de campo e ações de controle de pragas em conjunto. Foto 01 e 02. Caminhões já com modificações sugeridas pelo Programa (proteção lateral). A importância do cumprimento correto do vazio sanitário foi um assunto abordado constantemente pelo Programa, que em várias oportunidades citou em seus informativos o assunto, e também trabalhou com o Estado de Goiás para que fosse cumprido 3
4 de forma correta e pontual a destruição das plantas de algodão após a colheita, como também a eliminação de plantas tigueras as margens das rodovias interestaduais e estaduais de ambos os Estados, evitando assim a proliferação de pragas e doenças da cultura do algodoeiro. Entre todos os eventos realizados pelo Programa, temos os seguintes segmentos e representatividade do mesmo na Cadeia Produtiva, com base em participante por hectare, ou seja, a área total dividida pelo número de participantes no período: GTA (Grupo de Trabalho do Algodão) criado para reunir equipe técnica e produtores para discutir situações atuais e pontuais de suas microrregiões, que começou os trabalhos no mês de maio de 2013, e teve neste curto período um rendimento de 255 hectares/participante. Curso, eventos e palestras realizados com parcerias onde foram abordados diversos temas que se referem à cultura do algodão, que desde a implantação do Programa teve um rendimento de 341 ha/participante. Treinamento: este segmento é tratado diretamente com equipe técnica das unidades produtoras que recebem treinamento específico no que diz respeito a pragas, doenças e nematoides na cultura do algodão, obteve se um rendimento de 277 ha/participante. O Programa conseguiu ainda, durante a safra, acompanhar 100% destas áreas plantadas através de visitas semanais na maioria das unidades, durante a visita realizada pelos engenheiros agrônomos as propriedades, os mesmos tinham como meta sempre estar levando informações pontuais e recentes da situação da cultura do algodão em sua microrregião, além da troca de informação. Outro ponto evidente durante as visitações foi o auxilio dos mesmos para identificação de problemas no campo, auxiliando em muitos casos na identificação de pragas, doenças e nematoides e posteriormente apontando a melhor forma de eliminar ou lidar com o problema. 4
5 05. Monitores do Programa Fitossanitário. Fotos 03, 04 e Toda informação coletada e recebida pelo engenheiro agrônomo do Programa fica armazenada no servidor da Ampasul e é disponibilizada aos associados e interessados quando solicitadas, mas o Programa se destaca também pela crescente corrente de informações que gera para o setor algodoeiro de todo o Brasil, com dados de Mato Grosso do Sul, pois semanalmente gera um Informativo onde traz em seu conteúdo informações variadas da cultura tanto na questão técnica, abordando de forma especifica os problemas, e de forma mais ampla onde relata das regiões situações como clima e andamento das operações realizadas naquela região. O informativo tem hoje um mailing list de elevada abrangência, que são no geral os produtores, técnicos agrícolas, engenheiros agrônomos, representantes de empresas, consultores, administrativo de fazendas e instituições; estes recebem em sua caixa de correio, semanalmente, os informes gerados pelo Programa Fitossanitário. Outra forma de acessar o Informativo é pelo site da Ampasul ( o qual acumulou no período desta ultima safra uma quantidade de visitas um numero 51% maior que o mesmo período ante o inicio do Programa Fitossanitário. No facebook ( criado em novembro de 2012 temos 109 opções de curtir e uma média de 230 visualizações a cada informativo publicado. Imagens 02, 03 e 04. Meios de divulgação de informações do Programa (facebook, informativos e site). A redução na quantidade do número de pulverizações e ingrediente ativo por safra na condução da lavoura de algodão é uma meta que não pode ser cumprida durante a safra que passou, pois como é conhecimento de todos com o aparecimento da Helicoverpa armigera o intervalo das pulverizações visando o complexo de lagartas ficou mais curto demandando grande quantidade de insumos para conter o avanço da infestação da praga, como também o bicudo que por estar com índices altos em todo o Estado demandou uma sequência de aplicações a mais que não estava no cronograma do produtor para reduzir a população do mesmo ao final da safra, estas situações entre outras a qual exigiu que o produtor do Mato Grosso do Sul viesse a investir mais em suas lavouras elevando e o custo de sua produção a um dos maiores do país. 5
6 Foto 06. Pulverização aérea. Porém, como o clima foi favorável na maioria das regiões do Estado e a atenção desprendida pelos produtores e sua equipe técnica para o controle eficaz das pragas e doenças chaves da cultura levaram o Estado do Mato Grosso do Sul a uma produção recorde de algodão em caroço por hectare, aproximadamente recompensa de um trabalho profissional e comprometimento da cadeia produtiva de uma forma geral, que se mobilizou para discutir ações e encontrar soluções para remediar os problemas da safra 2012/2013. Além disso, Mato Grosso do Sul foi um dos estados da Federação com menores prejuízos causados por pragas, graças ao controle efetivo, comandado pelos responsáveis técnicos das fazendas, seus consultores e demais parceiros. Foto 07. Colheita do algodão. O Programa Fitossanitário tem como uma de suas principais ações a união da Cadeia Produtiva em todo o Estado, pois com todos pensando e agindo para o bem da cotonicultura a tendência e chance de dar certo é muito grande. Para a safra vindoura 2013/2014 o programa fitossanitário vai incrementar algumas ações e fortalecer ainda mais as que já estão sendo realizadas e esperamos a colaboração de toda a Cadeia Produtiva para que possamos continuar produzindo de forma sustentável, assim a cotonicultura de Mato Grosso do Sul continuara a ser um caso de sucesso e espelho para outros Estados. Lembramos também de agradecer a importância de nossos parceiros que sempre nos apoiaram e auxiliaram em varias ações realizadas pelo Programa Fitossanitário do Algodoeiro no Mato Grosso do Sul são eles: SEPROTUR, IAGRO, SFA/MS, EMBRAPA, UFGD, UFMS, FAMASUL, APROSOJA, FUNDAÇÃO CHAPADÃO, FUNDAÇÃO MS, FUNDAÇÃO GOIÁS, AGOPA, COOPEROESTE, COTTONSUL, COPASUL, ASTECPLAN, COPRASUL, SINDICATO RURAL DO CHAPADÃO DO SUL E SÃO GABRIEL DO OESTE e outros que aqui não citados, mas sabem da sua importância. 6
7 ANEXO I 7
8 8
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