PROGRAMA FITOSSANITÁRIO DE MATO GROSSO DO SUL INFORMATIVO Nº 113. Este informativo não representa o endosso da AMPASUL para nenhum produto ou marca.
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- Victoria Franca Barreto
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1 PROGRAMA FITOSSANITÁRIO DE MATO GROSSO DO SUL RELATÓRIO DE 18 A 31 DE MAIO DE 2015 INFORMATIVO Nº 113 1
2 A utilização de tecnologias de aplicação como gotas oleosas, como UBV (Ultra Baixo Volume) e BVO (Baixo Volume Oleoso) tem inovado algumas propriedades e mostra resultados mais efetivos, até o momento, em relação às aplicações em AV (Alto Volume). Em razão desta tendência relacionada à Tecnologia de Aplicação, especialmente com foco no controle do bicudo, praga a qual vem onerando os custos da Cotonicultura Brasileira - a AMPASUL realizou o Treinamento em Tecnologia de Aplicação, durante o período de 19 a 21 de maio de 2015; o treinamento foi ministrado pelo Dr. Marcos Vilela, do Centro Brasileiro de Bioaeronautica (CBB), no Sindicato Rural de Chapadão do Sul. Os assuntos apresentados foram os seguintes: Estudo de alvo (etiologia, epidemiologia, avaliação de infestação e controle); Estudo das neblinas de pulverização (teoria, medição e tamanho de gotas); Fatores meteorológicos ligados a pulverização (inversão térmica, orvalho e chuva); Equipamentos e sistemas de aplicações (bicos hidráulicos e rotativos para UBV e BVO); Preparo de caldas oleosas no sistema BVO; Sistemas de pulverização em BVO e UBV; Calibração para aplicação aérea: 1,0 a 1,2 litros/ha para UBV, 5 litros/ha para BVO e terrestre com 3 litros/ha para UBV e 10 litros/ha para BVO). O evento contou com um público de 110 pessoas, na maioria gerentes de fazendas, técnicos agricolas, engenheiros agrônomos, consultores, operadores de autopropelidos, pilotos e proprietários de empresas de aviação agricola. Durante a parte teórica a participação foi aberta ao público através de perguntas ao palestrante - que tem uma ampla experiência no assunto pois trabalha a 55 anos com aviação agricola no Brasil e também Estados Unidos, Canadá, Bolívia, Uruguai e Paraguai. No geral, 60% da propriedades do Estado haviam iniciado a utilização do BVO nesta safra para controle do bicudo porém alguns erros vinham sendo cometidos e interferia em alguns resultados, então o momento foi ideal para que os participantes tirassem algumas dúvidas e melhorassem a qualidade final de suas operações. 2
3 Foto 1. Presidente da Ampasul, Sr. Darci Boff, faz abertura do Treinamento em Tecnologia de Aplicação. Foto 2. Eng. Agr. Danilo Moraes,Coordenador do Projeto Fitossanitário da Ampasul, faz apresentação da situação geral da Cotonicultura no Estado e apresentação da programação do evento. Foto 3 e 4. Participantes (público técnico-operacional) presente na aula teórica na Casa do Produtor Rural do Sindicato Rural de Chapadão do Sul. 3
4 A parte prática do treinamento ocorreu no dia 20 de maio na pista de aviação da Tenoar e Faz. Gávea (Chapadão do Sul) e no dia 21 na Fazenda Planalto (Costa Rica), onde os participantes puderam acompanhar o protocolo de aplicação aérea em UBV com o preparo da aeronave, aplicação e coleta da neblina de 1,2 litros /ha. Paralelamente, um autopropelido realizou o protocolo de aplicação terrestre dos sistemas BVO a 20 litros/ha - nas duas situações foram identificados que gotas finas que são as esperadas neste tipo de aplicação, foram demonstradas pelo Dr Marcos por meio do uso de coletores de gotas finas rotativos (foto 10) e com o uso de papel sensível e lâminas de vidros. prática na Tenoar. Foto 5. Dr. Marcos Vilela faz explanação da parte Foto 6. Atenção de todos à dinâmica a beira da pista de aviação em Chapadão do Sul. 4
5 Foto 7. Prática de regulagem da aeronave em Costa Rica. Foto 8. Público presente no evento em Chapadão do Sul: Tenoar e Fazenda Gávea. Foto 9. Público presente no treinamento prático em Costa Rica (Baús): Fazenda Planalto do Grupo SLC. 5
6 defensivos agrícolas. Foto 10. Equipamento de coleta de neblina de aplicação de gotas.. Foto 11. Demonstrativos do após coleta indicando a deposição das A eficiência destas tecnologias decorre da mesma proporcionar uma concentração maior de ingrediente ativo por gota e possuem diâmetro mediano volumétrico (DMV) de ótimo efeito biológico no caso do bicudo, principal praga do algodoeiro: o DMV é de micrometros. E por meio do uso do óleo vegetal estas gotas finas praticamente não derivam como acontece em pulverizações somente com água, diminuindo os riscos ambientais. 6
7 resultados. Foto 12. Dr Vilela no campo explicando Ao final do Evento, todos presentes ficaram admirados com a didática do treinamento e os conhecimentos adquiridos. Realmente, a aviação continua fascinando muitos. Núcleo 1 Chapadão do Sul Eng. Agr. Danilo Suniga de Moraes O algodão safra de Chapadão do Sul, esta aproximadamente com 150 DAE (dias após a emergência) e durante esta fase nota-se um aumento no dano causado pelo apodrecimento de maçãs, principalmente no terço inferior das plantas. Observa-se também o surgimento do mofo branco, pois o clima está altamente favorável ao desenvolvimento da doença, principalmente nas áreas com o histórico da doençanesta fase final do ciclo, dificilmente haverá controle destas doenças satisfatoriamente, pois as entrelinhas da cultura estão fechadas e em fase de maturação; já o algodão segunda safra apresenta menores danos causados por doenças, na maioria devido a época de semeadura e porte menor de planta. O controle do bicudo continua sendo a principal ação nas propriedades produtoras de algodão, apesar da presença constante da praga nos algodoais os produtores da Região tem alcançado bom resultados no controle da praga e até momento - não há relatos de áreas onde o controle da praga tenha escapado dos niveis de controle. O controle é um sucesso, mas está custoso. É chegada a hora da mobilização para um controle regional sistematizado, cooperativamente e com ampla adesão. 7
8 Foto 13 e 14. Mofo branco na maçã do algodoeiro e ramo do terço médio. Núcleo 2 Costa Rica e Alcinópolis Eng. Agr. Robson Carlos dos Santos No Núcleo de Costa Rica e Alcinópolis, o algodão safra já está com aproximadamente 165 DAE (dias após emergência), e apresenta bom desenvolvimento e boas perspectivas de produtividade até o momento. Os primeiros talhões semeados na região, já estão na fase final de seu ciclo, compreendida pela fase de abertura das maçãs, dando origem aos capulhos. Alguns desses talhões já apresentam aproximadamente 30 % de capulhos e estão previstos para os próximos dias as aplicações de desfolhantes e maturadores o temor decorre das possibilidades de chuvas com temperaturas baixas.o uso de desfolhantes e maturadores é uma ferramenta importantes para acelerar o processo de abertura das maçãs, porém, esse manejo deve ser realizado com atenção, pois se aplicado precocemente podem gerar perdas na produtividade e problemas como fibra imatura. 8
9 Foto 15. Capulhos de algodão safra na região do Baús. No Núcleo, todas as propriedades seguem rigorosamente no monitoramento e no combate contra o bicudo do algodoeiro, o inseto está presente na maioria das propriedades, porém a praga está sob controle no Núcleo. Foi observado um aumento do inseto nos últimos índices de levantamento e monitoramento, porém, assim que são diagnosticados á campo, os cotonicultores rapidamente realizam uma intervenção química para o controle do inseto. Na região a maioria das propriedades estão utilizando aplicações em baixo volume oleoso (BVO). Foto 16. Bicudo morto após aplicação de inseticida em BVO. Apesar do bicudo ser a principal praga da cultura do algodoeiro, algumas pragas como mosca branca, ácaros e o complexo de lagartas são de extrema importância, principalmente nessa fase final do ciclo do algodoeiro, pois se não controladas podem gerar sérios danos econômicos, como por exemplo danos na qualidade da fibra. No caso da mosca branca o inseto libera uma substância açucarada que contamina a pluma e pode gerar a formação de 9
10 fumagina, no caso das lagartas suas excreções podem manchar a pluma do algodoeiro e os ácaros em altas infestações podem ocasionar a queda prematura das folhas interferindo na formação das fibras dos capulhos. Foto 17. Reboleira com ataque intenso de ácaro rajado ocasionando queda prematura das folhas das plantas. Núcleo 3 Centro e Sul (São Gabriel do Oeste, Sidrolândia e Aral Moreira). Eng. Agr. Danilo S. Moraes e Robson C. dos Santos Em São Gabriel do Oeste o algodão safrinha apresenta bom desenvolvimento até o momento, em relação a doenças já foram realizadas em média sete aplicações para o controle da mancha de ramulária que está controlada e com severidade relativamente baixa na região. O monitoramento e controle do bicudo são seguidos com rigor, para que a praga não venha causar danos econômicos. A praga de maior incidência na região é a mosca branca, praga que quando apresentam altas infestações liberam uma substancia açucarada que pode favorecer a presença de fumagina, que interfere no processo de fotossíntese das plantas e consequentemente diminuindo produtividade. 10
11 Foto 18. Presença de adulto de mosca branca na face inferior da folha de algodão. Na região de Aral Moreira as precipitações intensas que ocorreram durante este mês prejudicaram a operação de destruição de soqueira e também destruiu curvas de níveis que estavam sendo levantadas nas áreas que irão receber algodão para a safra 2015/16. realizado a destruição mecânica. Foto 19. Esquerda algodão roçado e à direita já Em Sidrolândia o algodão safrinha se desenvolve bem até o momento e sofre com a presença do bicudo em bordadura, porém a equipe técnica da fazenda já está em alerta e iniciou aplicações em bordadura e área total com aplicações de inseticida em BVO. 11
12 encontrado na bordadura. Foto 20. Bicudo Foto 21. Algodão safrinha com bom pegamento de maçãs. Visite nossa página no facebook ( e nosso site ( Redação: Eng. Agr. Danilo Suniga de Moraes (Coordenador Técnico da AMPASUL) e Eng. Agr. Robson Santos (Monitor Técnico da AMPASUL) 12
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