MEIO AMBIENTE COMO OBJETO DO DIREITO Legislação Ambiental. José Afonso da Silva
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1 MEIO AMBIENTE COMO OBJETO DO DIREITO Legislação Ambiental José Afonso da Silva Direito Ambiental Prof. Dr. João Miguel da Luz Rivero (19) Evolução normativa A consciência ambientalista propiciou o surgimento e o desenvolvimento de uma legislação ambiental em todos os países, variada, dispersa e frequentemente confusa. (...). Basta, aqui, apenas lembrar que a primazia cabe à Constituição da Bulgária (art.31). Contudo, foi a Constituição Portuguesa de 1976 que deu formulação correta ao tema, correlacionando-o com o direito à vida. Processos de degradação do meio ambiente O direito ao meio ambiente equilibrado foi elevado à categoria de garantia constitucional pela primeira vez na Constituição da Bulgária de 1971, que em seu art. 31 versou sobre a proteção da natureza e de seus elementos estruturais, impondo ao Estado e também aos cidadãos o poder-dever de protegê-lo. Esta opção do legislador constituinte foi seguida por Cuba e Portugal, em 1976 e pela extinta União Soviética, em Legislação tutelar do meio ambiente no Brasil Carolina Hernandes Grassi, 2011 No Brasil a tutela jurídica do meio ambiente, como é natural, sofreu profunda transformação. Por muito tempo predominou a desproteção total, de sorte que norma alguma coibia a devastação das florestas, o esgotamento das terras, pela ameaça do desequilíbrio ecológico. A concepção privatista do direito de propriedade constituía forte barreira à atuação do Poder Público na proteção do meio ambiente, que necessariamente haveria e haverá de importar em limitar aquele direito e a iniciativa privada. Foi, contudo, nesse contexto que surgiram as primeiras normas protetoras, mas de incidência restrita, porque destinadas a proteger direito privado na composição dos conflitos de vizinhança. Desse tipo é o art. 554 do Código Civil (1916), que atribuiu ao proprietário ou inquilino de um prédio o direito de impedir que o mau uso da propriedade vizinha possa prejudicar a segurança, o sossego e a saúde dos que o habitam.
2 Art. 584, do Código Civil (1916) São proibidas construções capazes de poluir, ou inutilizar para o uso ordinário, a água de poço ou fonte alheia, a elas preexistente. Decreto , de 31/12/1923 (Regulamento de Saúde Pública), que criou a Inspetoria de Higiene Industrial e Profissional. Decreto , de 23/01/1934 (Código Florestal), substituído pela Lei 4.771, de 15/09/1965. Decreto , de 10/07/1934 (Código das Águas). Decreto-lei 794, 19/10/1938 (Código da Pesca). A legislação federal começou com o Decreto-lei 248, de 28/02/1967, que instituiu a Política Nacional de Saneamento Básico (preocupava-se com a chamada poluição da pobreza). Decreto-lei 303, 28/02/1967, que criou o Conselho Nacional de Controle da Poluição Ambiental, junto ao Ministério da Saúde. Lei 5.318, de 26/09/1967, que instituiu a Política Nacional de Saneamento Básico, com a criação do Conselho Nacional de Saneamento, junto ao Ministério do Interior. Decreto , de 30/10/1973, criou a Secretaria Especial de Meio Ambiente SEMA, orientada para a conservação do meio ambiente e o uso racional dos recursos naturais (art. 1º), junto ao qual funcionava o Conselho Consultivo do Meio Ambiente CCMA, no âmbito do Ministério do Interior. Decreto-lei 1.413, de 14/08/1975, dispõe sobre o controle da poluição do meio ambiente provocada por atividade industrial. Decreto , de 03/10/1975, dispondo sobre medidas de prevenção e controle da poluição industrial. Art. 271, do Código Penal, de Corromper ou poluir água potável, de uso comum ou particular, tornando-a imprópria para consumo ou nociva à saúde: (...) o adjetivo potável gerou limitações interpretativas que impediram a eficácia do texto. No Estado do Rio de Janeiro Decreto-lei 134, de 16/07/1975, sobre a poluição do meio ambiente, que criou a Comissão Estadual de Controle Ambiental; Decreto 1.633, 21/12/1977, que instituiu o sistema de licenciamento de atividades poluidoras. No Estado de São Paulo O Estado de São Paulo desde 1951 vem editando leis e decretos para o controle e a repressão das atividades poluidoras do meio ambiente, mas só a partir de 1970 procurou sistematizar sua Política de Proteção Ambiental.
3 Decreto-lei 211, de 30/03/1970, regulamentado pelo Decreto , de 21/07/1970 (Código Estadual de Saúde), que cuida da poluição do ar e do solo. Lei 2.182, de 23/07/1953, regulamentada pelo Decreto , de 25/07/1975, que impuseram normas para lançamento de esgotos e resíduos domiciliares e industriais nos cursos d água. Decreto-lei 195-A, de 19/02/1970, dispõe normas sobre o combate à poluição das águas. Lei 898, de 18/12/1975, de proteção aos mananciais na Região Metropolitana da Grande São Paulo. Decreto-lei 232, de 17/04/1970, regulamentado pelo Decreto , de 17/09/1970, que criou a Superintendência de Saneamento Ambiental SUSAM. Finalmente, em 31/05/1970 foi promulgada a Lei 997, instituindo o sistema estadual de prevenção e controle da poluição do meio ambiente. Lei 119, de 29/06/1973, criou a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo SABESP, com o objetivo de planejar, executar e operar os serviços públicos de saneamento básico em todo o território estadual, respeitada a autonomia dos Municípios. Lei 118, de 29/06/1973, criou a Companhia Estadual de Tecnologia e Saneamento Básico e de Controle de Poluição das Águas - CETESB, incumbida do exercício do controle de poluição das águas em todo o território do estado. Decreto 5.992, de 16/04/1975, que transferiu para a CETESB as atribuições e competências da SUSAM sobre a poluição do ar. Decreto 5.993, de 16/04/1975, alterou a denominação e as atribuições da CETESB, que passou a chamar-se Companhia Estadual de Tecnologia e Saneamento Básico e de Defesa do Meio Ambiente, a qual ficaram atribuídos o exercício do controle da qualidade do meio ambiente água, ar e solo em todo o território estadual e as funções de pesquisa e de serviços científicos e tecnológicos direta e indiretamente relacionados com o campo de sua atuação. No Brasil Lei 6.938, de 31/08/1981, que dispôs sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação. Lei 6.803, de 02/07/1980, que dispôs sobre Diretrizes Básicas para o Zoneamento Industrial nas áreas críticas de poluição. Como primeiro diploma legal com preocupação de ordenar a matéria racionalmente, mediante atuação planejada. Lei 6.902, de 27/04/1981, que dispôs sobre a criação de Estações Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental. Lei 7.661, de 16/05/1988, instituiu o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro. Lei 7.797, de 10/07/1989, criou o Fundo Nacional do Meio Ambiente. Lei 7.802, de 11/07/1989, dispôs sobre a Pesquisa, Produção, Embalagem e Controle de Agrotóxicos, seus componentes e afins.
4 Direito Ambiental Pode-se declarar, também, que o Direito Ambiental é hoje um ramo do Direito Público, tal é a forte presença do Poder Público no controle da qualidade do meio ambiente, em função da qualidade de vida concebida como uma forma de direito fundamental da pessoa humana; especialmente o é o Direito Ambiental Constitucional. Como todo ramo do Direito, também o Direito Ambiental deve ser considerado sob dois aspectos: a) Direito Ambiental objetivo, que consiste no conjunto de normas jurídicas disciplinadoras da proteção da qualidade do meio ambiente; b) Direito Ambiental como Ciência, que busca o conhecimento sistematizado das normas e princípios ordenadores da qualidade do meio ambiente. Fundamentos constitucionais da proteção ambiental Constituições brasileiras A Constituição de 1988 foi a primeira a tratar deliberadamente da questão ambiental. Pode-se dizer que ela é uma constituição eminentemente ambientalista. Assumiu o tratamento da matéria em termos amplos e modernos. Traz um capítulo específico sobre o meio ambiente, inserido no Título Da Ordem Social (Capítulo VI, do Título VIII). A questão permeia todo o seu texto, correlacionado com os temas fundamentais da ordem constitucional. Referências constitucionais ao meio ambiente Referências explícitas ao meio ambiente Art. 5º, LXXIII, que confere legitimação a qualquer cidadão para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. Art. 20, II, considera entre os bens da União as terras devolutas indispensáveis à preservação do meio ambiente. Art. 23, reconhece a competência comum da União, Estados, Distrito Federal e Municípios para proteger as paisagens naturais notáveis e o meio ambiente, combater a poluição em qualquer de suas formas e para preservar as florestas, a fauna e a flora. Art. 24, VI, VII e VIII, confere competência concorrente à União, aos Estados e ao Distrito Federal para legislar sobre florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção ao meio ambiente e controle da poluição, sobre proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico, bem como sobre responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.
5 Art. 91, 1º, III, inclui entre as atribuições do Conselho de Defesa Nacional opinar sobre o efetivo uso das áreas indispensáveis à segurança do território nacional, especialmente nas faixas de fronteiras e nas áreas relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo. Art. 129, III, declara ser também uma das funções institucionais do Ministério Público: promover o inquérito civil e ação civil pública para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. Art. 170, VI, reputa a defesa do meio ambiente como um dos princípios da ordem econômica, o que envolve a consideração de que toda atividade econômica só pode desenvolver-se legitimamente enquanto atenda a tal princípio, entre os demais relacionados no mesmo art. 170, convocando, no caso de inatendimento, a aplicação de responsabilidade da empresa e de seus dirigentes na forma prevista no art. 173, 5º. Art. 174, 3º, determina que o Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em cooperativas, levando em conta a proteção do meio ambiente, além da promoção econômico-social dos garimpeiros. Art. 186, II, estabelece como requisito da função social da propriedade rural a utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e a preservação do meio ambiente, cuja inobservância pode propiciar desapropriação para fins de reforma agrária (art. 184). Art. 200, VIII, declara que ao Sistema Único de Saúde (SUS) compete, além de outras atribuições, colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. (conjuga-se com o art. 7º, XXII, que dispõe sobre o direito dos trabalhadores a um ambiente de trabalho higiênico). Art. 216, V, faz referência relevante aos conjuntos urbanos e aos sítios ecológicos como bens integrantes do patrimônio cultural brasileiro. Art. 220, 3º, II, traz referência relevante quando determina que compete à lei federal estabelecer os meios legais que garantam às pessoas e à família a possibilidade de se defenderem da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente. Art. 231, 1º, faz referência às terras ocupadas pelos índios, imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários ao seu bem estar. Referências implícitas ao meio ambiente Art. 20, III, dispõe que são bens da União: os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais. Art. 20, V, dispõe que são bens da União: os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva. Art. 20, VI, VIII, IX e X, que dispõem que são bens da União: o mar territorial; os potenciais de energia hidráulica; recursos minerais, inclusive os do subsolo; as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos.
6 O art. 21, XIX, confere competência à União, para instituir o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos e para definir critérios de outorga de direito de seu uso. No inciso XX, prevê a competência federal para instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos (...) Art.21, XXIII, refere-se à exploração e instalações dos serviços nucleares. Art. 21, XXIV, refere-se à inspeção do trabalho. Art. 21, XXV, refere-se ao estabelecimento de áreas e condições para o exercício da garimpagem, em forma associativa (conjugado com o art. 174, 3º). Art. 22, IV, XII e XXVI, dão competência à União para legislar sobre água, energia, jazidas, minas e outros recursos minerais e metalurgia, atividades nucleares de qualquer natureza, propaganda comercial. Art. 23, II, dispõe sobre cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência. Art. 23, III e IV, dispõe sobre a proteção dos documentos, das obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, dos monumentos, das paisagens naturais notáveis e dos sítios arqueológicos; e impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural; Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União. Art. 30. Compete aos Municípios: VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano (conjugado com o art. 182). Art. 30. Compete aos Municípios: IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual. Art. 225, da Constituição Federal Art Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; (Lei nº 9.985, de 18/07/ Regulamenta o art. 225, 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências)
7 II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; (Lei nº 9.985, de 18/07/ Regulamenta o art. 225, 1º, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências) (Lei nº , de 24/03/ Regulamenta os incisos II, IV e V do 1º do art. 225 da Constituição Federal, estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam organismos geneticamente modificados OGM e seus derivados, cria o Conselho Nacional de Biossegurança CNBS, reestrutura a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança CTNBio, dispõe sobre a Política Nacional de Biossegurança PNB, revoga a Lei no 8.974, de 5 de janeiro de 1995, e a Medida Provisória no , de 23 de agosto de 2001, e os arts. 5º, 6º, 7º, 8º, 9º, 10 e 16 da Lei no , de 15 de dezembro de 2003, e dá outras providências) III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; (Lei nº , de 24/03/ Regulamenta os incisos II, IV e V do 1º do art. 225 da Constituição Federal, estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam organismos geneticamente modificados OGM e seus derivados, cria o Conselho Nacional de Biossegurança CNBS, reestrutura a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança CTNBio, dispõe sobre a Política Nacional de Biossegurança PNB, revoga a Lei no 8.974, de 5 de janeiro de 1995, e a Medida Provisória no , de 23 de agosto de 2001, e os arts. 5º, 6º, 7º, 8º, 9º, 10 e 16 da Lei no , de 15 de dezembro de 2003, e dá outras providências) IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; (Lei nº , de 24/03/ Regulamenta os incisos II, IV e V do 1º do art. 225 da Constituição Federal, estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam organismos geneticamente modificados OGM e seus derivados, cria o Conselho Nacional de Biossegurança CNBS, reestrutura a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança CTNBio, dispõe sobre a Política Nacional de Biossegurança PNB, revoga a Lei no 8.974, de 5 de janeiro de 1995, e a Medida Provisória no , de 23 de agosto de 2001, e os arts. 5º, 6º, 7º, 8º, 9º, 10 e 16 da Lei no , de 15 de dezembro de 2003, e dá outras providências)
8 V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; (Lei nº , de 24/03/ Regulamenta os incisos II, IV e V do 1º do art. 225 da Constituição Federal, estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam organismos geneticamente modificados OGM e seus derivados, cria o Conselho Nacional de Biossegurança CNBS, reestrutura a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança CTNBio, dispõe sobre a Política Nacional de Biossegurança PNB, revoga a Lei no 8.974, de 5 de janeiro de 1995, e a Medida Provisória no , de 23 de agosto de 2001, e os arts. 5º, 6º, 7º, 8º, 9º, 10 e 16 da Lei no , de 15 de dezembro de 2003, e dá outras providências) VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente; VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. (Lei 9.985, de 18/07/ Regulamenta o art. 225, 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências) 2º - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. 5º - São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais. 6º - As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas.
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