ABORDAGEM DO PARCEIRO NA CANDIDÍASE RECORRENTE E NA TRICOMONÍASE
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- Carlos Eduardo Gabeira Lage
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1 ABORDAGEM DO PARCEIRO NA CANDIDÍASE RECORRENTE E NA TRICOMONÍASE Filomena Aste Silveira Mestre ginecologia UFRJ Doutoranda UFRJ Medica do IG UFRJ Profª. Faculdade de Medicina de Valença
2 Candidíase vulvo vaginal 2ª causa mais freqüente de corrimento vaginal 75% das mulheres terão pelos menos um episódio 50% um segundo episódio Recorrência - 5% 4 ou mais episódios por ano patologia que atinge todas as camadas da sociedade Sobel, 1998 (EUA. 600 milhões de dólares ao ano) Geigerg
3 PERFIL DA PACIENTE QUE APRESENTA CANDIDÍASE RECORRENTE. Pacientes de 20 a 45 anos São imunocompetentes Não pertencem a grupo de risco Não solicitar teste HIV para estas pacientes. Jack Sobel, Up To Date,2012
4 Critérios diagnósticos anamnese sintomatologia comum prurido + secreção vaginal branca, floculada, aspecto leitoso +eritema exame especular O diagnóstico da candidíase deve ser mais consistente, não devemos nos basear apenas no diagnóstico clinico, os erros são frequentes e as consequências prejudiciais Sobel, 1997
5 candidídase análise microscópica Solução salina koh 10% Microscopia corada ph <4
6 CANDIDA RECORRENTE? A maioria dos casos ditos como candidíase de repetição, na verdade corresponde a uma sucessão de erros diagnósticos. Diagnóstico incorreto demanda tratamento inadequado Vaginose citolítica Liquen escleroso. Vaginite atrófica Candida não albicans
7 PACIENTE NA ATUALIDADE CONSULTA PRIMEIRO O DR. GOOGLE
8 REAÇÃO ALÉRGICA? QUIMICA? DERMATITE DE CONTATO? RESPOSTA LOCAL COM PRODUÇÃO DE ANTICORPOS IgE Produtos presentes Papel higiênico,sabonetes,absorventes, sêmen A cultura pode ser necessária para diferenciar Cultura negativa VULVO VAGINITE POR CANDIDA Microscopia negativa Cultura positiva Na dermatite de contato Se tratarmos com antifúngico, há melhora parcial Piora do quadro aumento da resposta alérgica # não associar anti histamínico com triazólicos orais risco de cardiopatia
9 . MODELO DE Witkins Interação entre mastócito, macrófagos com os antígenos da cândida, levando a liberação de histamina e produção de prostaglandina E2 que inibe a resposta linfocitária.
10 INDICAÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE CULTURA DE CONTEÚDO VAGINAL Casos resistentes Recorrência Pacientes sintomáticas com microscopia negativa Porque a recorrência? Alguns fatores Persistência de um reservatório vaginal? Diabetes mal controlado? Uso de terapia imunossupressora? Suscetibilidade genética Polimorfismo genético GUIDELINES VULVOVAGINAL CANDIDOSIS OF VTRHE GERMAN SOCIETY,2012 Mendling and Brasch
11 Candidiase vulvo vaginal recorrente. Neste caso é permitido solicitar cultura (cândida não albicans?) # as hifas da cândida glabrata são de difícil visualização. Freqüência de 10 a 20% de formas não albicans C k
12 Candidiase vulvo vaginal não é considerada uma doença sexualmente transmíssivel Pode ocorrer eventualmente (Sobel,2010) Homens e mulheres podem ter candidíase Em diversas partes`(genitais,boca, pele, unha, couro cabeludo) Candidíase no homem Pênis, Balanite balanopostite Sintomas dor durante o ato sexual Sensação de queimação edema placas brancas
13 Reação de hipersensibilidade Após o coito Prurido e queimação Presença de eritema Edema Ocorre 12 a 24 horas após o relacionamento. Tratamento recomendado é corticóide tópico de baixa potencia. Não há benefício no tratamento com anti-fúngico oral ou local
14 PARCEIRO ASSINTOMÁTICO SINTOMÁTICO Não Tratar Candidíase? Reação alérgica?
15 Não é recomendado o tratamento dos parceiros assintomáticos. Pode ser considerado apenas nos parceiros cujas pacientes apresentam doença recorrente. Na presença de balanite, é recomendado o uso de agentes antifúngicos tópicos. MMWR Recommentations and Reports
16 O TRATAMENTO DA CANDIDÍASE VULVO VAGINAL RECORRENTE DEVE SER INDICADO PARA ALÍVIO DOS SINTOMAS. NÃO É PROIBIDO TER RELAÇÃO SEXUAL, PORÉM O PRÓPRIO DESCONFORTO VAI LIMITAR O RELACIONAMENTO VAGINITE CRONICA - DISFUNÇÃO SEXUAL
17 Candida vulvovaginitis Literature review current through: Jun This topic last updated: Jun 14, Embora haja controvérsias, na maioria dos estudos analisados, não há suporte para o tratamento do parceiro. Episódios de candidíase vulvovaginal não estão relacionados ao número de parceiros sexuais ou a frequencia de coito. Talvez haja uma certa ligação com sexoorogenital Estudo randomizado com 54 mulheres Metade dessas mulheres o parceiro fcoi tratado Não se observou diferença no tempo de recidiva entre os 2 grupos Author Jack D Sobel, MD Fong IW. The value of treating the sexual partners of women With Ketonazole.Genitourin Med 1992 Section Editor Robert L Barbieri, MD Deputy Editor Vanessa A Barss, MD
18 Tricomoníase DST É a DST não viral mais comum no mundo No homem é auto limitada, com resolução espontânea em 10 dias Tempo de incubação desconhecido A prevalência em homens é desconhecida 50 a 60% menor em relação aos mulheres Alta prevalência de co-infecção com outras DST Pode ser causa de uretrite (descarga uretral),prostatite, balanopostite e epididimite.
19 Tricomoníase A maior fonte de transmissão do parasita do ponto de vista epidemiológico é na infecção crônica. ( sintomas leves, secreção vaginal escassa). Comportamento no homem a)estado assintomatico b)forma aguda c) Sintomático leve Não é possível saber ao certo quando e de quem a infecção foi adquirida. A abordagem do parceiro é sempre posterior a efetuada com a parceira. Mulher homem Homem mulher Mulher mulher Clinical Aspects, pathogenesis and diagnostic of tricomonas vaginalis., 2004
20 Como abordar? Sempre tratar o parceiro Não é necessário identificar o organismo para tratar Há dificuldade no diagnóstico etiológico baixa morbidade Baixo custo Sempre referenciar o homem para avaliação diagnóstica de outras DST. Medidas preventivas Uso de condom Limites no número de parceiros sexuais
21 Como diagnosticar? PCR urina Swab uretral soro fisiológico Microscopia BAIXA SENSIBILIDADE (MASSAGEM PROSTÁTICA) Clinical aspects, pathogenesis and diagnostic of tricomonas vaginalis J.med,2004
22 Capítulo V É VEDADO AO MÉDICO Art.37 Prescrever tratamento ou outros procedimentos sem exame direto do paciente, salvo em casos de urgência ou emergência e impossibilidade comprovada de realizá-lo, devendo, neste caso, fazê-lo imediatamente após cessar o impedimento.
23 Como tratar? O homem é tratado da mesma forma que a mulher não grávida. 5- nitroimidazole Metronidazol Tinidazol preferencia 2 gramas -DOSE ÚNICA Metronidazol ou tinidazol O tinidazol não tem aprovação para tratamento com múltiplas doses. Aconselhamento efeito antabuse Não uso de bebidas alcoólicas até 24 horas metronidazol Até 72 horas tinidazol jack SOBEL, UpToDate,
24 NA REINFEÇÃO, PENSAR NO TRIÂNGULO AMOROSO OU QUADRILATERO. É SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEL.
25 Tratar o casal de forma simultânea Abster-se de relacionamento sexual até o completo tratamento ABSTINÊNC IA SEXUAL
26 Devemos abordar o assunto de forma inteligente, tratar de forma adequada Esclarecer todas as dúvidas para evitarmos discussões entre o casal.
27 O
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