ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA. Parte 21. Profª. Lívia Bahia
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- Maria Eduarda Olivares Canto
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1 ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA Parte 21 Profª. Lívia Bahia
2 Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) no âmbito da Atenção Básica
3 Paciente com queixa de corrimento uretral Atenção Básica e Saúde da Família
4 Uretrite gonocócica Processo infeccioso e inflamatório da mucosa uretral causado pela Neisseria gonorrhoeae (diplococo Gram negativo intracelular); Consiste num dos tipos mais frequentes de uretrite masculina. É essencialmente transmitida pelo contato sexual. O período de incubação é curto, de 2 a 5 dias. O risco de transmissão de um parceiro infectado a outro é de 50% por ato;
5 Sintoma mais precoce da uretrite é uma sensação de prurido na fossa navicular que vai se estendendo para toda a uretra. Após um a três dias o doente já se queixa de ardência miccional (disúria), seguida por corrimento, inicialmente mucóide que, com o tempo, vai se tornando, às vezes, mais abundante e purulento; Dentre as complicações da uretrite gonocócica no homem destacam-se: balanopostite, prostatite, epididimite, estenose uretral (rara), artrite, meningite, faringite, pielonefrite, miocardite, pericardite, septicemia;
6 O exame de amostras uretrais, colhidas por meio de alças de platina ou swab com a utilização da coloração Gram, constitui-se em excelente método de diagnóstico para o homem; O achado de diplococos Gram negativos intracelulares típicos faz o diagnóstico em cerca de 95% dos casos em homens;
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8 Uretrite não gonocócica São denominadas uretrites não gonocócicas (UNG) as uretrites sintomáticas cujas bacterioscopias pela coloração de Gram e/ou cultura são negativas para o gonococo; Vários agentes têm sido responsabilizados por essas infecções: Chlamydia trachomatis, Ureaplasma urealyticum, Mycoplasma hominis, Trichomonas vaginalis, dentre outros; A C. trachomatis é o agente mais comum de UNG; É uma bactéria, obrigatoriamente intracelular, que também causa o tracoma e o linfogranuloma venéreo;
9 A transmissão se faz pelo contato sexual (risco de 20% por ato), sendo o período de incubação, no homem, de 14 a 21 dias; Estima-se que dois terços das parceiras estáveis de homens com UNG hospedem a C. trachomatis no endocérvix. Podem reinfectar seu parceiro sexual e desenvolver quadro de DIP (Doença Inflamatória Pélvica) se permanecerem sem tratamento; A UNG caracteriza-se, habitualmente, pela presença de corrimentos uretral claro, discretos, com disúria leve e prurido;
10 Entretanto, em alguns casos, os corrimentos das UNG podem simular, clinicamente, os da gonorréia; As uretrites causadas por C. trachomatis podem evoluir para: prostatite, epididimite, balanites, etc; O diagnóstico definitivo da C. trachomatis é feito por cultura celular, por imunofluorescência direta, Elisa e PCR (Polimerase Chain Reaction), que são técnicas pouco acessíveis na atenção primária do sistema público de saúde;
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12 Tratamento Clamídia e Gonorréia Se disponível coloração Gram Se não apresentar diplococos GRAM negativos, tratar só clamídia;
13 Paciente com queixa de corrimento vaginal e cervicite
14 a dor pélvica crônica, as principais sequelas;. Atenção Básica e Saúde da Família Cervicite por clamídia e/ou gonococo Cervicite mucopurulenta ou endocervicite é a inflamação da mucosa endocervical (epitélio colunar do colo uterino); Estudos têm demonstrado que a etiologia das cervicites está relacionada com Neisseria gonorrhoeae, Chlamydia trachomatis; Embora a infecção seja assintomática em 70-80% dos casos, se não tratada, poderá vir a ter complicações; Uma cervicite prolongada, pode estender ao endométrio e às trompas, causando Doença Inflamatória Pélvica (DIP), sendo a esterilidade, a gravidez ectópica e
15 Sintomas: corrimento vaginal, dispareunia ou disúria; O colo uterino pode ficar edemaciado, sangrando facilmente ao toque da espátula. Pode ser verificada a presença de mucopus no orifício externo do colo; O método ideal para o diagnóstico da cervicite gonocócica é a cultura do gonococo em meio seletivo (Thayer-Martin modificado), a partir de amostras endocervicais, visto que, na mulher diferentemente do homem, a coloração pelo método de Gram tem uma sensibilidade de apenas 30%, não sendo indicada;
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17 Tratamento Clamídia e Gonorréia Parceiros sexuais: devem ser tratados, preferencialmente com medicamentos de dose única
18 Vulvovaginites Considera-se como vulvovaginite toda manifestação inflamatória e/ou infecciosa do trato genital feminino inferior, ou seja, vulva, vagina e epitélio escamoso do colo uterino (ectocérvice); As vulvovaginites se manifestam por meio de corrimento vaginal, associado a um ou mais dos seguintes sintomas inespecíficos: prurido vulvovaginal, dor ou ardor ao urinar e sensação de desconforto pélvico; Entretanto, muitas infecções genitais podem ser completamente assintomáticas;
19 Causas: o agentes infecciosos endógenos (vaginose bacteriana e candidíase); o agentes sexualmente transmissíveis (tricomoníase); o fatores físicos (traumas); o químicos (uso de lubrificantes e de absorventes internos); o hormonais (hiper e hipoestrogenismo); o anatômicos e orgânicos (imunodepressão secundária à doença sistêmica, ou outras imunodepressões); o a prática de coito vaginal imediatamente após o coito anal e o uso de DIU, podem favorecer as vulvovaginites modificando a flora vaginal;
20 terem contato com sêmen de ph elevado; Atenção Básica e Saúde da Família Vaginose bacteriana A vaginose bacteriana é caracterizada por um desequilíbrio da floram vaginal normal, devido ao aumento exagerado de bactérias, em especial as anaeróbias (Gardnerella vaginalis, Bacteroides sp, Mobiluncus sp, micoplasmas, peptoestreptococos), associado a uma ausência ou diminuição acentuada dos lactobacilos acidófilos (que são os agentes predominantes na vagina normal); Não se trata de infecção de transmissão sexual, apenas pode ser desencadeada pela relação sexual em mulheres predispostas, ao
21 Suas características clínicas incluem: o corrimento vaginal com odor fétido, mais acentuado após o coito e durante o período menstrual; o corrimento vaginal branco-acinzentado, de aspecto fluido ou cremoso, algumas vezes bolhoso; dor às relações sexuais (pouco freqüente); Embora o corrimento seja o sintoma mais freqüente, quase a metade das mulheres com vaginose bacteriana são completamente assintomáticas;
22 O diagnóstico da vaginose bacteriana se confirma quando estiverem presentes três dos seguintes critérios (critérios de Amsel): o corrimento vaginal homogêneo, geralmente acinzentado e de quantidade variável; o ph vaginal maior que 4,5; o teste das aminas positivo, o presença de clue cells no exame bacterioscópico
23 Tratamento Vaginose Bacteriana A vaginose bacteriana é uma infecção endógena. Assim, os parceiros não necessitam ser tratados;
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